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Igreja de São Sebastião da Pedreira

 
A Igreja de São Sebastião
da Pedreira está situada
no Largo de São Sebastião
da Pedreira, em Lisboa.

Esta igreja de construção


seiscentista, foi fundada
no tempo do rei D. João
IV de Portugal e é uma
das raras sobreviventes do
terramoto de 1755, tendo
sido inaugurada em 1652.
Foi dedicada ao mártir cristão São Sebastião, cuja vida está
retratada no teto e nos painéis de azulejos que forram as
paredes.

Traduz uma linguagem severa "estilo chão", cuja fachada de


duas torres sineiras, definidas por pilastras e cunhais de
cantaria, é coroada por duplo frontão triangular. É servida
por escadaria dupla, lateral, para vencer o desnível do adro, e
surge rasgada por um portal emoldurado a cantaria,
rematado por tímpano interrompido por um medalhão em
baixo relevo com o emblema do santo padroeiro.

O interior, de nave única, revela uma decoração de arte


barroca dos séculos XVII e XVIII, de certo modo inesperado
face à secura do exterior, e que se integra dentro do conceito
da 'arte total', específico dos programas decorativos
portugueses da Idade Moderna;

Destacam-se:
 as obras de talha branca e dourada da capela-mor, de
Estilo Nacional, devida ao entalhador Manuel João da
Fonseca (1685);
 o património azulejar, alusivo a São Sebastião; as telas
do sub-coro com a iconografia do referido santo,
pintadas em 1740 por Jerónimo da Silva, que aqui
demonstra ser um dos mais conceituados pintores de
figura ativos em Lisboa na época joanina;
 a pintura em estuque do teto da nave, datada do fim do
séc. XIX, da autoria de João Câncio de Sousa;
 e um retábulo da "Última Ceia", na capela do
Sacramento, pintado em 1814 por Cirilo Volkmar
Machado (1748-1823), exposto na capela do Santíssimo
Sacramento.

O resultado é uma mistura de imagens azuis e brancas e


detalhes dourados que surpreendem ao entrar, pois o exterior
é bastante simples.

Os efeitos do terramoto de 1755 foram nocivos, tendo


desaparecido o teto de caixotões de brutesco (1670) que cobria
a nave, o que implicou muitas obras de restauro na igreja.
Na capela-mor, encontra-se o túmulo de D. João Bermudes,
patriarca de Alexandria e Etiópia, falecido em 1570.
 

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