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MOTIVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO

Rosângela Nogueira Dias


Silvia Nogueira Dias

RESUMO

Uma das expressões mais freqüentemente utilizadas nos tempos de


hoje é a motivação em seus diferentes sentidos. Porque fazemos alguma
coisa, ou seja, a razão ou causa que nos leva a pensar ou agir de certa
forma, nosso estado de ânimo. Todos os dias ouvimos pessoas reclamarem
das dificuldades que encontram, para manter a motivação e ir em frente.
Seja no trabalho ou em casa, todos tem algum momento que se deixam
abater e sonham em simplesmente parar no tempo e nada fazer. As vezes
coloca-se a culpa no chefe, no salário baixo, no colega que é pedante, na
mesa e na cadeira que não são ergométricas e assim por diante.
Certamente você gostaria de ter usufruído de um serviço público, que
tivesse como objetivo, agilidade, eficácia, o respeito e a cortesia no
tratamento a serem consideradas no atendimento, o tempo de espera para o
atendimento, os prazos para o cumprimento dos serviços, os mecanismos
de comunicação com os usuários, os procedimentos para atender a
reclamações, as formas de identificação dos servidores as condições de
limpeza e conforto de suas dependências.
É claro que não podemos desconsiderar que a soma do processo de
construção da auto-estima do servidor, está intimamente relacionada às
caracteristicas peculiares de cada ambiente profissional.
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................. ..........4
1.1Objetivo........................................................................................... ..........4
1.2 Justificativa .................................................................................... ..........5
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................... ..........6
2.1 ConceitosMotivação.....................................................................6
2.2 ConceitosCircunstanciais...........................................................10
2.3 ConceitosEmpíricos....................................................................10
2.4 ConceitosInteracionistas.............................................................11
2.5 OsComportamentos....................................................................12
2.6 PrincipaisTeoriasMotivacionais..................................................14
3 METODOLOGIA........................................................................................17
4 CONCLUSÃO............................................................................................18
5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..............................................................20
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1 INTRODUÇÃO

A motivação influência na qualidade de vida das pessoas, fazendo


com que elas sintam-se animadas, entusiasmadas, e isto faz as pessoas
prosseguirem de forma satisfatória em sua jornada de trabalho. Quando
temos um quadro formado por funcionários ou uma equipe que desenvolva
alguma tarefa, devemos investir , pois às vezes custa bem menos
buscarmos aperfeiçoamento aos mesmos. A motivação funciona como
recarregar uma bateria que está gasta e esta com certeza tem grande
relação com a qualidade do nosso serviço.
O termo motivação envolve sentimentos de realização, de
crescimento e de reconhecimento profissional manifestados por meio do
exercício das tarefas e atividades que oferecem suficientes desafios e
significado para o trabalho.
Em uma sociedade de produção em massa motivar as pessoas a
trabalhar não constitui uma tarefa fácil, visto que muitas pessoas obtêm
apenas pouca satisfação pessoal dos seus empregos e auferem pouco
senso de realização e criatividade.Em grandes organizações as pessoas têm
que trabalhar juntas, cumprindo ordens que podem não entender nem
aprovar, e obedecer instruções de superiores.

1.1 Objetivo
Demonstrar que funcionários motivados tendem a elevar a sua auto-
estima, por sentirem-se motivados terão mais ânimo para buscar
aperfeiçoamento profissional, fazendo suas tarefas com mais qualidades,
inovando sempre para melhor atender as necessidades de quem busca por
nossos serviços.
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1.2 Justificativa

Este estudo justifica que pessoas motivadas fazem as suas


atribuições com dedicação, suas tarefas são desenvolvidas, visando passar
o melhor, buscam atingir a perfeição no que fazem, pessoas motivadas
trocam idéias, aperfeiçoam o que fazem, buscam resposta para seus erros
afim de corrigi-los e não os repitirem.
Sempre que nos referirmos ao serviço público, nos deparamos com
um problema generalizado, um mal latente e evidente no recebimento da
prestação de serviço estatal, que resulta em má qualidade e nega o
cumprimento do príncipio da eficiência.
O que mais se busca hoje dentro de uma organização é o
envolvimentos de seus funcionários dentro dela, desenvolvendo um bom
trabalho e ao mesmo tempo, que lhe de prazer ao desenvolvê-lo. Esta
contribui para uma melhora significativa em relação a qualidade dos serviços
oferecidos as pessoas, e estes tornam as organizações mais preocupadas
com o cidadão.
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2 REVISÃO DE LITERATURA

Podemos agora compreender que quando nos referimos ao termo


motivar, estamos fazendo alusão a uma série de ações que buscam criar e
manter alto o estado de ânimo dos funcionários. Ao dizermos que tal
indíviduo ou grupo está ou não motivado, estamos na realidade avaliando os
resultados do processo de motivação.
Certamente o que todos gostariam de fazer é criar um ambiente no
qual funcionários gostem de trabalhar e no qual as pessoas trabalhem bem,
um ambiente de trabalho que ajuda a enriquecer a vida dos funcionários.
Este ambiente deveria satisfazer tanto os requerimento do funcionário
quanto do seu empregador, antendento as necessidades da comunidade
como um todo. A criação de tal ambiente parece bastante complicada pois
presume um acordo entre pessoas e pessoas são totalmente diferentes
umas das outras. Mas o fato de as pessoas serem diferentes entre si torna-
se o que em comum é um bom ponto de partida.
A motivação enxerga o compromisso do indivíduo para o trabalho e
seu local de trabalho do ponto de vista dos fatores externos a ele das
necessidades individuais, gostos e preferências.

2.1 Conceitos de Motivação

Com base nos ensinamento de Chiavenato (1992) , procura-se


compreender melhor os fatores que motivam.

Conceitos Inatos: certos fatores são intenso ao individuo, inscritos desde seu
nascimento.

Freud: em 1920, propôs dois grandes instintos:


O instinto de vida (ego) e o instinto de morte (thanatos)
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Maslow e os níveis hierarquicos das necessidades (1954) são elas


*Necessidades fisiológicas, nível mais básico: fome, sede, frio, calor,
sono, sexo, etc.
*Necessidade de segurança, proteção contra os perigos e ameaças
de privações;
*Necessidades sociais, estima, comunicação, vinculação, associação
*Necessidade de realização pessoal. A sociedade atual permite a
satisfação dos três primeiros níveis sendo os outros alcançados mais
raramente, ficando o homem perpertuamente a persigui-los, são as
necessidades mais elevadas do ser humano e incluem a realização do
potencial, o desejo de ser sempre mais, de crescer indefinidamente.
As necessidades apresentam uma configuração piramidal:

As necessidades são as seguintes:


2. Necess. Auto-realização
3. Necess. Estima
4. Necess. Sociais
5. Necess. Segurança
6. Necess. Fisiológicas

Mc Gregor: propôs que permitindo ao homem receber


responsabilidades (necessidade de autonomia e independência) se estará
oferecendo-lhe a oportunidade de realização no trabalho (necessidade de
realização pessoal).

Rogers: definiu realização pessoal possibilidade de ser aquilo que é


mais profundo de si.
Herzberg: formulou a chamada teoria dos dois fatores para melhor

explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho. Para ele


existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas são eles
os fatores higiênicos ou fatores extrínsecos e os fatores motivacionais ou
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fatores intrínsecos.
Fatores higiênicos ou fatores extrínsecos:
Se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrange as
condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas
condições são administradas e decidadas pela empresa, os fatores
higiênicos estão fora do controle das pessoas.
Os principais fatores higiênicos são: o salário, os benefícios sociais, o
tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores, as
condições físicas e ambientais de trabalho, as políticas e diretrizes da
empresa, o clima de relações entre a empresa e as pessoas que nela
trabalham, os regulamentos internos.
São fatores de contexto e se situam no ambiente externo que circunda
o indivíduo. Herzberg salienta que tradicionalmente apenas os fatores
higiênicos eram levados em conta na motivação dos empregados: o trabalho
antigamente, era considerado uma atividade desagradável e para fazer com
que as pessoas trabalhassem mais tornava-se necessário o apelo por
prêmios e incentivos salarias, liderança democrática, políticas empresariais
abertas e estimuladoras, isto é, incentivos situados externamente ao
indivíduo em troca do seu trabalho. Outros ainda incentivam as pessoas a
trabalhar por meio de recompensas (motivação positiva) ou punições
(motivação negativa).
Contudo, de acordo com as pesquisas de Herzberg, quando os fatores
higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação dos empregados,
pois não conseguem elevar consistentemente a satisfação e quando a eleva,
não conseguem sustentá-la elevada por muito tempo. Porém, quando os
fatores higiênicos são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação
dos empregados. Por causa dessa influência mais voltada para a
insatisfação, Herzberg chama-os de fatores higiênicos pois são
essencialmente profiláticos e preventivos: eles apenas evitam a insatisfação
mas não provocam a satisfação.
Seu efeito é similar ao de certos remédios higiênicos: evitam a infecção
ou combatem a dor de cabeça, mas não melhoram a saúde. Pelo fato de
estarem mais relacionados com a insatisfação, Herzberg também os chama
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de fatores insatisfacientes.
Fatores motivacionais ou fatores intrínsecos:
Estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das
tarefas que o individuo executa. Assim sendo, os fatores motivacionais estão
sob o controle do indíviduo, pois estão relacionados com aquilo que se faz e
desempenha.
Os fatores motivacionais envolvem os sentimentos de crescimento
individual, de reconhecimento profissional e as necessidades de auto-
realização e dependem das tarefas que o indíviduo realiza no seu trabalho.
Tradicionalmente, contudo as tarefas e os cargos têm sido arranjados e
definidos com a única preocupação de atender aos prícipios de eficiência e
de economia esvaziando os aspectos de desafios e oportunidades para a
criatividade individual. Com isto perdem o significado psicológico para o
indíviduo que os executa e passam a ter um efeito “desmotivação”,
provocando a apatia, o desinteresse e a falta de sentido psicológico já que a
empresa nada mais oferece além de um lugar decente para trabalhar.
Segundo as pesquisas de Herzberg, o efeito dos fatores motivacionais
sobre o comportamento das pessoas é muito mais profundo e estável.
Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas
pessoas. Porém quando são precários, eles evitam a satisfação. Pelo fato
de estarem ligados a satisfação dos indíviduos, Herzberg chamava-os
também de fatores satisfacientes.
Ele salienta que os fatores responsáveis pela satisfação profissional
das pessoas são totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis
pela insatisfação profissional.Para ele o oposto da satisfação profissional
não seria a insatisfação, mas sim nenhuma satisfação profissional e da
mesma forma, o oposto da insatisfação profissional seria nenhuma
insatisfação profissional e não a satisfação. Em outros termos, a teoria dos
dois fatores de Herzberg afirma que:
A satisfação no cargo: é função do conteúdo ou das atividades
desafientes e estimulante do cargo que a pessoa desempenha: são os
fatores motivacionais ou satisfacientes.
A insatisfação no cargo: é função do contexto, isto é , do ambiente de
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trabalho, do salário, dos benefícios recebidos, da supervisão, dos colegas e


do contexto geral que envolve o cargo ocupado: são os fatores higiêncos ou
insatisfacientes.

Fatores Motivacionais Fatories Higiênicos


(satisfacientes) (insatisfacientes)

Conteúdo do cargo (como o Contexto do cargo (como o indíviduo


indivíduo se sente em relação ao seu se sente em relação à sua empresa)
cargo)

1. O trabalho em si 1. As condições de trabalho


2. Realização 2. Administração da empresas
3. Reconhecimento 3. Salário
4. Progresso profissional 4. Relações com o supervisor
5. Resonsabilidade 5. Benefícios e serviços sociais

2.2 Conceitos Circunstânciais:

Abordagem sociológica: as mudanças das ações são externas ao


indivíduo. O homem está determinado a agir conforme as pressões externas
que se exercem sobre ele, sendo estas pressões tanto materiais, sociais e
normativas.

2.3 Conceitos Empíricos:

Ao nascer a criança é uma página em branco sobre a qual irá escrever


suas experiências de vida. O indíviduo torna-se o resultado condicionado de
seu passado. Estas teorias priviligiam a situação afetiva fundamental que
determina as atitudes do adulto.

2.4 Conceito Interacionista:

A motivação nasce da interação do sujeito e seu meio ambiente. O


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indivíduo esta submisso as motivações e aos freios. A distribuição de renda


e riquezas entre quem trabalha e para quem se trabalha, gera uma
controversia na definição da motivação para o trabalho.
Existe um perigo considerável em relação a este assunto quando os
empregadores usam a motivação para persuadir trabalhadores a aumentar
lucratividade sem correspondentes ganhos para os mesmos. É importante
observar os objetivos que se tem quando se procura aumentar a motivação
dos empregados.
Em geral as empresas buscam programas de motivação para seus
funcionários, tendo como pano de fundo sempre o objetivo de aumento da
produtividade e conseqüentemente aumento de lucros. Mas, se com isto
conseguirmos aumentar o salário dos trabalhadores estaremos lhes
garantindo uma satisfação no trabalho e aumentando sua qualidade de vida
no trabalho? E isto por sua vez contentará garantindo um aumento cada vez
mais crescente da produtividade? Consideremos alguns detalhes existentes
entre a relação “satisfação do trabalho” e “produtividade”.Hertzberg
considerava que para convencer pessoas a aumentar produtividade,
satisfação no trabalho é apenas uma maquiagem de complexidade das
necessidades do homem, e ainda não existe nenhuma demonstração entre
satisfação do trabalho e produtividade.
Determinar a satisfação torna-se bastante complexo pois as
necessidades variam de pessoas para pessoas. As pessoas necessitam do
dinheiro para atender suas necessidades e lutam para obterem melhores
salários quando consideram que a remuneração recebida é imcompatível
com seu trabalho. Mas uma vez que suas necessidades básicas são
satisfatórias, o dinheiro deixa de ser prioritário e a busca pela satisfação no
trabalho torna-se mais importante.
O homem então passa a buscar uma melhoria na sua qualidade de
vida no trabalho. E o que seria então a Qualidade de Vida no Trabalho? Este
termo Qualidade de Vida no Trabalho surgiu pela primeira vez em 1972 na
Interational Conferece on the Quality of Working Lite (Cherns e Davis 1975).
O termo foi associado a muitos conceitos tais como: “humanização do
trabalho”, “reforma do trabalho”,”reestruturação do trabalho”, “melhoria do
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trabalho”, (re) projeto e sistemas sócio-técnicos”.


Uma definição que agrega muitas propostas é que a qualidade de vida
do trabalho constitui-se numa reação afetiva do empregado face a evolução
do conteúdo e do contexto de seu emprego. A motivação também é definida
pela capacidade de engajamento e de mobilização dos recursos (vontade) é
falar do comportamento humano face a uma situação. Existem várias
determinantes da conduta humana e é interessante revisar estes princípios
no intuito de melhor revisar estes princípios, no intuito de melhor
compreender o homem e poder auxiliá-lo na busca pela satisfação no
trabalho:

2.5 Os Comportamentos

Comportamentos instintivos são aqueles comportamentos


estereotipados. Eles reúnem as noções de biologia, naturais (nascença),
mecanismos, estímulo.
As necessidades: uma necessidade é um estado de tensão frente a
uma obrigação (biológica ou sociológica), adquirido ou natural.Os
mecanismos de auto defesa: um dos principais motores de nossa conduta é
a inquietação.
Os mecanismos de auto defesa: tendem a transformar todas situções
de ansiedade em situações satisfatórias. Existem quatro grandes formas de
condutas (reações): o afastamento, a projeção, a sublimação a anulação.
As defesas sociais: os indivíduos estão ameaçados em sua
segurança, seus valores sociais (perigos externos contrariamente as defeas
do Eu=perigo interno). Ele necessita defender: -sua integridade,
necessidade de segurança pessoal. - seus valores socias.
Os Condicionamentos: são os comportamentos decorrentes da
repetição e do esforço, e que nós trazem dos hábitos e costumes de nossos
ancestrais. Os hábitos respondem à uma necessidade de estabelecer
relações com o meio ambiente, uma necessidade de segurança.
Os Hábitos: é um agente do processo de rotinização da vida social
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(modelos comportamentais) que fornece uma coesão da vida social. A força


dos hábitos é uma condicionante irracional do comportamento. Os hábitos
são um dos fundamentos da personalidade.
Os Costumes: são as normas comportamentais, uma referência de
conduta, uma necessidade fundamental do homem de ser estimado por seus
semelhantes, o que faz agir segundo os sensos dos valores sociais.
Os Complexos Pessoais: são um conjunto de condutas esteriotipadas,
originárias de um condicionamento (família) um traumatismo psicológico ou
um ambiente psicológico perturbador.
As atitudes: são as orientações gerais da maneira de ser face a certos
elementos da disposição que orienta as interações. Duas atitudes
importantes para a formação do jovem: -a auto estima, a confiança em si o
ambiente familiar e a educação são importantes para definir a auto estima do
indíviduo. -as aspirações: elas são condicionadas ainda pela família, a
educação carregara as representações conscientes e as refletira no futuro.
As emoções, sentimentos, paixões e interesses: a emoção é um
estado de consciência caracterizado pela submersão da reflexão objetiva e
das condutas reflexivas, com emergência de um estado de extinção mais ou
menos forte. As emoções dividem-se em duas categorias: a inquietude
(insatisfação, mal estar) a todo sentimento, estão ligadas uma série de
condutas, e a quietude (satisfação, bem estar).
Os fantasmas e os arquétipos: um fantasma é um cenário imaginário.
Um arquétipos é uma imagem mental símbolo comum a um conjunto de
indivíduos (pertencentes ao inconsciente coletivo). As determinantes
irracionais das condutas são denominadas desejos, necessidades, emoções,
sentimentos, paixões, interesses, crenças, valores experimentais, fantasmas
e representações imaginárias, complexos pessoais, condicionamentos e
hábitos, atitudes profundas, opiniões e aspirações. Elas se situam no
inconsciente e são aprendidas desde a infância, fixadas e reforçadas
durante a vida do indíviduo. Motivar significa agir sobre os diferentes níveis
da conduta humana, tendo como resultado um movimento do fenômeno
social que é a conduta humana.
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2.6 Principais teorias motivacionais

Foi sempre uma preocupação constante a busca das razões


verdadeiras do comportamento e a procura da resposta de por quê o homem
age de tal ou tal maneira? Com isso surgiram diferentes teorias a respeito
daquilo que explicasse o dinamismo comportamental próprio dos seres vivos
em geral, sobretudo o ser humano.
Essas teorias, no geral, buscam explicar o que faz as pessoas
trabalharem, que necessidades ou motivos as impedem à ação, as
semelhanças e diferenças entre grupos de pessoas em função da cultura,
sexo, idade etc, que incentivos levam as pessoas a desejar sua
produtividade, por que umas apresentam elevada motivação para o trabalho
e outras não, a influência da motivação sobre a realização etc. Eis as teorias
mais conhecidas, segundo os filósofos da antiguidade, Sócrates, Platão e
Aristóteles.

➢ Teorias Cognitivas

Concebem o homem como um ser racional, que possui desejos


conscientes e que se serve das próprias capacidades para satisfazê-las.

➢ Teorias Hedonistas

Defende o princípio de que o comportamento humano se acha


especialmente orientado no sentido de buscar o prazer procurando evitar a
dor e o sofrimento.

➢ Teorias do Instinto
Sua inspiração no trabalho de Darwin, seu objetivo e a preservação
da espécie explicam de que forma o homem se serve de seus impulsos
psicológicos como forma de recuperar o estado de equílibrio, no campo
atual da motivação.
Em Murray (1943), o teórico da aprendizagem Clark L Hull, partiu do
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princípio de que todo o comportamento é motivado por impulsos


homeostáticos ou por impulsos secundários deles derivados. Assim, os
estados de impulso interno seriam criados através de privações (punições),
gerando o desequilíbrio, e recompensas, significando a recuperação do
equilíbrio homeostático.
Os impulsos internos podem ser incentivados por fatores externos que
avivam a idéia da recompensa, através do paladar, do cheiro, da visão, da
audição, principalmente nas situações sociais.
Estão surgindo controvérsias entre psicólogos considerando a
deficiência da teoria. Três questões tem sido fundamentais, conforme segue.
Os impulsos primários são sinônimos de necessidades fisiológicas internas?
Todos os incentivos e recompensas são baseadas na tensão e na redução
da tensão homeostática? Todos os motivos sociais são baseados em
impulsos fisiológicos primários, tais como fome, sexo e dor?
São vinte as técnicas de motivação, apresentadas por Caudron (1997)
a seguir enfatizadas:
*dar aos empregados as informações necessárias para a realização de
um bom trabalho;
*dar feedback regular aos funcionários;
*solicitar idéias aos empregados e envolvê-los em decisões sobre suas
funções;
*criar canais de comunicação fáceis de usar;
*aprender com os próprios funcionários sobre aquilo que os motiva;
*aprender quais as atividades desenvolvidas pelos empregados
quando dispõem de algum tempo livre;
*cumprimentar pessoalmente o funcionário por um trabalho bem feito;
*reconhecer o poder de sua presença física, em sua posição de
gerente;
*enviar uma mensagem escrita ao empregado, elogiando seu
desempenho;
*reconhecer publicamente um trabalho bem feito;
*promover reuniões destinadas a comemorar o sucesso do grupo;
*dar ao empregado uma tarefa para executar;
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*verificar se os empregados dispõem das ferramentas para realizar o


melhor trabalho;
*reconhecer as necessidades pessoais dos funcionários;
*usar o desempenho como base para a promoção;
*adotar uma política abrangente de promoção dos funcionários;
*enfatizar o compromisso da empresa com a manutenção do emprego
a longo prazo;
*estimular o sentido de comunidade;
*remunerar as pessoas de forma competitiva em função do que elas
valem;
*dar aos funcionários uma razão financeira para serem excelentes. Isto
pode incluir participação nos lucros.

Caudron (1997) salienta alguns aspectos que levam o indivíduo a


desmotivação, a saber:
*oferecer recompensa do tipo “panacéia”, ou seja, dar a mesma
recompensa a todos no fim do ano, independentemente do desempenho
individual;
*não ser específico ou oportuno ao fazer um elogio;
*usar ameaças ou coação para que o trabalho seja realizado;
*não cumprir uma promessa feita;
*tratar os empregados de maneira burocrática e não como pessoas.
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3 METODOLOGIA

Este estudo foi elaborado com base em uma pesquisa bibliográfica que
serviu de referência para o desenvolvimento deste trabalho, que relata como
a motivação no setor público influência diretamente no desenvolvimento de
atividades realizadas por funcionários, resultando em uma elevação da auto-
estima dos mesmos a cada vez que estes buscaram técnicas para o
melhoramento e aperfeiçoamento de suas atividades.
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4 CONCLUSÃO

Ao concluir este estudo podemos dizer que os funcionários são


impulsionados a avançar ou recuar por tudo aquilo que desejam, planejam,
ou executam por um sentimento chamado motivação, esta faz com que a
cada dia possamos trazer uma boa colaboração para com o nosso trabalho,
melhorando a nossa relação funcionário-contribuinte, e entre a nossa própria
equipe, para que juntos possamos atender as necessidades daqueles que
buscam por nossos serviços.
Vários são os fatores que “realçam” a nossa motivação, sejam eles o
ambiente de trabalho, as atividades que desenvolvemos, o retorno financeiro
que nos é dado. Todo este somatório de fatores nos mostra que é possível
sermos motivados, apesar de as vezes não termos aquilo totalmente
perfeito, como desejamos, mas que podemos passar aos outros tudo aquilo
que de melhor temos a oferecer.
Fazer com que a motivação se faça presente nas pequeninas coisas
num gesto, num ato, na resolução de um problema, seja qual for a sua
intensidade, e que se busque sempre valorizar o esforço daquele que se
propos a averiguar o erro e buscar a solução sendo desta forma o
funcionário incentivado a cada dia melhorar e tornar-se realizado ao ver que
seu desempenho reflete e que logo os resultados aparecerão.
A motivação mantém a auto-estima do funcionário elevada,
funcionários desmotivados são funcionários menos eficientes, se limitam no
que fazem, não buscam aprimorar conhecimentos, fazem as coisas de
qualquer modo, não importam-se com opiniões e críticas em relação ao
serviço por eles oferecido.
Vivemos numa sociedade que a cada dia nos exige mais e mais e que
cada instante surgem novas situações, ao estarmos motivados exaltaremos
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os nossos conhecimentos aperfeiçoaremos as nossas tarefas e com certeza


retribuiremos aos nossos contribuintes fazendo com que todos venham a se
beneficiar e com certeza teremos qualidade no atendimento, com
funcionários motivados que podem reunir esforços no momento de usar
conhecimento e criatividade o que pode ser feito através de treinamento.
Há necessidades de reunir estratégicas técnicas com as humanas, o
viver pessoal e o viver da empresa. O comprometimento dos funcionários
com os objetivos da instituição é fundamental para obtenção de resultados
sólidos e duradouros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUINO, Cleber Pinheiro de. Administração de Recursos Humanos. 1º


Edição. Editora Atlas S.A. 1980.
WERTHER, William B. ; DAVIS, Jr. Keith. Administração de Pessoal. 1º
Edição. Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda ;1983.
TOLEDO, Flávio de. Desenvolvimento de Recursos Humanos. 7º Edição.
Editora Atlas S.A. 1989.
BERGAMINE, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4º Edição.
Editora Atlas S.A. 1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria na Administração. 2º Edição. Editora
McGraw-Hill, Ltda; 1987.

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