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Disciplina: Psicologia
Trabalho de psicologia
LUANDA-2020
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AS FASES DO DESENVOLVIMENTO SEGUNDO SIGMUND FREUD
Integrantes do 1º Grupo:
Eliane Garcia
Gesilda Dos Santos
Flora Cunha
Kiésse André
Kieza Joaquim
Tatiana Gumbe
Wendy Gonçalves
TURMA MED 11
Docente
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Sigmund Freud, considerado como o Pai da Psicanálise, foi um dos psicólogos mais
influentes dos últimos dois séculos. Polêmicas, ousadas e radicais, foram as suas teorias a
respeito de fenômenos como interpretação dos sonhos, sexualidade e inconsciente ainda são
alguns dos temas mais estudados no campo de saber. Como se sabe, a motivação sexual foi
muito enfatizada por Freud, particularmente, nos seus primeiros trabalhos. Uma das mais
conhecidas - as cinco fases do desenvolvimento psicossexual da criança.
O presente trabalho tem como tema principal, uma das teorias mais polêmicas de
Freud " Fases do desenvolvimento psicossexual ", Freud mencionou que a experiência da
infância tem uma forte influência sobre a personalidade adulta, ao decorrer do trabalho iremos
descrever sobre as fases de desenvolvimento do qual Freud se referia.
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2. As fases do desenvolvimento psicossexual segundo Sigmund Freud
O desenvolvimento humano é, então, marcado pela força da libido que assume várias
formas e se localiza em determinadas regiões do corpo, nas quais o sujeito encontra mais
satisfação na medida em que se desenvolve. A sexualidade infantil possui um sentido diferente
da adulta, não está relacionada ao aspecto biológico, genital. Sua ênfase está no sentido do
prazer, da descoberta do próprio corpo e das questões ligadas ao desejo e à fantasia que
permeiam a relação com os pais.
A fase que dá início à organização sexual infantil é a fase oral, que Freud (1905/1996)
chega a denominar de “canibalesca”, uma vez que a boca é o destino certo de tudo que está
próximo ao bebê. A boca propícia a ele o conhecimento do mundo à sua volta e o seio da mãe é o
primeiro objeto da pulsão sexual. Posteriormente, esse objeto será abandonado, pois a mãe não
está inteiramente à disposição, o que faz com que o bebê substitua a atividade de sucção do seio
materno pela sucção de uma parte do seu próprio corpo. Na fase oral, grande parte da energia
sexual é direcionada para os lábios e a língua, tornando-a portanto, a primeira zona erógena, uma
vez que é esta a primeira parte a ser dominada pela criança.
Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome,
a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os
outros.
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Os bebês que recebem muita gratificação oral durante essa fase tornam-se
adultos bastante otimistas e dependentes. Aqueles que recebem muito pouca
gratificação tornam-se pessimistas e hostis. A fixação nessa fase está relacionada a
características de personalidade tais como falta de confiança, gula, sarcasmo e disposição para
brigas. Para Freud, os transtornos alimentares, também, poderiam se dar às dificuldades na fase
oral.
Intercorre com o desvanecer da fase oral, próximo ao segundo ano de vida. Nesta
fase, a energia libidinal que se concentrava na boca é deslocada para o ânus, desta forma, o
prazer que outrora era conferido à criança por intermédio da zona labial, é comutado para a zona
retal. Assim como a extensão dos lábios, a região do ânus é confirmada por sua função
mediadora e de apoio à sexualidade junto a outros atributos corporais (FREUD, 1905). Este
estágio, segundo o autor, inaugura o desenvolvimento das faculdades mentais da criança.
É nessa fase que o prazer extrapola a satisfação de alívio fisiológico e seu único
intuito de defecar: a excitação sexual está em prender as fezes até que seu acúmulo provoque
contrações musculares, para depois ser expelido bruscamente, ativando nesse ato a mucosa anal
(NASIO, 1999). A criança na fase anal tem como objeto de prazer as próprias fezes, algumas têm
satisfação no ato de pegar, sentir a textura, o cheiro. O caráter anal é caracterizado por três traços
que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.
Na visão de Freud, se os pais forem muito rígidos com o treino, algumas crianças
começam a ter acessos de raiva e podem levar uma vida autodestrutiva quando adultos.
Outras tornam-se obstinadas, avarentas e excessivamente organizadas. Se os pais são 6
A fase fálica, período complexo que envolve a relação da criança com seus órgãos
genitais, identificação/identidade deles como seu objeto de desejo, medo da castração,
sentimentos de raiva, posse, competição e inveja em relação aos pais. Todos esses sentimentos
estão reunidos no Complexo de Édipo, como assim denominou Freud (1976 [1905]). No curso da
fase fálica, o órgão genital masculino desempenha papel dominante no menino, enquanto na
menina o clitóris é considerado o atributo fálico e fonte de excitação (NASIO, 1999, p. 27).
Metaforicamente, esse conceito é visto como o momento da diferenciação do sujeito em relação
aos pais. (FREUD, 1977 [1925/1924]).
A criança na fase fálica tende a uma identificação com um dos pais, em que o menino
identifica-se com o pai, e a menina com a mãe. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e
ao mesmo tempo deposita ódio por ele amar a mãe. A menina é hostil com a mãe porque supõe
que ela possui o pai, ao mesmo tempo tem medo de perder o amor da mãe que sempre lhe foi tão
protetora (FREUD, 1976 [1905]).
Freud sustentava que a fixação nessa fase leva à vaidade e ao egoísmo na idade
adulta: os homens vangloriam-se de suas proezas sexuais e tratam as mulheres com desprezo, e
as mulheres tornam-se levianas e promíscuas. A fixação fálica também pode gerar sentimentos
de baixa auto-estima, timidez e desvalorização.
Uma não resolução nessa fase pode ser considerada como a causa de grande parte das
neuroses.A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica tem como consequência dificuldades
na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na
sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. 7
Segundo Freud na puberdade o indivíduo entra em sua última fase psicossexual, no qual
chamou de fase genital. Nesse momento, os impulsos sexuais são novamente despertados. Ao ter
relações sexuais, o adolescente e o adulto são capazes de satisfazer desejos não realizados na
infância. De maneira ideal, a gratificação imediata desses desejos leva à sexualidade madura, da
qual fazem parte o adiamento da gratificação, o senso de responsabilidade e o cuidado por outras
pessoas.
O indivíduo desenvolve a capacidade de obter satisfação sexual com um parceiro do sexo
oposto. O caráter genital é o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se desenvolve na
ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio de uma psicanálise.”
3.CONCLUSÃO
Fadiman, James & Frager, Robert (1976), Teorias da Personalidade, São Paulo, HARBRA, 1986.
Freud, S. Resumo das Obras Completas. Rio de Janeiro. São Paulo. Livraria Atheneu, 1984.
Kline, Paul (1984), Psicologia e Teoria Freudiana, Rio de Janeiro, Imag ed,1988.
Psicologia do desenvolvimento / Alessandra Silva Xavier e Ana Ignez Belém Lima Nunes . – 4.
ed. rev. e ampl. – Fortaleza : EdUECE, 2015. 162 p. : il. ; 20
COUTO, Psicologia em pesquisa, 1 ed. 2017
https://psicoativo.com/2016/04/as-5-fases-do-desenvolvimento-psicossexual-de-freud.html
SANTOS, M. F. A. Desenvolvimento sexual infantil. Psicologia.PT. abr. 2016. Disponível em: .
Acesso em: 5 de jun. de 2018.
http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_398_desc_Psicologia%20M
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