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VERSO PARA MEMORIZAR: “Minha é a prata, Meu é o ouro, diz o Senhor dos
Exércitos” (Ag 2:8).
O
livro de Ageu, um dos mais curtos da Bíblia, foi escrito em um momento crítico na
vida de Judá. Os exilados tinham voltado do cativeiro em Babilônia quase vinte
anos antes. No entanto, eles pareciam ter esquecido o motivo de seu regresso. Eles
permitiram que o templo de Deus ficasse em ruínas, enquanto dedicavam suas energias
para a construção das próprias casas.
Assim, o profeta exortou os exilados que haviam retornado a dar atenção cuidadosa à sua
situação. A mensagem foi simples e lógica. O povo trabalhava arduamente, mas não
ganhava muito. Isso acontecia porque eles tinham confundido as prioridades. Eles
precisavam colocar Deus em primeiro lugar em tudo o que faziam. Como o próprio Jesus
disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).
Hoje, também, é tão fácil ficar envolvido na luta pela vida que nos esquecemos de qual
deve ser nossa prioridade: fazer sempre a vontade do Senhor.
Pelo fato de os israelitas terem deixado a casa de Deus assolada, o Senhor enviou sobre
suas propriedades uma seca devastadora. Esse juízo afetou não apenas todos os frutos
da terra, mas também as criaturas vivas. O gado devia sofrer por causa dos pecados dos
homens. Deus concedeu a Seu povo remanescente os frutos do campo e do jardim,
milho, vinho e azeite, como sinal de Seu favor. Foi por causa dos pecados de Israel que
Ele declarou por meio de Seu mensageiro Ageu – pelo fato de o povo ter usado todos
esses generosos dons de maneira tão egoísta – que as bênçãos seriam removidas.
Ageu confrontou o povo com sua condição. Inutilidade do trabalho era uma das
maldições que resultaram da transgressão da aliança divina (Lv 26:16, 20). Até que as
pessoas voltassem sua atenção para essa prioridade, não haveria prosperidade para elas.
Ageu tinha grande zelo pelo templo do Senhor e quis que o povo completasse sua
reconstrução imediatamente. Seu desejo era contrário à complacência dos que não se
importavam com o templo tanto quanto se preocupavam com seu próprio conforto.
Enquanto a grande preocupação de Ageu era com o templo, as pessoas estavam mais
interessadas em suas próprias casas.
O Senhor usou Ageu para mover o coração das pessoas na direção das preocupações de
Deus. Ele não poderia ser honrado corretamente enquanto Sua casa estivesse em ruínas.
O templo em Jerusalém simbolizava a presença divina em meio à humanidade caída. Era
um lembrete visível ao mundo inteiro de que o soberano Senhor é o Deus dos céus e da
Terra. Como os filhos de Israel poderiam testemunhar do Deus verdadeiro enquanto o
próprio símbolo desse Deus e de todo o plano da salvação estava em ruínas (Jo 2:19; Mt
26:61)? Em muitos aspectos, a atitude deles para com o templo revelou um problema
espiritual mais profundo: a perda do senso da sua missão divina como povo
remanescente de Deus.
[Ageu 1:1, 2 citado] A expressão “este povo afirma” é significativa. Os israelitas não
haviam demonstrado boa vontade na hora de sua oportunidade. Espera-se pronta
obediência da parte daqueles a quem o Senhor escolhe e guia. As súplicas em busca de
um adiamento são desonra para Deus. Entretanto, aqueles que preferem proceder à sua
maneira com frequência inventam desculpas engenhosas para autojustificação. Por isso,
os israelitas declararam que haviam começado a reedificar, porém não haviam
concluído a obra por causa dos estorvos idealizados pelos inimigos. Raciocinavam que
tais estorvos eram indicação de que ainda não era tempo adequado para a reedificação.
Declaravam que o Senhor havia interposto dificuldades para reprovar sua pressa. Por
isso, em uma mensagem por meio do profeta, Ele não Se referiu a eles como “Meu
povo”, mas como “este povo”.
Os israelitas não tinham uma desculpa verdadeira para abandonar o trabalho do templo.
Quando surgiram dificuldades mais sérias, esse era o tempo em que deveriam
perseverar na edificação. Porém, foram movidos pelo desejo egoísta de evitar o perigo,
despertando a oposição dos inimigos. Não tinham fé, que é a essência das coisas que
esperamos, a evidência das coisas não vistas. Vacilaram, sem ousar avançar pela fé nas
providências com que Deus lhes abria o caminho, porque não podiam ver o fim desde o
princípio. Quando surgiram dificuldades, facilmente se apartaram da obra.
A história se repetirá. Haverá fracassos religiosos porque os homens não têm fé.
Quando olham as coisas que podem ver, as possibilidades aparecem, mas Deus pode
guiá-los passo a passo na direção que deseja que sigam. Somente quando Seus servos
avançarem pela fé, Sua causa também avançará. Mesmo que tenham que passar por
tempo de provas, sempre deverão se lembrar de que estão lutando com um inimigo
debilitado e vencido. Finalmente, o povo de Deus triunfará sobre todos os poderes das
trevas (Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 4, p. 1196, 1197).
A glória exterior do templo não era a glória do Senhor. Foram dadas instruções quanto
ao que constituía a bênção que devia repousar sobre o templo. Sua restauração em um
estilo mais simples que o do primeiro templo devia colocar diante do povo, em uma luz
apropriada, seu erro passado em depender da pompa de formas e cerimônias. O templo
devia ser erigido nesse tempo, também, para remover a vergonha de sua deslealdade a
Deus. Ageu instruiu o povo no sentido de que, por meio de arrependimento sincero, se
convertesse e, pela rápida conclusão do templo, buscasse a purificação do pecado da
desobediência que o tinha afastado de Deus e retardado a execução da ordem de
reconstrução…
D
essa vez, a mensagem foi obedecida imediatamente pelos líderes e pelo povo
remanescente. Eles se prepararam, coletaram materiais e retomaram o trabalho no
templo três semanas depois. Uma semana depois eles ergueram um altar e
restabeleceram a adoração sacrifical (Ed 3:1-6). Em menos de cinco anos, o templo foi
concluído.
Embora o reino de Deus não possa ser identificado com um edifício material, o livro de
Ageu é um lembrete de que Deus às vezes usa coisas materiais, como edifícios, para fins
espirituais.
Ageu 1:12-14 relata a resposta dos líderes e do povo à mensagem de Ageu. Todos
obedeceram ao Senhor porque reconheceram que o profeta havia sido enviado por Deus.
O povo “temeu diante do Senhor” (v. 12) e mostrou isso ao adorá-Lo e Lhe dar a devida
atenção. Ageu então poderia dar uma nova palavra do Senhor: “Eu Sou convosco” (v.
13). Assim que as pessoas decidiram obedecer ao Senhor, as mensagens de reprovação
foram substituídas por palavras de encorajamento. A certeza da presença de Deus lhes
deu a promessa de todas as outras bênçãos. A declaração “Eu Sou convosco” relembra as
promessas da aliança que Deus fez durante o tempo dos patriarcas e Moisés (Gn 26:3; Êx
3:12; Nm 14:9).
A maior manifestação de Deus “conosco” é Jesus (Is 7:14; Mt 1:23; 28:20). Pense na
ideia de que Jesus, o Criador e Mantenedor do Universo, viveu entre nós. O que isso nos
diz sobre nossa importância, em um Universo tão grande que facilmente podemos ser
levados a nos considerar insignificantes?
As mensagens de Ageu levaram o povo a sentir que o Senhor era zeloso para com ele.
Ninguém ousou desconsiderar a repetida instrução de que sua prosperidade, temporal e
espiritual, dependia da fiel obediência aos mandamentos do Deus do Céu. Tão logo eles
decidiram “obedecer à voz do Senhor, o seu Deus, por causa das palavras do profeta
Ageu, a quem o Senhor, o seu Deus, enviara”, as mensagens de repreensão enviadas
foram seguidas por palavras de encorajamento: “Então Ageu, o mensageiro do Senhor,
trouxe esta mensagem do Senhor para o povo: ‘Eu estou com vocês’, declara o Senhor.”
Quão confortadoras são essas palavras! O Senhor Deus onipotente que reina nos Céus
declara: “Eu estou com vocês.” Ele assegura a Seu povo que os obedientes estão em
uma posição em que podem ser abençoados, para glória de Seu nome. Se o povo de
Deus, hoje, escolher crer e confiar nEle, será abençoado. Ele será um socorro bem
presente para todo aquele que O serve, em vez de preferir servir a si mesmo. Quando o
Senhor vê que Seu povo tem disposição para cumprir Sua vontade, Ele o leva a
conhecer a doutrina e estará com ele.
A presença de Deus inclui todas as demais bênçãos. “Aquele que habita no abrigo do
Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu
refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’.” E a respeito dele Deus
afirma: “Porque ele me ama, Eu o resgatarei; Eu o protegerei, pois conhece o Meu
nome. Ele clamará a Mim, e Eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou
livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa Eu lhe darei, e lhe mostrarei a Minha salvação.”
Não tema!
A
geu 2:1-5 apresenta um momento interessante no grande reavivamento que estava
ocorrendo entre o povo de Deus. Cerca de um mês após o começo da edificação do
templo, Deus enviou uma palavra de incentivo por meio de Ageu para o remanescente
que havia decidido, mesmo sem recursos suficientes, reconstruir a casa de Deus
conforme a orientação dos profetas. Ageu perguntou aos anciãos como o estado do
templo se comparava à sua aparência antes do exílio. O aspecto do templo reconstruído
não correspondia à glória anterior. As pessoas podem ter ficado desencorajadas porque
não tinham condição de reproduzir o esplendor do templo de Salomão, que havia
existido no mesmo lugar.
3. O que Deus mandou dizer ao povo e aos líderes de Sua obra? Ag 2:4, 5
Um homem que havia desistido de crer em Deus, deixou uma nota de suicídio de 1.900
páginas. A certa altura, ele escreveu: “Todas as palavras, pensamentos e emoções se
voltam para um problema central: A vida não tem sentido.”
Como nossa crença em Deus e nossa vontade de obedecer a Ele dão sentido à vida?
Nosso Senhor é conhecedor do conflito de Seus filhos, nestes últimos dias, com os
agentes satânicos combinados com homens ímpios que negligenciam e recusam esta
grande salvação. Com a maior simplicidade e candura, nosso Salvador, o poderoso
General dos exércitos celestiais, não esconde o severo conflito que eles experimentarão.
Ele mostra os perigos, expõe o plano de batalha bem como a difícil e perigosa obra que
deve ser feita. Então, ergue a voz para avaliar o preço enquanto anima todos a tomar as
armas de Sua batalha e a esperar que a hoste celestial integre os exércitos para guerrear
em defesa da verdade e da retidão. A fraqueza dos homens encontrará força
sobrenatural e ajuda em cada conflito severo para realizar as obras da Onipotência. A
perseverança na fé e a perfeita confiança em Deus asseguram o êxito. Mesmo que a
antiga confederação do mal esteja em ordem de batalha contra eles, o Senhor ordena
que sejam corajosos e fortes, e lutem corajosamente, pois têm um Céu a ganhar e mais
de um anjo em suas fileiras; o poderoso General dos exércitos é quem conduz as hostes
do Céu. Na conquista de Jericó, nenhum dos exércitos de Israel pôde vangloriar-se de
haver empregado sua limitada força para derribar as muralhas da cidade. O Capitão das
hostes do Senhor fez os planos dessa batalha com a maior simplicidade, de modo que
somente Deus recebesse a glória e o homem não se exaltasse. Deus nos prometeu todo o
poder: “A promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe,
para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar” (Comentário Bíblico Adventista
del Séptimo Dia, v. 2, p. 989, 990).
Então, apesar do fato de que “eles se revoltaram e entristeceram o Seu Espírito Santo”,
em Sua infinita misericórdia, Deus estendeu Sua mão para salvá-los e restaurá-los. Em
reconhecimento de sua cooperação com Seus propósitos, Ele renovou com eles o
concerto de que Seu Espírito permaneceria entre eles; e lhes disse: “Não temam!”
Assim como nos dias passados, hoje Ele diz a Seus filhos: “Sejam fortes… e trabalhem.
Eu estou com vocês.” Que segurança! Que incentivo para o serviço fiel! (Review and
Herald, 12 de dezembro de 1907).
A promessa dada por Jesus a Seus discípulos é também para todos aqueles que
cumprirem as condições dEle no fim do tempo. Deus é onipotente e o homem pode ser
fortalecido para cumprir Seus propósitos, pois tem a promessa da presença divina em
toda emergência. O poder de Deus é obscurecido para os descrentes, pois os caminhos e
os propósitos divinos não podem ser compreendidos por eles. “O mundo não O
conheceu.” Porém, muitíssimas vitórias têm sido conquistadas por meio das orações de
obedientes filhos de Deus, apresentadas em nome de Jesus. O segredo do sucesso do
povo de Deus é a ligação com Ele em oração e humilde obediência a Seus
requerimentos. Jesus insistiu com Seus discípulos sobre a necessidade de obedecer aos
mandamentos que Ele lhes deu, caso eles permanecessem em Seu amor. A confortadora
promessa para Seus seguidores repousa nessa condição (Signs of the Times, 17 de
janeiro de 1878).
“Enquanto o povo procurava fazer sua parte, buscando uma renovação da graça de Deus
no coração e na vida, mensagem após mensagem era dada a eles por intermédio de Ageu
e Zacarias, com a certeza de que sua fé seria ricamente recompensada, e que não falharia
a Palavra de Deus com respeito à futura glória do templo cujas paredes eles estavam
reparando. Nesse mesmo edifício apareceria, na plenitude do tempo, o Desejado de todas
as nações como o Mestre e Salvador da humanidade” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p.
577).
Deus prometeu que o esplendor do segundo templo seria maior do que a glória do antigo.
Seria um tipo diferente de glória porque esse templo seria honrado pela presença física
de Jesus. De fato, a presença de Cristo fez com que a glória do novo templo fosse maior
do que a do templo de Salomão.
Leia Hebreus 8:1-5. Não importa qual tenha sido a glória do templo terreno, nunca
devemos nos esquecer de que ele foi apenas uma sombra, um símbolo do plano da
salvação. O que significa o fato de que, agora, Jesus está ministrando em nosso favor no
“verdadeiro tabernáculo”, feito por Deus, não pelo homem? Como podemos aprender a
avaliar melhor a importância da mensagem do santuário no plano da salvação?
O segundo templo não foi igual ao primeiro, em magnificência, nem foi santificado por
aquele sinal visível da presença divina pertinente ao primeiro templo. Não houve
manifestação de poder sobrenatural para marcar sua dedicação. Nenhuma nuvem de
glória foi vista para encher o recém-construído santuário. Fogo nenhum desceu do Céu
para consumir o sacrifício sobre o altar. A shekinah já não habitava entre os querubins
no lugar santíssimo; a arca, o propiciatório e as tábuas do testemunho não foram
encontrados nesse lugar. Nenhuma voz soou do Céu para tornar conhecida ao sacerdote
a vontade de Jeová.
Todavia, esse era o edifício a respeito do qual o Senhor havia declarado pelo profeta
Ageu: “A glória deste novo templo será maior do que a do antigo.” “Farei tremer todas
as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória”, diz
o Senhor dos Exércitos.” Durante os séculos posteriores, os judeus inutilmente se
esforçaram para mostrar como a promessa de Deus, feita por meio de Ageu, tinha sido
cumprida. Porém, quando realmente apareceu o Desejado de todas as nações e
santificou os limites do templo por Sua presença pessoal, o orgulho e a descrença
cegaram a mente deles ao verdadeiro significado das palavras do profeta. O segundo
templo foi honrado, não com nuvens da glória de Jeová, mas com a presença viva
dAquele em quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade – o próprio Deus
manifestado em carne. O “Desejado de todas as nações” realmente estava no templo,
quando o Homem de Nazaré ensinou e curou em seus pátios sagrados. Na presença
pessoal de Cristo, durante Seu ministério terrestre, e nela somente, a glória do segundo
excedeu à do primeiro (Review and Herald, 16 de janeiro de 1908).
Anel de selar
Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel,
servo Meu, diz o Senhor, e te farei como um anel de selar, porque te escolhi, diz o Senhor
dos Exércitos” (Ag 2:23).
A
mensagem final do Senhor a Ageu foi dada no mesmo dia da mensagem anterior, a
fim de complementá-la (Ag 2:22, 23). O Senhor advertiu a respeito de uma
iminente destruição de reinos e nações durante o dia do juízo de Deus. Mas nesse mesmo
dia, disse o profeta, o servo do Senhor concluirá a designada tarefa divina de salvação.
Em última análise, isso se cumprirá somente na segunda vinda de Jesus e durante os
eventos posteriores a esse acontecimento.
O líder político da nação está associado nesse caso com o glorioso reinado do rei Davi de
Israel, de quem ele era descendente. Zorobabel era neto do rei Joaquim e herdeiro
legítimo do trono de Davi depois do exílio babilônico. Ele serviu como governador de
Judá sob o rei persa Dario, o Grande, e foi a principal força por trás da reconstrução do
templo em Jerusalém. Josué foi o sumo sacerdote que também ajudou a reconstruir o
templo.
O profeta disse que Zorobabel seria anel de selar do Senhor, um objeto que provê
evidência de autoridade real e propriedade. Como um rei selando documentos legais com
um anel, o Senhor iria impressionar o mundo inteiro pelo trabalho de Seu servo. Embora
o papel fundamental de Zorobabel na reconstrução do templo não deva ser subestimado,
ele não realizou tudo que Deus lhe havia prometido por meio de Ageu. Os inspirados
escritores dos evangelhos apontam para a pessoa e ministério de Jesus Cristo,
descendente de Davi e de Zorobabel, como cumprimento final de todas as promessas
messiânicas encontradas na Bíblia.
5. Leia Lucas 24:13-27, com especial destaque para as palavras de Cristo aos dois
discípulos. Que mensagem importante Ele estava dando a eles, e como Suas
palavras mostram a importância de compreender as profecias do Antigo
Testamento? Essas profecias ainda são relevantes para os cristãos hoje?
No dia em que foram prometidas ricas bênçãos a Israel por causa de sua fé e pronta
obediência, uma mensagem foi dada a Zorobabel, seu líder: “A palavra do Senhor veio
a Ageu…: ‘Diga a Zorobabel, governador de Judá, que Eu farei tremer o céu e a terra.
Derrubarei tronos e destruirei o poder dos reinos estrangeiros. Virarei os carros e os
seus condutores; os cavalos e os seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu
companheiro.’ ‘Naquele dia’, declara o Senhor dos Exércitos, ‘Eu o tomarei, Meu servo
Zorobabel, filho de Sealtiel’, declara o Senhor, ‘e farei de você um anel de selar, porque
o tenho escolhido’, declara o Senhor dos Exércitos.”
Os cristãos são as joias de Cristo e devem brilhar para Ele, espalhando a luz de Sua
amabilidade. Esse brilho depende do polimento que recebem. Eles podem escolher ser
polidos ou permanecer em estado bruto. Mas, todo aquele que é declarado digno de um
lugar no templo do Senhor deve se submeter ao processo de polimento. Sem isso, ele
não pode refletir mais luz que a pedra comum.
Cristo diz ao ser humano: “Você Me pertence. Comprei-o. Agora, você é apenas uma
pedra bruta; porém, se você se colocar em Minhas mãos, vou refiná-lo, e o brilho que
você espargirá trará honra ao Meu nome. Ninguém pode arrancá-lo da Minha mão.
Farei de você Meu tesouro peculiar. No dia da Minha coroação, você será uma joia em
Minha coroa de regozijo.”
O divino Artista gasta pouco tempo com material sem valor. Somente as joias preciosas
são buriladas por Ele, à semelhança de um palácio, cortando todas as arestas. Esse
processo é difícil e penoso; fere o orgulho humano. Cristo penetra profundamente na
experiência que o homem, em sua autossuficiência, considera completa, e trabalha na
edificação do caráter. Ele corta o excedente superficial, e realiza o polimento da pedra,
revirando-a, limpando as impurezas, para que toda a escória possa ser retirada. Então,
segurando-a sob a luz, o Mestre vê nela Seu próprio reflexo, e a declara digna de um
lugar em Seu cofre.
“Naquele dia”… farei de você um anel de selar, porque o tenho escolhido’, declara o
Senhor dos Exércitos” (Review and Herald, 19 de dezembro de 1907).
Estudo adicional
M
as nem mesmo aquela hora escura foi sem esperança para aqueles cuja confiança
estava em Deus. Os profetas Ageu e Zacarias foram despertados para enfrentar a
crise. Com encorajadores testemunhos, esses mensageiros escolhidos revelaram ao povo
a causa de suas dificuldades. A falta de prosperidade temporal era o resultado da
negligência em dar prioridade aos interesses de Deus, os profetas afirmaram” (Ellen G.
White, Profetas e Reis, p. 573, 574).
“O segundo templo não foi honrado com a nuvem de glória de Jeová, mas com a
presença viva dAquele em quem habita corporalmente a plenitude da Divindade – que
era o próprio Deus manifestado em carne. ‘O Desejado de todas as nações’ havia, em
verdade, chegado ao Seu templo quando o Homem de Nazaré ensinava e curava nos
pátios sagrados. Com a presença de Cristo, e com ela somente, o segundo templo
excedeu o primeiro em glória” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 24).
Perguntas para reflexão
1. O que a presença de Jesus na nossa vida e o Seu sacrifício pelos pecados do mundo nos
dizem sobre nosso valor? Qual é a diferença entre essa visão da humanidade e o ponto de
vista ateísta e evolucionista, tão comuns no mundo?
2. Isaías falou sobre o orgulhoso rei de Babilônia que, no auge de seu poder, “fazia estremecer
a Terra e tremer os reinos” (Is 14:16, 17). Qual é a diferença entre esse tremor e o abalo
provocado pela intervenção do Senhor, descrito por Ageu no capítulo 2 de seu livro?
Resumo da Lição
TEXTO-CHAVE: Ageu 2:8
O ALUNO DEVERÁ...
Saber: Que, sendo Criador de tudo e fonte de todas as bênçãos, Deus desperta as
pessoas para a ação e deseja abençoá-las.
Sentir: Coragem em saber que tudo pertence a Deus e que Ele provê todas as coisas.
ESBOÇO
I. Saber: O Deus do relacionamento
A. Por que é tão importante saber que Deus está conosco?
C. Por que era tão importante que o povo de Deus soubesse que o Desejado de todas as
nações viria ao novo templo?
III. Fazer: Deus da ação
A. Qual é a importância da união entre os que fazem a obra de Deus?
B. Você é ativo na igreja? Você poderia ser mais ativo no cumprimento da missão da
igreja?
C. Que diferença faria se todos em sua congregação usassem seus talentos para
beneficiar os outros?
Ciclo do aprendizado
Motivação
Discussão de abertura
Por que é tão atrativo focalizar o que consideramos as prioridades mais importantes da
vida, em vez de nos concentrarmos nos valores eternos? Por que tantas vezes colocamos
Deus em segundo lugar? Por que é mais fácil dar dinheiro do que dedicar tempo e
envolvimento pessoal às coisas que precisam ser feitas na igreja?
Compreensão
Comentário Bíblico
Visão geral
Deus entrou em discussão com Seu povo e pediu que ele reconsiderasse sua vida, seus
hábitos e os resultados de seu trabalho. Por duas vezes Ele pediu: “Vejam aonde os seus
caminhos os levaram” (v. 5, 7, NVI), o que significa que eles precisavam acabar com
sua incredulidade e estilo de vida egoísta. Eles trabalhavam muito, mas alcançavam
pouco. “’Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam.
Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe
salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada’” (Ag 1:6, NVI). Sem a bênção
divina, a vida é muito difícil. Deus está no comando e faz um apelo: “’Subam o monte
para trazer madeira. Construam o templo, para que Eu Me alegre e nele seja
glorificado’, diz o Senhor’” (Ag 1:8, NVI). A resposta deles foi extraordinária. Todos
juntos (líderes, sacerdotes e povo) “obedeceram à voz do Senhor, o seu Deus,
retornaram a Ele e O temeram (Ag 1:12).
Pense nisto: Qual foi a causa principal da falta de prosperidade das pessoas? O que
Deus mandou que eles fizessem para reverter a situação? O que significa ver “aonde os
[nossos] caminhos [nos] levaram?
A segunda mensagem foi o sermão mais curto e consiste apenas em sete palavras
(apenas quatro palavras em hebraico): “’Eu estou com vocês’, diz o Senhor” (v. 13,
NVI). Essa proclamação era tudo o que o povo precisava ouvir. Deus lhe assegurou que
estava e estaria com ele! Essa foi a ampla promessa de Deus. Se o Senhor estava com
Seu povo, ninguém poderia vencê-lo. A presença de Deus proveria tudo o que
precisavam para sua vida física e espiritual. Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Ninguém, nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8:35-39). Como resultado, após
três semanas de profundo reavivamento, o povo de Deus começou a trabalhar na casa
do Senhor Todo-poderoso (Ag 1:14).
Pense nisto: Quando Deus declarou ao povo: “Eu estou com vocês”, que amplas
garantias essa proclamação incluía? Que significado e promessas estavam reservadas
para nós nessas palavras?
Esse terceiro sermão contém uma das mais belas profecias messiânicas: “’Farei tremer
todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória’,
diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:7, RC). “O Desejado de todas as nações” (essa
expressão aparece apenas uma vez em toda a Bíblia) não é outro senão Jesus Cristo.
Pense nisto: O título do livro O Desejado de Todas as Nações de Ellen G. White, sobre
a vida de Jesus Cristo, foi inspirado nesse verso. O que significa a palavra “desejado”?
O que há em Cristo que “todas as nações” poderiam desejar?
Ageu fez duas perguntas aos sacerdotes: A carne consagrada santificará as coisas em
que ela toca? (v. 12). A resposta a essa primeira pergunta foi “Não”. A segunda
pergunta foi: Uma pessoa que se tornou impura pelo contato com um corpo morto
contamina as coisas em que toca? (v. 13). A resposta foi “Sim” (NVI). O que essas
perguntas significam? O pecado se espalha automaticamente em torno de nós. Portanto,
se queremos que algo bom aconteça ao nosso redor, isso deve ser cultivado com
cuidado! A erva daninha cresce por si só em um jardim, mas para ter vegetais, a pessoa
precisa cultivá-los. Só Deus pode produzir santidade na vida de alguém, porque Ele é a
única fonte de santidade. Pessoas, coisas e tempo podem se tornar santos unicamente
por meio do relacionamento com Deus.
Essa foi a última mensagem a todo o povo. Deus os encorajou: “Prestem atenção” (a
ideia é repetida três vezes, nos versos 15 e 18, NVI), levando as pessoas a pensar e
observar cuidadosamente. Então Ele prometeu: “’De hoje em diante, abençoarei vocês’”
(v. 19).
Pense nisto:Por que, frequentemente, quando você tenta fazer o bem, de repente
enfrenta muitos obstáculos e dificuldades? O que isso diz sobre a existência do mal?
V. Quinto sermão, proferido em 18 de dezembro de 520 a.C.
Pense nisto: Zorobabel foi “escolhido” por Deus. Com que finalidade? O que significa
ser um modelo ou instrumento humano do Senhor? O que era um anel de selar, e para
que era utilizado? Que dimensões as palavras “por meio dele” e “por ele” sugerem em
termos do tipo de obra que Deus pretende realizar por nosso intermédio?
Aplicação
Só para o professor: Deus quer abençoar Seu povo, mas primeiramente ele
precisa responder ao Seu chamado, apresentado por Sua Palavra e Seu
Espírito. Note como, na Bíblia, a Palavra de Deus e Seu Espírito caminham
juntos a fim de produzir vida (Gn 1:1-3; Sl 33:6; Ez 37:3-14).
Perguntas de aplicação:
1. Peça que os alunos definam, em suas próprias palavras, a diferença entre trabalhar
sozinho na obra de Deus, ou em estreita cooperação com Deus e com os irmãos.
2. Como você pode encorajar outras pessoas em sua congregação a fazer parte da obra
de Deus? Como você pode edificar sua igreja, no sentido físico e espiritual?
Criatividade
Atividades
1. Peça que os alunos escrevam um monólogo como se eles fossem Ageu ou Zorobabel
narrando sua experiência, de acordo com a história do livro de Ageu. Peça que eles leiam ou
interpretem seus monólogos para a classe.
2. Escreva um diálogo imaginário entre os profetas Ageu e Zacarias sobre o tempo em que
eles queriam ajudar o povo a construir o templo em Jerusalém.
3. Peça que os membros da classe escolham entre os sermões de Ageu, aquele que mais
tocou em seu coração neste momento da vida deles. As lições desses sermões podem ser
aplicadas à nossa vida hoje? Peça que os alunos compartilhem suas ideias.