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PARASITA E HOSPEDEIRO
O benefício da relação entre ambas as espécies pode ser unilateral ou mútuo, sendo que:
- Comensalismo: relação entre duas espécies, que vivem normalmente associadas. Interação
que consiste no benefício de uma das espécies, em que o parasita vive, não prejudicando ou
favorecendo significativamente o hospedeiro.
O parasita recorre ao hospedeiro principalmente para obter abrigo e alimento. Assim sendo:
- Parasitismo: benefício unilateral.
- Mutualismo: benefício recíproco.
RELAÇÃO MICROORGANISMO-HOSPEDEIRO
Após colonização acontece a multiplicação, que pode ser seguida de invasão, causando lesão
tecidular. Esta manifestar-se-á através de sinais e sintomas, que expressam mecanismos de
controlo da flora e de defesa do hospedeiro, na tentativa de levar à eliminação do
microrganismo. Caso tal não seja possível, os sinais e sintomas, com os factores de virulência
do microrganismo levam à Doença.
-MODO DE TRANSMISSÃO
E podem ser transmitidos para o hospedeiro através de agentes intervenientes: vectores (seres
vivos) ou veículos (objectos)
A atividade dos fatores de patogenicidade (ver adiante) depende da sua interação com
estruturas alvo específicas – portal de entrada (receptores celulares específicos, determinados
tipos de tecido ou órgão)
Para cada microrganismo há uma dose mínima abaixo da qual não produzirá efeito patogénico
– Dose infeciosa
Os organismos patogénicos são semelhantes a outros que têm um papel neutro ou até
benéfico mas podem desencadear doença através dos Fatores de Patogenicidade que
possuem ou produzem
Ambas as vias
Alguns vírus e bactérias desenvolveram mecanismos de escape às defesas do hospedeiro
FATORES DE PATOGENICIDADE
Estruturas:
Exoenzimas
Presente no LPS da parede das bactérias Gram - Encontradas apenas em bactérias Gram -
Libertadas após a destruição da bactéria Resistentes ao calor
Toxinas
E – O microorganismo deixa o hospedeiro pelo portal de saída e irá infectar novo hospedeiro
COLONIZAÇÃO
As bactérias iniciam a sua ligação às células do hospedeiro através dos pili ou adesinas
Estabelece-se a colonização com a formação de uma comunidade bacteriana nos tecidos do
hospedeiro
INFEÇÕES VIRAIS
Uma infeção viral pode despoletar uma série de mecanismos no sentido da sua eliminação.
Contudo, os vírus também vão tentar evadir-se a estes mecanismos, no sentido de prolongar a
sua sobrevivência.
VIRUS
São partículas infeciosas normalmente visíveis apenas por microscopia eletrónica (ME)
São parasitas celulares obrigatórios- apenas exprimem características vitais, como capacidade
de replicação, síntese proteica e produção de energia, nas células do hospedeiro
Mais de 2000 espécies das quais 650 patogénicas para o Homem; síndromes banais a graves
-> Drogas antivirais também podem interferir com o normal funcionamento da célula
hospedeira
Estrutura
Partícula viral ou virião é constituída por ácido nucleico, cápside e, por vezes, invólucro
Ácido nucleico
DNA ou RNA
cadeia simples ou dupla, linear ou circular, segmentado ou não segmentado
Cápside e invólucro
Invólucro deriva do sistema membranas da célula hospedeira e não existe em todos os vírus
(vírus nus)
Ciclo de replicação viral
Várias fases:
Penetração
Descapsidação
Fase sintética
Montagem e extrusão
Curta duração
No restrito de indivíduos afetados
3 tipos:
A) latentes,
B) crónicas
Após o primeiro episódio de infeção aguda, há progressão lenta da doença que, normalmente,
termina na morte do indivíduo
Transmissão
Água
Ar
Respiratória
Fecal-Oral
Transmissão sexual
ex: raiva
A produção de Ac para antigénios virais (superfície) é na maior parte das vezes crucial para
impedir o alastramento do vírus durante a infeção aguda e também reinfeção, sendo
particularmente eficientes que estão localizados junto da via de entrada do vírus.
Ligação dos Ac às proteínas de ligação a recetores celulares impede a sua ligação
Ligação pode impedir a penetração do vírus por bloquear epítopos necessários à fusão com a
membrana plasmática
Os Ac deixam de ser eficazes assim que a infeção celular ocorre; particularmente quando o
vírus fica latente, integrado no genoma da célula hospedeira.
Vírus da gripe
. Vírus com invólucro (deriva da membrana da célula
hospedeira)
. No invólucro possuem 2 glicoproteínas: hemaglutinina
(H) e Neuraminidase (NA)
13 tipos de Hemaglutininas e e 9 de Neuraminidases nos
vírus tipo A
Ex: H1N1 – subtipo 1 de HA e NA
INFEÇÕES BACTERIANAS
A defesa contra bactérias normalmente ocorre através da produção de Ac, a não ser que a
bactéria tenha capacidade de crescimento intracelular
A resposta depende do no de bactérias e da sua virulência:
Se baixos, as defesas inatas podem ser suficientes
Se alto, necessária a resposta adaptativa
Os helmintos são organismos multicelulares que podem residir em humanos; não são
intracelulares; normalmente baixo no de vermes
Normalmente são atacados por Ac, mas sem grande eficácia. Mastócitos e eosinófilos
desempenham um importante papel.
Malassezia furfur
Resposta imunológica aos fungos pode ser inata (neutrófilos, células NK, macrófagos) ou
adaptativa (importante papel das células dendríticas na ativação de linfócitos