Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aderencia - Aval Fundos Setoriais - Metodologia - Fase 2
Aderencia - Aval Fundos Setoriais - Metodologia - Fase 2
Relatório Final
Relatório Final
Brasília, DF
Dezembro, 2006
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
Presidente
Lucia Carvalho Pinto de Melo
Diretor Executivo
Marcio de Miranda Santos
Diretor
Antonio Carlos Filgueira Galvão
Fernando Cosme Rizzo Assunção
1. Avaliação - Brasil. 2. Fundos Setoriais - Brasil. I. Título. II. Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos.
Esta publicação é parte integrante das atividades desenvolvidas no âmbito do Contrato de Gestão CGEE/MCT/2006.
Todos os direitos reservados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os textos contidos nesta publicação poderão ser
reproduzidos, armazenados ou transmitidos, desde que citada à fonte.
Metodologia de Avaliação de Resultados e
Impactos dos Fundos Setoriais
Relatório Final
Supervisão
Antonio Carlos Filgueira Galvão
Coordenadora
Silvia Maria Velho
Consultores
André Furtado
Lea M. S. Velho
Maria Carlota de Souza Paula
Newton M. Pereira
1. Introdução
5.7. Cronograma
2
2 Introdução
3
existentes no País. A noção de que se fazia necessária a criação de um
instrumento de financiamento que propiciasse maior interação e articulação
entre a base técnico-científica e o setor produtivo ganhava respaldo na
trajetória de evolução das iniciativas de apoio à inovação em âmbito mundial e
nos levantamentos da primeira pesquisa ampla realizada no país sobre
inovação tecnológica nas empresas, a Pesquisa Industrial de Inovação
Tecnológica - Pintec, realizada pelo IBGE.
4
d) Etapas de trabalho e cronograma de execução de atividades associadas
ao processo de avaliação proposto (capítulo 5);
5
Ambiente da Avaliação e o CGEE
6
O Quadro 2.1 retrata o espaço geral dos processos de avaliação. O almejado
nesta proposta se distingue especialmente por associar resultados e impactos
às necessidades, problemas e desafios que motivaram a instituição e operação
dos fundos setoriais. A esse respeito, trata das dimensões de efetividade e
utilidade/sustentabilidade, estas últimas podendo ser traduzidas por eficácia.
7
oportunidades para o surgimento e consolidação de redes cooperativas de
pesquisa e inovação. Também objetivam garantir constância de recursos
financeiros para o sistema de ciência e tecnologia, ao enfocar setores
considerados estratégicos e reconhecer a necessidade de maior eficiência na
gestão de tais recursos.
8
ou pesquisadores individuais.1 No entanto, alguns outros avanços recentes se
destacam, reforçando as bases para a estruturação de processos robustos de
avaliação.
Nessa ocasião a Comissão reconheceu que o primeiro passo era construir uma
base de informações gerenciais, a partir da então disponível no Prossiga/IBICT.
Essa base, apesar de disponibilizar informações sobre as atividades de
pesquisa em andamento no país, financiadas tanto pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq como pela Financiadora de
Estudos e Projetos – FINEP, apresentava dificuldades de integração que
inviabilizavam seu emprego na gestão e avaliação dos Fundos Setoriais.
Convidando representantes do IBICT/Prossiga para participar de suas
reuniões, a Comissão definiu um conjunto de atividades com o objetivo de
tornar a Base Prossiga uma ferramenta de gestão.
Dado que já existia uma rotina de envio dos dados ao Prossiga pelo CNPq e a
FINEP, o IBICT, com o assessoramento do CGEE, fez as modificações
necessárias no sistema para adequá-lo às necessidades da Comissão. Por
exemplo, foram incorporados novos campos e se estabeleceu uma clara
1
O CGEE desenvolveu a ferramenta necessária para isso: o Portal Inovação, em parceria com o Instituto Stela. A
identificação dos grupos no Portal, e as entrevistas com seus líderes, possibilitam a construção de um mapa de
competências, em base informatizada e disponível no endereço do CGEE para consulta da Comunidade.
9
associação entre os projetos e as respectivas atas ou editais dos Fundos. Isso
permitiu agilizar as análises por projetos.
10
3.2 A avaliação de aderência
2
Liderada pelos Prof. Drs. Newton M. Pereira e Lea Velho.
3
Não tratou, portanto, da avaliação da qualidade científica e tecnológica dos projetos, nem da verificação de seus
resultados e impactos. Tampouco enfocou os aspectos operacionais e gerenciais dos fundos.
11
instituições de ensino e pesquisa sediadas nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.4
4
Para o CTPetro a Lei determina a aplicação mínima de 40% nas regiões Norte e Nordeste.
12
aderência
nº de Recursos aderência aderência
Fundo empresarial
projs. investidos (R$) temática (%) regional (%)
(%)
CTAero 14 39.544.555,19 100,00 98,24 0,00
CTAgro 11 13.071.098,52 95,71 32,13 41,10
CTAmaz 5 4.552.800,00 n.d.* 0,00 100,00
CTAqua 0 0,00 - - -
CTBio 24 13.247.381,59 83,48 23,26 13,11
CTEnerg 104 118.949.758,66 68,15 28,86 20,25
CTEspacial 2 2.869.987,10 100,00 0,00 0,00
CTHidro 137 38.534.115,47 91,38 22,23 38,11
CTInfo 127 27.246.778,04 100,00 73,85 18,99
CTInfra 492 440.105.004,00 100,00 0,00 30,19
CTMineral 21 8.607.210,84 85,95 23,88 51,38
CTPetro* 262 109.896.237,62 95,78 71,22 46,12
CTSaúde 30 24.835.881,22 100,00 0,00 24,74
FVA 488 245.897.049,43 98,00 18,16 20,55
CTTranspo 0 0,00 - - 0,00
Ações
529 447.160.323,77 87,81 31,25 21,72
Transversais
Total5 2246 1.534.518.181,45 93,06 31,54 25,89
5
O ‘Total’ refere-se ao universo investigado, ou seja, projetos de pesquisa financiados por intermédio de ações
lançadas pela Finep entre 2001 e 2005.
13
Ao nível de cada fundo setorial, somente o CTPetro, CTInfo e o CTAero
tiveram envolvimento direto de empresas acima de 70%. Os demais fundos
ainda apresentam uma participação tímida do setor empresarial, abaixo dos
30% em termos de recursos. No caso do Fundo Verde Amarelo, em que se
esperava haver, por definição, uma participação mais expressiva de empresas,
os resultados exprimem o rigor do critério adotado, que deixou de fora
participações empresariais indiretas e mesmo iniciativas de uso difuso, como o
próprio Portal da Inovação, destinado a um uso preferencial das empresas.
Quando a análise se volta para o tipo de empresa que participa dos projetos
apoiados pelos Fundos Setoriais percebe-se que a maior parte delas são de
médio (principalmente) a grande porte. A participação de pequenas empresas
se dá em número pouco expressivo.
14
• Criar uma entrada no formulário de propostas para registro, obrigatório,
da área temática em que o proponente enquadra o projeto. Importar
esse registro para a Base de Dados Prossiga.
15
detalhamento de atividades e indicadores devem ser definidos caso a caso,
dependendo da natureza do objeto a ser avaliado e da avaliação que se
pretende.
16
• compreender o modo e o processo pelo qual esses resultados foram
possíveis;
6
Avaliações para controle do ponto de vista físico e financeiro (auditoria, prestação de contas, etc), para verificação
simples de aderência dos resultados aos objetivos e metas propostas, não buscam compreender os fatores que
favoreceram ou dificultaram o programa, nem se preocupam com o processo decisório ou com o futuro. Sem negar sua
utilidade em determinadas ocasiões, não nos parecem enfoques suficientes à avaliação de políticas e programas
públicos.
7
Não trataremos aqui do caso da avaliação de projetos para financiamento (seleção de projetos; avaliação ex-ante ao
financiamento).
8
Há autores que defendem o uso direto da expressão “avaliação estratégica” em lugar de gestão estratégica. Em
nossa visão isso não é adequado, pois a gestão incorpora várias atividades importantes, gerenciais, operacionais, de
coordenação, que não são, necessariamente, de avaliação.
9
Muitas dificuldades e inadequações na avaliação ocorrem devido ao fato de que as questões a serem respondidas
não recebem a devida atenção: avaliadores e clientes colocam questões que não são passíveis de resposta; as
questões colocadas não são as mais importantes ou significativas; muitas questões nunca são respondidas; ou
resultados encontrados ao final da avaliação não se relacionam às perguntas colocadas. (Smith e Mukherjee;
17
importante a fase de negociação, de preparação da avaliação, durante a
qual as questões a serem abordadas devem ser acordadas entre
avaliadores, gestores e clientes do programa, e consolidadas em um
termo de referência bem feito;
Classifying Research Questions Adressed in Published Evaluation Studies- Educational Evaluation and Policy Analysis,
vol.16/2:223-230, Summer 1994).
18
conhecimento); a finalidade da avaliação (para que se quer avaliar?) e o
objetivo da avaliação. Assim, estarão colocadas a natureza e a dimensão do
trabalho (período e aspectos a serem abordados – operacionais, resultados
e/ou impactos).
Ainda que existam orientações gerais para a avaliação (ex: ser estratégica; participativa; exter
avaliação. Para se avaliar um programa no campo de C&T a estratégia, os
critérios e indicadores deverão ser diferentes daqueles de um programa social;
ainda que dentro de um mesmo campo, podem ser necessários diferentes
instrumentos.
A finalidade deve ser muito bem definida com aqueles que demandam a
avaliação, pois determinará, em grande parte, o objetivo e, a partir daí, o
detalhamento do projeto.
19
eles podem ser realizados. Indefinições ou divergências quanto a esse aspecto
podem provocar escolhas inadequadas de estratégias, de critérios, enfim, de
metodologias de avaliação10.
10
No campo de C&T, o exemplo mais comum desse conflito é o que decorre da aplicação exclusiva de parâmetros e
critérios de avaliação científica para avaliar programas, projetos ou instituições de caráter tecnológico, ou misto, ou os
programas de inovação.
20
impactos. Mesmo considerando a abordagem da gestão estratégica, pode ser
necessário avaliar aspectos parciais específicos, que podem estar relacionados
à gestão do programa, aos seus resultados, ou aos impactos, por exemplo, em
determinados momentos. Isso é particularmente importante nos programas de
longo prazo.
21
Quadro 3.1 - Quanto aos focos da avaliação
Projetos - x x x
Programas x x x x
Políticas x x x x
Instituições x x x x
22
da avaliação, o acompanhamento pode incluir algumas avaliações
parciais;
Projetos x x x x
Programas x x x x
Políticas x x x x
Instituições* x x x x
* No caso de instituições essa classificação não se aplica diretamente. Em geral, faz-se a
avaliação por programas e/ou projetos desenvolvidos pelas instituições, e por períodos de
gestão dos dirigentes.
23
4.2.4 Os avaliadores e sua situação frente ao programa
24
Quadro 3.3 - Quanto à posição dos avaliadores em relação ao objeto
Av. Av.
externa interna
Projetos x -
Programas x x
Políticas x x
Instituições x x
Projetos* x x x x -
Programas x x x x x
Políticas - - x x x
Instituições x x x x x
*A avaliação de projetos pode variar, dependendo do objetivo (ex: avaliação para seleção, por
agências de financiamento; avaliação associada à avaliação institucional), do tamanho do
projeto (há grandes projetos para os quais a avaliação deve ser tratada de forma semelhante à
avaliação de programas).
25
Quadro 3.5 Metodologias e ferramentas auxiliares à avaliação
Avaliação Projetos Avaliação de qualidade e relevância:
ex-ante Revisão por pares; revisão por pares ampliada – sob a forma de
análise individual, comitês ou painéis; painéis de especialistas; painéis
ampliados;
Programas “Avaliação estratégica”; Technology assessment (no caso de
tecnologias);
Instrumentos auxiliares: Prospectiva; Vigilância; Delphi; análises
sociais e econômicas; estudos de viabilidade técnica e econômica;
painéis com especialistas e atores;
qualidade e relevância:
Revisão por pares; revisão por pares ampliada – sob a forma de
análise individual, comitês ou painéis;; painéis de especialistas;
painéis ampliados;
Políticas : “Avaliação estratégica”; Technology assessment; Instrumentos
auxiliares: Prospectiva; Vigilância; Delphi; análises sociais e
econômicas; painéis com especialistas e atores, etc.
Avaliação de qualidade e relevância:
Revisão por pares; revisão por pares ampliada – sob a forma de
análise individual, comitês ou painéis; painéis de especialistas; painéis
ampliados;
Durante Projetos Avaliação de qualidade e relevância:
a Revisão por pares; revisão por pares ampliada – sob a forma de
implementação análise individual, comitês ou painéis;; painéis de especialistas;
painéis ampliados;
Avaliação da gestão:
Análise de especialistas; análise interna e mista.
Programas Aspectos estratégicos:
e Análise contínua do programa pelos gestores, e por
Políticas especialistas, quando necessário ou previsto no
sistema de acompanhamento, monitorando os
aspectos estratégicos, definidos no projeto;
Avaliação de qualidade e relevância:
Revisão por pares; revisão por pares ampliada – sob
a forma de análise individual, comitês ou painéis;
painéis de especialistas; painéis ampliados;
metas parciais; resultados e impactos intermediários;
formas de participação e outros atributos previstos no
programa;
Avaliação da gestão:
Análise de especialistas; análise interna e mista.
Instrumentos auxiliares de acompanhamento: MS
Project ..... etc
Avaliação Projetos Avaliação de resultados e impactos:
ex-post Revisão por pares; revisão por pares ampliada - sob
a forma de análise individual, comitês ou painéis;
painéis de especialistas; painéis ampliados.
impactos econômicos; sociais; ambientais; etc.
Programas Avaliação integral - análise interna e mista.
e Avaliação de resultados e impactos:
Políticas Revisão por pares; revisão por pares ampliada – sob
a forma de análise individual, comitês ou painéis;
painéis de especialistas; painéis ampliados;
Instrumentos auxiliares: estudos de caso;
26
4.2.5 A definição de critérios e indicadores de avaliação
Além disso, grande parte das preocupações com a avaliação não se refere à
avaliação científica pura, no sentido da pesquisa básica. Um dos maiores
desafios, nesta proposta, é a avaliação como instrumento de política pública
em CT&I e os respectivos impactos no desenvolvimento nacional.
27
contidas ações de apoio e promoção da pesquisa básica, em geral, ela está
associada a objetivos e finalidades estratégicas.
Outro aspecto importante sobre os avaliadores é que seu papel não se limita a
aplicar critérios e fazer julgamentos, mas também a construir esses critérios e,
dessa forma, contribuem para institucionalizar os padrões e parâmetros aceitos
pelas diversas áreas do conhecimento e campos de atividade, que servirão de
referenciais básicos para o A&A.
28
seja, os critérios e indicadores deverão ser cotejados com a finalidade e
os objetivos da avaliação.
29
ÁREAS DE INDICADORES PROVÁVEIS AVALIAÇÃO
IMPACTO
30
4.2.6 Os indicadores
31
Os indicadores de impacto são particularmente complexos e, com muita
freqüência, compõem-se com outras variáveis externas ao programa ou
projeto. Para uma verificação adequada do impacto de um programa, projeto
ou atividade em C&T, é conveniente destacar pelo menos três níveis
diferenciados de impacto:
32
na ocorrência de fatos não previstos e/ou não previsíveis, assim
como no uso inadequado dos conhecimentos, processos e
produtos.
Esses impactos podem ocorrer em, pelo menos, cinco grandes campos da
atividade humana: científica, educacional/formativa, econômica, social/políticas
públicas, e difusão/popularização (Callon e outros, 2001, p... e Pallotin, G. ).
Evidentemente, dependendo do foco do projeto ou programa, os impactos são
mais concentrados ou mais importantes em alguns desses campos.
33
Embora se possa discutir essa proposta e encontrar várias outras divisões,
acreditamos que essa agregação abarca os principais aspectos sob os quais
podem se manifestar os impactos da ciência, da tecnologia e da inovação.
Apenas propomos acrescentar o campo ambiental, dada sua importância para
a sustentabilidade das sociedades no mundo atual.
34
• definir as formas de armazenamento, coleta e tratamento das
informações;
35
assim como na avaliação de outros tipos de programa, é
uma falsa escolha....Muitas vezes é mais fácil desenvolver
‘indicadores’ quantitativos de desempenho do que
analisar o que o programa deve realizar”.
Sem dúvida, esse é um processo com alto grau de subjetividade, razão pela
qual as normas e critérios para sua realização no quadro de um programa
devem ser definidos de forma mais clara e precisa possível, possibilitando a
indicação de referências que reflitam os parâmetros e os procedimentos
considerados adequados.
36
4.2.10 O cronograma
37
5 Método de avaliação de resultados e impacto dos Fundos
Setoriais
39
particular, o Relatório Final dos Estudos de Aderência contratados pelo CGEE
sustenta que a Política de Fundos Setoriais ainda é incompleta. Falta-lhe um
acabamento institucional.
40
Cada ambiente, segmento ou campo mencionado acima, na verdade atores que
interagem no sistema de fundos setoriais e nos sistemas de inovação em geral,
constitui um nível distinto em que ocorre o processo de inovação e, por
conseguinte, cada qual conforma um nível de análise distinto. Nesse particular, os
projetos apoiados pelos fundos até 2005 foram formulados e executados
predominantemente em ambiente acadêmico, devido, principalmente, às
restrições legais impostas ao financiamento não reembolsável às empresas e à
exigência no editais de projetos cooperativos de contrapartida financeira por parte
das empresas. Assim é que apesar das estratégias da Política de Fundos
Setoriais enfatizar a demanda tecnológica empresarial pode-se afirmar que até
2005 ainda imperou o modelo linear de inovação, que pressupõe a academia
como responsável pela geração de conhecimentos tecnológicos a serem
oportunamente utilizados pelas empresas na atividade produtiva. Segundo esse
modelo, os desdobramentos dos projetos financiados constituem essencialmente
resultados intermediários do processo de inovação, tais como a produção
científica e tecnológica, e a formação de recursos humanos, e, também, os
esforços preliminares com vistas à transferência de tecnologia.
41
1. Quais os resultados dos projetos de P&D apoiados?
42
Brasil, a avaliação de impactos econômicos da P&D tem sido aplicada, sobretudo,
na área agrícola, estimando-se impactos agregados e realizando-se avaliações de
tecnologias que utilizam o método do excedente econômico. De todo o modo, são
poucas as avaliações de impacto econômico que fogem ao molde neoclássico,
merecendo ser destacada dentre essas a proposta estruturada pelo BETA para
quantificar os impactos econômicos resultantes da aprendizagem.
43
5.1 Linhas básicas do método de avaliação de resultados
11
Pereira, Newton M. Fundos Setoriais: Avaliação das Estratégias de Implementação e
Gestão, Textos Para Discussão, n.1136, IPEA, Brasília, Novembro de 2005.
44
investigadas ações de fomento à P&D lançadas por intermédio de editais,
chamadas públicas, encomendas e, na medida do possível, também as ações
transversais, procurando-se focar naquelas mais representativas do campo de
atuação do respectivo fundo. Para tanto, e não se dispõe de outras maneiras de
centrar esse foco, torna-se indispensável o conhecimento prévio dos fundos no
que respeita à história, aos objetivos, aos resultados, às ações e mesmo o grau
de aderência às estratégias maiores da Política de Fundos Setoriais e outras
destacadas pelo governo.
12
Furtado, André T. Hasegawa, M. e Freitas, A. G. “Avaliação do Subcomponente Projetos
Cooperativos Regionais e Setoriais (PCRS) do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico
e Tecnológico – PADCT III”. In Anais do XXII Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica,
NPGT-USP, 17 p., Cdrom, 2003; Furtado, André T, e Miglino, M. A. “Avaliação de Resultados do
Prosab”. In Anais do XI Seminário de Gestión Tecnológica – ALTEC 2005, , NPGT-USP, 17 p.,
Cdrom, 2005.
45
transferência formal de tecnologia os fatores por meio dos quais os resultados
finais do processo de inovação são geralmente avaliados, na verdade constituem
tão somente uma das possibilidades pelas quais o conhecimento gerado em
ambiente acadêmico se traduz em impacto econômico. Diferentemente, os
indicadores propostos para a avaliação que se pretende sistematizar no presente
texto buscam captar um conjunto mais abrangente e complexo de informações
sobre os projetos e sobre os seus desdobramentos, seus resultados. Nem por
isso esta proposta metodológica não prevê que, eventualmente, a avaliação de
resultados possa envolver também as empresas, sobretudo quando essas
tenham se engajado diretamente na execução de projetos. Nesse caso
específico, a percepção das empresas sobre o desenvolvimento científico e
tecnológico decorrente da Política de Fundos Setoriais pode constituir importante
complemento da percepção das instituições acadêmicas, e mesmo indispensável
quando a questão é apreciar o processo de transferência de tecnologia.
46
Variáveis Indicadores
47
Novos produtos, Numero total de novos
Impactos
processos e serviços produtos, processos e
Tecnológicos gerados pelo projeto; serviços
Grau de Contribuição do Média do Grau de
Diretos e Indiretos
programa por novo contribuição por tipo de
produto, processo ou invenção (produtos,
serviço; processo e serviços)
Soma de Novos
Produtos, Processos e
erviços x Média do
Grau de Contribuição
Número de artigos em Número total de
Resultados
periódicos, anais e resultados por tipo de
Científicos resumos por local de publicação x média do
publicação (país e Coeficiente de
exterior) Contribuição do
Coeficiente de programa
Contribuição do programa
por publicação;
Titulações obtidas por Titulações obtidas por
Formação de
nível (pós-doutorado, nível x Média do Grau
Capital Humano doutorado, mestrado, de Contribuição médio
graduação) do programa por nível;
Treinamento realizado por Treinamento realizado
nível qualificação do por nível de
trabalhador qualificação do
(cientista/engenheiro ou trabalhador x Média do
técnico) Grau de Contribuição
Número de pessoas médio do programa por
incorporadas por nível nível;
(doutorado, mestrado, Número de pessoas
graduação, técnico) incorporadas por nível x
Grau de Contribuição do Média do Grau de
programa Contribuição do
programa por nível.
Número de projetos que Número de ampliações
Formação de Infra-
introduziram de infra-estrutura x
estrutura de C&T melhoramentos e Média do Grau de
ampliações de infra- Contribuição do
estrutura programa.
Número de projetos que
criaram nova unidade
Grau de Contribuição do
programa.
48
Variáveis Indicadores
Número de iniciativas de N° de
Transferência de
transferência de iniciativas/Projetos
Tecnologia tecnologia N de iniciativas x Grau
Estágio alcançado pela de Contribuição do
transferência de programa * Estágio da
tecnologia transferência de
Grau de Contribuição do tecnologia
programa
Fonte: adaptado de Furtado, A. et al. (2002)
49
5.2 Exemplo de metodologia de avaliação de impacto dos Funsdos
Setoriais
¾ Impactos Diretos
50
¾ Impactos Indiretos
Definidos de uma forma mais ampla que os diretos, englobam todo tipo de
resultado não previsto nos objetivos explícitos do projeto/programa. Utilizam o
conceito de spin off . Merecem atenção:
¾ Impactos tecnológicos
¾ Impactos comerciais
51
¾ Impactos em recursos humanos
Tipos de Impactos
Impacto Econômico
Impactos Indiretos
Transferência de vendas
produtos
Tecnológicos Transferência de redução de custos
processos
52
Efeitos de reputação Vendas
Treinamento
53
6 Etapas de trabalho
54
- forma de gestão, planejamento e processos decisórios envolvidos (elaboração
de documentos básicos do Fundo em questão, definição e grau de
formalização dos procedimentos a serem adotados, atores envolvidos, etc.);
- forma de elaboração dos editais (processo decisório e definição de prioridades,
atores mobilizados, tipo e formas de atuação dos diferentes atores que tem
assento no Comitê em questão, etc.);
- processo de aprovação das propostas submetidas (etapas e tipos de atores
envolvidos, escolha de pareceristas, critérios que fundamentam a seleção dos
projetos a serem financiados, prazos de julgamento e difusão, documentação
produzida no processo, etc.);
- tipo de envolvimento do Comitê Gestor no processo de implementação e
acompanhamento das ações e dos projetos aprovados (modalidades e
freqüência de interfaces com as agências promotoras e com os executores dos
projetos financiados, mecanismos de controle e documentação produzida, etc.);
- papel do Comitê Gestor na avaliação de resultados e de impactos dos projetos
financiados;
- grau de interação com os Comitês Gestores de outros Fundos (troca de
informações e de experiências, ações complementares, iniciativas de
cooperação, etc.).
55
proposição de procedimentos e instrumentos de gestão e de acompanhamento
das ações mais compatíveis e apropriados;
56
de políticas, programas e demais ações governamentais no setor, bem como para
o atendimento das necessidades de informação dos gestores, operadores e
usuários do sistema.
57
indicadores CT&I mais pertinentes em torno de questões que lhes são colocadas
pelos formuladores de políticas, gestores, executores ou pela sociedade civil em
geral.
58
- agências de fomento, organismos internacionais e bancos de desenvolvimento;
59
gestores dos setores público e empresarial, especialistas em avaliação e usuários
do sistema como um todo. Como um resultado importante dessas iniciativas,
ênfase poderá ser dada à preparação e circulação periódica de dossiers
temáticos específicos, para ampla difusão junto às instancias de decisão e de
avaliação em CT&I.
60
A presente proposta de avaliação dos Fundos Setoriais inclui a elaboração de um
estudo do resultado deste repasse de recursos à Fundações Estaduais. Busca-se
saber se os recursos dos Fundos Setoriais repassados às FAPs foram
gerenciados dentro do espírito que fundamentou a criação dos Fundos, se os
argumentos para a descentralização da gestão são pertinentes.
O estudo buscará:
Este estudo foi apresentado ao Banco Mundial, já tendo recebido a “não objeção”
para sua execução.
61
6.6 Organização de um Seminário Internacional sobre Avaliação de
Políticas de CT&I
62
sobretudo, um debate sobre quais são os desafios mais importantes nesse campo
e as possibilidades de atuação nos próximos cinco anos. A identificação desse
panorama, dos atores e metodologias de maior relevância nos cenários nacional e
internacional da avaliação em C&T&I darão muito mais eficiência ao CGEE na
missão de avaliar os resultados da política de Fundos Setoriais e outros
programas e políticas. Esse seminário também abrirá oportunidades de inserção
do CGEE nas principais redes técnico-científicas da área.
63
7 Cronograma
Cronograma de execução
0 1 2 3 4 5 6 Meses
Legenda:
64