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O de e do

no o
de e e
Jo é Sa amago

P o o a de abalho com a
biblio eca e cola
O de er dos nossos de eres
Neste meio século não parece que os governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que moralmente
estavam obrigados As injustiças multiplicam se, as desigualdades agravam se, a ignorância cresce, a miséria
alastra
Alguém não anda a cumprir o seu dever Não andam a cumpri lo os governos, porque não sabem, porque não
podem, ou porque não querem Ou porque não lho permitem aquelas que efetivamente governam o mundo, as
empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a quase nada o que
ainda restava do ideal da democracia Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos
Pensamos que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem e
que não é de esperar que os governos façam nos próximos 50 anos o que não fizeram nestes que comemoramos
Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra Com a mesma veemência com que reivindicamos direitos,
reivindiquemos também o dever dos nossos deveres Talvez o mundo possa tornar se um pouco melhor

Fundação José Saramago 10 12 2014 Di c o p on nciado po Jo é Sa amago no dia de de emb o de no ban e e do P émio Nobel
A ig

Todas as pessoas têm o dever de cumprir e


exigir o cumprimento dos direitos
reconhecidos na Declaração Universal dos
Direitos Humanos

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaçõe do Se e H mano
P a de abalh
c m a bibli eca
Lan a o e Fa e a e do fio de a ai agem e Ciclo e En ino Sec ndário

Cego e eem e não eem Di c ão En ino Sec ndário

Po e Poin Pa Ciclo e En ino Sec ndário

Q al é o de ino do animai Todo

Pa a e e eo f ágio ni e al e Ciclo e En ino Sec ndário


Estas propostas são
centradas nas crianças Realidade i al é ma coi a em en ido Ciclo e En ino Sec ndário
ou jovens O professor
bibliotecário deve A inhaga da memó ia de Sa amago Ro ei o e Ciclo e En ino Sec ndário
adaptá las ao público
alvo e apoiar a sua DIY da e ena coi a de Sa amago e Ciclo e En ino Sec ndário
realização
O nome C idemo de no in e oga Todo

A alidade de m homem Con e ação Todo


A ig
Todas as pessoas e organizações
económico empresariais têm o dever e a
obrigação de conservar e exigir a proteção
do ambiente e da biodiversidade para o
desfrute das gerações presentes e futuras

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaçõe do Se e H mano
La a e Fa e a e d fi de a ai agem
A ilha tem é uma beleza de outra natureza, uma beleza áspera, dura aqueles basaltos, aqueles
barrancos às vezes tenho pensado que se eu tivesse procurado uma paisagem que correspondesse a
uma necessidade interior minha, creio que essa paisagem é Lanzarote
Coelho, A 14 10 1998 P blico A minha ca a é Lan a o e Entrevista

Fon e da imgem B Emilio Góme Fernánde


amp Ja i C S mapa original Dar Mol n e a
Fon e da imagem CC BY SA Fon e da imagem
er ión O n ork CC BY SA
h p common ikimedia org inde php c rid h p common ikimedia org iki I la Canaria
h p common ikimedia org inde php
c rid
La a e Fa e a e d fi de a
ai agem
No contexto do cuidado e
preservação que o ser humano Escreva uma frase ou texto literário e ou
científico sobre essa paisagem que
deve à natureza, organize se em
representa uma necessidade interior , a
grupo e responda a dois dos casa do homem, cidadão e escritor José
seguintes desafios : Saramago

Construa, na escola ou na comunidade, uma


casa instalação visual, sonora, gráfica,
A casa de Saramago situa se em Tías, ilha de literária, científica que reúna o trabalho de
Lanzarote, arquipélago das Canárias Explore todos
esta paisagem: ar, água, luz, rochas, animais,
plantas, pessoas

Convide a família e amigos a habitá la e a


expressar de múltiplas formas os seus
Construa imagens fotografias, diário gráfico, pensamentos e sentimentos num Livro de
desenho científico ou digital, bordado ou Vizinhança e partilhe esta experiência nos
tapeçaria, peças de olaria e ou sons canais de comunicação da biblioteca para
vento, paisagem de vulcanismo de como que, à distância, todos possamos pertencer
todos elementos da natureza e humanos se ao fio dessa paisagem que a leitura, a escrita
relacionam nesse lugar e a convivência dá
La a e Fa e a e d fi
de a ai agem

Refe ência

Escola Secundária Gama Barros Ano letivo


2019 2020 Sin a ág a ciência Jo é
Sa amago a ca a

Pedrosa, M Estrela, J 2019 O e há ne e


l ga G ia de e plo ação da pai agem Museu
Fon e da imagem h p aca ajo e aramago com p
p da paisagem
A ig 1 Todas as pessoas têm a obrigação e o
dever de respeitar e exigir o respeito pela vida
e a integridade física, psíquica e moral de todo
os seres humanos

2 Todas as pessoas, organizações


económico empresariais e organizações
sociais e culturais, têm o dever, a obrigação e
a responsabilidade de não participar nem
aceitar práticas de desaparecimento forçado,
escravidão, tráfico de crianças e adultos,
tortura, práticas inumanas, cruéis e
degradantes, violência de género, exploração
infantil e trabalho forçado

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaçõe do Se e H mano
A ig
e 1 Todas as pessoas temos o dever e a
obrigação de cuidar da nossa saúde, assim
como de fazer uma utilização racional e
responsável dos serviços de saúde
3 Todas as pessoas têm o dever de exigir
prestações de saúde de carácter gratuito e
universal

Todas as pessoas têm o dever e a obrigação


de contribuir para o cuidado de pessoas em
situação de dependência ou vulnerabilidade

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaçõe do Se e H mano
Ceg e e d ã eem
Di c ã

Por que foi que cegámos Não sei talvez um dia se chegue a
conhecer a razão Queres que te diga o que penso Diz Penso
que não cegámos penso que estamos cegos Cegos que veem
Cegos que vendo não veem
A mulher do médico levantou se e foi à janela Olhou para baixo
para a rua coberta de lixo para as pessoas que gritavam e
cantavam Depois levantou a cabeça para o céu e viu o todo
branco Chegou a minha vez pensou O medo súbito fê la baixar
os olhos A cidade ainda ali estava

Saramago J 01 En aio ob e a ceg ei a Porto Editora p

Fonte da imagem https portoeditora pt prod tos ficha ensaio


sobre a ceg eira
Ceg e e d ã eem Di c ã
Estamos a destruir o planeta e o egoísmo de cada geração não se preocupa em perguntar
como é que vão viver os que virão depois A única coisa que importa é o triunfo do agora É a
isto que eu chamo a cegueira da razão

Quiroga O 11 0 1 El C oni a O homem an fo mo e n m mon o de egoí mo e ambição

Acho que a grande revolução e o livro Ensaio sobre a cegueira fala disso seria a revolução
da bondade Se nós de um dia para o outro nos descobríssemos bons os problemas do mundo
estavam resolvidos Claro que isso nem é uma utopia é um disparate Mas a consciência de
que isso não acontecerá não nos deve impedir cada um consigo mesmo de fazer tudo o que
pode para reger se por princípios éticos Pelo menos a sua passagem por este mundo não terá
sido inútil e mesmo que não seja extremamente útil não terá sido perniciosa Quando nós
olhamos para o estado em que o mundo se encontra damo nos conta de que há milhares e
milhares de seres humanos que fizeram da sua vida uma sistemática ação perniciosa contra o
resto da humanidade Nem é preciso dar lhes nomes

Abramo B 1 10 1 Folha de S Pa lo Sa amago an ncia a ceg ei a da a ão Reportagem


Ceg e e d ã eem Di c ã

Reflita e discuta em grupo a situação narrada por José


Saramago em En aio ob e a Ceg ei a 1
comparando a com a atual gerada pela pandemia Covid
1

1 2 3 4
Qual é o significado da cegueira Na história narrada quais são as No romance qual foi a resposta da Porque é que Saramago não atribui
branca Ela existe na vida real formas de discriminação violência sociedade e do Governo a esta nome próprio aos personagens e à
Fundamente com exemplos do livro e crise ambiental E os agressores doença A pandemia Covid 1 cidade E porque escolheu um
e da sua vida diária e vítimas São semelhantes à vida provocou no mundo respostas manicómio desativado como
real Justifique idênticas Justifique com exemplos cenário da história
do livro e da atualidade
Ceg e e d ã eem Di c ã

Reflita e discuta em grupo a situação narrada por José


Saramago em En aio ob e a Ceg ei a 1
comparando a com a atual gerada pela pandemia Covid
1

5 6
Quais terão sido as razões que Experienciar e tomar consciência Nas nossas vidas a vivência da Selecione excertos do livro e
levaram o autor narrador a da situação vivida poderá gerar a pandemia Covid 1 provocará a associe os a imagens da história
escolher a mulher do médico transformação na cidade conforme mudança para um mundo mais narrada ou da atualidade Com
como guia dos personagens Na pergunta o autor narrador no justo Exponha as suas razões esse material recrie uma ala do
vida real esta personagem existe excerto final do livro dando exemplos do livro e do dia manicómio da narrativa e convide
Justifique lendo excertos e a dia elementos da comunidade a
apresentando exemplos habita la gerando com eles nova
reflexão e discussão

Se podes olhar vê Se podes ver repara


Livro dos Conselhos
In Saramago J 1 En aio ob e a Ceg ei a
Ceg e e d ã eem Di c ã

Este fecho de fronteiras também nos fechou a nós Cada


um a proteger os seus Mas há muita gente que não são
As recomendações que têm sido
nossos de ninguém Isso também alimenta os discursos de
feitas pelas autoridades de saúde
ódio racistas e xenófobos islamofóbicos
frisam a importância da utilização de Público junho 0 0
máscaras de proteção mas para os
afro americanos este ato de prevenção
poderá fazer com que sejam
confundidos com assaltantes

Observador 0 0 0 EUA Pe oa de co e ão
i en a de a má ca a no A i ona
Ceg e e d ã eem P e P i Pa
PowerPoint Party é um jogo inspirado no TikTok e que consiste em reunir
um grupo de pessoas em que cada uma faz para o coletivo uma
apresentação criativa em PowerPoint Google Slides Prezi Canva capaz
de suscitar a reflexão e participação de todos
Na plataforma LMS da escola crie com o seu
Nesta modalidade para um grupo de 0 a jovens cada apresentação
professor e colegas uma PowerPoint Party sobre
não deve ultrapassar os minutos Para ser mais divertido a apresentação
o tema Cego e endo não eem no
de cada um pode ser feita aleatoriamente por um colega
En aio ob e a Ceg ei a e na ida eal ou outro
Durante a sessão os participantes podem
que o grupo decida a respeito deste livro de José
tomar uma tisana ou outra bebida
Saramago
saudável
No final devem refletir sobre
todo o processo e sobre
o que sentiram ao
tentarem ocupar o
lugar de fala do outro

Fonte da imagem https o t be com atch


IsSX UH
Ceg e e d ã eem
P e P i Pa

Fonte da imagem https ensina rtp pt artigo ensaio sobre a ceg eira
o romance de jose saramago em e posicao

Referências
Meirelles F 00 Blindne

RTP Ensina 01 En aio ob e a


Ceg ei a o omance de Jo é Sa amago
em e o ição curadoria de João
Francisco Vilhena
Fonte da imagem Fonte da imagem
https pinterest pt pin https pt ikipedia org iki Ensaio sobre a Ceg eira filme
A ig

Todas as pessoas têm o dever e a obrigação


de respeitar e exigir o respeito pelo habitat
formas e condições de vida dos animais não
humanos assim como de abster se de
qualquer forma de crueldade na produção de
alimentos

Fundação José Saramago 01 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaçõe do Se e H mano
Q al é de i d a imai

Haveria que enfrentar este tema dos animais com muita


seriedade Devemos perguntar qual é o seu destino o seu
futuro Não é justo se houver um céu para a humanidade
que não exista um céu para os animais porque a vida é a
vida Eu diria que o é também para os animais e as
plantas
Arias J 1 Jo é Sa amago El amo o ible
Fonte da imagem F ndação José Saramago Mo e Camõe
o cão q e in pi o Sa amago

1 2 3 4

Qual é o destino dos animais Uma declaração universal dos A adaptação climática e o O que é que pode fazer para
direitos para o século XXI não desaparecimento do sofrimento modificar a realidade Proponha
deveria ser uma Declaração animal provocado pelo ser humano ações que possam ser praticadas
Universal dos Direitos dos Animais são uma utopia por todos
humanos e não humanos
Q al é de i
d a imai

Referências
CLP FCT Dicioná io de e onagen de ficção
o g e a Cão da lág ima

Foer J 0 0 Salvar o planeta começa ao


pequeno almoço Porque o clima somos nós
Objetiva

Saramago J Letria A ilustração 0 0 A


maio flo do m ndo Porto Editora Vimeo

Saramago J Amaral J A viagem do elefante


BD Porto Editora

Wikipedia Peter Singer


Artigo
1 Todas as pessoas têm o dever e a

9 obrigação de dentro das suas condições e


possibilidades participar responsavelmente
nos assuntos públicos e na tomada de
decisões coletivas

3 Todos os partidos e organizações políticas


têm o dever e a obrigação de contribuir para a
articulação democrática da sociedade a
representatividade política com especial
atenção ao objetivo da igualdade de género

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaç e do Se e H mano
Para que serve o sufrágio
universal
Sou um comunista defensor da democracia Ela está aqui há que
aceitá la o que não impede de criticar observar analisar
Gastão A 25 03 2004 Diá io de no ícia A
democ acia ociden al e á fe ida de mo e Entrevista

A democracia não tem existência nem qualidade em si mesma


depende do nível de participação dos cidadãos
Prada J 1 6 ABC A ala a oc l am a
ca acidade de en i Entrevista

Já não há indignação espontânea que é boa a verdadeira


indignação Existe uma doença do espírito o mal da indiferença
cívica Todos estamos moralmente doentes
Díez G 15 03 1 4 La Ve dad O m ndo e á ficando
cego Entrevista
Para que serve o sufrágio
universal
O mal é que continuamos a chamar democracia a uma coisa
que já não o é Isto é se nós residimos num mundo em que uma
democracia política não vai a par de uma democracia cultural
ou de uma democracia económica então o que temos não é
uma democracia Porque vamos lá ver quem são os que
mandam neste mundo Os presidentes Não senhor os que
mandam neste mundo são as corporações financeiras
mundiais Eu digo a General Motors ou a Coca Cola por
exemplo não se apresentam às eleições então porque é que
continuamos a falar de democracia Se o poder está noutro
nível e os poderes económicos e financeiros privilegiam as suas
especulações acima de qualquer outra coisa como poderemos
continuar a falar de democracia A democracia é uma coisa que
está fora das preocupações dos que realmente mandam neste
mundo

Tarifeño L 17 06 1 8 Pe fil Ao e mandam ne e m ndo


não lhe im o a a democ acia di e Sa amago Entrevista
Para que serve o sufrágio
universal

Di c ão
Exponha as suas razões e apresente exemplos significativos

Para que serve o sufrágio universal E se a maioria dos eleitores deixasse A democracia representativa é o Se formos cidadãos incompetentes e
Tem impacto na vida dos cidadãos de votar Saramago J 2004 melhor sistema político ou deveria desinformados devemos votar
ou é um ritual En aio ob e a L cide quais criar se outro
seriam as consequências
Artigo 2 Todas as pessoas têm na medida das suas
condições e possibilidades o dever e a

8 obrigação de se manterem informadas e de


participarem responsavelmente nos assuntos
públicos

3 Todas as pessoas e os meios de


comunicação incluindo os usuários das redes
sociais têm o dever e a obrigação de velar
pela veracidade da informação transmitida
pela salvaguarda da intimidade e
respeitabilidade

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaç e do Se e H mano
Realidade virtual é uma
coisa sem sentido
Não há coisa mais sem sentido do que isso da realidade virtual Se é real não é
virtual Manipulamos os conceitos e esvaziamo los de conteúdo E se fizermos
isso tirar o sentido às palavras as palavras deixarão de ter importância As
palavras estão a ficar ocas A razão rejeita o conceito de realidade virtual mas
agora ninguém para a pensar nisso porque toda a gente julga saber o que
significa e não cuidamos de nos interrogar e de interrogar as coisas

Tagarro A 01 2001 Plane a H mano J Sa amago na a o oca o


de ma ci ili ação a no a Entrevista

Deba e
Realidade virtual é uma coisa sem sentido
Exponha as suas razões e apresente exemplos significativos
Artigos
11 e 23 1 Todas as pessoas têm o dever e a
obrigação de respeitar e exigir o respeito pelo
património cultural material e imaterial e
de transmitir esse património comum às
gerações futuras

Todas as pessoas têm o dever e a obrigação


de contribuir para a defesa dos interesses
fundamentais da comunidade

Fundação José Saramago 2017 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaç e do Se e H mano
Azinhaga da memória de Saramago Roteiro
Foi nestes lugares que vim ao A criança durante o tempo que o foi estava Vivemos num determinado lugar
mundo foi daqui quando ainda simplesmente na paisagem fazia parte dela mas habitamos outros lugares Eu
não tinha dois anos que meus mas há que dizer que a sua atenção vivo aqui em Lisboa quando cá
pais migrantes empurrados pela sempre preferiu distinguir e fixar se em coisas estou vivo em Lanzarote quando
necessidade me levaram para e seres que se encontrassem perto naquilo lá estou Mas habitar habitar
Lisboa para outros modos de que pudesse tocar com as mãos fosse uma habito naquilo que seria ou é a
sentir pensar e viver a criança cobra rastejando uma formiga levantando ao aldeia Não se trata porém desta
já havia estendido gavinhas e ar uma pragana de trigo um porco a comer do aldeia antes a aldeia da minha
raízes cocho um sapo bamboleando sobre as pernas memória
tortas ou então uma pedra uma teia de
A e ena memó ia p 10 Luís S 0 11 2007 Vi ão E am em o
aranha a seiva de terra levantada pelo ferro
e am em o
do arado um ninho abandonado a lágrima de
resina escorrida no tronco do pessegueiro a
geada brilhando sobre as ervas rasteiras Ou o
rio
A e ena memó ia p 13
Azinhaga da memória de Saramago Roteiro
A e ena memó ia de José Saramago fazem uma visita guiada literária e íntima à aldeia onde nasceu o
escritor Azinhaga do Ribatejo Golegã

Fon e da imagem F ndação Jo é Saramago A obiografia de José


Saramago
Azinhaga da memória de
Saramago Roteiro
Em grupo construa um roteiro ou mapa literário da Azinhaga da
memória da infância e adolescência do autor Nele pode reunir para
além de elementos literários informação histórica científica ou outra

Para o criar cada elemento do grupo pode propor um excerto do livro


que seja para si marcante Depois pode dar por escrito o seu
testemunho de leitura desse excerto Finalmente representá lo
graficamente ou através de outra expressão música encenação
poema

Uma vez que a Azinhaga da memória do escritor não coincide com a


atual pode acrescentar valor à aldeia a publicação do trabalho de todos
nos canais de comunicação da biblioteca e ou nos sítios em linha de
uma das entidades locais

Para o efeito pode reuni lo num vídeo usando os editores de vídeo e


sons sugeridos em RBE Biblioteca Escolar Digital ou um Pad aberto
aos contributos da comunidade
Azinhaga da memória de
Saramago Roteiro
Refe ê cia

Associação 2 de Abril Li b a L ga e de
Ab il

Bairro dos livros Não C Ma a d bai G ia


li e á i da cidade ma e e iência d P
Fon e da imagem h o be com a ch b NdUEn UFk a a aman e de li YouTube

Direção Regional de Cultura do Norte E c i e


a N e Vida c m b a em ca a d e c i a

Fundação Bracara Augusta B agaLi Ma a


li e á i da cidade de B aga

Zest Gale ia de A e U bana S ee A Li b n


Vols 1 e 2 roteiro de arte urbana com mapa
com coordenadas GPS

Fon e da imagem h be and li o ee a li bon ol


DIY das pequenas coisas de Saramago
Um DIY é
Organize se em grupo e tendo por base a leitura d A
feito com
e ena mem ia crie um DIY DoItYourself
aquilo que
tem à mão e
FaçaVocêMesmo das pequenas coisas da infância e
que adolescência de José Saramago casa escola bairro família e
consegue amigos brincadeiras animais domésticos medos castigos
adaptar para
o fim em Se preferir e tiver autorização crie o seu DIY num espaço ao
vista não
ar livre na escola reunindo elementos da natureza de que o
devendo
livro fala Esse espaço poderá depois ser usado como
implicar a
aquisição de
extensão da biblioteca escolar
bens ou o
trabalho de Atribua a cada pequena coisa uma legenda ou código QR
especialistas contendo um excerto do livro e outra informação relevante
Fon e da imagem F ndação Jo é Sa amago A e ena mem ia
DIY das pequenas coisas de
Saramago
Crie um cenário adequado à sua apresentação pública e
faça a em segurança através dos canais de comunicação
da biblioteca publicando fotografias ou vídeos do trabalho
coletivo Pode ainda disponibilizar em linha um Livro de
Visitas e deixar em aberto a oportunidade dos visitantes
continuarem a acrescentar valor ao DIY

Para a criação de códigos QR e de vídeos editores de vídeo


e sons pode usar os recursos sugeridos em RBE Biblioteca
Escolar Digital

No final visite o Núcleo da Fundação José Saramago na


Azinhaga Golegã antiga escola primária e confronte a Fon e da imagem F ndação Jo é
Sa amago Loja da Delegação da
leitura e expressão do grupo com os elementos aí patentes A inhaga com
li o
de de con o no

Faça florescer ideias e imaginação protegendo o planeta e


lutando contra o consumismo
Artigo
1
2. Os investigadores, cientistas, centros de
investiga o, as empresas e demais
organi a es sociais, econ micas e culturais
t m o dever e a obriga o de promover o
conhecimento, o desenvolvimento e a inova o
cient fica e tecnol gica respons vel em
benef cio da humanidade, e de proceder em
conformidade com as melhores pr ticas ticas.

Fundação José Saramago 201 Ca a Uni e al de


De e e e Ob igaç e d Se e H man
O nome cuidemos de nos interrogar

Saramago não era um apelido do lado paterno mas Sou autodidata A minha família não tinha meios
sim a alcunha por que a família era conhecida na Trabalhei como serralheiro mecânico durante cerca de
aldeia Que indo o meu pai a declarar no Registo Civil dois anos com o clássico fato macaco azul e fiz
da Golegã o nascimento do seu segundo filho sucedeu muitos outros ofícios A minha educação literária foi
que o funcionário decidiu por sua conta e risco feita as bibliotecas públicas porque na minha casa
acrescentar Saramago ao lacónico José de Sousa que não tinha um único livro a minha mãe era analfabeta
meu pai pretendia que eu fosse para que tudo Nada indicava que eu pudesse ter a trajetória que tive
ficasse no próprio no são e no honesto meu pai não Escrevi um romance aos 2 e depois mais nada até
teve outro remédio que proceder a uma nova inscrição que já depois dos 0 perdi o meu trabalho de
do seu nome passando a chamar se ele também José jornalista no D á de N c a e decidi que era o
de Sousa Saramago Suponho que deverá ter sido este momento de me consagrar à escrita
o único caso na história da humanidade em que foi o
filho a dar o nome ao pai
Ayén X 01 200 Maga ine e i a d minical
Li b a e m nd em ala a de Sa amag
A e ena mem ia p 2
O nome cuidemos de nos interrogar
No meu ofício de escritor penso não me ter afastado nunca da minha consciência de
cidadão Defendo que aonde vai um deve ir o outro Não recordo ter escrito uma só palavra
que estivesse em contradição com as minhas convicções políticas mas isso não significa que
alguma vez tenha posto a literatura ao serviço da minha ideologia O que significa isso sim
é que no momento em que escrevo estou expressando a totalidade da pessoa que sou

Saramago J 1 Cade n de Lan a e Diá i IV P 233

Em todos os sentidos como destino e como autor é um caso paradoxal Aparece tarde no
horizonte da ficção portuguesa quando já ninguém o esperava provavelmente nem ele E
isso é já em si um paradoxo e sobretudo um milagre cultural

Eduardo Lourenço J 1 0 2010 P blic De imen be


Sa amag
O nome cuidemos de nos interrogar

O nome a raiz a memória


É aprofundada e alargada pela vivência reflexão e imaginação do
cidadão e escritor José Saramago
Molda lhe o caráter dá lhe consistência e cria lhe um propósito que a
idade e a notoriedade faz urgente a luta pelos mais vulneráveis e
invisíveis que deve ser um compromisso de todos para que o mundo se
torne um lugar habitável e humano
Alimenta a forma disciplinada e incansável como trabalha todos os
dias o espírito desassossegado e crítico como observa e responde aos
desafios do mundo
Tem uma origem Azinhaga destina se à consagração o Prémio Nobel
da Literatura em 1
Mais do que milagre é dever responsabilidade perante si próprio e o
mundo

Imagem F ndação Jo é Sa amago Ce li ei a


a a Sa a ag a A i haga
O nome Cuidemos de nos interrogar
Conheces o nome que te deram não conheces o nome que tens
Livro das Evidências
In Saramago J 1 T d n me

Di c ã Ofici a de e c i a li e
Cuidemos de nos interrogar sobre quem somos e qual é o nosso
propósito e responsabilidade social inclusive pelas futuras
gerações

O que faz um nome O apelido título Na família há um nome com


dado ou as ações que cada um especial significado que constitua
pratica um farol para a ação coletiva Imagem F ndação Jo é Sa amago
T d N e
As qualidades de um homem Conversação
Organize se em grupo explore a A bi g afia de José Saramago Fundação José Saramago e
reflita sobre as qualidades defeitos de um homem José Saramago e de si próprio expressando
oralmente as suas ideias e sentimentos

Mende M J é e Pila Doc men á io H

Fon e da imagem h caminho le a com hi o ia e oli ica jo e a amago a con i encia do onho c onobiog afia
As qualidades de um homem
Conversação

T ic e dem ab i e a c e a

Que qualidade atribuiria a A reali a o e reconhecimento Represente a qualidade que


José Saramago Registe a de Jos Saramago dependeu atribuiu a Saramago numa
numa folha de papel de da capacidade que demonstrou pequena coisa do dia a dia
cenário afixada na parede em agarrar a ocasi o e Escreva a ou desenhe a junto
É comum transformar-se, levantar-se do da qualidade assinalada e
Já demonstrou essa justifique a sua decisão
ch o , e n o tanto dos seus
qualidade em algum
antecedentes ou circunst ncias
momento da sua vida
Se sim partilhe essa em que nasceu.
experiência Isso ter sido, para ele, f cil ou
inquietante? Conhece algu m
que tivesse tido uma vida
semelhante?
Se sim, conte essa hist ria.
Refe ê c a ge a Ca a U i e al de
De e e e Ob igaç e
Fundação José Saramago Car a Uni er al do
De ere e Obrigaçõe do Sere H mano

Fundação José Saramago Seminário on line d Se e H ma


obre a Car a Uni er al do De ere e Obrigaçõe génese
alor questões

Aguilera F Jo é Saramago A con i ência do onho


Cronobiografia Caminho

Aguilera F Jo é Saramago Na a pala ra Caminho

Fundação José Saramago Li ro com a


com nicaçõe do Congre o In ernacional Jo é Saramago
ano com o Nobel

Reis C Diálogo com Jo é Saramago Porto Editora


Fonte da imagem Câmara
Municipal de Beja Biblioteca
Ribeiro A Por Saramago Temas e Deba es Circulo de Municipal de Beja José Saramago
edição comemorativa do aniversário
Leitores da Declaração Uni er al do Direi o
H mano 10 1 01

RTP Herdeiro de Saramago

RTP Ensina Do iê Jo é Saramago

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