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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
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Prof.: EDUARDO GARCIA


Capítulo V:

O Dinheiro e suas Transformações.

Breve Resumo da Evolução da Moeda até os dias atuais:

1. Povos Nômades: antes de desenvolverem as técnicas de agricultura as comunidades humanas


não se fixavam. Nessa época a acumulação de bens não era incentivada pois dificultaria o
deslocamento.
2. Escambo: após o surgimento da agricultura e a conseqüente fixação do ser humano, a
acumulação de bens passou a ser possível. Além disso, o excedente agrícola passou a ser
trocado entre os diversos produtores. A esta relação de troca sem o uso de moedas é dado o
nome de Escambo.
3. Mercadorias-moeda: em função da dificuldade encontrada pelas pessoas que queriam trocar
diferentes artigos através do escambo, logo surgiram algumas mercadorias que passaram a ser
utilizadas como instrumento de troca (moeda). Essas mercadorias precisavam apresentar
algumas características como durabilidade, fácil transporte, utilidade, possibilidade de serem
fracionadas, etc. Algumas mercadorias utilizadas como moedas foram: sal (salário), conchas,
grãos, peixe seco, tabaco, peles de animais, etc. Em tempos recentes, mercadorias como o
chocolate e o cigarro foram utilizadas como moeda.
4. Metalismo: com o passar do tempo os metais foram se apresentando como as mercadorias
ideais para o uso como moeda. Não apodreciam, podiam ser divididos, eram homogêneos, não
envelheciam (gado velho x gato novo), e eram relativamente raros, o que lhes conferia maior
valor. No devido tempo o Ouro e a Prata assumiram lugar de destaque nos diferentes povos pois
foram associados com o Sol e a Lua. Além disso não enferrujavam como outros metais.
5. Cunhagem: para evitar problemas de impureza no metal e falsificações, os metais passaram a
ser fundidos e cunhados em lingotes padronizados ou no formato de moedas, onde o peso e a
pureza eram assegurados. As primeiras moedas foram cunhadas na Lídia (atual Turquia) em
aproximadamente 600 A.C. As moedas possibilitaram o surgimento do comércio e dos
mercados. Favoreceu o fortalecimento do Império Romano e da Grécia Antiga. É possível dizer
que o mundo antigo só se tornou economicamente viável em função do surgimento da moeda e
de suas conseqüências.
6. Queda do Império Romano: após a queda do Império Romano, a Europa entra na Idade Média
e a atividade econômica volta a depender do Escambo. Do ponto de vista econômico a Idade
Média representa um grande retrocesso para a humanidade.
7. Cruzadas: com a realização das cruzadas, a cidade de Constantinopla é saqueada e muito ouro
volta para a Europa, criando condições para o ressurgimento da moeda o que possibilitou a
Revolução Comercial que iria por fim no regime econômico da Idade Média (feudalismo) e
criaria as bases do capitalismo.
8. Templários: era uma organização religiosa responsável pelo surgimento dos primeiros Bancos.
Como adquiriram muita riqueza e muito poder, foram difamados pelo Papa Clemente V e pelo
rei da França, Felipe IV (o Belo) e forma mandados para a fogueira em 1314.
9. Novos Bancos: o vácuo financeiro deixado pelos templários foi preenchido por famílias
italianas das cidades de Florença, Gênova e Veneza que recriaram os bancos mas tomavam o
cuidado de não cobrar juros.
10. Surgimento da Moeda-Papel: os bancos emitiam certificados de depósitos bancários das
moedas de ouro guardadas em seus cofres. No início, tais certificados eram “nominais”, mas
com o tempo passaram a ser “ao portador”. Esta é a origem da moeda-papel. Estes certificados

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de depósitos passaram a ser usados como moeda. No início sempre havia lastro em metal. Mas
com o tempo os bancos passara a emitir os certificados (moeda-papel) sem lastro.
11. O Papel-Moeda: como muitos bancos privados acabavam “quebrando” por emitir certificados
muito além de seus lastros, a tarefa de emissão de moeda passou a ser centralizada por um
Banco Central sob o controle do Governo. Esta é a origem do Papel-Moeda. O primeiro Banco a
realizar as funções de um Banco Central foi o Banco da Inglaterra, criado em 1694 (séc. XVII).
12. Moeda Escritural: é a forma mais recente de moeda (cheques, cartões de crédito, dinheiro
eletrônico, etc) onde as transações são feitas sem a necessidade do uso da moeda. O valor da
transação é debitado e creditado em diferentes contas correntes.

PADRÃO OURO:

O Padrão Ouro nada mais é do que um resquício da necessidade de lastro exigida para a emissão de
moeda-papel pelos primeiros bancos. Até 1971, nos países desenvolvidos havia uma relação entre o
papel-moeda em circulação na economia e uma certa quantidade de ouro que todo governo deveria
ter como guardado como LASTRO.

 Essa reserva metálica permitia a conversibilidade, ou seja, a transformação de notas de papel em


ouro monetário.
 Se alguém se sentisse inseguro com relação à estabilidade da moeda, poderia trocar o papel
pintado por ouro e se tranqüilizar.
 Esse Ouro Monetário era conservado em lingotes ou sob a forma de moedas no Tesouro
Nacional ou nos Bancos Centrais desses países.

Se o governo quisesse emitir mais papel-moeda, teria de aumentar seus


estoques de ouro. Isso funcionava como um freio, pois criava sérias limitações
para que um governo emitisse mais dinheiro. Ou seja, tornava difícil para um
governo apelar para a Inflação.

 Nos períodos históricos em que esse sistema funcionou, a inflação sempre foi pequena.
 Mas havia o perigo de acontecer o contrário: a Deflação, ou seja, uma queda generalizada nos
preços.
 Se a economia estivesse em expansão demandando mais moeda para movimentar os negócios e
ela não pudesse ser emitida, poderia haver DEFLAÇÃO.
 A falta de moeda, neste caso, poderia bloquear o crescimento econômico.
 “Não compre hoje o que você pode comprar mais barato amanhã!”.
 As empresas vendem menos, lucram menos, tem prejuízos, demitem e fecham as portas. A
recessão se estabelece com toda a força.

Conclusão: um país que tiver sua moeda atrelada ao padrão-ouro pode acabar
preso numa camisa de força que impeça sua economia de crescer. Falta meio
circulante para azeitar a máquina dos negócios e esta começa a emperrar.

 No Brasil a moeda foi lastreada e conversível em ouro durante dois períodos muito curtos.
 Entre 1906 e 1914.
 Entre 1926 e 1930.

 Depois da queda da Bolsa de Valores de Nova York em outubro de 1929 a economia brasileira
ficou muito fragilizada e não pode suportar por muito tempo o padrão-ouro.
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 Todos os que puderam trocar os seus mil-réis por ouro o fizeram, esgotando as reservas
metálicas brasileiras.
 O preço do café (nosso principal produto de exportação) despencou no mercado
internacional.
 As despesas governamentais cresciam (combate às crises políticas como o Movimento
Constitucionalista, a Intentona Comunista e o Golpe Integralista) e a arrecadação diminuía
(em função da Grande Depressão).
 O governo foi forçado a emitir moeda para pagar suas despesas e essas moedas sem
lastro deixaram de ser conversíveis.

A REUNIÃO DE BRETTON WOODS:


No final de 1944, quando os aliados já estavam seguros da derrota da Alemanha e do Japão,
reuniram-se num lugar chamado Bretton Woods no estado norte americano de New Hampshire.
 O objetivo era reorganizar o sistema econômico e financeiro internacional dilacerado pela 2ª
Guerra Mundial.
 Nessa reunião foram criados organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o
Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) atual BID.
 A questão que mais despertou controvérsias foi o estabelecimento de regras para o
funcionamento do sistema financeiro internacional.
 O padrão-ouro foi restabelecido, tendo o dólar dos Estados Unidos como espinha dorsal do
sistema, ou seja, como principal meio de pagamento internacional na base de US$ 35,00 = 1
onça troy de ouro fino (31,104gramas).
 Os ingleses liderados por John Maynard Keynes, preferiam que em vez do dólar fosse criada
uma moeda internacional denominada “Bancor” cuja emissão não dependeria de nenhum país
em particular, mas de todos os países que formavam o FMI.
 O receio era que a escolha do dólar pudesse dar lugar a muitos abusos e produzir enormes
vantagens para o governo emissor, pondo em perigo a estabilidade do sistema como um todo.
 Mas os norte-americanos, hegemônicos econômica, política e militarmente, impuseram sua
alternativa, e assim ficou estabelecido.

A DESVALORIZAÇÃO DO DÓLAR:
O governo brasileiro, por muitas ocasiões emitiu moeda para cobrir seu déficit público, gerando
inflação, ou seja a desvalorização da moeda nacional.
 Governo Brasileiro, ao emitir Reais, pode comprar qualquer coisa que esteja à venda em Reais.
 No caso do Governo Norte Americano, ao emitir dólares, ele pode comprar qualquer coisa no
mundo pois como o dólar é uma moeda internacional, praticamente tudo está à venda nesta
moeda.
 Para manter o acordo de Bretton Woods os Estados Unidos só poderiam aumentar a emissão de
moeda caso aumentassem a quantidade de ouro de suas reservas no Fort Knox na mesma
proporção (para manter a relação US$ 35,00 = 1 onça troy de ouro fino).
 Mas diversas despesas do governo americano a partir da década de 1960 o forçaram a emitir
mais moeda do que o aumento de lastro metálico.
 As principais razões desse aumento de despesas do governo norte-americano foram:
 A Guerra do Vietnã entre 1965 e 1975.
 A corrida espacial e a determinação de levar o homem à Lua até o final da década de 60.
 A corrida armamentista exigida pela Guerra Fria.

 Todas essas despesas promoveram déficits gigantescos nos Estados Unidos que tiveram de
emitir moeda.
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 A conseqüência foi a desvalorização da moeda norte americana e o surgimento da inflação


(13,5% a.a. em 1980).
 No final da década de 70 a cotação já estava em US$ 580,00 = 1 onça troy de ouro fino
(31,104gramas).
 No curto espaço de 10 anos a moeda americana passou a valer 1/16 do que valia até 1971.

MOEDA NO BRASIL NO PERÍODO RECENTE

Papel PIB % de
Base PIB
Moeda em Nominal Papel
Período Monetári M1 M2 M3 M4 (Us$
Poder do (R$ Moeda /
a Milhões)
Público Milhões) PIB
Dez/94 10.233 17.265 20.860 72.538 117.483 175.136 349.204 2,93% 543.086
Dez/95 12.296 20.746 26.585 107.157 170.792 250.616 646.191 1,90% 705.449
Dez/96 11.916 20.106 28.993 167.516 239.540 322.968 778.886 1,53% 775.474
Dez/97 19.133 32.283 45.612 202.433 299.495 392.389 870.743 2,20% 807.814
Dez/98 23.283 39.285 48.981 232.023 359.445 453.348 914.187 2,55% 787.889
Dez/99 26.912 45.407 59.032 248.352 459.084 550.722 973.845 2,76% 536.600
Dez/00 28.641 47.686 74.352 283.785 556.577 652.093 1.101.225 2,60% 602.206
Dez/01 32.628 53.256 83.707 321.612 625.057 756.181 1.198.736 2,72% 509.796
Dez/02 42.351 73.302 107.846 397.503 688.269 807.523 1.346.027 3,15% 459.379
Dez/03 43.064 73.219 109.648 412.895 838.386 960.061 1.556.182 2,77% 506.784
Dez/04 51.949 88.733 127.860 492.099 989.077 1.111.824 1.766.621 2,94% 604.876
Fonte: IPEA

Base Monetária = Papel Moeda + Reservas Bancárias


M1 = Papel Moeda + Depósitos à Vista (C.C.)
M2 = M1 + Poupança + Títulos Privados
M3 = M2 + Quotas de Fundos de Renda Fixa + Operações Compromissadas com Títulos Federais
M4 = M3 + Títulos Federais + Títulos Estaduais e Municipais

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INFLAÇÃO: CONCEITO E TIPOS

A inflação é definida como um aumento persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, os


movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços e não podem ser confundidos com
altas esporádicas de preços devido a flutuações sazonais por exemplo.

As fontes da inflação são variadas e dependem da condição de cada país, por exemplo:
a) O tipo de estrutura de mercado (oligopolista, concorrencial, etc),
b) O grau de abertura da economia ao exterior,
c) Estrutura das organizações trabalhistas (trabalhadores sindicalizados ou não).

INFLAÇÃO DE DEMANDA:

Ocorre quando a demanda agregada é maior do que a capacidade produtiva de um país. Por
exemplo, se a procura por automóveis num país for maior que a capacidade de produção desse país,
o preço dos automóveis tende a subir.
A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando a economia está
produzindo próximo do pleno emprego de recursos.

Taxa de CURVA DE PHILLIPS


Inflação

10%

4%

2%

2% 4% 6% Taxa de
Desemprego

O Economista Britânico A.W.H. Phillips desenvolveu a curva de Phillips, mostrando que há


um trade-off entre desemprego e inflação. Quanto menor forem os níveis de emprego, maior será a
pressão inflacionária pois maior será o consumo. O inverso também acontece.

Para combater um processo de inflação de demanda, a política econômica deve basear-se em


instrumentos que provoquem uma redução da demanda agregada por bens e serviços:

 Redução dos gastos do governo.


 Aumento da carga tributária.
 Arrocho salarial.
 Controle de crédito.
 Aumento da taxa de juros.

INFLAÇÃO DE CUSTOS:

A inflação de custos também pode ser chamada de inflação de oferta (ou inflação decorrente
de um choque de oferta). O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de produção de
certos fatores importantes aumentam. Com isso ocorre uma retração da produção, ou seja, os

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empresários reduzem a oferta de mercadorias, que ficam mais escassas. Com isso seu preço
aumenta.

As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são:

a) Aumentos Salariais: Um aumento nos níveis salariais que supere os aumentos de


produtividade de mão-de-obra acarreta um aumento dos custos unitários de produção, que
são normalmente repassados aos preços dos produtos.
b) Aumento do custo das meterias primas: Por exemplo, as crises do petróleo da década
de 70. A elevação do preço desse insumo provoca um brutal aumento nos custos de
produção, principalmente nos custos de transporte e energia.
c) Estrutura de Mercado: A inflação de custos também está associada ao fato de algumas
empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio, terem condições de elevar seus
lucros acima da elevação dos custos de produção.

INFLAÇÃO INERCIAL:

A partir de 1986 acreditava-se que a economia brasileira encontrava-se altamente indexada,


ou seja, todos os negócios, contratos, etc. eram firmados com base num índice que procurava
garantir a correção monetária dos valores envolvidos. Dessa forma os aumentos de preços eram
captados pelos índices e automaticamente repassados para todos os demais preços da economia,
gerando um processo automático de realimentação da inflação. Isso ficou conhecido como Inflação
Inercial, ou seja a inflação atual é decorrente da inflação passada. Essa inflação é provocada pela
indexação formal (salários, aluguéis, contratos financeiros) e pela indexação informal (preços em
geral, impostos e tarifas públicas).
O Plano Cruzado procurou romper esse mecanismo de propagação da inflação congelando
preços, salários e o câmbio (política heterodoxa) numa tentativa de eliminar a memória
inflacionária.

CONSEQUÊNCIAS DAS ELEVADAS TAXAS DE INFLAÇÃO:

a) Problemas na distribuição de renda: os assalariados perdem poder aquisitivo por que


os reajustes salariais geralmente ocorrem com um grande atraso em relação aos aumentos
dos preços das mercadorias. Além disso, como os assalariados raramente tem condições de
aplicar seu salário de forma a se proteger da inflação (indexação) o valor do seu dinheiro
acaba sendo corroído.
b) Imposto inflacionário: a inflação pode funcionar como um tipo disfarçado de imposto.
Quem arrecada é o governo, que cobre suas despesas com a emissão de moeda. Quem paga
são as pessoas que fazem uso de uma moeda cujo valor vai desaparecendo com o tempo. As
pessoas que tem a opção de aplicar seu dinheiro em algum investimento indexado pelos
índices de inflação não pagam esse imposto.
c) Balança de Pagamentos: A inflação também provoca distorções na Balança de
Pagamentos. À medida que os produtos vão encarecendo no mercado interno, fica mais
difícil exporta-los, o que reduz a entrada de divisas no país. Para compensar esse efeito o
câmbio precisa ser desvalorizado. Essa ação faz com que os produtos nacionais voltem a
ficar baratos no mercado internacional, mas ao mesmo tempo os produtos importados ficam
mais caros. Petróleo, fertilizantes, equipamentos eletrônicos, etc, ficam mais caros, o que
volta a alimentar a inflação. Cria-se um círculo vicioso.

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d) Expectativas da coletividade: Em função da instabilidade e da imprevisibilidade de


seus lucros, os empresários ficam receosos de investir. Eles ficam em compasso de espera
aguardando a situação mudar. Eles passam a dar preferência aos investimentos puramente
financeiros (ciranda financeira), que não aumentam a capacidade produtiva do país, nem
geram novos postos de trabalho.

INFLAÇÃO ANUAL NO BRASIL : (1940-2004)

INFLAÇÃO ANUAL NO BRASIL : (1975-2004)

ANO % ANO %
1975 29,3 1990 1.639,1
1976 38,1 1991 458,6
1977 41,1 1992 1.129,4
1978 39,9 1993 2.491,0
1979 67,2 1994 941,3
1980 84,8 1995 23,2
1981 90,9 1996 10,0
1982 94,6 1997 4,8
1983 164,1 1998 -1,8
1984 178,6 1999 8,6
1985 228,2 2000 4,4
1986 68,1 2001 7,1
1987 367,1 2002 9,9

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1988 891,7 2003 8,2


1989 1.636,6 2004 6,6

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