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2012/2013
Estudos Linguísticos II
N.º 30646
1
José Saramago – Todos os Nomes (1997), pp. 133-134
II
Estudos Linguísticos II, 2012/2013
Docente: Ana Paula Banza
Discente: Tiago Clariano
0. Índice
1. Introdução IV
2. “Seven Types of Meaning” 1
2.1. Significado Conceptual 1
2.2. Significado Conotativo 4
2.3. Significado Social e Afectivo 5
2.4. Significado Reflectido e Colocational 7
2.5. Significado Temático 8
3. Uma abordagem Semiótica de “Significado” 9
3.1. O Interpretante Peirciano 9
3.2. Sentido e Mitologias 11
3.3. Interpretação 13
3.3.1. “O Mito Hoje” e “O Vazio da Interpretação Literária” 15
3.3.2. Estética da Recepção 16
3.4. Conceito de Significado em Semiótica 18
4. Conclusão 20
5. Bibliografia 22
5.1. Bibliografia Activa 22
5.2. Bibliografia Passiva 24
III
Estudos Linguísticos II, 2012/2013
Docente: Ana Paula Banza
Discente: Tiago Clariano
1. Introdução
Com este trabalho pretendo apresentar algumas reflexões sobre o conceito
de “Significado” no âmbito de duas disciplinas que o estudam, a Semântica e a
Semiótica, apresentando pontos de vista divergentes.
A problemática do significado tem vindo a ser contestada desde a
Antiguidade Clássica, já mesmo Platão em Crátilo questiona a relação ocorrente
entre palavras e coisas. Porém, só no século XX é que a Semântica passou a ser
uma disciplina fundamental dos Estudos Linguísticos, apresentando estudos mais
complexos e aprofundando os primordiais clássicos.
De uma perspectiva semiológica, podemos dizer desde logo que, ao passo
que o significante, enquanto face material de um signo é perceptível e apreensível
pelos nossos sentidos, a atribuição que lhe fazemos de um significado depende de
uma multiplicidade de factores psicológicos, sociológicos e mesmo filosóficos, que
ultrapassam a Linguística.
A Semântica ocupa-se, portanto, de procurar explicar a capacidade inerente
ao falante de uma língua, de saber os significados das cadeias de sons que profere
ou conhece, capacidade essa que o torna capaz de combinar esses sons entre si de
forma a criar cadeias significativas mais complexas e coerentes.
A Semântica tem duas abordagens do estudo do significado: uma analítica,
apelidada de Semântica Lexical, que identifica os semas das palavras, através dos
quais se diferenciam conteúdos significacionais dos signos linguísticos, com a
finalidade de que nenhum par de signos apresente o mesmo significado2 – e mesmo
aqueles que o aparentam ter possuem, pelo menos, um sema que os discerne3.
A outra abordagem da Semântica é contextual e chama-se Semântica
Composicional e estuda a linguagem enquanto meio de comunicação, observando
palavras como “factos de fala integrados em contextos particulares”4, considerando
que o significado das palavras depende do uso feito pelos falantes e do contexto, ou
seja, das relações com outras palavras do mesmo segmento. Como resultado, os
dicionários acabam por recorrer às duas abordagens referidas, definindo qualquer
termo não só pelos seus traços fundamentais, como também pelas suas outras
significações possíveis em diferentes domínios de significação.
A metodologia deste trabalho consiste num estudo aprofundado de sete
características do significado, apresentado por Geoffrey Leech no seu livro
2
Isabel Hub Faria et al – Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (1996)
3
António Reis et al – Sabatina – Guia de Formação Escolar – Linguagem e Expressão
Literária (1999)
4
Isabel Hub Faria et al – Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (1996), p. 334
IV
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Semantics 5 , numa comparação entre as ideias de significado em Semântica e
Semiótica e numa abordagem de teorias de recepção e interpretação. Assim, este
trabalho surge com o intuito de estudar a polissemia do próprio termo Significado,
duma perspectiva semântica, seguida da exploração de teorias de significação mais
aproximadas da área da Semiótica, da Interpretação e da Estética da Recepção.
5
Geoffrey Leech – Semantics (1974)
V
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2. “Seven Types of Meaning”
Tendo em conta a ideia de uma “aptidão semântica” na gramática do falante,
Geoffrey Leech, no seu livro Semantics disseca e analisa os “ingredientes do
significado”6, dos quais considera sete traços principais usados na fabricação e na
recepção de signos num acto comunicativo. Leech começa por dar mais importância
ao Significado Conceptual, passando a outros seis, Conotativo, Social, Afectivo,
Reflectivo, Colocacional7 e Temático.
Segue uma tabela que explica de forma minimal o que cada um destes
elementos significa.
6
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 9 1
7
Tradução do prof. Luís Guerra do termo “Collocative”
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no seu sentido original e é por isso que é dada primazia a este tipo de significado. O
Significado Conceptual surge associado a dois princípios linguísticos, o da descrição
dos signos (ou contrastividade) e o da estrutura, surgindo, portanto associado à
dicotomia saussureana, Paradigma e Sintagma.
Os significados são classificáveis tendo em conta características que
apresentam (positivamente) ou que não apresentam (negativamente). Por exemplo,
na fonologia, o som /Ʒ/ apresenta as características:
Estas são as características que tornam som /Ʒ/ contrastante. Este tipo de
análise semântica é chamada de Análise Componencial e parte de uma pressuposta
discrição imanente nos significados, baseada nas suas características, o que, na
maioria dos casos acontece. Tomemos como exemplo os casos ‘homem’ e ‘menina’:
Este tipo de análise tem como objectivo tornar óbvios os critérios de uso de
uma expressão em torno do seu referente, resultando nas características de um
termo que traduzem os seus atributos.
O Significado Conceptual é, assim, paradigmático, por suster “relações entre
uma unidade presente na frase e todas as outras que não estão presentes mas que
a poderiam substituir naquele contexto”8: seleccionamos as palavras que usamos
numa frase de acordo com a ideia e os sujeitos a quem a pretendemos perpassar.
O Significado Conceptual deriva também do carácter sintagmático da língua:
surge dentro de uma estrutura, que são as grandes unidades linguísticas e que, por
sua vez são compostas por outras unidades menores, numa “hierarquia de
subdivisão de constituintes”9. Apresenta sempre os aspectos da concordância e da
ordem das palavras na frase, aspecto este sintáctico, e que pode ser descrito num
diagrama em árvore:
8
Paulo Nunes da Silva – Introdução aos Estudos Linguísticos (2000), p. 22 2
9
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 10, tradução livre
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10 3
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 10-11
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The receiver is a sort of inverse transmitter, changing the transmitted signal
back into a message, and banding this message on to the destination. When I talk to
you, my brain is the information source, yours the destination; my vocal system is the
11
transmitter and your ear and the associated eighth nerve is the receiver.
11
Claude Shannon e Warren Weaver – The Mathematical Theory of Communication (1964)
12
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 12, tradução livre
13 4
Ibid.
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Conotativo ainda as abrange em si. É a experiência do mundo real que fabrica o
conceito que cada falante guarda na sua gramática mental.
O Significado Conotativo é muito utilizado em formas de arte como a música,
a pintura e, acima de tudo, na publicidade, recorrendo à ekphrasis enquanto recurso
estilístico, aliando a imagem a texto:
14
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 13 5
15
Isabel Hub Faria et al – Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (1996), p. 481
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- Dialectal, região geográfica ou classe social;
- Temporal: termos actuais ou que caíram em desuso;
- Domínio: das leis, da ciência, da publicidade... ;
- Estatuto: político, coloquial, calão... ;
- Modalidade: conferências, palestras, anedotas... ;
- Singularidade: o estilo de Saramago, de Shakespeare, etc.16
Devido a esta pluralidade de estilos, alguns linguistas acreditam que não
existem verdadeiros sinónimos, mas sim casos de equivalência do chamado
Significado Conceptual. E Leech exemplifica isso mesmo, podemos utilizar como
exemplo o verbo “atirar” no seu sentido Conceptual e ver que o seu conceito é
partilhado por outros como “jogar” (calão), “projectar” (científico-formal) e “aventar”
(calão / dialectal).
O efeito do significado Social reflecte-se não só no vocabulário, como
também na sintaxe:
Variação vocabular, através do exemplo de gíria dado por Barros Ferreira:
(1) They chucked a stone at the cops, and then did a bunk with the loot.
18
(2) After casting a stone at the police, they absconded with the money.
Também são referidos termos que caíram numa determinada categoria e que
dela não se conseguiram mais descolar; é o caso de termos taboo da fisiologia do
sexo. Sendo que, no dia-a-dia é impossível utilizar termos como “ejaculação” ou
“erecção” no sentido “inocente” das palavras, devido a esta popularização do taboo.
Porém, sabemos que o verbo “erigir” e todos os seus derivados existem, no sentido
de erguer ou levantar.
19
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 16 7
20
Ibid.
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“handsome”: sabemos que “pretty” se usa com palavras como “girl, woman, flower,
garden, colour e village” e que “handsome” se usa com “man, car, vessel, overcoat,
airliner e typewriter”21 devido a uma obrigatoriedade colocacional.
21
Geoffrey Leech – Semantics (1974), p. 17
22
Ibid.
23
Ibid., p. 19 8
24
Ibid., p. 20
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3. Uma abordagem Semiótica do “Significado”
Na medida em que ambas têm o mesmo elemento de estudo, o significado, a
Semiótica surge aliada à Semântica, tendo, contudo, abordagens diferentes. A
Semiótica trata de teorizar o processo semiótico, conhecido por semiose, que
consiste na atribuição de significado, trabalhando a dependência existente entre
conceito e imagem acústica ou significante e significado, respectivamente 25; por
outro lado, a Semântica estuda o resultado do processo semiótico ou seja, o
Significado enquanto elemento independente, o que na Semiótica não ocorre, por
precisar sempre de um veículo que transmita Significado.
É impossível trabalhar a semiótica sem referir Ferdinand de Saussure (1857-
1913), linguista suíço que postula os conceitos de significado e significante.
O conceito saussureano de Signo surge num contexto sistémico e linear, de
carácter vocal, com características discreta, arbitrária (por não surgir de forma
natural), mas, ao mesmo tempo convencionado por requerer uma aclamação e uso
massificado para existir, contudo mutável ao longo dos tempos, tal como toda a
linguagem enquanto fluída em sentido dialógico. A acepção dual do signo postulada
por Saussure é pragmática para o estudo linguístico, e neste caso semântico, do
significado: apesar do signo (dum ponto de vista lato) se poder aplicar a qualquer
coisa, o signo saussureano surge, desde logo associado à linguagem enquanto
representação física do pensamento (gráfica ou, principalmente, fónica).
25 9
Ferdinand de Saussure – Curso de Linguística Geral (2006)
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Um signo ou representamen é aquilo que, sob certo aspecto ou modo,
representa algo para alguém, dirige-se a alguém, isto é, cria na mente dessa pessoa
um signo equivalente, ou talvez, um signo mais desenvolvido. Ao signo assim criado,
denomino interpretante do primeiro signo. O signo representa alguma coisa, seu
objecto. Representa esse objecto não em todos os seus aspectos, mas com
referencia a um tipo de ideia que eu, por vezes denominei fundamento do
26
representamen.
26 10
Charles Sanders Peirce in José Augusto Mourão – “Signo”
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interpretante, e o seu sentido depende também da forma como é acolhido
(representamen).
Creio, então, seguro dizer que a polissemia deriva das possibilidades que semiose
infinita nos oferece.
27 11
Infopédia – “Polissemia” (s.d.)
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(...) o sentido aparece sempre indissoluvelmente associado à significação e
à direcção (...) o sentido existe somente como um resultado de uma construção
28
efectuada pelos sujeitos “em situação”.
28
José Augusto Mourão – “Sentido” (s. d.)
29
Ibid.
30
Ibid. 12
31
Roland Barthes – Mitologias (1973), p. 41
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3.3. Interpretação
A Semiótica prova que na fabricação do Significado, são necessários sempre
três elementos: no caso de Saussure, o Significante, o Significado e a Significação
ou Semiose (processo que une um ao outro); no caso de Peirce, por outro lado, um
Objecto (analisado), um Interpretante (quem analisa) e um Representamen (a
mediação). Pressupõe-se que a análise do signo é feita por parte de um interprete,
no qual o processo semiótico se consuma para que significado exista, o que nos
deixa uma questão análoga ao imaterialismo realista de Berkeley, a célebre frase da
filosofia: se uma árvore cai numa floresta e ninguém a ouve, será que faz barulho?,
ou ainda, se um signo existe, não estará constante e inexoravelmente a emanar
significado? Sabemos que os signos são matéria que deve ser apreendida
empiricamente para ser compreendida.
Assim, a Interpretação surge, então, como uma actividade epistemológica
resultante das análises de textos religiosos, cujo objectivo é a determinação do
sentido do elemento analisado. Advém de uma passagem de poder, considerada por
alguns de “nova arrogância do leitor”33, aquilo que Umberto Eco e Roland Barthes
postulam. Do primeiro, a Obra Aberta, enquanto estuda a dialética entre os direitos
dos textos e dos seus interpretes, dá preferência aos dos interpretes, defendendo o
32
Roland Barthes – Mitologias (1973), p. 253 13
33
Gustavo Bernardo – “Interpretação” (s. d.)
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seu papel activo na interpretação de textos dotados de valor estético34. De Roland
Barthes, conhecemos o seu ponto de vista decorrente da passagem do testemunho
que era a Razão, que se deu no Iluminismo, das elites esclarecidas para o povo,
aqui transposta para o texto, do autor para o leitor:
The reader is the space on which all the quotations that make up a writting
are inscribed without any of them being lost; a text’s unity lies not in its origin but in its
35
destination.
(...) uma pessoa que esteja sempre falando “a verdade”, doa a quem doer,
independente do contexto, do texto ou do outro, é logo reconhecida como, no
mínimo, mal-educada.
Alain Badiou alerta: o Mal, com esse M maiúsculo, é, afinal, “o desejo de
Tudo-dizer”. (...) A ética de uma verdade se sustenta numa “espécie de comedimento
37
em relação aos seus próprios poderes”.
34
Ibid.
35
Roland Barthes – Image, Music, Text (1977), p. 148
36
Gustavo Bernardo – “Interpretação” (s. d.) 14
37
Ibid.
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texto, e Gustavo Bernardo explica bem isso, através de uma analogia com o trabalho
do sociólogo e do antropólogo:
38
Gustavo Bernardo – “Interpretação” (s. d.)
39
Susan Sontag Against Interpretation (1961) in Gustavo Bernardo – “Interpretação” (s. d.) 15
40
Lewis Carroll – Alice no País das Maravilhas (2010), p. 131
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apesar de tudo. «... Mas que não sabia nadar...» Tu não sabes nadar, pois não? –
perguntou ao Valete.
41
O Valete abanou a cabeça tristemente.
41
Lewis Carroll – Alice no País das Maravilhas (2010), p. 132
42
Carolin Nagy – “The Five Axioms of Communication according to Paul Watzlawick” (s. d.)
43
Brett Bourbon - Finding a Replacement for the Soul: Mind and Meaning in Literature and16
Philosophy (2004), p. 83
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Qualquer obra de arte literária só será efectiva, só será re-criada ou
“concretizada”, quando o leitor a legitimar como tal, relegando para plano secundário
44
o trabalho do autor e o próprio texto criado.
Desde que Aristóteles fala pela primeira vez numa Katharsis, que existe a
preocupação com o efeito da obra sobre o leitor ou interprete, ainda que naquele
tempo esta ideia só era aplicável à tragédia e à comédia, hoje em dia é aplicável a
todo o tipo de obra de arte. A Katharsis tem efeito cognitivo e quase terapêutico
sobre os leitores:
(...) a text is made of multiple writings, drawn from many cultures and
entering into mutual relations of dialogue, parody, contestation, but there is tane
place where this multiplicity is focused and that place is the reader, not, as was
47
hitherto said, the author.
44
Carlos Ceia – “Estética da Recepção” (s. d.)
45
Aristóteles – Poética (s. d.) – p. 16 (Prefácio de Maria Helena da Rocha Pereira)
46
Platão – Fedro (s. d.), pp. 32-36 17
47
Roland Barthes – Image, Text, Music (154)
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É nestas teorias que reside a ideia de Estética da Recepção postulada por
Hans Robert Jauss, com muitas similaridades em relação ao Interpretante peirciano:
48
Hans Robert Jauss – Aesthetic Experience and Literary Hermeneutics (1982) in Carlos
Ceia – “Estética da Recepção” (s. d.) 18
49
Carlos Ceia – “Estética da Recepção” (s. d.)
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no fato de que o significado não é uma “coisa”, mas uma representação psíquica da
“coisa” (...) o próprio Saussure notou bem a natureza psíquica do significado ao
denomina-lo conceito: o significado da palavra boi não é o animal boi, mas sua
50
imagem psíquica.
50
Roland Barthes – Elementos de Semiologia (2007), p. 46
51
Ferdinand de Saussure - Curso de Linguística Geral (2006)
52
José Augusto Mourão – “Sentido” (s. d.) 19
53
Isabel Hub Faria et al – Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (1996), p. 334
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4. Conclusão
A perspectiva de Geoffrey Leech é, a meu ver, muito contraditória para com a
perspectiva semiótica do conceito de Significado. Parece-me que, a um nível
Semântico, a nomenclatura mais correcta para os tipos de significado são os
clássicos Denotação e Conotação.
54
Isabel Hub Faria et al – Introdução à Linguística Geral e Portuguesa (1996), p. 345
55
Kathleen Lessa – “Semântica: Noções Básicas” (2006) 20
56
in José Augusto Mourão – “Sentido” (s. d.)
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Em jeito de conclusão, Significado é uma representação mental, que requer
um interveniente humano que cause a sua existência através da apreensão sensória
de características de um signo. A multiplicidade de características de um signo é
estudada na Semântica através da Análise Componencial, e são estes componentes
que pautam a usabilidade de um determinado signo.
21
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5. Bibliografia
5.1. Bibliografia Activa
Aristóteles. (2011). Poética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
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5.2. Bibliografia Passiva
Barrosa, B. (2003). O meu Dicionário da Língua Portuguesa (3ª ed.). Lisboa:
Edições Nova Gaia.
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Silva, M. L. (s.d.). Hermenêutica. Obtido em 25 de Abril de 2013, de E-
Dicionário de Termos Literários Online:
<http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=232&It
emid=2>
25