Você está na página 1de 54

31/10/2020

Direito do Ambiente da UE
Alexandra Aragão
27 de Outubro de 2020

Direito Europeu do ambiente


Conteúdo programático
 1. A importância nacional Direito Europeu do ambiente

 2. Percurso pelo Direito derivado


 2.1. Ecogestão e auditoria ambiental
 2.2. Rótulo ecológico europeu
 2.3. Avaliação ambiental de projectos, planos e programas
 2.4. Responsabilidade por danos ecológicos

1
31/10/2020

“Neste mosaico de Estados que se


chama Europa, o mercado comum da
poluição formara-se mais cedo do que o
mercado comum das mercadorias...
O ar e as águas poluídas circulavam
livremente através das fronteiras, muito
antes de se pensar em as abrir aos
cidadãos e às mercadorias
estrangeiras”.
Nicolas Moussis

Importância nacional do DA da UE

 1. Efeito acelerador D

 2. Efeito impulsionador D L

 3. Efeito directo D L

 4. Aplicabilidade directa R

2
31/10/2020

Direito Europeu do ambiente


Conteúdo programático
 1. A importância nacional Direito Europeu do ambiente

 2. Percurso pelo Direito derivado


 2.1. Ecogestão e auditoria ambiental
 2.2. Rótulo ecológico europeu
 2.3. Avaliação ambiental de projectos, planos e programas
 2.4. Responsabilidade por danos ecológicos

Ecogestão e auditoria
ambiental

REGULAMENTO (CE) N.o 1221/2009


DO PARLAMENTO EUROPEU E DO
CONSELHO de 25 de Novembro de
2009

3
31/10/2020

Ecogestão e auditoria ambiental: EMAS


Fins: melhoria do comportamento ambiental
global de qualquer organização.

 Âmbito: sociedades, firmas, empresas,


autoridades ou instituições, ou uma parte ou a
combinação destas entidades, dotada ou não de
personalidade jurídica, de direito público ou
privado, com funções de administração próprias.

Meios:
 Levantamento ambiental das actividades
desenvolvidas,
 implantação de um sistema de gestão
ambiental conforme à norma ISO 14001,
 auditorias ambientais,
 declaração ambiental.

4
31/10/2020

Factores a considerar:
 emissões atmosféricas, utilização de recursos
 descargas hídricas, naturais e matérias
 restrição da produção, primas,
 reciclagem,  questões de impacte
 reutilização, local,
 transporte e descarga  questões de transporte,
de resíduos,  riscos de acidentes
 uso e contaminação ambientais e
dos solos,  efeitos sobre a
biodiversidade .

 Efeitos: registo como aderente ao EMAS e


direito de usar o logotipo que indica o empenho
da organização em melhorar o seu
comportamento ambiental.

5
31/10/2020

Rotulagem ecológica

Regulamento 66/2010 de 25 de
Novembro de 2009

6
31/10/2020

Rotulagem ecológica
A finalidade do sistema é promover os
produtos com um nível elevado de
desempenho ambiental, mediante a
utilização do rótulo ecológico
(Preâmbulo, §5)

 Artigo 6.o Requisitos gerais em matéria de


critérios de atribuição do rótulo ecológico da UE

 2. Os critérios de atribuição do rótulo ecológico da UE


determinam os requisitos ambientais a satisfazer por
um produto para ostentar o rótulo ecológico da UE.

 3. Os critérios de atribuição do rótulo ecológico da UE


são determinados com base em provas científicas,
tendo em conta o ciclo de vida dos produtos. Para
determinar tais critérios, são tidos em conta:

7
31/10/2020

 a) Os impactos ambientais mais significativos ao


longo do ciclo de vida dos produtos, em particular
os impactos nas altera ções climáticas, meio
natural e biodiversidade, consumo energético e de
recursos, produção de resíduos, emissões para
todos os compartimentos ambientes, poluição
através de efeitos físicos e utilização e libertação
de substâncias perigosas.
 b) A substituição de substâncias perigosas por
substâncias mais seguras, como tais ou mediante
o uso de materiais ou concepções diferentes,
sempre que isso seja tecnicamente exequível.

 c) A possibilidade de reduzir o impacto


ambiental devido à durabilidade e
reutilização dos produtos será também tida
em consideração.
 d) O balanço ambiental líquido entre
benefícios e custos ambientais, incluindo os
aspectos ligados à saúde e à segurança, nas
várias fases da vida dos produtos

8
31/10/2020

 e) Sempre que seja adequado, são tidos em


consideração os aspectos éticos e sociais, fazendo,
por exemplo, referência a convenções e acordos
internacionais pertinentes na matéria, como as
normas e os códigos de conduta da OIT.
 f) Os critérios estabelecidos para outros rótulos
ecológicos, em particular os rótulos ecológicos EN
ISO 14024 tipo I, reconhecidos oficialmente a nível
nacional ou regional, caso estes existam para esse
grupo de produtos, de forma a reforçar as sinergias.
 g) Na medida do possível, o objectivo da redução
do número de ensaios em animais.

Categorias de produtos - Decisões da


Comissão que estabelecem os critérios ecológicos para
atribuição do rótulo ecológico comunitário
 máquinas de lavar loiça  tintas e vernizes para
interiores,
 produtos de papel
tissue,  colchões de cama,
 calçado,  papel de cópia e papel
para usos gráficos,
 televisores,
 lâmpadas eléctricas,
 revestimentos duros
para pavimentos,  detergentes para
máquinas de lavar loiça,
 produtos têxteis,
 detergentes para roupa,

9
31/10/2020

 máquinas de lavar a roupa


 lubrificantes,
 serviços de alojamento
turístico,  correctivos de solos,
 frigoríficos,  suportes de cultura,
 parques de campismo,  sabonetes,
 computadores portáteis,  champôs e
condicionadores de
 detergentes para lavagem
cabelo,
manual de louça,
 mobiliário de madeira,
 computadores portáteis,
 bombas de calor
 produtos de limpeza «lava
eléctricas, a gás ou de
tudo»
absorção a gás,
 produtos de limpeza para
 revestimentos duros para
instalações sanitárias,
pavimentos.

Artigo 12. Promoção do rótulo ecológico


da UE
 1. Os Estados-Membros e a Comissão, em cooperação
com os membros do CREUE, estabelecem um plano de
acção com vista a promover a utilização do rótulo
ecológico da UE através de:
 a) Campanhas de sensibilização, de informação e de
educação dos consumidores, produtores, fabricantes,
grossistas, prestadores de serviços, responsáveis pelas
aquisições no sector público, comerciantes, retalhistas
e grande público,
 b) Acções de encorajamento à adesão ao sistema, em
especial no caso das PME, de modo a fomentar o
desenvolvimento do sistema.

10
31/10/2020

Rótulos ecológicos europeus

rótulo Local Ano Universo Nº de Ratio


ecológico produtos pop/prod

Anjo azul Alemanha 1977 80 3800 21 %


milhões

Países 25 1500
Cisne nórdicos
1989 16,5%
branco (finlândia, milhões
suécia,
noruega
islândia e
dinamarca)
Flor UE 1992 500 220 1.818%
milhões

11
31/10/2020

Artigo 10 Fiscalização do mercado e


controlo da utilização do rótulo ecológico
da UE

 1. É proibida qualquer publicidade falsa ou


enganosa ou a utilização de qualquer rótulo
ou logótipo que possa induzir em confusão
com o rótulo ecológico da UE.

EMPRESA / PRODUTO
 TINTAS DYRUP, S.A.Tinta DYRUMAT ECOLÓGICO (Ref
5730-800; 5730-3006; 5730-3504; 5730-3659; 5730-8365)
 TINTAS ROBBIALAC, S.A.Produtos ECOLAC: Esmalte
Acrílico 057-301; Verniz Aquoso 057-0501; Selante 057-021;
Primário Acrílico 057-0101; Tinta Plástica 057-0401
 HEMPEL (Portugal), LdaTinta HEMPATONE ECOLÓGICO
58390
 NaturaPura Ibérica - Produto e Comércio de Produtos
Naturais, S.A.Vestuário, Acessórios Têxteis e Têxteis Lar, em
algodão biológico, ref NaturaPura
 Refugio Atlântico - Exploração Hoteleira e Turística,
S.A.ApartHotel Jardim Atlântico (4 estrelas) (Prazeres, Calheta
- Ilha da Madeira)
 Turiviana-Turismo Irmãos Laranjeira, LdaEstalagem Melo
Alvim (5 estrelas) Avenida Conde da Carreira, nº 28 4900-343
Viana do Castelo

12
31/10/2020

Serviços de alojamento turístico com


rótulo ecológico

Decisão nº 2003/287/CE, da Comissão, de 14


de Abril de 2003, que estabelece os critérios
ecológicos para a atribuição do rótulo
ecológico comunitário a serviços de
alojamento turístico

Critérios de atribuição

 diminuir o consumo de energia


 diminuir o consumo de água
 limitar a produção de resíduos
 favorecer a utilização de recursos renováveis
e de substâncias menos perigosas para o
ambiente
 promover a comunicação e a educação
ambientais

13
31/10/2020

Avaliação de Impacte Ambiental

Avaliação dos efeitos de determinados projectos públicos


e privados no ambiente

(DIRETIVA 2011/92 de 13 de Dezembro)


DIRETIVA 2014/52 de 16 de Abril
(transposição até 16 de maio de 2017)

14
31/10/2020

DIRETIVA 2011/92 de 13 de Dezembro

 Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro


 Decreto-Lei n.º 47/2014, de 24 de março

 Decreto-Lei n.º 179/2015 de 27 de agosto

DIRETIVA 2014/52 de 16 de Abril


 Decreto-Lei n.º 152-B/2017, de 11 de
dezembro (altera e republica o DL151-B/2013)

AIA: conceito (art 2º d) DL 151-B/2013)


 «d) «Avaliação de impacte ambiental» ou «AIA», instrumento de carácter
preventivo da política de ambiente, sustentado:
 i) Na elaboração de um estudo de impacte ambiental;
 ii) Na realização de consultas públicas e de consultas a entidades
competentes em razão da matéria;
 iii) Na análise pelas autoridades competentes da informação
apresentada no estudo e de eventual informação suplementar fornecida
pelo proponente ou decorrente das consultas efetuadas; e
 iv) Na conclusão fundamentada pela autoridade de avaliação de impacte
ambiental sobre os efeitos significativos do projeto no ambiente, bem
como a identificação e proposta de medidas que evitem, minimizem ou
compensem esses efeitos, tendo em vista uma decisão sobre a
viabilidade da execução de tais projetos e respetiva pós-avaliação;»

15
31/10/2020

DIRETIVA 2014/52 DE 16 DE ABRIL

Definição de AIA (art 1º/2 g)


Um processo que consiste:
 i) na preparação de um relatório de avaliação do impacto
ambiental pelo dono da obra, tal como referido no artigo 5.º,
n.os 1 e 2,
 ii) na realização de consultas a que se refere o artigo 6.º e, se
aplicável, o artigo 7.º,
 iii) na análise pela autoridade competente da informação
apresentada no estudo de impacto ambiental e de qualquer
informação suplementar fornecida, se necessário, pelo dono
da obra de acordo com o artigo 5.º, n.º 3, bem como todas as
informações relevantes recebidas por via das consultas
previstas nos artigos 6.º e 7.º,

16
31/10/2020

 iv) na conclusão fundamentada pela autoridade


competente sobre os efeitos significativos do projeto
no ambiente, tendo em conta os resultados da
análise referida no ponto (iii) e, se adequado, do
seu próprio exame complementar, e
 v) na integração da conclusão fundamentada pela
autoridade competente, em qualquer das decisões
referidas no artigo 8.o-A.

AIA europeia: obrigatória mas...


 1. excluídos: planos e programas
 2. excluídos: projectos defesa nacional
 3. excluídos: projectos adoptados por lei
 4. dispensados: determinados projectos
 5. não abrangidos: efeitos não ambientais...
 6. não abrangidos: efeitos ambientais não
consideráveis ou não significativos
 7. Obrigatoriedade relativa: projectos da lista II e
modificações de projectos existentes
 8. Declaração de impacte ambiental não vinculativa

17
31/10/2020

Âmbito de aplicação
 Artigo 2/1. Os Estados-Membros tomarão as
disposições necessárias para garantir que,
antes de concedida a aprovação, os
projectos que possam ter um impacto
significativo no ambiente, nomeadamente
pela sua natureza, dimensão ou localização,
fiquem sujeitos a um pedido de aprovação e
a uma avaliação dos seus efeitos. Esses
projectos são definidos no artigo 4.o.
 «a) «Projecto»: — a realização de obras de construção
ou de outras instalações ou obras, — outras
intervenções no meio natural ou na paisagem, incluindo
as intervenções destinadas à exploração dos recursos
do solo;» (2º a)

Decreto-Lei 2017 152-B/2017


Artigo 1.º Objeto e âmbito de aplicação
3 - Estão sujeitos a AIA, nos termos do presente
decreto-lei: a) Os projetos tipificados no anexo I ao
presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, sem
prejuízo do disposto no n.º 5; b) Os projetos tipificados
no anexo II ao presente decreto-lei, do qual faz parte
integrante, que: i) Estejam abrangidos pelos limiares
fixados; ou ii) Se localizem, parcial ou totalmente, em
área sensível e sejam considerados, por decisão da
autoridade de AIA, como suscetíveis de provocar
impacte significativo no ambiente em função da sua
localização, dimensão ou natureza, de acordo com os
critérios estabelecidos no anexo III ao presente
decreto-lei, do qual faz parte integrante; ou

18
31/10/2020

 iii) Não estando abrangidos pelos limiares


fixados, nem se localizando em área
sensível, sejam considerados, por decisão da
entidade licenciadora ou competente para a
autorização do projeto e ouvida
obrigatoriamente a autoridade de AIA, nos
termos do artigo 3.º, como suscetíveis de
provocar impacte significativo no ambiente
em função da sua localização, dimensão ou
natureza, de acordo com os critérios
estabelecidos no anexo III;

 c) Os projetos que em função da sua


localização, dimensão ou natureza sejam
considerados, por decisão conjunta do
membro do Governo competente na área do
projeto em razão da matéria e do membro do
Governo responsável pela área do ambiente,
como suscetíveis de provocar um impacte
significativo no ambiente, tendo em conta os
critérios estabelecidos no anexo III.

19
31/10/2020

 4 - São ainda sujeitas a AIA, nos termos do


presente decreto-lei: a) Qualquer alteração
ou ampliação de projetos incluí- dos no
anexo I se tal alteração ou ampliação, em si
mesma, corresponder aos limiares fixados no
referido anexo;
 B)…

Anexo I

20
31/10/2020

21
31/10/2020

PT- PONTO CRÍTICO DA


LEGISLAÇÃO: ÁREAS SENSÍVEIS

Artigo 2.º Conceitos


Para efeitos da aplicação do presente DL entende-se por:
 a) «Áreas sensíveis»
 i) Áreas protegidas, classificadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º
142/2008, de 24 de julho;
 ii) Sítios da Rede Natura 2000, zonas especiais de conservação
e zonas de proteção especial, classificadas nos termos do
Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril, no âmbito das Diretivas
n.ºs 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril de 1979, relativa à
conservação das aves selvagens, e 92/43/CEE, do Conselho, de
21 de maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais
e da fauna e da flora selvagens;
 iii) Zonas de proteção dos bens imóveis classificados ou em vias
de classificação definidas nos termos da Lei n.º 107/2001, de 8
de setembro;

22
31/10/2020

ANEXO III DIRETIVA (a amarelo o que é novo)

ANEXO III CRITÉRIOS DE SELEÇÃO


1. CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Devem ser tidas
em conta as características dos projetos, sobretudo as
seguintes: a) A dimensão e conceção de todo o projeto; b)
A acumulação com outros projetos existentes e/ou
autorizados; c) A utilização de recursos naturais, em
particular a terra, o solo, a água e a biodiversidade; d) A
produção de resíduos; e) A poluição e os incómodos
causados; f) Os riscos de acidentes graves e/ou de
catástrofes que sejam relevantes para o projeto em causa,
incluindo os causados pelas alterações climáticas, em
conformidade com os conhecimentos científicos; g) Os
riscos para a saúde humana (por exemplo, devido à
contaminação da água ou à poluição atmosférica);

23
31/10/2020

2. LOCALIZAÇÃO DOS PROJETOS


 Deve ser considerada a sensibilidade ambiental das zonas
geográficas suscetíveis de serem afetadas pelos projetos,
sobretudo no que respeita ao seguinte:
 a) O ordenamento do território, atual e aprovado;
 b) A riqueza relativa, a disponibilidade, a qualidade e a
capacidade de regeneração dos recursos naturais da zona e
no seu subsolo (incluindo o solo, a terra, a água e a
biodiversidade);
 c) A capacidade de absorção do ambiente natural, com
especial atenção às seguintes zonas:

 i) zonas húmidas, zonas ribeirinhas, fozes de rios,


 ii) zonas costeiras e o meio marinho,
 iii) zonas montanhosas e florestais,
 iv) reservas e parques naturais,
 v) zonas classificadas ou protegidas pela legislação nacional;
zonas pertencentes à rede Natura 2000 designadas pelos EM,
nos termos da Dir 92/43/CEE e 2009/147/CE,
 vi) zonas em que já se verificou um desrespeito das normas de
qualidade ambiental, estabelecidas pela legislação da União e
pertinentes para o projeto, ou em que se considere que se
verifica esse desrespeito,
 vii) zonas de forte densidade demográfica,
 viii) paisagens e sítios importantes do ponto de vista histórico,
cultural ou arqueológico.

24
31/10/2020

 3. TIPO E CARACTERÍSTICAS DO IMPACTO POTENCIAL


Os potenciais efeitos significativos dos projetos no ambiente
devem ser considerados à luz dos critérios definidos nos pontos 1
e 2 do presente anexo, relativamente ao impacto do projeto sobre
os fatores referidos no artigo 3.o, n.o 1, tendo em conta o
seguinte:
 a) A magnitude e extensão espacial do impacto (tal como a zona
geográfica e dimensão da população suscetível de ser afetada);
 b) A natureza do impacto;
 c) A natureza transfronteiriça do impacto;
 d) A intensidade e complexidade do impacto;
 e) A probabilidade do impacto;
 f) A ocorrência esperada, duração, frequência e reversibilidade do
impacto;
 g) A acumulação dos impactos com os de outros projetos
existentes e/ou aprovados;
 h) A possibilidade de redução do impacto de maneira eficaz.

ANEXO III DO DL 152-B/2017

25
31/10/2020

 Critérios de seleção 1 — Características dos


projetos — as características dos projetos devem
ser consideradas especialmente em relação aos
seguintes aspetos: a) Dimensão e conceção do
projeto; b) Efeitos cumulativos relativamente a
outros projetos existentes e/ou licenciados ou
autorizados; c) A utilização de recursos naturais, em
particular o território, o solo, a água e a
biodiversidade; d) Produção de resíduos; e)
Poluição e incómodos causados; f) Risco de
acidentes graves e/ou de catástrofes, que sejam
relevantes para o projeto em causa, incluindo os
causados pelas alterações climáticas, em
conformidade com os conhecimentos científicos. g)
Riscos para a saúde humana.

2 — Localização dos projetos — deve ser considerada a


sensibilidade ambiental das zonas geográficas suscetíveis de
serem afetadas pelos projetos, tendo nomeadamente em conta:
a) O território, tendo em conta os seus usos existentes e
comprometidos e a afetação do uso do solo; b) A riqueza relativa,
a qualidade e a capacidade de regeneração dos recursos naturais
da área de estudo (incluindo o solo e subsolo, o território, a água
e a biodiversidade); c) A capacidade de absorção do ambiente
natural, com especial atenção para as seguintes zonas: i) Zonas
húmidas, zonas ribeirinhas, fozes de rios; ii) Zonas costeiras e o
meio marinho; iii) [Revogada]; iv) Zonas montanhosas e florestais;
v) Reservas e parques naturais; vi) Zonas classificadas ou
protegidas, zonas de proteção especial, nos termos da legislação;
vii) Zonas nas quais as normas de qualidade ambiental fixadas
pela legislação nacional já foram ultrapassadas; viii) Zonas de
forte densidade demográfica; ix) Paisagens e sítios importantes
do ponto de vista histórico, cultural ou arqueológico.

26
31/10/2020

 3 — Características do impacte potencial — os


potenciais impactes significativos dos projetos devem
ser considerados em relação aos critérios definidos
nos números anteriores, atendendo especialmente à:
a) Magnitude e extensão do impacte (área geográfica
e dimensão da população suscetível de ser afetada);
b) Natureza do impacte; c) Natureza transfronteiriça do
impacte; d) Intensidade e complexidade do impacte; e)
Probabilidade do impacte; f) A ocorrência esperada,
duração, frequência e reversibilidade do impacte; g)
Acumulação dos impactes com os de outros projetos
existentes e/ou aprovados; h) Possibilidade de
redução do impacte de maneira eficaz

AIA: Procedimento
 EIA
 Consulta institucional

 Informação e consulta do público

 Decisão (aprovação)

 Informação do público

27
31/10/2020

FATORES AFETADOS
(DECRETO-LEI 152-B/2017)

Anexo V - Conteúdo mínimo do EIA


 4 - Descrição do estado do local e dos fatores
ambientais suscetíveis de serem
consideravelmente afetados pelo projeto,
nomeadamente a população, a fauna, a flora, o
solo, a água, a atmosfera, a paisagem, os
fatores climáticos e os bens materiais,
incluindo o património arquitetónico e
arqueológico, a paisagem, bem como a inter-
relação entre os fatores mencionados.

28
31/10/2020

Artigo 3º
 1. A avaliação de impacto ambiental deve
identificar, descrever e avaliar de modo
adequado, em função de cada caso particular, os
efeitos significativos diretos e indiretos de um
projeto sobre os seguintes fatores:
 a) População e saúde humana;
 b) Biodiversidade, com particular ênfase nas
espécies e habitats protegidos ao abrigo da
Diretiva 92/43/CEE do Conselho e da Diretiva
2009/147/CE;

 c) Terra, solo, água, ar e clima;


 d) Bens materiais, património cultural e
paisagem;
 e) Interação entre os fatores referidos nas
alíneas a) a d).
 2. Os efeitos a que se refere o n.º 1 sobre os
fatores nele enunciados incluem os efeitos
esperados decorrentes da vulnerabilidade do
projeto perante os riscos de acidentes graves
e/ou de catástrofes que sejam relevantes para
o projeto em causa.

29
31/10/2020

QUALIDADE DA AIA
(DECRETO-LEI 152-B/2017)

Artigo 9.º -A Peritos competentes

 1 — O proponente deve assegurar que a PDA, o EIA e o


RECAPE são elaborados por peritos competentes. 2 — Para
efeitos do disposto no número anterior, entende -se por
peritos competentes aqueles que cumpram os requisitos
definidos por portaria do membro do Governo responsável
pela área do ambiente, sob proposta do grupo de pontos
focais das autoridades de AIA e ouvido o CCAIA.

30
31/10/2020

PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO
(DECRETO-LEI 152-B/2017)


Artigo 29º Consulta pública
1 — A consulta pública da proposta de definição de âmbito do EIA,
do procedimento de AIA e do RECAPE é publicitada com os
elementos constantes do anexo VI ao presente decreto -lei, do qual
faz parte integrante. 2 — O público interessado é titular do direito
de participação no âmbito da consulta pública. 3 — Compete à
autoridade de AIA decidir, em função da natureza e complexidade
do projeto, dos seus impactes ambientais previsíveis, ou do grau de
conflitualidade potencial da sua execução, a forma de
concretização adequada da consulta pública que permita uma
efetiva auscultação do público interessado. 4 — Os resultados da
consulta pública devem constar de relatórios elaborados pela
autoridade de AIA que contêm a descrição dos meios e formas
escolhidos para a publicitação do projeto e participação dos
interessados, bem como, a síntese das opiniões
predominantemente expressas e a respetiva representatividade.

31
31/10/2020

EFEITOS
TRANSFRONTEIRIÇOS
(DECRETO-LEI 152-B/2017)

Artigo 32.º Consulta recíproca


 O Estado Português deve consultar o Estado
ou Estados potencialmente afetados quanto
aos efeitos ambientais de um projeto nos
respetivos territórios e quanto às medidas
previstas para evitar, minimizar ou
compensar esses efeitos, bem como
pronunciar -se quando, em idênticas
circunstâncias, for consultado por outro
Estado.

32
31/10/2020

EFETIVIDADE DA AVALIAÇÃO
(DECRETO-LEI 152-B/2017)

Artigo 29/4
 Os resultados da consulta pública devem constar de
relatórios elaborados pela autoridade de AIA que
contêm a descrição dos meios e formas escolhidos
para a publicitação do projeto e participação dos
interessados, bem como, a síntese das opiniões
predominantemente expressas e a respetiva
representatividade.
Artigo 34/2
 Os resultados da participação pública prevista no
Estado -Membro potencialmente afetado são
tomados em consideração pela CA na elaboração do
parecer final do procedimento de AIA.

33
31/10/2020

Artigo 8ºA
4. De acordo com os requisitos previstos no n.o 1, alínea b),
os Estados-Membros asseguram que as características do
projeto e/ou as medidas previstas para evitar, prevenir ou
reduzir e, se possível, compensar os efeitos negativos
significativos no ambiente sejam executadas pelo dono da
obra e determinam os procedimentos relativos à
monitorização dos efeitos negativos significativos no
ambiente. O tipo de parâmetros a monitorizar e a duração da
monitorização devem ser proporcionais à natureza,
localização e dimensão do projeto, bem como à importância
dos seus efeitos no ambiente. Podem ser utilizadas, se for
caso disso, disposições de monitorização já existentes,
resultantes de legislação da União, diversa da presente
diretiva, e de legislação nacional, a fim de evitar a duplicação
da monitorização.

VALIDADE DA AVALIAÇÃO
(DIRETIVA 2014/52)

34
31/10/2020

Artigo 8A
 6. A autoridade competente deve assegurar-se
de que a conclusão fundamentada referida no
artigo 1.o, n.o 2, alínea g), subalínea iv), ou
qualquer uma das decisões referidas no n.o 3 do
presente artigo, está ainda atualizada na data de
adoção da decisão que concede a aprovação.
Para o efeito, os Estados-Membros podem fixar
prazos para a validade da conclusão
fundamentada referida no artigo 1.o, n.o 2, alínea
g), subalínea iv), ou de qualquer uma das
decisões referidas no n.o 3 do presente artigo.

INFORMAÇÃO DO PÚBLICO
(DIRETIVA 2014/52)

35
31/10/2020

Artigo 9
 1. Quando a aprovação tiver sido concedida
ou recusada, a autoridade ou as autoridades
competentes comunicarão esse facto ao
público, de acordo com os procedimentos
adequados, e porão à disposição do público
as seguintes informações:

 a) O teor da decisão e as condições que


eventualmente a acompanhem; b) Tendo
examinado as preocupações e opiniões
expressas pelo público interessado, os
motivos e considerações principais em que
se baseia a decisão, incluindo a informação
sobre o processo de participação do público;
c) Uma descrição, caso seja necessário, das
principais medidas a evitar, reduzir e, se
possível, contrabalançar os maiores efeitos
adversos.

36
31/10/2020

A avaliação dos efeitos de determinados


planos e programas no ambiente

Diretiva 2001/42/CE de 27 de Junho de 2001

Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho

37
31/10/2020

Do planeamento à execução:

AAE AIA
montante jusante

AAE

Plano
AAE

Programa Programa
AIA

Projecto Projecto Projecto

Realização de obras de construção ou de outras instalações ou obras,


Outras intervenções no meio natural ou na paisagem, incluindo as intervenções
destinadas à exploração dos recursos do solo

38
31/10/2020

Planos e programas
(+ alterações relevantes)
Decisões estratégicas…
…que estabelecem um enquadramento
para futuras actividades…
…que é provável que tenham efeitos
ambientais significativos.

“Screening”:
QUE PLANOS/PROGRAMAS?

39
31/10/2020

 Artigo 3º n.º2. Sob reserva do


disposto no n.º 3, deve ser
efectuada uma avaliação ambiental
de todos os planos e programas:
 a) (…) que constituam
enquadramento para a futura
aprovação dos projectos
enumerados nos anexos I e II da
Directiva 85/337/CEE,
 ou

 Artigo 3º n.º2. Sob reserva do


disposto no n.º 3, deve ser
efectuada uma avaliação ambiental
de todos os planos e programas:
 a) (…) que constituam
enquadramento para a futura
aprovação dos projectos
enumerados nos anexos I e II da
Directiva 85/337/CEE

40
31/10/2020

Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho

5—Consideram-se enquadramento de
futuros projectos os planos e programas que
contenham disposições relevantes para a
subsequente tomada de decisões de
aprovação, nomeadamente respeitantes à
sua necessidade, dimensão, localização,
natureza ou condições de operação.

… todos os planos e programas

 b) Em relação aos quais,


atendendo aos seus eventuais
efeitos em sítios protegidos, tenha
sido determinado que é necessária
uma avaliação nos termos dos
artigos 6.º ou 7.º da Directiva
92/43/CEE.

41
31/10/2020

… todos os planos e programas

 b) Em relação aos quais,


atendendo aos seus eventuais
efeitos em sítios protegidos, tenha
sido determinado que é necessária
uma avaliação nos termos dos
artigos 6.º ou 7.º da Directiva
92/43/CEE.

… todos os planos e programas

 3. a) Que tenham sido preparados


para a agricultura, silvicultura,
pescas, energia, indústria,
transportes, gestão de resíduos,
gestão das águas,
telecomunicações, turismo,
ordenamento urbano e rural ou
utilização dos solos

42
31/10/2020

… todos os planos e programas

 3. a) Que tenham sido preparados


para a agricultura, silvicultura,
pescas, energia, indústria,
transportes, gestão de resíduos,
gestão das águas,
telecomunicações, turismo,
ordenamento urbano e rural ou
utilização dos solos

ANEXO II Critérios de determinação da


probabilidade de efeitos significativos a que se
refere o n.º 5 do artigo 3.º
1. As características dos PP, tomando em conta, nomeadamente:
— o grau em que o plano ou programa estabelece um quadro para os
projectos e outras actividades no que respeita à localização, natureza,
dimensão e condições de funcionamento ou pela afectação de
recursos,
— o grau em que o plano ou programa influencia outros planos e
programas, incluindo os inseridos numa hierarquia,
— a pertinência do plano ou programa para a integração de
considerações ambientais, em especial, com vista a promover o
desenvolvimento sustentável,
— os problemas ambientais pertinentes para o plano ou programa,
— a pertinência do plano ou programa para a implementação da
legislação comunitária em matéria do ambiente (por exemplo, planos e
programas associados à gestão de resíduos ou protecção dos
recursos hídricos).

43
31/10/2020

 2. Características dos impactos e da área susceptível de ser afectada


tomando em conta, em especial:
— a probabilidade, a duração, a frequência e a reversibilidade dos efeitos,
— a natureza cumulativa dos efeitos,
— a natureza transfronteiriça dos efeitos,
— os riscos para a saúde humana ou para o ambiente (por exemplo,
devido a acidentes),
— a dimensão e extensão espacial dos efeitos (área geográfica e
dimensão da população susceptível de ser afectada),
— o valor e vulnerabilidade da área susceptível de ser afectada devido
— às características naturais específicas ou ao património cultural,
— à ultrapassagem das normas ou valores-limite em matéria de qualidade
ambiental,
— à utilização intensiva do solo,
— os efeitos sobre as áreas ou paisagens com estatuto protegido a nível
nacional, comunitário ou internacional.

Lista de planos e programas


cuja submissão a AAE é obrigatória
+
Critérios para determinar a
relevância provável dos efeitos
=
Análise caso a caso para determinar se é
necessária uma avaliação
(Decreto-Lei n.º 232/2007 de 15 de Junho Artigo 3º
nº2 «Compete à entidade responsável pela
elaboração do plano ou programa averiguar se o
mesmo se encontra sujeito a avaliação ambiental»)
Em alguns Estados Membros: consulta pública

44
31/10/2020

OBJECTIVOS DA AAE

AAE Artigo 1

 A presente directiva tem por objectivo


estabelecer um nível elevado de
protecção do ambiente e contribuir para
a integração das considerações
ambientais na preparação e aprovação
de planos e programas, com vista a
promover um desenvolvimento
sustentável.

45
31/10/2020

IMPORTÂNCIA DA AAE

Importância da AAE (AAE ≈ AIA)


 1. Integração e ponderação dos valores
ambientais em todas as áreas de actividade
 2. Prevenção, redução ou compensação* de
quaisquer efeitos ambientais significativos
 3. Eficácia da protecção ambiental:
correspondência estrita e dinâmica entre
decisão e acção
 4. Democracia ambiental: informação e
participação

46
31/10/2020

AAE ≈ AIA (1)


Agricultura
Silvicultura
Pescas
Artigo 3 n.º2

Energia
Indústria
Transportes
Turismo

AAE ≈ AIA (1)


Agricultura Gestão de resíduos
Silvicultura Gestão das águas
Pescas Telecomunicações
Artigo 3 n.º2

Energia Conservação da natureza


Indústria Ordenamento urbano e
Transportes rural
Turismo Utilização dos solos

47
31/10/2020

(Outros)
 Saúde
 Protecção do consumidor
 Protecção civil
 Prevenção da criminalidade
 Segurança pública
 Cooperação para o desenvolvimento
 Ajuda humanitária
 Comércio internacional
 …

Importância da AAE (AAE ≈ AIA)


 1. Integração e ponderação dos valores
ambientais em todas as áreas de actividade
 2. Prevenção, redução ou compensação* de
quaisquer efeitos ambientais significativos
 3. Eficácia da protecção ambiental:
correspondência estrita e dinâmica entre
decisão e acção
 4. Democracia ambiental: informação e
participação

48
31/10/2020

AAE ≈ AIA (2)


1. Hierarquia dos objectivos
2. Eliminação* de impactes ambientais
significativos
DL nº232/2007 artigo 6º 1 f) Conteúdo do relatório
ambiental
Dir 2001/42 - Anexo I g) Conteúdo do relatório ambiental
 «As medidas previstas para prevenir, reduzir e,
tanto quanto possível, eliminar quaisquer efeitos
adversos significativos no ambiente resultantes da
aplicação do plano ou programa»
Compensar (es) Offset (en) Compenser (fr) Compensare (it)

Prevenir ou reduzir os impactos ambientais


Como?
Alternativas na AIA:
1. Natureza
2. Dimensão
3. Localização
+
4. Opção zero
Alternativas na AAE:

49
31/10/2020

 AAE: Artigo 5 Relatório ambiental

 1. Sempre que seja necessário proceder a uma avaliação


ambiental nos termos do n.o 1 do artigo 3.o, deve ser elaborado
um relatório ambiental no qual serão identificados, descritos e
avaliados os eventuais efeitos significativos no ambiente
resultantes da aplicação do plano ou programa e as suas
alternativas razoáveis que tenham em conta os objectivos e o
âmbito de aplicação territorial respectivos. As informações a
fornecer para o efeito constam do anexo I.
 Anexo I h) “Um resumo das razões que justificam as alternativas
escolhidas e uma descrição do modo como se procedeu à
avaliação, incluindo todas as dificuldades encontradas na
recolha das informações necessárias (como, por exemplo, as
deficiências técnicas ou a ausência de conhecimentos)”

Quais alternativas?
 Em alguns EM: linhas orientadoras nacionais sobre
a identificação e a escolha das alternativas
 Noutros EM: selecção casuística de “alternativas
razoáveis”

50
31/10/2020

Quais alternativas?
 Em alguns EM: linhas orientadoras nacionais
sobre a identificação e a escolha das alternativas
 Noutros EM: selecção casuística de “alternativas
razoáveis”
Ónus da prova de que não há alternativas cabe
ao EM (Caso C-239/04 de 26 de Outubro de 2006 - ZPE
de Castro Verde)
 Limites na selecção de alternativas:
a) Objectivos do plano ou programa
b) Âmbito geográfico do plano ou programa

Importância da AAE (AAE ≈ AIA)


 1. Integração e ponderação dos valores
ambientais em todas as áreas de
actividade
 2. Prevenção, redução ou
compensação* de quaisquer efeitos
ambientais significativos
 3. Eficácia da protecção ambiental:
correspondência estrita e dinâmica entre
decisão e acção
 4. Democracia ambiental: informação e
participação

51
31/10/2020

Artigo 10.º Controlo


 1. Os Estados-Membros controlarão os efeitos
significativos da execução de planos e
programas no ambiente a fim de, inter alia,
identificar atempadamente efeitos negativos
imprevistos e lhes permitir aplicar as medidas de
correcção adequadas.

AIA
 Art 2º L) «Monitorização»—processo de
observação e recolha sistemática de dados sobre
o estado do ambiente ou sobre os efeitos
ambientais de determinado projeto e descrição
periódica desses efeitos por meio de relatórios
com o objetivo de permitir a avaliação da eficácia
das medidas previstas na DIA e na decisão de
verificação de conformidade ambiental do projeto
de execução para evitar, minimizar ou compensar
os impactes ambientais significativos decorrentes
da execução do respetivo projeto;

52
31/10/2020

Importância da AAE (AAE ≈ AIA)

 1. Integração e ponderação dos valores


ambientais em todas as áreas de actividade
 2. Prevenção, redução ou compensação* de
quaisquer efeitos ambientais significativos
 3. Eficácia da protecção ambiental:
correspondência estrita e dinâmica entre
decisão e acção
 4. Democracia ambiental: informação e
participação

Transparência
Artigo 6 Consultas
 1. Deve ser facultado às autoridades a que se refere o
n.º 3 e ao público o projecto de plano ou programa e o
relatório ambiental elaborado nos termos do artigo 5.º.
Artigo 9 Informação sobre a decisão
 1. Ao aprovar um plano ou programa, os Estados-
Membros zelam por que as autoridades a que se
refere o n.o 3 do artigo 6.º, o público e todos os
Estados-Membros consultados nos termos do artigo
7.º sejam informados bem como lhe sejam facultados
os seguintes elementos (…)

53
31/10/2020

Participação Artigo 6º, n.º2


Deve ser dada às autoridades a que se refere o
n.º 3 e ao público a que se refere o n.º 4 a
possibilidade efectiva e atempada de, em
prazos adequados, apresentarem as suas
observações sobre o projecto de plano ou
programa e sobre o relatório ambiental de
acompanhamento antes da aprovação do plano ou
programa ou de o mesmo ser submetido ao
procedimento legislativo.
early con la debida à un stade tempestivamente
antelación précoce

Abertura
 Artigo 8 Tomada de decisão
 O relatório ambiental elaborado em conformidade
com o artigo 5.º, as observações apresentadas em
conformidade com o artigo 6.º e os resultados de
todas as consultas transfronteiriças realizadas em
conformidade com o artigo 7.º devem ser
tomados em consideração durante a preparação
e antes da aprovação do plano ou programa ou de
o mesmo ser submetido ao procedimento
legislativo.

54

Você também pode gostar