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Brasília-DF
2014
Copyright © 2014 Faculdade Projeção
Faculdade Projeção
Presidente: Prof. Oswaldo Luiz Saenger
Diretora Geral das Unidades Educacionais: Profª. Catarina Fontoura Costa
Diretor Acadêmico da Educação Superior: Prof. José Sérgio de Jesus
Coordenador dos Cursos do Pronatec: Prof. Luiz Augusto Ramos Pedro
ISBN: 978-85-68518-10-6
1º Edição - 2014 / Brasília-DF
Impresso no Brasil
Catalogação-na-fonte
P436
Pereira, Tarcísio José
Leitura e produção de texto / Tarcísio José Pereira.
Brasília, Projeção, 2014.
124 p. : 23 cm.
ISBN: 978-85-68518-10-6
CDU 811.134.3
Faculdade Projeção
CNB 14 - A/E 5, 6 e 7 - SAMDU Norte
Taguatinga (DF) CEP 72115-150
Tel. (61) 3451-3873
Site: http://www.fapro.edu.br/
Apresentação
Caro estudante,
A disciplina Leitura e Produção de Texto tem como objetivo principal
levar a uma discussão e aprendizado; acerca da língua portuguesa, por
meio de uma analise dos conceitos básicos aliando a teoria à prática para
que você, educando, possa repensar e melhorar a sua prática de leitura e
produção textos; uma vez que, a língua é mutável e adaptável a cada ação
do dia a dia.
Trabalhar a língua materna, no nosso caso língua portuguesa, de
forma prazerosa é um dos objetivos dessa disciplina, assim como romper
com os bloqueios que adquirimos ao longo do tempo, e aprender a usá-
la de forma correta nas diferentes ocasiões. Também, aprender o que é
a variação linguística, lembrando sempre que a norma culta é o foco do
nosso trabalho.
Assim essa disciplina encontra-se dividida em seis unidades, onde
serão trabalhadas: comunicação, gramática, coesão e coerência; funções
da linguagem, leitura e produção de texto; e, por fim, texto, contexto e
informações. Para que assim, você, possa aprofundar nas questões da
língua e refletir sobre esta.
Bons Estudos!
Sumário
1 COMUNICAÇÃO.......................................................................................... 11
1.1 Ponto de partida................................................................................................................ 11
1.2 Roteiro do conhecimento............................................................................................... 11
1.2.1 Agentes da comunicação................................................................................................ 14
1.2.2 A comunicação na atualidade....................................................................................... 16
1.2.3 Tipos de comunicação..................................................................................................... 19
1.3 O que aprendemos?......................................................................................................... 21
1.4 Na prática............................................................................................................................ 21
1.5 Glossário.............................................................................................................................. 22
1.6 Referências.......................................................................................................................... 23
2 ELEMENTOS GRAMATICAIS........................................................................ 27
2.1 Ponto de partida................................................................................................................ 27
2.2 Roteiro do Conhecimento............................................................................................... 27
2.2.1 Acentuação Gráfica........................................................................................................... 28
2.2.2 Crase..................................................................................................................................... 30
2.2.3 Substantivos....................................................................................................................... 36
2.2.4 Adjetivos.............................................................................................................................. 39
2.2.5 Pronomes............................................................................................................................. 42
2.2.6 Pontuação........................................................................................................................... 60
2.3 Na prática............................................................................................................................ 64
2.4 O que aprendemos?......................................................................................................... 67
2.5 Referências.......................................................................................................................... 68
3 COESÃO E COERÊNCIA................................................................................ 73
3.1 Ponto de Partida................................................................................................................ 73
3.2 Roteiro do conhecimento............................................................................................... 73
3.2.1 Coerência............................................................................................................................. 73
3.2.2 Coesão.................................................................................................................................. 76
3.3 Glossário.............................................................................................................................. 78
3.4 Na prática............................................................................................................................ 78
3.5 O que aprendemos?......................................................................................................... 80
3.6 Referências.......................................................................................................................... 80
Sumário 7
4 FUNÇÕES DA LINGUAGEM......................................................................... 85
4.1 Ponto de partida................................................................................................................ 85
4.2 Roteiro do conhecimento............................................................................................... 85
4.2.1 Função Referencial ou Denotativa............................................................................... 86
4.2.2 Função Conativa ou Apelativa....................................................................................... 86
4.2.3 Função Emotiva ou Expressiva...................................................................................... 87
4.2.4 Função Metalinguística................................................................................................... 88
4.2.5 Função Fática...................................................................................................................... 89
4.2.6 Função Poética................................................................................................................... 90
4.3 Glossário.............................................................................................................................. 91
4.4 Na prática............................................................................................................................ 91
4.5 O que aprendemos?......................................................................................................... 94
4.6 Referências.......................................................................................................................... 94
Comunicação 11
é um fenômeno inerente à relação que os seres vivos mantêm quando se
encontram em grupo. Por meio da comunicação, as pessoas ou os animais
obtêm notícias/informações sobre o seu entorno e podem partilhar com
os outros.
Também, pode-se dizer que comunicação é “a forma como as
pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, idéias,
sentimentos, informações, modificando mutuamente a sociedade onde
estão inseridas. Sem a comunicação, cada um de nós seria um mundo
isolado”. (VASCONCELOS, 2009).
A etimologia da palavra sugere que se trate de um conceito
eminentemente social na sua origem. Assim sendo, em primeiro lugar
diz respeito ao homem. Em segundo , trata-se de um fenômeno concreto,
objetivo, que ocorre quando um ser A transfere uma informação a um ser
B. Em terceiro, a comunicação seria um processo ativo, ou seja, envolve
na sua essência um propósito, que é o de se influenciar outro ser, modificar
seu comportamento, obter uma resposta.
Assim, podemos dizer que é por meio da através comunicação que os
seres humanos e os animais partilham informações entre si tornando o ato
de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância
vital, sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e
desenvolvimento. A história da comunicação começa com o grunhido
do homem, a partir daí a imitação de animais, sons não somente com a
boca, mais com as mãos e objetos passaram a fazer parte do processo de
comunicação.
Para Vasconcelos (2009):
www.fumdham.org.br
Pinturas rupestres
Comunicação 13
O processo comunicativo implica a emissão de sinais (sons, gestos,
indícios, etc.) com a intenção de dar a conhecer uma mensagem. Para que a
comunicação seja bem-sucedida, o receptor deve ser capaz de descodificar
a mensagem e de interpretá-la. O processo reverte-se assim que o receptor
responde e passa a ser o emissor (sendo que o emissor original passa a ser
o receptor do ato comunicativo).
QUEM?
DIZ O QUE?
EM QUE CANAL?
PARA QUEM?
E COM QUAL EFEITO?
Comunicação 15
Acreditamos que o maior problema que possa existir durante
um processo de comunicação seja o ruído. Dessa forma, também em
comunicação, há de se realizar um mínimo de planejamento, a fim de
evitar os distúrbios causados pela intromissão de ruídos.
Problemas podem ocorrer no processo de comunicação, tanto por
parte do emissor, quanto por parte do receptor.
Comunicação 17
• Mediações Situacionais: é importante entender a situação da
recepção. Como são ocupados os espaços sociais e culturais
na recepção. Quais os fatores atuantes durante e depois da
recepção. Cada ambiente, cada espaço cria uma determinada
situação de recepção. Também influencia na recepção o estado de
espírito do sujeito receptor. Como, com quem e quando acontece a
recepção.
• Mediações Referenciais: estão relacionadas com a identificação
pessoal no contexto social do sujeito receptor, assim como: faixa
etária, gênero, grau de escolaridade e classe socioeconómica;
todas são variáveis importantes nas pesquisas de recepção.
• Mediações Tecnológicas: o receptor de TV ou de rádio influencia
na modalidade de ver ou ouvir um determinado programa que,
sem dúvida, interfere na recepção. Não é a mesma coisa assistir
a um filme num aparelho de TV de 20 polegadas com som em
mono e assistir ao mesmo filme em um aparelho de 50 polegadas
com sistema de som estéreo, ou ainda ao mesmo filme numa sala
de cinema com modernas instalações num shopping center. Um
programa de rádio é diferente de um programa de televisão, que é
diferente de um filme no cinema.
A partir da utilização das tecnologias também apareceram as
derivações linguísticas como os –ês, como é o caso do “fufuxês”,
“amiguês”, “internetês”, etc. Assim, podemos dizer que a língua é viva
e ela pode se adaptar a diferentes contextos, acrescentando (como no
caso de empréstimos de palavras), modificando (como no caso dos –ês) e
extinguindo (como no caso da última reforma ortográfica).
Comunicação 19
Comunicação sonora (ou auditiva): fala, música, cornetas, apitos,
sinos, buzinas, alarmes, aplausos, gritos, vaias.
Comunicação tátil: escrita braile, aperto de mãos, abraços, beijos.
Comunicação olfativa: odores (perfume) na função de mensagens. É
mais usada pelos animais.
Comunicação gustativa: sabores como mensagens (oferecer à
namorada bombons de chocolate prediletos).
A SONORA é a mais prática, econômica e fácil. Especialmente por
meio da fala, que não requer instrumento artificial algum, utiliza apenas o
aparelho vocal humano. Mas vantajosa mesmo, no entanto, é a combinação
da visual com a sonora, para formar a poderosa comunicação audiovisual
(cinema, TV, show).
Segundo a quantidade de pessoas envolvidas no processo da
comunicação, desde a menor até a maior, a comunicação humana pode ser:
Intrapessoal: quando uma pessoa se comunica consigo mesma
(agenda, diário, lembrete na porta do quarto).
Interpessoal: quando a pessoa se comunica com outra (conversa
entre dois colegas).
Intergrupal: quando as mensagens circulam entre grupos (turmas de
alunos, bancadas de partidos, nações).
Intragrupal: quando as mensagens circulam dentro de um grupo
(alunos elegendo o representante de turma).
Comunicação de massa: quando as mensagens são dirigidas ao
grande público por meio do rádio, TV, cinema, jornal, revista. É a mais
ampla porque pode atingir simultaneamente até bilhões de pessoas nos
mais diferentes pontos do Mundo (nas Olimpíadas, Copa do Mundo).
A comunicação humana pode ser direta, quando o emissor e receptor
de frente um para o outro e próximos; e indireta, quando o emissor está
distante do receptor e precisa usar um meio artificial (carta, telefone,
e-mail, rádio, televisão) para alcançá-lo.
DICAS
1.4 Na prática
1) O que é comunicação?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Comunicação 21
3) Quem são os agentes da comunicação?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
1.5 Glossário
Informação: É um conjunto organizado de dados, que constitui uma
mensagem sobre um determinado fenômeno ou evento. A informação
permite resolver problemas e tomar decisões, tendo em conta que o seu
uso racional é à base do conhecimento. Como tal, outra perspectiva indica-
nos que a informação é um fenômeno que confere significado ou sentido
1.6 Referências
Aurélio. Disponível em:< http://www.dicionariodoaurelio.com/
Comunicacao.html> acesso em: 17/ago/2014
Comunicação 23
-Americana. PCLA – Volume 2 – Número 2: janeiro / fevereiro / mar-
ço 2001. Disponível em: < http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/
revista6/artigo%206-3.htm> acesso em: 19/ago/2014.
Anotações
Elementos Gramaticais 27
2.2.1 Acentuação gráfica
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009,
temos a seguir as regras de acentuação gráfica.
Monossílabas tônicas
Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em
a(s), e(s), o(s).
Pá, pós, já, pés.
Os ditongos monossilábicos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são
acentuados.
Céu, véu, dói, réis.
Palavras oxítonas
Acentuamos as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em/ens.
Amapá, compôs, reféns, bambolê.
Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também
são acentuados.
Herói, troféus, papéis.
Oxítonas terminadas em i(s) e u(s) também são acentuadas.
Piauí, tuiuiú.
Palavras paroxítonas
Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s),
ão(s), um(uns).
Lavável, pólen, repórter, tórax, lápis, bônus, bíceps, ímãs,
sótão, álbum.
Paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de s) são
acentuadas.
Vácuo, insônia, subúrbio.
Atenção
Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas
palavras paroxítonas.
Ideia, apoia, colmeia.
Atenção
Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras
paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo.
Feiura, baiuca, bocaiuva.
Atenção
É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e
paroxítonas antes de acentuar palavras que se encaixem nesta regra.
Acentos diferenciais
Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo)
e pôde (passado do verbo poder).
O acento diferencial é opcional somente em dêmos/
demos (presente subjuntivo do verbo dar) e fôrma/forma (recipiente).
Elementos Gramaticais 29
2.2.2 Crase
Crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português
assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe:
Obedecemos ao regulamento.
( a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes.
Mas:
Obedecemos à norma.
( a + a )
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )
Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II. o termo consequente aceite o artigo a.
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )
Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo )
( substantivo feminino )
Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )
Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte
artifício:
I. se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de
que ela aceita o artigo.
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não
aceita.
Ex: Vim da Bahia. (aceita)
Vim de Brasília (não aceita)
Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)
2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
(preposição)
Observação:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente,
a crase: senhora, senhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.
Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a
preposição:
Caminhavam passo a passo.
(preposição)
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o
seguinte: Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.
Elementos Gramaticais 31
6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba.
(preposição)
Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal,
ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
(adjunto adnominal)
Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)
Observação:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes
empregamos o acento indicativo de crase (`), sem que tenha havido a
fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal
sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento
de crase em tais ocasiões.
Casos especiais:
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não
vier determinada por um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto
não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita
o artigo e ocorre a crase. Ex:
Volte a casa cedo.
(preposição sem artigo)
Volte à casa dos seus pais.
(preposição com artigo)
(adjunto adnominal)
Elementos Gramaticais 33
2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição ao
mar ou ar, se não vier determinada, não aceita o artigo e não ocorre a
crase. Ex:
Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)
Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a)
que ocorre antes do que, pode ocorrer antes do de. Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)
Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)
7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia
do a (preposição) com a grafia do há (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado.
Elementos Gramaticais 35
2.2.3 Substantivos
Os Substantivos são classes de palavras que nomeiam os seres, objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros. São termos que podem
ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e
plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Substantivo simples
São substantivos formados por apenas um radical.
• Exemplos: casa, amor, roupa, livro, felicidade,…
Substantivo composto
São substantivos formados por dois ou mais radicais, podendo ocorrer
composição por justaposição ou composição por aglutinação.
• Exemplos (composição por justaposição): passatempo, arco-íris,
beija-flor, segunda-feira, malmequer,…
• Exemplos (composição por aglutinação): aguardente, fidalgo,
planalto, vinagre, …
Substantivo primitivo
São substantivos cuja origem reside em palavras de outras línguas
(latim, árabe, grego, francês, inglês,…). Os substantivos primitivos dão
origem aos substantivos derivados.
• Exemplos: folha, chuva, algodão, pedra, quilo,…
Substantivo derivado
São substantivos que derivam de substantivos primitivos existentes
na língua portuguesa. Podendo ocorrer derivação prefixal, sufixal,
parassintética, regressiva e imprópria.
• Exemplos: território, chuvada, jardinagem, açucareiro, livraria,…
Substantivo comum
São substantivos que nomeiam genericamente, sem especificar, seres
da mesma espécie, que partilham características comuns.
• Exemplos: mãe, computador, papagaio, uva, planeta,…
Substantivo próprio
São substantivos escritos com letra maiúscula que nomeiam seres
individuais e específicos. Estes substantivos particularizam os seres
dentro de sua espécie, distinguindo-os dos restantes.
• Exemplos: Flávia, Brasil, Carnaval, Nilo, Serra da Mantiqueira,…
Substantivo concreto
São substantivos que nomeiam seres com existência própria, como
objetos, pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares, …
• Exemplos: mesa, cachorro, samambaia, chuva, Felipe,…
Substantivo abstrato
São substantivos que nomeiam conceitos, conceptualizações
abstratas e realidades imateriais, como qualidades, noções, estados, ações,
sentimentos e sensações de outros seres.
• Exemplos: beleza, pobreza, crescimento, amor, calor,…
Substantivo sobrecomum
São substantivos que nomeiam pessoas e apresentam um só gênero
para o masculino e o feminino.
• Exemplos: a vítima, a pessoa, a criança, o gênio, o indivíduo,…
Substantivo epiceno
São substantivos que nomeiam animais e apresentam um só gênero
para o masculino e o feminino.
• Exemplos: a formiga, o crocodilo, a mosca, a baleia, o besouro,…
Elementos Gramaticais 37
Gênero dos Substantivos
De acordo com o gênero (feminino e masculino) das palavras
substantivas, elas são classificadas em:
• Substantivos Biformes: apresentam duas formas, ou seja, uma
para o masculino e outra para o feminino; por exemplo, professor
e professora; amigo e amiga.
• Substantivos Uniformes: Há somente um termo que especifique
os dois gêneros (masculino e feminino), sendo classificados
em: epicenos, sobrecomum e comum dos dois gêneros.
1. Epicenos: Palavra que apresenta somente um gênero e refere-
se aos animais, por exemplo, foca (macho ou fêmea).
2. Sobrecomum: Palavra que apresenta somente um gênero
e refere-se às pessoas, por exemplo, criança (masculino e
feminino).
3. Comum dos dois gêneros: Termo que se refere aos dois gêneros
(masculino e feminino), identificado por meio do artigo que o
acompanha, por exemplo, “o artista” e “a artista”.
Aumentativo
Palavra que indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma
coisa. Divide-se em:
• Analítico: Substantivo acompanhado de um adjetivo que indica
grandeza, por exemplo, casa grande.
• Sintético: Substantivo com acréscimo de um sufixo indicador de
aumento, por exemplo, casa-rão.
Diminutivo
Palavra que indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma
coisa. Divide-se em:
2.2.4 Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-
lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Podem ser simples,
sendo formados por apenas um radical, ou compostos, sendo formados
por dois ou mais radicais.
Elementos Gramaticais 39
Gênero dos adjetivos
Relativamente ao gênero, os adjetivos podem ser biformes ou
uniformes.
Os adjetivos biformes apresentam duas formas, uma para o gênero
masculino e outra para o gênero feminino.
Exemplos
• Helena é uma menina simpática.
• Paulo é um menino simpático.
• A blusa é vermelha.
• O casaco é vermelho.
Elementos Gramaticais 41
Adjetivos derivados são adjetivos cuja origem reside em outras
palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de substantivos ou verbos.
Exemplos: magrelo, avermelhado, apaixonado,…
Adjetivo pátrio
Os adjetivos podem se referir a cidades, países, continentes, etc.
exprimindo a nacionalidade. Ex.: Amazonense (do Amazonas), baiano (da
Bahia), catarinense (de Santa Catarina), etc.
Locução adjetiva
A locução adjetiva é toda expressão (duas ou mais palavras) que
aparecem no lugar de um adjetivo. Ex.: amor de mãe, casa de campo,
avaliação por mês. A locução adjetiva sempre começa com uma preposição.
A maioria das locuções adjetivas é substituída por um adjetivo
correspondente. Ex.: amor materno, casa campestre, avaliação mensal.
2.2.5 Pronomes
Pronomes pessoais do caso reto
Pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os
substantivos, assumindo majoritariamente a função de sujeito da oração.
Podem, contudo, assumir a função de predicativo do sujeito. Os pronomes
pessoais do caso reto indicam ainda as pessoas do discurso, ou seja, quem
fala (eu e nós), com quem se fala (tu e vós) e de quem se fala (ele, ela,
eles, elas).
Pronomes pessoais retos:
• 1.ª pessoa do singular – eu.
• 2.ª pessoa do singular – tu.
• 3.ª pessoa do singular – ele, ela.
• 1.ª pessoa do plural – nós.
• 2.ª pessoa do plural – vós.
• 3.ª pessoa do plural – eles, elas.
Exemplos
• Eu escrevi o texto.
• Tu escreveste o texto.
Exemplos
• Cursei veterinária, mas nunca segui a profissão. (eu)
• Passeamos muito no domingo passado. (nós)
• Gostaste do jogo? (tu)
Exemplos
• A responsável sou eu.
• A responsável é ela.
Exemplos
• Façam silêncio para eu telefonar para este cliente.
• Para eu fazer isso, vou precisar da sua ajuda.
• Vê se tem algum erro para tu corrigires.
É errado dizer “Ela comprou este caderno para eu.” ou “Ela comprou
este caderno para tu.”. Não se pode usar preposição com os pronomes
retos eu e tu. Com preposições têm que ser usados os pronomes oblíquos
correspondentes: mim e ti.
Elementos Gramaticais 43
Exemplos
• Ela comprou este caderno para mim.
• Ela comprou este caderno para ti.
Exemplos
• Ajudei-o na arrumação do armário.
• Encontrei-a na praia.
Atenção
Além dos pronomes pessoais do caso reto, existem também pronomes
pessoais oblíquos que assumem, majoritariamente, a função de objeto
direto ou objeto indireto de uma oração, podendo ser tônicos ou átonos.
Exemplos
• Eu comprei-o numa loja no centro da cidade. (objeto direto)
• O diretor ligou-lhe, mas ele não atendeu o telefone. (objeto
indireto)
Exemplos
• não me deram (próclise);
• oferecer-nos-ão (mesóclise);
• ofereceram-me (ênclise).
Além disso, conforme o verbo a que estão ligados, os pronomes
pessoais oblíquos átonos sofrem alterações para: no, na, nos, nas, lo, la,
los, las.
Exemplos
• Fizeram-nos esperar muito!
• Ela vai seduzi-lo rapidamente.
Elementos Gramaticais 45
Atenção
Existem também pronomes pessoais retos que assumem a função de
sujeito de uma oração.
Pronome adjetivo
Pronomes adjetivos acompanham, determinam e modificam os
substantivos, ou seja, atribuem particularidades e características ao
substantivo, como se fossem adjetivos. Tal como os substantivos que
determinam, variam em gênero (masculino e feminino), número (plural e
singular) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª pessoa do discurso).
Exemplos
• Minha prima chega hoje da Europa. (Determina o substantivo
comum prima.)
• Suas dúvidas serão respondidas pela professora. (Determina o
substantivo comum dúvidas.)
• Aqueles estudantes passaram no exame com distinção. (Determina
o substantivo comum estudantes.)
• Este livro é muitíssimo bom. (Determina o substantivo comum
livro.)
Atenção
A classificação em pronome adjetivo não invalida outras classificações
como possessivo, demonstrativo,…
Exemplos
• Aquela caneta é azul. (pronome demonstrativo adjetivo)
• Meu filho é indisciplinado. (pronome possessivo adjetivo)
Pronomes são palavras que substituem ou determinam os substantivos.
Assim, podem assumir a função de pronomes substantivos ou de pronomes
adjetivos.
Pronomes interrogativos
Pronomes interrogativos são utilizados para interrogar, ou seja, para
formular perguntas de modo direto ou indireto. Referem-se sempre à 3.ª
pessoa gramatical e possuem uma significação indeterminada, que apenas
é esclarecida pela resposta dada à interrogação.
Exemplos
• Que comeremos agora?
• Que comunicado ele pretende fazer?
• Que é que você fez?
• O que terá acontecido?
Elementos Gramaticais 47
Pronome interrogativo quem
O pronome interrogativo quem se refere principalmente a pessoas ou
coisas personificadas.
Exemplos
• Quem quer ir comigo ao cinema?
• Gostaria de saber quem é o responsável pela empresa.
Exemplos
• Qual é o departamento certo?
• Qual de vocês me ajudará nesta tarefa?
Exemplos
• Quanto mais terei que aturar?
• Quantas inscrições são precisas para que a atividade se realize?
Exemplos
• Que confusão!
• Quem diria!
• Quanta barbaridade!
Pronome substantivo
Pronomes substantivos substituem o substantivo numa frase. São
utilizados de forma a tornar o discurso menos repetitivo, mais rico e
variado. Tal como os substantivos que substituem, variam em gênero
(masculino e feminino), número (plural e singular) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª
pessoa do discurso). Podem assumir a função de sujeito da oração.
Atenção
A classificação em pronome substantivo não invalida outras
classificações como pessoal, possessivo, demonstrativo,…
Exemplos
• Nós vamos embora agora. (pronome pessoal substantivo)
• Aquela caneta é a minha. (pronome possessivo substantivo)
• O meu filho é aquele. (pronome demonstrativo substantivo)
Pronomes são palavras que substituem ou determinam os substantivos.
Assim, podem assumir a função de pronomes substantivos ou de pronomes
adjetivos.
Pronomes relativos
São pronomes que se relacionam sempre com o termo da oração
que está antecedente ao mesmo, servindo ao mesmo tempo de elo de
subordinação das orações que iniciam, exercendo uma função sintática na
frase. Normalmente, introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por
meio da utilização de pronomes relativos, evitamos a repetição dos termos
nas orações, sendo fácil relacioná-los e sintetizá-los.
Exemplos
• Orações simples: Este é o museu. Eu visitei o museu.
• Com pronome relativo: Este é o museu que eu visite.
• Orações simples: Eu comprei a blusa. A blusa é amarela.
• Com pronome relativo: Eu comprei a blusa que é amarela.
Elementos Gramaticais 49
Exemplos de pronomes relativos
Formas invariáveis: que, quem, onde.
Formas variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos,
cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Nota
Os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo
com a regência verbal dos verbos da oração.
Exemplos
• Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta.
• Já nem sei o que faço.
Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre
antecedido de preposição quando tem um antecedente explícito.
Exemplos
• Este é o garoto a quem sempre amei.
• É esta a professora de quem você falou?
Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído
por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Pode ser utilizado
juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para
transmitir noções de movimento.
Exemplos
• Este é o apartamento onde vivi quando pequena.
• O hotel onde ficamos era cinco estrelas.
Exemplos
• Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não
consegui dormir.
• Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada.
Exemplos
• Compre tanto quanto for preciso.
• Ele não fez tudo quanto havia prometido.
Exemplos
• Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.
• Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.
Exemplo
• Quem copiou na prova, foi reprovado.
Pronomes possessivos
Pronomes possessivos indicam, principalmente, uma relação de
posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas
do discurso. A forma que o pronome possessivo assume concorda com a
pessoa gramatical a que se refere (1ª, 2ª ou 3ª pessoa do discurso) e varia
em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) de acordo
com aquilo que é possuído.
Elementos Gramaticais 51
Exemplos de concordância dos pronomes possessivos:
• Eu não dormi na minha cama.
• Tu não dormiste no teu quarto.
• Você não dormiu na sua cama.
• Nós não dormimos no nosso quarto.
• Vós não dormistes na vossa cama.
• Eles não dormiram nos seus quartos.
Exemplos
• Meu irmão é muito bonito.
• O meu irmão é muito bonito.
• O diretor não ouviu minha intervenção.
• O diretor não ouviu a minha intervenção.
Exemplos
• Não se preocupe, minha senhora, nós resolveremos o assunto.
(Respeito)
• Meu filho, por favor, tenha cuidado! (Afeto)
• Seu irresponsável, você podia ter morrido! (Ofensa)
• Aquela estátua já deve ter seus 15 anos. (Cálculo aproximado)
Exemplos
• A chuva molhou-te o cabelo. (Molhou o teu cabelo).
• Agarrei-lhe a mão. (Agarrei a sua mão).
Exemplos
• Meu filho é indisciplinado. (pronome possessivo adjetivo)
• Aquela caneta é a minha. (pronome possessivo substantivo)
Atenção
Na frase “Seu Antônio, o senhor chegará hoje ou manhã?”, a palavra
seu não é um pronome possessivo, é uma alteração fonética da palavra
senhor.
Pronomes indefinidos
Referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo
ou alguém é considerado de forma indeterminada. Existem pronomes
indefinidos invariáveis, variáveis em gênero e número e variáveis apenas
em número.
Elementos Gramaticais 53
Pronomes indefinidos variáveis em gênero e número:
• algum, alguns, alguma, algumas;
• nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas;
• todo, todos, toda, todas;
• outro, outros, outra, outras;
• muito, muitos, muita, muitas;
• pouco, poucos, pouca, poucas;
• certo, certos, certa, certas;
• vário, vários, vária, várias;
• tanto, tantos, tanta, tantas;
• quanto, quantos, quanta, quantas.
Exemplos
• cada qual, cada um, todo aquele que, quem quer que, seja quem
for, seja qual for, qualquer um,…
Exemplos
• Este livro é de alguém?
• Tudo é importante, nada deverá ser esquecido!
Exemplos
• Certas atitudes são incompreensíveis.
• Qualquer escolha será longamente ponderada.
• Cada pessoa deverá seguir o seu próprio caminho.
• Cada um deverá seguir o seu próprio caminho.
• Cada qual deverá seguir o seu próprio caminho.
Exemplos
• Nenhum motivo foi apresentado para a desistência da candidatura.
(sentido negativo)
• Motivo algum foi apresentado para a desistência da candidatura.
(sentido negativo)
• Algum motivo foi apresentado para a desistência da candidatura?
(sentido afirmativo)
Ninguém x alguém
O pronome indefinido ninguém assume sempre um sentido negativo,
enquanto o pronome indefinido alguém assume um sentido afirmativo.
Ambos se referem a pessoas.
Elementos Gramaticais 55
Exemplos
• Com certeza, ninguém seguiu este caminho. (sentido negativo)
• Com certeza, alguém seguiu este caminho. (sentido afirmativo)
Nada x algo
O pronome indefinido nada assume sempre um sentido negativo,
enquanto o pronome indefinido algo assume um sentido afirmativo.
Ambos se referem a coisas.
Exemplos
• Não pretendia nada, além de uma vida descansada. (sentido
negativo)
• Queria sempre algo novo. (sentido afirmativo)
Exemplos
• Não quero nada, obrigado! (coisa nenhuma)
• Você não viu nada de estranho ontem? (alguma coisa)
• Não fiquei nada feliz com meu resultado na prova. (advérbio)
Certo
O pronome certo apenas atua como pronome indefinido quando
anteposto ao substantivo, particularizando alguma coisa. Quando posposto
ao substantivo assume a função de um adjetivo, sinônimo de correto,
certeiro, garantido, combinado, apropriado, entre outros.
Exemplos
• Certos alunos ficam para sempre na memória dos professores.
(pronome indefinido)
• O diretor tomou decisões certas. (adjetivo)
Qualquer
O pronome indefinido qualquer tem como principal função generalizar
uma situação. Contudo, assume um valor depreciativo quando posposto a
um artigo indefinido ou a um substantivo próprio.
Todo e tudo
No singular, os pronomes indefinidos todo e tudo indicam a totalidade
das partes. No plural indicam uma totalidade numérica. O pronome todo
se refere unicamente a coisas, enquanto o pronome tudo pode se referir a
coisas ou pessoas.
Exemplos
• Ele comeu o bolo todo. (totalidade das partes)
• Todos os alunos realizaram a prova. (totalidade numérica)
Outro
O pronome indefinido outro pode indicar um momento passado ou
um momento futuro, como nas expressões outro dia (passado) e no outro
dia (futuro).
Exemplos
• Outro dia fui ver a exposição de pintura da minha tia.
• No outro dia, depois de regressar de viagem, irei ver a exposição
de pintura da minha tia.
Pronomes demonstrativos
Situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso,
em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala,
de quem se fala. Podem ser invariáveis ou variáveis em gênero (masculino
e feminino) e número (plural e singular). Possuem ainda uma finalidade
expressiva, reforçando algum termo anteriormente mencionado.
Elementos Gramaticais 57
Pronomes demonstrativos combinados com preposições
Os pronomes demonstrativos contraem-se com as preposições a, em
e de.
Exemplos
• Eu moro nesta casa.
• Não gosto dessa sua maneira de ser.
• Entregue seu teste àquele professor.
Exemplos
• Esta caneta aqui é minha.
• Este é o ano do meu casamento.
• Isto que está acontecendo é horrível!
• Isto será explicado mais à frente.
• Neste momento não tenho nada para fazer.
• Venha aqui e coloque tudo dentro deste recipiente.
Esse, essa, esses, essas, isso, nesse, nessa, nesses, nessas, desse,
dessa, desses, dessas:
Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa
que fala e perto da pessoa a quem se fala ou num tempo passado recente em
relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que foi mencionado
no discurso.
Exemplos
• Aquela caneta ali é dele.
• Aquele foi o melhor ano da minha infância.
• Aquilo foi o melhor de tudo.
• Ela partiu a perna naquele fim de semana que fomos passear ao
campo.
• Este livro é daquele menino da 6ª série. Você sabe quem ele é?
O, a, os, as
Quando acompanharem os pronomes que e qual, podendo ser
substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Exemplos
• Não entendi o que foi dito pelo apresentador. (aquilo que foi dito).
• Essa mochila não é a que eu comprei. (aquela que eu comprei).
Elementos Gramaticais 59
Exemplos
• Ela mesma resolveu o assunto.
• Foram os próprios responsáveis que fizeram a confusão.
Tal, tais
Semelhante, semelhantes
Referem-se a um nome anteriormente citado e transmitem um sentido
completo (tal) ou incompleto (semelhante), podendo ser substituídos por
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, esse, essa, esses, essas, isso,
este, esta, estes, estas, isto. Estes dois pronomes podem ser utilizados
ironicamente.
Exemplos
• Não tenha semelhante atitude. (aquela atitude)
• Em tais momentos, não devemos reagir de cabeça quente. (nesses
momentos)
Exemplos
• Aquela caneta é azul. (pronome demonstrativo adjetivo)
• O meu filho é aquele. (pronome demonstrativo substantivo)
2.2.6 Pontuação
Para que servem os sinais de pontuação? No geral, para representar
pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; ou entonações,
nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo.
Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação
reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.
Vejamos aqui alguns empregos:
Vírgula (,)
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O
menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
Ponto-final (.)
É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:
a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.
E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.
Elementos Gramaticais 61
• Iremos viajar! (entusiasmo)
• Foi ele o vencedor! (surpresa)
• Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
• Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto)
• Seja rápido! (ordem)
b) Depois de vocativos e algumas interjeições:
• Ui! que susto você me deu. (interjeição)
• Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
c) Nas frases que exprimem desejo:
• Oh, Deus, ajude-me!
Ponto e vírgula (;)
É usado para:
a) separar itens enumerados:
A Matemática se divide em:
• geometria;
• álgebra;
• trigonometria;
• financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele
não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama;
queria ficar sozinho com seu cão.
Dois-pontos (:)
É usado quando:
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:
Ele respondeu: não, muito obrigado!
b) se quer indicar uma enumeração:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas
estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à professora.
Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar
ideia de continuidade ao que se estava falando:
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para
fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido
e, por isso, há o predomínio de vírgulas).
Travessão (–)
O travessão é indicado para:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
• Quais ideias você tem para revelar?
• Não sei se serão bem-vindas.
• Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para
a elaboração deste projeto.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da
vírgula e dos parênteses:
• Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que
tudo irá dar certo.
• Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser
arriscado.
Elementos Gramaticais 63
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:
• O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa
bastante esforçada.
• Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando – meu
melhor amigo.
2.3 Na Prática
01) EFOMM – É inaceitável a pontuação na alternativa:
a) 1 cm., 2 cm., 1 m., 2 m., 1 g., 2 g., 1 kg., 1 h 20., 2 h 20 m 30 s.
b) De boa árvore, bons frutos.
c) Terminada a palestra, procure-nos.
d) Não chore, que será pior.
e) Eram dois – eu os vi pessoalmente – os assaltantes.
08) “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que
acontece ao seu redor”.
a) à – a – aquilo
b) a – a – àquilo
c) a – à – àquilo
d) à – à – aquilo
e) à – à – àquilo
Elementos Gramaticais 65
10) Quanto _____ problema, estou disposto, para ser coerente
__________ mesmo, _____ emprestar-lhe minha colaboração.
a) aquele – para mim – a
b) àquele – comigo – a
c) aquele – comigo – à
d) aquele – por mim – a
e) àquele – para mim – à
11) Dentre as frases abaixo, escolha aquela em que há, de fato, flexão
de grau para o substantivo.
a) O advogado deu-me seu cartão.
b) Deparei-me com um portão, imenso e suntuoso.
c) Moravam num casebre, à beira do rio.
d) A abelha, ao picar a vítima, perde seu ferrão.
e) A professora distribuiu as cartilhas a todos os alunos.
Elementos Gramaticais 67
2.5 Referências
Adjetivos. Disponível em: <http://www.normaculta.com.br/
adjetivos/> acesso em 20/ago/2014
Elementos Gramaticais 69
Anotações
3.2.1 Coerência
O conceito de coerência refere-se ao nexo entre ideias, acontecimentos,
circunstâncias. A coerência é um resultado da não contradição entre as
partes do texto e do texto em relação ao mundo. É um instrumento que o
autor vai usar para conseguir encaixar as “peças” do texto e dar sentido
completo a ele.
Todo texto é composto por uma macroestrutura e uma microestrutura.
A macroestrutura refere-se à coerência, ou seja, à manutenção
da mesma referência temática em toda extensão. Para que ela exista é
necessário:
Coesão e Coerência 73
a) harmonia de sentido de modo a não ter nada ilógico, nada desconexo;
b) relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido;
c) as partes devem estar inter-relacionadas;
d) expor uma informação nova e expandir o texto;
e) não apresentar contradições entre as ideias;
f) apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo.
Mas, a coerência é uma característica textual que depende da
interação do texto, do seu produtor e daquele que procura compreendê-lo.
Muito depende do receptor, de seu conhecimento de mundo, da situação
de produção do texto e do grau de domínio dos elementos linguísticos
constantes do texto.
Veja no exemplo abaixo a falta desse domínio, o que parece tornar o
texto incoerente.
Eu gosto tanto de frango, mas tenho medo de gripe aviária.
– Ah, mas só dá na Ásia, responderam.
– Justo na parte de que eu mais gosto!?
(Folha de São Paulo, 18 de março de 2006, p. E13)
Tipos de Coerência
• Coerência semântica (relação dos significados dos elementos das
frases em sequência)
Coesão e Coerência 75
Na semana dele domingo não é dia!?
Pérolas do Vestibular
“A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos.”
“O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas
desconhecidas.”
“O Ateísmo é uma religião anônima.”
“O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de
necessidades.”
“A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos
escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do
país.”
“O Chile é um país muito alto e magro.”
“Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.”
3.2.2 Coesão
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um
texto.
Diz respeito às articulações gramaticais existentes entre as palavras,
orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua
conexão sequencial.
Para que o texto seja coeso, deve seguir pelo menos um dos
mecanismos de coesão:
a) Retomada de termos, expressões ou frases já ditas.
b) Encadeamento de segmentos do texto, feito com conectores ou
operadores discursivos, tais como então, portanto, mas, já que,
porque...
Coesão e Coerência 77
Texto sem elementos de coesão
“... É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte não tem o que
dizer, são só palavras, saiba que o que eu sinto não mudará...”
(composição: Vanessa Da Mata feat. Ben Harper)
3.3 Glossário
Macroestrutura: Estrutura de dimensão superior que engloba outras
estruturas menores que pode ser composta em elementos menores.
Microestrutura: Estrutura de dimensão inferior que pertence à outra
estrutura mais vasta. Pormenorização de uma estrutura.
3.4 Na Prática
1) Um dos problemas encontrados com mis frequência nos textos é
a falta de coesão e de coerência. É comum encontrarmos textos
que iniciam com um tema e terminam com outro, mostrando falta
de unidade e de coerência. Além da falta de coerência, há falta de
coesão, o que torna, muitas vezes, os períodos ininteligíveis. Mas,
o que é coerência?
a) O conceito de coerência refere-se ao nexo entre ideias,
acontecimentos, circunstâncias. A coerência é um resultado da
não contradição entre as partes do texto e do texto em relação ao
mundo. É um instrumento que o autor vai usar para conseguir
encaixar as “peças” do texto e dar sentido completo a ele.
b) A coerência é uma característica textual que depende da
interação do meio, do seu produtor e não daquele que procura
compreendê-lo. Muito depende do receptor, de seu conhecimento
de mundo, mas, não da situação de produção do texto e do grau
de domínio dos elementos linguísticos constantes do texto.
c) A coerência é uma característica não textual que depende da
interação do texto, do seu produtor e daquele que procura
compreendê-lo. Muito depende do canal, de seu conhecimento
de mundo, da situação de produção do texto e do grau de
domínio dos elementos linguísticos constantes do texto.
3)
(TRF) A forma que substitui adequadamente a palavra mas, no
trecho “compele os homens a se defrontar com a realidade não
do ponto de vista da realização do prazer, mas do dever fazer”,
mantendo o sentido original, é:
a) senão que também;
b) senão;
c) não obstante;
d) no entanto;
e) quando não.
4)
(TRF) O pronome sublinhado em “Não surpreende que assim seja,
porque desta definição depende em parte o estabelecimento das
credenciais dos atores que hoje estão envolvidos na luta dos negros
pelo lugar na sociedade brasileira que nem a abolição, nem os cem
anos que a seguiram lhes propiciaram.” está em clara referência ao
termo:
a) negros;
b) atores;
c) credenciais;
d) cem anos;
e) envolvidos.
Coesão e Coerência 79
5) (TRF) O pronome destacado em “... e a frente do movimento pelo
fim das discriminações raciais. Ambas são políticas, mas a primeira
O é de forma mediatizada” tem a função de substituir, no texto:
a) o adjetivo político;
b) o substantivo discriminações;
c) o verbo ser;
d) o substantivo movimento;
e) o numeral primeira.
3.6 Referências
“macroestrutura”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
[em linha], 2008-2013, <http://www.priberam.pt/DLPO/macro
estrutura> [consultado em 21-08-2014].
Coesão e Coerência 81
Anotações
Funções da Linguagem 85
• Função Referencial;
• Função Conativa;
• Função Emotiva;
• Função Metalinguística;
• Função Fática;
• Função Poética.
Obs.: Em um mesmo contexto, duas ou mais funções podem ocorrer
simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente
ao escrever poesias tem as linguagens poética, emotiva e metalinguística
ao mesmo tempo.
Funções da Linguagem 87
de sinais de pontuação, como reticências, pontos de exclamação, bem
como o uso de onomatopeias e interjeições.
Soneto de Fidelidade
Catar Feijão
Funções da Linguagem 89
O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor,
um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para
dilatar a conversa.
Clímax
No peito a mata
aperta o pranto
do olhar do louco
pra meia-lua.
O clímax da noite,
escorrendo orvalho como estrelas,
refletindo nas águas
da cachoeira gelada.
Cabeça caída, cabelos escorridos,
pelos eriçados pela emoção nativista.
Segurem as florestas, mãos fortes,
decididas!
Ficar o vazio é não ter a noite
é não ter o clímax.
O clímax da vida!
(Dílson Catarino)
Canção
[...]
Cecília Meireles
Observação:
Nem toda poesia tem a função poética. Vale lembrar que Em um
mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante
é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.
4.3 Glossário
Interlocutor: Cada uma das pessoas que toma parte numa conversação.
O que fala em nome de vários.
4.4 Na Prática
TEXTO III
Nova Poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Saí um sujeito de casa com a roupa de brim branco
[muito bem engomada, e na primeira esquina passa um
[caminhão, salpica-lhe o paletó ou a calça de uma nódoa de lama:
É a vida
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero [...]
Manuel Bandeira
Funções da Linguagem 91
02) As funções de linguagem predominantes no texto acima se
justificam pelos seguintes fatores.
a) Sentimentalismo e informatividade.
b) Metadiscursividade e interpelação ao leitor.
c) Informatividade e sentimentalismo.
d) Interpelação ao leitor e informatividade.
e) Criatividade linguística e metadiscursividade.
1)
Funções da Linguagem 93
06) Leia atentamente o texto abaixo:
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem
os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas
ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um
lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o
número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução,
crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
4.6 Referências
CATARINO, Dílson. Dicas de Português: Teoria da comunicação.
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/teoria_
comunicacao.shtml> Acesso em: 23 ago. 2014.
Anotações
Funções da Linguagem 95
Anotações
A prática da leitura
• A leitura carece da mobilização do universo de conhecimento do
outro – leitor – para atualizar o universo do texto e fazer sentido
na vida, que é o lugar onde o texto realmente.
• Aprender a ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos
em diversas esferas sociais (jornalística, artística, judiciária,
científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária,
publicitária, entre outras) para desenvolver uma atitude crítica; ou
seja, de discernimento, que leve a pessoa a identificar as vozes
presentes nos textos e perceber-se capaz de tornar a palavra diante
deles.
E tempo?
Todos dispõem de tempo. É apenas uma questão de saber aproveitá-
lo. De dez minutos diários para uma leitura, de mais dez minutos para
pequena redação, todos dispõem. É só fazer hábito e... até gosto é capaz
de adquirirem.
5.5.1 Descritiva
Descrever é traduzir com palavras aquilo que se viu e se observou. É
a representação, por meio das palavras, de um objeto ou imagem.
As características que existem em um texto descritivo estão focadas
nos detalhes, o texto descrito tem como objetivo mostrar ao leitor as
minúcias da história ou do objeto que está se descrevendo.
Os substantivos e adjetivos são predominantes nesse tipo de texto, a
descrição é uma forma de foto textual no qual o leitor submerge a leitura.
A descrição tem que ser organizada podendo – ou não – ter comparações,
utiliza-se também metáforas ou outras figuras de linguagens, o uso
do verbo no presente ou no pretérito imperfeito traz uma relação de
perspectiva.
Descrição Denotativa: a descrição é denotativa quando a linguagem
representativa do objeto é objetiva, clara, direta, sem metáforas ou outras
figuras literárias. Na descrição denotativa, as palavras são tomadas no
seu sentido de dicionário, único. Exemplos: as descrições científicas, as
descrições dos livros didáticos, etc.
Descrição Conotativa: é a descrição literária, na qual as palavras
são tomadas em sentindo simbólico, ricas em polivalência. Visam
retratar uma realidade além da realidade. Uma suprarrealidade.
5.5.2 Narrativa
A Narrativa caracteriza-se pela representação de fatos com personagens
fictícios ou reais que ocorrem numa linha de tempo. Fatos reais são mais
normais em livros científicos, jornais, livros de histórias entre outros, se
sua história for com fatos fictícios você vai ter toda liberdade para criar.
Os verbos nesse tipo de redação são em primeira pessoa quando o narrador
for um narrador-personagem, caso contrário serão em terceira pessoa.
Narrar é discorrer sobre fatos. É contar. Consiste na elaboração de
um texto que relate episódios, acontecimentos.
Ao contrário da descrição, que é estática, a narração é eminentemente
dinâmica. Nela predominam os verbos. Aqui o importante está na ação.
No que aconteceu.
A sua essência é a criatividade.
O quê? – o acontecimento a ser narrado;
Quem? – a personagem principal (protagonista);
5.5.3 Dissertativa
Um texto dissertativo é diferente dos de mais tipos de textos, pois
caracteriza-se por informar fatos de maneira clara segundo a norma
culta da língua portuguesa. O texto deve ser objetivo, impessoal e não
deve apresentar insuficiência de dados, incertezas e o escritor não poderá
defender uma ideia e nem dar opiniões. Como é um texto que pretende
mostrar a realidade, o tempo verbal mais utilizado é o presente atemporal,
isto é, quando as ações são válidas a qualquer tempo.
5.6 Na Prática
1) Explique o ato de ler.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
O Coveiro
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão – coveiro – era
cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que
cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para
cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu.
Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de
esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da
madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano, embora o
cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só
pouco depois da meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no fundo
da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria
apareceu lá em cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou
com um frio terrível! Mas, coitado! – condoeu-se o bêbado – Tem toda
razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre
mortinho! E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
Millôr Fernandes
Fonte: http://raquelletras.blogspot.com.br/2010/03/
a) V; V; V; F
b) F; V; F; V
c) V; F; V; F
d) F; F; V; V
e) V; V; F; F
Anotações
Escrita:
• planejada;
• não fragmentária;
• completa;
• elaborada;
• predominância de frases complexas, com subordinação abundante;
• emprego frequente de passivas.
As diferenças no uso da língua constituem as variedades linguísticas.
São, portanto, as variações que uma língua apresenta, de acordo com as
condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Entre as variedades de uma língua, existe a língua padrão (culta), a
não padrão (popular, coloquial), técnica, literária, gíria e jargão.
Todo desvio das normas gramaticais provoca, segundo o padrão culto
(e oficial) um vício de linguagem.
6.5 Referências
CABRAL, Marina. O texto e o contexto. Disponível em: <http://
www.brasilescola.com/redacao/o-texto-contexto.htm> acesso em:
28/ago/2014