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1. Generalidades
2. Produção
A geração industrial de energia elétrica pode ser realizada por meio do uso da
energia potencial da água (geração hidrelétrica) ou utilizando a energia potencial dos
combustíveis (geração termoelétrica).
No Brasil, cerca de 90% da energia gerada são através de hidrelétricas, porque o
nosso País possui um rico potencial hidráulico, estimado em mais de 150 milhões de kW.
As termoelétricas existentes no Brasil utilizam combustíveis fósseis (petróleo, carvão
mineral etc.), combustíveis não-fósseis (madeira, bagaço de cana, etc.), combustível
nuclear (urânio enriquecido).
Os geradores industriais de eletricidade necessitam de energia mecânica (energia
cinética) para fazerem girar os rotores das turbinas, nos quais estão acoplados, no
mesmo eixo, os rotores dos geradores de eletricidade. Então a geração necessita de uma
turbina (hidráulica ou térmica) e de um gerador síncrono, montados no mesmo eixo, em
geral vertical.
a. Hidrelétricas
O Brasil possui uma matriz de energia elétrica que conta com a participação de
77,1% da hidroeletricidade. Energia proveniente de 140 usinas em operação, com
perspectiva de aumento do uso dessa fonte. Ao longo dos últimos 30 anos, o País evitou
a emissão de cerca de 800 milhões de toneladas de CO2 equivalente por meio do uso de
etanol como substituto ou aditivo da gasolina.
A previsão do Plano Decenal de Energia é que o País terá 71 novas usinas até 2017,
com potencial de geração de 29.000 MW, sendo 15 na bacia do Amazonas, 13 na bacia
do Tocantins-Araguaia, 18 no rio Paraná e 8 no rio Uruguai. As 28 usinas hidrelétricas
planejadas na região amazônica têm no seu conjunto, a capacidade instalada de 22.900
MW.
O Brasil usa energia hidrelétrica desde o final do século 19, mas as décadas de
1960 e 1970 marcaram a fase de maior investimento na construção de grandes usinas.
Devido a essas opções feitas no passado, o País abriga hoje a maior hidrelétrica do
mundo em geração de energia. Inaugurada em 1984 depois de um acordo binacional
com o Paraguai, a Usina de Itaipu tem hoje potência instalada de 14 mil MW, com 20
unidades geradoras. Essa capacidade é suficiente para suprir cerca de 80% de toda a
energia elétrica consumida no Paraguai e de 20% da demanda do sistema interligado
brasileiro.
Já as usinas de Jirau e Santo Antônio – ainda em fase de construção, no Rio
Madeira –, por exemplo, utilizam a tecnologia de turbinas bulbo, diminuindo o
alagamento necessário e, consequentemente, efeitos negativos como o deslocamento
de populações locais, a desapropriação de terras e o impacto ambiental. Para monitorar
os impactos, o Brasil investe também no aperfeiçoamento das avaliações realizadas pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes
da instalação de qualquer usina.
b. Energia eólica
3. Generalidades
Quando tratamos de geração e consumo de energia elétrica utilizamos termos
como potência instalada e instantânea e energia gerada/consumida. Cada termo tem
sua finalidade e são confundidos na vivência profissional. Para evitar confusões, essa
aula traz as definições de cada termo.
a. Potência instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência
instantânea, definida eletricamente pela relação:
𝑃 = 𝑉𝐼
Onde V e I são a Tensão e a Corrente instantânea geradas ou consumidas.
–O que é Potência?
Potência é a energia gasta pela máquina para realizar algum tipo de trabalho.
Existem três tipos de Potência, e vamos vê-las logo abaixo.
–Potência Ativa:
Potência realmente gasta em dispositivos que oferecem resistência, no circuito
resistivo a tensão anda em fase com a corrente (V-I)=0º, e é expresso em W.
c. Energia gerada/consumida
Ex.: Suponha um gerador hidroelétrico com potência instalada de 250 kWp. Esse gerador
funciona por 4h por dia com 80% da potência e 20 dias por mês. Qual é a energia diária
e mensal gerada por esse gerador?
4. Hidrelétricas
As características físicas, geográficas e a grande disponibilidade de recursos
hídricos no Brasil, foram determinantes para que o país fosse hoje, o terceiro maior
potencial hidráulico do mundo. Em termos absolutos, os cinco maiores produtores desse
tipo de energia são Canadá, China, Brasil, Estados Unidos e Rússia (CERPCH, 2011).
A energia hidráulica é produzida através da força do movimento das águas. Para
que isso seja possível, há alguns fatores que influenciam na geração de energia elétrica.
Os principais fatores de influência são: a vazão do rio, a quantidade disponível de água
em diversos períodos do ano, a topografia, as alterações antrópicas, ou naturais, como
as quedas de água naturais, ou criadas artificialmente (ANEEL, 2008).
3. Vertedouro: Permite o
controle do nível da água do
reservatório, principalmente em
períodos de cheias. Pode ter ou
não comportas.
5. Conduto Forçado: É a
canalização que conduz água,
sob pressão, para as turbinas.
Podem ser externos ou
subterrâneos.
c. TIPOS DE TURBINAS
As turbinas podem ser classificadas em turbinas de ação (ou impulso) e em
turbinas de reação. Esta forma de classificação leva em conta a variação de pressão
estática. No primeiro grupo a pressão estática permanece constante entre a entrada e
saída do rotor. Exemplos do primeiro grupo são as turbinas Pelton, Turgo e
MichellBlanki (Fig.6).
Figura 6 - Turbinas Pelton (esquerda), Turgo (centro) e Michell-Blanki (direita) [Fonte: Alé, 2001].
Turbinas Francis
Essa turbina recebe o nome do engenheiro inglês James Bicheno Francis (1815-
1892) que a concebeu em 1848. Foi resultado do aperfeiçoamento da turbina Dowd,
patenteada em 1838 por Samuel Dowd (1804-1879). É uma turbina de reação, com
eficiência na faixa de 90%. Utilizada para alturas de 20 a 700 m, essa ampla faixa de
aplicação a faz o tipo de turbina mais usada no mundo.
Nas turbinas Francis o rotor fica internamente ao distribuidor, de modo que a
água, ao atravessar o rotor, aproxima-se do eixo. São vários os formatos possíveis para
rotores desse tipo de turbina, e dependem da velocidade específica da turbina, podendo
ser classificadas em: lenta, normal, rápida ou extra-rápida.
O distribuidor tem um conjunto de pás dispostas em volta do rotor, e que podem
ser orientadas durante a operação, assumindo ângulos adequados às descargas, de
modo a reduzir a perda hidráulica. As pás do distribuidor têm um eixo de rotação
paralelo ao eixo da turbina, podendo, ao girar, maximizar a seção de escoamento ou
fechá-la totalmente.
É o tipo de turbina mais utilizada, pois pode trabalhar de forma eficiente em uma
ampla faixa de condiçõesde operação. Isto porque a altura de queda e a vazão são os
dois fatores mais importantes para o desempenho de turbinas, e estão sujeitos a
variações sazonais, sendo que a turbina Francis consegue se adaptar bem a esta
sazonalidade. Sua faixa de operação vai de 45 a 400 m de carga e de 10 a 700 m3/s.
Turbinas Kaplan
Turbinas Pelton
𝑃ℎ = ℎ ∗ 𝑄 ∗ 𝑔
a. Caldeiras
De acordo com a NR-13 “Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a
produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte
de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em
unidades de processo”. Assim, as caldeiras utilizam a energia química liberada pelo
processo de combustão de algum tipo de combustível e provoca a transformação da
água do estado liquido para o estado de vapor, a uma pressão elevada
Geralmente, as caldeiras de vapor que são usadas em uma central termelétrica
são projetadas para trabalharem com vapor superaquecido a temperaturas situadas na
faixa de 400 a 560°C. A faixa de pressão típica de operação é da ordem de 6 a 18 MPa,
no entanto, elas podem suportar pressões da ordem de 34 MPa. Caldeiras de vapor
utilizadas na indústria, normalmente operam com pressões menores que 2 MPa quando
usadas para fins térmicos. Já no caso de uma central de cogeração industrial, as caldeiras
trabalham com pressões na faixa de 2 a 8 MPa, quanto que sua temperatura de
operação típica varia entre 340 a 440°C.
Turbina a vapor é classificada como uma máquina de combustão externa uma vez
que os gases provenientes da combustão do combustível não entram em contato direto
com o fluído de trabalho que flui interiormente na máquina e efetua os processos que
convertem a energia do combustível em potência de eixo. Em consequência disto,
possuem uma alta flexibilidade em relação ao combustível que pode ser utilizado. Uma
grande vantagem da turbina a vapor é que, através de extrações reguláveis na sua seção
de fluxo, é possível prover o calor com os parâmetros demandados pelo consumo
externo. Diante disso, o custo deste calor é menor, uma vez que nos sistemas de
cogeração o vapor, antes de abastecer um consumidor de calor, faz proveito de seu alto
conteúdo de energia térmica na turbina durante o processo que produz energia elétrica.
O calor que é necessário para o processo de ebulição do condensado e para o
superaquecimento subsequente deve ser transferido dos agentes de combustão para o
fluído de trabalho por meio das serpentinas presentes no interior da caldeira.
e. Classificação das turbinas a vapor
As turbinas a vapor podem ser classificadas seguindo alguns critérios. Levando em
consideração a sua finalidade, pode-se classificá-las em:
Acionamento elétrico – usadas com o objetivo de acionar um gerador elétrico em
uma unidade industrial, que deverá atender as necessidades da indústria. Usualmente,
operam com velocidade síncrona (1800 ou 3600 rpm) e com uma potência que pode
variar de 16 a 1300 MW.
Acionamento mecânico – usadas para acionar grandes ventiladores de tiragem,
bombas, compressores, propulsão de navios e outros equipamentos de rotação de
grandes dimensões. Frequentemente, operam em velocidades de 900 a 10000 rpm e
em uma faixa de potência que varia entre 500 kW a 10 MW.
Com relação ao seu princípio básico de funcionamento, podem ser classificadas
em:
Turbinas de ação (impulso) – nesta categoria o seu funcionamento é baseado,
exclusivamente, na queda da pressão do vapor nos bocais e também devido a sua queda
de entalpia, com a alteração da variação da entalpia em energia cinética. O vapor com
alta velocidade irá então incidir sobre as pás (palhetas móveis), acarretando na
conversão de sua energia cinética em trabalho mecânico.
Turbinas de reação – fazem o uso, simultaneamente, da pressão do vapor e da
sua expansão nas rodas móveis. Observe que o vapor não sofre expansão completa no
distribuidor, na verdade, o vapor continua a sofrer, na roda móvel, uma queda de
pressão, ao passo que sua velocidade também sofre uma queda graças à alta velocidade
que palhetas móveis se deslocam. Deste modo, o distribuidor converte apenas uma
fração da energia térmica do vapor em energia cinética, enquanto que a outra fração da
energia térmica do vapor será convertida em energia cinética na própria roda móvel. As
turbinas de reação são qualificadas devido ao fato de que a roda móvel não utiliza o
vapor com uma pressão constante, mas sim, gradualmente variável, sofrendo uma
queda de montante para jusante, no que se refere ao percurso das palhetas.
Turbina de ação simples ou de Laval
São formadas por um ou vários bocais fixos, que descarregam o vapor sobre uma
fileira de palhetas que são fixadas no contorno de um disco vinculado a um eixo,
integrando o componente conhecido como rotor. Uma de suas características
fundamentais é o fato de que a difusão do vapor ocorre integralmente no bocal
convergente-divergente, o que gera um fluxo de vapor com grande velocidade em sua
saída. Uma vez que as palhetas móveis não assimilam toda energia cinética, o vapor irá
sair com uma velocidade consideravelmente alta, e isso pode ser considerado como
perda. Levando em consideração o baixo rendimento da turbina de ação simples ou de
Laval, sua facilidade de projeto e construção torna esse tipo de turbina aconselhada para
quando se necessita de potências pequenas e altas rotações. A Figura 10 ilustra esse
tipo de turbina.
Turbina Curtis
Com o objetivo de diminuir as perdas que ocorrem devido à velocidade residual
consideravelmente alta nas turbinas de Laval, colocam-se duas ou mais fileiras de
palhetas móveis. Em sua estrutura são fixadas, entre as filas de palhetas móveis,
palhetas fixas visando mudar a direção do escoamento conservando a velocidade e a
pressão. Para esse arranjo se dá o nome de estágio Curtis ou de velocidade escalonada.
A conversão da energia cinética em trabalho acontece em diversos estágios de
velocidade. Uma vez que em todos os estágios deve transitar o mesmo volume de vapor
e a velocidade diminui gradualmente, se faz necessário que as seções, pelas quais o
vapor transita, sejam aumentadas, o que acarreta em uma variabilidade do diâmetro
dos rotores sucessivos. O principal problema dos diversos estágios de velocidade é que,
em virtude das altas velocidades do vapor, as perdas por atrito aumentam,
principalmente se o número de estágios for muito alto. Deste modo, os estágios de
velocidade são especialmente propícios para as turbinas de baixa e média potência (até
4000 H.P.) que não necessitam de muitos estágios. Na Figura 11 segue um diagrama de
uma turbina Curtis.
Turbina Rateau
São turbinas a vapor com apenas um estágio de velocidade e vários estágios de
pressão. Ao invés da queda total de pressão do vapor, ou salto térmico total, acontecer
em apenas um único conjunto de bocais, a diminuição da pressão pode acontecer em
duas ou mais fileiras de bocais, de modo a se atingir um efeito equivalente ao que
ocorreria em uma disposição de duas ou mais turbinas de Laval arranjadas em série.
A principal vantagem está no fato de que se consegue atingir uma velocidade mais
apropriada das palhetas em termos de resistência dos materiais. No entanto, as turbinas
podem atingir grandes dimensões, caso o número de estágio Rateau seja elevado. Uma
vez que o volume específico do vapor cresce à medida que se passa de um estágio para
o outro, as seções por onde o vapor transita devem ir aumentando continuamente.
Outra característica importante se deve ao fato da variação de pressão usada nos
diferentes estágios ser reduzida, o que faz com que as velocidades adquiridas pelo vapor
também sejam pequenas, e desse modo às perdas por atrito serão reduzidas,
possibilitando o uso de um maior número de estágios. Na Figura 12 segue um diagrama
de uma turbina de Rateau.
Figura 12 - Diagrama de uma turbina de Rateau.
Princípio de funcionamento
Ciclo aberto: Neste ciclo, o fluido de trabalho sofre compressão, é transferido para
a câmara de combustão e então obtém energia proveniente do combustível, elevando
a sua temperatura. Quando o fluido de trabalho sai da câmara de combustão, ele é
levado até a turbina e lá sofre expansão concedendo potência para o compressor e
potência útil, conforme visto na Figura 13. A potência útil máxima que uma turbina a gás
pode fornecer sofre limitação devido a temperatura que os materiais, com os quais a
turbina foi construída e em associação com as técnicas de resfriamento, podem
suportar, além da vida útil dos equipamentos. Os fatores fundamentais que afetam o
funcionamento das turbinas a gás são: a eficiência dos dispositivos e a temperatura de
entrada da turbina.
Outro elemento que pode afetar o funcionamento da turbina a gás é o modelo de
câmara de combustão que é utilizado, se é o modelo de câmara de combustão a pressão
constante ou se é o modelo de câmara de combustão a volume constante.
Na teoria, o ciclo a volume constante possui uma eficiência térmica mais elevada
do que o ciclo pressão constante, porém apresenta obstáculos mecânicos maiores,
necessitando de diversas válvulas para isolar a câmara de combustão da turbina, além
disso, a combustão é descontínua impedindo que a turbina funcione de uma maneira
suave.
•O acessante que conecta suas instalações ao sistema de distribuição não pode reduzir a
flexibilidade de recomposição do mesmo, seja em função de limitações dos equipamentos
ou por tempo de recomposição;
•O paralelismo das instalações do acessante com o sistema da acessada não pode causar
problemas técnicos ou de segurança aos demais acessantes, ao sistema de distribuição
acessado e ao pessoal envolvido com a sua operação e manutenção;
•O acessante deve ajustar suas proteções de maneira a desfazer o paralelismo caso ocorra
desligamento, antes da subsequente tentativa de religamento, cujo tempo de
religamento é definido no acordo operativo;
•No caso de paralelismo permanente, o acessante deve atender aos requisitos técnicos
de operação da acessada, observando os procedimentos operacionais definidos no
PRODIST- Módulo 4 - Procedimentos Operativos;
•Os estudos básicos, de responsabilidade do acessante, devem avaliar tanto no ponto de
conexão como na sua área de influência no sistema elétrico acessado, os aspectos
relacionado ao nível de curto-circuito, à capacidade de disjuntores, barramentos,
transformadores de instrumento e malhas de terra, à adequação do sistema de proteção
envolvido na integração das instalações do acessante e aos ajuste dos parâmetros dos
sistemas de controle de tensão e de frequência e, para conexões em alta tensão, dos sinais
estabilizadores.
•As tensões de conexão padronizadas para MT e AT são 13,8 kV (MT), 34,5 kV (MT),69
kV (AT) e 138 kV (AT).Ainda no módulo 3 são definidos os requisitos a serem observados
pelos acessantes que necessitam elaborar projetos de instalações de conexão, o que
inclui as características técnicas, normas, padrões e procedimentos específicos do
sistema de distribuição da acessada.
•Centrais geradoras com potência instalada acima de 300 kW devem possuir sistemas
de controle automático de tensão e de frequência;