Você está na página 1de 28

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA

LTE
Efeitos Ambientais na Transmissão de Energia Elétrica

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Roteiro da Aula

 5.1 Efeito Pelicular da Corrente

 5.2 Efeito Corona


 cálculo do “gradiente crítico visual” – E CRV
 cálculo numérico do raio do condutor equivalente – req
 avaliação das perdas corona sob tempo bom e sob chuva

 5.3 Rádio Interferência (RI)


 5 4 Ruído Audível (RA)
5.4
 5.5 Efeitos do Campo Eletrostático
 (5.6) incluindo os efeitos biológicos.

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 2


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

5.1 Efeito Pelicular

 Qualitativamente:
 o efeito Skin decorre da indução de campos magnéticos
associados à passagem da corrente e aos campos
elétricos induzidos, cujos sentidos tendem a opor-se ao
movimento de elétrons no centro do condutor e reforçá-lo
na periferia.
 Matematicamente:
 A distribuição resultante da corrente pode ser
representada matematicamente pela equação:
 Js é o valor máximo da densidade de corrente
  é a distância da superfície,
 d é uma constante chamada profundidade pelicular
  é a resistividade do material
 μ é a permeabilidade absoluta do material

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 3


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Efeito Pelicular
 conclusões da equação:

 Se d tender à infinito não haverá efeito p


pelicular,, e a densidade de corrente
será a mesma indepentemente da profundidade.

Q
Quanto menor o valor de d, maior a variação de J com a distância à
superfície do condutor.

 Materiais mais condutores (baixa ) possuem efeito skin mais pronunciado.

 Quanto maior a freqüência, maior o efeito skin.

 Quanto
Q t maior
i a permeabilidadade
bilid d d ddo material,
t i l maior
i o efeito
f it skin.
ki

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 4


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Efeito Pelicular – Exemplos de Materiais

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 5


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Densidade de Corrente X Frequência

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 6


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Efeito Pelicular – Consequências Práticas

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 7


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Efeito Pelicular – Consequências Práticas

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 8


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

5.2 Efeito Corona


 Descrição:
 o efeito Corona aparece na superfície dos condutores de uma linha
aérea de transmissão quando o valor do gradiente de potencial aí
existente excede o valor do gradiente crítico disruptivo do ar.
 o fenômeno óptico do efeito Corona ocorre quando E > Eo

 Consequências:
 eflúvios visiveis
 ruídos audíveis
 perdas de energia
 geração de ozona
 vibração mecânicas
+ gshkm + gshkm

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 9


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Corona Visível
 Gradiente Crítico Visual – ECRV

 Ao longo do anos, as pesquisas mostraram que o fenômeno das


descargas atmosféricas corona somente se inicia com gradientes acima
do chamado “gradiente crítico visual”.
 Eo = 30,5
30 5 kV/cm é válido apenas para situações específicas com campo
elétrico uniforme.
 Na prática, somente o meio ambiente e a geometrica do condutor ou do
f i de
feixe d condutores
d t que iirá
áddeterminar
t i o ECRV.
0,54187
ECRV  18,1 m  ( 1  ) Kv / cm
req . 
 correção da pressão atmosférica relativa ():
 temperatura
t t (t) e altitude
ltit d (h):
(h)
0,386 ( 760  0, 086h)
 
273  t

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 10


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Raio do Condutor Equivalente - req

 cálculo numérico da “equação transcedental” (Fuchs, 1977):

nr
Dm Dm
 (
req
)
req Rc
 onde o raio médio geométrico capacitivo (Rc), ver pág. 265 do livro
texto, é dado por:
Rc  n r d12 d13 ... d1n
 simboliza o raio de um condutor fictício, cilíndrico, p
possuindo a mesma carga
g
e reproduzindo a mesma carga elétrica que um condutor múltiplo (feixe).

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 11


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Perdas Corona sob Tempo Bom

0, 0000337
P  2
f V2 F
 2 DM 
 log ( )
d 
 onde:
 P, perda em kW/milha de condutor
P condutor,
 DM, espaçamento equivalente entre condutores (cm),
 d, diâmetro do condutor (cm),
 V, tensão efetiva (fase-terra) em kV,
 f , frequência (Hz)
 F, um fator experimental, função de E e ECRV
 geralmente adota-se o campo de referência E igual a 16,5 kV/cm

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 12


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Perdas Corona
sob Tempo Bom

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 13


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Perdas Corona sob Tempo Ruim (Chuva)

P  KPn
  1  0,3 / r
R 
log . log
f Rc Rc 18
K  (nr  ) 2   
r para condutores simples
50 R
l
log 18 nr  4 para condutores
d múltiplos
l l , cm

 onde:
 Pn, perdas reduzidas,
reduzidas função de E e ECRV
 Cs, é a capacitância de seqüência positiva da linha trifásica
 como a capacitância C calculada no capítulo 3 do livro.

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 14


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Perdas Corona sob Chuva

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 15


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Perdas Corona sob Chuva

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 16


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

5.3 Radio Interferência (RI)

 Definição:
 distúrbio indesejado atuando na faixa de radio-interferência de 500 kHz
a 1600 kHz (faixas AM)

 Causas:
 efeito corona
 irregularidades e partículas sólidas na superfície dos condutores

 Fatores de Influência:
 configuração dos condutores nas linhas
 resistividade do solo
 condições ambientais como vento
vento, umidade e preciptação

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 17


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Medida da Interferência

 Medida do sinal (estação) e do ruído.


Vs VR
S (dB )  20 log R (dB)  20 log
1 1
 Relação entre o sinal e o ruído:

S VS / VR S VS VR
( dB )  20 log ( ) (dB )  20 log  20 log
R 1 R 1 1
 Qualidade da recepção dada pela diferença de sinais:

S
(dB )  S (dB )  R ( dB )
R

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 18


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Qualidade da Recepção - Normatização

Relação Sinal/Ruído Qualidade de Recepção Classe de


(dB) Recepção

32 Inteiramente satisfatória A

27 a 32 Muito boa,, ruído não oportuno


p B

22 a 27 Boa, fundo ligeiramente evidente C*

16 a 22 Fundo muito evidente, voz humana D


facilmente compreensível

6 a 16 Voz humana inteligível somente com E


intensa concentração, ruído de fundo
muito evidente

<6 Voz humana ininteligível F

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 19


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Método de Estimação da RI – Ontário Hydro


EMAX d 30,5
30 5 C 1
R  Ro  A  n  40  n ( )  B n  20  n
 onde: 18,8 2,54 D C  f2
 Ro é um valor de referência
referência, para uma distância radial de 30
30,5
5mm, dado
por:
 34  6 dB, para linhas horizontais (valor médio, tempo bom)
 34  6 dB, para linhas verticais (idem)
 63 dB, para linhas horizontais (valor máximo para tempo ruim)
 66 dB,, p
para linhas verticais ((valor máximo p
para tempo
p ruim).
)
 A = 146 p/ tempo bom e A=120 p/ tempo ruim
 B = 40 p/ linhas horizontais e B = 32 p/ linhas verticais
 C = 1 p/ f maior que 1 MHZ e C = 0,5 p/ f menor ou igual a 1 MHZ
 EMAX= gradiente máximo, kV/cm
 d= diâmetro do condutor
condutor, cm
 D= distância radial do condutor a antena, m

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 20


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Radiointerferência (RI) 138KV Florianópolis - Jorge


Lacerda

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 21


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Radiointerferência (RI) 138KV Florianópolis - Jorge


Lacerda

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 22


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Radiointerferência (RI) 230KV


Areira - Curitiba

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 23


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Radiointerferência (RI) 230KV


Areira - Curitiba

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 24


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

Sinal e Qualidade de recepção das emissoras medidas –


Pesquisa da Eetrosul

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 25


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

5.4 Ruído Audível (RA)

 Fatores de Influência:
 tamanho e número de subcondutores
 gradiente do condutor
 intensidade de chuva
 envelhecimento do condutor

 Medidas para a Redução do RA:


 cobertura dos cabos com camada isolante
 otimização da geometria

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 26


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

5.4 Ruído Audível (RA) - Estimação

 Fórmula de Weeks (1981):


RA  Knd 2,2 E 3,6
 K é uma constante de proporcionalidade
 n é o número de subcondutores
 d é o diâmetro dos subcondutores
 E é a intensidade de campo na superfície do condutor

 Fórmula de Kirkhan e Gajda (1983)

P  10 log (C1 ( E  Eo ) 2,4 ( 1  exp (  K 2 ( E  Eo ) 4 / 3   )))

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 27


TDE - Transmissão e Distribuição de Energia

5.4 Ruído Audível (RA)

Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade © 2010 28

Você também pode gostar