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SOM AMBIENTE

Alternativa para sua loja de som


automotivo faturar mais
SUMÁRIO

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Desafios e
Alternativas para
obstáculos para
Introdução a sua loja de Conclusão
consolidar o
som automotivo
negócio do som
faturar mais
automotivo
INTRODUÇÃO
O mercado brasileiro de som automotivo movimenta, em
média, R$ 3 bilhões por ano. O número consta em um
levantamento recente feito pela consultoria Roland Berger
que apurou as principais características do segmento
econômico de reposição e acessórios automotivos. Foram
avaliadas lojas e prestadores de serviço que vendem e
instalam equipamentos em automóveis ou fornecem
manutenção para este tipo de produto, que correspondem
a 10% do chamado “mercado de reposição” nacional.

O faturamento anual alto e o interesse expressivo dos


consumidores não devem, no entanto, servir para acomodar
o empreendedor. Afinal, esse mercado está em constante
transformação e a necessidade de desenvolvimento da
capacidade de explorar outras possibilidades em áreas
correlatas à sonorização automotiva é cada vez maior.
Esse movimento se dá, essencialmente, por duas
características: a primeira delas é o perfil do consumidor,
geralmente jovem, do sexo masculino, com idade entre 20
e 30 anos e pertencente às classes econômicas B e C; e
a segunda, ainda mais importante, pela mudança no tipo
de carro zero quilômetro vendido no Brasil. São cada vez
mais comuns e acessíveis os veículos que oferecem, desde
as versões mais baratas, acessórios como sistema de som
de última geração, recursos de conectividade e multimídia
e integração com dispositivos móveis como celulares e
tablets. Com o crédito facilitado, parte destes consumidores
abandonou as lojas de personalização e sonorização.
Além destes aspectos financeiros e comportamentais —
o consumidor de som automotivo mais jovem tende a
variar o ciclo de interesses pessoais a cada cinco ou
dez anos e deixa de investir nestes sistemas —, há uma
questão legal que fez com que os instaladores sentissem
as mudanças no mercado: a aprovação e regulamentação
da resolução 624/2016 do Conselho Nacional de Trânsito,
que trata sobre as novas regras para a utilização desses
aparelhos. Ela proíbe a utilização de equipamentos que
produzam sons audíveis do lado de fora do veículo,
independentemente do volume ou da frequência, que
perturbem o sossego público em ruas e estradas. Quem
for flagrado está sujeito à multa, apreensão do veículo e
regularização por meio da desinstalação dos módulos e
caixas acústicas.

Continue a leitura deste material e entenda como sua loja


de som automotivo pode se adaptar às mudanças para
permanecer competitiva no mercado.
A LT E R N A T I V A S P A R A
A SUA LOJA DE
SOM AUTOMOTIVO
FAT U R A R M A I S
Com a gradativa redução da demanda e a oferta maior
de estabelecimentos que comercializam e instalam
equipamentos de sonorização para veículos, a rentabilidade
caiu. Segundo Edson Gervázio, sócio-proprietário de uma
distribuidora destes produtos na cidade de Ribeirão Preto
(SP), “o mercado de massa não é mais atrativo, e os lojistas
têm que se reinventar, mudar o mix de produtos oferecido
e o foco do negócio”.

Essa tomada de atitude pode parecer difícil, mas não é.


Como a venda e instalação de sistemas de som para carro
é uma atividade que depende de uma boa capacidade
técnica, é possível atuar em outros segmentos próximos
sem precisar, num primeiro momento, investir tempo e
dinheiro com uma qualificação específica. Dentre estas
possibilidades estão atendimentos à necessidades que
apesar do menor volume, são mais rentáveis.
Antes de mudar, no entanto, é preciso avaliar o mercado:
quais atividades semelhantes às que o empreendedor
já desenvolve poderiam ser feitas paralelamente ao
som automotivo? Lembre-se que a ideia não é migrar
totalmente de um nicho para outro, mas trilhar um
caminho gradativo que permita aproveitar a expertise,
a equipe, o ferramental e até os equipamentos e
fornecedores do negócio original sejam aproveitados
ao máximo na ampliação do atendimento. Isso dá mais
segurança e flexibilidade para o dono do negócio se
adaptar às novidades e peculiaridades do novo segmento
e minimiza a possibilidade de surpresas.


“O empreendedor deve aproveitar a carteira de clientes,
o volume e a visibilidade da marca já existente nos
pontos de venda para buscar margens melhores e,
consequentemente, aumentar o faturamento.”

André Frahm, membro da equipe de marketing da


Frahm, indústria de equipamentos para sonorização.

Neste sentido, um segmento de destaque que pode ser


explorado é o de sonorização de ambientes. Essencialmente
semelhante à sonorização automotiva no aspecto técnico,
começar a atuar nesta área não exige imediatamente um esforço
diferenciado na busca por conhecimentos totalmente novos:
os técnicos do negócio focado nos automóveis já conhecem
os princípios básicos da eletrônica, que tipos de equipamentos
são necessários e dominam a instalação em locais que exijam
cuidado com o acabamento, por exemplo. No aspecto financeiro,
também há elementos positivos a serem considerados.
Nos últimos anos, o mercado de sonorização profissional
movimentou cerca de R$ 1 bilhão segundo um
levantamento feito pela Associação Brasileira da Música.
Este segmento envolve empresas que atuam em eventos,
comercializam instrumentos musicais e também as que
projetam e instalam sistemas completos em ambientes
domésticos, comerciais e institucionais.

Só as igrejas, por exemplo, são responsáveis por 50%


do faturamento desta atividade anualmente no Brasil.
Outro segmento que investe bastante na instalação de
caixas acústicas e equipamentos de som profissional é o
esportivo: estádios de futebol ginásios e quadras ocupam o
segundo lugar, seguidos por casas de shows.
Mas a conquista do novo mercado tem que ser feita aos
poucos, abordando clientes que já conheçam a empresa pelos
projetos de qualidade na área automotiva e fidelizando-os para
que quando o interesse mudar, lembrem-se do prestador de


serviço. Porque, como dissemos no início, os desejos desses


consumidores se renovam em ciclos de cinco a dez anos, e
quem instalou um equipamento de última geração no carro
hoje pode ter objetivos diferentes no futuro.

“O empreendedor tem que ter em mente que ampliar


o campo de atuação vai aumentar a possibilidade de
ganhos superiores, principalmente se mantiver as
duas atividades em que tem experiência”,

revela o sócio-proprietário de uma distribuidora


de Franca (SP), Harley Guirão.
Há uma variedade de serviços no segmento de sonorização de ambientes
que uma loja de som automotivo pode passar a oferecer para faturar mais:

Sonorização em Sonorização Sonorização em Sonorização em Sonorização em Sonorização em


salas de teatros; em palcos para empresas em escolas; residências; clubes;
shows; geral;

Sonorização Sonorização em Realização de Análise acústica, Elaboração Controle de


em bares e auditórios; projetos de atualização e de projeto de ruído acústicos,
restaurantes; acústica; remodelamento isolamento e ambientais e
de ambientes; condicionamento vibrações.
acústico;
DESAFIOS E
O B S TÁ C U L O S P A R A
CONSOLIDAR O NEGÓCIO
DO SOM AUTOMOTIVO
Ao promover mudanças no próprio negócio, é fundamental
que os empreendedores façam uma leitura criteriosa do
mercado na região em que atuam. No caso específico
das empresas que vendem e instalam equipamentos
de sonorização automotiva, um diagnóstico preliminar
já pode ser feito ao circular pela cidade: a quantidade
de estabelecimentos que oferecem produtos e serviços
semelhantes é muito grande.

Os portes são variados e ajudam a caracterizar muitos


dos seus proprietários: há quem esteja começando, após
alguns anos de trabalho em outra empresa e atendem na
própria casa, na garagem; há os que não são tão novatos
assim mas ainda não cresceram o suficiente; há médias
empresas e até grandes redes — estas geralmente com
outros produtos oferecidos no mix além do som — que já
têm nome e know-how na praça.
Diferentemente, as lojas de equipamentos para sonorização
ambiente aparecem em menor número, e geralmente são
caracterizadas por atenderem outro perfil de público: que


busca, além de volume, qualidade e projetos personalizados.
Por essa característica, a rentabilidade ao atuar neste
segmento pode ser maior.


“Imagine que o consumidor comprou um carro que
já vem com sistema de som automotivo de última
geração, que o atende plenamente. Se ele tem uma
casa própria e gosta de ouvir som de qualidade, pode
começar a pensar em algo diferenciado, com mais
tecnologia e que traga conforto para o ambiente onde
vive. É neste momento que o dono do negócio de som
automotivo pode usar a expertise e a credibilidade que
tem para encorajá-lo a sonorizar o imóvel”,

analisa Harley.
Para isso, é fundamental que a empresa tenha conhecimento,
técnica, habilidade de venda e ofereça as tecnologias mais
modernas disponíveis no mercado. Como as áreas são correlatas
— sonorização automotiva e de ambientes - , é possível usar a
mesma equipe para executar os projetos. Vale a pena investir em
treinamento, para que os colaboradores aproveitem a base de
conhecimento já adquirida e aperfeiçoem a aplicação das soluções.

O relacionamento com os fornecedores também é fundamental:


muitos deles trabalham com linhas completas de fabricantes
nacionais que desenvolvem equipamentos para serem usados
em carros, residências e ambientes comerciais ou institucionais.
Com esse relacionamento mantido e estreitado, é bem mais fácil
obter condições especiais e ficar sabendo das novidades mais
rapidamente para repassá-la aos consumidores.
CONCLUSÃO
A constatação de que o mercado de sonorização está
em transformação é verdadeira. As oportunidades de
negócio para quem não se reinventar tendem a reduzir
e, aos poucos, fazer a “seleção natural” daqueles que
têm aptidão real para o negócio. É justamente pelo
fato de que há muitos concorrentes na área de som
automotivo que é importante expandir a atuação
para outras áreas que permitam o aproveitamento do
conhecimento adquirido ao longo do tempo.

O potencial de crescimento para quem diversificar


o mix de produtos oferecidos deve compensar
a inovação. Para isso, áreas como a de venda de
equipamentos, desenvolvimento de projetos e
execução de instalações de sonorização ambiente
surgem como alternativas às atividades comuns aos
players tradicionais.
O primeiro passo para a complementação ou mudança
do ramo de atuação é a busca pelo conhecimento.
Para se diferenciar, o empreendedor precisa ler
muito na internet e em revistas especializadas,
participar de eventos e grupos de discussão, manter-
se constantemente atualizado e em contato com a
indústria para saber, antes dos clientes, quais são
as novidades que estão surgindo no mercado de
sonorização.

A tendência é que os dispositivos convirjam cada vez


mais para a união entre os recursos oferecidos e a
usabilidade. Não basta apenas que os equipamentos
interajam com diversos tipos de mídia, conectem-se
com celulares e tablets e tenham altíssima qualidade
sonora. Eles precisam ser visualmente atrativos,
fáceis de operar e contemporâneos, de modo que
harmonizem com vários tipos de projetos e finalidades.
Particularidades como essas só estão
presentes nos melhores fabricantes, e
garantirão maior retorno para o lojista.
Comparativamente, o foco deixará de ser no
faturamento por quantidade para valorizar
a qualidade dos clientes e dos projetos por
eles solicitados.

Ao aproveitar o know-how de
anos de atuação na área de
sonorização automotiva, fomentar o
desenvolvimento da equipe técnica
e renovar o portfólio de produtos e
serviços oferecidos, a empresa
reduz drasticamente as chances
de ver o seu negócio afetado
pela evolução natural do
mercado.
A Frahm tem mais de 50 anos de história no desenvolvimento,
produção e comercialização de equipamentos de áudio. A
empresa produz caixas acústicas ativas, passivas, portáteis,
amplificadores e dispositivos de controle de áudio para uso
em projetos de sonorização comercial, residencial e eventos.
A sede da empresa é em Rio do Sul, cidade localizada no Alto
Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

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