Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Módulo de Formação
Elaboração de Plano
de Contingencia
Livro Base
1ª Edição
Brasília - DF
2017
Ministério da Integração Nacional
Presidência da República
Michel Miguel Elias Temer | Presidente
Ministério da integração nacional
Helder Zahluth Barbalho | Ministro
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
Renato Newton Ramlow | Secretário
Departamento de Prevenção e Preparação
Adelaide Maria Pereira Nacif | Diretora
Coordenação Geral de Prevenção e Preparação
Mushue Dayan Hampel Vieira | Coordenador
Divisão de Capacitação e Difusão do Conhecimento
Leno Rodrigues de Queiroz | Chefe
2
Ficha técnica
4
Apresentação
Em resposta aos princípios e diretrizes apontadas como prioritárias nas I e II Conferência Nacional de
Proteção e Defesa Civil, ocorridas em 2010 e 2014, e com objetivo de apoiar os Estados, Distrito Federal e
Municípios a implementarem a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC, a Secretaria Nacional
de Proteção e Defesa Civil - SEDEC, do Ministério da Integração Nacional, disponibiliza ao Sistema Nacional
de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC e a sociedade civil o Programa de Capacitação Continuada em
Proteção e Defesa Civil da SEDEC/MI, conforme estabelece a Lei 12.608 de 10 de abril de 2012 , que insti-
tuiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC.
Como estratégia de implementação, o Programa foi estruturado em duas linhas de atuação: a elaboração
e publicação de conteúdos e a capacitação com foco na “Formação de Formadores” e na “Multiplicação aos
Municípios”. Norteado de acordo com o previsto na Política, que abrange as ações de prevenção, mitigação,
preparação, resposta e recuperação, está sendo executado por meio do Projeto de Cooperação Técnica Inter-
nacional BRA/12/017 – Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil celebrado entre
a SEDEC/MI e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD.
Os conteúdos programáticos são apresentados em três livros: Livro Base, Apostila do Instrutor e Apostila
do Aluno, com os seguintes ”Módulos de Formação”:
i. Prevenção: “Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
”
ii. Mitigação e Preparação: “Elaboração de Plano de Contingência”
iii. Resposta: “Gestão de Desastres, Decretação e Reconhecimento Federal e Gestão de Recursos Federais
em Proteção em Defesa Civil”
iv. Recuperação: “Gestão de Recursos Federais em Proteção e Defesa Civil para reconstrução”.
A metodologia de elaboração e atualização do presente módulo, partiu do levantamento do acervo didá-
tico-pedagógico utilizado nos cursos de capacitação promovidos pela SEDEC/MI com atuação exitosa e das
contribuições dos técnicos convidados, que integraram os Grupos de Trabalho – GT’s, compostos por repre-
sentantes de municípios, estados, academia, pedagogos, organismos internacionais e da SEDEC/MI.
O conjunto de publicações ora apresentados não encerra a necessidade de abordagem de temáticas
complementares demandadas pelo SINPDEC, havendo uma especial atenção para atualização e lançamento
de outros temas.
Esperamos que o material sirva de orientação aos integrantes do SINPDEC, assim como para a sociedade
civil, na prevenção e preparação à desastres e no fortalecimento da cultura de Proteção e Defesa Civil no
Brasil.
Boa leitura!
5
Agradecimentos
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil - SEDEC, do Ministério da Integração Nacional, agrade-
ce o apoio dos colaboradores, em especial aos órgãos estaduais e municipais de proteção e defesa civil e
demais participantes que formaram o grupo de trabalho, que contribuiu na discussão para elaboração dos
conteúdos a serem utilizados no Programa de Capacitação Continuada em Proteção e Defesa Civil da
SEDEC/MI.
A participação de profissionais de órgãos federais, estaduais, municipais e de organismos internacionais
de diversas áreas do conhecimento com interface em proteção e defesa civil, ofereceu uma visão ampla e
qualificada, essencial para a construção do Módulo I - Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
, com os seguintes representantes:
• Aldo Batista Neto, Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e Comandante
do Centro de Ensino Bombeiro Militar – Florianópolis, SC
• Claudio Osorio Urzúa, Consultor Internacional - PNUD
• Cristiane Pauletti, Integrante do Grupo de Gestão de Riscos de Desastres (GRID) PPGEC/UFRGS e
Secretária Ajunta do CEPED/RS – Porto Alegre, RS
• George Luiz Pereira Santos, Coordenador Municipal de Proteção e Defesa Civil – Rio Branco, AC
• Kellen Salles, Subdiretora da Escola Estadual de Defesa Civil - ESDEC – Rio de Janeiro, RJ
• Sidney Furtado, Diretor do Departamento de Defesa Civil – Campinas, SP
6
Lista de abreviaturas e siglas
ANA CPTEC
Agência Nacional de Águas Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
ANEEL CREA
Agência Nacional de Energia Elétrica Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia
ART
Anotação de Responsabilidade Técnica DNPM
Departamento Nacional de Produção Mineral
CADIN
Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do ECP
Setor Público Federal Estado de calamidade pública
CEMADEN EMATER
Centro Nacional de Monitoramento Empresa de Assistência Técnica
e Alertas de Desastres Naturais e Extensão Rural
CENAD FIDE
Centro Nacional de Gerenciamento Formulário de Informações do Desastre
de Risco e Desastres
IBAMA
CENSIPAM Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Prote- e dos Recursos Naturais Renováveis
ção da Amazônia
IBGE
CEPED Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Centro Universitário de Estudos
e Pesquisas sobre Desastres INMET
Instituto Nacional de Meteorologia
CIMAN
Centro Integrado Multiagências INPE
Instituto Nacional de Pesquisas
CNEN Espaciais
Comissão Nacional de Energia Nuclear
LDO
COBRADE Lei de Diretrizes Orçamentárias
Codificação Brasileira de Desastres
LOA
CONASQ Lei Orçamentária Anual
Comissão Nacional de Segurança Química
MCid
CPDC Ministério das Cidades
Cartão de Pagamento da Defesa Civil
CPRM MD
Serviço Geológico do Brasil Ministério da Defesa
7
MI SEI
Ministério da Integração Nacional Sistema Eletrônico de Informações
MS SIAFI
Ministério da Saúde Sistema Integrado de Administração Financeira
MTO SICONV
Manual Técnico de Orçamento Sistema de Gestão de Convênios
e Contratos de Repasse
NUDEC
Núcleo Comunitário de Defesa Civil SINPDEC
Sistema Nacional de Proteção
NUPDEC e Defesa Civil
Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil
SIPRON
ObSIS/UnB Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro
Observatório Sismológico/Universidade de Brasília
SNH
PAC Secretaria Nacional de Habitação
Programa de Aceleração do Crescimento
SUAS
PDR Sistema Único de Assistência Social
Plano Detalhado de Resposta
SUDAM
PLANCON Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
Plano de Contingência
TCU
PNPDEC Tribunal de Contas da União
Política Nacional de Proteção
e Defesa Civil
PNUD
Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento
PPA
Plano Plurianual
RDC
Regime Diferenciado de Contratações Públicas
S2ID
Sistema Integrado de Informações
Sobre Desastres
SE
Situação de emergência
SEDEC
Secretaria Nacional de Proteção
e Defesa Civil
8
Sumário
2. Introdução 16
9
3º passo – a definição de procedimentos e ações a serem testados 47
4º passo - a distribuição de tarefas 47
5º passo - a definição das ações de mobilização para o simulado 48
6º passo - a definição do roteiro final para o simulado 48
7º passo - a realização do simulado 49
8º passo - a avaliação do simulado 49
9º passo - os registros e a atualização documental 50
7. Material complementar 56
Glossário 58
Referências 61
Índice de figuras
11
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
I. Objetivo
Consolidar conteúdos sobre Gestão de Risco e Proteção e Defesa Civil (Módulo 1), com ênfase na atuação
municipal, servindo como unidade de referência da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Minis-
tério da Integração Nacional.
Órgãos setoriais – órgãos e entidades da administração pública que se responsabilizam por ações integra-
das de proteção e defesa civil.
III. Distribuição
O Livro Base de cada módulo será um material de referência abrangente e amplamente disponível. Em meio
digital para download pelo site da SEDEC/MI e impresso para públicos específicos de multiplicadores da
SEDEC/MI.
13
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
1. O Significado do
Símbolo da Proteção
e Defesa Civil no Brasil
e no Mundo
1. O significado do símbolo da proteção e defesa civil no Brasil e no mundo
15
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
2. Introdução
2. Introdução
PREPARAÇÃO
MITIGAÇÃO RESPOSTA
Ações Integradas
Em Proteção E
Defesa Civil
PREVENÇÃO RECUPERAÇÃO
A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – por todos os membros do SINPDEC. Norteia os pro-
PNPDEC, estabelecida por meio da Lei 12.608, prevê gramas, planos e projetos que tratam da temática e
que as ações de proteção e defesa civil sejam organi- define as competências dos entes federados.
zadas pelas ações de prevenção, mitigação, prepara- A PNPDEC deve se integrar integrar-se às políticas
ção, resposta e recuperação. Assim, para cada uma de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano,
delas há responsabilidades específicas, ao mesmo saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão
tempo em que se considera que façam parte de uma de recursos hídricos, geologia, infraestrutura, educa-
gestão sistêmica e contínua. ção, ciência e tecnologia e às demais políticas setoriais,
O conjunto dessas ações é um processo contínuo, tendo em vista a promoção do desenvolvimento sus-
integrado, permanente e interdependente, que envolve tentável, dando indicações fundamentais das principais
a prevenção, mitigação preparação, resposta e recu- políticas que se relacionam com a Gestão de Riscos.
peração, configurando uma gestão integrada em pro- Estabelece ainda uma abordagem sistêmica para
teção e defesa civil. a gestão de risco, dentro das ações de prevenção,
Há várias formas de representar esse processo, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Como
como a Figura 1, a seguir. abordagem sistêmica deve-se considerar que as
ações possuem relação entre si, e jamais ocorrem de
2.1. A política nacional de proteção maneira isolada. Ou seja, mesmo em momentos de
e defesa civil – PNPDECt recuperação, por exemplo, a perspectiva da prevenção
deve estar presente. É a isto que se refere o Marco de
A PNPDEC é o marco doutrinário da proteção e Sendai quando menciona a máxima “Reconstruir
defesa civil no Brasil, expresso pelas diretrizes e ob- Melhor que Antes”.
jetivos instituídos na política e que devem ser seguidos
17
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
ÓRGÃO CENTRAL
ÓRGÃO CONSULTIVO
1. BRASIL, 2012.
18
2. Introdução
SECRETARIA NACIONAL DE
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Coordenação de
Serviço de Apoio Administração e
administrativo e protocolo Assessoramento
c. Órgãos setoriais dos três âmbitos de governo d. Organizações comunitárias e sociedade civil
Embora também em relação aos órgãos setoriais, Em parágrafo único a Lei 12.608/12 abre a possi-
a Lei 12.608/12 não defina diretamente quais sejam e bilidade para que organizações comunitárias de caráter
como atuam, pode-se considerar que estes sejam, voluntário e outras entidades com atuação significa-
principalmente, os responsáveis pelas políticas públi- tiva nas ações locais de proteção e defesa civil possam
cas setoriais ali mencionadas: “políticas de ordena- também participar do Sistema Nacional de Proteção
mento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio e Defesa Civil. Sua participação pode se dar pela
ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos composição paritária nos Conselhos ou ainda se vin-
hídricos, geologia, infraestrutura, educação, ciência culando localmente às ações de gestão de risco a
e tecnologia2”, além dos órgãos responsáveis pelos critério de cada órgão municipal.
programas do PPA 2016-2019, listados há pouco.
Localmente, os gestores de
proteção e defesa civil devem
fazer o esforço de verificar como
articular-se aos demais órgãos
da administração pública,
de maneira a fortalecer sua
gestão integrada.
2. BRASIL, 2012.
19
Elaboração de Plano de Contingência ||Livro
LivroBase
Base
Figura 4. Reunião de órgãos setoriais para elaboração de Plano de Contingência e Simulado, Santa Catarina, 2015.
Fonte: SEDEC/MI
O Plano de Contingência - PLANCON funciona como PLANCON aos Municípios. Aos Estados e União cabe
um planejamento da resposta e por isso, deve ser ela- a função de apoiar a execução local, a exemplo da
borado na normalidade, quando são definidos os pro- criação, pelo governo federal, de um módulo especí-
cedimentos, ações e decisões que devem ser tomadas fico de registro dos planos no Sistema Integrado de
na ocorrência do desastre. Por sua vez, na etapa de Informações sobre Desastres – S2ID.
resposta, tem-se a operacionalização do plano de con-
tingência, quando todo o planejamento feito anterior- Sobre o Plano no S2ID: Com essa ferramenta os
mente é adaptado a situação real do desastre. municípios podem manter seus planos de contin-
gência atualizados e, assim, facilitar o diálogo
Contingência: é a situação de incerteza quanto a com a União em situações de desastres. No Capí-
um determinado evento, fenômeno ou acidente, tulo 4 há informações mais detalhadas sobre es-
que pode se concretizar ou não, durante um pe- se módulo no S2ID. PLANCON no S2ID: https://
ríodo de tempo determinado3. s2id.mi.gov.br/
Nesse contexto, a PNPDEC atribui a responsabili- Assim, elaboração e a execução do plano de contin-
dade pela execução do Plano de Contingência - gência contribui diretamente para que o município
cumpra com suas atribuições com relação às seguintes
3. CASTRO, 1999. competências previstas na Lei 12.608/12, Artigo 8º:
21
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
• Organizar e administrar abrigos provisórios para pal, considerando benefícios como uma melhor utilização
assistência à população para assistência a popu- de recursos materiais, humanos e financeiros; a minimi-
lação em situação de desastre, em condições ade- zação dos impactos de um desastre; e a maior eficiência
quadas de higiene e segurança (Inciso VIII) na gestão. Além disso, pretende-se enfatizar que a
• Manter a população informada sobre áreas de “Elaboração de Planos de Contingência”, assim como
risco e ocorrência de eventos extremos, bem como todas as ações da gestão do risco, requer um modelo
sobre protocolos de prevenção e alerta e sobre as participativo de aplicação, e por isso, a articulação entre
ações emergenciais em circunstâncias de desas- o órgão de proteção e defesa civil, os órgãos setoriais e
tres (Inciso IX). a população são fundamentais.
• Mobilizar e capacitar os radioamadores para Por fim, o Capítulo 3 apresenta aspectos gerais do
atuação na ocorrência de desastre (Inciso X). Plano de Contingência, questões sobre avaliação, pres-
• Realizar regularmente exercícios simulados, tação de contas e audiências públicas. O Capítulo 4
conforme plano de contingência de Proteção e apresenta o Modelo de Plano de Contingência abrigado
Defesa Civil (Inciso XI). no Sistema S2ID. O Capítulo 5 que apresenta o passo a
• Promover a coleta, a distribuição e o controle de passo para a elaboração de planos de contingência. Por
suprimentos em situações de desastre (Inciso XII). fim, o Capítulo 6 é destinado integralmente à orientação
• Proceder à avaliação de danos e prejuízos das sobre a realização de simulados.
áreas atingidas por desastres (Inciso XIII). Assim, objetivo de um plano de contingência é o de
• Estimular a participação de entidades privadas, possibilitar que preparação e resposta sejam eficazes,
associações de voluntários, clubes de serviços, protegendo a população e reduzindo danos e prejuízos.
organizações não governamentais e associações Conforme a Instrução Normativa n° 02 de 20 de
de classe e comunitárias nas ações do SINPDEC Dezembro de 2016, Plano de Contingência é documen-
e promover o treinamento de associações de vo- to que registra o planejamento elaborado a partir da
luntários para atuação conjunta com as comuni- percepção do risco de determinado tipo de desastres
dades apoiadas (Inciso XV). e estabelece os procedimentos e responsabilidades.
• Ainda segundo o conteúdo da PNPDEC cons- Um entendimento adequado à proposta metodo-
tante na Lei 12.608/12, a competência da gestão lógica apresentada neste livro é:
municipal na elaboração do plano de contingência
inclui sua avaliação e prestação anual de contas,
por meio de audiência pública e realização regular “Documento que registra o
de exercícios simulados, (art. 22,§6° Lei 12.608)
planejamento elaborado a partir
da percepção e análise de um
conforme descrito no capítulo 3 deste livro.
22
3. Noções gerais para elaboração de Plano de Contingência
Assim, os planos de contingência devem ser ela- Assim, um bom plano de contingência tem a função
borados para cenários de riscos específicos, ainda que de preparar instituições, profissionais e a população
não seja possível determinar com exatidão seus im- para uma resposta efetiva, e seu desenvolvimento
pactos. Para tanto, trabalha-se com cenários de riscos envolve a tomada de decisão de forma antecipada no
de forma a pensar em impactos potenciais, e planejar que diz respeito à gestão de recursos humanos e fi-
aspectos de resposta: recursos necessários, tarefas nanceiros, institucionais, matérias/equipamentos, aos
e responsáveis. procedimentos de coordenação e comunicação, e à
Além disso, ao longo dos capítulos, poderá se ob- preparação técnica e logística de resposta. Seu pla-
servar um estreito vínculo entre planos de contingên- nejamento e execução devem envolver, portanto, di-
cia e exercícios simulados de emergência, perceben- versos setores responsáveis por garantir uma respos-
do-os como complementares um ao outro. Isto porque, ta efetiva e em tempo adequado e a população.
enquanto o plano de contingência qualifica-se como
um instrumento de planejamento de ações para o 3.1. Elementos básicos de um
momento da resposta, os simulados são o momento Plano de Contingência
de treinar, preparar-se e avaliar se o planejamento
está adequado e se funciona. A partir do entendimento do que é um plano de
Ou seja, com um plano de contingência que não é contingência e de qual seu objetivo, pode-se conside-
testado e uma população que não é treinada para sua rar o conteúdo da Lei 12.983/14 ao alterar a Lei
execução, é um plano incompleto. Por sua vez, um 12.340/10 que estabelece (Parágrafo 7º, Artigo 3º) os
simulado que se realiza sem um plano de contingência seguintes elementos a serem considerados no plano
formalmente estabelecido não garante o efetivo trei- de contingência de proteção e defesa civil:
namento da população e das instituições de resposta. • Indicação das responsabilidades de cada órgão
23
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
24
3. Noções gerais para elaboração de Plano de Contingência
na sua execução e não precisam ser convencidas; tido à avaliação e prestação de contas anual, por
• Fortalece e legitima a participação da socieda- meio de audiência pública, com ampla divulgação”5.
de e governança local. • Validações e capacitações: embora muitas
• Desenvolve a corresponsabilidade pelos pro- vezes essas sejam as atividades mais rotineiras
blemas e pelas soluções e a capacidade de se quando se trata de envolver a população, elas são
colocar no lugar do outro. o encerramento de um ciclo de participação. São,
portanto, atividades realizadas após a conclusão
As ações participativas, portanto, não devem se do plano de contingência, como palestras, visitas
restringir apenas a capacitações ou audiências públi- em escolas, capacitação de voluntários e os pró-
cas posteriores à elaboração do plano de contingência. prios simulados.
Antes, podem e devem envolver as comunidades e • Outros instrumentos de gestão de risco: Já
seus representantes já nas fases de planejamento. vimos alguns instrumentos correlatos e de apoio
Vejamos algumas maneiras de realizar essa aproxi- à elaboração de um plano de contingência, que
mação com a sociedade civil: envolvem desde o mapeamento de risco até a
• Colegiado de Proteção e Defesa Civil: a com- implantação de sistemas de monitoramento, alerta
posição de um colegiado devendo refletir a gover- e alarme. É importante manter o envolvimento
nança local, incluindo a representação de órgãos direto da população também no planejamento e
públicos (de proteção e defesa civil e setoriais), execução desses processos, como na leitura de
iniciativa privada, e sociedade civil. Assim, quanto pluviômetros e na elaboração de mapa falado,
mais incentivo houver para que a população faça conforme descrito no livro base referente a Gestão
parte desse espaço, maior será sua capacidade de Risco (Módulo I).
de envolver-se na gestão de risco do município,
inclusive na elaboração do plano de contingência.
• Espaços formais de participação e controle
social: além dos Conselhos, as políticas públicas
brasileiras preveem outros espaços de participação
e controle social, como as audiências públicas, as
conferências nacionais em suas etapas locais; as
consultas públicas; os planos diretores participa-
tivos; os fóruns Inter conselhos e as ouvidorias. É
recomendável manter um diálogo permanente
nesses espaços e incentivar que o tema do plano
de contingência faça parte de suas pautas.
• Audiências públicas: devem ser realizadas
após a elaboração do plano de contingência, como
parte do processo participativo. Quando o envol-
vimento da sociedade civil ocorre desde o início
do planejamento, as audiências são espaços de
diálogo mais tranquilos e organizados. Por outro
lado, se a população apenas toma conhecimento
das decisões previstas no plano no momento da
audiência, é mais provável que haja conflitos de
ideias e necessidade de adequações. As audiências
de avaliação e prestação de contas estão previstas
na Lei 12.608/12, Artigo 22, Parágrafo 6º “O Plano
de contingência de Proteção e Defesa Civil será
elaborado no prazo de 1 (um) ano, sendo subme- 5. BRASIL, 2012.
25
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
4. O modelo de plano de
contingência no sistema
integrado de informação
sobre desastres – S2ID
26
4. O modelo de plano de contingência no sistema integrado de informação sobre desastres – S2ID
O Sistema Integrado de Informações sobre Desas- tendo como produto resultante um documento de plano
tres - S2ID integra diversos produtos da Secretaria de contingência. É importante citar que existem outros
Nacional de Proteção e Defesa Civil – SEDEC/MI, com modelos de elaboração de Plano de Contingência.
o objetivo de qualificar e dar transparência à gestão A interface do sistema está dividida em três abas
de riscos e desastres no Brasil, por meio da informa- que guiam o usuário no preenchimento do plano:
tização de processos e disponibilização de informações
sistematizadas dessa gestão. Entre outras funciona- • Cenários de risco: trata-se da primeira aba a
lidades, o S2ID permite que as gestões municipais ser preenchida, sendo possível inserir, atualizar e
registrem os desastres ocorridos em sua localidade; remover cenários de risco. Está subdividida em:
consultem e acompanhem os processos de reconhe- °° Inserção de setores: polígono livre, por setor
cimento federal de situação de emergência ou de mapeado ou município inteiro.
estado de calamidade pública; busquem informações °° Informações básicas do cenário: nome, descri-
sobre ocorrências e gestão de riscos e desastres com ção, resumo de histórico, componentes críticos,
base em fontes de dados oficiais e registrem seu plano monitoramento, alerta e alarme.
de contingência Municipal. °° Abas internas: informações básicas, descrição
A utilização do S2ID auxilia o município no registro do risco, planejamento, limiares, anexos.
e atualização do plano de contingência, além de manter °° Remoção de cenários
a União informada sobre os sistemas locais de moni- °° Duplicação de cenários
toramento. O correto preenchimento do plano consis- • Instituições e recursos: trata-se da segunda
te em realizar o cadastramento destas informações, aba a ser preenchida, onde é possível gerenciar
27
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
as instituições que fazem parte do plano de con- cargo, contato principal, contato secundário, e-mail
tingência. Está subdividida em: principal e e-mail secundário.
°° Cadastro de instituições: localização, nome, • Lista de contatos: Organiza em uma tabela
endereço, e-mails, telefones cada um dos contatos cadastrados, incluindo as
°° Edição de instituições seguintes informações: nome, instituição, cargo,
°° Remoção de instituições contato principal, contato secundário, e-mail prin-
°° Responsável por uma instituição cipal, e e-mail secundário.
°° Cadastro de recursos: nome, tipo, detalhamen- • Atribuições específicas
to, quantidade, descrição, localização • Anexos: onde pode-se inclusive, anexar Planos
°° Edição de recursos de Contingência já elaborados (em PDF)
°° Remoção de recursos
• Documento: após finalizar o cadastro de ce- Gestores municipais podem conhecer mais detalhes
nários, instituições e recursos o próximo passo do sistema de cadastro do S2ID acessando-o com
consiste em configurar o documento do plano de seu login e senha e escolhendo a opção plano de con-
contingência, sendo possível visualizar um resumo tingência-Criação/Edição: https://s2id.mi.gov.br/
do que já foi preenchido e o que ainda falta preen-
cher. Por fim, é possível gerar versões para o plano
de contingência. Além disso, o Brasil está desenvolvendo um impor-
tante projeto com a Agência de Cooperação Interna-
Acesse o guia completo para registrar seu plano de cional do Japão – JICA. Iniciado em julho de 2013, o
contingência pelo S2ID: https://s2id.mi.gov.br/ Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de
Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais
Qualquer município brasileiro pode ter acesso ao – GIDES é executado pelo Ministério das Cidades;
sistema e preencher os dados solicitados uma vez que Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, via
já esteja com o seu planejamento do plano de contin- CEMADEN; Ministério da Integração, via CENAD; e
gência concluído. O documento final, produto do S2ID Ministério de Minas e Energia, via CPRM, contando
possui a seguinte estrutura: com a cooperação de especialistas do governo japonês
• Apresentação: neste item constam as infor- através da JICA.
mações iniciais e a finalidade do plano, além do Espera-se que este projeto resulte, dentre outros,
controle de versões e assinatura das autoridades em um Manual Técnico de Elaboração de Plano de
responsáveis. Contingência para Deslizamento de Massa, previsto
• Cenários de risco: está parte é composta pelas para ser disponibilizado ao público no primeiro semes-
informações de risco (áreas ou setores), ações a tre de 2017. Acompanhe o andamento do projeto no
serem executadas, recursos necessários e outras site http://www.cidades.gov.br/gides/
informações disponíveis ou associadas na elabo-
ração do plano. Cada cenário inclui uma ou mais
áreas de risco, que podem ter sido definidas por
estudos anteriores ou que podem ser demarcadas
durante o preenchimento do documento no sistema.
• Planilha de recursos: Organiza em uma tabela
cada um dos recursos disponíveis, incluindo as
seguintes informações: descrição, quantidade total,
quantidade destinada, responsável, instituição,
cargo e contato principal.
• Instituições envolvidas: Organiza em uma
tabela cada uma das instituições envolvidas, in-
cluindo as seguintes informações: representante,
28
4. O modelo de plano de contingência no sistema integrado de informação sobre desastres – S2ID
29
Elaboração de Plano de Contingência ||Livro
LivroBase
Base
5. Etapas para
elaboração de um
Plano de Contingência
30
5. Etapas para elaboração de um Plano de Contingência
ANALISAR DESENVOLVER
3º passo: 4º passo:
Análise do cenário e Definição de ações
coleta de capacidades. procedimentais.
IMPLEMENTAR
PREPARAR
5º passo:
1º passo:
Aprovação
Percepção de risco;
6º passo:
a decisão.
Divulgação
2º passo:
7º passo
GT
Operacionalização
REVISAR
8º passo:
Revisão
31
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
Para decidir os cenários de risco que serão objeto incluir prazos e recursos, prevendo para cada um
de Plano de Contingência, deve se observar aqueles deles o tempo de execução, a equipe envolvida, e
com maior potencial de ocorrência de desastres. Esta os recursos necessários.
definição deve ser tomada junto com os demais órgãos • Identificação dos grupos envolvidos: pelo co-
setoriais do município, como órgão de meio ambiente, nhecimento que o gestor de proteção e defesa civil
de infraestrutura, de ordenamento territorial, e com a já possua sobre sua área de trabalho, é preciso
comunidade, considerando aspectos como: que defina os principais grupos que deverão atuar
• Histórico de desastres, obtido diretamente em na elaboração do plano de contingência (agentes
fontes oficiais – nacionais e locais, além de outras públicos, iniciativa privada, população residente
fontes locais como entrevistas com moradores no cenário de risco e sociedade civil). Essa verifi-
mais antigos, pesquisas em notícias de jornais; cação prévia é essencial para a formação do Grupo
• Consulta de histórico de desastres no S2ID; de Trabalho – GT, detalhado no passo seguinte.
• Aprovação do cronograma: a administração
Você pode consultar os dados específicos do seu pública local deve aprovar o cronograma e apoiar
Estado, acessando o volume do Atlas correspon- todo o seu processo de execução, inclusive desig-
dente, disponível em: http://150.162.127.14:8080/ nando pessoas e recursos necessários a elabora-
atlas/atlas2.html; ção do plano de contingência.
32
5. Etapas para elaboração de um Plano de Contingência
33
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
• Mapa falado
• Mapas de risco, geológicos de áreas suscetíveis a movimentos de massa, hidrológicos ou de
áreas suscetíveis a alagamentos
Ameaças • Registro de estações de monitoramento
• Dados de vento, chuva, nível do mar e dos rios
• Relatórios de vistorias
• Histórico de desastres (banco de dados, notícias e outros)
• Carta geotécnica
• Plano Diretor
• Dados demográficos (setor censitário do IBGE, por exemplo)
• Diagnósticos socioambientais (secretarias de meio ambiente, saúde, economia, assistência
Vulnerabilidades social, educação, planejamento, dentre outros)
• Relatórios de equipes de saúde da família (grupos vulneráveis, por exemplo)
• Cadastro da população situada no cenário de risco, contendo peculiaridades tais como: idosos,
crianças e adolescentes, ressaltando recém-nascidos; pessoas com necessidade de entendimento
especial; hospitais locais e regionais; e demais equipamentos sociais etc.
http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia-de-Engenharia-
Setorização - CPRM
e-Riscos-Geologicos/Setorizacao-de-Riscos-Geologicos-4138.html
Cartas geotécnicas - Paula Regina Comin Cabral - Tel.: (61) 2108-1475 - E-mail: paula.cabral@
Ministério das Cidades cidades.gov.br
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.
Dados demográficos - IBGE
php?id_pesquisa=89
34
5. Etapas para elaboração de um Plano de Contingência
Abaixo, uma lista de alguns dados produzidos pelo Governo Federal que poderão auxiliá-lo nessa etapa.
• A Descrição do (s) cenário (s) é o primeiro resultado da análise de dados, devendo prever aspectos
como: número de pessoas afetadas; necessidades prioritárias de atendimento humanitário; demandas
logísticas; qualidade de acesso e geografia local; escala de resposta (comunitária, governamental, agên-
cias especializadas); e serviços afetados (comércio, escolas, infraestrutura, etc.). O quadro a seguir apre-
Título: Exemplo de definição de cenários. Fonte: O (s) cenário (s) descritos e os recursos cadastra-
RED CROSS, 2012. dos na etapa anterior são fundamentais para o início
do desenvolvimento do plano propriamente dito. É a
partir deles que se determina o que será feito para
• Cadastro de recursos: é o segundo resultado responder ao desastre.
da análise dos dados, que deve definir como cada Mais uma vez para cada cenário de risco devem
instituição pode contribuir para o momento de ser consideradas as ações e procedimentos a realizar
resposta, informações de descrição, quantidade, desde o acionamento do plano de contingência até o
pessoa responsável e contato. Em geral, esses encerramento da emergência, considerando os recur-
recursos incluem: sos disponíveis. Ou seja, não se deve prever uma
°° Recursos Humanos (administrativo e técnico) ação ou procedimento que demande um recurso
do órgão municipal de proteção e defesa civil – que não conste no cadastro.
voluntários – equipes de apoio – população resi- Na etapa de preparação, a organização dessas
dente em áreas de risco ações e procedimentos também varia de acordo com
°° Recursos Institucionais – público e privado o modelo adotado, podendo ser definidos em função
°° Recursos Materiais (próprio e terceiros) - ins- das características intrínsecas dos desastres previstos;
talações, equipamentos de segurança individual, dos condicionantes relacionados com o cenário dos
equipamentos de sinalização, vestuários adequa- desastres; das estimativas de danos esperados; do
dos e outros controle de sinistros e socorro às populações em risco;
°° Infraestrutura de transporte, da saúde e outros da assistência às populações afetadas; e da reabili-
equipamentos sociais tação dos cenários.
°° Recursos Financeiros (PPA, LOA, LDO) ordinário
– extraordinário - doações a. Definição de ações, procedimentos e recursos
°° A revisão de recursos para aplicação no Plano A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil-
de Contingência deve ser feita a cada 06 meses ou -SEDEC/MI recomenda que devem ser previstos pro-
de acordo com a recorrência de desastres do mu- cedimentos para as seguintes ações básicas:
nicípio e a relação tempo/espaço reduzida. i. Monitoramento, Alerta e Alarme: trata-se de
35
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
um processo integrado de três momentos distintos, °° Identificar zonas críticas, aonde possam ocorrer
mas interdependentes e sequenciais. Muitos mu- dificuldades de identificação da via de fuga ou
nicípios já possuem esses sistemas, mas em mu- necessidade de apoio.
nicípios que ainda não possuem, faz-se necessário °° Definir pontos de encontro ou reunião para con-
planejar como será implantado. Em ambos os trole da população e identificação de eventuais
casos, os procedimentos de monitoramento, alerta desaparecidos.
e alarme devem constar no plano de contingência. °° Promover o conhecimento por toda a população
°° Monitoramento: tem o objetivo prever a pos- dos procedimentos.
sibilidade de uma ocorrência de um desastre de- °° Propor instruções especiais ou instruções par-
terminado, com o máximo de antecipação possível, ticulares, como por exemplo, fuga de pessoas com
com a finalidade de reduzir o fator surpresa; reduzir necessidades especiais.
os danos e prejuízos; aperfeiçoar as ações de res-
posta aos desastres; e minimizar os impactos sobre iii. Ações de socorro tem o objetivo de definir
a população em risco. O monitoramento pode ser como se irá prestar o atendimento à população
realizado com o apoio de órgãos nacionais e esta- atingida, incluindo ações de busca e salvamento,
duais, ou ser feito localmente, verificando as áreas primeiros-socorros, atendimento pré-hospitalar e
de risco e o avanço das ameaças. atendimento médico e cirúrgico de urgência7.
°° Alerta: tem o objetivo de definir os parâmetros
de emissão toda vez que o monitoramento identi- iv. Assistência às vítimas: tem o objetivo de definir
fica uma situação potencial de desastre, a partir como garantir condições de incolumidade e cidada-
de critérios pré-definidos. Os alertas são comuni- nia aos atingidos, incluindo ações de fornecimento
cações que partem dos órgãos de monitoramento de água potável; provisão e meios de preparação de
para os órgãos de resposta. O alerta deve ser alimentos; suprimento de material de abrigo, de
emitido toda vez que o monitoramento identifica vestuário, de limpeza e de higiene pessoal; geren-
uma situação potencial de desastre, a partir de ciamento de donativos; instalação de lavanderias e
critérios pré-definidos. banheiros; atenção integral à saúde; manejo de
°° Alarme: tem o objetivo de definir como será o mortos; e apoio logístico às equipes empenhadas
acionamento de um aviso de ocorrência do evento, no desenvolvimento dessas ações8.
que deve se desdobrar em ações práticas por parte
de todos os envolvidos no plano de contingência e v. Restabelecimento de serviços essenciais: tem
por parte da população. Pode-se adotar uso de What- o objetivo de definir como restabelecer as condições
sApp, sirenes, apitos, e-mail, msn, sinos de igreja, de segurança e habitabilidade da área atingida pelo
carro de som, sonorizações diversas, dentre outros. desastre, incluindo ações de desmontagem de edi-
ficações e de obras-de-arte com estruturas compro-
ii. Fuga (evacuação): tem o objetivo planejar a metidas; suprimento e distribuição de energia elé-
saída segura e rápida da população vulnerável do trica, água potável, esgotamento sanitário, limpeza
cenário de risco iminente; definir quais rotas de urbana, drenagem das águas pluviais, transporte
fuga serão utilizadas pela população em caso de coletivo, trafegabilidade e comunicações; e desobs-
evacuação; as condições de organização no ponto trução e remoção de escombros9.
seguro, de encontro ou de apoio. Para tal é impres-
cindível uma preparação prévia incidindo sobre os O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e
seguintes pontos: Desastres – CENAD da Secretaria Nacional de Prote-
°° Identificar claramente todas as vias de fuga, ção e Defesa Civil identificou dez desastres mais re-
principais e alternativas
°° Definir, na própria população residente, equipe 7. BRASIL, 2010.
36
5. Etapas para elaboração de um Plano de Contingência
Ameaças Instituição
37
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
Busca e salvamento
Primeiros socorros
Socorro
Instalação de abrigo
Suprimento de material de
abrigamento (ajuda humanitária
- cestas básicas, colchões, etc.),
vestuário, limpeza e higiene pessoal
Assistência às
Fornecimento de água potável
vítimas
Esgotamento sanitário
Limpeza urbana
Restabelecimento
de serviços Suprimento e distribuição de água
essenciais potável
38
5. Etapas para elaboração de um Plano de Contingência
Figura 10. Ministério da Defesa apoiando a SEDEC/MI na distribuição de cesta básica, Amazonas, 2016.
Fonte: SEDEC/MI.
39
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
40
41
Elaboração de Plano de Contingência ||Livro
LivroBase
Base
6. Etapas para
realizar simulados
42
Elaboração
6. Etapas para
de Plano
realizar
desimulados
Contingência | Livro Base
43
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
44
6. Etapas para realizar simulados
Figura 14. Ponto de encontro do Simulado no Morro do Adeus, RJ, 2012. A realização do simulado deve atender às definições
Fonte: SEDEC/MI.
de periodicidade (de quanto em quanto tempo se reali-
zada) e de responsabilidade (quem organiza o simulado)
Considerando a atuação significativa da Cruz previstos no plano de contingência.
Vermelha nas ações de ajuda humanitária no Brasil, • Indica-se que sua primeira tarefa seja a formação
como órgão de apoio ao SINPDEC, em situações de de um GT que, da mesma forma como na elaboração
desastres, apresenta-se sugestões para implemen- do plano de contingência, será responsável pelo
tação do simulado: planejamento do simulado.
• Deve ser elaborado um cronograma que preveja
Como se observa pelas diferentes modalidades, todas as etapas entre o planejamento, a realização
os grupos envolvidos na realização de um simula- e o encerramento do simulado, conforme o passo a
do podem variar de acordo com a sua abrangên- passo aqui apresentado.
cia, mas devem sempre considerar aqueles já en-
volvidos na elaboração do plano de contingência O planejamento do simulado deve incluir cada de-
em avaliação, como por exemplo: talhe do que vai ser executado, por isso é importan-
• Busca e salvamento te a formação de um GT em que seus integrantes
• Ciência e Tecnologia possam assumir diferentes atribuições.
• Comunicações
• Controle de custo e avaliação de bens 2º PASSO - A definição de cenário,
• Corpos de Bombeiros e Polícias civil e militar área de risco e modalidade
• Empresas, organizações não governamentais,
instituições locais. A primeira tarefa do GT é a de escolher entre os
• Engenharia e evacuação cenários existentes no plano de contingência (para o
• Entidades de classe caso de Plano de Contingência Multicenários), qual será
• Guardas Municipais; testado, em que localidade e de que maneira (entre as
• Habitação e abrigos quatro modalidades já apresentadas).
• Lideranças comunitárias e moradores de áreas Se o plano de contingência não possuir mais de um
de risco cenário, recomenda-se detalhar ao máximo o cenário
• Meio ambiente previsto, conforme quadro a seguir.
• Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil;
• ONGs com atuação humanitária Lembre-se de considerar os princípios do Protocolo
• Saúde e Saneamento nacional conjunto para proteção integral a crian-
• Segurança aérea e marinha ças e adolescentes, pessoas idosas e pessoas com
• Serviços de emergência médica, como SAMU deficiência em situação de riscos e desastres.
45
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
Definição do Roteiro do Simulado e seu Cenário de Risco. Fonte: Adaptado de SEDEC/MI, sem data.
Inserir data, horário de início e fim da atividade e nome do município em que irá
1 Data, horário e município
ocorrer o exercício
Critérios para acionamento de Quais os sistemas de alerta e alarme existentes. (exemplos: carros de som, SMS,
5
alerta e alarme cornetas, apitos, megafones) Quando, como e quem irá acionar.
Órgãos envolvidos na
7 organização e execução do Indicar os órgãos estaduais e municipais que participarão do simulado
simulado
Definição de:
• Local do simulado
• Posto de comando
Organização da área que irá • Área de espera / pontos de encontro, de apoio ou de segurança
9
acontecer o simulado • Áreas de evacuação
• Rotas de Fuga
• Abrigo
• Toda a área deverá estar previamente sinalizada.
46
6. Etapas para realizar simulados
47
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
ponsável pela organização do simulado, logís- tante que os representantes comunitários que
tica e suporte necessários às demandas que integram o GT estejam presentes para validar as
não estão sendo treinadas ou avaliadas. Suas decisões tomadas durante o planejamento.
atividades incluem, por exemplo, a filmagem e • Ampla divulgação: algumas vezes os exercícios
fotografia do simulado; a organização das reu- simulados mudam a rotina não apenas daqueles
niões de abertura e encerramento do treina- que estão fazendo parte diretamente do treina-
mento; a distribuição de meios de identificação mento, mas de toda a região. Isso porque o fluxo
(crachás, camisetas, etc.); a produção de ma- de veículos oficiais pode aumentar, algumas vias
terial informativo sobre o simulado, etc. podem ser interditadas, poderá haver deslocamen-
to de grande número de pessoas, etc. Por isso é
Cada equipe deve ser facilmente identificada para importante que haja uma ampla divulgação sobre
que não haja qualquer confusão. Sugere-se, por a realização do simulado de maneira a evitar qual-
exemplo, a utilização de camisetas, coletes, crachás, quer transtorno. Essa divulgação pode ser feita
faixas ou similares de diferentes cores, a fim de que com o apoio de redes sociais; imprensa; agentes
qualquer pessoa possa reconhecer com rapidez a qual comunitários de saúde e de assistência social;
equipe cada envolvido pertence. rádio comunitária; panfletagem; instituições reli-
giosas; faixas de sinalização; etc.
5º PASSO - A definição das ações de • Produção de material de orientação: é im-
mobilização para o simulado portante que informações sobre local, data, horário
e roteiro do simulado sejam organizadas em um
Até aqui as reuniões de planejamento do simulado material de orientação. Se houver possibilidade é
já produziram as definições sobre o que vai ocorrer e também interessante fazer um material mais com-
quem é responsável por qual atividade. Entretanto, pleto, que contenha mapas, croquis e que possa
apenas o GT responsável pelo planejamento sabe divulgar, inclusive, o conteúdo do plano de contin-
desse roteiro. Para que a informação possa ser am- gência. Esse material pode ser utilizado como apoio
plamente divulgada é o momento de planejar a etapa tanto na mobilização junto aos órgãos oficiais, às
de mobilização para o simulado, em que todos os comunidades, via redes sociais e para a imprensa.
envolvidos devem conhecer em detalhes como irá
acontecer o simulado. Portanto é importante que o GT 6º PASSO - A definição do roteiro final
monte um cronograma com antecedência suficiente para o simulado
para promover as seguintes ações de mobilização:
• Comunicação oficial aos órgãos de resposta: A última tarefa de planejamento é a de definição
cada órgão envolvido no simulado deve receber de um roteiro completo do simulado, detalhando cada
uma comunicação oficial que descreva, pelo menos, um dos itens planejados, de maneira a facilitar a pre-
o objetivo do simulado, a data e horário de reali- paração para o treinamento. O ideal é que o roteiro
zação, as responsabilidades do órgão, e a agenda esteja dividido em três partes e seja construído com
de mobilização. Além da comunicação oficial, é todos os atores.
possível promover reuniões específicas com um • Preparação do simulado: o roteiro de preparação
ou mais órgãos e convidá-los para as reuniões do simulado é o mais completo, e deve prever prin-
comunitárias. cipalmente os recursos necessários à sua execução.
• Reuniões comunitárias: a depender da moda- É nesta fase que são previstas as demandas logísti-
lidade de simulado selecionada e do tamanho da cas e de apoio à realização do treinamento. Em geral
comunidade que será treinada será preciso fazer a preparação do simulado inclui a contratação de
reuniões para explicar o passo a passo do simula- fornecedores diversos, que devem ser acionados com
do e esclarecer qualquer dúvida que moradores, antecedência suficiente para que os serviços e pro-
empresas e demais envolvidos na área a ser tra- dutos possam ser fornecidos sem contratempos.
balhada possam vir a ter. Nesses espaços é impor- Incluem-se aqui a produção de materiais de comu-
48
6. Etapas para realizar simulados
nicação e sinalização (faixas, cartazes, folders, com a encenação da ocorrência de desastre e são
crachás, banners etc.); o fornecimento de bebida e finalizados com uma reunião de encerramento.
alimentação a todos os participantes do simulados • Reunião de Abertura: quando ocorre, inicia-se
(equipes de treinamento, de suporte e de observa- com uma apresentação institucional e demais
dores e avaliadores); o transporte de moradores para formalidades que os organizadores julguem ne-
abrigos; os formulários de observação e mapa do cessárias. Em seguida deve ser apresentado o
cenário e avaliação; a reserva de salas para realiza- roteiro do simulado; apresentadas as equipes;
ção de reuniões, etc. distribuídos os materiais de identificação das
• Realização do simulado: o roteiro de reali- equipes; distribuído material de orientação, com
zação do simulado deve incluir uma primeira mapas ou croquis; distribuídos os formulários de
etapa de montagem do cenário, caso haja ne- observação e avaliação, etc. As reuniões de aber-
cessidade de instalação de estruturas, isolamen- tura não ocorrem, principalmente quando os simu-
to de áreas, sinalização, etc. Deve incluir um lados são realizados sem aviso prévio, em geral
roteiro de resposta, que é uma réplica dos pro- em situações em que os envolvidos já tenham um
cedimentos e atividades previstos no plano de preparo prévio, e o processo esteja mais avançado.
contingência para serem testados durante o • Encenação da ocorrência: execução do pla-
treinamento; e um roteiro de desmobilização do nejamento com acompanhamento e avaliação.
simulado, que trata da desmontagem das estru- • Reunião de Encerramento: o encerramento
turas e limpeza da área. Além disso, cada órgão inclui, mais uma vez, qualquer formalidade prevista
participante deve ser responsável pelo geren- pelos organizadores, além da apresentação das con-
ciamento dos recursos que irá fornecer para a siderações dos avaliadores e uma breve discussão
realização do simulado, semelhante a uma ocor- técnica. Recomenda-se que seja produzida uma ata
rência real. Esses recursos já devem fazer parte da reunião final para auxiliar na produção dos rela-
dos cadastros do plano de contingência, e tórios finais e lista de frequência com identificação
deverão estar organizados de maneira que a dos participantes. O próximo passo descreve em
organização do simulado e o comando da emer- detalhes a forma de avaliação de simulados.
gência encenada tenham acesso para decidirem
pelo acionamento. Na sala de comando deve ser 8º PASSO - A avaliação do simulado
instalado mapa da região afetada e identificado
o cenário. Em todas as modalidades de simulados é impor-
• Pós simulado: Os resultados do simulado, tante escolher pessoas para apontar tecnicamente
como as avaliações e revisões realizadas no aspectos positivos e aspectos de melhoria em relação
plano de contingência, precisam ser comunica- à execução dos procedimentos e ações previstos no
das a todos os participantes do simulado. Reco- plano de contingência e executados durante o treina-
menda-se que os dados das avaliações sejam mento. Questões que precisam ser respondidas durante
tabulados e gerem dados estatísticos para serem a avaliação, incluem11:
apresentados como resultado do simulado. Para • Quais foram os pontos fortes e fracos do plano
tanto, indica-se a realização de uma reunião de de contingência? Como podem ser modificados
prestação de contas e de apresentação do plano ou aperfeiçoados?
de contingência atualizado. • Quais foram as causas da maioria dos impre-
vistos ou prejuízos? O que cada parceiro pode fazer
7º PASSO - A realização do simulado para solucionar ou prevenir que isso ocorra no
futuro?
A realização do simulado nada mais é do que a • Quais foram as maiores dificuldades em con-
operacionalização do seu planejamento. Em geral, seguir ajudar as pessoas que precisam de atendi-
alguns simulados têm início com uma reunião de aber-
tura entre a equipe de organização, desdobram-se 11. RED CROSS, 2012.
49
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
mento? O que cada parceiro pode fazer para so- palmente se foi escolhida a de simulados Externos, não
lucionar ou prevenir que isso ocorra no futuro? se recomenda que essa atividade seja realizada no
• Como funcionou o sistema de alarme? Existem mesmo dia do treinamento. O GT pode prever uma
necessidades de aprimoramento? reunião final para produzir todos os registros e atuali-
• Quais erros foram identificados? Que mudanças zação documental com calma. Dessa forma, espera-se
precisam ser feitas para evitá-los no futuro? que um simulado produza a seguinte documentação:
• Quais acertos foram identificados? O que deve • Registros de treinamento: é importante pro-
ser feito para garantir a manutenção desse padrão? duzir um relatório final, com fotos e depoimentos
• Quais recursos estavam disponíveis e quais dos participantes, descrevendo como foi realizado
fizeram falta? Como corrigir deficiências no futuro? o treinamento. Esse registro pode auxiliar no pla-
• Qual o nível e qualidade da coordenação e dos nejamento de futuros simulados.
parceiros? Que ações adicionais de coordenação • Registros de avaliação: é importante consoli-
são necessárias? dar todas as considerações dos avaliadores e o
• O tempo de resposta (tanto das equipes de resultado das discussões técnicas produzidas
resposta como da fuga do cenário de risco) foi o durante a reunião de encerramento. Se os formu-
previsto? lários de avaliação incluíram dados quantitativos
Para produzir essas informações indica-se a adoção os mesmos podem ser tratados e gerar gráficos
de formulários padronizados para o registro de dados que melhor demonstrem os resultados da avaliação.
tanto quantitativos como qualitativos. É importante • Atualização e revisão do plano de contin-
estabelecer um método para avaliação dos simulados, gência: uma vez que os registros estejam conso-
de modo que se possam comparar os exercícios entre lidados será possível verificar quais pontos do plano
diferentes comunidades, avaliar os avanços alcançados de contingência precisam ser alterados. Uma vez
com o exercício em uma mesma localidade, redefinir alterados, será preciso retomar o ciclo de validação,
estratégias utilizadas, reavaliar o plano de contingên- avaliação e revisão do plano de contingência
cia local, subsidiar as ações executadas pelas agências (Passos 5 e 7 do Capítulo 2).
envolvidas, entre outros aspectos relevantes12.
Como modelo de formulário pode-se adotar uma Não se considera que seja necessário realizar
simples tabela que descreva cada um dos procedi- uma nova audiência pública a cada atualização
mentos do plano de contingência que foram treinados, dos dados de cadastro do plano de contingência
um campo para que o avaliador dê um parecer quan- (telefones, contatos de instituições, etc.)
titativo e um campo para um parecer qualitativo.
Outros modelos de formulários são também apresen-
tados a seguir:
50
6. Etapas para realizar simulados
O guia elaborado estava de acordo com o plano de ação existente e com os recursos
disponíveis
Foi realizada reunião interinstitucional para planejar e coordenar as ações das outras
instituições
As pessoas da comunidade que não participaram do exercício foram informadas sobre sua
realização
Foi informado aos participantes sobre seu comportamento durante a remoção e nas áreas de
segurança
Foram tomadas as medidas necessárias e foi dado sinal para suspender o simulado no
momento adequado
Foram elaborados planos de ação complementares (animais, crianças sozinhas, entre outros)
Pessoas removidas
Polícia Militar:
Defesa Civil:
SAMU:
Guarda Municipal:
Cruz Vermelha:
51
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
Desenvolvimento do simulado
Polícia Militar:
Defesa Civil:
Cruz Vermelha
Nas perguntas abaixo, marque E (Excelente), B (Bom), S (Satisfatório), R (Ruim) e NO (Não Observado)
Mensagens utilizadas E ( ), B ( ), S ( ), R ( ), NO ( )
52
6. Etapas para realizar simulados
SIM ( )
NÃO ( )
Polícia Militar:
Defesa Civil:
53
Elaboração de Plano de Contingência ||Livro
LivroBase
Base
7. Material complementar
54
7. Material Complementar
Conteúdo Link
S2ID https://s2id.mi.gov.br
http://www.tubarao.sc.gov.br/uploads/681/
Modelo de Tubarão, Santa Catarina
arquivos/393566_PLANO_DE_CONTINGENCIA.pdf]
http://www.indeci.gob.pe/prev_desat/pdfs/guia_marco_
Modelo CEPED UFSC
plan_contig.pdf]
http://www.defesacivil.pr.gov.br/modules/conteudo/
Modelo do Paraná
conteudo.php?conteudo=254
http://www.indeci.gob.pe/prev_desat/pdfs/guia_marco_
Modelo Indeci, Peru
plan_contig.pdf]
https://www.asturias.es/portalTipo/Fichero/Archivos/Plan_
Modelo de San Salvador, El Salvador
de_emergencia_para_inundaciones.pdf
http://www.rrt6.org/Uploads/Files/sectorneworleans_
Modelo de New Orleans, EUA
acp%20-%202013.pdf]
http://www.esdec.defesacivil.rj.gov.br/images/documentos/
Plano de contingência da família – ESDEC/RJ plano%20de%20contingncia%20da%20famlia%20-%20
guia%20prtico.pdf
http://www.mi.gov.br/pt/c/document_library/
Guia de orientações para elaboração de exercícios
get_file?uuid=759c31f7-57ad-469e-b29c-
simulados de preparação para os desastres
1fcda78f5e91&groupId=10157
http://www.proteccioncivil.gob.mx/work/models/
Guía práctica para la realización de simulacros.
ProteccionCivil/Resource/60/1/images/gpsei.pdf
55
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
CEMADEN https://www.facebook.com/cemaden.mcti/
CEPED PR https://www.facebook.com/cepedpr/
https://www.facebook.com/CepedRS-
CEPED RS – UFRGS
UFRGS-713080458769590/
https://www.facebook.com/Pluvi%C3%B4metros-nas-
Pluviômetros nas comunidades
Comunidades-213497195522766/
La Red https://www.facebook.com/desenredando.org/
UNISDR https://www.facebook.com/UNISDR/
GIDES http://www.cidades.gov.br/gides/
http://www.rio.rj.gov.br/web/defesacivil/projeto-defesa-
Projeto Defesa Civil nas Escolas – Rio de Janeiro
civil-nas-escolas
EarlyRecovery http://www.earlyrecovery.global/
56
57
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
58
Glossário
TT Preparação: medidas desenvolvidas para otimizar TT Serviço Voluntário: Atividade não remunerada,
as ações de resposta e minimizar os danos e as perdas prestada por pessoa física à entidade pública de qual-
decorrentes do desastre. (Instrução Normativa nº 2 de quer natureza, ou instituição privada de fins não lu-
20 de dezembro de 2016) crativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, edu-
cacionais, científicos, recreativos ou de assistência
TT Prevenção: ações destinadas a reduzir a ocorrên- social, inclusive mutualidade. (BRASIL, 1998 apud
cia e a intensidade de desastres, por meio da identi- CEPED UFSC, 2014)
ficação, do mapeamento e do monitoramento de riscos,
ameaças e vulnerabilidades locais, incluindo a capa- TT Simulado: Exercício de desastre que implica a si-
citação da sociedade em atividades de defesa civil, mulação, a mais realista possível, de um desastre
entre outras estabelecidas pelo Ministério da Integra- provável, durante o qual são testadas as normas, os
ção Nacional. (BRASIL, 2010) procedimentos, o grau de adestramento das equipes,
59
Elaboração de Plano de Contingência | Livro Base
60
Glossário
BRASIL. Lei n. 12.608, de 10 de abril de 2012. [BRASIL, FIOCRUZ. Terminologia. Rio de Janeiro: página do
2012]. Acesso em fevereiro de 2013. Disponível em centro de conhecimento em saúde pública e desastres,
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- sem data. Acesso em maio de 2016. Disponível em:
2014/2012/Lei/L12608.htm http://andromeda.ensp.fiocruz.br/desastres/content/
terminologia
BRASIL. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL.
Guia de orientações para elaboração de exercícios NAKAZAWA, V.A.; PRANDINI, F.L.; SANTOS, A.R. &
simulados de preparação para os desastres. Flo- FREITAS, C.G.L. Cartografia geotécnica: a aplicação
rianópolis, 2011. Acesso em setembro de 2014. Dispo- como pressuposto. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO
nível em: http://www.mi.gov.br/pt/c/document_library/ SUDESTE, 2, 1991, São Paulo. Anais... São Paulo, SBG/
get_file?uuid=759c31f7-57ad-469e-b29c-1fcda- SP-RJ, p.329-336.
78f5e91&groupId=10157
NEW ORLEANS. New Orleans area contingency plan.
CASTRO, A.L.C. Manual de planejamento em defesa 2013. Acesso em maio de 2015. Disponível em: http://
civil. Volume II. Brasília, sem data. www.rrt6.org/Uploads/Files/sectorneworleans_acp%20
-%202013.pdf
CEPED UFSC. Atlas brasileiro de desastres naturais:
volume Brasil. 2ª edição. Florianópolis, 2013. Acesso PERU. INSTITUTO NACIONAL DE DEFESA CIVIL. Guía
em outubro de 2014. Disponível em: marco de la elaboración del plan de contigencia.
http://150.162.127.14:8080/atlas/Brasil%20Rev%202. Peru, 2005. Acesso em maio de 2015. Disponível em:
pdf http://www.indeci.gob.pe/prev_desat/pdfs/guia_
marco_plan_contig.pdf
CEPED UFSC. Gestão de desastres e ações de re-
cuperação: curso de capacitação, módulo III. Floria- RED CROSS. Contingency planning guide. 2012.
nópolis, 2014. Acesso em junho de 2016. Disponível Acesso em agosto de 2015. Disponível em: http://www.
em: http://www.ceped.ufsc.br/wp-content/ ifrc.org/PageFiles/40825/1220900-CPG%202012-EN-
uploads/2013/02/livro-completo-1-1.pdf LR.pdf
DNPM. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Legislação SAN SALVADOR. MINITÉRIO DE SALU PÚBLICA Y ASIS-
barragens. Página web institucional. Acesso em junho TENCIA SOCIAL. Plan de emergencia em caso de
de 2016. Disponível em: http://www.dnpm.gov.br/as- inundaciones y deslizamientos. San Salvador, 2007.
suntos/barragens Acesso em agosto de 2015. Disponível em: https://
www.asturias.es/portalTipo/Fichero/Archivos/Plan_
FERREIRA, Sandro Heleno Gomes. Capacidade dos de_emergencia_para_inundaciones.pdf
municípios no desenvolvimento da gestão do risco
de desastres por meio dos seus órgãos de proteção SEDEC. Roteiro para organização do simulado de
e defesa civil: estudo aplicado aos municípios da preparação para desastres. Brasília, sem data.
Região Metropolitana de Belo Horizonte que declararam
situação de emergência no período chuvoso de 2011- TUBARÃO. Plano de contingência municipal de
2012. Monografia (Especialização em Segurança proteção e defesa civil: movimentos de massa, inun-
Pública). Academia de Polícia Militar e Fundação João dações, alagamentos, queda de blocos e enxurradas.
61
Prefeitura Municipal de Tubarão, 2014. Acesso em
junho de 2016. Disponível em: http://www.tubarao.
sc.gov.br/uploads/681/arquivos/393566_PLANO_DE_
CONTINGENCIA.pdf
62