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Aula Demonstrativa
Prof. Luiz Airosa Noções de Contabilidade Pública para Auxiliar
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Técnico de Fiscalização do TCM SP
Teoria
Professor: Luiz Airosa
Contabilidade Pública
Prof. Luiz Airosa
Apresentação
Olá!
Bem-vindo ao curso on-line preparatório para o cargo de Auxiliar
Técnico de Fiscalização do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo!
Meu nome é Luiz Airosa, e sou Auditor Federal de Controle Externo
do Tribunal de Conta da União desde 2015.
A minha graduação foi em Engenharia de Computação pela Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES). Logo que me formei fui trabalhar na
iniciativa privada, como programador e analista de sistemas.
Em 2010 fiz concurso para Analista de Sistemas do Instituto de
Tecnologia da Informação e Comunicação do Espírito Santo (Prodest), tendo
sido nomeado em julho daquele ano.
Em 2012 meu pai me informou que saíra o edital da Secretaria do
Tesouro Nacional para o cargo de Analista de Finanças e Controle (AFC) e me
encorajou a fazer a prova, pois haveria exames em Vitória, onde eu residia.
Comprei alguns livros, estudei por dois meses e... FUI ATROPELADO!
Na época eu nem sabia o que era um arrendamento mercantil! Como eu
queria ser AFC sabendo tão pouco? Fui tão mal na prova que joguei o caderno
de questões fora e nunca soube quantos pontos eu tirei (tomara que eu não
tenha zerado)!
Pois bem, esqueci isso de concursos e segui minha vida... Lá para
março/2013 eu vi no jornal que haveria o concurso para a Secretaria da
Fazenda do Espírito Santo (Sefaz/ES). Na época a Sefaz havia concluído um
prédio novo a 200m do da Prodest (onde eu trabalhava). Indo para a Sefaz eu
ganharia mais que o dobro!
Partiu estudar? Partiu! Comprei alguns cursos PDF e comecei a estudar
com uma boa regularidade (pelo menos na época eu pensava isso!). Pois bem,
realmente houve a prova, e o concurso foi homologado em dezembro daquele
ano.
Aqui eu já havia melhorado, fiquei na nonagésima sexta colocação:
Formato
Os resumos serão compostos por esquemas, quadros, figuras, mapas
mentais etc. acompanhados de textos quando forem necessários no nosso
entendimento.
As aulas serão normalmente compostas de 2 arquivos: (i) um com a
teoria; e (ii) o segundo com os resumos presentes ao material teórico.
Conteúdo
O nosso edital é bem enxuto, contendo somente o seguinte tema:
Contabilidade Pública
Assunto Página
1. Contabilidade Aplicada ao Setor Público 9
1.1. Contextualização 9
1.2. Conceito 12
1.3. Entidades do Setor Público 14
1.4. Objeto e Objetivo 16
1.4.1.Aspectos 19
1.4.1.1. Aspecto Orçamentário 20
1.4.1.2. Aspecto Patrimonial 22
1.6.3.Aspecto Fiscal 23
1.5. Campo de Aplicação 26
1.5.1.Casos Especiais 29
2. Princípios Contábeis 31
2.1 Princípio da Entidade 32
2.2 Princípio da Continuidade 33
2.3 Princípio da Oportunidade 33
2.4 Princípio do Registro pelo Valor Original 34
2.5 Princípio da Competência 34
2.6 Princípio da Prudência 35
3. Características Qualitativas 37
3.1. Relevância 37
3.2. Representação Fidedigna 38
3.3. Compreensibilidade 38
3.4. Tempestividade 38
3.5. Comparabilidade 38
3.6. Verificabilidade 39
Mãos à obra!
1.1. Contextualização
Até o final de 2016, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) possuía
inúmeras normas acerca da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP).
Tais normas eram conhecidas como Normas Brasileiras de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público (NBC T 16). Cada NBC T 16 era numerada, indo de
1 até 11.
Além das NBC T 16, estava em vigou a Resolução – CFC 750/1993, que
dispunha acerca dos princípios de contabilidade, e a Resolução – CFC
1.111/2007, a qual tratava da interpretação de tais princípios sob a
perspectiva da área pública.
Havia, contudo, um problema. O sistema contábil nacional, no que diz
respeito à Contabilidade Pública, ainda não estava satisfatoriamente aderente
àquele preconizado pelas normas internacionais (International Public Sector
Accounting Standards - Ipsas). Assim, houve um processo de revisão das
normas brasileiras.
Tal processo teve o seguinte impacto:
O impacto foi muito grande. Nossa aula de hoje, por exemplo, era em
grande parte embasada na NBC T 16.1 que deixou de viger em 2017.
Professor, quais impactos práticos que isso terá? Bem, de início as
bancas não devem mais cobrar questões que envolvam normas revogadas.
Ora, se a norma não possui mais validade, por que cobrá-la?
Tal norma, porém, foi revogada, e a NBC TSP EC não manteve a equiparação,
para efeitos contábeis, de pessoas físicas que recebam subvenção ou incentivo
fiscal de órgão público às entidades do setor público.
Com base nisso, o Cespe a anulou, argumentando que “a resolução objeto da
cobrança realizada no item foi revogada”.
Gabarito: Anulado
NBC TSP 09 Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa IPSAS 21
1.2. Conceito
Antes de estudarmos o conceito da Contabilidade Pública (CASP), é
interessante vermos como definir a contabilidade em si:
Contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta
os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou
não.
Ramos da
Contabilidade
Governo
União
Poderes
Estados
Entidades do
Setor Público
Tribunal de DF
Órgãos Contas; Ministério
independentes Público; Defensoria
Pública Municípios
Autarquias;
Administração Fundações;
Indireta Estatais
Dependentes
Orçamentária
Aspectos de Econômica
natureza Financeira
Objetivo
Patrimonial
Tomada de decisão
Em apoio à(o) Prestação de contas
Controle Social
1
Compromisso fundado na ética profissional, que pressupõe o exercício cotidiano de fornecer
informações que sejam compreensíveis e úteis aos cidadãos no desempenho de sua soberana
atividade de controle do uso de recursos e patrimônio público pelos agentes públicos.
1.4.1.Aspectos
A ciência contábil é bastante focada no patrimônio das entidades.
Apesar disso, ela também se ocupa de outros temas, como o resultado
(especialmente por meio da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE),
composição e evidenciação dos custos, entre outros.
No setor público, a Contabilidade Pública é multifacetada. Ela é
muito mais do que uma ferramenta para registrar e mensurar os bens, direitos
e obrigações relativos a uma entidade qualquer. Obviamente que isso é
importante, mas ela vai além (e bastante além) disso!
A bem da verdade, a CASP surgiu inicialmente com um enfoque
demasiadamente orçamentário, muito graças à Lei 4.320/1964. Com o passar
do tempo, contudo, a sociedade e o poder público evoluíram, assim se
percebeu a necessidade de que a Contabilidade Pública abrangesse outros
tópicos.
Orçamentário
Patrimonial
Fiscal
Contabilidade Pública
Quero que você repare a figura acima. Por mais que os aspectos lidem
com temas e tópicos específicos, o conjunto de todos é o que realmente
importa. Logo, a análise de um só é fornecerá uma visão incompleta e
enviesada acerca da entidade.
Agora, vejamos cada um em maiores detalhes.
Orçamento Público
Balanço Balanço
RREO
Orçamentário Financeiro
2
Os conceitos de receitas e despesas da CASP não são equivalentes aos da Contabilidade Geral.
Ativo
Registrar e
Passivo
evidenciar
Variações Patrimoniais
Aspecto
Patrimonial
Balanço Patrimonial
Instrumentos
Demonstração das
Variações Patrimoniais
1.6.3.Aspecto Fiscal
Este aspecto está mais ligado à “saúde financeira” do governo. Segundo
o MCASP, ele compreende a apuração e evidenciação dos indicadores
estabelecidos pela LRF, entre os quais se destacam: despesa com pessoal;
operações de crédito; e dívida consolidada. Também se preocupa com outros
temas como disponibilidade de caixa e os resultados primário e nominal, a fim
de conferir o equilíbrio das contas públicas.
Os principais instrumentos para evidenciar tais aspectos são o RREO e
o Relatório de Gestão Fiscal (RGF). O RGF é um relatório quadrimestral,
também exigível por força da LRF, e que traz a comparação entre os limites
admissíveis por aquela lei com os calculados pela entidade sobre despesa com
pessoal, dívida pública, garantias, operações de crédito e outros temas.
Aspecto Fiscal
Metas e
Instrumentos
indicadores
3
MCASP 7ª Edição, Parte Geral, página 23
Órgãos
Fundos
Pessoas
Jurídicas de
Direito Público Autarquias
Fundações
Públicas
Obrigatório
Fundações
Públicas
Empresas Estatais
Pessoas Dependentes
Jurídicas de
Campo de Direito Privado
Aplicação da
CASP
Outras entidades
por força de órgão
regulador
Empresas Estatais
Independentes
Pessoas
Facultativo Jurídicas de
Direito Privado
Outras
1.5.1.Casos Especiais
Alguns tipos de pessoas jurídicas podem causar dúvida. Assim, merecem um
destaque.
➢ Conselhos Profissionais: embora os Conselhos Profissionais
(CREA, CRC, CAU, CRM etc.) tenha natureza jurídica de autarquia,
consta no MCASP 8ª Edição que eles poderão aplicar as normas
estabelecidas no MCASP de maneira facultativa ou por
determinação dos respectivos órgãos reguladores, fiscalizadores
e congêneres.
➢ Serviços Sociais Autônomos: os serviços sociais autônomos (Sistema
“S” – Sebrae, Sesi, Senai, entre outros) não são entidades do setor
público. Logo, geralmente, a eles não é cabível a exigência de
cumprimento das normas de contabilidade pública.
2. Princípios Contábeis
Entidade
Prudência Continuidade
Princípios de
Contabilidade
Competência Oportunidade
Princípio da Oportunidade
Integridade e Fidedignidade
Pressupõe simultaneidade
da confrontação de
receitas e de despesas
correlatas
3. Características Qualitativas
Representação
Relevância Compreensibilidade
Fidedigna
3.1. Relevância
Basicamente, uma informação relevante é aquela que é capaz de
influenciar significativamente o cumprimento dos objetivos da elaboração
e da divulgação da informação contábil.
As informações financeiras e não financeiras são capazes de exercer
essa influência quando têm valor confirmatório, preditivo ou ambos.
3.3. Compreensibilidade
A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os
usuários compreendam o seu significado. As demonstrações contábeis
devem apresentar a informação de maneira que corresponda às necessidades
e à base do conhecimento dos usuários, bem como a natureza da informação
apresentada. A compreensão é aprimorada quando a informação é
classificada e apresentada de maneira clara e sucinta.
3.4. Tempestividade
Tempestividade está ligada à disponibilidade das informações em
tempo hábil, isto é, antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins
do objetivo da elaboração e divulgação da informação contábil. A ausência de
tempestividade pode tornar a informação menos útil.
3.5. Comparabilidade
Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos
usuários identificar semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de
fenômenos. A comparabilidade não é uma qualidade de item individual de
informação, mas, antes, a qualidade da relação entre dois ou mais itens
de informação.
3.6. Verificabilidade
A verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a assegurar
aos usuários que a informação contida nas demonstrações contábeis
representa fielmente os fenômenos econômicos ou de outra natureza que
se propõe a representar.
Essa característica implica que dois observadores esclarecidos e
independentes podem chegar ao consenso geral, mas não necessariamente à
concordância completa, em que a informação representa os fenômenos
econômicos e de outra natureza, os quais se pretende representar sem erro
material ou viés; ou o reconhecimento apropriado, a mensuração ou o método
de representação foi aplicado sem erro material ou viés.
ece
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Resumo
Professor: Luiz Airosa
Contabilidade Pública
Prof. Luiz Airosa
NBC TSP 01 a 26 1.111/2007 NBC TSP 11 Apresentação das Demonstrações Contábeis IPSAS 1
NBC T 16.1 a 16.5 NBC TSP 12 Demonstração dos Fluxos de Caixa IPSAS 2
Revogação
NBC T 16.6 (parcial) Apresentação de Informação Orçamentária nas
NBC TSP 13 IPSAS 24
NBC T 16.9 e 16.10 (a Demonstrações Contábeis
partir de jan/2019) NBC TSP 14 Custos de Empréstimos IPSAS 5
NBC Nome da Norma IFAC NBC TSP 20 Divulgação de Participações em Outras Entidades IPSAS 38
Ramos da
Contabilidade
CASP
Fornecer informações aos
usuários
Orçamentária
Aspectos de Econômica
natureza Financeira
Objetivo
Patrimonial
Tomada de decisão
Em apoio Prestação de contas
Estatal Dependente x Não Dependente à(o)
Controle Social
Estatal Não
Estatal Dependente
Dependente
Precisa de Consegue
aportes ($) "andar com as
periódicos do próprias
controlador pernas"
Aspecto Orçamentário:
Aspectos
Orçamento Público
Contabilidade Pública
Aspecto Patrimonial:
Campo de Aplicação:
Ativo
Registrar e
Passivo
evidenciar
Balanço Patrimonial
Instrumentos Demonstração das
Variações Patrimoniais
Aspecto Fiscal
Aspecto Fiscal
Princípios de Contabilidade
• Cumprimento da destinação social do
Princípio da patrimônio público
Continuidade • Há continuidade enquanto perdurar a
finalidade do patrimônio
Princípio da Oportunidade
Integridade e Fidedignidade
da
Entidade Responsabilizaç Obrigatoriedade da
prestação de contas
ão do patrimônio dos agentes públicos
Características Qualitativas
Representação
Relevância Compreensibilidade
Fidedigna
Usuários compreendem o
Compreensibilidade seu significado
Características
Qualitativas
Semelhanças e diferenças
Comparabilidade entre dois conjuntos