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Um exemplo de jogo onde as runas são lançadas sobre um gráfico é sugerido pelo Thorsson no livro At the Well of
Wyrd, baseado nos Nove Mundos de Yggdrasil. Na ilustração ao lado temos a ilustração. Escrevi as iniciais de cada
Ásgarðr: [As] O reino dos Æsir e da consciência arquetípica. Espiritualidade, os aspectos velados de uma questão,
assuntos relacionados à honra do indivíduo e as influências positivas do passado (incluindo vidas passadas) que
favorecem o presente. .
Ljóssálfheimr: [Lj] O mundo dos elfos luminosos, do planejamento, da cognição e do intelecto. Aspectos mentais,
assuntos de família e as direções que devem ser tomadas para a realização das promessas de Ásgarðr.
Miðgardr: [Mi] O reino dos homens e da realidade manifestada. O mundo tangível, o corpo e o Ego.
Swartálfheimr: [Sw] O reino dos anões, da criatividade, da memória e das emoções. Também assuntos financeiros,
questões sobre as quais se deve refletir e direções que devem ser tomadas para a realização das promessas de Hel.
Hel: [He] O mundo dos mortos e das influências inconscientes, secretas ou ancestrais. Desejos sufocados ou
escondidos, funções automáticas de comportamento e e as influências negativas do passado (incluindo vidas passadas)
Vanaheimr: [Va] O reino dos Vanir, da vitalidade, da harmonia e do bem estar. Tudo o que promove o crescimento.
Jötunheimr: [Jo] O reino dos gigantes, da crise, das mudanças ou das oportunidades, de acordo com o seu ponto-de-
vista.
Os mundos dentro do círculo referem-se às influências mais subjetivas/psicológicas da leitura. Os mundos fora do
energias.
Para finalizar, é considerado parte do ritual a invocação prévia das Norns, de Óðinn e/ou de Freyja para abençoar e
orientar a leitura. Outra tradição afirma que devemos sempre estar voltados para o Norte em qualquer prática Rúnica,
seja mágica ou divinatória. Quando ao ar livre, em contato com a natureza, o Mestre de Runas sempre procura se
posicionar sob uma árvore frondosa (virado para o Norte) e aguardar, depois da leitura, a confirmação pelos omens.
Esta confirmação consiste na delimitação visual de uma área ao seu redor (algo em torno de uns 10m de diâmetro) e na
espera do surgimento de algum animal dentro dele: animais escuros são auspiciosos e representam uma confirmação de
todos os aspectos da leitura realizada; animais claros sinalizam que nem tudo foi percebido de maneira correta.
Ritual do Círculo
Retirado de Teutonic Magic de Kveldulf Gundarsson
Adaptação livre para o português de Hedra – (dedicado e consagrado a Odin).
Propósito: Para criar um espaço sagrado de proteção e poder para se fazer um ritual.
Ferramentas mágicas terrestres: Gandr ou sax (faca); caso contrário, conforme necessário para seguir o
ritual.
I. Com a face voltada para o norte, com o Gandr ou Sax em sua mão forte, comece uma respiração
meditativa até chegar num estado de semi-transe. Desenhe seu círculo terrestre ao seu redor ou trace
sobre as suas linhas, carregando elas com energias brilhantes como se estivessem queimando. Estenda
seu braço totalmente, trace a Runa Fehu grande no norte, cantando o nome dela por três vezes vendo a
runa que você traçou num vermelho brilhante diante de você. Volte-se para o Nordeste, seu braço ainda
totalmente estendido, trançando com um raio vermelho que sai da ponta de seu Gandr ou Sax e faça o
mesmo com Uruz, o leste com Thurissaz, etc. De modo que a última Runa da primeira volta seja Wunjo
no noroeste.
Complete o circulo de luz, no qual você agora pode ver como uma esfera ao seu redor fundindo-se com
as fronteiras de seu circulo terrestre, e continue avante com o segundo aettir da mesma maneira, até
que você tenha dado três voltas e finalizado com Othala no noroeste. Isso deveria parecer pra você que
você está no meio de uma esfera tripla de um vermelho brilhante com as tríades de anéis de oito runas
no aettir celeste.
II. Grite,
IV. Quando o ritual estiver completo, ou extraia a energia de suas esferas para dentro de si mesmo com
várias respirações profundas ou a dissipa de volta para o universo. Retrace o circulo terrestre na direção
oposta, extraindo o poder dele com o seu Gandr ou Sax. Isso pode ser guardado em seu instrumento
mágico ou dissipado.
RITO DE MIMIR
IV. Golpeie a borda da taça ou do chifre com o Gandr ou Sax e vibre: “Asgardhr!”. Espere até que a
última ressonância se desfaça e repita a ação, vibrando: “Hel! Midgardhr! Alfheim! Svartalfheim!
Muspellheim! Vanaheim! Niflheim! Jotunheim!” Faça uma pausa com um momento de absoluto silêncio,
então golpeie a taça novamente, gritando:
“Mimir!”
V. Olhando dentro da água da taça ou chifre, diga assim que sua respiração agitar a superfície da água.
“Hail, Mimir, o mais sábio dos Etin,
Nós te saudamos, filho do famoso Bolthorn,
Hail, guardião do escuro poço de sabedoria,
Eu vim ao teu encontro nessa hora oculta
Sob a raiz das runas ocultas de Iggdrasil
Onde Odin delas comprou um gole com um olho
Mimir, guardião do poder da memória
O gole de meus ancestrais eu venho beber
As águas da sabedoria eu venho beber”
VI. Medite sobre a taça ou chifre até que você possa ver que sua borda é uma borda da pedra do poço,
com uma grande sempre-verde crescendo dele, suas raízes ocultas pela profundeza do poço. Assim você
bebe lentamente o líquido da taça em um gole, veja o mundo que te cerca: tudo o que foi compondo
aquilo-que-é vivo e indo para aquilo que irá se tornar, como o trecho de ida das agulhas da arvore[1],
alimentadas pelas águas que flui desde as raízes ocultas e por todas as camadas de madeira para moldá-
las.
VII. Diga
“Mimir, eu agradeço, com o sagrado gole eu retorno para casa repleto do poder da memória”
VIII. Extraia a energia do círculo para si ou o devolva para o universo; se você usou um circulo físico,
apague ou rastreie no sentido contrário antes de sair. Apague a chama da vela com um breve Galdr como
o “A chama acesa da vela agora volta para o esconderijo” ou “Volte para sua casa em Muspellheim fogo
poderoso”.
[1]
N.T.: É interessante entender o conceito de tempo a respeito das Norns e os poços da Iggdrasil para
compreender um pouco mais aquilo que está sendo dito, a grosso modo e de maneira deturpada segundo
o próprio autor, esse seria nosso atual conceito de tempo como passado, presente e futuro, porém o
autor explica que o conceito de tempo é diferente, pois o passado e o presente seriam em si uma coisa
só e esses dois compõem aquilo que está por vir.