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O beijo

Seus cabelos uma vez de oura


Diminuíram seu valor tornaram-se prata
Sua saúde uma vez “forte como um touro”
Tornou-se falha, frágil, parva

Seu rosto, uma vez belo e jovial


Mudou para alho glacial
Sua alma sempre presa ao plano terreno
Hoje vaga, em energia dissipada ao relento

Seu corpo uma vez afável e quente


Murchou, transformou-se em delicado
Sua mente, agitada quase sempre
Acalmou-se em pensamentos ponderados

Seus olhos, que brilhavam cintilantes


Assim permaneceram até o momento relutante
Em que aquele que a todos leva em um instante
Dá seu beijo e leva seu espirito, irrelevante

W. R. M. Silva

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