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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2020.0001022111

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


1000866-36.2015.8.26.0108, da Comarca de Cajamar, em que é apelante
MARLUCIA DE FÁTIMA MATTOS, é apelado BANCO SANTANDER (BRASIL)
S/A.

ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 20ª Câmara de Direito


Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Não
conheceram do recurso e determinaram a remessa dos autos para
redistribuição. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este
acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores ROBERTO MAIA


(Presidente) E REBELLO PINHO.

São Paulo, 15 de dezembro de 2020.

LUIS CARLOS DE BARROS


Relator
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

APELAÇÃO nº 1000866-36.2015.8.26.0108
Apelante: MARLUCIA DE FÁTIMA MATTOS
Apelado: BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
Comarca: CAJAMAR
Voto nº 45175

Ementa: Ação revisional. Contrato de


Arrendamento Mercantil (leasing). Competência
das Câmaras de números 25ª a 36ª de Direito
Privado. Recurso não conhecido, com determinação
de remessa.

A r. sentença, cujo relatório se adota, julgou


improcedente o pedido formulado em ação revisional de
contrato bancário, condenando a autora ao pagamento das
custas processuais e dos honorários advocatícios, fixados em
10% sobre o valor da causa, respeitada sua condição de
beneficiária da Justiça Gratuita (fls. 121/126).

Apela a autora alegando a abusividade da taxa


de juros aplicada no contrato de empréstimo (14% a.m.),
superior à taxa média de mercado à época da contratação (13%
a.m.). Requer a declaração de abusividade da taxa mensal de
juros remuneratórios, a condenação da ré ao pagamento de
indenização por danos morais e dos honorários contratuais,
acordados em 30% sobre o benefício econômico da causa (fls.
129/138).

Apelação Cível nº 1000866-36.2015.8.26.0108 - Voto nº 45175 2


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Contrarrazões às fls. 141/168.

O recurso foi processado com as formalidades


legais.

É o relatório.

A autora narra que firmou o contrato de


financiamento de veículo de n° 095765140, que seria pago no
montante de R$ 42.000,00 em 60 parcelas de R$ 1.108,16.
Sustenta a abusividade da taxa mensal de juros de 14%, bem
como a cobrança cumulada de encargos moratórios. Requer a
repetição do indébito, a condenação da ré ao pagamento de
indenização por danos morais e dos honorários contratuais de
seu advogado (fls. 01/09).

Contrato às fls. 13/17.

Pois bem.

Os documentos acostados aos autos indicam


que se trata de contrato de arrendamento mercantil/“leasing”
(fls. 13/17).

Assim, se o contrato entabulado entre as partes


objeto da presente ação é de arrendamento mercantil ou de
“leasing”, a competência para julgamento do presente feito
pertence às Câmaras de números 25ª a 36ª de Direito Privado,
nos termos da Resolução n. 623/2013, art. 5°, item III.10, do

Apelação Cível nº 1000866-36.2015.8.26.0108 - Voto nº 45175 3


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Egrégio Tribunal de Justiça.

Nesse sentido:

“COMPETÊNCIA RECURSAL. Contrato de


Arrendamento Mercantil (LEASING). Competência da Seção
de Direito Privado III - (25ª a 36ª Câmaras) Resolução
623/2013, art. 5º, III.10 - Redistribuição determinada - Recurso
não conhecido” (Apelação n. 1009012-33.2015.8.26.0604,
Relator Desembargador Roberto Mac Cracken, 22ª Câmara de
Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, j. em
12/09/2019).

Ante o exposto, não se conhece do recurso,


determinando-se a redistribuição a uma das Colendas Câmaras
de Direito Privado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, correspondentes a 25ª a 36ª Câmaras (Direito
Privado III).

LUIS CARLOS DE BARROS

Relator

Apelação Cível nº 1000866-36.2015.8.26.0108 - Voto nº 45175 4

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