Você está na página 1de 2

TPA27_4SEM - Legislação e Empreendedorismo (N1 parte II - peça visual/audiovisual)

Alunos - Carlos Eduardo Ajala, Daniel Costa, Luca Moreira, Pedro Caffé, Victor Moreira

A nossa HQ procura expressar as ideias do áudio “Felicidade é aqui e agora”. Neste


texto, explicaremos a relação da nossa história com o áudio de Clóvis de Barros Filho. Então
vamos lá: Yan, nosso protagonista, quer construir uma vida do outro lado do Gigante (uma
enorme parede que corta o oceano). Ele sente que a existência de um paredão que percorre o
horizonte limita suas escolhas na vida, então decide atravessá-lo. Yan é estabelecido desde o
começo como um indivíduo diferente dos demais. Enquanto o povo comum simplesmente se
conforma com a presença de um grande muro no meio do oceano, Yan se recusa a enxergá-lo
apenas como uma inconveniência da natureza. Para ele, o Gigante é um obstáculo e um
convite. O garoto acredita que só encontrará a felicidade após atravessar o paredão e
conquistar sua liberdade.

No entanto, a noção de que Yan só será feliz após atravessar o grande muro é
questionada em diversos momentos no decorrer da história. Seu irmão adotivo, Noah, não é
muito a favor das escolhas do caçula. Apesar de reconhecer as ambições do garoto, o risco da
escalada é um preço muito caro aos seus olhos. No entanto, o desejo de Yan está diretamente
conectado ao Gigante. Ele quer explorar o mundo e não há nada que Noah possa fazer para
mudar isso. Incapaz de aceitar a realidade, Noah joga a culpa no pai, Kiko, que incentivou os
sonhos do filho adotivo. Após Yan acidentalmente causar um incêndio que indiretamente levou
a morte do Kiko, Noah se sentiu obrigado a tomar o papel do pai e acompanhar o garoto em
sua jornada de escalar o paredão. Muitos anos depois, todas essas dúvidas são colocadas em
xeque e agora tudo depende de Yan conseguir ou não derrotar o Gigante.

Na subida, o garoto recorda diversos momentos que passou com a sua família e
amigos. Yan compreende o valor destes pequenos momentos e isso acaba se tornando o motor
de seu vigor. A felicidade de Noah ao ver que seu irmãozinho conseguiu escalar o Gigante é
indescritível, pois é a confirmação de que Yan não se esqueceu das lições que aprendeu na ilha
e que ainda se lembra da promessa que fez com seu irmão. A história termina com Yan dando
sinal de vida e trazendo a felicidade para todos de sua ilha, deixando em aberto o que ele
encontrará do outro. Há outros pequenos detalhes que utilizamos como meio de reforçar a
moral, tais como o termo “azarado” que se refere àqueles com superpoderes. Yan possui a
habilidade do fogo, um elemento perigoso, mas necessário na vida do homem moderno. O
termo “azarado” se encaixa aqui como uma forma de reforçar a ideia de que Yan está
destinado a machucar as pessoas por ter nascido com uma habilidade tão perigosa. No
entanto, fogo também um elemento que traz aconchego e proteção. O momento em que Yan
atinge o topo do Paredão é uma demonstração de triunfo da perspectiva positiva sobre a
negativa em relação ao seu poder.

De modo geral, optamos por focar em uma frase específica de Clóvis de Barros Filho,
onde ele afirma que a felicidade é uma coleção de pequenos momentos, não uma conquista da
vida. A conquista de Yan não significa a felicidade eterna, aquele é apenas um momento
vitorioso passageiro. Eufórico, mas vago. A felicidade do protagonista se encontra no que diz
respeito às suas ações. Devido à convivência amorosa e caridosa de sua família adotiva que o
tratou como um moleque normal mesmo perante às suas características assustadoras, Yan se
tornou alguém bom. Ele aprendeu a valorizar o que tem e só então foi capaz de perdoar a si
mesmo e conseguir o que queria. Isso é o que o fez capaz de escalar o Gigante e não o fato de
que ele tem fogo em suas mãos. Seguindo as palavras de Clóvis, percebemos aqui que a
felicidade é proporcionada através do amor que recebemos e não da grandiosidade do que
conquistamos.

Você também pode gostar