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Índice

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1
NOÇÕES BÁSICAS DO DIREITO FISCAL ........................................................................... 2
ACEPÇÕES DO SÍMBOLO FONTES DO DIREITO ............................................................ 2
➢ Filosofia ............................................................................................................................ 2
➢ História ............................................................................................................................. 2
➢ Instrumental .................................................................................................................... 2
➢ Sociológico ou material ................................................................................................... 2
➢ Orgânico ou politico ........................................................................................................ 3
FONTES DO DIREITO FISCAL .............................................................................................. 3
VOLUNTARIAS OU INTENCIONAIS.................................................................................... 3
FONTES NÃO VOLUNTARIAS OU NÃO INTENCIONAIS ............................................... 4
VOLUNTARIAS OU INTENCIONAIS.................................................................................... 4
Constituição ............................................................................................................................. 4
Convenções internacionais ..................................................................................................... 4
LEI ............................................................................................................................................ 5
Decretos, Decretos-leis (do Conselho de Ministros) ............................................................. 5
Decretos do Conselho de Ministro ......................................................................................... 5
Decretos Presidenciais............................................................................................................. 5
Regulamentos Tributários das Autarquias ........................................................................... 5
FONTES NÃO VOLUNTARIAS OU NÃO INTENCIONAIS ............................................... 6
Princípios Gerais do Direito Fiscal material ......................................................................... 6
Princípio da legalidade ........................................................................................................... 6
Princípio da eficiência Funcional do Sistema Fiscal ............................................................ 6
Princípio de Anualidade ......................................................................................................... 7
Princípio da Equidade ............................................................................................................ 7
Princípio da Igualdade ............................................................................................................ 7
CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 8
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO
No presente trabalho irei abordar sobre Fontes do direito Fiscal, partindo da definição, Direito
Fiscal, será o sistema de normas jurídicas que disciplinam as relações de imposto e definem os
meios e os processos pelos quais se realizam os direitos emergentes daquelas relações.

O Direito Fiscal tem natureza institucional. As suas normas não se integram no Direito Comum,
cuja disciplina é genérica, comum às mais diversas instituições. Visam, pelo contrário, disciplinar
certos tipos de relações, constituídas na base das instituições tributárias, as quais encontram a sua
origem na ideia-força, enraizada no seu meio social, da necessidade da contribuição dos
patrimónios dos particulares para a sustentação da comunidade. Dir-se-á mesmo que essa raiz
institucional dá unidade ao Direito Fiscal, através do sentido teleológico das suas normas, o qual
provém daquela mesma raiz.

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NOÇÕES BÁSICAS DO DIREITO FISCAL
Importa antes de mais começarmos por definir o Direito Fiscal como sendo o ramo do
direito que disciplina a receita pública, denominada impostos.
A palavra fonte que etimologicamente significa nascente, por extensão veio também
significar origem, causa, principio. São fontes do direito o modo de revelação e formação
das normas jurídicas.

Também pode ser percebido o direito fiscal como sendo um conjunto de normas que
regulam as relações que se estabelecem entre o Estado e outros entes Públicos, por um
lado e os cidadãos por outro, por via de imposto. Estas normas regulam as várias fases do
imposto:

1. Incidência;
2. Lançamento;
3. Liquidação;
4. Cobrança

ACEPÇÕES DO SÍMBOLO FONTES DO DIREITO


Aqui demostraremos como cada uma das áreas científicas, percebe ou entende sobre as
fontes do direito fiscal, num olhar da mesma ciência
➢ Filosofia: a que designa o fundamento da obrigatoriedade dos comandos
jurídico-legais.

➢ História: a que indica os antecedentes e a evolução duma norma ou de um


sistema jurídico.

➢ Instrumental: a que se refere documentos que suportam as normas. É também


designada como fonte de Direito em sentido histórico ou material.

➢ Sociológico ou material: a que trata de reconhecer os factores sociológicos


inseridos na génese de certas normas fiscais, salientando a importância dos
factores e condicionalismo sociais e económicos para a génese de determinada
norma.
➢ Orgânico ou politico: a que diz respeito aos órgãos do Estado ou de outros entes
com poderes de produção do Direito, ou seja, a que torna as fontes do Direito
como ou órgãos encarregues de produção de normas jurídicas.

FONTES DO DIREITO FISCAL


São fontes do Direito o modo de revelação e formação das normas jurídicas. Ao estudar
as fontes do Direito fiscal terei como objecto analisar a forma da revelação das normas
jurídico-fiscal
Existem (2) tipos de fontes do direito fiscal

VOLUNTARIAS OU INTENCIONAIS
São as produzidas pelo homem as que pertencem as formas de produção do Direito
Voluntário, o constituído por actos normativos, acontecem com a intervenção volitiva
mediante um acto jurídico que pode ser lei ou outra forma de revelação normativa:

• Constituição;

• Leis Constitucionais;

• Leis (ordinárias);

• Decretos-leis;

• Resoluções da Assembleia da República;

• Convenções Internacionais (Tratados e acordos normativos);

• Decretos;

• Resolução do Conselho de Ministros;

• Regulamentos tributários das autarquias;

• Jurisprudências;

• Doutrinas.

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FONTES NÃO VOLUNTARIAS OU NÃO INTENCIONAIS
• Princípios jurídicos fundamentais que enformam Constituição material do Estado
de Direito;

• Princípios gerais do Direito Fiscal material;

• Princípios da legalidade;
• Princípios da Igualdade;

• Princípios da Eficiência Funcional do Sistema Fiscal;

• Princípios da Anualidade;

• Princípios da Equidade;

• Princípios da Protecção de boa fé;

• Princípios da não Retroactividade das leis;

• Costumes, Usos e Desusos.

VOLUNTARIAS OU INTENCIONAIS
Constituição
No Ordenamento Jurídico Moçambicano assim como em qualquer sistema normativo
estatual, a Constituição ocupa o topo da hierarquia das normas e da primazia
relativamente as demais legislações desempenha importante função de expor as matérias
tributarias reservadas a lei em sentido restrito. É na Constituição que existem normas com
relevância dogmáticas jurídica e as que tem como objectivo a fiscalidade. Formando
Direito Constitucional Fiscal

Convenções internacionais
São fontes do Direito Fiscal as convenções propriamente ditas e os tratos tributários e os
que acidentalmente tenham normas tributarias, quer de natureza bilaterais como
multilaterais as Convenções que tem por fim consagrar as regras bases a serem seguidas
pelos Estados na Celebração de Convenções bilaterais não são fontes do Direito Fiscal.
No Ordenamento Jurídico moçambicano os tratados internacionais são fonte do Direito
apenas quando ratificados pela Assembleia da Republica ou pelo Governo.
LEI
Para a criação e ou alteração dos impostos e a disciplina dos elementos essenciais da
mesma rigorosamente a sua definição emana da Lei no sentido restrito, que e isto
significar que tem que haver necessariamente uma intervenção previa da Assembleia da
Republica.

Decretos, Decretos-leis (do Conselho de Ministros)


O Governo de Moçambique pode legislar com base na lei de autorização legislativa que
fixa o objecto o sentido a extensão e a duração da autorização podendo este tipo de acto
normativo ser ratificado e ou revogado pela Assembleia da Republica mas este poder
legislativo do Governo em matéria fiscal não pode delegar a determinação da incidência
da taxa, dos benefícios fiscais e das garantias dos contribuintes em respeito ao art 100 e
nº 2 do art.127º da CRM

Decretos do Conselho de Ministro


Os Decretos são fonte do Direito do Fiscal e ao visarem esse objectivo não ferem o
princípio da Legalidade. O Conselho de Ministros pode quando autorizados legislar por
Dec-lei sobre matérias tributarias, uma vez que a reserva da lei formal respeita apenas a
criação e aos elementos essenciais dos impostos desde que estas não sejam de exclusiva
competência da Assembleia da Republica

Decretos Presidenciais
Decreto Presidencial: Constitui fonte imediata do Direito Fiscal; O art 131 da CRM
estabelece que o acto do Presidente da Republica reveste a forma de Decreto ou
Despacho; Acolhe-se a eficácia normativa probatória do Decreto Presidencial quando no
exercício das competências plasmadas na conjugação da al.e) do n.2 do art.160º com os
art.56 e 72 da CRM, suspenda o exercício dos direitos, liberdades e garantias, e se essa
limitados direitos e liberdades reflectir-se nos direitos e garantias fiscais dos Cidadãos.

Regulamentos Tributários das Autarquias


Por intermédio de regulamentos as autarquias locais podem exercer alguma competência
concernente a criação pelo órgão deliberativo a Assembleia Municipal, um pouco em

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comparação com o que acontece com o poder tributário do Estado que cabe
exclusivamente a Assembleia da Republica.

FONTES NÃO VOLUNTARIAS OU NÃO INTENCIONAIS


Princípios Gerais do Direito Fiscal material
Estes não são princípios inerentes a ideia de Direito são princípios que variam no espaço
e no tempo de acordo com a cultura de cada país e de cada época. Estes princípios são
sempre de consagração expressa quer legislativa, quer Constitucional e Constituem um
sistema que surge como forma de manter equilíbrio entre a forma executiva da
estruturação do poder administrativo que confere ao Governo elaborar normas algumas
quase Leis, e os direitos fundamentais dos Cidadãos na salvaguarda do equilíbrio entre a
Administração e os administrados.

Princípio da legalidade
É um princípio de ampla tradição histórica nos sistemas do Direito Continental que tem
a sua origem na formulação actual após as resoluções liberais do Século XVIII. No nosso
ordenamento jurídico é estabelecido pelo artigo 100.⁰ da CRM sendo que: “os impostos
são criados e alterados por lei que os fixa segundo os critérios da justiça social “compete
a Assembleia da Republica definir a politica dos impostos e o sistema fiscal”
Este princípio diz respeito a ordem jurídica estatual sem excluir a atribuição de poderes
normativos ao Governo e outros níveis infra-estaduais como as autarquias locais.
Este principio tem no Direito Fiscal uma conceitualização fruto da evolução do Direito
Administrativo onde foi buscar uma dupla função: a da lei ser a fonte de legitimidade do
poder tributário e a de ser a Lei o instrumento de execução desse poder

Princípio da eficiência Funcional do Sistema Fiscal


O princípio de Eficiência Funcional do sistema Fiscal reside na repartição da riqueza
aplicando nos arts. 50.⁰ e 100.⁰ da CRM esta tutela o bem comum que postula a
implementação de medidas de interesse publico extrafiscais relevantes
constitucionalmente.
O princípio da Eficiência está intimamente relacionado com princípio da Neutralidade,
pois a Eficiência no sentido económico só poderá ser alcançada se o sistema for natural,
impondo que todo o rendimento seja sujeito a mesma taxa de imposto. Mas este comporta
outras vertentes tais como a natureza jurídico e a gestão.

Princípio de Anualidade
Este principio é de prescrição Constitucional implícita e é plasmado na al l) do n,2 do art.
179º da CRM de 1990 atribuindo a Assembleia da Republica competência de deliberar
sobre as grandes opções do plano Económico e social do Orçamento do Estado e os
respectivos relatórios de execução.
É também designado de principio da Autorização Anual de Cobrança porque o orçamento
é sujeito a aprovação anual.

Princípio da Equidade
O principio da equidade não deve ser confundido com o principio da igualdade Fiscal,
este é, um critério formal de decisão em casos concretos na respectiva solução que
renuncia declaradamente de qualquer regra para formar as especialidade de qualquer regra
para formar asa especificidades de situações concretos e estabelece a margem de livre
apreciação da determinação da matéria colectável, geração de benefícios fiscais, com base
no principio ex adequo et bono pela Administração Fiscal.

Princípio da Igualdade
Este é empregue como meio de harmonizar a aplicação da lei, mas nunca pode resultar
na dispensa de observância da lei. O Legislador não pode criar imposto discriminatórios
ou atribuir isenções ou benefícios fiscais em função do sexo, raça, ascendência ou posição
política. Acima de tudo a justiça social pressupõe face a desigualdade social existente,
que o pagamento do imposto seja feito na proporção da riqueza possuída para que aquele
que tem maior rendimento suporte maior imposto. Em outras palavras, justiça social
conduz a imposto igual capacidade tributária.
Nos negócios jurídicos a boa-fé é fundamental e é importante por lei deve haver boa-fé
objectiva e boa-fé subjectiva, cumprindo-se assim o princípio supra-positivo de pacta
sunt servanda

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CONCLUSÃO
Após as leituras feitas percebe-se que o Direito Fiscal é o conjunto das leis reguladoras
da arrecadação dos tributos, e fiscalização exercidos em todo país,valendo salientar que,
mesmo com algumas divergências, o objetivo é captar recursos materiais para manter sua
estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os serviços que lhe compete, como
autêntico provedor das necessidades coletivas.
BIBLIOGRAFIA
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Manual de Direito Tributário. 8ª Edição.
Niterói:Editora Método, 2009

CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 23. ed. São Paulo: Saraiva,
2011.

Legislação:

Constituição da República de Moçambique de 1990


Constituição da república de Moçambique (Lei n.⁰ 1/2018, de 12 de Junho)

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