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A educação básica pública e a progressão contínua.

Com base nos dados do Sistema de avaliação de Educação Básica -


SAEB – verifica-se que 70% dos estudantes estão no nível “insuficiente”, ou
seja, são considerados analfabetos funcionais, mas o que isto significa? Ser
um analfabeto funcional engloba inúmeras limitações, dentre elas,
incapacidade de compreender textos e operações matemática simples A
educação infantil e o ensino fundamental são encargo dos municípios, na
maioria das escolas públicas no Brasil, o estudante estará alfabetizado na 3ª
ou na 4ª série, às unidades federais cabe a responsabilidade de ofertar o
ensino médio, no qual os alunos chegam com limitações nas leituras, nos
entendimentos de textos simples e escrita, o que torna praticamente impossível
seguir com a educação apropriada e adequada para a série que se refere.

A reprovação é substituída pela progressão continuada, mas sem a base


do alfabetismo, o aluno não tem capacidade de seguir os estudos de maneira
eficiente e a educação se torna obsoleta. O aluno não aprende, mas progride
para a próxima série sem o mínimo necessário que se espera de educação.

O Pisa (Programme for International Student Assessment) promove


avaliações, que são divulgadas a cada 3 anos, de estudantes na faixa etária
dos quinze anos, que distingue oito níveis de compreensão de leitura. Quatro
primeiros níveis do Pisa são: 1, 1A, 1B, 2), os alunos que caem nesses níveis
são considerados não capazes de fazer sentido elementar de uma leitura. Dois
terços dos alunos brasileiros sabem o menos que o básico. Especialistas dizem
que ser alfabetizado é ter a capacidade plena de usar o código alfabético para
ler e escrever, e essa habilidade aprende-se no primeiro ano do ensino
fundamental.

A Secretaria de Alfabetização, criada por meio do Decreto Nº 9.665, de 2


de janeiro de 2019, é responsável por planejar, orientar e coordenar a
implementação de políticas para a alfabetização de crianças, jovens e adultos.

O art. 214 da Constituição, com a redação dada pela Emenda


Constitucional nº 59, de 2009, determina que a lei estabelecerá a erradicação
do analfabetismo.
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional
de Educação (PNE), com vigência de dez anos (2014/2024), estabelece, no art.
2º, diversas diretrizes do PNE. Com prioridade sobre as demais, o inciso I
determina a erradicação do analfabetismo até junho de 2024.
O Brasil tem 11,8 milhões de analfabetos, correspondente a 7,2% da
população da faixa etária de quinze anos ou mais, segundo dados divulgados
pelo IBGE. O Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) revela que, em 2018,
três em cada dez jovens e adultos brasileiros de 15 a 64 anos são
considerados analfabetos funcionais, o que corresponde a 39 milhões de
pessoas, 29% da população total, lembrando que o analfabetismo funcional
demonstra a dificuldade de entender e se expressar por meio de letras e
números em situação no cotidiano. Com esses números decepcionantes a
meta de elevar a taxa de alfabetização da população então prevista não foi
atingida, com apenas uma lenta evolução até o final de 2018, com a criação da
Sealf (Secretaria de Alfabetização) deverá se dar a prioridade absoluta para a
erradicação do analfabetismo até 2024, a afim de cumprir o plano decenal de
educação proposto (2014-2024)

Referências bibliográficas:
Educação básica pública: analfabetismo & ensino médio
Blog da Reitoria nº 359. 3 de setembro de 2018
Por Prof. Paulo Cardim
Alfabetização: desafio para o novo governo
Blog da Reitoria nº 379, de 18 de fevereiro de 2019
Por Prof. Paulo Cardim

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