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Autor:
Carlos Xavier
Aula 10
12 de Janeiro de 2020
Carlos Xavier
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Sumário
7. GABARITO .............................................................................................................................................. 84
PALAVRAS INICIAIS
Oi!
Hoje estudaremos diferentes subtópicos ligados à armazenagem de materiais na organização. Trata-se de
tema amplo e com viés muito prático. Por esta razão, trouxe muitas fotos ao longo da aula para ilustrar o
assunto.
Tente entender tudo o que está nessa aula ao invés de simplesmente decorar. Na hora da prova, a
interpretação será fundamental.
Abraço e bons estudos!
Prof. Carlos Xavier
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1. INTRODUÇÃO: ADMINISTRAÇÃO DE
ALMOXARIFADOS
A armazenagem dos materiais se dá nos
almoxarifados/armazéns/depósitos da
organização. É lá que os materiais ficam
guardados até o momento que sejam destinados a
algum uso específico. Por exemplo, quando a
organização recebe suas matérias primas, elas
ficam guardadas em um almoxarifado específico
até que sejam enviadas para a linha de produção.
Ao receber uma requisição de material (RM)
emitida pelo setor interessado em receber um
material, o almoxarifado/armazém procede com a
retirada do produto do estoque, o registro da operação e o envio do produto para a área interessada.
Desta forma, não se pode separar a movimentação ou transporte interno de materiais da gestão de
almoxarifados.
Sabendo disso, podemos apresentar uma definição apropriada para o estudo desse assunto com foco em
concursos públicos:
O que se pode depreender dessa definição é que a boa gestão de almoxarifados busca, ao mesmo tempo, a
redução dos custos de armazenagem (por meio de eliminação de perdas, desperdícios, mal uso do espaço
tridimensional, etc.) e o melhor nível de atendimento às demandas do cliente (por meio de melhores
registros, movimentação, etc.).
Arnold (2015, p.332-333) afirma que para que os objetivos gerais da administração de depósitos sejam
atingidos é fundamental que as operações sejam eficientes nas seguintes tarefas:
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Todo esse trabalho é coordenado pelo responsável pelo almoxarifado (o “Almoxarife”), que deve ser um
profissional organizado, honesto, que compreende bem as técnicas e equipamentos para melhor
armazenagem. Trata-se de um profissional que terá que buscar organizar os tempos e movimentos de
máquinas, pessoas e materiais para o sucesso da atividade de armazenagem, o que aproxima essa gestão
da Teoria Clássica de Taylor sobre a administração com Organização Racional do Trabalho.
Note que as tarefas conduzidas pelo almoxarife na administração de almoxarifados e armazenagem se
traduzem em verdadeiros objetivos da administração de estoques. Logo não problematize se aparecerem
em provas termos como “tarefas” ou “objetivos”.
Os principais objetivos da administração de almoxarifados estão ligados à redução dos custos de
armazenamento, à maximização do atendimento das demandas dos clientes (internos e externos) e ao
provimento de um ambiente físico apropriado à boa movimentação e armazenamento, que apoie tanto a
redução de custos quanto a maximização do atendimento. Sobre esses pontos, detalho alguns objetivos
mais específicos da administração de almoxarifados:
Mas qual a razão da organização para a organização manter estoques e, portanto, possuir
almoxarifados com materiais armazenados?
Bem, sabe-se que a tendência nos dias de hoje é que a organização minimize ao máximo os seus estoques,
havendo muitas que chegam a empregar sistemas do tipo just-in-time para levar seus estoques ao zero, já
que isso reduziria os custos da organização com manutenção de materiais em estoque.
Sim, a manutenção de materiais em estoque possui custos de aluguel do almoxarifado, de manutenção, de
seguro, de funcionários associados, etc.
Apesar disso, muitas organizações têm buscado estabelecer um nível de estoques no almoxarifado que
permita a manutenção de um elevado nível de serviços, já que a eventual falta de estoques pode levar à
paralisação das atividades da organização, ao não atendimento das necessidades do cliente e a perdas de
mercado da organização.
De outra forma, Ballou (2015, p. 155), afirma que existem quatro razões para uma organização utilizar
espaço físico:
1. Reduzir custos de transporte e produção;
2. Coordenar suprimento e demanda;
3. Auxiliar no processo de produção; e
4. Auxiliar o processo de marketing.
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(EMAP/Analista Portuário – Área Administrativa) O estudo de tempos e movimentos é base atual para a
organização de um almoxarifado tanto em órgãos públicos quanto em empresas.
Comentário:
Exatamente. A organização do almoxarifado, layout, movimentação, etc., se preocupa com os movimentos
e tempos da produção, do trabalhador, da produção, etc.. A única coisa adicional que você precisaria saber
é que isso realmente faz parte da teoria clássica da administração.
GABARITO: Certo.
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Tenha atenção ao fato de que diferentes autores podem dividir essas atividades de formas distintas. Assim,
além dessa classificação didática que detalharei, é importante que você tenha em mente que autores
podem resolver unir algumas dessas atividades e outros podem subdividi-las ainda mais, mas sempre
dentro de uma lógica do próprio conteúdo. Em outras palavras: estudando o conteúdo e mantendo a
mente aberta, você acertará até mesmo as questões mais difíceis que possam envolver essas diferentes
organizações das atividades da área de armazenagem.
Estudemos agora as principais atividades ligadas à administração do armazém, para depois estudarmos a
atividade central de armazenagem propriamente dita.
2.1. RECEBIMENTO
O recebimento de materiais passa pela entrada de materiais (recepção física provisória), conferência
quantitativa de materiais, conferência qualitativa e regularização do recebimento.
1. Entrada de materiais/recepção: o recebimento físico do material (recebimento provisório) é a
primeira das atividades ligadas ao gerenciamento da armazenagem, sendo etapa posterior à
compra e ao transporte do material do fornecedor para a organização compradora.
O recebimento físico implica a transferência de responsabilidade pela guarda e conservação do
material, do fornecedor para a organização, não implicando em aceitação. Nele, a organização já
realiza a verificação da documentação fiscal e do conhecimento de carga, o cadastro dos dados do
recebimento, a conferência visual, verificação de embalagens em busca de avarias e conferência de
volumes transportados, apontando as ressalvas nos respectivos documentos. Se o exame preliminar
constatar problemas insanáveis, deve resultar em recusa do recebimento. Se tudo estiver correto
nesta análise preliminar, a descarga deve ser autorizada.
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3. Conferência qualitativa: caso seja necessário, o material deverá passar por uma verificação técnica
quanto às especificações do material, para que se estabeleça se ele deve ser aceito ou rejeitado. Tal
análise deve ser realizada por quem possua capacidade de aferir e atestar a adequação técnica do
material, para posterior regularização do recebimento.
Tal medição pode se dar por meio de análise visual, dimensional, ensaios, testes, consulta ao
usuário, etc., sempre dependendo da própria natureza do material.
Os principais documentos envolvidos incluem: a especificação do material e eventuais alternativas
aprovadas durante a realização das compras; desenhos técnicos e catálogos de referência; padrões
a serem utilizados para inspeção.
Com base nessas etapas podemos dizer que o primeiro ponto apresentado (entrada de materiais) é um
recebimento provisório, as duas etapas de conferência são intermediárias e a regularização implicará em
recebimento definitivo (total ou parcial), não aceitação (devolução) ou reclamação para posterior
regularização.
Para encerrar o estudo sobre recebimento, precisamos entender alguns pontos a mais, já que podem ser
cobrados em prova associados ao tema.
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(TRE-MT/TJAA) Sabendo que a armazenagem e o controle de materiais são atividades de grande relevância
para que o processo eleitoral transcorra de forma adequada, com garantia da qualidade do serviço
prestado ao cidadão, assinale a opção correta.
a)As requisições de materiais são utilizadas na entrada das compras para o controle dos materiais
recebidos pelos fornecedores.
b)O controle das quantidades de materiais disponíveis cabe à gestão de estoques, enquanto a verificação
de itens obsoletos e da necessidade de devoluções aos fornecedores são de responsabilidade do
departamento de qualidade.
c)É adequado armazenar os materiais de consumo do órgão público em gavetas, prateleiras e baias,
conforme as características e as necessidades de uso desses materiais.
d)A atividade de recebimento de materiais tem como finalidade a verificação dos valores das notas fiscais e
o envio das faturas para o setor de contas a pagar.
e)A verificação completa e precisa dos materiais recebidos em um tribunal eleitoral é a etapa do processo
de recebimento e armazenagem denominada aprovação de compras e das faturas a pagar.
Comentário:
Vejamos cada alternativa:
A) Errada. As RM são feitas pelas áreas internas da organização, para que o setor de materiais possa supri-
las com o que é necessário.
B) Errada. A verificação de itens obsoletos normalmente é feita pelo próprio almoxarifado, assim como a
devolução aos fornecedores – que costuma ser feita na própria recepção.
C) Certo! Armazenagem em gavetas, prateleiras e baias são possibilidades reais, mas é lógico que deve ser
feita de acordo com a característica do material.
D) Errada. O recebimento verifica quantidade em relação ao que está na nota fiscal e no pedido de compra.
A fatura é enviada para o setor de materiais conferir as condições em relação ao que foi pedido e,
posteriormente, enviar a fatura para o setor de pagamento.
E) Errada. A verificação dos materiais recebidos é parte do processo de recebimento que se dá nos
almoxarifados, mas ela não se confunde com aprovação das compras ou com aprovação das faturas, que
são atividades distintas e realizadas em outros setores.
GABARITO: C.
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Nota fiscal é o documento fiscal emitido pela empresa vendedora e que acompanha o material entregue
após o pedido de compra, sendo emitido como comprovação da transação para fins fiscais, apontando ao
fisco a transação realizada, tendo função primordial de recolhimento de tributos. Como componente da
nota fiscal destaca-se o seu canhoto, sendo um campo destinado ao protocolo de recebimento das
mercadorias pelo destinatário, sendo seu preenchimento e assinatura uma comprovação do recebimento.
Fatura também é um documento emitido pela empresa vendedora, mas possui papel de informação de
condições de venda (em especial para vendas a prazo), apontando os valores a serem pagos em cada
prazo, totalizando os valores da Nota Fiscal (ou Notas Fiscais).
Duplicata é um título de crédito emitido pelo vendedor contra o comprador (organização ou pessoa que
comprou), associando-se a cada vencimento específico previsto na fatura uma duplicata específica. A
quitação da duplicata prova o pagamento da obrigação de compra de uma mercadoria.
Nota fiscal fatura, por sua vez, é a junção da Nota Fiscal e da Fatura em um só documento, com o objetivo
de simplificação.
(EMAP/Assistente Portuário) Faturas e duplicatas são exemplos de títulos para cobrança no processo de
pagamento de fornecedores.
Comentário:
Está errada a assertiva, uma vez que a fatura não é um título de cobrança, enquanto a duplicata é.
GABARITO: Errado.
(EMAP/Assistente Portuário) A nota fiscal é um documento informativo cuja função primordial é indicar o
recolhimento de impostos.
Comentário:
Perfeito! A Nota Fiscal realmente é um documento que informa aos órgãos fiscais a realização de transação
sujeita ao recolhimento de impostos, exatamente como apontado pela assertiva.
GABARITO: Certo.
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Conhecimento de carga
agregado, house ou filhote - quando for emitido por um agente consolidador de cargas e o
consignatário não for um desconsolidador.
Um caso um pouco diferente do normal, mas que você deve saber que existe, é a possibilidade de entrada
de material no estoque por devolução do cliente, caso haja problema com os produtos enviados pela
empresa.
Do mesmo modo, materiais podem entrar no estoque do almoxarifado após devolução interna pela área
requisitante, que pode solicitar materiais em excesso em relação à real necessidade de uso, por exemplo.
Seja como for, mantenha essa possibilidade em mente para não ser pego de surpresa pelo examinador.
A principal norma que rege o recebimento de materiais na Administração Federal direta, autarquias e
fundações públicas é a IN 205/1988 da Secretaria de Administração Pública da Presidência da República.
É importante que você conheça o que ela diz sobre este assunto:
DO RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO
3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público no local
previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade
pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos
almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso
em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o
registro de entrada do material será sempre no Almoxarifado.
a) compra;
b) cessão;
c) doação;
d) permuta;
e) transferência; ou
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f) produção interna.
3.2. São considerados documentos hábeis para recebimento, em tais casos rotineiros:
d) Guia de Produção.
3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na documentação fiscal, que o material
recebido satisfaz às especificações contratadas.
b) exame qualitativo.
3.4. O material que apenas depender de conferência com os termos do pedido e do documento
de entrega, será recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor designado
para esse fim.
3.6. O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado ou por comissão especial, da
qual, em princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado.
3.7. Quando o material não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou ainda, apresentar
faltas ou defeitos, o encarregado do recebimento providenciará junto ao fornecedor a
regularização da entrega para efeito de aceitação.
Note que, considerando o que já estudamos, não tem nada de mais aqui, a não ser a visão detalhada de
como o recebimento e aceitação de mercadorias deve se dar na administração pública – e isso pode cair no
seu concurso!
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2.2. MOVIMENTAÇÃO
Percebeu como é relevante estabelecer os meios de movimentação em armazenagem com base em certa
lógica?
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Sobre isso, Gonçalves (2007, p.307-308) apresenta os princípios e leis fundamentais para a movimentação
de materiais, da seguinte forma:
Princípios
• Reduzir custos.
• Aumentar a produtividade.
• Aumentar a capacidade de utilização do armazém.
• Melhorar a segurança com a redução dos riscos de acidentes e utilização de
critérios de ergonomia com a finalidade de reduzir a fadiga dos trabalhadores.
• Melhorar o fluxo dos materiais no armazém, envolvendo o recebimento, a
movimentação e a expedição.
Leis fundamentais
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Apesar de serem mencionados por Gonçalves (2007, p. 307-308) como princípios e leis da
movimentação e transporte, nada impede que sua compreensão seja expandida para
princípios e leis da armazenagem como um todo. Tenha isso em mente, pois pode ser
importante na sua prova.
Agora que você já sabe vários pontos específicos sobre movimentação, lhe apresentarei os principais
equipamentos para movimentação de materiais na organização e no almoxarifado:
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Fonte da imagem: <https://www.manutencaoesuprimentos.com.br/wp-
content/uploads/2018/05/portico_rolante_motorizado_univiga_04.jpg>.Acesso em 07/11/2018.
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Fonte da imagem: <https://washing-logistica.com.br/_files/200000959-
a5277a6207/OPERA%C3%87%C3%83O%20MARINE%20SLING%20MULTLIFT%20137.jpg>. Acesso em: 07/11/2018.
4 Fonte da imagem: <https://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_718/p_transporte-de-big-bags-
Distribuição é a atividade ligada à entrega do material ao seu destinatário (seja interna ou externa).
Vejamos o que a IN 205/1988 da Presidência da República diz sobre a distribuição interna de materiais no
âmbito da administração pública:
5. As unidades integrantes das estruturas organizacionais dos órgãos e entidades serão supridas
exclusivamente pelo seu almoxarifado.
5.1. Distribuição é o processo pelo qual se faz chegar o material em perfeitas condições ao
usuário.
a) por Pressão;
b) por Requisição.
5.1.2. O fornecimento por Pressão é o processo de uso facultativo, pelo qual se entrega material
ao usuário mediante tabelas de provisão previamente estabelecidas pelo setor competente, e
nas épocas fixadas, independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário. Essas
tabelas são preparadas normalmente, para:
c) gêneros alimentícios.
5.1.3. O fornecimento por Requisição é o processo mais comum, pelo qual se entrega o material
ao usuário mediante apresentação de uma requisição (pedido de material) de uso interno no
órgão ou entidade.
A distribuição interna pode se utilizar ainda dos equipamentos tipicamente utilizados para movimentação
em almoxarifado ou outros quaisquer, conforme seja necessário.
A distribuição externa de material, por sua vez, pode se dar por meio rodoviário, ferroviário, aquaviário,
aeroviário ou dutoviário, não cabendo aqui uma discussão aprofundada sobre os mesmos.
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Dias (2015, p. 214) aponta que os inventários devem ser feitos para que se verifiquem:
Dependendo da forma e periodicidade de sua realização, os inventários físicos podem ser de dois tipos*:
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Grupo 1 – nesse caso, serão enquadrados os itens mais significativos, os quais serão
inventariados três vezes ao ano, por representarem maior valor em estoque e serem
estratégicos e imprescindíveis à produção.
• Inventários periódicos: os inventários periódicos possuem uma certa periodicidade para sua
realização, fazendo a contagem de todos os itens em cada período determinado. Normalmente as
organizações realizam um inventário periódico anual (também chamado de inventário geral) para
efeitos fiscais, paralisando momentaneamente suas atividades para se dedicar à contagem em um
determinado período, ou seja, a organização “fecha para balanço”.
* A IN 205/1988 propõe uma classificação diferente, que você conhecerá ainda nessa aula.
• Convocação: trata-se da elaboração de folhas de convocação definindo quem será convocado para
fazer o inventário, quais as datas, horários e locais de trabalho. Inclui a organização de equipes de
1ª contagem (reconhecedores) e de 2ª contagem (revisores).
• Cartão de inventário: trata-se do fornecimento de meios para o registro da qualidade e quantidade
verificada. Poderão ser feitos para até três contagens e em cores distintas para cada tipo de
material.
• Arrumação física: a área para o inventário deve ser arrumada da melhor forma possível, com
agrupamento de produtos idênticos, identificação dos materiais com os cartões, etc. Os
equipamentos para inventário (balanças, equipamentos de movimentação, fitas métricas, etc.)
também deverão estar devidamente arrumados.
• Cut-off: trata-se do ponto de corte a partir do qual as equipes de inventário trabalharão. Este ponto
de corte é marcado pela paralisação das atividades, das entregas, distribuições e movimentação de
materiais, com a organização dos registros daquele momento específico (como em uma fotografia),
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para conferência. Em alguns casos, não será possível paralisar a produção, movimentação,
distribuição ou entrega de materiais. Nesses casos, os registros de cut-off e seu acompanhamento
devem ser feitos com cuidado ainda maior, para evitar qualquer erro no inventário físico.
• Atualização e registros de estoque: todos os registros de estoque deverão estar devidamente
atualizados antes do início da contagem, considerando o ponto de cut-off.
• Contagem do estoque: a contagem acontecerá ao menos duas vezes (1ª contagem, por
reconhecedores, e 2ª contagem, por revisores). Se a primeira contagem conferir com a segunda
contagem, considera-se o inventário como correto. Se as duas contagens iniciais não coincidirem
uma com a outra, faz-se necessário uma terceira contagem por outra equipe, diferente das que
realizaram a primeira e a segunda contagem.
• Reconciliação e ajustes: eventuais variações entre o estoque contábil e físico deverão ser
esclarecidas pelos setores envolvidos nos controles de estoque, que deverão oferecer justificativas
para sua ocorrência. Será elaborado um “controle das diferenças de inventário”. Após aprovado o
ajuste do inventário, a atividade de controle dos estoques autorizará os ajustes necessários para
que os registros contábeis e físicos sejam igualados. A acurácia do inventário será medida por 100%
menos o percentual de itens errados em relação ao total.
Além de tudo isso que você já estudou sobre controle e inventários, vale a pena conhecer o que a IN
205/1988 da Presidência da República diz sobre movimentação e controle e inventários físicos. É um texto
relativamente longo (cerca de duas páginas), mas que pode ser cobrado no seu concurso com base na
“letra da lei”, então é preciso ler diretamente o que é dito pela referida Instrução Normativa:
DA MOVIMENTAÇÃO E CONTROLE
7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material, mediante gravação,
fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada.
7.13.2. Para o material bibliográfico, o número de registro patrimonial poderá ser aposto
mediante carimbo.
7.13.4. Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser movimentado, ainda que, sob
a responsabilidade do mesmo consignatário, sem prévia ciência do Departamento de
Administração ou da unidade equivalente.
7.13.5. Todo equipamento ou material permanente somente poderá ser movimentado de uma
unidade organizacional para outra, através do Departamento de Administração ou da unidade
equivalente.
8. Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques nos
almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou
entidade, que irá permitir, dentre outros:
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a)o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo físico real
nas instalações de armazenagem;
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro
dos bens sob sua responsabilidade;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por
iniciativa do órgão fiscalizador.
a) descrição padronizada;
b) número de registro;
8.2.1. O material de pequeno valor econômico que tiver seu custo de controle evidentemente
superior ao risco da perda poderá ser controlado através do simples relacionamento de material
(relação carga), de acordo com o estabelecido no item 3 da I.N./DASP nº142/83.
8.2.2. O bem móvel cujo valor de aquisição ou custo de produção for desconhecido será
avaliado tomando como referência o valor de outro, semelhante ou sucedâneo, no mesmo
estado de conservação e a preço de mercado.
8.3. Sem prejuízo de outras normas de controle dos sistemas competentes, o Departamento de
Administração ou unidade equivalente poderá utilizar como instrumento gerencial o Inventário
Rotativo, que consiste no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais existentes
em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso, feito de acordo com uma
programação de forma á que todos os itens sejam recenseados ao longo do exercício.
8.3.1. Poderá também ser utilizado o Inventário por Amostragens para um acervo de grande
porte. Esta modalidade alternativa consiste no levantamento em bases mensais, de amostras de
itens de material de um determinado grupo ou classe, e inferir os resultados para os demais
itens do mesmo grupo ou classe.
8.4. Os inventários físicos de cunho gerencial, no âmbito do SISG deverão ser efetuados por
Comissão designada pelo Diretor do Departamento de Administração ou unidade equivalente,
ressalvado aqueles de prestação de contas, que deverão se subordinar às normas do Sistema de
Controle Interno.
Note, sobre inventários, que a IN 205/1988 faz uma classificação distinta da que está presente na teoria,
mas que é igualmente importante para o seu concurso. Segundo esta norma, os inventários físicos podem
ser:
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada
unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do inventário
anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício.
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro dos bens
sob sua responsabilidade;
c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade
gestora;
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade
gestora;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por
iniciativa do órgão fiscalizador.
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e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por iniciativa
do órgão fiscalizador.
Assim, a questão está falando do inventário de transferência de responsabilidade.
GABARITO: Errado.
(EBSERH/Assistente Administrativo) O inventário visa a, entre outros pontos, possibilitar a fiscalização dos
bens patrimoniais. Sobre o tema, leia as sentenças abaixo e assinale a alternativa correta:
I. O Inventário físico corresponde à contagem dos estoques da empresa, verificando se as quantidades
obtidas correspondem aos controles administrativos/ contábeis. A contagem física do estoque nunca pode
ser igual à quantidade do estoque registrado contabilmente.
II. O Inventário é o ato de relacionar e descrever, coordenadamente, todos os bens e valores do Patrimônio
num determinando instante.
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III. A avaliação patrimonial consiste na atribuição de valor monetário aos itens do ativo e do passivo para
que se tenha o retrato fiel do valor monetário do acervo patrimonial em dado instante.
Estão corretas as afirmativas:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
e) Nenhuma afirmativa está correta.
Comentário:
A questão vai além do conteúdo de administração de recursos materiais e cobra uma pontinha de
administração patrimonial, o que não gera prejuízos de estudá-la aqui.
No seu item I, o examinador erra ao afirmar que a contagem do estoque nunca pode ser igual aos registros
contábeis, quando o que se busca é justamente a verificação dos valores reais para que os registros
contábeis possam refletir exatamente a realidade.
No item II, o examinador foi mais feliz: descreveu corretamente a atividade de realização de inventário.
No item III, por sua vez, cobrou conhecimento sobre o que é a avaliação patrimonial (assunto de
administração de recursos patrimoniais) que nada mais é do que a avaliação do patrimônio em um dado
momento, conforme apresentado.
GABARITO: C.
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3. ARMAZENAGEM (ESTOCAGEM)
Atividade de armazenagem propriamente dita pode ser definida como o conjunto de operações destinadas
a manter e abrigar corretamente o item de material enquanto ele permanece em estoque.
Busca-se, através da armazenagem, a redução dos custos de armazenamento e de perdas, ao mesmo
tempo em que se gera fluidez dos materiais para o melhor atendimento das demandas por materiais. Além
disso, uma boa organização do ambiente de armazenagem também é fundamental, gerando impactos
sobre custos e atendimento das requisições.
Não existem regras específicas taxativas sobre como a armazenagem deve ser feita, mas alguns elementos
que são importantes para concursos devem ser destacados, o que faremos ao longo dos próximos tópicos.
Para começar, saiba que a escolha do sistema de estocagem de materiais depende de alguns fatores,
incluindo (CHIAVENATO, 2005, p.125):
Viana (2013, p.313) aponta que a armazenagem pode ser simples ou complexa.
A armazenagem simples diz respeito aos materiais que não requerem um cuidado especial para serem
estocados, considerando-se suas características.
Os materiais que requerem armazenagem complexa, por sua vez, requerem cuidados específicos em
função de suas características físicas ou químicas, incluindo: fragilidade, combustibilidade ou
inflamabilidade (capacidade de pegar fogo, como álcool líquido), volatização (tendência a passar para o
estado gasoso), oxidação (tendência de reagir quimicamente ao oxigênio, como metais que enferrujam em
contato com o gás oxigênio), explosividade, potencial de intoxicação, radiação, corrosão, volume, peso, e
forma.
Os cuidados especiais requeridos pelos materiais de armazenagem complexa incluem:
Critério Características
Armazenagem por Os mesmos materiais são alocados próximos uns aos outros na
agrupamento armazenagem, o que facilita a arrumação e busca, mas nem sempre
(complementariedade) possibilita o melhor aproveitamento do espaço tridimensional.
Armazenagem por Os materiais que possuem características físicas parecidas (mesmo tamanho,
tamanho, peso ou forma peso, forma) são agrupados em conjunto, o que permite um melhor
(acomodabilidade) aproveitamento do espaço físico.
Armazenagem por Os materiais que saem com mais frequência do armazém ficarão
frequência armazenados mais próximos à saída do armazém.
Armazenagem em área Este critério implica a utilização de áreas externas para a armazenagem de
externa materiais que podem ser armazenados nessas condições, já que os custos são
mais baixos e isso libera espaço interno para materiais que necessitam de
proteção por área coberta.
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(TRE-GO/TJAA) Os requisitos para que um material seja classificado como material de armazenagem
complexa restringem-se às características de oxidação, volatização e combustibilidade; são classificados
como de armazenagem simples os materiais caracterizados pela fragilidade intrínseca.
Comentário:
Há outras características, especificamente: fragilidade, combustibilidade ou inflamabilidade (capacidade de
pegar fogo, como álcool líquido), volatização (tendência a passar para o estado gasoso), oxidação
(tendência de reagir quimicamente ao oxigênio, como metais que enferrujam em contato com o gás
oxigênio), explosividade, potencial de intoxicação, radiação, corrosão, volume, peso, e forma.
GABARITO: Errado.
São vários os equipamentos e estruturas utilizados para a armazenagem (por vezes apresentados como
“técnicas de armazenagem”). Inclusive já falamos de alguns deles quando apresentamos os equipamentos
para movimentação (afinal de contas, a movimentação no almoxarifado e a armazenagem estão
intimamente ligados – lembre-se disso).
Apresento, aqui, as principais técnicas de armazenagem:
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Big-bags: são grandes sacos reaproveitáveis que Big-bag guinchado por empilhadeira:
recebem cargas de grande peso, geralmente
utilizadas para transporte de produtos
industrializados em grãos ou pós. É útil para
substituir a sacaria. Geralmente possui maior
capacidade e custo do que os mariner-slings.
5
Fonte da imagem: <https://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_718/p_transporte-de-big-bags-
6.jpg>. Acesso em 07/11/2018.
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6
Fonte da imagem: <https://5.imimg.com/data5/GE/UJ/MY-1369153/industrial-rack-500x500.jpg>. Acesso em
08/11/2018.
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8
Fonte da imagem: < https://www.dacocorp.com/images/categories/Drive-In-Pallet-Racks-8b.jpg> . Acesso em:
09/11/2018.
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Com referência a essa situação hipotética, aos critérios e técnicas de armazenagem e à gestão de estoques,
julgue o seguinte item.
O inventário de mercadorias armazenadas em estruturas como a descrita na situação em questão exige a
remoção de todas as caixas das prateleiras para a efetivação das contagens.
Comentário:
Questão interpretativa. Se as mercadorias estão armazenadas sobre pallets, pressupõe-se que são cargas
unitizadas (pois não dá para armazenar o produto por unidades sobre os pallets). Assim, basta fazer a
contagem de pallets ali presentes.
GABARITO: Errado.
DA ARMAZENAGEM
a) os materiais devem ser resguardados contra o furto ou roubo, e protegidos contra a ação dos
perigos mecânicos e das ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;
b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a
entrar, primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque;
c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido
inventário;
d) os materiais que possuem grande movimentação devem ser estocados em lugar de fácil
acesso e próximo das áreas de expedição e o material que possui pequena movimentação deve
ser estocado na parte mais afastada das áreas de expedição;
e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto com o piso. É preciso utilizar
corretamente os acessórios de estocagem para os proteger;
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f) a arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso as partes de emergência, aos
extintores de incêndio ou à circulação de pessoal especializado para combater a incêndio (Corpo
de Bombeiros);
g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar
a movimentação e inventário;
h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes inferiores das estantes
e porta-estrados, eliminando-se os riscos de acidentes ou avarias e facilitando a movimentação;
i) os materiais devem ser conservados nas embalagens originais e somente abertos quando
houver necessidade de fornecimento parcelado, ou por ocasião da utilização;
j) a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a manter voltada para o lado de acesso ao
local de armazenagem a face da embalagem (ou etiqueta) contendo a marcação do item,
permitindo a fácil e rápida leitura de identificação e das demais informações registradas;
l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurança e altura das
pilhas, de modo a não afetar sua qualidade pelo efeito da pressão decorrente, o arejamento
(distância de 70 cm aproximadamente do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes).
É preciso avaliar qual material retirar do estoque: o último item que entrou ou o primeiro?
Geralmente, por questões de obsolescência e perecibilidade, é preferível que os materiais que entraram
primeiro no estoque físico sejam retirados primeiramente para consumo. Apesar disso, por questões
logísticas, a organização pode escolher a retirada do último item que foi incluído. Conheçamos um pouco
melhor os dois sistemas:
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first out)
consiste no uso do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que entrou antes é o
que sairá antes. É útil para evitar perdas por obsolescência, deterioração ou perecibilidade do
material, sendo o mais utilizado no estoque físico.
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material retirado será
sempre o mais recentemente adicionado ao estoque. Pode ser útil para um gerenciamento mais
fácil nas prateleiras do estoque, já que os primeiros materiais ficarão sempre no fundo da
prateleira. Apesar disso, requerem um maior controle para evitar perdas por obsolescência,
deterioração ou perecibilidade.
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• Primeiro a vencer, primeiro que sai (PVPS): uma variação do PEPS, considera que o mais
importante é retirar do estoque o material que possui validade mais próxima, de modo a evitar
perdas de material.
Na administração pública, a IN 205/1988 estabelece que os materiais estocados a mais tempo devem ser
fornecidos em primeiro lugar, ou seja, o sistema PEPS deve ser utilizado para evitar o envelhecimento do
estoque. Apesar disso, não confunda com o método de avaliação de estoques de bens de almoxarifado
que, nos termos da Lei 4.320/1964, devem ser avaliados pelo preço médio ponderado das compras.
(EBSERH/Técnico em Farmácia) Medicamentos com prazos de validade prestes a expirar devem ser
armazenados na frente dos medicamentos com data de vencimento mais distante.
Comentário:
Faz todo sentido. Considerando a perecibilidade do item, é razoável que o item mais próximo de vencer
fique mais visível para que seja consumido logo, evitando a perda. É o sistema primeiro que vence,
primeiro que sai (PVPS).
GABARITO: Certo.
É fundamental saber que existem várias maneiras diferentes de classificar os almoxarifados da organização
– já que isso cai em concurso. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
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• Almoxarifado de materiais auxiliares: onde são guardados produtos que são utilizados pela
organização, mas que não constituem insumos diretos ao processo produtivo, tais como materiais
de escritório, produtos de limpeza, etc.
• Almoxarifado de máquinas e equipamentos: são aqueles onde as máquinas e equipamentos ficam
guardados quando não estão em uso.
• Almoxarifado de recepção: onde os produtos comprados são entregues pelo fornecedor,
recepcionados e conferidos pela organização.
• Almoxarifado de expedição: o local onde os produtos são arranjados após o estabelecimento de
uma entrega para um cliente. A partir de lá que os produtos serão devidamente acondicionados e
enviados para os clientes.
Além desses tipos, há muitos outros. O mais importante aqui é que você tenha em mente que a
organização pode arranjar seus almoxarifados, depósitos de materiais e armazéns (prédios) de diferentes
formas, de acordo com as características do negócio e dos produtos armazenados. Uma empresa química,
por exemplo, pode estabelecer diferentes armazéns para os produtos inflamáveis e não inflamáveis. Pode
separar a armazenagem de produtos com maior valor agregado dos produtos mais padronizados e sem
diferenciação (commodities). Pode ainda separar materiais perecíveis de não perecíveis, etc.
Há também uma pegadinha que nem todos os autores consideram, mas que é preciso que você conheça.
Trata-se da distinção entre “almoxarifado” e “depósito”, este último sendo relativo aos produtos acabados
e o primeiro às matérias primas. É assunto controverso, mas pode cair em prova!
No mais, também acho importante que você conheça as vantagens e desvantagens essenciais de ter a
armazenagem centralizada ou descentralizada na organização:
Layout é o arranjo de homens, máquinas e materiais para que a armazenagem de um material se dê com
alto rendimento e economia, considerando o fluxo de materiais, operações dos equipamentos de
movimentação, acessibilidade, embalagens e a produtividade humana na organização. É, em outras
palavras, resultante do planejamento da área física para que a organização funcione bem.
Considera-se ainda que arranjo físico tem o mesmo significado de leiaute e pode ser descrito pelas palavras
desenho, plano de ocupação e esquema de funcionamento do armazém. Chiavenato (2005, p. 120) afirma
que os principais objetivos do arranjo físico são:
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Note que podemos falar em layout do almoxarifado, mas também em layout da organização, da linha de
produção, dos escritórios, etc. É preciso entender que o layout do almoxarifado não está isolado do
restante da organização, já que todos os elementos devem ser vistos de forma integrada.
O layout é algo dinâmico, pois a simples modificação dos elementos que servem de base para seu
estabelecimento (como a mudança de materiais a serem estocados e movimentados, a modificação da
forma de armazenagem, a mudança de prazos de validade, etc.) impacta na necessidade de modificação do
layout.
No estabelecimento dos modelos de layout utilizados pela organização, podemos falar de três tipos
essenciais: de processo, de produto e estacionário.
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Dias (2015, p. 148-150) aponta um conjunto de situações que originam uma mudança de layout:
A) MODIFICAÇÃO DO PRODUTO
B) LANÇAMENTOS DE PRODUTO
C) VARIAÇÃO NA DEMANDA
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O layout deve levar em conta as modificações necessárias para atenuar o efeito do ruído,
das temperaturas anormais, presença de agentes agressivos, enfim, todos os fatores que
podem afetar o rendimento de trabalho do elemento humano. O estudo e a disposição
das estações de trabalho, acesso a materiais e ferramental fazem parte deste tópico.
Fazem parte dos estudos de layout a localização de uma série de instalações que possam
atender em caráter de emergência os operários que entram em contato com produtos
químicos altamente corrosivos, o isolamento ou confinamento de certos locais de
trabalho, o dimensionamento e a demarcação de corredores, passagens, áreas de tráfego
de veículos, obstruções etc., tendo por finalidade não só a proteção como também
eventual atendimento de emergência de acidentados.
É um problema que, não tendo influência direta, age como reflexo no layout, já que a
necessidade na relocação de um depósito envolve novo estudo de layout.
Além de realizar a armazenagem do material, a organização também precisa saber localizá-los no armazém
por meio de uma simbologia específica que indique precisamente onde está cada material.
As estantes e prateleiras devem ser identificadas, assim como cada piso específico da mesma.
Normalmente se utilizam letras para estantes e prateleiras e um código para cada piso. Tendo isto como
base, normalmente se utilizam dois critérios de localização do material no almoxarifado:
• Sistema de estocagem fixo: cada material possui o seu “endereço” específico no armazém. Por um
lado, este sistema facilita o controle e localização, pois todos sabem exatamente onde encontrar
cada material. Por outro lado, alguns “endereços” ficarão vazios à medida que não tenham
materiais do seu tipo específico para ocupa-los (os “moradores”).
• Sistema de estocagem livre: neste sistema não existe endereço fixo para cada tipo de material, a
não ser que um determinado material requeira uma armazenagem complexa específica. Neste caso,
os espaços vazios serão preenchidos pelos materiais conforme eles entram no almoxarifado, o que
exige um elevado controle com registro de onde está cada material, para que não fiquem perdidos
no estoque físico da organização.
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Não custa nada lembrar que, do ponto de vista da IN 205/1988 da Presidência da República, a localização é
parte da armazenagem, cumprindo ao Departamento de Administração ou unidade equivalente cuidar da
localização do material ou equipamento, inclusive registrando suas movimentações para saber exatamente
onde está o que.
Vamos agora para as questões comentadas da aula de hoje!
Boa continuação com os estudos!!
Prof. Carlos Xavier
www.youtube.com/profcarlosxavier
Instagram: @Professorcarlosxavier
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Recebimento
O recebimento de materiais passa pela entrada de materiais (recepção física provisória), conferência
quantitativa de materiais, conferência qualitativa e regularização do recebimento.
1. Entrada de materiais/recepção: o recebimento físico do material (recebimento provisório) é a
primeira das atividades ligadas ao gerenciamento da armazenagem, sendo etapa posterior à
compra e ao transporte do material do fornecedor para a organização compradora.
2. Conferência quantitativa: a conferência quantitativa é a atividade de verificação das quantidades
de material presentes no que foi recebido em relação ao que está na Nota Fiscal.
3. Conferência qualitativa: caso seja necessário, o material deverá passar por uma verificação técnica
quanto às especificações do material, para que se estabeleça se ele deve ser aceito ou rejeitado.
4. Regularização: a regularização é consequência da recepção e conferência do material, sendo o seu
recebimento definitivo (quando o material for aceito).
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Conhecimento de carga
O conhecimento de carga é o documento, emitido pelo transportador quando do recebimento da
mercadoria a ser transportada, que define a contratação da operação de transporte e comprova o
recebimento da mercadoria na origem e a obrigação de entrega-la no destino, sendo prova de posse ou
propriedade de determinada mercadoria durante a operação de transporte de cargas.
DO RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO
3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público no local
previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade
pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos
almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso
em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o
registro de entrada do material será sempre no Almoxarifado.
a) compra;
b) cessão;
c) doação;
d) permuta;
e) transferência; ou
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f) produção interna.
3.2. São considerados documentos hábeis para recebimento, em tais casos rotineiros:
d) Guia de Produção.
3.3. Aceitação é a operação segundo a qual se declara, na documentação fiscal, que o material
recebido satisfaz às especificações contratadas.
b) exame qualitativo.
3.4. O material que apenas depender de conferência com os termos do pedido e do documento
de entrega, será recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor designado
para esse fim.
3.6. O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado ou por comissão especial, da
qual, em princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado.
3.7. Quando o material não corresponder com exatidão ao que foi pedido, ou ainda, apresentar
faltas ou defeitos, o encarregado do recebimento providenciará junto ao fornecedor a
regularização da entrega para efeito de aceitação.
Movimentação
Trata-se, aqui, da movimentação dos materiais na organização, seja movimentação no almoxarifado ou
não.
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• Reduzir custos.
• Aumentar a produtividade.
• Aumentar a capacidade de utilização do armazém.
• Melhorar a segurança com a redução dos riscos de acidentes e utilização de
critérios de ergonomia com a finalidade de reduzir a fadiga dos trabalhadores.
• Melhorar o fluxo dos materiais no armazém, envolvendo o recebimento, a
movimentação e a expedição.
Leis fundamentais
• Veículos industriais;
• Equipamentos de elevação e transferência;
• Transportadores contínuos;
• Embalagens;
• Recipientes e unitizadores;
• Mariner-slings;
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• Big-bags;
• Estruturas de armazenagem.
Controle e inventário
O controle do armazenamento depende da existência de um bom sistema de registro dos estoques e da
localização dos materiais, de modo que além de se possuir facilidade de encontrar um determinado item
no armazém, também seja possível o rápido e eficaz registro dos materiais que entraram e saíram,
evitando a existência de diferenças entre o estoque físico real e aquele observado nos registros da
organização.
Além da simples realização de registros, os almoxarifados também são responsáveis por outras atividades
de gestão de estoques, em especial a realização de inventários físicos dos materiais.
Saiba que os inventários físicos podem envolver, ainda, os bens patrimoniais e, por isso, a contagem de
bens pode se dar por toda organização.
Dias (2015, p. 214) aponta que os inventários devem ser feitos para que se verifiquem:
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Dependendo da forma e periodicidade de sua realização, os inventários físicos podem ser de dois tipos*:
• Convocação: trata-se da elaboração de folhas de convocação definindo quem será convocado para
fazer o inventário, quais as datas, horários e locais de trabalho. Inclui a organização de equipes de
1ª contagem (reconhecedores) e de 2ª contagem (revisores).
• Cartão de inventário: trata-se do fornecimento de meios para o registro da qualidade e quantidade
verificada.
• Arrumação física: a área para o inventário deve ser arrumada da melhor forma possível, com
agrupamento de produtos idênticos, identificação dos materiais com os cartões, etc.
• Cut-off: trata-se do ponto de corte a partir do qual as equipes de inventário trabalharão.
• Atualização e registros de estoque: todos os registros de estoque deverão estar devidamente
atualizados antes do início da contagem, considerando o ponto de cut-off.
• Contagem do estoque: a contagem acontecerá ao menos duas vezes (1ª contagem, por
reconhecedores, e 2ª contagem, por revisores).
• Reconciliação e ajustes: eventuais variações entre o estoque contábil e físico deverão ser
esclarecidas pelos setores envolvidos nos controles de estoque, que deverão oferecer justificativas
para sua ocorrência.
Além de tudo isso que você já estudou sobre controle e inventários, vale a pena conhecer o que
a IN 205/1988 da Presidência da República diz sobre movimentação e controle e inventários
físicos. É um texto relativamente longo (cerca de duas páginas), mas que pode ser cobrado no
seu concurso com base na “letra da lei”, então é preciso ler diretamente o que é dito pela
referida Instrução Normativa:
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Note, sobre inventários, que a IN 205/1988 faz uma classificação distinta daquela presente na teoria, mas
que é igualmente importante para o seu concurso. Segundo esta norma, os inventários físicos podem ser:
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade
gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e das
variações patrimoniais ocorridas durante o exercício.
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro dos bens sob
sua responsabilidade;
c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade
gestora;
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade gestora;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por iniciativa
do órgão fiscalizador.
Armazenagem (estocagem)
Atividade de armazenagem propriamente dita pode ser definida como o conjunto de operações destinadas
a manter e abrigar corretamente o item de material enquanto ele permanece em estoque.
Para começar, saiba que a escolha do sistema de estocagem de materiais depende de alguns fatores,
incluindo (CHIAVENATO, 2005, p.125):
Critérios de armazenagem
Viana (2013, p.313) aponta que a armazenagem pode ser simples ou complexa.
A armazenagem simples diz respeito aos materiais que não requerem um cuidado especial para serem
estocados, considerando-se suas características.
Os materiais que requerem armazenagem complexa, por sua vez, requerem cuidados específicos em
função de suas características físicas ou químicas, incluindo: fragilidade, combustibilidade ou
inflamabilidade (capacidade de pegar fogo, como álcool líquido), volatização (tendência a passar para o
estado gasoso), oxidação (tendência de reagir quimicamente ao oxigênio, como metais que enferrujam em
contato com o gás oxigênio), explosividade, potencial de intoxicação, radiação, corrosão, volume, peso, e
forma.
Os cuidados especiais requeridos pelos materiais de armazenagem complexa incluem:
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Viana (2013, p. 314-320) aponta um conjunto de critérios importantes a serem considerados, que eu
resumi na tabela abaixo:
Critério Características
Armazenagem por Os mesmos materiais são alocados próximos uns aos outros na
agrupamento armazenagem, o que facilita a arrumação e busca, mas nem sempre
(complementariedade) possibilita o melhor aproveitamento do espaço tridimensional.
Armazenagem por Os materiais que possuem características físicas parecidas (mesmo tamanho,
tamanho, peso ou forma peso, forma) são agrupados em conjunto, o que permite um melhor
(acomodabilidade) aproveitamento do espaço físico.
Armazenagem por Os materiais que saem com mais frequência do armazém ficarão
frequência armazenados mais próximos à saída do armazém.
Armazenagem em área Este critério implica a utilização de áreas externas para a armazenagem de
externa materiais que podem ser armazenados nessas condições, já que os custos são
mais baixos e isso libera espaço interno para materiais que necessitam de
proteção por área coberta.
Técnicas/equipamentos de armazenagem
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São vários os equipamentos e estruturas utilizados para a armazenagem (por vezes apresentados como
“técnicas de armazenagem”). Inclusive já falamos de alguns deles quando apresentamos os equipamentos
para movimentação (afinal de contas, a movimentação no almoxarifado e a armazenagem estão
intimamente ligados – lembre-se disso).
Apresento, aqui, as principais técnicas de armazenagem:
• Pallets;
• Big Bags;
• Containers;
• Armações/prateleiras;
• Engradados;
• Caixas ou gavetas;
• Racks;
• Empilhamento;
• Unitização;
• Drive-in;
• Drive-through
• Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS – FIFO): O método PEPS (ou FIFO – first in, first out)
consiste no uso do estoque pela ordem cronológica das entradas. O material que entrou antes é o
que sairá antes. É útil para evitar perdas por obsolescência, deterioração ou perecibilidade do
material, sendo o mais utilizado no estoque físico.
• Último que entra, primeiro que sai (UEPS – LIFO): do inglês last in, first out, o material retirado será
sempre o mais recentemente adicionado ao estoque. Pode ser útil para um gerenciamento mais
fácil nas prateleiras do estoque, já que os primeiros materiais ficarão sempre no fundo da
prateleira. Apesar disso, requerem um maior controle para evitar perdas por obsolescência,
deterioração ou perecibilidade.
• Primeiro a vencer, primeiro que sai (PVPS): uma variação do PEPS, considera que o mais
importante é retirar do estoque o material que possui validade mais próxima, de modo a evitar
perdas de material.
Na administração pública federal, a regra da IN 205/1988 é o uso do PEPS para movimentação do estoque.
Tipos de armazém/almoxarifado/depósito
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É fundamental saber que existem várias maneiras diferentes de classificar os almoxarifados da organização
– já que isso cai em concurso. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
Além desses tipos, há muitos outros. O mais importante aqui é que você tenha em mente que a
organização pode arranjar seus almoxarifados, depósitos de materiais e armazéns (prédios) de diferentes
formas, de acordo com as características do negócio e dos produtos armazenados.
Arranjo físico (Layout)
Layout é o arranjo de homens, máquinas e materiais para que a armazenagem de um material se dê com
alto rendimento e economia, considerando o fluxo de materiais, operações dos equipamentos de
movimentação, acessibilidade, embalagens e a produtividade humana na organização. É, em outras
palavras, resultante do planejamento da área física para que a organização funcione bem.
Considera-se ainda que arranjo físico tem o mesmo significado de leiaute e pode ser descrito pelas palavras
desenho, plano de ocupação e esquema de funcionamento do armazém. Chiavenato (2005, p. 120) afirma
que os principais objetivos do arranjo físico são:
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• De produto;
• De processo;
• Estacionário.
• Sistema de estocagem fixo: cada material possui o seu “endereço” específico no armazém. Por um
lado, este sistema facilita o controle e localização, pois todos sabem exatamente onde encontrar
cada material. Por outro lado, alguns “endereços” ficarão vazios à medida que não tenham
materiais do seu tipo específico para ocupa-los (os “moradores”).
• Sistema de estocagem livre: neste sistema não existe endereço fixo para cada tipo de material, a
não ser que um determinado material requeira uma armazenagem complexa específica. Neste caso,
os espaços vazios serão preenchidos pelos materiais conforme eles entram no almoxarifado, o que
exige um elevado controle com registro de onde está cada material, para que não fiquem perdidos
no estoque físico da organização.
Não custa nada lembrar que, do ponto de vista da IN 205/1988 da Presidência da República, a localização é
parte da armazenagem, cumprindo ao Departamento de Administração ou unidade equivalente cuidar da
localização do material ou equipamento, inclusive registrando suas movimentações para saber exatamente
onde está o que.
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5. QUESTÕES COMENTADAS
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a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade
gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e das
variações patrimoniais ocorridas durante o exercício.
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro dos bens sob
sua responsabilidade;
c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade
gestora;
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade gestora;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por iniciativa
do órgão fiscalizador.
GABARITO: Certo.
Está errada a assertiva, uma vez que a fatura não é um título de cobrança, enquanto a duplicata é.
GABARITO: Errado.
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Comentário:
Perfeito! A Nota Fiscal realmente é um documento que informa aos órgãos fiscais a realização de transação
sujeita ao recolhimento de impostos, exatamente como apontado pela assertiva.
GABARITO: Certo.
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O único ponto que pode ser problemático: cabe ao almoxarifado receber os materiais? Isso é problemático,
pois, em tese, o almoxarifado faz a recepção do material temporariamente, enquanto o setor de compras
autoriza a recepção definitiva após as devidas inspeções.
Infelizmente a teoria não é precisa sobre isso, então uns poderiam interpretar a questão como correta, e
outros como errada. O examinador deveria ter anulado a questão, mas não o fez.
GABARITO considerado: Errado.
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Comentário:
Cada material possui sua própria necessidade de estocagem, podendo ser simples ou complexa, a
depender de suas características, conforme apontado pela questão.
GABARITO: Certo.
16. (CESPE/MPOG/ATA/2015) Arranjo físico tem o mesmo significado de leiaute e pode ser descrito
pelas palavras desenho, plano de ocupação e esquema de funcionamento do armazém.
Comentário:
O arranjo físico é o layout, ou seja, o arranjo de pessoas e coisas por meio de um plano, desenho, esquema,
etc., conforme apontado pela questão.
GABARITO: Certo
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D) Errada. O recebimento verifica quantidade em relação ao que está na nota fiscal e no pedido de compra.
A fatura é enviada para o setor de materiais conferir as condições em relação ao que foi pedido e,
posteriormente, enviar a fatura para o setor de pagamento.
E) Errada. A verificação dos materiais recebidos é parte do processo de recebimento que se dá nos
almoxarifados, mas ela não se confunde com aprovação das compras ou com aprovação das faturas, que
são atividades distintas e realizadas em outros setores.
GABARITO: C.
18. (CESPE/TRE-GO/TJAA/2015) Os requisitos para que um material seja classificado como material
de armazenagem complexa restringem-se às características de oxidação, volatização e combustibilidade;
são classificados como de armazenagem simples os materiais caracterizados pela fragilidade intrínseca.
Comentário:
Há outras características, especificamente: fragilidade, combustibilidade ou inflamabilidade (capacidade de
pegar fogo, como álcool líquido), volatização (tendência a passar para o estado gasoso), oxidação
(tendência de reagir quimicamente ao oxigênio, como metais que enferrujam em contato com o gás
oxigênio), explosividade, potencial de intoxicação, radiação, corrosão, volume, peso, e forma.
GABARITO: Errado.
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D 150
E 135
Comentário:
Questão que envolve mais raciocínio lógico do que conhecimentos teóricos de administração de materiais.
Seria preciso fazer as seguintes contas:
180 cm / 15 cm = 12 caixas no comprimento da prateleira.
60cm / 15cm = 4 caixas na largura.
50cm/15cm = 3,33. O máximo de caixas inteiras possíveis na altura da prateleira é 3.
Assim: 12 * 4 * 3 = 144.
GABARITO: B
c) apurar o valor total do estoque contábil (em $ e em unidades) para efeito de balanços ou balancetes.
d) verificar discrepâncias em valores ($) entre o estoque contábil e o estoque físico.
e)evitar compras de equipamentos como balanças e empilhadeiras, dado que, elas são irrelevantes nas
contagens.
Comentário:
Questão totalmente interpretativa. Não tinha como ter memorizado uma lista de coisas que a empresa
deve fazer. Era preciso ter uma noção do conteúdo para depois marcar a alternativa sem sentido, que é a
letra E, uma vez que equipamentos como empilhadeiras e balanças são muito relevantes nas contagens. É
preciso retirar materiais dos estoques para realizar inventários, daí a utilidade das empilhadeiras. É preciso
medir alguns materiais com base em seu peso, por isso a importância das balanças!
GABARITO: E.
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I. Os inventários destinam-se não somente ao controle dos materiais permanentes (bens patrimoniais),
mas também ao controle dos estoques de uma organização.
II. O levantamento contínuo e seletivo dos materiais permanentes distribuídos para uso ou existentes em
estoque é denominado inventário rotativo. A principal vantagem desse método é a dispensa de
paralisações das atividades da organização.
III. O levantamento executado via contagem de todos os itens em determinados períodos é denominado
inventário periódico. É comumente realizado no encerramento do exercício fiscal.
Está correto o que se afirma em:
A somente III;
B somente I e II;
C somente I e III;
D somente II e III;
E I, II e III.
Comentário:
Vejamos:
I) os inventários realmente servem para os materiais e para o patrimônio.
II) A definição de inventário rotativo está totalmente de acordo com a teoria.
III) A definição de inventário periódico está totalmente de acordo com o previsto na teoria.
GABARITO: E.
Comentário:
O recebimento envolve, em essência, a verificação visual do material em busca de avarias e anotações
correspondentes, a conferência quantitativa e qualitativa e eventuais regularizações.
Assim, a única alternativa que faz sentido é a letra B.
GABARITO: B.
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II. A contagem física é meio pelo qual o gestor se satisfaz quanto à existência efetiva dos estoques. Não há
possibilidades de o registro contábil ser diferente da quantidade física dos estoques.
a) A afirmativa I está correta e a II está incorreta.
b) A afirmativa I está incorreta e a II está correta.
c) As afirmativas I e II estão corretas.
d) As afirmativas I e II estão incorretas.
Comentário:
Vejamos cada item:
I) Certo. Contabilizar corretamente e contar os estoques (fazer inventário) são atividades importantes sim!
II) Errado. Há possibilidade de diferenças entre o registro contábil e a verificação física, e é para isso que os
inventários são feitos: para realizar os ajustes necessários para que os registros possam ficar de acordo!
GABARITO: A.
• Grãos em geral
• Petróleo
• Água potável
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• Minério de ferro
• Etc.
Sabendo disso, bastava perceber que o armazém de commodities é aquele que armazena produtos deste
tipo, ou seja, padronizados e sem diferenciação entre si!
GABARITO: C.
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• Inventários periódicos: os inventários periódicos possuem uma certa periodicidade para sua
realização, fazendo a contagem de todos os itens em cada período determinado. Normalmente as
organizações realizam um inventário periódico anual (também chamado de inventário geral) para
efeitos fiscais, paralisando momentaneamente suas atividades para se dedicar à contagem em um
determinado período, ou seja, a organização “fecha para balanço”.
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6.LISTA DE QUESTÕES
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16. (CESPE/MPOG/ATA/2015) Arranjo físico tem o mesmo significado de leiaute e pode ser descrito
pelas palavras desenho, plano de ocupação e esquema de funcionamento do armazém.
18. (CESPE/TRE-GO/TJAA/2015) Os requisitos para que um material seja classificado como material
de armazenagem complexa restringem-se às características de oxidação, volatização e combustibilidade;
são classificados como de armazenagem simples os materiais caracterizados pela fragilidade intrínseca.
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d) Custo de materiais.
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7.GABARITO
1. E
2. C
3. C
4. C
5. C
6. E
7. E
8. E
9. C
10. C
11. C
12. E
13. E
14. E
15. C
16. C
17. C
18. E
19. C
20. B
21. A
22. E
23. D
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24. E
25. B
26. D
27. C
28. C
29. A
30. C
31. E
32. C
33. A
34. A
35. A
36. B
37. B
38. E
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8. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Editora Atlas, 2015.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 6ª Ed. São Paulo: atlas, 2015.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: princípios, conceitos, gestão. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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