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Parte 1 · Mó dulo 4

A EUROPA NOS SÉ CULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE, PODER E DINÂ MICAS


COLONIAIS

RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DO DOSSIÊ

Unidade 1
A POPULAÇÃ O DA EUROPA NOS SÉ CULOS XVII E XVIII: CRISES E CRESCIMENTO
Nascer no século XVIII, pp. 21-24
Questã o 1
• Deduz-se do Doc. 1 a precaridade em que se realizavam os partos, uma vez que nele se referem:
– “o pequeno nú mero” de cirurgiõ es que dominam a obstetrícia;
– a inexistência, nos campos (onde habitava a grande maioria da populaçã o), de parteiras
acreditadas, estando os nascimentos a cargo de “mulheres ignorantes”;
– a perda frequente de vidas e a ocorrência de lesõ es graves entre as parturientes;
– a necessidade de formar parteiras competentes através dos cursos de Madame du Coudray.
Questã o 2
• A utilização de uma espécie de manequim bastante realista com o qual se simulavam as situações de
parto, o que facilitava a compreensão dos procedimentos a seguir.
Questã o 3
• Os teólogos da Universidade de Paris pronunciaram-se pela salvação da criança em detrimento da
mãe, baseando a sua resposta na valorização da vida eterna face à vida terrena. Assim, e embora refiram
que seria de “justiça” salvar a mãe em detrimento do filho, consideram que a criança, caso morresse à
nascença, não poderia alcançar a salvação da alma, já que ainda não fora batizada.
Questã o 4
• William Cadogan mostra-se contrário ao enfaixamento, considerando-o a fonte de “muitas
deformidades”. Segundo este médico britânico, as faixas comprimem os órgãos internos, pressionam
excessivamente os músculos frágeis das crianças e impedem os movimentos imprescindíveis ao são
desenvolvimento dos recém-nascidos.
Questã o 5
• Um aumento muito significativo da mortalidade infantil (de cerca de 25% para 66%).
• A imagem traça um quadro idílico do costume de criar as crianças longe da família, entregando-as a
uma ama. Embora modesta, a casa da ama apresenta-se limpa e ordenada e as crianças, de faces
rosadas, parecem saudáveis e bem cuidadas. Também de notar a presença da mãe, “de visita” à ama
com a filha mais velha.
Questã o 6
• Rousseau defende o aleitamento materno argumentando que, para além da alimentação
propriamente dita, há a considerar a “solicitude maternal”, isto é, o carinho e cuidados maternais de que
as crianças necessitam e dos quais se veem privadas, quando entregues a amas. Diz ainda que estas
últimas são, à partida, más amas, visto que são também más mães, uma vez que amamentam os filhos
alheios, em detrimento dos seus próprios filhos.
Questã o 7
• Da imagem do Doc. D conclui-se que o aleitamento materno começa a ser praticado por parte das
mulheres de elevado estrato social;
• a pintura de Lépicié (Doc. E) mostra um família humilde reunida, com enlevo, em torno de um bebé,
que a mãe parece ter acabado de amamentar, o que documenta a valorização social da criança;
Louis Simon refere explicitamente:
• que os filhos foram criados “com todos os cuidados possíveis” e que a mãe os amamentou
pessoalmente;
• que a única criança que a mãe foi incapaz de a amamentar, rapidamente regressou a casa, porque
definhava na ama;
• que a sua esposa foi uma mãe atenta e esforçada.
Questã o 8
• A falta de capacidade para criar as crianças, como é o caso da mãe “abandonada por todos e na mais
extrema miséria”;
• a vergonha social que constituía a gravidez fora do casamento.
Questã o 9
• Tópicos de resposta:
Na segunda metade do século XVIII esboçam-se novas ideias e comportamentos relativamente às
crianças e aos cuidados que lhes são devidos, entre os quais:
– a preocupação com a assistência às parturientes OU a difusão do ensino da obstetrícia (Doc. A);
– o aperfeiçoamento de instrumentos obstétricos, como os fórceps (Doc. A)
– a condenação do enfaixamento das crianças de tenra idade (Doc. B);
– a apologia do aleitamento e dos cuidados maternais (Docs. D e E);
– a rejeição do hábito de fazer criar, longe de casa, as crianças de tenra idade (Docs. C e E);
– a institucionalização da assistência aos bebés abandonados (Doc. F).

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