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Capítulo III

“TEORIA DE DOW”

Neste capítulo, vamos explicar a teoria de Dow. Mas quem foi Dow?
Charles Dow, junto com Edward Jones, foram os fundadores da Dow Jones Company em 1882.
A maioria dos técnicos e estudantes do mercado concordam que muito do que nós chamamos
atualmente análise técnica tem suas origens na teoria primeiramente proposta por Dow na virada do
século. Dow publicou suas idéias em uma série de editoriais escrito ao The Wall Street Jornal. A maioria
dos analistas de hoje reconhecem e assimilam as idéias básicas de Dow, mesmo não sabendo sua
origem.
Vamos então analisar os tópicos nos quais uma série de técnicas de fundamentam.

1. O mercado tem três tendências

Podemos definir as tendências de Dow como um complemento uma da outra, pois elas
interferem entre si e, para que haja mudança na maior, esta mudança deve se iniciar pela menor. Maior?
Menor? Vamos defini-las!

Tendência Primária: É o movimento mais longo a ser identificado em um gráfico, podendo ser
de alta ou de baixa, composto pelas 3 tendências principais de DOW. Este movimento geralmente dura
de 1 a 2 anos e gera valorizações, ou desvalorizações, de grande vulto.

Tendência Secundária: É o segundo movimento mais longo identificado no gráfico, o qual


geralmente corrige o primeiro em seus excessos e também o fortalece. Geralmente tem duração de
alguns meses apenas e faz parte da tendência primária. Algumas vezes chega a corrigir até 2/3 da
principal.

Tendência terciária: Geralmente é um movimento curto, que não dura mais que no máximo 2 a
3 semanas e visa corrigir ou definitivamente alterar a tendência secundária.

Estas três tendências juntas compõem uma movimentação nos preços completa. Uma não
existe sem a outra. Toda alta deve ser corrigida para ter força

e continuar subindo. Esse é o papel da secundária, corrigir a primária, assim como a terciária
corrige a secundária. (fig. 8)

(fig. 8)

2. A tendência principal tem 3 fases.

Estas três fases podem ser definidas como: acumulação, alta sensível e euforia, no caso da tendência
primária ser de alta. No caso de baixa, dizemos que as três fases são: distribuição, baixa sensível e
pânico. Mas o que significam estas três fases?
Estas fases completam um ciclo de uma tendência de alta ou baixa. Na acumulação ou distribuição, o
movimento é lento, dando apenas uma leve noção da tendência, o que geralmente não convence os
investidores. Após um certo tempo nessa seqüência inicial, inicia-se o período onde os investidores
começam a acreditar na formação da tendência primária, e decidem fazer parte dela, ou realizar alguns
lucros. Por último, temos a fase em que o movimento já é bem visível e todos querem tomar parte, seja
comprando ou vendendo. Ocorre então o movimento que inicia a mostrar o fim do movimento. A
euforia ou pânico, onde todos resolvem correr. (fig. 9)

(fig. 9)

3. O Volume confirma a tendência

Para que a tendência de alta se confirme, é necessário ter sempre em mente o volume do papel.
À medida em que a tendência vai avançando de fase em fase, conforme as fases descritas por
Dow, é importante atentar para o aumento conjunto do volume, ou no caso de baixa, a
diminuição do volume. À medida que cresce o preço, deve crescer junto o volume. Caso o preço
esteja subindo sem o acompanhamento do volume, provavelmente as 3 fases não se
confirmarão!!!

4. Somente sinais de reversão indicam o fim da tendência

Para que saibamos que a atual tendência de alta ou de baixa chegou ao fim, conforme a teoria de
Dow, devemos identificar sinais de reversão, os quais ao se confirmarem, indicarão que aquele
era o fim, que não se pode mais basear-se naquela tendência para operações. Mas que sinais
seriam esses? Como identificá-los? Isso é o que veremos no próximo capítulo!

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