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Lição 10 1º a 8 de junho

As primeiras coisas primeiro!


(Ageu)

Sábado à tarde Ano Bíblico: Jó 1, 2

VERSO PARA MEMORIZAR: “Minha é a prata, Meu é o ouro, diz o Senhor dos
Exércitos” (Ag 2:8).

Leituras da semana: Ag 1; Jo 2:19; Ed 3:1-6; Mt 1:23; 12:6; Ag 2; Lc 24:13-27

Pensamento-chave: A mensagem de Ageu é simples: Quais são as nossas prioridades e


por que é tão importante ajustá-las?

O
livro de Ageu, um dos mais curtos da Bíblia, foi escrito em um momento crítico na
vida de Judá. Os exilados tinham voltado do cativeiro em Babilônia quase vinte
anos antes. No entanto, eles pareciam ter esquecido o motivo de seu regresso. Eles
permitiram que o templo de Deus ficasse em ruínas, enquanto dedicavam suas energias
para a construção das próprias casas.

Assim, o profeta exortou os exilados que haviam retornado a dar atenção cuidadosa à sua
situação. A mensagem foi simples e lógica. O povo trabalhava arduamente, mas não
ganhava muito. Isso acontecia porque eles tinham confundido as prioridades. Eles
precisavam colocar Deus em primeiro lugar em tudo o que faziam. Como o próprio Jesus
disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).
Hoje, também, é tão fácil ficar envolvido na luta pela vida que nos esquecemos de qual
deve ser nossa prioridade: fazer sempre a vontade do Senhor.

Comentários de Ellen G. White

Pelo fato de os israelitas terem deixado a casa de Deus assolada, o Senhor enviou sobre
suas propriedades uma seca devastadora. Esse juízo afetou não apenas todos os frutos
da terra, mas também as criaturas vivas. O gado devia sofrer por causa dos pecados dos
homens. Deus concedeu a Seu povo remanescente os frutos do campo e do jardim,
milho, vinho e azeite, como sinal de Seu favor. Foi por causa dos pecados de Israel que
Ele declarou por meio de Seu mensageiro Ageu – pelo fato de o povo ter usado todos
esses generosos dons de maneira tão egoísta – que as bênçãos seriam removidas.

As mensagens de conselho e reprovação dadas por intermédio de Ageu foram levadas


ao coração dos líderes de Israel e a “todo restante do povo”. Despertado por essas
advertências, “Zorobabel, filho de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de
Jeozadaque, e todo o restante do povo obedeceram à voz do Senhor, o seu Deus, por
causa das palavras do profeta Ageu, a quem o Senhor, o seu Deus, enviara. E o povo
temeu o Senhor” (Review and Herald, 5 de dezembro de 1907).

Durante o tempo de demora, as pessoas não haviam sido espiritualmente inteligentes.


Tinham visto muitas coisas que desejaram fazer por si mesmas, para favorecer
interesses pessoais. Muitos haviam gastado muito tempo e empreendido esforços
laboriosos em embelezar sua própria casa, enquanto demonstraram pequena
consideração pelas coisas de Deus. Ageu se fortaleceu no Senhor dos exércitos e
apresentou claramente sua mensagem às autoridades civis e religiosas, bem como ao
povo. Ele sentiu que a obra do Senhor não mais devia ser impedida, mas que todos
deviam obedecer implicitamente e executar os propósitos que Deus tinha de resgatá-los
de Babilônia para a terra prometida (Review and Herald, 12 de dezembro de 1907).

Domingo, 2 de junho Ano Bíblico: Jó 3–5

Plantando muito, colhendo pouco


1. Leia Ageu 1:1-11. O que estava acontecendo ali? Por que estava ocorrendo? Pode
acontecer o mesmo conosco?
P
or mais de um ano o templo foi negligenciado, e quase abandonado. O povo habitava
em seus lares, e tudo fazia para alcançar prosperidade temporal, mas sua situação era
deplorável. Por mais que trabalhassem não prosperavam. Os próprios elementos da
natureza pareciam conspirar contra eles. Visto que haviam permitido que o templo
continuasse em ruínas, o Senhor enviou sobre seus recursos uma ruinosa estiagem. Deus
lhes havia concedido os frutos do campo, dos pomares, o cereal, o vinho e o óleo, como
sinal do Seu favor, mas como haviam usado essas generosas dádivas de modo tão
egoísta, as bênçãos foram retiradas” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 573).

Ageu confrontou o povo com sua condição. Inutilidade do trabalho era uma das
maldições que resultaram da transgressão da aliança divina (Lv 26:16, 20). Até que as
pessoas voltassem sua atenção para essa prioridade, não haveria prosperidade para elas.

Ageu tinha grande zelo pelo templo do Senhor e quis que o povo completasse sua
reconstrução imediatamente. Seu desejo era contrário à complacência dos que não se
importavam com o templo tanto quanto se preocupavam com seu próprio conforto.
Enquanto a grande preocupação de Ageu era com o templo, as pessoas estavam mais
interessadas em suas próprias casas.

O Senhor usou Ageu para mover o coração das pessoas na direção das preocupações de
Deus. Ele não poderia ser honrado corretamente enquanto Sua casa estivesse em ruínas.
O templo em Jerusalém simbolizava a presença divina em meio à humanidade caída. Era
um lembrete visível ao mundo inteiro de que o soberano Senhor é o Deus dos céus e da
Terra. Como os filhos de Israel poderiam testemunhar do Deus verdadeiro enquanto o
próprio símbolo desse Deus e de todo o plano da salvação estava em ruínas (Jo 2:19; Mt
26:61)? Em muitos aspectos, a atitude deles para com o templo revelou um problema
espiritual mais profundo: a perda do senso da sua missão divina como povo
remanescente de Deus.

Que advertência a mensagem de Ageu traz para nossa vida?

Comentários de Ellen G. White

[Ageu 1:1, 2 citado] A expressão “este povo afirma” é significativa. Os israelitas não
haviam demonstrado boa vontade na hora de sua oportunidade. Espera-se pronta
obediência da parte daqueles a quem o Senhor escolhe e guia. As súplicas em busca de
um adiamento são desonra para Deus. Entretanto, aqueles que preferem proceder à sua
maneira com frequência inventam desculpas engenhosas para autojustificação. Por isso,
os israelitas declararam que haviam começado a reedificar, porém não haviam
concluído a obra por causa dos estorvos idealizados pelos inimigos. Raciocinavam que
tais estorvos eram indicação de que ainda não era tempo adequado para a reedificação.
Declaravam que o Senhor havia interposto dificuldades para reprovar sua pressa. Por
isso, em uma mensagem por meio do profeta, Ele não Se referiu a eles como “Meu
povo”, mas como “este povo”.

Os israelitas não tinham uma desculpa verdadeira para abandonar o trabalho do templo.
Quando surgiram dificuldades mais sérias, esse era o tempo em que deveriam
perseverar na edificação. Porém, foram movidos pelo desejo egoísta de evitar o perigo,
despertando a oposição dos inimigos. Não tinham fé, que é a essência das coisas que
esperamos, a evidência das coisas não vistas. Vacilaram, sem ousar avançar pela fé nas
providências com que Deus lhes abria o caminho, porque não podiam ver o fim desde o
princípio. Quando surgiram dificuldades, facilmente se apartaram da obra.

A história se repetirá. Haverá fracassos religiosos porque os homens não têm fé.
Quando olham as coisas que podem ver, as possibilidades aparecem, mas Deus pode
guiá-los passo a passo na direção que deseja que sigam. Somente quando Seus servos
avançarem pela fé, Sua causa também avançará. Mesmo que tenham que passar por
tempo de provas, sempre deverão se lembrar de que estão lutando com um inimigo
debilitado e vencido. Finalmente, o povo de Deus triunfará sobre todos os poderes das
trevas (Comentário Bíblico Adventista del Séptimo Dia, v. 4, p. 1196, 1197).

A glória exterior do templo não era a glória do Senhor. Foram dadas instruções quanto
ao que constituía a bênção que devia repousar sobre o templo. Sua restauração em um
estilo mais simples que o do primeiro templo devia colocar diante do povo, em uma luz
apropriada, seu erro passado em depender da pompa de formas e cerimônias. O templo
devia ser erigido nesse tempo, também, para remover a vergonha de sua deslealdade a
Deus. Ageu instruiu o povo no sentido de que, por meio de arrependimento sincero, se
convertesse e, pela rápida conclusão do templo, buscasse a purificação do pecado da
desobediência que o tinha afastado de Deus e retardado a execução da ordem de
reconstrução…

Negligenciando o templo, que espelhava a presença de Deus, o povo havia desonrado


grandemente o Senhor. Então, o povo foi instruído a manter Sua casa em sagrada honra,
não por causa de sua magnificência, como fizeram os judeus nos dias de Cristo, mas
porque Deus havia prometido estar ali. O segundo templo devia ser superior ao primeiro
porque, em sentido especial, o Messias o honraria com Sua presença. “O cetro não se
apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha Aquele
a quem ele pertence, e a Ele as nações obedecerão” (Review and Herald, 12 de
dezembro de 1907).

Segunda, 3 de junho Ano Bíblico: Jó 6, 7

A grande promessa de Deus


2. Leia Ageu 1:12-14. Observe o senso de unidade de propósito nesses versos. Por
que isso era tão importante para que o povo obedecesse ao chama do de Deus?

D
essa vez, a mensagem foi obedecida imediatamente pelos líderes e pelo povo
remanescente. Eles se prepararam, coletaram materiais e retomaram o trabalho no
templo três semanas depois. Uma semana depois eles ergueram um altar e
restabeleceram a adoração sacrifical (Ed 3:1-6). Em menos de cinco anos, o templo foi
concluído.

Embora o reino de Deus não possa ser identificado com um edifício material, o livro de
Ageu é um lembrete de que Deus às vezes usa coisas materiais, como edifícios, para fins
espirituais.

Se o cumprimento imediato da mensagem profética é considerado a medida do sucesso


de um profeta, Ageu se destaca como um dos profetas mais bem-sucedidos. Sua
pregação moveu as pessoas à ação. No mesmo mês, a obra no templo foi retomada com
os profetas assegurando ao povo que o Senhor os ajudaria.

Ageu 1:12-14 relata a resposta dos líderes e do povo à mensagem de Ageu. Todos
obedeceram ao Senhor porque reconheceram que o profeta havia sido enviado por Deus.
O povo “temeu diante do Senhor” (v. 12) e mostrou isso ao adorá-Lo e Lhe dar a devida
atenção. Ageu então poderia dar uma nova palavra do Senhor: “Eu Sou convosco” (v.
13). Assim que as pessoas decidiram obedecer ao Senhor, as mensagens de reprovação
foram substituídas por palavras de encorajamento. A certeza da presença de Deus lhes
deu a promessa de todas as outras bênçãos. A declaração “Eu Sou convosco” relembra as
promessas da aliança que Deus fez durante o tempo dos patriarcas e Moisés (Gn 26:3; Êx
3:12; Nm 14:9).
A maior manifestação de Deus “conosco” é Jesus (Is 7:14; Mt 1:23; 28:20). Pense na
ideia de que Jesus, o Criador e Mantenedor do Universo, viveu entre nós. O que isso nos
diz sobre nossa importância, em um Universo tão grande que facilmente podemos ser
levados a nos considerar insignificantes?

Comentários de Ellen G. White

As mensagens de Ageu levaram o povo a sentir que o Senhor era zeloso para com ele.
Ninguém ousou desconsiderar a repetida instrução de que sua prosperidade, temporal e
espiritual, dependia da fiel obediência aos mandamentos do Deus do Céu. Tão logo eles
decidiram “obedecer à voz do Senhor, o seu Deus, por causa das palavras do profeta
Ageu, a quem o Senhor, o seu Deus, enviara”, as mensagens de repreensão enviadas
foram seguidas por palavras de encorajamento: “Então Ageu, o mensageiro do Senhor,
trouxe esta mensagem do Senhor para o povo: ‘Eu estou com vocês’, declara o Senhor.”

Quão confortadoras são essas palavras! O Senhor Deus onipotente que reina nos Céus
declara: “Eu estou com vocês.” Ele assegura a Seu povo que os obedientes estão em
uma posição em que podem ser abençoados, para glória de Seu nome. Se o povo de
Deus, hoje, escolher crer e confiar nEle, será abençoado. Ele será um socorro bem
presente para todo aquele que O serve, em vez de preferir servir a si mesmo. Quando o
Senhor vê que Seu povo tem disposição para cumprir Sua vontade, Ele o leva a
conhecer a doutrina e estará com ele.

A presença de Deus inclui todas as demais bênçãos. “Aquele que habita no abrigo do
Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu
refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’.” E a respeito dele Deus
afirma: “Porque ele me ama, Eu o resgatarei; Eu o protegerei, pois conhece o Meu
nome. Ele clamará a Mim, e Eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou
livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa Eu lhe darei, e lhe mostrarei a Minha salvação.”

Tendo garantido Sua presença com os israelitas, “o Senhor encorajou o governador de


Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o
restante do povo, e eles começaram a trabalhar no templo do Senhor dos Exércitos, o
seu Deus, no vigésimo quarto dia do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario.”

Menos de um mês depois que o trabalho no templo foi retomado, o Senhor


misericordiosamente enviou aos construtores outra confortadora mensagem garantindo
Sua presença com eles. Ele inspirou Ageu a explicar-lhes que a glória da casa que eles
estavam construindo deveria exceder a glória e magnificência do templo anterior, por
causa da prometida presença dAquele, que é o Desejado das nações (Review and
Herald, 12 de dezembro de 1907).

Terça, 4 de junho Ano Bíblico: Jó 8–10

Não tema!

A
geu 2:1-5 apresenta um momento interessante no grande reavivamento que estava
ocorrendo entre o povo de Deus. Cerca de um mês após o começo da edificação do
templo, Deus enviou uma palavra de incentivo por meio de Ageu para o remanescente
que havia decidido, mesmo sem recursos suficientes, reconstruir a casa de Deus
conforme a orientação dos profetas. Ageu perguntou aos anciãos como o estado do
templo se comparava à sua aparência antes do exílio. O aspecto do templo reconstruído
não correspondia à glória anterior. As pessoas podem ter ficado desencorajadas porque
não tinham condição de reproduzir o esplendor do templo de Salomão, que havia
existido no mesmo lugar.

3. O que Deus mandou dizer ao povo e aos líderes de Sua obra? Ag 2:4, 5

O profeta encorajou o povo a continuar trabalhando porque o Espírito de Deus estava


com eles. Ele pediu que todos os membros da comunidade remanescente fossem fortes e
trabalhassem arduamente por causa da presença do Deus Todo-poderoso em seu meio.
As palavras de Ageu aos líderes foram: “Sê forte”, “Não temais”. Elas soam como as
palavras do Senhor a Josué após a morte de Moisés (Js 1:5-9). Quanto menores e mais
fracos fossem os recursos de Israel, maior seria sua necessidade de fé em Deus. O
profeta declarou que, no fim, o Senhor tornaria a glória do último templo maior do que
sua glória anterior. Isso se tornou realidade, no entanto, somente porque Alguém maior
do que o templo havia chegado (Mt 12:6).

A presença do Espírito Santo confirmou a continuidade do reino de Deus em Israel. O


Espírito de Deus, que tinha guiado Moisés e os anciãos, e que enviara profetas com
mensagens inspiradas, estava no meio do remanescente. A resposta piedosa dos líderes e
do povo testemunhou acerca da reforma espiritual que havia ocorrido. O Espírito Santo
estava presente ao renová-los e aproximá-los de seu Deus. A presença do Espírito de
Deus garantiu também a plenitude das bênçãos. O profeta encorajou os membros da
comunidade a trabalhar para que as promessas divinas se cumprissem.
Ageu ministrou a Palavra de Deus às pessoas que conheciam as dificuldades da vida e a
decepção da esperança não realizada. Ele atraiu a atenção delas para Deus, que é fiel e
que esperava que os cidadãos da nova comunidade fossem responsáveis para com Seu
reino, perseverando em fazer o bem e, assim, encontrando verdadeiro significado e
propósito em sua vida.

Um homem que havia desistido de crer em Deus, deixou uma nota de suicídio de 1.900
páginas. A certa altura, ele escreveu: “Todas as palavras, pensamentos e emoções se
voltam para um problema central: A vida não tem sentido.”

Como nossa crença em Deus e nossa vontade de obedecer a Ele dão sentido à vida?

Comentários de Ellen G. White

Nosso Senhor é conhecedor do conflito de Seus filhos, nestes últimos dias, com os
agentes satânicos combinados com homens ímpios que negligenciam e recusam esta
grande salvação. Com a maior simplicidade e candura, nosso Salvador, o poderoso
General dos exércitos celestiais, não esconde o severo conflito que eles experimentarão.
Ele mostra os perigos, expõe o plano de batalha bem como a difícil e perigosa obra que
deve ser feita. Então, ergue a voz para avaliar o preço enquanto anima todos a tomar as
armas de Sua batalha e a esperar que a hoste celestial integre os exércitos para guerrear
em defesa da verdade e da retidão. A fraqueza dos homens encontrará força
sobrenatural e ajuda em cada conflito severo para realizar as obras da Onipotência. A
perseverança na fé e a perfeita confiança em Deus asseguram o êxito. Mesmo que a
antiga confederação do mal esteja em ordem de batalha contra eles, o Senhor ordena
que sejam corajosos e fortes, e lutem corajosamente, pois têm um Céu a ganhar e mais
de um anjo em suas fileiras; o poderoso General dos exércitos é quem conduz as hostes
do Céu. Na conquista de Jericó, nenhum dos exércitos de Israel pôde vangloriar-se de
haver empregado sua limitada força para derribar as muralhas da cidade. O Capitão das
hostes do Senhor fez os planos dessa batalha com a maior simplicidade, de modo que
somente Deus recebesse a glória e o homem não se exaltasse. Deus nos prometeu todo o
poder: “A promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe,
para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar” (Comentário Bíblico Adventista
del Séptimo Dia, v. 2, p. 989, 990).

Nesta confortadora mensagem [Ageu 2:1-5], o profeta se refere à promessa de Deus


dada por meio de Moisés enquanto os israelitas estavam acampados diante do Monte
Sinai: “Habitarei entre os filhos de Israel e serei seu Deus. E eles saberão que Eu sou o
Senhor seu Deus, que os tirou da terra do Egito, para que Eu possa habitar no meio
deles. Eu sou o Senhor seu Deus.” Através da peregrinação pelo deserto, o Senhor
revelou grande bondade para com a casa de Israel, a qual Ele agraciou “conforme a Sua
compaixão e a grandeza da Sua bondade. ‘Sem dúvida eles são o Meu povo’, disse Ele;
‘são filhos que não Me vão trair’; e assim Ele Se tornou o Salvador deles. Em toda a
aflição do Seu povo Ele também Se afligiu, e o anjo da Sua presença os salvou. Em Seu
amor e em Sua misericórdia Ele os resgatou; foi Ele que sempre os levantou e os
conduziu nos dias passados.”

Então, apesar do fato de que “eles se revoltaram e entristeceram o Seu Espírito Santo”,
em Sua infinita misericórdia, Deus estendeu Sua mão para salvá-los e restaurá-los. Em
reconhecimento de sua cooperação com Seus propósitos, Ele renovou com eles o
concerto de que Seu Espírito permaneceria entre eles; e lhes disse: “Não temam!”
Assim como nos dias passados, hoje Ele diz a Seus filhos: “Sejam fortes… e trabalhem.
Eu estou com vocês.” Que segurança! Que incentivo para o serviço fiel! (Review and
Herald, 12 de dezembro de 1907).

A promessa dada por Jesus a Seus discípulos é também para todos aqueles que
cumprirem as condições dEle no fim do tempo. Deus é onipotente e o homem pode ser
fortalecido para cumprir Seus propósitos, pois tem a promessa da presença divina em
toda emergência. O poder de Deus é obscurecido para os descrentes, pois os caminhos e
os propósitos divinos não podem ser compreendidos por eles. “O mundo não O
conheceu.” Porém, muitíssimas vitórias têm sido conquistadas por meio das orações de
obedientes filhos de Deus, apresentadas em nome de Jesus. O segredo do sucesso do
povo de Deus é a ligação com Ele em oração e humilde obediência a Seus
requerimentos. Jesus insistiu com Seus discípulos sobre a necessidade de obedecer aos
mandamentos que Ele lhes deu, caso eles permanecessem em Seu amor. A confortadora
promessa para Seus seguidores repousa nessa condição (Signs of the Times, 17 de
janeiro de 1878).

Quarta, 5 de junho Ano Bíblico: DJó 11–14

O Desejado de todas as nações


4. Leia Ageu 2:6-9. Qual é a promessa desses versos, e como devemos entender seu
cumprimento?
P
or intermédio de Ageu, Deus anunciou um grande abalo das nações no Dia do
Senhor, quando o templo se enchesse da presença divina. O profeta chamou seus
contemporâneos a olhar além das adversidades e pobreza daqueles dias, para a futura
glória do reino de Deus, simbolizada pelo templo.

A principal razão para o esplendor incorporado ao templo de Jerusalém era torná-lo


digno da presença de Deus. No entanto, de acordo com esse texto, o Senhor estava
disposto a habitar na casa menos gloriosa e, posteriormente, trazer esplendor a ela. As
pessoas não precisavam se preocupar excessivamente com a forma de financiar a
reconstrução do templo. Todos os tesouros pertencem ao Deus que havia prometido
morar nele. O próprio Senhor era o provedor do esplendor do templo.

“Enquanto o povo procurava fazer sua parte, buscando uma renovação da graça de Deus
no coração e na vida, mensagem após mensagem era dada a eles por intermédio de Ageu
e Zacarias, com a certeza de que sua fé seria ricamente recompensada, e que não falharia
a Palavra de Deus com respeito à futura glória do templo cujas paredes eles estavam
reparando. Nesse mesmo edifício apareceria, na plenitude do tempo, o Desejado de todas
as nações como o Mestre e Salvador da humanidade” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p.
577).

Deus prometeu que o esplendor do segundo templo seria maior do que a glória do antigo.
Seria um tipo diferente de glória porque esse templo seria honrado pela presença física
de Jesus. De fato, a presença de Cristo fez com que a glória do novo templo fosse maior
do que a do templo de Salomão.

Leia Hebreus 8:1-5. Não importa qual tenha sido a glória do templo terreno, nunca
devemos nos esquecer de que ele foi apenas uma sombra, um símbolo do plano da
salvação. O que significa o fato de que, agora, Jesus está ministrando em nosso favor no
“verdadeiro tabernáculo”, feito por Deus, não pelo homem? Como podemos aprender a
avaliar melhor a importância da mensagem do santuário no plano da salvação?

Comentários de Ellen G. White

O segundo templo não foi igual ao primeiro, em magnificência, nem foi santificado por
aquele sinal visível da presença divina pertinente ao primeiro templo. Não houve
manifestação de poder sobrenatural para marcar sua dedicação. Nenhuma nuvem de
glória foi vista para encher o recém-construído santuário. Fogo nenhum desceu do Céu
para consumir o sacrifício sobre o altar. A shekinah já não habitava entre os querubins
no lugar santíssimo; a arca, o propiciatório e as tábuas do testemunho não foram
encontrados nesse lugar. Nenhuma voz soou do Céu para tornar conhecida ao sacerdote
a vontade de Jeová.

Todavia, esse era o edifício a respeito do qual o Senhor havia declarado pelo profeta
Ageu: “A glória deste novo templo será maior do que a do antigo.” “Farei tremer todas
as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória”, diz
o Senhor dos Exércitos.” Durante os séculos posteriores, os judeus inutilmente se
esforçaram para mostrar como a promessa de Deus, feita por meio de Ageu, tinha sido
cumprida. Porém, quando realmente apareceu o Desejado de todas as nações e
santificou os limites do templo por Sua presença pessoal, o orgulho e a descrença
cegaram a mente deles ao verdadeiro significado das palavras do profeta. O segundo
templo foi honrado, não com nuvens da glória de Jeová, mas com a presença viva
dAquele em quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade – o próprio Deus
manifestado em carne. O “Desejado de todas as nações” realmente estava no templo,
quando o Homem de Nazaré ensinou e curou em seus pátios sagrados. Na presença
pessoal de Cristo, durante Seu ministério terrestre, e nela somente, a glória do segundo
excedeu à do primeiro (Review and Herald, 16 de janeiro de 1908).

Quinta, 6 de junho Ano Bíblico: Jó 15–17

Anel de selar
Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel,
servo Meu, diz o Senhor, e te farei como um anel de selar, porque te escolhi, diz o Senhor
dos Exércitos” (Ag 2:23).

A
mensagem final do Senhor a Ageu foi dada no mesmo dia da mensagem anterior, a
fim de complementá-la (Ag 2:22, 23). O Senhor advertiu a respeito de uma
iminente destruição de reinos e nações durante o dia do juízo de Deus. Mas nesse mesmo
dia, disse o profeta, o servo do Senhor concluirá a designada tarefa divina de salvação.
Em última análise, isso se cumprirá somente na segunda vinda de Jesus e durante os
eventos posteriores a esse acontecimento.

O líder político da nação está associado nesse caso com o glorioso reinado do rei Davi de
Israel, de quem ele era descendente. Zorobabel era neto do rei Joaquim e herdeiro
legítimo do trono de Davi depois do exílio babilônico. Ele serviu como governador de
Judá sob o rei persa Dario, o Grande, e foi a principal força por trás da reconstrução do
templo em Jerusalém. Josué foi o sumo sacerdote que também ajudou a reconstruir o
templo.
O profeta disse que Zorobabel seria anel de selar do Senhor, um objeto que provê
evidência de autoridade real e propriedade. Como um rei selando documentos legais com
um anel, o Senhor iria impressionar o mundo inteiro pelo trabalho de Seu servo. Embora
o papel fundamental de Zorobabel na reconstrução do templo não deva ser subestimado,
ele não realizou tudo que Deus lhe havia prometido por meio de Ageu. Os inspirados
escritores dos evangelhos apontam para a pessoa e ministério de Jesus Cristo,
descendente de Davi e de Zorobabel, como cumprimento final de todas as promessas
messiânicas encontradas na Bíblia.

5. Leia Lucas 24:13-27, com especial destaque para as palavras de Cristo aos dois
discípulos. Que mensagem importante Ele estava dando a eles, e como Suas
palavras mostram a importância de compreender as profecias do Antigo
Testamento? Essas profecias ainda são relevantes para os cristãos hoje?

Comentários de Ellen G. White

No dia em que foram prometidas ricas bênçãos a Israel por causa de sua fé e pronta
obediência, uma mensagem foi dada a Zorobabel, seu líder: “A palavra do Senhor veio
a Ageu…: ‘Diga a Zorobabel, governador de Judá, que Eu farei tremer o céu e a terra.
Derrubarei tronos e destruirei o poder dos reinos estrangeiros. Virarei os carros e os
seus condutores; os cavalos e os seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu
companheiro.’ ‘Naquele dia’, declara o Senhor dos Exércitos, ‘Eu o tomarei, Meu servo
Zorobabel, filho de Sealtiel’, declara o Senhor, ‘e farei de você um anel de selar, porque
o tenho escolhido’, declara o Senhor dos Exércitos.”

Esse testemunho pessoal a Zorobabel foi registrado para nosso encorajamento em


tempo de provações. Zorobabel havia sido dolorosamente provado durante os anos,
desde que o Senhor havia libertado os israelitas de Babilônia. Deus tem um propósito ao
permitir provações a Seus filhos. Ele jamais os guia de outra maneira senão aquela que
eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o começo, e discernir a glória dos
propósitos que estão cumprindo. Ele os submete à disciplina para humilhá-los. Guia-os
através de provas e aflições, a fim de que percebam a própria debilidade e sejam
atraídos para Ele. Enquanto Seus filhos clamam por ajuda, Ele responde: ‘Estou aqui!’

Os cristãos são as joias de Cristo e devem brilhar para Ele, espalhando a luz de Sua
amabilidade. Esse brilho depende do polimento que recebem. Eles podem escolher ser
polidos ou permanecer em estado bruto. Mas, todo aquele que é declarado digno de um
lugar no templo do Senhor deve se submeter ao processo de polimento. Sem isso, ele
não pode refletir mais luz que a pedra comum.

Cristo diz ao ser humano: “Você Me pertence. Comprei-o. Agora, você é apenas uma
pedra bruta; porém, se você se colocar em Minhas mãos, vou refiná-lo, e o brilho que
você espargirá trará honra ao Meu nome. Ninguém pode arrancá-lo da Minha mão.
Farei de você Meu tesouro peculiar. No dia da Minha coroação, você será uma joia em
Minha coroa de regozijo.”

O divino Artista gasta pouco tempo com material sem valor. Somente as joias preciosas
são buriladas por Ele, à semelhança de um palácio, cortando todas as arestas. Esse
processo é difícil e penoso; fere o orgulho humano. Cristo penetra profundamente na
experiência que o homem, em sua autossuficiência, considera completa, e trabalha na
edificação do caráter. Ele corta o excedente superficial, e realiza o polimento da pedra,
revirando-a, limpando as impurezas, para que toda a escória possa ser retirada. Então,
segurando-a sob a luz, o Mestre vê nela Seu próprio reflexo, e a declara digna de um
lugar em Seu cofre.

“Naquele dia”… farei de você um anel de selar, porque o tenho escolhido’, declara o
Senhor dos Exércitos” (Review and Herald, 19 de dezembro de 1907).

Sexta, 7 de junho Ano Bíblico: Jó 18, 19

Estudo adicional

M
as nem mesmo aquela hora escura foi sem esperança para aqueles cuja confiança
estava em Deus. Os profetas Ageu e Zacarias foram despertados para enfrentar a
crise. Com encorajadores testemunhos, esses mensageiros escolhidos revelaram ao povo
a causa de suas dificuldades. A falta de prosperidade temporal era o resultado da
negligência em dar prioridade aos interesses de Deus, os profetas afirmaram” (Ellen G.
White, Profetas e Reis, p. 573, 574).

“O segundo templo não foi honrado com a nuvem de glória de Jeová, mas com a
presença viva dAquele em quem habita corporalmente a plenitude da Divindade – que
era o próprio Deus manifestado em carne. ‘O Desejado de todas as nações’ havia, em
verdade, chegado ao Seu templo quando o Homem de Nazaré ensinava e curava nos
pátios sagrados. Com a presença de Cristo, e com ela somente, o segundo templo
excedeu o primeiro em glória” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 24).
Perguntas para reflexão

1. O que a presença de Jesus na nossa vida e o Seu sacrifício pelos pecados do mundo nos
dizem sobre nosso valor? Qual é a diferença entre essa visão da humanidade e o ponto de
vista ateísta e evolucionista, tão comuns no mundo?
2. Isaías falou sobre o orgulhoso rei de Babilônia que, no auge de seu poder, “fazia estremecer
a Terra e tremer os reinos” (Is 14:16, 17). Qual é a diferença entre esse tremor e o abalo
provocado pela intervenção do Senhor, descrito por Ageu no capítulo 2 de seu livro?

3. Os antigos israelitas muitas vezes foram desobedientes às mensagens proclamadas pelos


profetas de Deus. De que maneira o povo de Deus hoje está resistindo às mensagens que o
Senhor lhe está enviando?
4. O antigo templo e seu sistema sacrifical perderam todo o valor, de uma vez por todas,
depois da morte de Jesus. O que os capítulos 8 e 9 de Hebreus falam sobre o que Cristo fez
e faz por nós, que o santuário terrestre não poderia fazer?
Respostas sugestivas: 1. A nação judaica estava enfrentando uma séria crise econômica, provocada por uma maldição divina,
devido à negligência em relação à reconstrução do templo. Podemos deixar de alcançar o máximo do nosso potencial quando
não consagramos toda a nossa vida ao Senhor. 2. Profeta, líderes e povo trabalharam unidos no mesmo propósito, em favor da
obra do Senhor. A unidade era importante para fortalecer a coragem do povo e demonstrar que Deus estava à frente da obra,
animando o coração de todos. 3. Sejam fortes; trabalhem, porque Eu estou com vocês e Meu Espírito está entre vocês. 4. A
glória do segundo templo seria maior que a do primeiro, porque o Desejado de todas as nações entraria nele; essa promessa
começou a se cumprir quando Deus abençoou a reconstrução do segundo templo e culminou com a presença de Jesus (O
Desejado de todas as nações) no templo de Jerusalém. 5. Disse que precisavam acreditar nos escritos de Moisés, dos profetas e
em todo o Antigo Testamento, porque esses escritos confirmavam que Ele era o Messias verdadeiro, que devia sofrer e depois
entrar em Sua glória. Essas profecias ainda são relevantes, porque destacam o Cristo que veio e que voltará para salvar Seu
povo.

Auxiliar para o professor

Resumo da Lição
TEXTO-CHAVE: Ageu 2:8

O ALUNO DEVERÁ...
Saber: Que, sendo Criador de tudo e fonte de todas as bênçãos, Deus desperta as
pessoas para a ação e deseja abençoá-las.

Sentir: Coragem em saber que tudo pertence a Deus e que Ele provê todas as coisas.

Fazer: Responder ao amor e cuidado divinos.

ESBOÇO
I. Saber: O Deus do relacionamento
A. Por que é tão importante saber que Deus está conosco?

B. Quais são os sinais da bênção divina?


C. Como as dificuldades da vida, nas quais parece que Deus está ausente, podem nos
inspirar a ter mais segurança e confiança?
II. Sentir: Encorajamento e bênção
A. Qual era a maior bênção para o povo de Deus no tempo de Ageu?
B. Como você reagiria se o Senhor lhe dissesse que Ele estaria com você e o
abençoaria se seguisse Suas instruções?

C. Por que era tão importante que o povo de Deus soubesse que o Desejado de todas as
nações viria ao novo templo?
III. Fazer: Deus da ação
A. Qual é a importância da união entre os que fazem a obra de Deus?
B. Você é ativo na igreja? Você poderia ser mais ativo no cumprimento da missão da
igreja?

C. Que diferença faria se todos em sua congregação usassem seus talentos para
beneficiar os outros?

RESUMO: Deus assegura ao Seu povo Sua presença e desejo de abençoá-los. “O


Desejado de todas as nações” virá, e a única resposta correta é crer que Ele nos guiará e
protegerá, mesmo em momentos de dificuldade.

Ciclo do aprendizado
Motivação

Focalizando a Palavra: Ageu 1:7, 8


Conceito-chave para o crescimento espiritual: Porque deseja abençoá-los
com prosperidade, Deus encoraja Seu povo a reconsiderar suas prioridades e
trabalhar na construção de Sua casa.
Só para o professor: No tempo de crise, quando as expectativas do povo
haviam desmoronado, Deus chamou o profeta Ageu para despertar a mente
das pessoas e exortá-las ao trabalho no templo do Senhor. A lição desta
semana nos lembra que devemos reconsiderar nosso estilo de vida e colocar
Deus em primeiro lugar em tudo que fazemos. Incentive os alunos a se
tornarem os Ageus de nossos dias. Precisamos de Ageus modernos que
encorajem o povo de Deus a trabalhar unido em Sua causa.

Discussão de abertura
Por que é tão atrativo focalizar o que consideramos as prioridades mais importantes da
vida, em vez de nos concentrarmos nos valores eternos? Por que tantas vezes colocamos
Deus em segundo lugar? Por que é mais fácil dar dinheiro do que dedicar tempo e
envolvimento pessoal às coisas que precisam ser feitas na igreja?

Perguntas para discussão

1. Como Deus pode ser honrado em nossas ações?

2. O que significa dizer que Deus Se deleitará em Seu povo?

Compreensão

Só para o professor: Enfatize as mensagens de Ageu aos líderes e ao povo


daquele tempo. Pergunte aos alunos que tipo de sermão Ageu precisaria
pregar em nossa igreja, com base em nossos desafios atuais.

Comentário Bíblico
Visão geral

Ageu pregou ao todo cinco sermões, quatro para a comunidade de fé e o último a


Zorobabel, governador e líder político do povo de Deus naquela época. O ministério de
Ageu durou menos de quatro meses, na segunda parte do ano 520 a.C. Ele serviu
durante o tempo de Dario, o rei medo-persa que, com seus decretos, notavelmente
ajudou o povo de Deus, dando-lhe permissão para concluir sua obra no templo (para
detalhes, leia Ed 5:1–6:14). Felizmente, cada uma das mensagens de Ageu foi datada.
Por isso, sabemos exatamente quando seus discursos foram proferidos.

O ministério de Ageu ocorreu no momento em que o povo de Deus estava desanimado.


Eles haviam retornado do exílio babilônico (cerca de 537 a.C.) com grandes
expectativas, mas quando começaram a reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém, a
oposição se levantou (Ed 4:1-5,24). Em seu desespero, eles pararam de trabalhar na casa
do Senhor. Em vez disso, apenas se concentraram nos próprios negócios e casas.
Perderam a fé na ajuda de Deus, bem como a confiança na Sua liderança, embora Ele
tivesse preparado um futuro brilhante para eles. Depois de muitos anos de crise, Deus
chamou Ageu para transmitir Sua palavra ao povo, a fim de despertá-lo da letargia (Ed
5:1, 2; 6:14).

I. Primeiro sermão, proferido em 29 de agosto de 520 a.C.


(Recapitule com a classe Ag 1:1-12.)

Deus entrou em discussão com Seu povo e pediu que ele reconsiderasse sua vida, seus
hábitos e os resultados de seu trabalho. Por duas vezes Ele pediu: “Vejam aonde os seus
caminhos os levaram” (v. 5, 7, NVI), o que significa que eles precisavam acabar com
sua incredulidade e estilo de vida egoísta. Eles trabalhavam muito, mas alcançavam
pouco. “’Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam.
Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe
salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada’” (Ag 1:6, NVI). Sem a bênção
divina, a vida é muito difícil. Deus está no comando e faz um apelo: “’Subam o monte
para trazer madeira. Construam o templo, para que Eu Me alegre e nele seja
glorificado’, diz o Senhor’” (Ag 1:8, NVI). A resposta deles foi extraordinária. Todos
juntos (líderes, sacerdotes e povo) “obedeceram à voz do Senhor, o seu Deus,
retornaram a Ele e O temeram (Ag 1:12).

Pense nisto: Qual foi a causa principal da falta de prosperidade das pessoas? O que
Deus mandou que eles fizessem para reverter a situação? O que significa ver “aonde os
[nossos] caminhos [nos] levaram?

II. Segundo sermão, proferido em 21 de setembro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 1:13-15.)

A segunda mensagem foi o sermão mais curto e consiste apenas em sete palavras
(apenas quatro palavras em hebraico): “’Eu estou com vocês’, diz o Senhor” (v. 13,
NVI). Essa proclamação era tudo o que o povo precisava ouvir. Deus lhe assegurou que
estava e estaria com ele! Essa foi a ampla promessa de Deus. Se o Senhor estava com
Seu povo, ninguém poderia vencê-lo. A presença de Deus proveria tudo o que
precisavam para sua vida física e espiritual. Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Ninguém, nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8:35-39). Como resultado, após
três semanas de profundo reavivamento, o povo de Deus começou a trabalhar na casa
do Senhor Todo-poderoso (Ag 1:14).

Pense nisto: Quando Deus declarou ao povo: “Eu estou com vocês”, que amplas
garantias essa proclamação incluía? Que significado e promessas estavam reservadas
para nós nessas palavras?

III. Terceiro sermão, proferido em 17 de outubro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 2:1-9.)


Deus encorajou os líderes e o povo a não olhar para as dificuldades e não comparar esse
templo com o glorioso templo de Salomão. O santuário atual podia parecer
insignificante, mas eles não deviam se desesperar. Deus os animou: “’Coragem [...]
Porque Eu estou com vocês’ [...] ‘Esta é a aliança que fiz com vocês [...] Meu Espírito
está entre vocês’” (Ag 2:4, 5, NVI). A obra seria realizada pelo Espírito de Deus (leia
também Zc 4:6). Deus disse mais: “’A glória deste novo templo será maior do que a do
antigo’” templo de Salomão (Ag 2:9, NVI), porque o Messias, Jesus Cristo, viria a ele.

Esse terceiro sermão contém uma das mais belas profecias messiânicas: “’Farei tremer
todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória’,
diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2:7, RC). “O Desejado de todas as nações” (essa
expressão aparece apenas uma vez em toda a Bíblia) não é outro senão Jesus Cristo.

Pense nisto: O título do livro O Desejado de Todas as Nações de Ellen G. White, sobre
a vida de Jesus Cristo, foi inspirado nesse verso. O que significa a palavra “desejado”?
O que há em Cristo que “todas as nações” poderiam desejar?

IV. Quarto sermão, proferido em 18 de dezembro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 2:10-19.)

Ageu fez duas perguntas aos sacerdotes: A carne consagrada santificará as coisas em
que ela toca? (v. 12). A resposta a essa primeira pergunta foi “Não”. A segunda
pergunta foi: Uma pessoa que se tornou impura pelo contato com um corpo morto
contamina as coisas em que toca? (v. 13). A resposta foi “Sim” (NVI). O que essas
perguntas significam? O pecado se espalha automaticamente em torno de nós. Portanto,
se queremos que algo bom aconteça ao nosso redor, isso deve ser cultivado com
cuidado! A erva daninha cresce por si só em um jardim, mas para ter vegetais, a pessoa
precisa cultivá-los. Só Deus pode produzir santidade na vida de alguém, porque Ele é a
única fonte de santidade. Pessoas, coisas e tempo podem se tornar santos unicamente
por meio do relacionamento com Deus.

Essa foi a última mensagem a todo o povo. Deus os encorajou: “Prestem atenção” (a
ideia é repetida três vezes, nos versos 15 e 18, NVI), levando as pessoas a pensar e
observar cuidadosamente. Então Ele prometeu: “’De hoje em diante, abençoarei vocês’”
(v. 19).

Pense nisto:Por que, frequentemente, quando você tenta fazer o bem, de repente
enfrenta muitos obstáculos e dificuldades? O que isso diz sobre a existência do mal?
V. Quinto sermão, proferido em 18 de dezembro de 520 a.C.

(Recapitule com a classe Ag 2:20-23.)

A última mensagem foi pessoal e específica para Zorobabel, o governador de Jerusalém.


Deus disse que interviria e Seus propósitos seriam realizados. O governador seria o anel
de selar do Senhor, se cooperasse com Ele, sendo um exemplo vivo do caráter de Deus,
tanto quanto pode ser revelado pelo instrumento humano. Zorobabel seria a garantia e
assinatura divina. Zorobabel não precisava se preocupar com nada. Deus trabalharia
“por ele” e “por meio dele” (veja o contraste com o rei Joaquim [Jeconias ou Conias]
em Jr 22:24). Zorobabel mais tarde foi mencionado na genealogia de Jesus (Mt 1:12,
13).

Pense nisto: Zorobabel foi “escolhido” por Deus. Com que finalidade? O que significa
ser um modelo ou instrumento humano do Senhor? O que era um anel de selar, e para
que era utilizado? Que dimensões as palavras “por meio dele” e “por ele” sugerem em
termos do tipo de obra que Deus pretende realizar por nosso intermédio?

Aplicação

Só para o professor: Deus quer abençoar Seu povo, mas primeiramente ele
precisa responder ao Seu chamado, apresentado por Sua Palavra e Seu
Espírito. Note como, na Bíblia, a Palavra de Deus e Seu Espírito caminham
juntos a fim de produzir vida (Gn 1:1-3; Sl 33:6; Ez 37:3-14).

Perguntas de aplicação:

1. Peça que os alunos definam, em suas próprias palavras, a diferença entre trabalhar
sozinho na obra de Deus, ou em estreita cooperação com Deus e com os irmãos.

2. Como você pode encorajar outras pessoas em sua congregação a fazer parte da obra
de Deus? Como você pode edificar sua igreja, no sentido físico e espiritual?

Criatividade

Só para o professor: As atividades a seguir foram planejadas para mostrar a


importância da mensagem de Ageu para nosso dias.

Atividades
1. Peça que os alunos escrevam um monólogo como se eles fossem Ageu ou Zorobabel
narrando sua experiência, de acordo com a história do livro de Ageu. Peça que eles leiam ou
interpretem seus monólogos para a classe.
2. Escreva um diálogo imaginário entre os profetas Ageu e Zacarias sobre o tempo em que
eles queriam ajudar o povo a construir o templo em Jerusalém.
3. Peça que os membros da classe escolham entre os sermões de Ageu, aquele que mais
tocou em seu coração neste momento da vida deles. As lições desses sermões podem ser
aplicadas à nossa vida hoje? Peça que os alunos compartilhem suas ideias.

Informativo Mundial das Missões

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