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MANUAL DE APOIO DE OGE I PARA O 4º ANO DE CONTGEST (Atual) 2015
MANUAL DE APOIO DE OGE I PARA O 4º ANO DE CONTGEST (Atual) 2015
ONIPRESENÇA DA GESTÃO....................................................................................................................................5
FORMAÇÃO EM GESTÃO.......................................................................................................................................5
1. A GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES.........................................................................................................................6
1.1. Conceito e âmbito de organização..............................................................................................................6
1.2. Teorias estruturalistas da organização.......................................................................................................8
1.2.1. As Organizações...................................................................................................................................8
1.3. A Gestão e os gestores..............................................................................................................................17
1.3.1. A definição de gestão e de gestor......................................................................................................17
1.3.1. Padrões de avaliação da gestão ou de desempenho do gestor.........................................................19
1.3.2. Componentes chave e determinantes da gestão...............................................................................21
1.3.3. Os Recursos.......................................................................................................................................22
1.3.4. Os Objectivos.....................................................................................................................................25
1.3.5 A decisão.............................................................................................................................................27
1.3.5.1. Os passos do processo de decisão..................................................................................................28
1.4. A evolução da Gestão...............................................................................................................................29
1.4.1. Teorias de Gestão..............................................................................................................................30
1.4.2. Perspectiva Estrutural – Abordagem Clássica....................................................................................30
1.4.3. Gestão na Era Pré-Industrial..............................................................................................................31
1.4.4. Industrialização e Gestão...................................................................................................................31
1.4.5. Gestão na Idade Moderna.................................................................................................................32
1.4.6. Perspectiva/Abordagem Humanista..................................................................................................35
1.4.7. Gestão na era presente......................................................................................................................36
2. A EMPRESA ENQUANTO ORGANIZAÇÃO.....................................................................................................36
2.1. Conceito de empresa................................................................................................................................36
2.1.1. A Empresa como uma das formas de Organização............................................................................37
2.1.2. Organização da Empresa....................................................................................................................37
2.1.3. Principais Actividades executadas numa organização:......................................................................39
2.1.4. As funções básicas da empresa..........................................................................................................40
2.1.5. Princípios Gerais de Organização (função administrativa).................................................................41
2.2. Criação de uma Empresa..........................................................................................................................41
2.3. Recursos e capacidades da empresa.........................................................................................................42
2.3.1. A Empresa e o Meio Envolvente........................................................................................................53
2.3.2. Estrutura da Indústria........................................................................................................................56
2.4. Classificação de empresas..............................................................................................................61
Bibliografia..........................................................................................................................................................64
ESPtN v
Manual de Apoio OGE I…
ONIPRESENÇA DA GESTÃO
Não faltam estudos e teorias no campo da gestão. Nossa língua se expande com termos que têm suas
origens no gerenciamento. Os sectores públicos e os sectores para-públicos, as forças armadas, as
instituições de lazer, as culturais e, é claro, os negócios são examinados por meio das lentes dos
princípios, teorias e modelos de gestão. No espaço de algumas décadas, a gestão se tornou uma nova
referência universal, tanto assim que de fato todas as áreas da actividade humana são hoje medidas
com seus padrões. Somos encorajados a considerar nossos colegas, nossos chefes e até mesmo os
membros da nossa família como “clientes” ou “parceiros” cujas necessidades precisam ser atendidas.
Qualquer pretexto será bom para demonstrar nossa liderança, para mostrar nosso espírito de
competitividade ou nossas habilidades empreendedoras. Os conceitos abundam e tomam um
semblante de lemas que são rapidamente apropriados e aplicados a toda e qualquer situação. Essa
lista é longa, mas aqui estão apenas alguns exemplos desses conceitos: competitividade,
reengenharia, modernização, Optimização, just-in-time, livre comércio, terciarização, globalização,
qualidade de vida no trabalho, qualidade total, racionalização, conformidade ISO, excelência,
estratégia, liderança, cadeia de valores, valor agregado, desempenho, mensuração, parcerias público
-privadas, organizações que aprendem, cultura corporativa, perfis de competência, coaching,
inteligência emocional, mentoring, governança corporativa e convergência. Todas essas noções se
sucedem e/ou se chocam nesse contexto dos novos credos, pouco documentados e pouco
aprofundados, e portanto validados por “especialistas” de todos os tipos. Esses modelos que tendem
a generalizações e universalizações são sedutores. Na verdade, passam e são rapidamente
substituídos por outros modelos, para o lucro de uma indústria da novidade, da mudança e do
progresso. Isso é particularmente verdade no domínio da liderança, muito em moda hoje em dia
(LAURENT LAPIERRE, 2005).
FORMAÇÃO EM GESTÃO
A profissão de gestor é uma das únicas profissões que podem ser ensinadas sem jamais ter sido
praticadas. O que pensariam cirurgiões, dentistas, enfermeiras, advogados, cantores ou escritores de
alguém que viesse ensinar-lhes suas profissões sem ter jamais feito uma cirurgia, extraído um dente,
cuidado de um doente, apelado a um juiz, cantado em um palco ou publicado? Que valor eles
atribuiriam a um conferencista que viesse falar sobre suas profissões ou pretendesse ensiná-los?
Entretanto, esse tipo de situação ocorre regularmente nas escolas de Administração. Abordar esse
assunto da formação em gestão é inevitavelmente colocar-se a questão fundamental: O que é gerir?
Que lugar essa ideia de “gestão profissional” tem ocupado em nossa sociedade nas últimas décadas?
Em todos os domínios da arte e da acção, a criação, levada a seu mais amplo sentido, é indissociável
da acção. É na acção que se exprime a visão pessoal e a compreensão da realidade. Frequentemente,
é somente depois, e não antes, que as criações são enriquecidas por aqueles ou aquelas que as
estudam e se devotam a ensiná-las. Não o inverso. As escolas de Administração têm estabelecido
novos domínios de pesquisa académica e de ensino superior. Têm contratado pesquisadores
treinados em métodos científicos, e obtiveram grande credibilidade em círculos académicos. Mas a
que preço? O próprio objecto de suas pesquisas é o que lhes escapa, o que tem sido ocultado e o que
não conseguem mais dimensionar, sobretudo pelo simples fato que não existem respostas fáceis e
menos ainda universais. O desafio das escolas de Administração é apresentar aos futuros gestores
conhecimentos capazes de guiar suas acções quando chegar a hora de agir, permitir-lhes aprender a
agir e iniciá-los nas complexidades da gestão enquanto conciliam conhecimento, intenções e acções.
Dentro de uma abordagem mais ampla, as organizações “são unidades sociais (ou agrupamentos
humanos, intencionalmente construídas e reconstruidas, com o fim de atingir objectivos específicos”.
Isso significa que as organizações são propositada e planejadamente construídas e elaboradas, ou
seja, reestruturadas e redefinidas, conforme os objectivos são atingidos ou conforme se descobrem
meios melhores para atingi-los com menor custo e menor esforço e menor tempo. Uma organização
nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito
continuamente a mudança.
Organizações formais
No entanto, existem organizações que não incluem obrigatoriamente o lucro como objectivo.
São organizações voltadas para o bem social, para a comunidade, para interesses profissionais, para
filantropia, desporto, cultura, entre outros. As empresas públicas, clubes desportivos, associações
filantrópicas, organizações não- governamentais (ONG's) são exemplos de organizações voltadas para
o social.
A Administração surgiu com o crescimento e a complexidade das organizações. Durante toda sua
longa história até meados do século XVIII, as organizações se desenvolveram com uma
impressionante lentidão. Apesar de sempre ter existido o trabalho organizado e dirigido na história
da humanidade, a história das organizações representa um capítulo recente que teve o seu início em
meados do seculo XVIII.
A Revolução Industrial
A história começa em 1776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua
aplicação à produção. Com ela surgiu uma nova concepção de trabalho, responsável por modificar
completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças
de ordem económica, política e social que, em um período de aproximadamente um século, foram as
maiores entre todas as mudanças ocorridas em todo o milénio anterior.
1. Fase artesanal;
5. Fase moderna;
6. Fase da globalização.
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas – experiência tipicamente democrática e
americana – entrou em declínio. Essa primeira tentativa sistemática de introdução de ciências do
comportamento na teoria da administração, por meio de uma filosofia humanística a respeito da
participação do homem na organização, gerou uma profunda reviravolta na administração.
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
ESPtN ix
Manual de Apoio OGE I…
Se, por um lado, combateu a Teoria Clássica, por outro não proporcionou bases adequadas de uma
nova teoria que pudesse substitui-la. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações
Humanas criou um impasse na Administração que a Teoria da Burocracia não teve condições de
ultrapassar. A Teoria Estruturalista significa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve
aproximação à Teoria das Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal.
O estruturalismo está voltado para o todo e para o relacionamento das partes e o facto de que o todo
é maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo.
1.2.1. As Organizações
Cada organização é limitada por recursos escassos e por isso não pode tirar vantagem de todas as
oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de recursos. A
eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz o
melhor resultado.
Os estruturalistas focalizam as organizações complexas por causa dos desafios que essas impõem à
análise organizacional.
As organizações formais por excelência são as burocracias, razão pela qual a Teoria Estruturalista tem
como expoentes figuras que se iniciaram com a Teoria da Burocracia.
O Homem Organizacional
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
ESPtN x
Manual de Apoio OGE I…
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homem economicus e a Teoria das Relações Humanas “o
homem social”, a Teoria Estruturalista focaliza “o homem organizacional”: o homem que
desempenha diferentes papéis em várias organizações.
1. Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como da
diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações, que podem chegar à inversão, aos
bruscos desligamentos das organizações e aos novos relacionamentos.
Dentro da organização social as pessoas ocupam certos papeis, nome dado a um conjunto de
comportamentos solicitados a uma pessoa.
Papel é a expectativa de desempenho por parte do grupo social e a consequente internalização dos
valores e normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve para o individuo, sendo
reforçado por sua própria motivação em desempenhá-lo de maneira eficaz.
Como cada pessoa pertence a vários grupos e organizações, ela desempenha diversos papeis, ocupa
muitas posições e suporta grande número de normas e regra diferentes.
Para estudar as organizações, os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla que a
de qualquer outra teoria anterior, pois pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações
Humanas, baseando-se também na Teoria da Burocracia.
Assim, a análise das organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma abordagem
múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das
Relações Humanas e da Teoria da Burocracia.
9. Toda via, as organizações não funcionam dentro de um mar de rosas. Existem conflitos e
dilemas organizacionais que provocam tensões e antagonismos, envolvendo aspectos
positivos e negativos, mas cuja resolução conduz a organização à inovação e à mudança.
10. Em uma apreciação crítica do estruturalismo dentro da Administração, com seus aspectos
positivos e suas restrições e limitações, conclui-se que essa é uma teoria de transição em
direcção à Teoria de Sistemas.
Conclusão:
A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo das
circunstâncias.
Refere-se a uma proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser conhecida pela experiência
e pela evidência, e não pela razão.
A abordagem contingencial salienta que não se alcança a eficácia organizacional seguindo um único e
exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma forma única e melhor para organizar no
sentido de se alcançar os objectivos variados das organizações dentro de um ambiente também
variado.
Os estudos recentes sobre as organizações complexas levaram a uma nova perspectiva teórica:
A estrutura da organização e seu funcionamento são dependentes da sua interface com o ambiente
externo.
Estudos de Dill, Burns e Stalker, Chandler, Fouraker e Stopford, Woodward, Lawrence e Lorsch, entre
outros, demonstraram o impacto ambiental sobre a estrutura e o funcionamento das organizações.
O paradigma mostrado é similar ao modelo de estímulo - resposta proposto por Skinner, ao nível
individual, que se preocupa com a adequação da resposta, deixando de lado os processos pelos quais um
estímulo resulta na emissão de uma resposta.
Para Skinner, o comportamento aprendido opera sobre o ambiente externo para nele provocar
alguma mudança.
um estado ambiental;
um comportamento;
uma consequência.
O comportamento actua sobre o ambiente para produzir determinada consequência. Ele pode ser
mantido, reforçado, alterado ou suprimido de acordo com as consequências produzidas.
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
ESPtN xiii
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A visão contingencial procura analisar as relações dentro e entre os subsistemas, bem como entre a
organização e seu ambiente e definir padrões de relações ou configuração de variáveis. Ela enfatiza a
natureza multivariada das organizações e procura verificar como as organizações operam sob
condições variáveis e em circunstâncias específicas.
A visão contingencial está dirigida acima de tudo para desenhos organizacionais e sistemas gerenciais
adequados para cada situação especifica.9
A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria
administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contingencial explica que existe uma
relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o
alcance eficaz dos objectivos da organização.
Na realidade, não existe uma causalidade directa entre essas variáveis independentes do ambiente e
variáveis administrativas dependentes, existe uma relação funcional entre elas. Essa relação
funcional é do tipo “se-então” e pode levar a um alcance eficaz dos objectivos da organização.
Ambiente
Ambiente é o contexto que envolve externamente a organização (ou o sistema). É a situação dentro
da qual uma organização está inserida. Como a organização é um sistema aberto, ela mantém
transações e intercâmbio com seu ambiente passe a influenciar internamente o que ocorre na
organização.
Tecnologia
As organizações utilizam alguma forma de tecnologia para executar suas operações e realizar suas tarefas. A
tecnologia adotada pode ser tosca e rudimentar (como a faxina e a limpeza feitas com vassouras ou escovão)
como pode ser sofisticada (como processamento de dados pelo computador).
Mas é evidente que as organizações dependem da tecnologia para poder funcionar e alcançar seus
objectivos.
Sob um ponto de vista administrativo, a tecnologia é algo que se desenvolve nas organizações por
meio de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e a execução de tarefas –
know-how- e por suas manifestações físicas – como maquinas, equipamentos, instalações –
constituindo um complexo de técnicas usadas na transformação dos insumos recebidos pela empresa
em resultados, isto é, em produtos ou serviços.
A tecnologia pode estar ou não incorporada a bens físicos. A tecnologia incorporada está contida em
bens de capital, matérias- primas intermediária ou componentes etc.
Assim, uma placa de metal é constituída pelo metal mais a tecnologia que tornou possível a sua
fabricação que está incorporada no equipamento industrial.
Para a Teoria da Contingência não existe uma universalidade dos princípios de administração e nem
uma única e melhor maneira de organizar e estruturar as organizações.
O ambiente impõe desafios externos à organização, enquanto a tecnologia impõe desafios internos.
Para se defrontar com os desafios externos e internos, as organizações diferenciam-se em três níveis
organizacionais, a saber:
Trata-se do meio campo. Atua na escolha e captação dos recursos necessários, bem como na
distribuição e colocação do que foi produzido pela empresa nos diversos segmentos do mercado. É o
nível que lida com os problemas de adequação das decisões tomadas no nível institucional (no topo)
com as operações realizadas ao nível operacional (na base da organização).
O nível intermediário compõe-se da média administração, isto é, das pessoas ou órgãos que
transformam as estratégias formuladas para atingir os objectivos empresariais em programas de
acção. A média administração forma uma cadeira escalar de autoridade.
C)- Nível Operacional. Denominado nível técnico ou núcleo técnico é o nível localizado
nas áreas inferiores da organização. Está ligado aos problemas de execução cotidiana e
eficiente das tarefas e operações da organização e orientado para as exigências impostas
pela natureza da tarefa técnica a ser executada, com os materiais a serem processados e
a cooperação de vários especialistas necessários ao andamento dos trabalhos. É o nível
no qual as tarefas são executadas e as operações realizadas: envolve o trabalho básico
relacionado com a produção dos produtos ou serviços da organização.
Ambiente Externo
Incerteza
Mediação
(limitação da
Incerteza)
Racionalidade
Limitada
Lógica de sistema
fechado
Núcleo Técnico
AMBIENTE EXTERNO
Nível institucional
É o componente estratégico.
Formulação de politicas gerais.
Nível intermediário
É o componente tático.
Elaboração de planos e
programas específicos
Nível operacional
É o componente técnico.
Execução de rotinas e
programas específicos
procedimentos
Núcleo Técnico
É composto pelas áreas que programam e executam as tarefas e operações básicas da organização.
É nele que estão as instalações físicas, maquinas e equipamentos, linhas de montagem, escritórios e
balcões de atendimento cujo funcionamento deve atender a rotinas e procedimentos programados
dentro de uma regularidade e continuidade que assegurem a utilização plena dos recursos
disponíveis e a máxima eficiência das operações.
Como as organizações vivem em um mundo de mudança e sua estrutura deve caracterizar-se pela
flexibilidade e adaptabilidade ao ambiente e à tecnologia.
2. Tecnologias. Utilizadas para a execução de tarefas organizacionais, sejam sistemas concretos físicos
(maquinas, instalações e equipamentos), sejam sistemas conceituais e abstratos (know-how, políticas
e directrizes).
3. Tarefas ou funções. São operações e os processos executados para obter determinadas saídas ou
resultados.
Conclusão:
A Teoria de Contingência parte para novos modelos organizacionais mais flexíveis e orgânicos, como
a estrutura matricial, a estrutura em redes e a estrutura em equipes. Também enfatiza o modelo do homem
complexo e abordagens contingenciais sobre motivação e liderança.
Em uma apreciação critica, verifica-se que a Teoria da Contingência é eclética e interativa, mas ao
mesmo tempo relativista e situacional. Em alguns aspectos, parece que a Teoria de Contingência é
muito mais uma maneira relativa de encarar o mundo do que propriamente uma teoria
administrativa.
Neste primeiro texto dedicamo-nos à definição e caracterização dos primeiros dois conceitos
fundamentais: o da própria gestão e o de gestor, o sujeito da gestão, ou seja quem gere.
Um conceito pode ser definido de formas diversas, podendo ser sintético, inclusivo em termos e designações,
pode focar determinados aspectos e ser actual.
Por outro lado, tratando-se de boas definições, ainda que diferentes nestes e, eventualmente,
noutros aspectos, têm que ter a característica comum de enunciar, expressar e interpretar em que
consiste esse conceito.
Para definir gestão e quem gere, o gestor, e os aspectos fundamentais em torno destas definições,
vamos socorrer-nos, sucessivamente, das definições apresentadas por dois autores (ver caixa 1.3).
Gestão é o processo de
tomada de decisões de
como efectuar recursos
limitados entre usos
alternativos de modo a
optimizar determinados
objectivos (Kay);
Naturalmente que a definição de gestor, quem gere, está explicita nesta definição e é quem
coordena e supervisiona o trabalho de outros para que as suas actividades sejam desempenhadas
eficiente e eficazmente.
Para percebermos e estarmos cientes de que interpretamos esta definição da mesma forma temos
que comungar dos significados das palavras, termos e designações, utilizadas na definição.
Mas há dois termos, os que qualificam o objectivo de as actividades serem desempenhadas, eficiente
e eficazmente, que requerem um entendimento comum.
Eficiência- obter o
máximo proveito dos
recursos – fazer as
coisas bem.
Eficácia – Atingir os
objectivos propostos –
fazer as coisas certas
A eficiência respeita à relação (rácio ou divisão) entre a quantidade de produto produzida por
unidade de factor empregue. Tem a ver com a capacidade do gestor conseguir retirar o máximo
proveito dos factores de produção que utiliza.
Os recursos são escassos pelo que o nível de eficiência com que são usados leva a maiores ou
menores níveis de produtividade.
A produtividade de uma máquina, medida em peças produzidas por dia, o rácio das vendas mensais
por comercial, o número de animais abatidos por dia e por trabalhador num matadouro, são
exemplos de indicadores que expressam uma relação entre output por unidade de input, ou seja, são
medidas ou rácios de eficiência.
Eficiência tem, por conseguinte, subjacente ou implícita uma relação de transformação algo
relacionada com uma óptica de engenharia de produção no caso de um factor (matéria-prima,
trabalho ou outro factor de produção) ou de rentabilidade no caso de um serviço prestado
relativamente ao factor que o fornece.
A eficácia respeita à relação entre os resultados e os objectivos propostos. Tem a ver com o atingir de
objectivos e metas definidos e alcançados e à forma como se conseguem realizar os resultados que
se pretendem alcançar, ou seja, tem a ver com a forma como as decisões contribuem para os
objectivos.
Também é expressa em termos relativos mas em função dos resultados e não em termos dos
factores ou recursos utilizados.
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
ESPtN xxii
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A eficácia é avaliada em termos absolutos pelos resultados das decisões tomadas face às opções
disponíveis.
Duas frases praticamente iguais na língua inglesa são geralmente utilizadas (Robbins and Coulter, p.
23) como menemónica para a diferença de padrões de eficiência e eficácia de avaliação de
desempenho: "doing things right" e "doing the right things", ou seja, fazer bem as coisas e fazer as
coisas certas.
Quando nos referimos a eficiência a análise é mais centrada nos recursos ou meios para utilizar
enquanto quando nos referimos a eficácia focamo-nos mais nos objectivos ou resultados a alcançar.
Recursos e objectivos são duas determinantes chave da gestão que estão, por conseguinte, implícitas
na definição de gestão apresentada. È à sua caracterização, bem como à sua relevância no processo
de tomada de decisão, que a seguir nos dedicamos.
Outra definição de gestão, menos actualizada, mais orientada para uma abordagem económica mais
tradicional, talvez por isso generalizadamente utilizada, que define gestão como o processo de
tomada de decisão de como afectar recursos limitados entre usos alternativos de modo a optimizar
determinados objectivos.
Esta definição constitui um bom ponto de partida para continuar a abordar outros aspectos
fundamentais do conceito de gestão, começando pelo da perspectiva de decompor as suas
componentes chave, ou fundamentais, que também podemos designar por determinantes da gestão
(exactamente em termos de eficiência e eficácia) que implicitamente, também, já se encontravam na
anterior definição, mas que nesta são explicitamente referidas.
A caixa 1.3.2. apresenta essas componentes e ilustra os pontos que seguiremos ao longo da sua
caracterização.
Físicos Terra
Económicos Capital
Sociais Trabalho
Decisão
Passos
Níveis
Áreas Funcionais e Tipos
Métodos
1.3.3. Os Recursos
Ainda que a exploração do espaço já seja uma realidade, a própria terra como planeta tem recursos
naturais esgotáveis e impõe outras limitações à utilização desses recursos, mesmo para os
renováveis, a bem da sua própria sustentabilidade.
A sua disponibilidade pode mudar do curto para o médio e longo prazo, mas regra geral tem sempre
um limite.
O grau de acesso a esses recursos, habitualmente agrupados nas designações agregadas de terra,
trabalho, e capital, varia (ver caixa 1.3.3).
É através dessa tecnologia, "o estado da arte" que caracteriza o grau de desenvolvimento de uma
sociedade e das suas instituições, que esses recursos são afectados a usos alternativos gerando
riqueza, i.e., acrescentando valor aos recursos usados no processo adoptado.
A combinação quantitativa e qualitativa dos recursos para gerar riqueza, depende de três grandes
tipos de factores:
Os naturais,
Os técnicos e institucionais,
E os económicos.
A relativa disponibilidade de terra, dos tipos de solos, e do seu potencial uso alternativo e à sua
influência nas leis biológicas a que em particular a agricultura está naturalmente condicionada, em
especial as relacionadas com as condições necessárias ao crescimento das plantas e dos animais.
Mas os recursos naturais também são determinantes para as actividades do sector terciário.
Note-se, por exemplo, a importância do clima para o turismo e as actividades de serviços que lhe
estão associadas, de restauração, alojamento, entretenimento, geralmente incluídas no designado
canal HORECA (Hotéis, Restaurantes e Cafés).
Os factores naturais estão relacionados com a eficiência da produção porque constituem recursos
potenciais que podem ser utilizados para produzir mais ou menos riqueza, ou seja, mais ou menos
eficientemente.
Mas também se relacionam com a eficácia, por exemplo consoante a escolha de actividades
produtivas e produtos em que são usados são mais ou menos determinantes para a prossecução dos
objectivos que se pretendem alcançar.
Os factores técnicos e institucionais dizem respeito aos recursos capital e trabalho, podendo este
último ter a designação de capital humano, aliás, como os factores naturais também são designados
na nomenclatura da economia ambiental por capital natural, mas também às características
estruturais e acumuladas que os caracterizam fruto das políticas gerais e sectoriais de
desenvolvimento prosseguidas pela sociedade.
Reflectem-se numa determinada estrutura e organização desses recursos determinada por essas
políticas estruturais, que se caracteriza pela infra-estrutura física, institucional e técnica, pelo capital
humano e pelo "know-how" acumulado.
A gestão e a capacidade de organização estão entre este tipo de factores que, frequentemente, se
sobrepõem aos naturais ultrapassando as limitações que esse tipo de recursos impõe, transformando
e desenvolvendo as sociedades.
Estes factores estão também relacionados com a eficiência das pessoas e das instituições que se
acumula e se incorpora de forma gradual no seu comportamento e que por isso passa a constituir
capital técnico e institucional, ou dito de outra forma, a cultura e os princípios e valores que
alicerçam a forma de viver dessa sociedade.
A designação de capital traduz exactamente essa noção de um recurso que ou em se investe e que se
espera transforme e gere frutos no futuro.
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
ESPtN xxvi
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Mas também traduzem e relacionam-se com a eficácia pois relacionam-se com o estado de
desenvolvimento atingido pela sociedade que representa a forma como conseguiu alcançar os níveis
de bem-estar desejados.
Assim, o trabalho e o capital, representam nesta concepção a formação e conhecimento que está
incorporado na sua utilização, e outras formas de capital, ou conhecimento incorporado na evolução
das tecnologias e dos factores, como bens de capital físico acumulado.
A vantagem comparativa depende destes dois primeiros tipos de factores. Estes dois tipos de
factores, o último sub-dividido em factores técnicos (conhecimento incorporado no "know-how"
tecnológico e institucional por diferentes saberes de natureza técnica e científica incluindo os de
gestão, economia, engenharia, arte, cultura) e capital humano (educação geral e profissional), são
considerados os factores explicativos da diferença da produtividade do trabalho de países em
desenvolvimento e de países desenvolvidos.
Estes factores também têm a ver com a eficiência pois destinam-se a promover a produtividade dos
recursos utilizados, mas, fundamentalmente, têm a ver com a eficácia pois procuram orientar a
afectação dos recursos através de uma estratégia e de alternativas de afectação de recursos através dos
quais as políticas públicas procuram atingir os níveis de desenvolvimento e de bem-estar da sociedade
desejados.
A competitividade depende, para além dos anteriores dois tipos, dos factores económicos.
1.3.4. Os Objectivos
Subsistência
Física
Lucro
Estabilidade Tipo de
Financeira Organização
Objectivos
Físicos
Responsabilida Económicos
de Social Sociais
Criação de
Riqueza/Patrim
ónio
Bem Estar e
Qualidade de
Vida
Em sociedades muito pouco desenvolvidas, obter um nível mínimo de produção alimentar para
autoconsumo da própria família, ou seja, para subsistir fisicamente, é o objectivo primordial da
família e do seu chefe de família, reduzindo-se a gestão neste caso à escolha das culturas a produzir e
constituindo a experiência e o trabalho físico as componentes fundamentais da sua prestação.
Mas os gestores têm geralmente outros objectivos, tais como a estabilidade económica e financeira,
em que o gestor quer assegurar uma retribuição segura controlando o risco nas actividades a que se
dedica e trocando algum lucro por uma estabilidade da retribuição.
Finalmente, o laser é a que representa a necessidade de dispor de tempo para outras actividades
familiares, sociais, recreativas e culturais, de acordo com as suas motivações e preferências, são
também objectivos que globalmente se traduzem em bem-estar e qualidade de vida a que todos
aspiramos.
Estes objectivos são também particularmente influenciados pelo facto dos gestores se constituírem,
na sua grande maioria como trabalhadores individuais ou com as suas famílias constituindo unidades
de pequena ou média dimensão, a que corresponde a designação de pequenas e médias empresas
(PMEs).
Essa característica tem um conjunto de implicações que se relacionam com o facto das suas
actividades económicas e da vida individual e da família se confundirem, nomeadamente em termos
de recursos e objectivos. O gestor tem, nesse caso, um ciclo de vida que corresponde às etapas da
vida do indivíduo.
1.3.5 A decisão
A última das componentes chave a que nos queremos referir da definição de gestão é a decisão (ver
caixa 1.3.5). Para que as actividades sejam desempenhadas de forma eficiente e eficaz, conforme
definição atrás apresentada, é necessário tomar decisões. Decidir é gerir, como com certeza já
ouvimos dizer.
Decisão
-Passos e Etapas
-Áreas Funcionais e
Decisões Tipos
-Modelos, Métodos e
Técnicos
Nesta secção vamos analisar os passos do processo de tomada dessas decisões e agrupá-los em
etapas ou funções da gestão, apresentar as áreas funcionais e os tipos fundamentais dessas decisões
e referir alguns dos métodos que são utilizados e que apoiam os gestores na análise e tomada de
decisão.
Para a tomada de decisão, o gestor começa por identificar a questão ou o problema que está sujeito
a uma decisão (ver caixa 1.3.3 à esquerda). Para equacionar essa questão ou problema que se lhe
coloca recolhe e organiza a informação de forma a identificar formas ou respostas alternativas à
questão em mãos.
Naturalmente que estes critérios são os objectivos que referimos no ponto anterior.
Os objectivos são os drivers ou as orientações que guiam a tomada de decisões pelo gestor. Avaliadas
as potenciais decisões em termos das suas consequências face aos critérios estabelecidos, a decisão é
tomada recaindo na solução que melhor responde a esses critérios. Tomada a decisão estão
estabelecidos os objectivos a alcançar que traduzem a razão, ou seja, fundamentam a escolha, pela
opção feita.
Naturalmente que a complexidade da execução depende do tipo de decisão e das suas várias
características.
O gestor pode ter, por exemplo, que calendarizar tarefas pois algumas dependem da execução prévia
de outras, contratar pessoal especializado ou subcontratar algumas dessas tarefas, celebrar contratos
de empréstimos previstos com entidades bancárias, enfim concretizar um conjunto de acções
previstas nos planos detalhados de desenvolvimento do Projecto em causa.
Finalmente, procede ao controlo avaliando os resultados, das actividades e da exploração, que lhe
fornecem, quando comparados com os resultados planeados, desvios cuja análise pode confirmar a
decisão ou indicar a necessidade de ajustar ou rever a decisão que tomou.
Naturalmente, que este controlo também se vai realizando ao longo do período de realização do
projecto, o que possibilita em tempo útil corrigir a sua execução.
Esta comparação pode ser feita com os objectivos estabelecidos, por exemplo, em termos de período
de tempo de realização, custos, proveitos e lucros, encargos financeiros ou juros, valores investidos,
entre muitos outros indicadores.
Ou seja, embora seguindo uma ordem os passos do processo de decisão são interdependentes e
podem ser mais ou menos relevantes conforme o tipo, duração, frequência e consequências da
decisão. Em alguns casos podem até ser simultâneos.
Essencialmente, a gestã o implica fazer as coisas acontecer. Desde cedo, grandes projectos, como
a construçã o de cidades e palá cios, envolveram necessariamente o planeamento, a organizaçã o e
o controlo que sã o os elementos-chave da gestã o moderna.
As teorias de gestão podem ser definidas por correntes ou abordagens. Cada uma
representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de
Gestã o.
A Gestã o de recursos humanos é uma á rea onde as prá ticas terã o sido muito diferentes nesses
tempos mais precoces. Muitos gestores de projectos daqueles tempos terã o utilizado o trabalho
escravo, ameaças e violência física como forma de ‘motivar' os trabalhadores.
Confú cio foi um dos primeiros líderes antigos a mudar um pouco este cená rio. Em 500 a.C.
sugeriu aos governantes que fossem humanos, benevolentes e justos para que, dessa forma,
fossem também mais eficazes. O respeito e a admiraçã o que gerariam, levaria os trabalhadores a
produzirem mais.
A abordagem clá ssica das teorias da gestã o, surge com as primeiras grandes empresas
industriais e estruturas pú blicas organizadas, num contexto em que as técnicas de produçã o se
encontravam pouco desenvolvidas e as condiçõ es de trabalho eram precá rias.
Corresponde a uma perspectiva mecanicista das organizaçõ es, como má quinas desenhadas para
atingir objectivos, segundo a qual se pretende aumentar a eficiência através de regras e
procedimentos que se querem científicos e universais.
Tendo a sua visã o racional e científica centrada na eficiência das organizaçõ es, destacam-se três
vertentes:
gestã o científica,
princípios administrativos,
Na era medieval, criaram-se as primeiras associaçõ es de empresá rios. Estas associaçõ es eram
compostas tipicamente por mestres artesã os, que eram os proprietá rios e gerentes dos seus
estabelecimentos comerciais, e que empregavam trabalhadores jornaleiros e aprendizes.
A gestã o nesta época tinha uma dimensã o social e moral, sendo o seu principal objectivo a
satisfaçã o das necessidades da sociedade. Os có digos de conduta eram impostos pela igreja. Os
Com a expansã o do comércio para o Oriente, uma nova classe de proprietá rios surgiu, com mais
acesso a informaçõ es sobre clientes, fontes de matérias-primas e outras informaçõ es críticas que
os artesã os individuais nã o tinham. Mudanças importantes surgiam na envolvente externa com
grande impacto na gestã o das empresas.
As fá bricas que empregavam muitos trabalhadores começaram a surgir no século XVIII. Longas
jornadas de trabalho caracterizavam o ambiente destas fá bricas. Nesta época, por influência do
economista Adam Smith, foram introduzidos os conceitos de divisã o do trabalho e simplificaçã o
do trabalho como forma de aumentar a produtividade dos trabalhadores.
No Século XIX surgiram gestores como Robert Owen, que usavam o reconhecimento visível do
bom desempenho individual como uma ferramenta para motivar tanto os melhores como os
piores trabalhadores. Alguns inventores como Charles Babbage desenvolveram os primeiros
equipamentos para medir a produtividade dos trabalhadores, permitindo assim o pagamento de
bó nus com base em resultados individuais.
Os conceitos da "gestã o científica" também começaram a aparecer durante este período. Este
movimento defendia a tese da observaçã o e registo de tudo o que se relacionasse com a
produtividade do trabalho. A tomada de decisõ es deveria ser feita com base em informaçõ es
específicas e compreendendo as relaçõ es de causa e efeito.
No início do século XX, mais atençã o foi dada ao aspecto humano da produtividade. Foi sugerido
que um bom ambiente de trabalho seria mais favorá vel à produtividade do que a mera formaçã o
dos trabalhadores na execuçã o das tarefas da forma mais eficiente possível, através de rotinas
mecâ nicas e desumanas. Melhores ferramentas, melhores condiçõ es de trabalho e uma visã o
"psicoló gica" foram introduzidas na gestã o das empresas pela primeira vez.
Enquanto Elton Mayo introduzia a prá tica de pausas para descanso, que levavam a uma melhoria
dramá tica na moral e a uma reduçã o da rotatividade dos trabalhadores, pessoas como Mary
Parker Follet introduziam o conceito de pensamento de grupo e comportamento de grupo.
Segundo Follet, a principal responsabilidade dos gestores era coordenar e facilitar os esforços do
grupo.
Principais características:
- Os trabalhadores sã o seleccionados de acordo com as suas capacidades para a (s) tarefa (s).
Princípios Administrativos (Henry Fayol, 1841-1925, Eng. Minas; Mary Follet, 1868-1933
e Chester Barnard, 1868-1961):
Com Henry Fayol surge uma nova teoria, a dos Princípios Administrativos ou Teoria Geral da
Administraçã o.
Tendo uma visã o global da empresa, Fayol sistematizou o comportamento/acçã o dos gestores
sobre a organizaçã o como o todo e definiu as funçõ es bá sicas da gestã o:
- planeamento,
- organizaçã o,
- direcçã o,
- controlo.
- qualidades físicas,
- mentais,
- morais,
2. Responsabilidade dos gestores de acordo com a autoridade formal e informal de que dispõ em.
10. Ordem: cada coisa em seu lugar e um lugar para cada coisa.
Para além de Fayol, também Follet e Barnard tiveram um importante papel na defesa da teoria
dos princípios administrativos. Mary Follet revelou a importâ ncia das metas e causas comuns da
organizaçã o, como meio para reduzir conflitos, conferiu uma maior importâ ncia à s pessoas do
que à s técnicas de engenharia no exercício da liderança e realçou a importâ ncia da ética e da
transferência de poder para as pessoas.
podem aceitar ou nã o a autoridade dependendo dos benefícios ou prejuízos dessa atitude. Tanto
Follet como Barnard podem ser considerados percursores das teorias humanistas.
Organizaçõ es Burocrá ticas (Max Weber, 1864-1920, soció logo, filó sofo e cientista
político):
A teoria das organizaçõ es burocrá ticas, ou teoria burocrá tica, pode ser considerada uma teoria
regulamentarista.
- Relaçã o de emprego: carreira de trabalho a tempo inteiro, separado da vida privada e com
compensaçã o salarial.
De forma sintética, a teoria das organizaçõ es burocrá ticas estabelece uma divisã o do trabalho
com uma definiçã o clara da autoridade e responsabilidade, defende a selecçã o de pessoal com
base em qualificaçõ es técnicas e introduz uma hierarquia da autoridade, aplicando regras e
procedimentos para todos.
Sã o registadas todas as decisõ es e actos administrativos e define-se uma separaçã o entre gestã o
e posse da propriedade.
Sã o vá rias as ideias introduzidas pela teoria burocrá tica: estrutura organizacional, visã o das
organizaçõ es como um sistema formal de relaçõ es, concepçã o mecanicista das organizaçõ es,
entre outras.
A autoridade de cada indivíduo é delimitada pelas funçõ es, direitos e deveres do seu cargo e o
conhecimento técnico é essencial para a má xima eficiência. As organizaçõ es sã o sistemas
fechados, com insensibilidade à s necessidades sociais dos seres humanos.
Enquanto a gestã o científica se foca no ambiente físico do trabalho, as teorias humanistas focam-
se no ambiente social
A teoria das relaçõ es humanas ocupa-se do indivíduo trabalhando em grupo, tendo em vista a
satisfaçã o das necessidades bá sicas dos empregados como meio para o aumento da
produtividade. Defende que as tarefas devem ser concebidas por forma a satisfazer os níveis
mais elevados das necessidades dos trabalhadores e, assim, obter destes a concretizaçã o de todo
o seu potencial.
Está relacionada com as teorias da motivaçã o de Abraham Maslow (hierarquia das necessidades)
e de Douglas McGregor (Teoria X e Teoria Y).
Os gestores devem conhecer razõ es do comportamento dos trabalhadores e dos factores que os
afectam. O papel dos indivíduos é encarado como determinante no sucesso de uma organizaçã o.
Ciências Comportamentais:
Por exemplo, o desenvolvimento organizacional é uma técnica baseada nesta abordagem que
tem ajudado as organizaçõ es a adaptar-se à mudança e ao desenvolvimento das ‘organizaçõ es
em aprendizagem’.
As prá ticas modernas da gestã o podem ser descritas como a forma de lidar com os cená rios dos
negó cios, da tecnologia e da sociedade em constante mudança. As empresas tornaram-se globais
e novos métodos tiveram que ser desenvolvidos para controlar operaçõ es geograficamente
dispersas.
Novas tecnologias tornaram possíveis que muitas coisas que eram anteriormente simplesmente
inimaginá veis. A consciência social das prá ticas de gestã o aumentou, enquanto gestores de todo
o mundo sã o hoje pouco tolerantes com má s prá ticas.
Muitas outras prá ticas e abordagens estã o a ser constantemente desenvolvidas para lidar com a
rá pida mudança no ambiente dos negó cios, cada vez mais competitivo, e também para
aproveitar as muitas possibilidades das tecnologias emergentes.
Uma empresa “- é associaçã o organizada que, sob a direcçã o e responsabilidade de uma pessoa
ou de uma sociedade, explora uma indú stria, um ramo de comércio ou outra actividade de
interesse econó mico...”
Diferente das outras organizaçõ es que proliferam na sociedade, …uma empresa é um conjunto
organizado de meios com vista a exercer uma actividade (quer seja particular ou pú blica), que
produz e fornece bens e/ou serviços, com o objectivo de responder a alguma necessidade
humana.
As pessoas aceitam assim a ascendência de uma líder para julgar ou compor as diferenças entre
os membros de um mesmo grupo e todos seguem esse líder.
Seguidor
Seguidor
Líder Seguidor
Seguidor
Seguidor Seguidor
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
ESPtN xl
Manual de Apoio OGE I…
Líder
Líder
Seguidor
Seguidor
Seguidor
Seguidor
Seguidor
1. FORMAL: requer autoridade das pessoas que exercem o poder e estabelecem a forma da sua
utilizaçã o, bem como a divisã o do trabalho e as relaçõ es formais entre os seus membros.
Exemplo:
A necessidade de um objectivo
Todas as organizaçõ es, da mesma forma que as pessoas, têm necessidade de objectivos claros e
bem definidos para serem saudáveis.
Para que uma organizaçã o tenha integridade, ela precisa ter uma identidade, isto é, um senso
de quem é e o do que tem a fazer.
1. Contabilidade e Orçamentaçã o
2. Recursos Humanos
3. Finanças
5. Serviços administrativos
8. Manutençã o
9. Marketing
10. Direcçã o
2) funçã o financeira
3) funçã o contabilística
4) funçã o comercial
5) funçã o de segurança
6) funçã o administrativa, que envolve toda a organizaçã o e está subjacente à s demais funçõ es.
Quanto mais elevado seja o nível hierá rquico da organizaçã o, maior será a proporçã o da
funçã o administrativa em relaçã o à s outras cinco funçõ es.
A expressã o Organizaçã o pode assim ser usada com dois significados diferentes:
1) Organizaçã o como uma unidade ou entidade social, onde as pessoas interagem entre si em
busca de objectivos específicos (ex.: empresa).
Organizaç
Entidade Organização
ão
Formal
Social Informal
Organizar Estruturar
5. unidade de direcçã o – uma cabeça e um plano para cada grupo de actividades e objectivos
iguais.
10. ordem – um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar.
12. estabilidade do pessoal – rotatividade tem impacto negativo sobre a eficiência do pessoal.
Outras Obrigações
- Mapas de quadros de pessoal – a apresentação de mapas de quadros de pessoal ao Ministério
do Emprego e Segurança Social (Departamento de Estatística e Inspeção- Geral do Trabalho)
são obrigatórios. Os mapas devem ser afixados nos locais de trabalho por forma bem visível.
- Horário de trabalho – o horário de trabalho deverá ser fixado de forma bem visível.
- Observância do regulamento geral de segurança e higiene no trabalho.
A liderança deve ser capaz de formular uma visão de futuro da empresa, definir objectivos
estratégicos para a empresa e elaborar a estratégia necessária para alcançar esses mesmos
objectivos e, desse modo, cumprir a visão.
Questões Práticas
Pontuação
Práticas (1 a 5)
Pontuação
Práticas (1 a 5)
A Possui um plano de
financiamento para três anos.
Práticas Pontuação (1 a 5)
A liderança deve saber gerir de forma eficaz as relaçõ es com as partes associadas ao
negó cio ou que exerçam alguma influência sobre o mesmo.
Práticas Pontuação (1 a 5)
COMPETÊNCIAS PESSOAIS
Criatividade
Novos
Conhecimentos
Capacidade criativa
Práticas Pontuação (1 a 5)
Os colaboradores da empresa devem ter a capacidade para aplicar de forma adequada os novos
conhecimentos técnicos necessários para o trabalho na empresa, bem como as novas tecnologias
que forem adquiridas para a concretização desse trabalho.
Práticas Pontuação (1 a 5)
Práticas Pontuação (1 a 5)
Portfólio de recursos humanos, com capacidade e motivação para adquirir e desenvolver novas
competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) de forma pró-activa.
Práticas Pontuação (1 a 5)
A conjugação destes dois tipos de capacidades é uma condição necessária à eficácia do trabalho em
equipa e permite à empresa alcançar resultados com maior valor acrescentado que os obtidos com o
mero somatório das capacidades individuais.
A avaliação deste subgrupo de competências centra-se, por isso, nas características organizacionais
existentes para o trabalho em equipa. São avaliadas as capacidades que irão permitir às equipas de
trabalho que existam ou venham a existir na empresa o seguinte:
- Possuir autonomia enquanto grupo dentro do quadro de responsabilidades que lhe foi atribuído;
Exemplo:
Delegação de
Valores Poderes
Equipas de
Elevado
Desempenho
Missão e Formação
Metas Específica
Cabe aos dirigentes da empresa integrar o trabalho em equipa nos valores da empresa, que devem
ser comunicados interna e externamente.
Práticas Pontuação (1 a 5)
As competências relacionais para o trabalho em equipa resultam, em primeiro lugar das capacidades
individuais dos membros que integram e lideram as equipas.
Compromisso Comunicação
Equipas de
Diversidade Elevado Partilha de
Desempenho Informação
Responsabilida
Confiança
de solidaria
As competências estratégicas são constituídas pelas capacidades que residem nas rotinas
organizacionais na empresa. Estão muitas vezes associadas à cultura organizacional.
Estas competências são determinantes para a criação de vantagens competitivas duradouras, uma
vez, que permitem à empresa diferenciar-se das demais concorrentes. Por esse motivo, as
competências estratégicas são muitas vezes equiparadas às competências essenciais ou distintivas.
As competências para inovar são constituídas pelo conjunto de capacidades que a empresa possui no
domínio da inovação. A avaliação deste subgrupo de competências centra-se nas iniciativas e
projectos que a empresa tenha em curso nesta área. São avaliadas as capacidades que irão permitir à
empresa o seguinte:
Produtos e
Serviços
Inovadores
Criatividade
Talento Parcerias
Capacidade da empresa para atrair e reter recursos humanos com talento e quadros qualificados
(os melhores para a concretizaçã o do projecto de negó cio da empresa).
Práticas Pontuação (1 a 5)
recrutamento.
As competências externas da empresa sã o aquelas capacidades que, embora sejam detidas pelos
fornecedores, clientes, concorrentes e pelo pró prio mercado, sã o determinantes para o
desempenho competitivo da empresa.
Uma vez que essas competências estã o para além das fronteiras estritas da empresa, a sua
mobilizaçã o e incorporaçã o depende do nível de desenvolvimento das capacidades internas
existentes, designadamente as competências de liderança.
A avaliaçã o deste subgrupo de competências centra-se nas acçõ es que a empresa tem em curso
neste campo. Sã o avaliadas as capacidades que permitem à empresa, no relacionamento com
fornecedores, o seguinte:
Partilha de informação
Fornecedores
Empresa
Relacionamento Acolhimento de
Manuel António KandaKanda estreito Namibe/Angola proposta Ano 2020
ESPtN liv
Manual de Apoio OGE I…
As competências de relacionamento com clientes são constituídas pelo conjunto de capacidades que
permitem à empresa garantir um nível elevado de satisfação desses mesmos clientes.
A avaliação deste subgrupo de competências centra-se nas iniciativas e projectos que a empresa tem
em curso neste domínio. São avaliadas as capacidades que permitem à empresa, no relacionamento
com clientes, o seguinte:
Fidelizar os clientes;
Competência Competência
Individual Colectiva
Competência Competência
Estratégica Externas
Atractividade da Indústria
Nem todas as indústrias são igualmente atractivas. O valor da atractividade sectorial combina três
medidas essenciais:
A avaliação destas três medidas pode levar a resultados contraditórios pelo que se recorre a um
indicador agregado, o VAS (Valor da Atractividade Sectorial), para comparar a atractividade global de
diferentes indústrias.
A estrutura da indú stria é relativamente está vel mas por vezes sã o indú strias que têm que sofrer
transformaçõ es por causa da mudança de necessidades dos clientes.
As empresas podem moldar a estrutura da indú stria, em vez de reagir passivamente a ela.
Rivalidades entre
Concorrentes Atuais
Pressão de Produtos
Potencial de Novas
Substitutos
Entradas
Este ponto é provavelmente o mais crítico, reflectindo a natureza dos factores competitivos
fundamentais do negó cio, assumindo, no essencial, barreiras à entrada de novos concorrentes na
indú stria.
Retaliaçõ es à entrada;
Obstá culos à entrada, como economias de escala existentes, capital necessá rio,
dificuldades no acesso à distribuiçã o, desvantagens em custos (no acesso a matérias-
primas, no domínio da tecnologia, na localizaçã o, na curva de experiência) e identidade de
marca;
Imposiçõ es legais;
Atractividade presente ou esperada.
A entrada de novos concorrentes na indú stria irá ter efeito imediato, diminuindo a procura
disponível para os concorrentes instalados e consequentemente aumentando o nível de
rivalidade.
As empresas devem posicionar-se de forma a ajustar as suas capacidades à situaçã o da indú stria,
a qual é caracterizada pelo peso relativo das cinco variá veis.
A aná lise de Porter nã o deve ser encarada de um modo geral e abstracto, mas dirigida para uma
decisã o de investimento correcta, por uma empresa específica, com horizonte temporal e
momento de decisã o determinado relativo a um negó cio específico num contexto geográ fico bem
definido.
A existência de produtos substitutos deve ser considerada sob pontos de vista do cliente, e nã o
sob o ponto de vista da indú stria.
Todas as indú strias estã o sob pressã o de produtos substitutos o que constitui uma limitaçã o á
rendibilidade da indú stria tanto no curto como no médio prazo.
Assim sendo, uma maior pressã o de produtos substitutos leva a que a atractividade da indú stria
diminua.
Custos de mudança;
Do número de fornecedores;
É uma situação idêntica à do poder negocial dos fornecedores, considerando-se então que depende:
Da sua sensibilidade ao preço, função da diferenciação do produto, do seu peso nas compras
totais, da sua identidade de marca.
O poder negocial dos clientes não depende apenas de causas objectivas, depende igualmente da
maior ou menor vontade do cliente em fazer exercer o seu poder, isto é, em fazer uma escolha mais
criteriosa do seu fornecedor, evitando a lealdade.
Uma grande rivalidade numa indústria é influenciada pela gestão directa dos concorrentes em
disputa, mas as causas são objectivas e exteriores à vontade de gestão das empresas, e derivam:
A diversidade de concorrentes;
As barreiras á saída;
A identidade de marca.
Ao longo do ciclo de vida de uma indústria, as vendas totais dos concorrentes atravessam quatro
fases distintas:
introdução;
crescimento;
maturidade;
declínio.
A segunda fase, a fase de crescimento, é caracterizada pela aceitaçã o rá pida do produto pelo
mercado e por um acréscimo dos lucros.
A fase da maturidade marca a diminuiçã o do crescimento das vendas, sendo o produto já aceite
pela maior parte dos compradores potenciais.
O lucro atinge aqui o nível mais elevado antes de decrescer devido à s despesas impostas para
manter as vendas face á concorrência de novos produtos.
A fase de maturidade é aquela que varia mais; certos produtos têm um longo período de
maturidade devido à constante procura (produtos de 1ª necessidade) enquanto outros, ligados a
fenó menos de moda, passam da fase de crescimento para o declínio.
Assim, de acordo com a evoluçã o do ciclo de vida, cada negó cio tende a assumir as características
de quatro estruturas individuais:
Indústria Fragmentada: o sector está estabelecido, poucas empresas detêm uma quota de
mercado significativa e nenhuma pode influenciar a evolução da indústria.
1. fragmentada
2. concentrada.
Para as empresas que competem ou poderão vir a competir numa indústria concentrada, é
conveniente que se adopte uma de duas alternativas estratégicas:
Manuel António KandaKanda Namibe/Angola Ano 2020
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Há, no entanto, necessidade da empresa em primeiro lugar verificar se está em condições de:
segmentar o mercado; liderar guerras de preços; introduzir novos standards na indústria.
Este tipo de indústria tem origem na substituição tecnológica, efeitos demográficos, mudanças nos
gostos e valores sociais ou unicamente em nova legislação que altera os padrões de compra dos
consumidores.
Exemplo:
Uma das opções estratégicas para que as empresas actuem em sectores em declínio consiste na
redefinição do negócio, dando origem a novas indústrias emergentes.
O meio envolvente contextual é comum a todas as organizações e pode ser dividido em 4 contextos
distintos: contexto económico, sócio-cultural, político-legal e tecnológico.
Contexto Económico
As suas principais variá veis sã o o produto interno bruto; taxa de inflaçã o, juros, poupança,
câ mbio e desemprego; e, a balança comercial.
De acordo com a funçã o específica de cada organizaçã o, qualquer um destes factores pode ter um
impacte maior ou menor no seu desenvolvimento.
Contexto Sócio-Cultural
Das variá veis que integram este contexto destacam-se os estilos de vida, valores sociais, taxa de
natalidade e estrutura etá ria. Inclui ainda factores como a taxa de analfabetismo, distribuiçã o
geográ fica, nível educacional e composiçã o étnica. Estes factores podem influenciar o
desempenho das empresas, afectando a sua produtividade e qualidade dos produtos.
Contexto Político-Legal
As suas principais variá veis sã o a estabilidade política, politicas econó micas e enquadramento
legal. A legislaçã o laboral, as restriçõ es ao comércio externo, a legislaçã o anti-monopó lio e a
prá tica de lobbying sã o variá veis adicionais deste contexto que afectam a actividade da maior
parte das empresas.
Contexto Tecnológico
Temos de ter em conta que a evoluçã o dos quatro contextos não é independente, isto é,
existem relaçõ es cruzadas entre as tendências que se observam.
É importante também perceber que estas tendências podem ter diversos impactes em diferentes
indú strias.
A aná lise do meio envolvente transaccional incide sobre um conjunto de elementos e factores
que têm uma influência directa sobre a empresa.
clientes,
concorrentes,
fornecedores
comunidade.
Clientes
- Produtoras de bens
Classificaçã o econó mica
- Produtoras de serviços
Segundo Collin Clark, economista americano, cujas ideias foram aceites por sectores econó micos
mundiais, dividiu as empresas em:
a) Empresas do sector primá rio – aquelas que produzem matéria-prima sem qualquer
transformaçã o operada pelo homem.
O legislador agrupa numa só rubrica as pequenas e medias empresas e define ser consideradas
pequenas e medias empresas – as que empregam até 500 empregados (600 se for o caso de
trabalhadores por turnos – industria de laboraçã o continua).
Estas empresas “beneficiam de uma atençã o especial do INAPEME”, mas para puderem usufruir
desses benefícios devem possuir credencial atualizado deste organismo.
Sociedades em Comandita
Contrato de sociedade
Firma
A firma deste tipo de sociedade é formada pelo nome dos só cios comanditados e o aditamento
“em comandita” ou “& comandita”, “em comandita por acçõ es” ou “& comandita por acçõ es”.
A entrada dos só cios comanditá rios nã o pode consistir em indú stria. Ex.: Jorge & Marcos em C.ta
Gerência
Bibliografia
SANTOS, J.; REIS, N. e MARQUES, T. (2010); "Gestão Empresarial"; Lidel - edições técnicas, Lda.
TEIXEIRA, S. (1998): “Gestão das Organizações”; McGraw-Hill; Amadora (recomendado)
Navaza, C.; Soteras, Á. e Costa, A. (2008); "Estratégias empresariais"; Vida Económica - Editorial SA,
Porto
CHIAVENATO, I. (2007); “Administração: teoria, processo e pratica”; 4ª Ed., Rio de Janeiro; Elsevier
CHIAVENATO, I. (2012); “Administração: provas e concursos geral e público”; 3ª Ed., S.P: Manole