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Temas Redação 2020/2ºsemestre

Profª. Me. Rosana Gondim Rezende

TEMA DE REDAÇÃO 1 - EPIDEMIAS

Texto 01

“O surto de coronavírus está mudando dramaticamente a maneira como milhões de pessoas em todo o mundo vivem
suas vidas.

Muitas dessas mudanças serão temporárias. Mas doenças ao longo da história tiveram enormes efeitos a longo prazo:
desde a queda das dinastias, passando pelo aumento no colonialismo, e chegando ao esfriamento do clima.” 1

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/bbc/2020/03/22/cinco-epidemias-que-ajudaram-a-mudar-o-
rumo-da-historia.htm

Texto 02

“Na maioria das vezes, viroses vêm de animais. Um trabalho interessante publicado em revistas como a ‘Nature’, por
exemplo, defende a teoria de que, há 10 mil anos, quando o homem desenvolveu a agricultura e passou a conviver
com animais que tinha domesticado, entrou em contato com alguns vírus que eles albergavam. Se considerarmos o
vírus da varíola, verificaremos que é muito semelhante ao vírus que causa doença semelhante em alguns roedores e
no gado, e o vírus do sarampo é semelhante aos que causam doenças nos carneiros. Esses vírus provavelmente tiveram
um ancestral comum nos animais, sofreram mutações e passaram para os homens.
No século 20, essa teoria foi confirmada pela evidência dos fatos. A aids é provocada por um vírus mutante do
chimpanzé que contaminou o homem. Pandemias de gripe no sudeste da Ásia têm sua origem nos vírus existentes nas
galinhas. Com o vírus da SARS, ou pneumonia asiática, sem dúvida, a história não foi diferente.” (Stefan Cunha Ujvari)

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/epidemias-entrevista/

Texto 03

“A vacinação contra doenças deve ser obrigatória? Essa pergunta paira no ar dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário e, na maioria das vezes, a resposta tem sido: “depende”. Para o coordenador da Frente Parlamentar do
Programa Nacional de Imunizações, deputado Pedro Westphalen (PP-RS), a vacinação de crianças deve ser obrigatória,
com responsabilização dos pais que não a promoverem.

‘Acho que a obrigatoriedade tem que ser feita em alguns casos, sim: de maneira didática e principalmente em crianças
que não podem decidir por si. O adulto tem a prerrogativa de não querer fazer, e não faz. Mas, no caso de uma criança
que tem a disposição uma vacina contra a poliomielite, que vai lhe impedir de ter sequelas irreversíveis no futuro, o
pai, o tutor ou responsável que tem consciência disso e não faz a vacina, tem que ser responsabilizado, sim’, acredita.

Covid-19
E no caso da futura vacina contra Covid-19? A lei de medidas emergenciais contra a pandemia provocada pelo novo
coronavírus (Lei 13.979/20) prevê a possibilidade de vacinação compulsória contra a doença. A deputada Bia Kicis
(PSL-DF) é contra essa obrigatoriedade e já apresentou proposta (PL 4506/20) para retirar esse trecho da lei.
‘É especificamente no caso da vacina da Covid, porque demora, no mínimo, 10 anos para que uma vacina tenha
segurança em relação aos seus efeitos. Então, eu acho realmente um abuso permitir que o estado obrigue uma pessoa
a se submeter a um tratamento experimental. E há um artigo no Código Civil que dá à pessoa o direito de não se
submeter a tratamento que possa colocar em risco a sua saúde’, alega.

Outra proposta (PL 4966/20) com o mesmo objetivo de proibir a obrigatoriedade foi apresentada nesta terça-feira
pelos deputados Carla Zambelli (PSL-SP) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP). O projeto estabelece que é
crime funcionário público do Poder Executivo federal, estadual ou municipal ‘obrigar alguém a se submeter, com risco
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de vida, a tratamento médico, vacinação, ou a intervenção cirúrgica.’ A pena mínima prevista é de reclusão de um a
cinco anos.”

Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/701491-obrigatoriedade-de-vacinas-e-alvo-de-debate-nos-tres-
poderes-da-republica

UFU – Em um artigo de opinião, posicione-se sobre a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 no Brasil. Você é 2

favorável ou contrário a essa posição que pode ser tomada por diversas instâncias do governo no Brasil?

UFU – Em um editorial, considere as relações entre a contenção de uma epidemia e o desenvolvimento econômico de
um país. O que deve ser privilegiado? Como equacionar os interesses em conflito?

UFU – Escreva uma carta de solicitação ao prefeito da cidade, na qual, você, como presidente de um bairro periférico,
requer autorização para que o comércio daquele local permaneça em funcionamento, tendo em vista a difícil
mobilidade de seus moradores.

UFU – Escreva uma carta de reclamação ao Ministro da Saúde, na qual, você, como presidente de um bairro periférico
de uma metrópole, diante da autorização para o funcionamento regular do comércio e da condição precária de saúde
de seus moradores, questione a não obrigatoriedade da vacina contra o covid-19.

ENEM – A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“A epidemia de covid-19 e suas implicações sociais, econômicas e sanitárias.”, apresentando proposta de intervenção,
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.

TEMA DE REDAÇÃO 2 – DIREITOS COLETIVOS X DIREITOS INDIVIDUAIS

Direito coletivo à saúde se sobrepõe ao direito individual, diz juiz

6 de abril de 2020, 17h54

No conflito entre o direito individual e o coletivo da sociedade à saúde pública, deve prevalecer o dever do Estado de
proteger a população. Com esse entendimento, o juiz Daniel de Souza campos, da Comarca de Sapezal (MT),
determinou que um homem permanecesse em isolamento domiciliar por 14 dias.

A decisão atendeu pedido do Ministério Público de Mato Grosso. Ao analisar o caso, o juiz afirmou que o homem
desobedeceu a orientação da equipe médica da localidade, que constatou que ele demonstrava sintomas compatíveis
com o coronavírus.

Ao contrário do isolamento recomendado, o homem decidiu continuar com sua rotina normalmente e manteve
contato com pessoas da cidade.

Na ação, o MP destaca que a Secretaria de Saúde de Sapezal, após a recomendação médica, procurou estabelecer
contato, por telefone e através de uma equipe, mas foi informada na própria residência do paciente que havia saído
para trabalhar. Depois disso, o homem compareceu à unidade de saúde para informar que contrataria advogado para
representá-lo contra os médicos que tentavam obrigá-lo a permanecer em casa.

Ao determinar o afastamento, o juiz lembra que isolamento recomendado tem respaldo cientifico, “ressoando
cristalino que, nesse conflito entre o direito individual e o coletivo da sociedade à saúde pública, deve sobrepor-se o
dever do Estado frente a proteção da população, não havendo dúvidas que, em situações como a dos autos, o direto
fundamental de ir e vir do demandado deve ser relativizado”.
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O magistrado também definiu, caso o paciente não cumpra a obrigação judicial, que seja aplicada multa diária no valor
de R$ 1 mil.

Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-mar-28/mp-debate-interesse-publico-priorizacao-direitos-


fundamentais

UFU – Com base na discussão sobre as tensões entre o bem comum (interesse coletivo ou direito coletivo) e os direitos
individuais, redija um artigo de opinião sobre a sua posição a respeito desse embate.
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ENEM – A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“A epidemia de covid-19 e suas implicações sobre direitos coletivos e individuais. A quem cabe a decisão final?”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEMA DE REDAÇÃO 3 – VOLTA ÀS AULAS PRESENCIAIS

Como a volta às aulas presenciais está sendo pensada pelo país

Estêvão Bertoni

Órgão que assessora o Ministério da Educação recomenda que pais possam decidir retorno em meio à pandemia
sem punição por falta. Maior parte dos estados ainda não tem previsão para retomada

Quase cinco meses após o início da pandemia do novo coronavírus, que levou ao fechamento de escolas em todo o
Brasil a partir de março, estados e municípios têm discutido a retomada das aulas, mas esbarram em dificuldades para
definir uma data para isso. O impasse se deve à incapacidade do país em controlar a transmissão da doença e aos
riscos envolvidos na medida: reabrir escolas significa voltar a aglomerar pessoas em locais fechados, em situação
propícia ao contágio, o que colocaria crianças, jovens e profissionais da educação em perigo.

Com a reabertura de outras atividades pelo país, representantes das escolas privadas têm pressionado cada vez mais
os governos pela retomada das aulas. Gestores de educação estudam como cumprir a carga horária de forma a
amenizar o impacto da pandemia para os alunos, e entidades e governos lançaram guias para a reabertura com o
estabelecimento de requisitos de higiene que possam evitar novos surtos. Representantes dos profissionais de ensino
e epidemiologistas dizem, porém, que ainda não é hora de se pensar na volta às aulas.

Uma saída que alguns estados encontraram para se chegar a um consenso tem sido consultar os próprios alunos sobre
a retomada. Há discussões sobre a adoção de modalidades que mesclem atividades presenciais e a distância. O
Conselho Nacional de Educação, que assessora o Ministério da Educação, recomendou que pais possam decidir sobre
o retorno ou não dos filhos sem punir quem preferir continuar com o ensino remoto.

O poder de decisão dos pais

A recomendação do Conselho Nacional de Educação consta em um parecer de julho que ainda precisa ser homologado
pelo ministério. Segundo a orientação, os pais que não quiserem que os filhos voltem a frequentar as escolas em meio
à pandemia poderão optar por continuar com as atividades educativas em casa sem que o aluno seja punido com a
contagem de faltas.

O documento aconselha que as escolas flexibilizem o controle de frequência escolar e permitam a continuidade das
atividades não presenciais em situações específicas, como, por exemplo, a existência de membros da família do aluno
com doenças pré-existentes que podem ser agravadas com a infecção pelo novo coronavírus. Pessoas com diabetes,
hipertensão e cardiopatias fazem parte do grupo de risco.
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O conselho recomenda que as escolas, neste momento, deem ênfase a um “modelo híbrido” de ensino, em que parte
das atividades é presencial, e outra, a distância. Com isso, o número de alunos em sala poderia ser menor, o que
minimizaria os riscos de contágio. (…)

Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/07/29/Como-a-volta-%C3%A0s-aulas-presenciais-


est%C3%A1-sendo-pensada-pelo-pa%C3%ADs

UFU – Redija uma carta de solicitação endereçada para um político que achar pertinente sobre a sua posição em
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relação à volta às aulas em 2020.

ENEM – A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“A questão do retorno às aulas em tempos da pandemia do coronavírus”, apresentando proposta de intervenção, que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.

Fonte: www.operablog.com.br

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