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Ordem

E. B.

Kean.
Atunica de Nessus.
PARODIA

Fundada <-.-A--n..-t_i_g_a
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LIVRARIA-EDITOR.A
1732
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J:\lmanach Bertrand PARA 1907


Coovdenado por FERNANDES COSTA
8.º ANNO DE PUBLICAÇÃO
360 paginas, 512 gravuras e eapa a 8 eôres e oiro
A maior recommendaçào d'este Almanach está na protecçào crescente que desde o
seu 1.0 anno o publico lhe tem conceàido. Cumprindo sem dcsfallecimcntos o seu programma
e apresentando, de anno para anno, attractivos maiores, o Almanach Bertrand é, entre
todas as publicações portuguesas do genero, aquella que tem attingido mais elevada tiragem,
sendo de
12:000 EXEMPLARES
a do presente volume, por achar-se ha rlruito exgotada a de IO:ooo do annv anterior.
E apesar do seu grande desenvolvimento, da abundancia quasi inexgotavel do seu texto,
da prodigalidade das suas illustraçõcs, da nitidez da sua impressão, dos aperfeiçoamentos
incessantes n'elle introduzidos, o Almanach Bertrand continúa a ser, nào só no seu
gcnero, mas ainda mesmo absolutamente considerado.
A publicação mais barata
que se tem leito em Portugal
drochndo, 500 réis; cartonado, 600 réis; em marroquim, 1:SOOO réis; pelo correio mais 60 réis
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Obras completas de ALEXANDRE HERCULANO


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O l'llouge de Cistér -
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Vol. 111-Coutroversias
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estudos histo ricos.
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blicas.
estabclecin1ento da
Vol. VIII- Questões 1>u·
lnquis i çl\o em Por- blicas.
tugal - 3 vol. 1$800.
A 600 réis o volume
Opusculos: - Vol. I - Questões publi- Estudos sobre o casan1ento civ il
cas. - 2." edição -1 vol. 600 réis.

A JSova C ollecs,ão Pop ular, já hoJe conhecida cm todo o paiz, é uma bibliotheca
de romances illustrados, qu.: offer cce ao publico edicões de luxo e de a rte pelo preço das
edi,-ões baratas. Publica todas as semanas I caderneta de 3 folhas de grande formato, com
3 magnificas gravuras, pelo preço inverosimil de 6o r éis por semana, ou 2 folhas com 2 gra-
vura$ com 16 paginas de texto, poc 40 réis. Em tomos mensaes de 15 folhas com 15 gravuras,
brochados 300 réis. Acha-se aberta Assignatura Permanente para os Romances
abaixo designados, cada um d'elles illustrado com mais de 200 gravuras. Intitulam-se:
A Toulinegra do Moinho, por Emilio Richebourg. A Filha do Condemnado, por Adolpho d'Ennery.
A lrmãsinha dos Pobres, por Emílio Richcbourg. Os Dois Garotos, por Pi erre Decourcelle.
Mãe e Rival, por Emílio Richebourg. Os Amores de Margarida de Borgonha, por Henri

-----
A Mulher do Realejo, por Xavier de Mon· Demcsse.
tépin.
O Regimento 146, por ]',!tio Mary.
Em publicação:
Herança Inesperada, por Emílio Richebourg.
, .,
~-----------------------------------------------1
7 3 eJ7õ, Rua Ga1•1•ett-2õ a 37, Rua Ancllieta
~ lFu~d
~
M.ada
_____.... = == LISBOA = ==
1732
...

N: 179 _,_ llSBOA, 1OE ffVEREIRO

Publica-te aos 1abltado1 SEDACÇÃO I ADll ~l S'ffl.lçIO- L do Conde Barão, 50 EDITOR- C.1.111100 CIU.U8
·ro4a a corrafo:"dmcia dtve s"
dirigida ao administrador da AulgnaturH (papmento adeantado)
íl
U6boa ~ l""?"i• citu, anoo S2 num. 2 ~ n . B'!'fil. aano ~:J oamttoa ... . ..... SJJ,ooo n . Composição e impN11São
PARODIA Snttatre, 26 oumerOI, . .•.. , . . ..• 1»ooo ra. Afrú:11 ~ 1"'114 Porht,Wf4, 1,100. 2Jiooo n.
Cobra1tf4 ~lo "'°"no·... ...... l uoo n. E,tr111tp1ro, anao, » uumtro1 .. 3~ rs. "A EDITORA,,
PREÇO AVULSO 40 RÉIS ll•t • t - A• 1.n lgdatora, por anao e por emteatre u.reitam-se tm qu.alquer d'tta.
Um mu depois de publi.,_do ..,. réis tem porém ck começar lftllpre no 1. • de JaMiro ou oo , .• de Julho L. do Conde Barão, So

A Orip:pe··da Parodia .·

Historia a 4 d~res
2 Parodia

Carta aos leitores


sobre as delicias de adoecer
LEITOR! LEITORES!

Meu Deus I Como é b0m e star do nos vê mandar á pharmacia e po- espre ita com os ol hos semi-cerrados
doente! voar a nossa banca de cabeceira de esse rebol iço affectuoso e enterra-se 4
A semana passada estivé mos doen- in numeras garrafas e caix inhas com em almofadas mais macias do que as
tes e da nossa doença gua rdamos rotulas de cõres. Toda a alcova de nuvens da bemaventurança.
uma tão grata recordação, que o facto doente onde não se exhibe este appa- Es1 a r do ente e não morrer é um
de termos melhorado, que o facto de rato terapeutico não pode ser tom a da es tado d e be atitude.
estarmos bons é para nós quas i uma a serio, e isto vexa o doente. Mas a doe nça dec lina e q seu, de-
decepção Cumprida esta formal id ade, u rge cl;nar é o hinto de s pertar de um bello
O melhor da doença é a doença. A que o doente , que o que r ser, se co n- so nho . O inte resse qu e o do ente des-
convale scença já é um estad o nien os serve no leito . Q' outra forma, ade us p~rtava vae po uco a pou co d iminuin-
agradavel. O resta belecime nto, esse, doença ! O doente vae se r visitado pe- d o. As vo zes que lhe !aliavam com
então, é pungente. E' como o de~per- los seus amigos. E' miste r que estes doçura já são menos mei gas . Por ve-
tar dt! um bello sonho. o enco ntrem deitado D'outra íorma zes mesm o parecer lhe hão duras. O
Nós não inspiramos interesse al- não ligam importa nci a á do ença , e não med ico começa a faltar e quando o
gum quando gosamos s a ud e. Em com- ha nada que ma is affe cte um doe nte me dico falta, o doente começa a não
pensação como nos tornamos interes- do que declararem lhe que elle não ter razão. de ser. Volta-lhe o appetite
santes, quando ado~cemos ! está - doente. Um doenk que está a e o doe nte que come perde todo o
Para estar doente, basta rr.uitas ve- pé não inspira interesse. Se e ll e está fu lgor. O seu primeiro b ife humilha-o.
zes que nos declaremos - doe nt es. a pé é porque a s ua doença não tem Sente-se perdido, quer dizer, sente-se
Logo nos sentimos cercados de uma gravidade e uma doença que não tem bom. Já nada expl ica que permaneça
solidariedade que completamente d es- gravidade é quasi um successo ridi- na cama. E' forçoso que se levante.
conhecemos quando gosamos saude. culo. A doença só é sympattrica quando Levanta-se.
Recolhemos ao leito, e o s imples facto se presume q4e pode ter posto ·em Emquanto lhe recoinmendam que
de estármos n'essa posição ho ri zon - perigo a vida do doente. Sei)'! esse pe- fique em casa, ainda r'eune alguns
tal em vez de · estarmos na posição rigo, não ha doe nç as que mereçam suffragios affectuosos. Ainda, ao sen-
vertical que é a da saude, faz cahir sympathia e não va le verdadeiramente tar-se n'uma cadeira,. encontra quem
sobre nós todas as bençãos da sym- a pena adoecer. O doente tem um lhe chegue uma almofada e quem lhe
pathia, e que coisa mais grata existe gra nde prestigio. Esse prestigio é fe ito embru lhe as pernas n'um couvre-pieds.
na vida ,do qu e inspirar .sympathia? do risco possível de rnorrer. Pôrmo- E' a convalescença e a convalescença
Para estar, porem, conveniente- nos a pé é declarar que esse risco não tem seus encantos. São porém, fuga-
mente doente, requerem-se algumas existe E' llnn ullar e doença e despo- zes. Breve, o doente deve re nunciar a
indispensaveis formalidades. A formali- jarmo-nos de ·todo o prestigio. estar doente e declarar-se são. O de-
dade essencial é o medico. No leito cobre-nos uma a ureola - fin itivo regresso á saude ê a pe rda de
Quantas vezes não reconhecemos a aureola do soffrimento, a au reola todos os p rivilegias de que goso u du-
poder prescindir .d o medico? Mas pres- do martyrio, e ha nada menos bana l rante a doença - é o reg résso á vida
cindir do medico é prescindir da nos nossos tempos se.m fu lgor do que inhospita, sem solidariedade. sem pie-
doe nça e quem adoece, adoece a se- trazer sobre a fronte uma aure·ola? dade, sem bondade, sem pieguice, sem
rio, ou então não adoece. Chama-se O doente torna ·sé objecto de atteo- mimo.
então o medico. O medico tranquilliza ções e cuidados que completamen·te Adeus, longos dias de calor e de
·• o doente e espalha o panico entre as lhe faltam quando não está doente. mandria na tepidez dos lençoes I Adeus,
pessoas que se interessam por este,. e Quem se preoccupa com a· sua sau- servos sollicitos ! Adeus, pontuaes·ami-
o prazer de estar doente é feito em de? Agora, todos parecem 1mmen- gos ! Adeus, mãos caridosas! Adeus,
parte do alvoroço que a nossa doença samente preoccupados com ellà. A labios d'on de escorriam palavras ma,s
causa entre aquelles que por ella po- nossa existencia parecia estar ligada doces q ue o mel ! Adeus, seguro me-
dem ser alvoroçados: á de muito pouca gente. Agora, pa- dico! Adeus, a colherin ha de xarope,
A doença não va le muitas 'vezes um rece indispensave l a meio mundo,·por- a p il ula 1 a hostia, o golo d'agua cha-
caracol. Quem lhe d~ im portancia?- q ue não ha bocca a mais indifferente, lada para refrescar a bocca e o guar-
0 med ico. que não lhe pe rgu nte-'- E~tá melhor? danapin·ho para seccar os dedos!
Mas ha medicos e medicos. Assim e sentir nos ouvictos estê susurro af- Adeus!
ha, por exemplo, agora, medicos .que fectuoso Jaz.nos felizes. Leitor! Leitores 1
não receitam , porque a arte de curar Muitas vezes encontramos difficil- Adoec.e'i. Adoecei ao menos um a vez
está passando por grandes. tra nsfor- mente quem nos sirva. )3asta, porém, cada anno. Uma doença, com a con-
mações e uma d'ellas consiste em curar que. nos declaremos doentes, chame- dição de não ser grave, faz-nos en-
sem remedios. mos ô medico, tome.mos o remed ia, e trever paraizos de ternura, a que é
O medico que não receita estraga immed iatamente todos se apressarão perfeitamente justo prestar a homena-
completamente o prazer da doen~a, soll icitamente a prestar-nos serviços. gem de 37 gráos de febre e de algu-
porque, para estar. doente a va ler, é Mobilisar o ge nero hum ano, que pra- mas hostias de sulfato de quinino.
preciso tomar remedios e. o nosso se- zer! Mobilisal-o por meio do despo-
milhanté só nos acredita doente quan- tismo da piedade que delicia! O doe nte JOÃO R11t1ANSO
gosa. Do leito, estendido, prostrado,
Parodia 3

Cahiu-Ihe na fraqueza. .. A este perguntinha scientifica res-


ponderam as excellentissimas fufias
Liberdade e Marmeleiro.
por esta forma animadora para o bi-
Dois dias depois de terem appro-
cho homem até mais não poder ser:
vado a famosa lei qu e a todos nós,
5 responderam para podermos sa- homens de penna aporada, nos gar-
hir sós.
rota, os dignos paes da patria apres-
1O - para irmos aos bailes e thea-
tros. saram-se a approvar uma proposta
7 - para viajarmos.
no sentido de o governo fornecer o
61 -para ter a nossa casa e poder- bronze necessario para um monu-
mos fazer o que quizermos. mento que a cidade de Vizeu vae eri-
3 - para sabermos o que é casar. gir á memoria de D. Antonio Alves
5 - para acautelarmos o futuro . Martins, que foi bispo d'aquella dio-
5 para nos diverti rmos. C('se e estadista eminentemente libe-
ral.

- Em São Carlos, ha dias, ó suprema


Ventura! de quem nasce duro e feio,
Ouvi um coração entre o dilema .
Do amor ou do poder - no mesmo ance10
Milagre d'Aphrodite! A mente estreita
Que repulsou caricias e ternuras,
- Não fosse a vil cubiça, d'uma feita,
Quebr.ir-lhe todo o fito das alturas -
Tomou, subitamente, um fogo vivo
Que a todos pareceu sonho d'Hespanha;
Pois nunca ardera assim, por tal motivo, Como se vê nenhuma das cavalhei-
Nas lu.sas terras, nem por. terra cxtranha.
ras declaro u que casava po r ter amor
Argenteas formas o toldaram,-vêde ! ao homem. Muito pelo contrario, cinco
A falta .d'us·o conturbou-o, logo, responderam que davam o sagrado nó
Chaga amorosa o encheu de sêdc, do matrimonio para poderem sahir sós.
Cahiu de cama; fez .o leito em fogo 1
Sim senhores, a felicidade conjugal,
Um forte amõr, cahiu-lhe na fraqueza em ltalia, . deve ser um a verdadeira Quiseram assim os paes da patria
. De que Yenus se rj; fatal desuso! belleza de hortal iça! prestar o seu culto á Liberdade, pres-
Adeus! profundo apêgo ao que.é grandeza! tando simultaneamente homenagem á
Cupido entrou naquelle peito luso.. memoria do homem illust re que foi o
E para castigar sua cubiça, . . bispo de Vizeu.
Seu geito de agarrado, de sovina, Achamos tudo muito bem, com-
Em vez de chamma.de oiro, Amôr atiça quanto não comprehendamos como
Somente numa affeiçào. toda argentina acordaram estes sentimentos liberaes
nos paes da patria 48 horas depois de
terem consummado o mais revoltante
attentado contra a libe rdade do pen-
samento que tem sido dado apreciar
a gente culta.
Ora não seria muito melhor, e mais
logico, deixar em paz a memoria do
venerando bispo, que passou á histo-
ria com a sua risonha legenda de
Liberdade e Marmeleiro?

Opiniões de noivas
A um sabio italiano (isto de sabios
Já fica prevenido qualquer pedaço
são sempre mais ou menos maduros!)
d'asno que esteja embeiçado por al-
deu-lhe a vineta para perguntar a 95
guma italiana.
compatriotas suas, que estavam para
casar, poroue é que ... casavam. E' tratar de lhe passar o pé e não
se sujt!itar a aventu ras com outras se-
jam de que nacionalidade forem.
Pode ser que isto seja andaço que
ande e que a molestia tenha pegado
em outras nações.
Os trabalhos não se levantam só
debaixo dos pés; muitas vezes er- Palavrinha, palavrinha, que estes
guem-se na outra extremidade. arrombos de agora pela libe rdade fa-
Já o dizia Salomão antes de caHr zem, sem mesmo a gente que rer, pen-
., templo. sar no Marmeleiro . ..
6 Parodia

A camara irrita-se, o homem faz Trata-se de architectura? Ouve-se


Ocaso da Taboleta chuchadeira, a camara diz coisas feias
do homem em plena sessão e o ho-
o sr. Fialho . Pin tura? O sr. Fialho.
Theatro? O sr. Fiiilho. T ouros de
mem responde-lhe das tezas em com- morte? Ainda o sr. Fialho. Carnaval
Um commerciante da Baixa, pro- municados de jornaes. civilisado? Sempre o sr. Fialho.
prietario dos Armazens Old England, No meio de todo este charivari quem Ora ha dias foi o sr. Fialho consul-
pediu e obteve auctorisação da Ga- teve graça a valer foi um munícipe que tado sobre o concurso recentemente
mara municipal para pôr na fachada ha dias, no Martinho, lendo o extra- aberto para a adjudicação do theatro
do edifício onde está estabelecida uma cto de uma sessão camararia sobre o Normal e o sr. Fialho disse coisas hor-
tremendíssima taboleta. assumpto, disse : ríveis, como de costume, mas não foi
- Ora quem comeu a carne . .. que capaz de alvitrar uma unica palavra
roa a tabole.ta !. ... a fim de se remediar o mal, o que é
muito para sentir.
Entre outras coisas esmagadoras,
o sr. Fialho teve esta phrase que o
jornalista entrevistador publicou em
normando: estás a ver oh Virosca! e
declarou que o Brazão não sabe com-
pôr uma personagem.
Assim será. Porventura o Brazào
não saberá compór .uma personagem.
Mas o que é tristemente certo é que
o sr. Fialho nem já sabe descompor
o proximo.
Theatro Normal e Fialbo Anormal O sr. Fialho, como o theatro de
D. Maria, está tambem a pedir reforma
E' sabido que, sempre que se ven- e concurso para adjudicação.
tile entre nós uma questão, seja de Se assim succeder, verão que· lhe
que ordem fõr, um jornalista vae en- succede o que succedeu ao theatro:
trevistar sobre o assumpto o sr. Fia- ,,inguem lhe pega.
lho d'Almeida.
A •PARODIA, NO ESTRANGEIRO
FRANÇA

',J Informa um telegramma da Agencia


Havas que tres parochos de Macon
que tinham sido processados por di-
zerem missa na mesma egreja sem li-
cença, foram absolvidos.
Esta de um pobre padre ter de pe-
dir licença para dizer a sua missa não
é nada má.
Ao que chegou a pobre religião I Pelo
visto, em França, quando um clerigo
queira celebrar o santo sacrificio, deve
ir ter com a auctoridade, levantar a
Obtida a licença o homem conse- mão e pedir:
guiu içar a bisarma, que é um dos - Dá licença que vá lá dentro dizer
mais grandiosos espantalhos do Velho missa?
Mundo, e todo contente a remirava no Se o outro responder: está lá um
polimento da monstruosidade, quando -terá de esper ar a sua vez.
a ex.ma Camara lhe mandou dizer que Que demonio de mal fará á Repu-
arriasse a maravilha, que era feia como blica dizer duas, tres ou quatro mis-
seiscentos diabos e constituía grande sas ao mesmo tempo?
agravo aos sentimentos estheticos e Que ganhará a Republica com as
mais partes da commissào administra- missas ... ás pinguinhas?
tiva do município. O sr. Fialho é, para os nossos col-
O Old, ou o homem, munido com legas, uma especie de bruxa da Arruda
a respectiva licença, e tendo pago o capaz de dar rernedio com a mesinha
seu rico dinheirinho por ella, fez ou - do seu conselho para todos os acha-
vidos de mercador - e fez elle mui- ques de ordem social e artistica.
tíssimo bem - e a taboleta continua
no seu sitio, horrível, valha a verdade,
mas usando de um direito que nin-
guem lhes poderá contestar, taboleta-
mente fal ·ando.
Paro dia 7

AS TRES GRAÇAS
Saudades da gata

Senhora. gorda. e photogra.phoamavel


...
\

O jesuitismo frariquista
P A R ODIA

EMPREZA NACIONAL DE NAVEGAÇÃO


Servt90 da Costa Óccldenta l e Oriental d'Africa ~ r - ~

Lisboa .•••... (Part.)I \


Madeira . . . . • . • . . . . . 3
ITINERARIO

7
9
1 22
-
B4"ira ..... ·········111/J2
Lourenço )(arqu(ls.. J.J/ 16 -· 1 -
Real Fa~rica (le Lon~a ~e Sacavem
$ . Vicente • . . .. . . . . • -
S. Thiago.. . ... . ... . -
1
14/15
- llouamfldea .. ,. . . . . -
2R/29 Rensi:uelJtl. . • , ., ..• ·, -
9 22
10/ 11 23/2.1
neuosito geral R. da Prata, 126 a 132
.Principe.,..... - 23/21 7 l...obito .... , • , , . , , , - 12 25
13 ,.,.;
$. Thomé. . .. .• . . . .
Cabinda
13
-
zs.,21 S,'10 Novo Redondo.. . ... -
12 Ln\\nda. , ... . •... . , . 26 ../ 16 ~i29 GRANDE SORTIMENTO KM LOUÇA AVULSO
S1.• Anlonio do Zaire - - 13 Ambrh: - 17 30
Ambriz •.•.. .... . .. . - $0 ll ~1.~Antoniod0Za11'e - - 31
Loauda . .... . . . . . . • 16 1/3 t!>/ 10 Ct,bindA . . . • , .. , .• ,. - 18 2
Novo Re-Jondo
Lobito . .. ........ . ,.
-
-
4
5 1$
l1 S. Thomé , , , , , . , , · ·
PrfocipEI,
28
-
20fi2
23
4/G
7 Variadíssimos e lindíssimos
Bengnéll&............ - 6(7 19/20 S. Thiago · .,,., · , · · - 1 J!>
Mt>&.118medt'l11.........
Lourenço Marqu4'!$
-
2.5 2
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21/22 S . Vic~u\e •... • .. . , •
- Ma.doirA .. . .•• ,.....
-
9 1
-
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IG
20
serviços de jantar. de chá e de toi-
Beira.. . ............
Moçambique . . . • . • . .
45
1/9
1-
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Na Administração da t, Parodia" re-
do Bruil em 6 de fevereiro. cebe-se qualquer collaboração artística,
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pera do Bra.iil em 21 de fevereiro. . po~endo todo aquelle que verificar que
Para. passagens de todas as classes, carga e quaes·
quer combinações trata.se na Agenc,a da Companhia, o seu trabalho mereceu a publicação no
32, rua Aurea.
Para passagens de 3.• classe trata-se tambem com nosso semanario, receber na referida
os srs. Orey Antunes & C.• - 4, Praça dos Remola-
res, 1.0 • Administração a remuneração que lhe
fôr conferida.
Socied ad e Torlades
~ sa, R ua .Aurea.

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