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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO

CAMPUS ENGENHEIRO COELHO


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DANIELE SARTORI
MARCOS DANIEL FREIRE
MARCOS VIEIRA MENDONÇA
SULIVA LOPES
VENÂNCIO EVENSEN

PROJETO DE ESTRADAS 2: DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

Engenheiro Coelho
2019
DANIELE SARTORI
MARCOS DANIEL FREIRE
MARCOS VIEIRA MENDONÇA
SULIVA LOPES
VENÂNCIO EVENSEN

PROJETO DE ESTRADAS 2: DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS

Projeto com o objetivo de


dimensionar pavimentos flexíveis
e semi-rígidos rodoviários sob a
diretrizes do professor Ivonei
Teixeira.

Engenheiro Coelho
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................4

2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO...............................................5

3. NÚMERO DE SOLICITAÇÕES (N)..................................................8

3.1 FATOR DE CARGA (FC)..............................................................8

3.2 FATOR DE EIXO (FE).................................................................12

3.3 FATOR CLIMÁTICO (FR)...........................................................12

3.4 VOLUME DIÁRIO MÉDIO DE PROJETO (VDMM)....................13

4. DIMENSIONAMENTO DOS VALORES DO SUBLEITO..............15

4.1 CÁLCULO DO CBR....................................................................16

4.2 CLASSIFICAÇÃO HRB...............................................................17

4.3 ÍNDICE DE GRUPO (IG).............................................................19

5. DIMENSIONAMENTO DOS PAVIMENTOS..................................21

6. CONCLUSÃO.................................................................................28

7. REFERÊNCIAS..............................................................................29
4

1. INTRODUÇÃO

O presente memorial de cálculo tem por objetivo explicar sobre aspectos


gerais e específicos a serem executados na implantação da obra em questão,
bem como as soluções e respectivas metodologias adotadas no projeto de
pavimentação de uma Rodovia, situada no estado de São Paulo.
O dimensionamento foi baseado no manual de pavimentação do DNIT
(Brasil, 2006), considerando as características de projeto dos trechos da
rodovia, a composição das cargas do tráfego e a classificação do solo durante
os trechos considerados.
5

2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO

A extensão a ser pavimentada é de um total de 90 km, que está dividida


em 3 trechos, cada trecho possui uma extensão de 30 km com estaqueamento
a cada 100 m. O tipo de pavimento a ser executado é dividido em duas
categorias:
 Categoria “a”, pavimento flexível e com solo da base granular;
 Categoria “b”, pavimento semi- rígido, com o tipo de base Solo-
cimento (Trecho I e III = 2,5 Mpa; Trecho II= 3,0 Mpa).
A seguir é possível observar as características de cada trecho
apresentadas na tabela 1.

Tabela 1a – Características de cada trecho


Trecho I II III
a-     Flexível a-     Flexível a-     Flexível
Tipo de pavimento
b-   Semi-rígido b-     Semi-rígido b-     Semi-rígido

Período de projeto a-    12


(anos) b-    25
Taxa de crescimento
4 3 5
do tráfego (%)
T0 nos dois sentidos
2350 1200 1750
(veículos/dia)
D (%) 50 50 50
a-    Granular a-   Granular a- Granular
Tipo de Base b-    Solo-cimento (2,5 b-   Solo-cimento b- Solo-cimento
Mpa) (3,0 Mpa) (2,5 Mpa)
Material para Reforço a- 11 a- 10 a- 15
de subleito (CBR %) b- 9 b- 0 b- 0
Precipitação média
1300 700 820
anual (mm)
Fonte: Autores (2019).
6

Foram considerados outros dados iniciais de projeto relativo ao tráfego


e o estudo do solo do local em questão, apresentados nas tabelas a seguir.
Tabela 1b – Precipitação
Precipitação (mm) FR
Até 800 0,7
De 800 a 1500 1,4
Mais de 1500 1,8
Fonte: Autores (2019).
Tabela 1c – Composição do tráfego
Composição (%)
Nº de eixos A (Trecho B (Trecho
C (Trecho III)
I) II)
2 43 35 25
3 47 33 20
4 10 32 55
Fonte: Autores (2019).

Tabela 1d – Composição do tráfego A – Carga por eixo para o trecho I


Carga/eixo (tf) Frequência (%)
Eixo simples
4 35
5 13
7 6
9 17
11 7
12 3
Tandem Duplo
13 7
15 3
17 2
18 4
Tandem Triplo
21 1
23 2
Total 100%
Fonte: Autores (2019).
7

Tabela 1e – Composição do tráfego B – Carga por eixo para o trecho II


Carga/eixo (tf) Frequência (%)
Eixo simples
5 28
6 20
7 8
9 5
11 13
12 3
Tandem Duplo
13 10
17 4
18 2
19 2
Tandem Triplo
21 3
25 2
Total 100%
Fonte: Autores (2019).

Tabela 1f – Composição do tráfego C – Carga por eixo para o trecho III


Carga/eixo (tf) Frequência (%)
Eixo simples
6 20
7 15
8 9
9 6
11 10
12 2
Tandem Duplo
13 10
16 5
18 4
19 3
Tandem Triplo
19 2
21 3
23 7
25 2
28 2
Total 100%
Fonte: Autores (2019).
8

3. NÚMERO DE SOLICITAÇÕES (N)

O dimensionamento é realizado para o número de solicitações


equivalentes do eixo padrão de 8,2 tf. Para este cálculo é necessário antes
calcular o Volume Diário Médio de Projeto (VDM M), o Fator de Carga (FC), e o
Fator de Eixo (FE). Para o cálculo do número de solicitações, utiliza-se a
seguinte fórmula:
𝑁 = 365 × 𝑝 × 𝑉𝐷𝑀𝑀 × 𝐹𝐶 × 𝐹𝐸

3.1 FATOR DE CARGA (FC)

O Fator de Carga (FC) segundo DNER é “um número que, multiplicado


pelo número de eixos que operam, dá o número de eixos equivalentes ao eixo
padrão.”
Para o cálculo de Fator de Carga (FC), utilizou-se a fórmula abaixo:

Ʃ (Pj × FEC )
FC =
100

Foram calculados os Fatores de Equivalência de Carga (FEC) que seria


um número que relaciona o efeito de uma passagem de qualquer tipo de
veículo sobre o pavimento com o efeito provocado pela passagem de um
veículo considerado padrão (eixo padrão).
Para os cálculos do FEC foram necessários utilizar os ábacos
apresentados abaixo de acordo com o eixo analisado.
9

Figura 1- Fator de equivalência para eixo simples

Fonte: Autores (2019).

Figura 2- Fator de equivalência para tandem duplo

Fonte: Autores (2019).


10

Figura 3- Fator de equivalência para tandem triplo

Fonte: Autores (2019).

Os resultados encontrados para cada trecho são representados nas


tabelas a seguir.

Tabela 2a- FEC e FC para o trecho I


Carga/eixo (tf) Frequência (%) FEC (GRÁFICO) FC
Eixo simples
4 35 0,05 1,91
5 13 0,13 1,74
7 6 0,52 3,10
9 17 1,7 28,93
11 7 5,97 41,79
12 3 10,29 30,86
Tandem Duplo
13 7 1,96 13,74
15 3 4,3 12,91
17 2 8,55 17,10
18 4 11,7 46,78
Tandem Triplo
21 1 3,15 3,15
23 2 5,23 10,46
Total 100%   2,12
Fonte: Autores (2019).
11

Tabela 2b- FEC e FC para o trecho II


Carga/eixo (tf) Frequência (%) FEC (GRÁFICO) FC
Eixo simples
5 28 0,13 3,64
6 20 0,28 5,56
7 8 0,52 4,13
9 5 1,7 8,51
11 13 5,97 77,62
12 3 10,29 30,86
Tandem Duplo
13 10 1,96 19,63
17 4 8,55 34,20
18 2 11,7 23,39
19 2 15,73 31,47
Tandem Triplo
21 3 3,15 9,44
25 2 8,33 16,65
Total 100%   2,65
Fonte: Autores (2019).

Tabela 2c- FEC e FC para o trecho III


Carga/eixo Frequência
FEC (GRÁFICO) FC
(tf) (%)
Eixo simples
6 20 0,28 5,56
7 15 0,52 7,74
8 9 0,81 7,33
9 6 1,7 10,21
11 10 5,97 59,70
12 2 10,29 20,58
Tandem Duplo
13 10 1,96 19,63
16 5 6,13 30,65
18 4 11,7 46,78
19 3 15,73 47,20
Tandem Triplo
19 2 2,1 4,2
21 3 1,8 3,60
23 7 3,15 9,44
25 2 5,23 36,61
28 2 8,33 16,65
Total 100%   3,26
Fonte: Autores (2019).
12

3.2 FATOR DE EIXO (FE)

Fator de eixo (FE) é um valor que indica quantos eixos possuem em


média os caminhões da frota. É um fator que transforma o número de veículos
em número de eixos. Para este cálculo foi utilizado a seguinte fórmula:

(P 2) (P 3) ( Pn)
FE= 100 ×2+ ×3+ ⋯+ ×n
100 100 100

Com os parâmetros de projeto calcula-se o Fator de Eixo (FE) para cada


trecho.

Tabela 3a- Fator de eixo


Composição (%)
Nº de eixos
A (Trecho I) B (Trecho II) C (Trecho III)

2 43 35 25
3 47 33 20
4 10 32 55
FE 2,67 2,97 3,3
Fonte: Autores (2019).

3.3 FATOR CLIMÁTICO (FR)

Na tabela 1b, é observado as precipitações em (mm) para cada fator


climático (FR), que foram comparados com a precipitação média anual que
cada trecho contém, assim, foi possível definir o fator FR, mostrado na tabela
4a.

Tabela 4a- Fator Climático (FR)


Precipitação média anual (mm) 700 820 1300
FR 0,7 1,4 1,8
Fonte: Autores (2019).

3.4 VOLUME DIÁRIO MÉDIO DE PROJETO (VDMM)


13

Para calcular o Volume Diário Médio de Projeto, utiliza-se a formula a


seguir:
(VDM 0 +VDM F )
VDM M =
2
Onde:
VDM0- Volume diário médio inicial (final da construção);
VDMF- Volume diário médio final (final da vida útil do pavimento);

Logo, para o cálculo do VDM0 (Volume diário médio inicial), foi utilizado a
seguinte formula:
D
VDM 0=TDM 0 ×
100
Onde:
TDM0- Tráfego diário médio atual, é determinado no período dos estudos
e da construção;
D- Porcentagem do tráfego no sentido dominante, ou seja, sentido mais
solicitado.
Por fim, o cálculo do VDMF (Volume diário médio final), utilizado para o
final da vida útil do pavimento. Para o seguinte projeto, foi adotado um
crescimento exponencial, pois se obtém valores maiores que o crescimento
linear. A fórmula utilizada é apresentada abaixo:

VDMF =VDM 0 ×(1+t) p

Onde:
t - Taxa anual de crescimento do tráfego;
p - Período de projeto ou vida útil do pavimento;

Tabela 5a- Cálculo do Volume diário médio de projeto


Trecho I II III
TDM0 (veic/dia) 2000 850 1900
D (%) 50 50 50
VDM0 1000 425 950
t (%) 4 3 5
14

a 10 10 10
p
b 20 20 20
VDMF a 1480 571 1547
(veic/dia) b 2191 767 2520
VDMM a 1240 498 1248
(veic/dia) b 1595 596 1735
Fonte: Autores (2019).

Após encontrar todos os parâmetros necessários para equação do


Número de Solicitações (N), é possível calcular seus resultados. Este cálculo
será apresentado em forma de resultados na tabela 6.

Tabela 6- Cálculo do Número de solicitações (N)


Trecho I II III
FC 2,12 2,65 3,26
FE 2,67 2,97 3,3
FR 1,4 0,7 1,8
a 10 10 10
p
b 20 20 20
a 1528 728 1223
VDMM (veic/dia)
b 2154 928 1919
a 5,304E+07 1,757E+07 1,237E+09
N (exponencial)
b 1,558E+08 4,665E+07 4,045E+09
Fonte: Autores (2019).
15

4. DIMENSIONAMENTO DOS VALORES CARACTERÍSTICOS DO


SUBLEITO

Para esta etapa do projeto, foram oferecidas características dos


materiais do subleito de acordo com seu trecho.

Tabela 7a- TRECHO I


Peneiras Amostra nº
(mm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
2 98,35 99,9 99,95 99,95 99,95 100 100 99,36 98,72 99,01
1,2 98,3 99,85 99,85 99,85 99,65 99,85 99,85 98,45 97,89 98,12
0,6 97,8 99,6 99,65 99 99 99,65 99,3 98,02 96,95 97,42
0,42 97,35 99,45 99,5 96,55 98,3 99,4 98,45 96,3 95,04 94,63
0,3 96,5 99,05 98,98 92,45 96,85 98,45 96,25 91,56 90,47 89,63
0,15 94,25 95,15 91,25 87,75 87,7 88,3 85,48 86,55 85,63 84,97
0,074 89,85 89,65 83,3 75,45 78,6 77,35 76,63 74,63 73,99 72,47
Limites de consistência
LL (%) 51 46 42 43 44 43 41 42 44 41
IP (%) 17 15 12 9 10 6 6 9 8 6
Fonte: Autores (2019).

Tabela 7b- TRECHO II


Peneira
Amostra nº
s
(mm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
2 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
1,2 99,9 99,8 100 100 100 100 100 100 100 100
0,6 98,7 98,9 97,87 99,01 99,48 99,36 99,31 98,11 99,69 97,54
0,42 96,3 97,4 75,01 87,87 86,98 87,21 87,87 81,01 73,63 75,87
0,3 89,9 92,9 65,65 78,31 78,79 77,55 78,32 77,16 67,82 65,32
0,15 63,9 72,6 58,22 74,55 75,62 76,74 74,33 70,65 56,2 58,54
0,074 52,3 62,9 52,55 67,62 65,91 67,41 67,01 61,22 49,33 52,01
Limites de Consistência
LL (%) 50 48 43 51 50 52 51 49 43 41
IP (%) 17 18 19 26 26 26 26 17 18 19
Fonte: Autores (2019).

Tabela 7c- TRECHO III


16

Peneira
Amostra nº
s
(mm) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4,8 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
2 99,9 99,95 99,95 100 99,15 99,52 97,85 100 100 100
1,2 99,45 99,72 99,68 99,73 98,35 99,62 95,48 98,78 99,31 98,98
0,6 96,16 97,16 97,32 97,38 95,32 95,22 93,81 97,33 97,95 96,46
0,42 87,14 89,97 91,1 91,69 85,37 85,87 83,11 90,69 90,36 88,77
0,3 72,25 75,47 76,57 78,89 70,83 70,11 68,57 77,65 78,45 76,41
0,15 38,28 39,49 39,38 41,42 37,33 37,16 36,79 39,22 40,16 39,35
0,074 30,56 30,92 30,91 32,13 29,12 27,74 26,91 33,13 34,22 33,25
Limites de Consistência
LL (%) 17 18 18 18 16 17 16 19 21 20
IP (%) 2 3 2 3 2 2 2 3 4 3
Fonte: Autores (2019).

Através destas informações retiradas de ensaios de laboratório pode-se


calcular o CBR e classificar o solo de acordo com a HRB.

4.1 CÁLCULO DO CBR

O CBR de projeto foi calculado de acordo com os valores de CBR de


cada amostra obtidas nas diretrizes do projeto. Para se ter o CBR final é
importante realizar cálculos estatísticos para a sua determinação. Sua fórmula
é apresentada a seguir:
s × t 0,90
´
CBRp=CBR−
√ n−1
Onde:
´ Média aritmética dos CBR das n amostras ensaiadas;
CBR-
t0,90- Coeficiente relativo ao intervalo de confiança de 90% (t-Student);
s- Desvio padrão.
Ʃ (CBRi−CBR)2
S=
√ n
Calcula-se o CBR mínimo das amostras iniciais e é retirado os valores
que não se encontram no intervalo do CBR mínimo e máximo.
1,29 × S
CBR MíN =CBR−
´ −0,68× S
√N
17

´ + 1,29 × S +0,68 × S
CBR MÁX =CBR
√N

Como alguns valores ficaram de fora após realizado os cálculos de


CBRmín e CBRmáx realiza-se então novos cálculos para a obtenção do novo
desvio padrão (s) e assim sendo possível calcular o novo CBR de projeto.
Os valores para t0,90 são encontrados na Tabela 8a, conforme o número
de amostras analisadas.

Tabela 8a- Distribuição “t” de Student


n-1 t0,90 n-1 t0,90 n-1 t0,90 n-1 t0,90
1 3,08 10 1,37 19 1,33 28 1,31
2 1,89 11 1,36 20 1,32 29 1,31
3 1,64 12 1,36 21 1,32 30 1,31
4 1,53 13 1,35 22 1,32 40 1,3
5 1,48 14 1,34 23 1,32 60 1,3
6 1,44 15 1,34 24 1,32 120 1,29
7 1,42 16 1,34 25 1,32 ∞ 1,28
8 1,4 17 1,33 26 1,32    
9 1,38 18 1,33 27 1,31    
Fonte: Autores (2019).

Tabela 8b- CBR subleito


TRECHOS I (%) II (%) III (%)
CBR médio 3,9 8,7 12,7
s 1,04 2 1,49
CBRp 3,42 7,78 12,02
CBR máx 5,04 10,88 14,32
CBR min 2,76 6,52 11,08
Novo CBR médio (%) 4,11 8,43 12,8
S novo 0,87 1,18 0,75
Novo CBR de projeto (%) 3,67 7,74 12,27
CBR utilizado 4 8 12
Fonte: Autores (2019).

4.2 CLASSIFICAÇÃO HRB

Os solos são reunidos em grupos e subgrupos, de acordo com a


granulometria, limites de consistências e índice de grupo. O grupo é
determinado através eliminação dos parâmetros do solo.
18

O solo que se encontra nos grupos A-1, A-2 e A-3 são solos granulares
compostos por pedras, pedregulhos, areias, areias siltosas ou argilosas,
classificadas como solos excelentes a bons. Porém os solos dos grupos A-4, A-
5, A-6 e A-7 são solos de origem argilosa e siltosa, classificados como solos
ruins.
Para classificação dos solos do subleito, foi utilizada a tabela da
AASHTO, mostrada a seguir na tabela 9a.

Tabela 9a- Tabela AASHTO (HRB)

Fonte: Teixeira (2019).

Tabela 9b- Classificação HRB do subleito


Amostra nº
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
TRECHO I
CLASSIFICAÇÃO

A-7-5 A-7-5 A-5 A-5 A-5 A-5 A-5 A-5 A-5 A-5
TRECHO II
HRB

A-7-5 A-7-5 A-7-6 A-7-6 A-7-6 A-7-6 A-7-6 A-7-5 A-7-6 A-7-6
TRECHO III
A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4 A-2-4
Fonte: Autores (2019).
19

4.3 ÍNDICE DE GRUPO (IG)

O Índice de Grupo (IG) é um classificador de solos, determinado através


de um número inteiro, na qual varia entre 0 a 20. Para o cálculo de IG a fórmula
utilizada foi a seguinte:
IG=0,2× a+0,005 × a× c +0,01 ×b × d
Onde:
p- porcentagem que passa na peneira 200;
a = p – 35
Se p > 75%, adota-se 75;
Se p < 35%, adota-se 35;
b = p – 15
Se p > 55%, adota-se 55;
Se p < 15%, adota-se 15;
c = LL – 40
Sendo LL > 60%, adota-se 60;
Sendo LL < 40% adota-se 40;
d = IP – 10
Se IP > 30, adota-se 30;
Se IP < 10, adota-se 10.
Os coeficientes usados para calcular o IG, são apresentados nas tabelas
10a,10b e 10c para cada trecho respectivamente:

Tabela 10a- Índice de Grupo- Trecho I


Amostra nº
Coeficientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P 75 75 75 75 75 75 75 74,63 73,99 72,47
a
a 40 40 40 40 40 40 40 40 39 37
p 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55
b
b 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40
LL 51 46 42 43 44 43 41 42 44 41
c
c 11 6 2 3 4 3 1 2 4 1
IP 17 15 12 10 10 10 10 10 10 10
d
d 7 5 2 0 0 0 0 0 0 0
IG 13 11 9 9 9 9 8 8 9 8
Fonte: Autores (2019).
Tabela 10b- Índice de Grupo- Trecho II
20

Amostra nº
Coeficientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P 52,3 62,9 52,55 67,62 65,91 67,41 67,01 61,22 49,33 52,01
a
a 17,3 27,9 17,55 32,62 30,91 32,41 32,01 26 14 17
p 52,3 55 52,55 55 55 55 55 55 49,33 52,01
b
b 37,3 40 37,55 40 40 40 40 40 34,44 37,01
LL 50 48 43 51 50 52 51 49 43 41
c
c 10 8 3 11 10 12 11 9 3 1
IP 17 18 19 26 26 26 27 17 18 19
d
d 8 8 9 16 16 16 16 7 8 9
IG 7 10 7 15 14 15 15 9 6 7
Fonte: Autores (2019).
Tabela 10c- Índice de Grupo- Trecho III
Amostra nº
Coeficientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35
a
a 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
p 30,56 30,92 30,91 32,13 29,12 27,74 26,91 33,13 34,22 33,25
b
b 15,56 15,92 15,91 17,13 14,12 12,74 11,91 18,13 19,22 18,25
LL 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40
c
c 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
IP 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
d
d 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
IG 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: Autores (2019).

5. DIMENSIONAMENTO DOS PAVIMENTOS


21

O dimensionamento das espessuras do pavimento é feito a partir dos


valores de CBR do subleito e dos materiais utilizados em cada camada,
levando em consideração o valor da solicitação no ponto considerado.
Neste projeto foram considerados o tipo de base segundo o tipo de
pavimento, sendo que para pavimentos flexíveis considera-se base granular
para o período de projeto de 12 anos e o para pavimentos semi-rígidos
considera-se base de solo-cimento para o período de projeto de 25 anos. A
seguir na Tabela 11a estão relacionadas às características para o
dimensionamento de cada trecho.

Tabela 11a- Características para o dimensionamento


Trecho I II III

a-     Flexível
Tipo de pavimento
b- Semi-rígido

a- 10
Período de projeto (anos)
b- 20

a-    Granular a-   Granular a-  Granular


(CBR 80%) (CBR 80%) (CBR 80%)
Tipo de Base
b-    Solo-cimento b-   Solo-cimento b-  Solo-cimento
(2,5 Mpa) (3,0 Mpa) (2,5 Mpa)
Material para Reforço de a- 11 a- 10 a- 15
subleito (CBR %) b- 9 b- 0 b- 0
Subleito (CBR%) 4 8 12
Material para Sub-base
20
(CBR%)
Revestimento CBUQ
Fonte: Autores (2019).

Os coeficientes de equivalência estrutural (k) para sub-base granular e


reforço do subleito, são obtidos através de fórmulas que serão apresentadas a
seguir:

CBRsub−base
Ksub−base= ≥ 3 → K =1
CBRsubleito

CBRsub−base
Ksub−base= <3 → K =0,77
CBRsubleito

CBRrefor ç o
Krefor ç o do subleito= ≥ 3 → K =1
CBRsubleito
22

CBRrefor ç o
Krefor ç o do subleito= <3 → K =0,71
CBRsubleito

Os coeficientes de equivalência estrutural (k) da base varia de acordo


com o tipo de material utilizado. Pode-se obter este valor com a utilização da
tabela a seguir:

Tabela 11b- Coeficiente K para base

Fonte: Teixeira (2019).

O ábaco de dimensionamento do DNIT a seguir é utilizado para a


determinação da espessura de uma camada do pavimento em função do valor
do CBR da camada subjacente e do número "N" de solicitações devido ao
tráfego. Este dimensionamento garante que a camada subjacente não romperá
e não sofrerá deformações excessivas.

Figura 4- Ábaco para determinação das espessuras


23

Fonte: Autores (2019).

Para a obtenção dos valores de R do revestimento, B da base, h 20 da


sub-base e hN referente ao reforço do subleito, foram usadas as seguintes
fórmulas:

Kr × R+ Kb× B> H 20

Kr × R+ Kb× B+ Ksb × h 20> Hn

Kr × R+ Kb× B+ Ksb × h 20+ Krf × hn> Hm

Onde:
KR = fator de equivalência do revestimento;
KB = fator de equivalência da base;
KSB = fator de equivalência da sub-base;
KREF = fator de equivalência do reforço de subleito;
R = espessura do revestimento;
B = espessura da base;
24

h20 = espessura da sub-base;


hN = espessura do reforço de subleito;
H20 = profundidade do topo da camada de sub-base;
HN = profundidade do topo da camada de reforço de subleito;
HM = profundidade do topo do subleito.

A figura 8 a seguir mostra como estão divididas estas espessuras em um


pavimento.

Figura 4- Camadas do pavimento

Fonte: Autores (2019).

A espessura do revestimento R de concreto betuminoso usinado à


quente CBUQ é verificada em função do número de solicitações N do
pavimento e o seu fator de equivalência é Kr=2.

Tabela 11c- Espessuras mínimas do revestimento betuminoso

Fonte: Teixeira (2019).

A seguir está o dimensionamento completo dos Trechos I, II, e III para os


pavimentos flexíveis com base granular, com período de projeto de 12 anos.
25

Tabela 11d- Dimensionamento pavimento flexível


TRECHOS I II III
K base 1 1 1
K sub-base 1 0,77 0,77
K reforço 0,71 0,71 0,71
k rev 2 2 2
Hm (cm) 80 51 49
H20 (cm) 31 29 36
Hn (cm) 44 44 43
h rev (cm) 12,5 10 12,5
B (cm) 15 15 19
h20 (cm) 15 15 15
hn (cm) 36 15 15
Fonte: Autores (2019).
Figura 5- Trecho I- Flexível

Fonte: Autores (2019).

Figura 6- Trecho II- Flexível

Fonte: Autores (2019).

Figura 7- Trecho III- Flexível

Fonte: Autores (2019).


26

Por último está o dimensionamento completo dos Trechos I, II, e III para
os pavimentos semi-rígidos com solo- cimento, com período de projeto de 25
anos.
Tabela 11e- Dimensionamento pavimento semi-rígido
TRECHOS I II III
K base 1,2 1,4 1,2
K sub-base 1 0,77 0,77
K reforço 0,71 - -
k rev 2 2 2
Hm (cm) 85 53 52
H20 (cm) 33 31 38
Hn (cm) 52 - -
h rev (cm) 12,5 10 12,5
B (cm) 15 15 18
h20 (cm) 15 16 15
hn (cm) 39 - -
Fonte: Autores (2019).

Figura 8- Trecho I- Semi-rígido

Fonte: Autores (2019).

Figura 9- Trecho II- Semi-rígido

Fonte: Autores (2019).


27

Figura 10- Trecho III- Semi-rígido

Fonte: Autores (2019).


28

6. CONCLUSÃO

Após os cálculos e o dimensionamento pode-se aplicar o que foi


projetado de maneira efetiva, para suportar os carregamentos durante o
período de projeto. As configurações aplicadas foram feitas normativamente e
garantida seu desempenho estrutural.
29

7. REFERÊNCIAS

DNIT. Metodologia para controle estatístico de obras e serviços.


1997. Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-
manuais/normas/procedimento-pro/dner-pro277-97.pdf. Acesso em: 24 out de
2019.
DNIT. Manual de pavimentação. 2006. Disponível em:
http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/Manual%20de
%20Pavimenta%E7%E3o_05.12.06.pdf. Acesso em: 27 out de 2019.

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