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WORKING PROJECT 2

Resistência à encurvadura de uma coluna de secção


constante

Unidade Curricular de Mecânica Computacional


Mestrado em Engenharia Industrial

Inês Afonso, a36079


Miguel Custódio, a35030

Orientado por Professor Paulo Piloto

Bragança, Junho de 2020


Resumo
No presente trabalho são apresentados estudos analíticos e numéricos da carga de
rutura de uma coluna de secção SHS (100x100x4) com diferentes comprimentos
sujeita a uma carga axial.

Para as simulações numéricas será utilizado o software ANSYS, e o Excel para as


simulações analíticas. Por fim, será realizada uma comparação entre uma análise
linear elástica e uma análise à encurvadura da coluna.

Abstract
In the present work, analytical and numerical studies of the breaking load of a SHS
column (100x100x4) with different lengths subject to an axial load are presented.

For numerical simulations, ANSYS software will be used, and Excel for analytical
simulations. Finally, a comparison will be made between a linear elastic analysis
and an analysis of the curvature of the column.
Conteúdo
1 Problema Proposto .......................................................................................... 2
2 Métodos de resolução ...................................................................................... 3
3 Método analítico usando a aproximação de Euler .......................................... 6
4 Resistência linear elástica – teoria de valores e vetores próprios (ANSYS) .. 9
4.1 Descrição do Elemento Finito ................................................................... 9
4.2 Resistência Linear Elástica ..................................................................... 11
5 Resistência à compressão com imperfeição geométrica (EC3) .................... 16
6 Análise não linear – Resistência com imperfeição geométrica (ANSYS) .... 19
6.1 Método de Newton-Raphson .................................................................. 21
6.2 Arc-Lenght .............................................................................................. 23
7 Resultados ..................................................................................................... 25
8 Conclusões .................................................................................................... 28
9 Bibliografia ................................................................................................... 29
Lista de Figuras
Figura 1 - Representação da coluna e seus apoios (esquerda) e secção transversal
da coluna (direita). .................................................................................................. 2
Figura 2 - Projeto de deformação resistência para SHS, para diferentes valores de
esbelteza.................................................................................................................. 5
Figura 3 - Análise Linear - Método Euler .............................................................. 8
Figura 4 - Geometria do elemento Beam188. ...................................................... 10
Figura 5 - Secção do Elemento. ............................................................................ 12
Figura 6 – Vista frontal do elemento tridimensional ............................................ 13
Figura 7 - Modos de Instabilidade para a coluna com 1.21 m ............................. 14
Figura 8 – Deslocamento em x (Coluna com 1.21 m).......................................... 14
Figura 9 - Análise Linear Numérica (Ansys) ....................................................... 15
Figura 10 - Resistência à compressão com imperfeição geométrica para diferentes
esbeltezas (Eurocódigo 3)..................................................................................... 19
Figura 11 - Comportamento do material de aço, sob tensão e compressão. ........ 21
Figura 12 - Método de Newton-Raphson. ............................................................ 23
Figura 13 - Método Arc-Lenght ........................................................................... 24
Figura 14 - Comparação entre os resultados obtidos das cinco análises .............. 25
Figura 15 - Erros Relativos................................................................................... 26
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Parâmetros geométricos da secção transversal. .................................... 5
Tabela 2 - Resistência linear e elástica para diferentes comprimentos de coluna
(Método de Euler). .................................................................................................. 8
Tabela 3 - Número de elementos finitos............................................................... 11
Tabela 4 - Valores determinado numericamente para análise linear.................... 15
Tabela 5 - Fator de imperfeição para cada curva. ................................................ 17
Tabela 6 - Seleção da curva de deformação em cada um a secção transversal. ... 18
Tabela 7 - Resistência a encurvadura (Eurocódigo 3). ......................................... 18
Tabela 8 - Parâmetros de carga e variação de tamanho dos incrementos. ........... 21
Tabela 9 - Análise Numérica não Linear Newton Raphson ................................. 22
Tabela 10 - Comprimento máximo e mínimo do raio da circunferência. ............ 23
Tabela 11 - Valores numéricos obtidos através do método Arc-Lenght. ............. 24
1 Problema Proposto
O presente trabalho, realizado no âmbito da unidade curricular de Mecânica
Computacional, tem como objetivo calcular a resistência à encurvadura lateral de
uma coluna com uma secção transversal oca e quadrada, construída em aço S275.
O fundo da coluna encontra-se restringido os deslocamentos em X, Y e Z e as
rotações em torno de X e Y, contudo no topo da mesma, o deslocamento em Y não
é restrito.

A fim de se obter o resultado desta deformada, deve-se comparar diferentes


métodos de abordagem. Numa primeira fase, será obtida uma solução para a resis-
tência linear elástica, através de um método analítico baseado na teoria linear elás-
tica, para se obter a carga critica de Euler, e também num método numérico base-
ado na teoria de valores e vetores próprios utilizando o software ANSYS 2019 R3.

Posteriormente, serão realizados cálculos simplificados que se encontram no Eu-


rocódigo 3-1-1. Por fim, são realizadas simulações não lineares (Newton-Raphson
e Arc-Lenght).

Figura 1 - Representação da coluna e seus apoios (esquerda) e secção transversal da coluna (direita).

1
2 Métodos de resolução
Após visualizarmos o enunciado vamos procedermos à análise estrutural re-
correndo aos vários métodos, de modo a determinarmos a carga de rotura de uma
coluna de secção SHS 100x100x4mm.

Assim, numa primeira fase vamos definir a solução analítica, desprezando os


efeitos de instabilidade e comparamos o valor, com a análise feita em regime linear
elástico.

Seguidamente, vamos proceder à avaliação do comportamento estrutural em


regime não linear, onde deveremos solucionar o nosso problema através da solução
analítica e numérica, recorrendo ao EC3 e ao ANSYS, de modo a produzir simu-
lações numéricas.

Assim, para este trabalho torna-se essencial recorrer ao uso do software de


elementos finitos e é de extrema importância, uma vez que permite visualizar os
efeitos causados pelo carregamento sem que, com isso, seja necessário que ele en-
tenda as formulações com profundidade ao ponto de programá-las ou resolvê-las
computacionalmente. O objetivo principal é o entendimento da modelagem com-
putacional (entrada dos dados) e a compreensão dos resultados obtidos pelo pro-
grama ANSYS.

Este programa generalista ANSYS é um software de elementos finitos que


calcula tensões, esforços, deslocamentos e deformações em estruturas e compo-
nentes. Embora um estudante de engenharia possua conhecimentos sobre a formu-
lação com a teoria clássica das estruturas, o uso do software de elementos finitos
proporciona uma oportunidade para interpretarmos fisicamente um modelo, sob o
ponto de vista de diferentes análises estruturais, sem com isso necessitar ter domí-
nio sobre a sua formulação. Contudo, existem outros programas de elementos fi-
nitos, mas o ANSYS possui uma biblioteca de elementos com capacidade para
simulação de diversos modelos, sejam eles unidimensionais, bidimensionais ou
tridimensionais.

Por último após a obtenção das soluções analíticas e numéricas, vamos analisar
o erro gerado entre os diversos métodos.
Deste modo, depois de termos explicado sucintamente todos os métodos e pas-
sos necessários à elaboração deste trabalho, vamos aplicá-los de forma a conse-
guirmos alcançar o nosso principal objetivo.

Assim, para a resolução do problema, e quanto à resistência à deformação de-


vem considerar-se as diferentes abordagens:

• Análise analítica linear usando a aproximação de Euler;


• Análise numérica, com a resistência linear elástica, utilizando a teoria de
valores e vetores próprios, com auxílio do software Ansys;
• Análise analítica, com a resistência à compressão com imperfeição geomé-
trica, segundo o Eurocódigo 3;
• Análise não linear, com resistência com imperfeição geométrica, com auxí-
lio do software Ansys.

Para cada método de solução com diferentes níveis de aproximação, devemos


calcular a carga de deformação, e normalizar o que respeita à conceção da resis-
tência da secção transversal para a compressão uniforme, (Nc, Rd), tal como repre-
sentado na Figura 2.

As resistências à deformação devem ser controladas para diferentes com-


primentos de coluna (L= 1.21, 1.60, 2.00, 2.40, 2.80, 3.20, 3.40, 3.80, 4.20, 4.60,
5.00, 5.40, 6.00, e L = 6,50 [m]), valores estes correspondentes a diferentes perfis
de esbelteza não dimensionais.
Figura 2 - Projeto de deformação resistência para SHS, para diferentes valores de esbelteza.

Os parâmetros geométricos para esta secção transversal estão representados


na tabela 1 (o momento de inercia segundo o eixo do z (Izz), área de secção trans-
versal (A) e o fator de corte (SHEAR Z) para levar em conta o efeito do corte) e as
dimensões representadas na Figura 1.

Tabela 1 - Parâmetros geométricos da secção transversal.

Parâmetro Valor Unidades

Izz 2,34𝑥10−6 𝑚4

A 1,53𝑥10−3 𝑚2

Fator de corte – Shear Z 12 -


5

O fator de corte pode ser determinado para diferentes secções transversais, e pode
ser calculado através da seguinte fórmula:
𝐴 𝑄2
𝑆ℎ𝑒𝑎𝑟𝑍 = 2 ∗∫ ∗ 𝑑𝐴 (1)
𝐼𝑧𝑧 𝑏2

Sendo que:

Q – Momento de primeira ordem de área;

b - Espessura da secção transversal.


3 Método analítico usando a aproximação de
Euler

Para o método analítico (Nc,Rd): elástico linear (Euler), vamos assumir a equa-
ção diferencial de segunda ordem para determinar o deslocamento transversal na
coluna do feixe, representado pela equação (2).
𝑑2𝑦
𝐸𝐼 ∗ = 𝑀 (𝑥 ) (2)
𝑑𝑥 2

Sendo o momento de flexão interna, produzido pela carga axial de desloca-


mento, considerando o equilíbrio na deformada, de acordo com a equação (2, este
fica:

𝑀(𝑥) = −𝐹𝑦 ∗ 𝑦(𝑥) (3)

Utilizando a substituição da variável de acordo com a equação (4), sendo


esta definida por:
𝐹𝑦
= 𝐾2 (4)
𝐸𝐼

A equação diferencial de segunda ordem pode ser escrita num formato di-
ferente:
𝑑2 𝑦
+ 𝑘2𝑦 = 0 (5)
𝑑𝑥 2

A solução geral para o deslocamento pode ser determinada, considerando-


se a seguinte solução para esta equação diferencial.

𝑦(𝑥) = 𝐶1 𝑠𝑖𝑛(𝑘𝑥) + 𝐶2 𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) (6)

Depois de aplicar as condições de fronteira adequadas correspondentes aos


suportes superior e inferior (x = 0, y = 0, x = L, y = 0):

𝑥 = 0, 𝑦 = 0 ⟺ 𝐶1 𝑠𝑖𝑛(𝑘0) + 𝐶2 𝑐𝑜𝑠(𝑘0) ⇔ 𝐶2 = 0 (7)

𝑥 = 𝐿, 𝑦 = 0 ⇔ 0 = 𝐶1 𝑠𝑖𝑛(𝑘𝐿) + 𝐶2 𝑐𝑜𝑠(𝑘𝐿)

⇔ 𝐶1 𝑠𝑖𝑛(𝑘𝐿) = 0 ∴ 𝐶1 ≠ 0 ∧ 𝑠𝑖𝑛(𝑘𝐿) = 0
𝐹𝑦
⟺ √ 𝐿 = 𝑛𝜋 (8)
𝐸𝐼

A carga de encurvadura de Euler pode ser determinada de acordo com:


𝑛2 𝜋 2 𝐸𝐼
𝐹𝑦 𝑐𝑟 = 𝐿2
(9)

Para o primeiro modo da forma de encurvadura, vamos considerar n = 1.

Para se obter a solução analítica é necessário calcular a resistência à com-


pressão do elemento que se encontra carregado axialmente, desprezando o efeito
da encurvadura.

No entanto, segundo o Eurocódigo 3, parte 1-1, um elemento carregado à


compressão pode estar ou não sujeito a efeitos de instabilidade, sendo que, caso a
esbelteza do elemento seja superior a 0.2, devem ser tidos em conta os efeitos da
encurvadura.

A resistência de um elemento à compressão simples é dada pela Equação


(1):
𝐴𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = (1)
𝛾𝑀,0

Sabendo que o elemento é constituído de aço S275, podemos afirmar que fy toma
o valor de 275MPa e E tem o valor de 2,10𝑥1011 Pa. Deve-se assumir 𝛾𝑀,0 = 1. Logo o
valor de Nc,Rd é dado pela Equação (2).
𝐴𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = 420750 𝑁 (2)
𝛾𝑀,0

Seguidamente é necessário calcular a carga critica de Euler (Ncr), a esbelteza do


elemento (λ) e a relação entre a carga critica e a resistência à compressão (Ncr/Nc,Rd).

A carga critica de Euler é dada pela equação (9) e a esbelteza pela Equação (3).
𝐴𝑓𝑦
𝜆̅ = √ (3)
𝑁𝑐𝑟

Tabela 2 - Resistência linear e elástica para diferentes comprimentos de coluna (Método de Euler).

L [m] Ncr λ Ncr / Nc, Rd


1,21 3312563 0,97 7,87
1,60 1894501 0,95 4,50
2,00 1212481 0,93 2,88
2,40 842001 0,89 2,00
2,80 618613 0,84 1,47
3,20 473625 0,77 1,13
3,40 419544 0,73 1,00
3,80 335867 0,64 0,80
4,20 274939 0,55 0,65
4,60 229202 0,48 0,54
5,00 193997 0,41 0,46
5,40 166321 0,36 0,40
6,00 134720 0,30 0,32
6,50 114791 0,24 0,27

1,20
Ncr/Nc,Rd (Analítico)
Ncr/Nc,Rd
1,00

0,80
Nb/Nc,Rd

0,60

0,40

0,20

0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50
Esbelteza Adimensional
Figura 3 - Análise Linear - Método Euler
4 Resistência linear elástica – teoria de valores e
vetores próprios (ANSYS)
Relativamente ao método numérico elástico linear vamos utilizar o método da
solução do Eigenvalue, com o software ANSYS.

Este valor de deformação de análise prevê a força de deformação teórica de


uma estrutura elástica ideal. Ela calcula os valores de Eigen estruturais para o sis-
tema de cargas e restrições, sendo conhecido como a clássica análise de deforma-
ção de Euler.

Num problema de encurvadura de Eigenvalue, são avaliadas as cargas nas


quais o modelo para a matriz de rigidez é singular, para que o problema tenha
soluções não triviais.

Uma das equações gerais é utilizada é a seguinte:

𝐾 𝑀𝑁 𝑣 𝑀 = 0

Onde 𝐾 𝑀𝑁 é a matriz de rigidez tangente quando as cargas são aplicadas e 𝑣 𝑀


são soluções não triviais de deslocamento. As cargas aplicadas podem ser pressões,
forças concentradas ou cargas termais.

O Eigenvalue relativo à encurvadura é geralmente utilizado para estimar car-


gas críticas em estruturas rígidas, como é o nosso caso.

4.1 Descrição do Elemento Finito


O elemento utilizado neste estudo é o elemento Beam 188. É um elemento
plano utilizado para o estudo de estruturas esbeltas a moderadamente grossas. É
um elemento de coluna baseado na teoria de Timoshenko que inclui o efeito e as
deformações de corte, sendo que inclui a possibilidade de empenamento livre.

O elemento Beam 118 possui seis ou sete graus de liberdade três translações
em x, y e z e as rotações nesses mesmos eixos. O sétimo grau de liberdade diz
respeito á magnitude do empenamento, e é opcional. Este elemento é muito bom
para análises lineares e não lineares.

Este elemento possui formulação da matriz tensão-rigidez que permite ao


elemento ter capacidade para analisar a estabilidade sob flexão lateral, torsional
utilizando o valor de encurvadura de Eigenvalue ou o método do comprimento do
arco, tendo a capacidade de contabilizar não linearidades elásticas ou plásticas do
material.

Figura 4 - Geometria do elemento Beam188.

O elemento possui 3 nós, i, j e k sendo que o nó k serve para orientar a secção


transversal do elemento, como mostra a figura anterior. Possui funções de interpo-
lação lineares, quadráticas ou cúbicas com um, dois ou três pontos de Gauss de-
pendo da aplicação.
4.2 Resistência Linear Elástica

Utilizando o elemento “BEAM188” do software ANSYS, são realizadas si-


mulações numéricas para todos os diferentes comprimentos da coluna.

A fim de seguir este procedimento, é necessário saber a área transversal,


modulo de elasticidade, coeficiente de Poisson, fator de corte e a altura do perfil.
O comportamento do material é considerado elástico, o que significa que o módulo
de elasticidade deve ser considerado igual a 2.1 × 1011 [N/𝑚2 ] e o coeficiente de
poisson igual a 0,3.

Com o objetivo de obter resultados coerentes, os elementos finitos de todas


as malhas devem ter o mesmo tamanho, de 0.1 [m]. Na tabela 3, são apresentados
os números de elementos para cada coluna.

Tabela 3 - Número de elementos finitos

L [m] Número de elementos Tamanho dos elementos [m]


1,21 12 0,1
1,60 16 0,1
2,00 20 0,1
2,40 24 0,1
2,80 28 0,1
3,20 32 0,1
3,40 34 0,1
3,80 38 0,1
4,20 42 0,1
4,60 46 0,1
5,00 50 0,1
5,40 54 0,1
6,00 60 0,1
6,50 65 0,1

Os passos para a simulação devem então ser os seguintes:


• Inicialmente, é necessário dar a informação ao programa de que se quer
realizar uma análise Estrutural;
• É necessário, de seguida, escolher o tipo de elemento bem como as suas
opções, para que se adeque da melhor forma ao problema em questão;
• Em seguida é escolhido o tipo de material. Neste passo, é dada a indicação
ao programa que o material é linear, elástico, com comportamento isotró-
pico. É ainda necessário introduzir o módulo de elasticidade e o coeficiente
de Poisson;
• A secção do elemento é definida como referido no enunciado do problema,
trata-se de uma secção quadrada oca (SHS 100x100x4);

Figura 5 - Secção do Elemento.

• No próximo passo são criados os Keypoints e a Line que constituem o ele-


mento;
• Após a criação dos Keypoints e das Line, é necessário definir uma malha
de elementos finitos. Os elementos finitos irão ter todos o mesmo
comprimento (0.1 m), mesmo para diferentes alturas de coluna, para facili-
tar a análise e comparação de resultados.

Figura 6 – Vista frontal do elemento tridimensional

• Antes de ser possível realizar a solução, deve-se aplicar as condições fron-


teira no topo e na base da coluna consoante o tipo de apoio, e também uma
carga unitária no topo da coluna;
• Agora, o programa possui todas as informações necessária para que seja
possível realizar a solução. Para obter o resultado pretendido, é necessário
realizar dois tipos de soluções. No primeiro tipo, é definida uma análise
estática.
• Após efetuar este passo, é necessário entrar no menu General Postproc e
voltar a entrar no menu Solution, de modo o programa assumir a solução
pedida anteriormente. Posteriormente é preciso definir uma nova análise,
designada de Eigen Buckling.
• Realizando o Solve desta nova análise, obtêm-se 3 modos de instabilidade,
tal como foi solicitado ao programa previamente, sendo que deve ser esco-
lhido o de menor valor para posteriores análises.

Figura 7 - Modos de Instabilidade para a coluna com 1.21 m

Na imagem seguinte é possível observar o valor do deslocamento máximo


horizontal (coluna com 1.21 m), valor este que será posteriormente utilizado no
cálculo do rácio a utilizar para a imperfeição do elemento.

Figura 8 – Deslocamento em x (Coluna com 1.21 m)


Na tabela 4 e na figura 5, é possível analisar os valores acerca da resistência
linear elástica calculados através da teoria de valores e vetores próprios, recorrendo
ao software Ansys.

Tabela 4 - Valores determinado numericamente para análise linear

Ncr (Ansys) /
L [m] Ncr (Ansys)
Nc,Rd
1,21 3170420 7,54
1,60 1856170 4,41
2,00 1200890 2,85
2,40 838914 1,99
2,80 618565 1,47
3,20 474594 1,13
3,40 420862 1,00
3,80 337380 0,80
4,20 276450 0,66
4,60 230633 0,55
5,00 192727 0,46
5,40 167530 0,40
6,00 135769 0,32
6,50 115722 0,28

1,20
Ncr/Nc,Rd
1,00

0,80
Nb/Nc,Rd

0,60

0,40

0,20

0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50

Esbelteza Adimensional
Figura 9 - Análise Linear Numérica (Ansys)
5 Resistência à compressão com imperfeição geo-
métrica (EC3)
Para os métodos de cálculo simples (Nb Rd - EC3) vai ser necessário o projeto
de estruturas de aço ou elementos de estruturas, conhecido como Eurocódigo 3,
parte 1-1. Qualquer membro de compressão deve ser verificado em relação ao es-
tado limite último de estabilidade e a desigualdade também deve ser verificada.
𝑁𝐸𝑑
≤ 1,0 (13)
𝑁𝑏,𝑅𝑑

Onde,

NEd - valor de cálculo da força de compressão.

Nb,Rd – resistência à deformação do membro sujeito a forças de compressão.

Este último valor deve ser normalizado contra a resistência de design para
as forças normais da seção transversal para a compressão uniforme, Nc,Rd.
𝐴𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = (14)
𝛾𝑀0

A conceção da resistência à deformação do elemento de compressão, Nb,Rd,


pode ser calculada de acordo com a seguinte equação.
𝜒∗𝐴∗𝑓𝑦
𝑁𝑏,𝑅𝑑 = (15)
𝛾𝑀1

Onde,

𝜒 − Fator de redução para o modo de encurvadura relevante, e deve ser determi-


nado em função da esbelteza não-dimensional apropriada
1
𝜒= ̅2
∧ 𝜒 ≤ 1,0 (16)
∅+ ∅2 +λ

O fator ∅ intermédio deve ser determinado de acordo com:

∅ = 0,5 ∗ [1 + 𝛼 ∗ (𝜆̅ − 0,2) + 𝜆̅2 ] (17)


Quando a esbelteza não-dimensional para a classe 1,2 e 3 das seções trans-
versais é calculado por:

𝐴∗𝑓𝑦
𝜆̅ = √ (18)
𝑁𝑐𝑟

𝑁𝑐𝑟 - Carga de deformação elástica

O fator de imperfeição α correspondente à curva de deformação adequada


deve ser obtido a partir das duas tabelas seguintes. Este coeficiente depende do
tipo da secção transversal e no grau de material. No nosso caso, como se trata de
uma coluna de perfil quadrangular, em aço 275 e, por indicação do docente, con-
formada a frio, iremos utilizar a curva de imperfeição (a) cujos valores podem ser
visto nas tabelas 5 e 6.
Tabela 5 - Fator de imperfeição para cada curva.

Buckling curve 𝒂𝟎 a b c d
Imperfection factor 𝜶 0.13 0.21 0.34 0.49 0.76
Tabela 6 - Seleção da curva de deformação em cada um a secção transversal.

Na seguinte tabela são apresentados todos os valores de resistência para


cada um dos cumprimentos de coluna estudados.
Tabela 7 - Resistência a encurvadura (Eurocódigo 3).

L Ncr λ φ χ Nb,Rd Nb,Rd/Nc,Rd


1,21 3312563 0,36 0,58 0,96 405572 0,96
1,60 1894501 0,47 0,64 0,93 392544 0,93
2,00 1212481 0,59 0,71 0,89 376187 0,89
2,40 842001 0,71 0,80 0,84 355314 0,84
2,80 618613 0,82 0,91 0,78 328723 0,78
3,20 473625 0,94 1,02 0,71 296795 0,71
3,40 419544 1,00 1,09 0,66 279630 0,66
3,80 335867 1,12 1,22 0,58 245256 0,58
4,20 274939 1,24 1,37 0,51 213346 0,51
4,60 229202 1,35 1,54 0,44 185409 0,44
5,00 193997 1,47 1,72 0,38 161649 0,38
5,40 166321 1,59 1,91 0,34 141667 0,34
6,00 134720 1,77 2,23 0,28 117533 0,28
6,50 114791 1,91 2,51 0,24 101629 0,24
Pode-se observar melhor os resultados com a ajuda do seguinte gráfico, que
comprovam os resultados vistos até aqui.

Resistência à compressão (Não Linear)


Nb,Rd/Nc,Rd
1,20

1,00
Nb,Rd/Nc,Rd

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00
Esbelteza adimensional
Figura 10 - Resistência à compressão com imperfeição geométrica para diferentes esbeltezas (Eurocódigo 3).

6 Análise não linear – Resistência com imperfei-


ção geométrica (ANSYS)
Para o método numérico (Nb, Rd - ANSYS) vamos fazer a análise da deforma-
ção não linear, pois é mais precisa do que a análise de valor Eigen. No método
não-linear, a análise estática prevê uma deformação nas cargas, logo apresenta uma
grande deformação, seria deste modo de esperar que este resultado fosse menos
preciso do que os calculados anteriormente. O seu modo de funcionamento é muito
simples: aumenta gradualmente a carga aplicada até ao nível de carga se encontrar
até que a estrutura se torna instável, ou seja, de repente, um pequeno aumento na
carga fará grandes desvios.

A natureza não-linear desta análise permite assim a modelagem das imperfei-


ções geométricas e não-linearidades do material. Para este tipo de análise, vamos
definir a imperfeição da geometria da coluna. Para definir esta imperfeição geo-
métrica, é aceitável a introdução de uma função seno harmónica, tal como repre-
sentado pela seguinte equação.
𝜋𝑥
𝑢 = 𝑢𝑚á𝑥 ∗ sin ( ) (19)
𝐿

𝐿
A imperfeição máxima 𝑢𝑚á𝑥 é dada por , mas pode ser modificada para
1000
𝐿 𝐿
ou , dependendo do tipo de aço que se utilize, que contabilize todas as im-
150 250
perfeições do material.

Outro modo de obter a modo de instabilidade seria através do Eigenvalue,


para introduzir a imperfeição na geometria. Assim, seria necessário atualizar a ge-
ometria, usando um fator de escala adequado, que passaria por considerar a imper-
𝐿
feição máxima como o racio entre 𝑢𝑚á𝑥 ( ) 𝑒 o máximo deslocamento horizon-
1000
tal obtido através da análise.

Para esta abordagem numérica, vamos usar novamente o elemento finito


“BEAM 188”, que já foi descrito no capítulo anterior.

O modelo de material deve ser definido em duas fases distintas: linear e não
linear. O comportamento do material linear vai ser usado para pequenas deforma-
ções, usando o apropriado módulo elástico E, e o coeficiente de Poisson corres-
pondente.

O comportamento não linear do material deve ser considerado como: ine-


lástica, a taxa independente, isotrópica plasticidade endurecimento, Mises plasti-
city, com a definição por partes do segmento multi-linear. O primeiro ponto de
dados deve ser utilizado para definir a primeira rendendo de material, fy, tal como
representado na figura a seguir. O primeiro ponto de dados é também utilizado
para comparar o módulo elasticidade. O Ansys realiza uma comparação entre o
módulo de elasticidade previamente definidos, E e o módulo de elasticidade deter-
minado utilizando os primeiros pontos dados. O último deve ser menor ou igual
em relação ao anterior E.
Figura 11 - Comportamento do material de aço, sob tensão e compressão.

A carga deve ser aplicada com intervalos "pequenos" para atualizar a geo-
metria, usando uma tabela definida com o menu do utilitário ANSYS. Este parâme-
tro define a tabela deve ser usada na definição da condição limite de carga, Fy.

Nos dois subcapítulos seguintes, serão descritos e resolvidos os dois méto-


dos utilizados para a análise não linear, recorrendo ao software ANSYS.

6.1 Método de Newton-Raphson


Para obter os resultados deste método, devem-se definir determinados pa-
râmetros aquando da seleção do tipo de análise (estática). Introduz-se, então, no
menu Sol’n Controls, os valores que se apresentam na tabela 8 apresentada a se-
guir.
Tabela 8 - Parâmetros de carga e variação de tamanho dos incrementos.

Pseudo-tempo Parâmetro

0 -1

450000 -450000

∆F 5000

∆F mín 50

∆F máx 10000
Na tabela, o tempo é considerado um “pseudo-tempo” visto que toma o valor de
uma força. Força esta que vai ser aplicada com incremento normal de 5000[N],
mínimo de 50[N] e máximo de 10000[N].

No menu General Postproc → Read Results → By Pick, retira-se o penúl-


timo valor da lista. Pode-se então obter o seguinte gráfico para as diferentes esbel-
tezas adimensionais das colunas.

Na tabela seguinte é possível observar os valores obtidos através do método


de Newton-Raphson relativos á analise não linear numérica.

Tabela 9 - Análise Numérica não Linear Newton Raphson

L [m] Nb,Rd (Ansys) Nb,Rd (Ansys) / Nc,Rd


1,21 408270 0,97
1,60 401546 0,95
2,00 390647 0,93
2,40 375530 0,89
2,80 353497 0,84
3,20 323780 0,77
3,40 306483 0,73
3,80 268770 0,64
4,20 232655 0,55
4,60 201085 0,48
5,00 174301 0,41
5,40 152044 0,36
6,00 125347 0,30
6,50 102498 0,24

Na figura seguinte, são apresentados os valores referidos na tabela anterior.


Método Newton-Raphson
Newton-Raphson
1,2

1
Nb,Rd/Nc,Rd

0,8

0,6

0,4

0,2

0
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00

Esbelteza Adimensional

Figura 12 - Método de Newton-Raphson.

6.2 Arc-Lenght
Após a resolução do método de Newton-Raphson, é necessário apagar todas
as forças introduzidas no Keypoint superior.

Em Preprocessor → Loads → Define Loads → Apply → Structural →


Force/Moment → on Keypoints, seleciona-se o nó superior e aplica-se uma força
segundo y com o valor constante de -450000[N].

No menu Sol’n Controls, na análise estática, tem de se informar o programa


de que a carga deve ser aplicada em 100 etapas (substeps). Deve-se ainda ativar o
modo Arc-Lenght inserindo o valor da seguinte tabela:

Tabela 10 - Comprimento máximo e mínimo do raio da circunferência.

máx= 1

min= 0,01
No menu General Postproc → Read Results → By pick, retira-se o valor de
maior percentagem da lista apresentada, que posteriormente será multiplicada pela
carga de 450000[N] para obtermos o valor pretendido. Na tabela seguinte obtemos
os valores através do método Arc-lenght.
Tabela 11 - Valores numéricos obtidos através do método Arc-Lenght.

L [m] Nb,Rd (Ansys) Nb,Rd (Ansys) / Nc,Rd


1,21 408246 0,97
1,60 401324 0,95
2,00 390664 0,93
2,40 375419 0,89
2,80 353530 0,84
3,20 323705 0,77
3,40 305931 0,73
3,80 268473 0,64
4,20 232459 0,55
4,60 200776 0,48
5,00 174162 0,41
5,40 151871 0,36
6,00 125136 0,30
6,50 102311 0,24

Método Arc-Lenght Arc-Lenght


1,2

1
Nb,Rd/Nc,Rd

0,8

0,6

0,4

0,2

0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00
Esbelteza Adimensional
Figura 13 - Método Arc-Lenght
7 Resultados

Após efetuadas todas as diferentes análises à resistência à compressão para


diferentes alturas de colunas, pode-se observar os diferentes resultados no próximo
gráfico.

Comparação entre os resultados obtidos


1,20
Euler

Arc-Lenght
1,00
Newton-Raphson

EC3
0,80 Ncr(ansys)/Nc,Rd

0,60

0,40

0,20

0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00
Esbelteza Adimensional

Figura 14 - Comparação entre os resultados obtidos das cinco análises

Com o objetivo de perceber qual o método que melhor aproxima os resultados, é


exibido o seguinte gráfico, onde é possível observar os erros relativos tanto para a solução
linear como para as soluções não lineares.
Erros relativos
12,00
Análise Linear
Newton-Raphson
10,00
Arc-Lenght
Erro Relativo (%)

8,00

6,00

4,00

2,00

0,00
0,36 0,47 0,59 0,71 0,82 0,94 1,00 1,12 1,24 1,35 1,47 1,59 1,77 1,91

Esbelteza Adimensional
Figura 15 - Erros Relativos

Analisando a figura 14, que compara os resultados obtidos das 5 análises, temos
de dizer que estes foram, antes de mais, espectáveis, sendo que as curvas se comportaram
como descrito teoricamente.

A curva relativa aos métodos lineares, de Euler e dos Vetores Próprios, e digo a curva
porque os valores das mesmas são praticamente coincidentes, com recurso ao software
ANSYS, é a que mais se distingue das demais, apresentando um decaimento mais acen-
tuado da carga em função da esbelteza, mais notório para esbeltezas iguais e superiores a
1.

As curvas relativas aos métodos não lineares, apresentam um decaimento mais lento,
sendo que, tal como aconteceu nas curvas lineares, as curvas relativas aos métodos de
Newton-Raphson e Arc-Lenght são praticamente coincidentes, e a curva relativa ao mé-
todo utilizando o Eurocódigo 3 é a que apresenta resultados menores em todos os casos,
o que pode ser facilmente justificado pelo fator segurança incrementado nas fórmulas
utilizadas.

Relativamente aos erros relativos, utilizou-se a seguinte fórmula:


𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑛𝑎𝑙í𝑡𝑖𝑐𝑜−𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑁𝑢𝑚é𝑟𝑖𝑐𝑜
𝐸𝑟𝑟𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑁𝑢𝑚é𝑟𝑖𝑐𝑜
× 100 (20)
Sendo que os resultados, mostrados na figura 15, são valores comparativos entre os
métodos de análise linear, Newton-Rapshon e Arc-lenght, comparativamente aos valores
considerados como teóricos obtidos através do método utilizando o Eurocódigo 3.

Nesta imagem, podemos observar, como já tínhamos visto na figura 10, que os valo-
res do erro entre os métodos de Newton-Rapshon e Arc-Lenght são muito idênticos, sendo
que o método de Arc-Lenght possui uma percentagem de erro relativo inferior ao método
de Newton-Rapshon. Os erros destes métodos são baixos para comprimentos de vão
muito curtos, sendo que vão gradualmente aumentando até atingirem o seu pico aproxi-
madamente ao 1m de vão, e diminuindo gradualmente para valores muito baixos desde
aí.

Quanto aos erros relativos da Análise Linear, mais uma vez tendo como fator com-
parativo os resultados obtidos pelo método do Eurocódigo 3.1-1, podemos observar atra-
vés da análise do gráfico da figura 15 que estes, apesar de sempre baixos, são maiores
para comprimentos de coluna mais curtos, diminuindo com o aumento do comprimento
do vão, chegando a atingir valores de erro relativo próximos de 0%.
8 Conclusões
Com a realização deste trabalho pode-se concluir que o software ANSYS é uma
ferramenta de grande utilidade para a realização de estudos de instabilidades de
colunas, auxiliando e sendo um potencial comparador dos resultados obtidos atra-
vés das análises analíticas.

Os resultados que obtivemos foram muito próximos, com erros relativos bai-
xos, sendo esta proximidade mais notável na análise linear. É possível reparar que
a carga de rutura é menor nas colunas mais esbeltas, sendo as mais curtas as mais
resistentes à encurvadura, isto é verificado em todas as análises anteriormente re-
alizadas.

Concluímos que o método mais seguro, é o método não linear utilizando o


método do Eurocódigo 3.1-1, por causa do fator adicional de segurança que con-
fere, seguido dos métodos de análise linear recorrendo ao método de Euler e ao
software ANSYS com o a teoria dos valores e vetores próprios, sendo que estes
apresentam valores praticamente coincidentes.

Apesar de ser o método mais seguro, e dado que a percentagem de erro dos
outros métodos relativamente a este é muito baixa, podemos afirmar que utilizar a
análise não linear com recurso ao Eurocódigo se pode tornar inviável a nível eco-
nómico, pois acaba por existir um gasto excessivo e desnecessário de material.
9 Bibliografia
[1] (Eurocódigo 3- Projeto de estruturas de aço de aço. Parte 1-1.)

[2] (Piloto, COMPUTATIONAL MECHANICS (2º cycle, Master of Science De-


gree), 2020)

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