Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- O ciclo menstrual ou ciclo ovulatório é o termo científico para as alterações fisiológicas que
ocorrem nas mulheres férteis que têm como finalidade a reprodução sexual e fecundação. Há
uma fase específica que ocorre nos ovários em que há toda uma influência de ações
hormonais que causam alterações cíclicas que ocorrem mais ou menos em torno de 28 dias.
- Há fase de alterações hormonais no eixo gonadotrófico (hipotálamo-hipófise-gônadas).
- Há fase de alterações no endométrio (útero) que irá gerar um sangramento (menstruação).
Essas alterações são fisiológicas e cíclicas que ocorrem nas mulheres férteis.
- Menopausa: característica principal: cessar da menstruação.
- Nos ovários ocorre duas fases durante o ciclo menstrual: fase folicular e fase lútea.
A fase folicular: durante a menstruação e mais aproximadamente 10 dias. Ocorre o
desenvolvimento do folículo, que na ovulação ocorrerá a expulsão do óvulo que se
desenvolveu no folículo, que irá até o útero.
A fase lútea: ocorre a involução do folículo, que forma o corpo lúteo ou corpo amarelo. Dura
em torno de 14 dias.
- Há vários estímulos (hormonais, ambientais) que controlam o hipotálamo, que libera o GnRh
(gonadotrofinas). Essas gonadotrofinas atuam na adenohipófise, estimulando a secreção de
FSH e LH. O FSH e o LH, nos ovários, contribuem para esse ciclo menstrual e as alterações
que ocorrem nesse ciclo.
- Nos folículos o FSH irá estimular a liberação de estradiol e de inibina e o LH irá estimular o
corpo lúteo a produzir progesterona. Nos ovários irá induzir a ovulação.
- O estradiol, a inibina e a progesterona fazem o controle do eixo através da retroalimentação
negativa ou feedback negativa com a hipófise e com o hipotálamo.
- O estradiol é uma exceção, dependendo da fase do ciclo o estradiol estimula a adenohipófise
a liberar mais FSH e LH, ou seja, esse hormônio pode ser tanto inibidor como estimulador.
Ovulação:
- O nível de estrogênio em seu corpo ainda está aumentando e isso acaba causando um rápido
aumento do hormônio luteinizante (o "pico de LH"). Este aumento repentino de LH faz com que
o folículo dominante rompa e liberte o óvulo maduro no ovário, a partir de onde ele entra na
trompa de Falópio. Este processo é conhecido como ovulação.
Após a ovulação:
- Depois que o ovo (ou óvulo) foi lançado, ele se move ao longo da trompa de Falópio em
direção ao útero. O óvulo pode viver por até 24 horas. Já, a sobrevivência do esperma é mais
variável (3-5 dias), de modo que os dias que antecederam a ovulação e o dia da ovulação em
si os mais férteis. Assim que ocorre a ovulação, o folículo começa a produzir outro hormônio: a
progesterona (corpo lúteo).
- A progesterona estimula o revestimento do útero em preparação para um óvulo fertilizado.
Enquanto isso, o folículo vazio dentro do ovário começa a encolher, mas continua a produzir
progesterona, e também começa a produzir estrogênio.
- O corpo lúteo humano é programado para viver por 14 dias, mais ou menos dois dias (corpo
lúteo da menstruação),a menos que seja “resgatado” pela gonadotrofina coriônica humana
(hCG),hormônio semelhante ao LH, que se origina do embrião implantado.
- Se resgatado, o corpo lúteo da gestação permanecerá viável durante a gestação
(normalmente cerca de 9 meses). O mecanismo pelo qual o corpo lúteo da menstruação
regride em 14 dias não é totalmente entendido. A regressão parece envolver a liberação de
prostaglandina PGF2a tanto das células granulosas luteínicas como do útero, em resposta à
diminuição dos níveis de progesterona durante a segunda semana da fase lútea. Vários fatores
parácrinos (endotelina, proteína quimiotática de monócito-I) de células imunes e vasculares
provavelmente desempenham um papel na morte e remoção das células granulosas luteínicas.
O corpo lúteo é finalmente transformado em um corpo cicatricial denominado corpus albicans, o
qual se aprofunda na medular do ovário e é lentamente absorvido. Ou seja, se não acontece a
fecundação, vários sinais serão enviados para sinalizar a involução e atrofia desse corpo lúteo.
.
- O que acontece com a estrutura que se formou para sustentar o óvulo que foi liberado? O
folículo rompido é denominado de folículo roto, que forma o corpo lúteo que produz estrogênio
e progesterona em grande quantidade, que estimula o desenvolvimento das camadas do
endométrio e inibe as secreções de LH e FSH. Se não há fecundação, esse corpo involui e
atrofia, mediante a vários sinais que são enviados. Essa atrofia faz com que os níveis de
progesterona e estrogênio caiam e posteriormente inicia-se o ciclo novamente.
- Preparar para o próximo período de ... Como o folículo vazio encolhe, se o óvulo não for
fertilizado, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem. Sem os altos níveis de hormônios
para ajudar a mantê-lo, o revestimento do útero grosso que tem sido construída começa a
quebrar, e seu corpo verte o revestimento. Este é o início de seu período e no início de seu
próximo ciclo menstrual.
- Se o óvulo for fecundado, pode implantar-se com êxito no revestimento do útero. Isso
geralmente ocorre cerca de uma semana após a fertilização. Assim que o óvulo fertilizado se
implanta, o seu corpo começa a produzir o hormônio da gravidez, gonadotrofina coriônica
humana (hCG), que irá manter o folículo vazio ativo. Ele continua a produzir hormônios
estrogênio e progesterona para evitar que o revestimento do útero seja comprometido, até que
a placenta (que contém todos os nutrientes necessários aos embriões) esteja suficientemente
madura para manter a gravidez.
- A regulação desse eixo depende dos níveis séricos dos próprios hormônios que o compõem.
Os esteroides sexuais e a inibina atuam sobre o hipotálamo e a hipófise, promovendo a
redução da secreção de GnRH e LH/FSH. Da mesma forma, as gonadotrofinas atuam sobre o
hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH. Tal atividade inibitória é inversamente
proporcional aos níveis circulantes desses hormônios e é denominada feedback negativo.
- Outro mecanismo de controle do eixo advém do sistema nervoso central (SNC), onde
neurônios catecolinérgicos e serotoninérgicos, através dos seus efeitos sobre as
norepinefrinas, serotoninas e dopaminas hipotalâmicas e do hormônio liberador das
corticotrofinas e peptídeos opiáceos, exercem controle intrínseco sobre os neurônios
produtores de GnRH, alterando a amplitude e a freqüência dos pulsos de GnRH. Finalmente, o
próprio GnRH exerce ação negativa na sua própria secreção. Vários sinais (prazer, dor, bem-
estar, estresse) produzem hormônios que controlam esse eixo gonadotrófico.
- Na infância, a liberação de GnRh fica inibido. Dessa forma, o hipotálamo fica inibido (inibição
intrínseca) tendo uma perda da sensibilidade a todos esses esteróides sexuais de modo que
inibe essa secreção pulsátil de GnRh. Conforme entra na puberdade, há o inicio da liberação
pulsátil de GnRh, que consequentemente vai até a adenohipófise e estimula a liberação de LH
e FSH e começa a ter pulsos desses hormônios também. Na fase da puberdade há a
desinibição desse eixo.
- Na metade do ciclo menstrual, no momento em que os ovários atingem um nível elevado de
produção de estrógeno e conseguem mantê-lo por um tempo maior, a ação inibitória do
estrógeno sobre o hipotálamo torna-se estimulatória (feedback positivo), provocando uma
maior liberação de GnRH que, por sua vez, aumentará a liberação de LH e FSH, elevando
ainda mais os níveis séricos de estradiol. Essa elevação aguda do estradiol plasmático
provocará a ruptura do folículo ovariano, denominada ovulação. Após a ovulação, os níveis de
estrógenos caem abruptamente, e sua ação sob o hipotálamo volta a ser inibitória (feedback
negativo). Essa inversão do feedback ocorrerá ciclicamente, permitindo a ovulação periódica na
mulher adulta.
- A sensibilidade do hipotálamo em detectar os níveis circulantes de gonadotrofinas e
esteróides sexuais, bem como a intensidade da ação do efeito inibitório intrínseco do SNC,
será responsável pela redução do funcionamento do eixo HHG durante a infância. Da mesma
forma, é bem provável que o feedback negativo exercido pelo GnRH endógeno sobre sua
própria secreção, combinada com as b-endorfinas, possa participar no mecanismo restritivo da
geração de pulsos do hipotálamo no período pré puberal.
Fase Menstrual
- Em um ciclo não fértil, a morte do corpo lúteo resulta em repentina redução da progesterona,
o que leva a mudanças no endométrio uterino, que resultam em perda da lâmina funcional.
- A menstruação normalmente dura de 4 a 5 dias (denominada períodomenstrual) e o volume
de perda de sangue varia de 25 a 35 mL. A menstruação coincide com a fase folicular inicial do
ovário.
Menopausa:
- A menopausa, tipicamente, ocorre entre os 45 e 55 anos de idade e se estende por um
período de vários anos. Inicialmente, os ciclos se tornam irregulares e são anovulatórios
periodicamente. Os ciclos tendem a ser mais curtos, principalmente na fase folicular. Por fim, a
mulher para de ciclar definitivamente.
- Os níveis séricos de estradiol caem para cerca de um sexto dos níveis médios de mulheres
jovens que ciclam, e os níveis de progesterona caem para cerca de um terço daqueles da fase
folicular de uma mulher jovem. A produção destes hormônios não cessa completamente, mas a
fonte primária destes hormônios em mulheres pós-menopausa se torna a adrenal, apesar de as
células intersticiais do estroma ovariano continuarem a produzir alguns esteroides. A maioria
dos estrógenos circulantes é agora produzida perifericamente, de andrógenos.
- Por ser a estrona o estrógeno principalmente produzido no tecido adiposo, ela se torna o
estrógeno predominante em mulheres após a menopausa.