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Aspectos - Juridicos DO SUS PDF
Aspectos - Juridicos DO SUS PDF
(3) – Lei 4.320/64: “Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”
Lei 810/49(define o ano civil):
“Art. 1º - Considera-se ano o período de doze meses contados do dia do início ao dia e mês correspondente do
ano seguinte”.
(4) Lei 8.080⁄90, Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único
de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos
deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a
disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito
Federal e da União.
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva
proposta orçamentária.
Portaria⁄GM 3332, 28⁄12⁄2006, “Art. 2º Definir como Plano de Saúde o instrumento
básico que, em cada esfera de gestão, norteia a definição da Programação Anual das ações
e serviços de saúde, assim como da gestão do SUS.
§ 1º O Plano de Saúde apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no
período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas.”
(5) – Constituição Federal, Art. 167. São vedados: (...)
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
- Portaria⁄GM 3332, de 28⁄12⁄2006, “Art 1º- (...) § 2º Os instrumentos básicos
adotados pelo Sistema de Planejamento do SUS devem ser compatíveis com o Plano
Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, atentando- se
para os períodos estabelecidos para a sua formulação em cada esfera de gestão.
(6) – Art. 3º Definir como Programação Anual de Saúde o instrumento que operacionaliza
as intenções expressas no Plano de Saúde, cujo propósito é determinar o conjunto de
ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como da gestão do
SUS.(...)
§ 3º O horizonte temporal da Programação Anual de Saúde coincide com o período
definido para o exercício orçamentário e tem como bases legais para a sua elaboração a
Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.
(7) – Lei 4.320/64:
“ Art. 58 – O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.”
COMPETÊNCIA
Na vigência da Constituição anterior os Municípios não
gozavam de plena autonomia para a execução das ações de Saúde(9),
sendo as contratações com o setor privado realizadas diretamente pelo
próprio Ministério da Saúde ou através de Entidades da Administração
Indireta, a exemplo do INAMPS.
(10) “Lei 8.080⁄90, Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:(...)IX -
observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras
de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;(...)”
(11) Art. 7º Definir o prazo de 1 (um) ano, a contar da data de assinatura do convênio/contrato, modelo
proposto no Anexo III, entre gestor e unidade, como prazo máximo de transição entre o modelo de pagamento
proposto pelo programa em orçamentação global, onde os recursos financeiros referentes à parcela fixa da
orçamentação mista serão repassados ao estabelecimento hospitalar de acordo com o percentual de
cumprimento das metas físicas pactuadas no Plano Operativo, modelo proposto no Anexo IV, e definida por
meio das seguintes faixas:
13 – “Lei 8.080/90:
“ Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete:(...)
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com
entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua
execução;
................................................................
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura
assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde – SUS
poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada”.
(15) A Lei n.º 9.648/98 deu nova redação ao disposto no artigo 24, incisos I e II da Lei 8.666/93, aumentando,
em percentual e quantitativamente, a liberdade de compra para obras e serviços de engenharia, bem como
para outras compras, assegurando para a primeira hipótese as aquisições até 10%(dez por cento) sobre o valor
de R$ 150.000,00(cento e cinquenta mil reais), e para a Segunda hipótese até 10%(dez por cento) sobre o valor
de R$ 80.000,00(oitenta mil reais).
Questionamento:
O que é um edital e a sua importância?
Segundo Hely Lopes Meirelles “...é o ato pelo qual a administração pública leva ao
conhecimento público a abertura da concorrência ou tomada de preços, fixando as
condições de sua realização e convoca os interessados para a apresentação de
suas propostas.” Ele é a Lei entre as partes participantes da licitação.
(16) O artigo 23, incisos I, alínea “a” , e II, alínea “a”, da Lei 9.648/98, permitiu a utilização de tal
procedimento, na primeira disposição, para obras e serviços de engenharia até o montante de R$
150.000,00(cento e cinquenta mil reais), e para outras compras e serviços até o montante de R$
80.000,00(oitenta mil reais).
(17) O artigo 23, incisos I, alínea “b”, e II, alínea “b”, da Lei 9.648/98 permitiu a utilização de tal procedimento,
na primeira disposição, para obras e serviços de engenharia até o montante de R$ 1.500.000,00(um milhão e
quinhentos mil reais), e para outras compras e serviços até o montante de R$ 650.000,00(seiscentos e cinquenta
mil reais).
‘Por equívoco foi citado a lei 8666 ao invés de citarmos a lei 10091.’
Em que pese o jurisdicionado alegar o equívoco entre as leis, o que efetivamente constatou-se durante a fase inspecional foi o total desconhecimento da
aplicabilidade da matéria regulada pela Lei nº 10.191, em virtude de ser novidade no cenário jurídico.
Considerando que a utilização da lei 8666/93 no lugar da Lei 10.191/01 não acarretou danos ao erário público municipal, entendemos que tal fato possa
ser relevado, devendo ser observado a correta utilização legal quando da próxima inspeção ordinária a ser realizada no Fundo Municipal de
Vassouras.(...)”
Vejamos os casos:
I. Dispensa de licitação – É a situação em que existe a possibilidade de
competição, sendo facultado ao gestor a sua dispensa, a sua não
realização. As situações estão previstas no art. 17, I e II, bem como no
art. 24, todos da Lei 8.666/93.
Questionamento:
1) O Município para proceder a aquisição de exames, cuja previsão de gasto
mensal é de cerca de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pode lançar mão do disposto
no artigo 24, II da Lei 8.666/93 para dispensar as compras que efetua
mensalmente?
Não, pois, a repetição da aquisição mensal torna a aquisição de caráter
continuado a mais de um mês, sendo que a mesma não vai ser efetuada uma
única vez, se constituindo tal situação uma parcela de um todo.
III. Uma outra figura também usada pela Administração pública são
os convênios, onde, contrariamente aos contratos, cujas vontades são
opostas - uma visando o serviço e a outra visando lucro, neste modelo as
vontades se voltam para um mesmo fim, tratando-se pois de uma
verdadeira parceria, onde a entidade conveniada filantrópica ou não
lucrativa não pode visar qualquer margem de lucro, sob pena de
descaracterizar sua natureza; daí não se falar em preço, em remuneração
pelos procedimentos realizados, mas sim subsídio.
(19) Lei 3.807, de 23 de agosto de 1960
“Art 47. O DNPS organizará os serviços de assistência médica, que será feita de modo a assegurar, quanto
possível, a liberdade de escolha do médico por parte dos beneficiários, dentre aquêles que forem credenciados,
segundo o critério de seleção profissional estabelecido pelo regulamento desta lei, para atendimento em seus
consultórios ou clínicas, na base da percepção de honorários per capita ou segundo tabela de serviços
profissionais, observadas sempre as limitações do custeio dos serviços estabelecidas nesta lei.
Parágrafo único. O mesmo sistema será observado, quando possível, em relação à utilização dos hospitais e
sanatórios. “
CONCURSO PÚBLICO
Situação apresentada – Necessidade de Lei criando os cargos,
contendo minimamente as atribuições e a remuneração, promovendo-se a
seguir concurso público; tendo como vantagens a possibilidade do
Município poder criar regras para a contratação, executar diretamente o
programa e a garantia de todos os direitos trabalhistas. As principais
desvantagens citadas são o fato do aumento da folha de pagamento, o
longo prazo para a realização de concurso, não poder haver discriminação
(residir no bairro ou comunidade, etc), e a morosidade na tramitação de
projeto de Lei para a criação dos cargos.
(20) – Cartilha “Programa dos Agentes Comunitários de Saúde”, editada em 1997 pelo Ministério da Saúde,
dirigida aos Prefeitos Municipais.
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA
Situação apresentada - É uma forma de contratação efetuada
pela Administração pública, em situações de excepcional interesse público;
tendo como principais vantagens a segurança de todos os direitos
trabalhistas, exceto as multas rescisórias (pois o servidor tem o
conhecimento do prazo do contrato), bem como a faculdade da realização
de processo seletivo, execução do programa diretamente pela
Administração; sendo as principais desvantagens o fato de que os
Programas estratégicos não serem considerados de caráter temporário, a
morosidade de tramitação de projeto de Lei para a Contratação, e a
eventual dispensa do servidor antes do término do contrato, obrigando à
Administração a pagar multas rescisórias.
(24) Decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, tendo em vista ação de inconstitucionalidade da Lei
Municipal n.º 30.326-0/2, impetrada pelo Partido dos Trabalhadores em face ao Município de São Paulo; sendo
que tal Lei autorizava a realização de convênio, enquanto que uma das sustentações do Partido dos
Trabalhadores foi a não ocorrência de Licitação para a contratação dos serviços, entendendo o Tribunal que
“(...)convênio é acordo, não contrato. No contrato as partes têm interesses diversos e opostos e no convênio os
partícipes têm interesses comuns e coincidentes. Ora, nessa conceituação fica claro que os convênios podem
ser celebrados com entidades públicas ou com organizações particulares. Sem dúvida, perfeitamente viável o
convênio celebrado pela Municipalidade com Cooperativa especialmente criada para atuar na área de Saúde,
mesmo porque em uma cooperativa não se visa lucro, vantagem patrimonial de seus sócios.”.
(25) Pronunciamento do Dr. Clarisvan Couto Gonçalves, especialista em direito sanitário, que dirigiu a oficina de
trabalho que discutiu a estruturação dos fundos municipais de saúde, quando da realização do XV Congresso
dos Secretários Municipais de Saúde, realizado no ano de 1999, no Município do Rio de Janeiro.
(27) Informação prestada pelo Dr. Jorge Solla quando do Encontro de Gestores Estaduais
ocorrido nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2007, no Município de Aracajú- SE.
A OSCIP sim, mais que parecida, tem uma grande identidade com as
fundações, sendo que o funcionamento daquelas é condicionado ao
reconhecimento por parte do Ministério da Justiça.
EXTRATO DE CONVÊNIO
O Município de_________torna público que na data de ____________celebrou
convênio com ___________, pelo prazo de ______________,tendo como
objeto______________, onerando o instrumento a rubrica
orçamentária_______________, fundamentação legal: ________.
EXTRATO DE CONTRATO
O Município de_________torna público que na data de ____________celebrou
convênio com ___________, pelo prazo de ______________,tendo como
objeto______________, onerando o instrumento a rubrica
orçamentária_______________, fundamentação legal: ________.
10) Não se esquecer que antes de fazer o contrato, necessário se faz verificar se
existe Entidade Filantrópica e sem fins lucrativos no Município, pois, se existir,
esta tem a preferência na contratação; e só depois é que se faz o contrato com
Entidade privada lucrativa.
15) 11) Observar se o Plano de Saúde contempla a compra e o limite financeiro.
REFERÊNCIAS:
Constituição Federal de 1967;
Constituição Federal de 1988
Constituição do Estado do Rio de Janeiro de 1989;
Lei 8.080/90;
Lei 8.142/90;
Lei 4.320/64;
Portaria/Ministério da Saúde nº 1.286/93;
Instruções Normativas/ Secretaria Tesouro Nacional n.ºs 01/93 e 01/97;
Deliberação 191/TCE/RJ, de 11/07/95;
Obra “Contratação direta sem licitação”, Jorge Ulisses Jacoby Fernandes,
editora brasília jurídica, 1ª edição.
Obra “Direito Administrativo Brasileiro”, Hely Lopes Meirelles, editora Revista
dos Tribunais, 13ª edição (autor ainda não tinha falecido).
Obra “Parcerias na Administração Pública”, Maria Sylvia Zanella Di Pietro,
editora atlas, 1999.
Obra “Sistema Único de Saúde – Comentários à Lei Orgânica da Saúde”,
Guido Ivan de Carvalho e Lenir Santos, editora hucitec, 2ª edição, 1995.
Decisão nº 240/99 do Tribunal de Contas da União, publicada no DOU, seção
I, de 18/11/99, nº 220-E, págs.95 a 97.
Resolução do Tribunal de Contas da União n.º 97, de 26 de novembro de 1997
(Institui o Plano de Saúde do TCU e aprova o seu Regulamento).
Site www.legisus.com.br