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OS SÍMBOLOS: seiscentos virgos postiços

três arcas de feitiços


três armários de mentira
alguns furtos alheios: jóias, vestidos
estrado de cortiça
dois coxins
moças

ARGUMENTOS
CONDENAÇÃO DEFESA
- vida de prostituição e exploração - várias vezes açoitada
“Seiscentos virgos postiços e três arcas de feitiços” “Eu sou uma mártela tal, açoutes tenho levados e
(vs.490-491) tormentos soportados que ninguém me foi igual”
(vs.509-512)
“A mor cárrega que é: essas moças que vendia”
(vs.501-502) - todo o mundo lhe foi igual
“Se fosse ao fogo infernal, lá iria todo o mundo”
- persistência no erro (vs.513-514)
“Daquesta mercadoria trago eu muita, bofé.” (vs.503-
504) - trabalho para o clero
“Eu sô aquela preciosa que dava as moças aos
- hipocrisia; mentira molhos, a que criava as meninas pera os cónegos
“Seiscentos virgos postiços” (v.490) da Sé”(vs. 223-226)

“Barqueiro mano, meus olhos, prancha a Brísida - as moças que converteu e casou
Vaz!”(vs.517-518) “Santa Úrsula nom converteu tantas cachopas
como eu (...) todas acharam dono.” (vs.533-534)
“ E eu som apostolada, angelada e martelada, e fiz
cousas mui divinas” (vs.530-532)

CARACTERIZAÇÃO: - despachada – “O que me convém levar.”(v.488)


- descarada – “Seiscentos virgos postiços...”(v.490)
- hipócrita – “Barqueiro mano, meus olhos, prancha a Brísida Vaz!”
(vs.517-518)
- imoral; exploradora – “Santa Úrsula nom converteu tantas
cachopas como eu.” (vs.533-534)

CÓMICO
LINGUAGEM
(vs.490-492 // v.421)

INTENÇÃO CRÍTICA: denúncia de uma profissão que se dedicava a fazer casamentos, a


desencaminhar mulheres casadas e solteiras e a lançar raparigas novas na prostituição

NÍVEIS DE LÍNGUA (Alcoviteira): linguagem popular (obscena, por vezes)

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