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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


UNIVERSIDADE PRIVADA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Disciplina: Psicologia

Trabalho de psicologia

AS FASES DO DESENVOLVIMENTO SEGUNDO SIGMUND FREUD

LUANDA-2020

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AS FASES DO DESENVOLVIMENTO SEGUNDO SIGMUND FREUD

Trabalho apresentado à Universidade


Privada de Angola no curso de
Medicina do 1º ano, na disciplina de
Psicologia como avaliação contínua do
I semestre como requisito para obtenção
de nota.

Integrantes do 1º Grupo:
Eliane Garcia
Gesilda Dos Santos
Flora Cunha
Kiésse André
Kieza Joaquim
Tatiana Gumbe
Wendy Gonçalves

TURMA MED 11

Docente

______________________________

Dr.Virgilio Boa Ventura


Sumário
1. Introdução……………………………………………………………….III
2. As fases do desenvolvimento segundo Sigmund Freud………………..IV
2.1 Fase oral………………………………………………………………V
2.2 Fase anal………………………………………………………………VI
2.3 Fase fálica…………………………………………………………....VII
2.4 Fase ou período de latência………………………………………….VIII
2.5 Fase genital…………………………………………………………..VIII
3. Conclusão………………………………………………………………IX
4. Referências bibliográficas …………………………………………….X
1. INTRODUÇÃO

Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 – Londres, 23 de


setembro de 1939; nascido Sigismund, mas mudou o primeiro nome em 1878) foi um médico
neurologista e psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em
Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco.

Sigmund Freud, considerado como o Pai da Psicanálise, foi um dos psicólogos mais
influentes dos últimos dois séculos. Polêmicas, ousadas e radicais, foram as suas teorias a
respeito de fenômenos como interpretação dos sonhos, sexualidade e inconsciente ainda são
alguns dos temas mais estudados no campo de saber. Como se sabe, a motivação sexual foi
muito enfatizada por Freud, particularmente, nos seus primeiros trabalhos. Uma das mais
conhecidas - as cinco fases do desenvolvimento psicossexual da criança.

O presente trabalho tem como tema principal, uma das teorias mais polêmicas de
Freud " Fases do desenvolvimento psicossexual ", Freud mencionou que a experiência da
infância tem uma forte influência sobre a personalidade adulta, ao decorrer do trabalho iremos
descrever sobre as fases de desenvolvimento do qual Freud se referia.

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2. As fases do desenvolvimento psicossexual segundo Sigmund Freud

A ideia de sujeito em Freud (1905/1996) se relaciona à exigência de satisfação da


pulsão sexual, como é discutido, de forma abrangente, em Três ensaios sobre a teoria da
sexualidade, texto em que o autor delineia o desenvolvimento psicossexual da criança.

O desenvolvimento da personalidade envolve uma série de conflitos entre o


indivíduo, que quer satisfazer os seus impulsos instintivos, e o mundo social (principalmente a
família), que restringe este desejo.

Existem cinco fases universais do desenvolvimento que são chamadas de fases


psicossexuais. Freud acreditava que a personalidade estaria essencialmente formada ao fim da
terceira fase, por volta dos cinco anos de idade, quando o indivíduo possivelmente já
desenvolveu as estratégias fundamentais para a expressão dos seus impulsos, estratégias essas
que estabelecem o núcleo da personalidade.

Segundo ele, o desenvolvimento da personalidade coincide basicamente com o


desenvolvimento da sexualidade, o que não se estranha, dado o amplo sentido que Freud atribui a
este conceito, a de que o ser humano é motivado basicamente pela busca do prazer.

O desenvolvimento humano é, então, marcado pela força da libido que assume várias
formas e se localiza em determinadas regiões do corpo, nas quais o sujeito encontra mais
satisfação na medida em que se desenvolve. A sexualidade infantil possui um sentido diferente
da adulta, não está relacionada ao aspecto biológico, genital. Sua ênfase está no sentido do
prazer, da descoberta do próprio corpo e das questões ligadas ao desejo e à fantasia que
permeiam a relação com os pais.

A sexualidade forma parte integral da personalidade de cada indivíduo, como uma


necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspectos
da vida. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e tanto a saúde
física como a mental (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1975, apud EGYPTO, 2003,
p.15-16).
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Na sua teoria do desenvolvimento humano. Freud considerou o critério afetivo, que


corresponderia ao comportamento do indivíduo frente aos seus objetos de prazer e dividiu esse
desenvolvimento em fases sucessivas, atribuindo a cada uma delas um nome ligado a parte do
corpo que parecia dominar o hedonismo naquela ocasião. Todo o desenvolvimento seria marcado
por essas fases que se caracterizam. Sobretudo pela mudança do que é desejado em cada uma e
pela maneira como esses desejos são atingidos. As fases do desenvolvimento psicossexual das
crianças segundo Sigmund Freud são:
 Fase oral;
 Fase anal;
 Fase fálica;
 Fase ou período de latência;
 Fase genital.

2.1. Fase oral


o Faixa etária: Nascimento –  1 Ano
o Zona erógena: Boca

A fase que dá início à organização sexual infantil é a fase oral, que Freud (1905/1996)
chega a denominar de “canibalesca”, uma vez que a boca é o destino certo de tudo que está
próximo ao bebê. A boca propícia a ele o conhecimento do mundo à sua volta e o seio da mãe é o
primeiro objeto da pulsão sexual. Posteriormente, esse objeto será abandonado, pois a mãe não
está inteiramente à disposição, o que faz com que o bebê substitua a atividade de sucção do seio
materno pela sucção de uma parte do seu próprio corpo. Na fase oral, grande parte da energia
sexual é direcionada para os lábios e a língua, tornando-a portanto, a primeira zona erógena, uma
vez que é esta a primeira parte a ser dominada pela criança.
Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome,
a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os
outros.
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Os bebês que recebem muita gratificação oral durante essa fase tornam-se
adultos bastante otimistas e dependentes. Aqueles que recebem muito pouca
gratificação tornam-se pessimistas e hostis. A fixação nessa fase está relacionada a
características de personalidade tais como falta de confiança, gula, sarcasmo e disposição para
brigas. Para Freud, os transtornos alimentares, também, poderiam se dar às dificuldades na fase
oral.

2.2. Fase anal

o Faixa Etária: 1 a 3 anos


o Zona erógena: Ânus e controle da bexiga

Intercorre com o desvanecer da fase oral, próximo ao segundo ano de vida. Nesta
fase, a energia libidinal que se concentrava na boca é deslocada para o ânus, desta forma, o
prazer que outrora era conferido à criança por intermédio da zona labial, é comutado para a zona
retal. Assim como a extensão dos lábios, a região do ânus é confirmada por sua função
mediadora e de apoio à sexualidade junto a outros atributos corporais (FREUD, 1905). Este
estágio, segundo o autor, inaugura o desenvolvimento das faculdades mentais da criança.

É nessa fase que o prazer extrapola a satisfação de alívio fisiológico e seu único
intuito de defecar: a excitação sexual está em prender as fezes até que seu acúmulo provoque
contrações musculares, para depois ser expelido bruscamente, ativando nesse ato a mucosa anal
(NASIO, 1999). A criança na fase anal tem como objeto de prazer as próprias fezes, algumas têm
satisfação no ato de pegar, sentir a textura, o cheiro. O caráter anal é caracterizado por três traços
que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.

São várias as possibilidades de o desenvolvimento da personalidade ser perturbado


nesta fase, entre elas, a captação por parte da criança de que o amor dos pais está condicionado a
que cumpra as suas exigências no que respeita aos processos de eliminação e limpeza; que a
criança vivencie estes processos com certa apreensão e nojo; que encontre a possibilidade de
exercer um poder sobre os pais à base do descumprimento das suas funções de evacuação.

Na visão de Freud, se os pais forem muito rígidos com o treino, algumas crianças
começam a ter acessos de raiva e podem levar uma vida autodestrutiva quando adultos.
Outras tornam-se obstinadas, avarentas e excessivamente organizadas. Se os pais são 6

muito permissivos, seus filhos podem tornar-se desorganizados, desordenados e pouco


asseados.

2.3. Fase fálica

o Faixa etária: 3 a 6 anos


o Zona erógena: Genitais

A fase fálica, período complexo que envolve a relação da criança com seus órgãos
genitais, identificação/identidade deles como seu objeto de desejo, medo da castração,
sentimentos de raiva, posse, competição e inveja em relação aos pais. Todos esses sentimentos
estão reunidos no Complexo de Édipo, como assim denominou Freud (1976 [1905]). No curso da
fase fálica, o órgão genital masculino desempenha papel dominante no menino, enquanto na
menina o clitóris é considerado o atributo fálico e fonte de excitação (NASIO, 1999, p. 27).
Metaforicamente, esse conceito é visto como o momento da diferenciação do sujeito em relação
aos pais. (FREUD, 1977 [1925/1924]).

A criança na fase fálica tende a uma identificação com um dos pais, em que o menino
identifica-se com o pai, e a menina com a mãe. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e
ao mesmo tempo deposita ódio por ele amar a mãe. A menina é hostil com a mãe porque supõe
que ela possui o pai, ao mesmo tempo tem medo de perder o amor da mãe que sempre lhe foi tão
protetora (FREUD, 1976 [1905]).

Freud sustentava que a fixação nessa fase leva à vaidade e ao egoísmo na idade
adulta: os homens vangloriam-se de suas proezas sexuais e tratam as mulheres com desprezo, e
as mulheres tornam-se levianas e promíscuas. A fixação fálica também pode gerar sentimentos
de baixa auto-estima, timidez e desvalorização.

Uma não resolução nessa fase pode ser considerada como a causa de grande parte das
neuroses.A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica tem como consequência dificuldades
na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na
sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. 7

2.4. Fase ou periodo de latência

o Faixa etária: 6 anos – puberdade


o Zona erógena: sentimentos sexuais são inativos

A sexualidade entra na chamada fase de latência, Freud dizia que o período de


latência no desenvolvimento da criança não é um período psicossexual, mas sim uma fase de
desejos inconscientes reprimidos. Neste período, a criança já superou o complexo da fase fálica
e, embora desejos e impulsos sexuais possam ainda existir, eles são expressos de forma
assexuada em atividades como amizades, estudos ou esportes, até o começo da puberdade; ou
seja as crianças perdem o interesse pelo comportamento sexual e durante esse período, que
começa por volta dos cinco anos e termina aos 12 ou 13, os meninos brincam com as meninas,
as meninas brincam com os meninos, e nenhum dos sexos demonstra muito interesse pelo outro.

2.5. Fase genital

o Faixa etária: Puberdade à Morte


o Zona erógena: Amadurecendo de Interesses Sexuais

Segundo Freud na puberdade o indivíduo entra em sua última fase psicossexual, no qual
chamou de fase genital. Nesse momento, os impulsos sexuais são novamente despertados. Ao ter
relações sexuais, o adolescente e o adulto são capazes de satisfazer desejos não realizados na
infância. De maneira ideal, a gratificação imediata desses desejos leva à sexualidade madura, da
qual fazem parte o adiamento da gratificação, o senso de responsabilidade e o cuidado por outras
pessoas.
O indivíduo desenvolve a capacidade de obter satisfação sexual com um parceiro do sexo
oposto. O caráter genital é o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se desenvolve na
ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio de uma psicanálise.”

O indivíduo livre de conflitos pré-edípicos significativos, aprecia uma sexualidade


satisfatória preocupando-se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a
manifestação de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada fica disponível
para o trabalho, que é prazeroso. 8

3.CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente trabalho permitiu que abordassemos sobre as fases


do desenvolvimento psicossexual da criança e a asua relaçao na formaçao da perrsonalidade do
adulto. Pudemos concluir que existem 5 fases que são: fase oral, fase anal, fase fálica, fase ou
periodo de latencia e fase genital. Freud afirmou que estas fases seguem uma ordem cronologica
e apassagem correcta por estas frases forma um individuo saudável. O comportamento do
individuo adulto, é explicado por Freud a partir do modo como o indivíduo viveu as diversas
fases do seu desenvolvimento psicossexual.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_psicossexual#Hist%C3%B3rico

Fadiman, James & Frager, Robert (1976), Teorias da Personalidade, São Paulo, HARBRA, 1986.

Freud, S. Resumo das Obras Completas. Rio de Janeiro. São Paulo. Livraria Atheneu, 1984.

NASIO, J. D. O prazer de ler Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

Kline, Paul (1984), Psicologia e Teoria Freudiana, Rio de Janeiro, Imag ed,1988.

Psicologia do desenvolvimento / Alessandra Silva Xavier e Ana Ignez Belém Lima Nunes . – 4.
ed. rev. e ampl. – Fortaleza : EdUECE, 2015. 162 p. : il. ; 20
COUTO, Psicologia em pesquisa, 1 ed. 2017
https://psicoativo.com/2016/04/as-5-fases-do-desenvolvimento-psicossexual-de-freud.html
SANTOS, M. F. A. Desenvolvimento sexual infantil. Psicologia.PT. abr. 2016. Disponível em: .
Acesso em: 5 de jun. de 2018.
http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_398_desc_Psicologia%20M
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