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EIA

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

Projeto APOLO UMIDADE NATURAL

VOLUME 1

INFORMAÇÕES GERAIS
ESTUDO DE ALTERNATIVAS
ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS
COLOCALIZADOS
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

AGOSTO 2021
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES GERAIS ...........................................................................................................................17

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................................................................. 17


1.2 JUSTIFICATIVA DO PROJETO APOLO ..................................................................................................... 17
1.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO.......................................................................................................... 20
1.4 ANTECEDENTES HISTÓRICOS................................................................................................................ 22
1.5 HISTÓRICO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO ..................................................................... 22

2 ESTUDO DE ALTERNATIVAS ....................................................................................................................25

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................................... 25


2.2 ESTUDO DE ALTERNATIVAS - EIA DE 2009 E DESDOBRAMENTOS ......................................................... 41
2.2.1 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS .......................................................................................................... 41
2.2.1.1 Sistema de Captação de Água eE Disposição de Rejeitos ........................................................................41
2.2.1.2 Alternativas Locacionais das Pilhas de Disposição de Estéril – PDEs .......................................................43
2.2.1.3 Alternativas Locacionais da Usina de Beneficiamento ............................................................................47
2.2.1.4 Redução nas Áreas Total e de Interferência em Área Natural ................................................................50
2.2.1.5 Considerações Finais ...............................................................................................................................50
2.2.2 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS ....................................................................................................... 52
2.2.2.1 Processo de Beneficiamento do Minério ................................................................................................52
2.2.2.2 Demanda de Água Nova para a Planta ....................................................................................................52
2.2.2.3 Soluções para a Melhoria do Sistema de Contenção de Sedimentos......................................................53
2.2.2.4 Alteração na Tecnologia do Transporte de ROM ....................................................................................59
2.2.3 ALTERNATIVAS DE LOGÍSTICA .......................................................................................................... 60

3 ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS ......................................................................................................62

3.1 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE ...................................................................................................... 62


3.1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 62
3.2 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA ........................................................................................................ 63
3.2.1 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PARA O PROJETO ....................................................................... 64
3.3 OBRIGAÇÕES JURÍDICAS ....................................................................................................................... 65
3.4 RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL ................................................................................................ 66
3.5 ASPECTOS LEGAIS MINERÁRIOS ........................................................................................................... 67
3.5.1 ANM (DIREITO MINERAL E MEIO AMBIENTE) .................................................................................. 67
3.6 NORMAS AMBIENTAIS MINERÁRIAS DE DESTAQUE............................................................................. 68
3.6.1 RESÍDUOS (PILHA DE ESTÉRIL) ......................................................................................................... 68
3.7 NORMAS REGULADORAS DE MINERAÇÃO - NRM E MEIO AMBIENTAL ................................................ 69
3.7.1 ESTRUTURAS DA ATIVIDADE MINERÁRIA E LICENCIAMENTO AMBIENTAL ..................................... 70
3.8 LICENCIAMENTO AMBIENTAL .............................................................................................................. 73
3.8.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................................................. 73
3.8.2 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO,
PROCEDIMENTOS INERENTES E TEMAS CORRELATOS .................................................................................. 75
3.8.3 ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO - ZEE ............................................................................... 81
3.9 PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES JURÍDICAS .................................................................................................... 82
3.9.1 PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO (PRÉ-OPERAÇÃO) ...................................................................... 82
3.9.2 OPERAÇÃO ....................................................................................................................................... 93
3.10 RECURSOS HÍDRICOS ................................................................................................................................. 95

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | ii


3.10.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................. 95
3.10.2 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA ............................................................................................... 98
3.10.2.1 Competência Administrativa para o Projeto ...........................................................................................98
3.11 OBRIGAÇÕES JURÍDICAS ..................................................................................................................... 101
3.11.1 PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO (PRÉ-OPERAÇÃO)................................................................ 101
3.11.2 OPERAÇÃO................................................................................................................................. 102
3.12 OUTROS TEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES ....................................................................................... 105
3.12.1 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ........................................................................................................ 105
3.12.2 RUÍDO AMBIENTAL E VIBRAÇÃO ............................................................................................... 106
3.12.3 RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................................................................................... 107
3.12.4 VEGETAÇÃO NATIVA.................................................................................................................. 110
3.12.4.1 Considerações Gerais ............................................................................................................................110
3.12.4.2 Bioma Protegido - Mata Atlântica .........................................................................................................110
3.12.4.3 Compensação Florestal .........................................................................................................................111
3.12.4.4 ESPÉCIES IMUNES DE CORTE .................................................................................................................112
3.12.5 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES (APP) ....................................................................... 113
3.12.6 RESERVA LEGAL ......................................................................................................................... 114
3.12.7 CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR ........................................................................................ 115
3.12.8 ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO, UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO DE
BENEFÍCIOS DA BIODIVERSIDADE E RESERVAS DA BIOSFERA ..................................................................... 116
3.12.9 FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA ............................................................................................... 117
3.12.9.1 CITES......................................................................................................................................................118
3.12.10 RECURSOS PESQUEIROS (PESCA COMERCIAL, DE SUBSISTÊNCIA, ORNAMENTAL E ESPORTIVA) ....
................................................................................................................................................... 119
3.12.11 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................ 120
3.12.12 NORMATIVAS GERAIS MUNICIPAIS ........................................................................................... 121
3.12.12.1 Licenciamento Ambiental .................................................................................................................121

4 COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS COLOCALIZADOS ......................124

4.1 ESFERA FEDERAL ................................................................................................................................ 125


4.1.1 PLANO NACIONAL DE MINERAÇÃO ............................................................................................... 125
4.1.2 PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS .................................................................................. 126
4.1.3 PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA HÍDRICA ................................................................................. 128
4.1.4 PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................................................................... 131
4.2 ESFERA ESTADUAL .............................................................................................................................. 132
4.2.1 PLANO ESTADUAL DA MINERAÇÃO ............................................................................................... 132
4.2.2 PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS .................................................................................. 133
4.2.3 PLANO MINEIRO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ................................................................. 134
4.2.4 PLANO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO EM MINAS GERAIS
....................................................................................................................................................... 135
4.3 ESFERA REGIONAL .............................................................................................................................. 136
4.3.1 PDRH VELHAS................................................................................................................................. 138
4.3.2 REVITALIZA VELHAS ....................................................................................................................... 140
4.3.3 PPA VELHAS ................................................................................................................................... 141
4.3.4 PARH PIRACICABA .......................................................................................................................... 142
4.3.5 PITE Piracicaba .............................................................................................................................. 143

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | iii


4.3.6 PAP PIRACICABA ............................................................................................................................ 144
4.3.7 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO
HORIZONTE ................................................................................................................................................. 145
4.4 ESFERA MUNICIPAL ............................................................................................................................ 148
4.4.1 ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO (ZEE-MG) ..................................................................... 148
4.4.2 PLANO DIRETOR DE CAETÉ ............................................................................................................ 153
4.4.3 PLANO DIRETOR DE SANTA BÁRBARA ........................................................................................... 156
4.4.4 COMUNIDADES INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E TRADICIONAIS ...................................................... 160
4.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 161

5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...........................................................................................164

5.1 ETAPA DE PLANEJAMENTO ................................................................................................................ 166


5.2 ETAPA DE IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................... 167
5.2.1 ACESSOS AO EMPREENDIMENTO .................................................................................................. 169
5.2.1.1 Acessos externos para Equipamentos e Materiais para as obras..........................................................169
5.2.1.2 Acessos Externos para o Transporte da Mão de Obra ..........................................................................170
5.2.1.3 Acessos Internos ...................................................................................................................................174
5.2.1.4 Tipos de Pavimento ...............................................................................................................................177
5.2.1.5 Projeto Geométrico do Sistema Viário ..................................................................................................178
5.2.1.6 Viaduto no Acesso Norte Barão sobre a Ferrovia EFVM .......................................................................179
5.2.1.7 Projeto de Drenagem Superficial dos Acessos ......................................................................................179
5.2.2 PORTARIAS ..................................................................................................................................... 183
5.2.3 MOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA NA IMPLANTAÇÃO ................................................................... 184
5.2.4 CONSTRUÇÃO ................................................................................................................................ 184
5.2.5 MOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS NA INSTALAÇÃO .................................................................... 187
5.2.6 INSUMOS NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO ........................................................................................ 190
5.2.6.1 Materiais para as Obras ........................................................................................................................190
5.2.6.2 Concreto ................................................................................................................................................190
5.2.6.3 CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado à Quente) .................................................................................191
5.2.6.4 Combustível na Etapa de implantação ..................................................................................................191
5.2.6.5 Água Bruta e Água Potável na Etapa de implantação ...........................................................................192
5.2.6.6 Energia Elétrica......................................................................................................................................194
5.2.7 INFRAESTRUTURA DE APOIO À IMPLANTAÇÃO ............................................................................. 196
5.2.7.1 Canteiros de Obras ................................................................................................................................196
5.2.7.2 Áreas para estocagem de insumos e equipamentos .............................................................................204
5.2.7.3 Alojamento ............................................................................................................................................204
5.2.7.4 Instalações de apoio ..............................................................................................................................206
5.2.7.5 Paióis de Explosivos e Acessórios ..........................................................................................................208
5.2.7.6 Sistema de Telecomunicação ................................................................................................................211
5.2.8 SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO .......................................................................................................... 212
5.2.8.1 Áreas de Estocagem de Material Lenhoso ............................................................................................214
5.2.8.2 Áreas de Estocagem de Topsoil .............................................................................................................214
5.2.9 TERRAPLENAGEM .......................................................................................................................... 214
5.2.9.1 Balanço de Massa ..................................................................................................................................214
5.2.9.2 Áreas de disposição de material excedente (ADMEs) ...........................................................................216
5.2.10 OBRAS CIVIS E MONTAGEM ELETROMECÂNICA ....................................................................... 217

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | iv


5.2.11 DESENVOLVIMENTO DA MINA (Pre-stripping) .......................................................................... 217
5.2.12 IMPLANTAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL A ..................................................................................... 219
5.2.12.1 Descrição Geral da Estrutura .................................................................................................................219
5.2.12.2 Análise de Estabilidade da PDE A ..........................................................................................................219
5.2.12.3 Tratamento de Fundação ......................................................................................................................222
5.2.12.4 Drenagem Interna da PDE A ..................................................................................................................222
5.2.12.5 Estudos Hidrológicos .............................................................................................................................227
5.2.12.6 Caracterização Climática .......................................................................................................................227
5.2.12.7 Chuva de Projeto - Estudo de Chuvas Intensas .....................................................................................231
5.2.12.8 Sistema de Drenagem Superficial - PDE A .............................................................................................231
5.2.12.9 Instrumentação da PDE A ......................................................................................................................239
5.2.13 ESTRUTURA DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ......................................................................... 241
5.2.13.1 Dique 2a e Sump 2a-I ............................................................................................................................241
5.2.13.2 DIQUE 2B E SUMP 2B-I DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ....................................................................245
5.2.14 RAMAL FERROVIÁRIO ................................................................................................................ 248
5.2.14.1 Características Geométricas ..................................................................................................................249
5.2.14.2 Seções Transversais Típicas ...................................................................................................................249
5.2.14.3 Atividades da Implantação do Ramal Ferroviário ..................................................................................250
5.2.14.4 Interferência em Infraestrutura Existente .............................................................................................257
5.2.14.5 Passagem Inferior ..................................................................................................................................257
5.2.15 SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL NA IMPLANTAÇÃO ........................................................ 258
5.2.15.1 Controle de Sedimentos ........................................................................................................................258
5.2.15.2 Sistemas de Drenagem e de Contenção de Sedimentos do Ramal Ferroviário .....................................270
5.2.15.3 Controle de Resíduos Sólidos ................................................................................................................273
5.2.15.4 Controle de Efluentes Líquidos .............................................................................................................279
5.2.15.5 Controle de Emissões Atmosféricas ......................................................................................................282
5.2.15.6 Ruídos e Vibrações ................................................................................................................................282
5.2.16 DESMOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA NA IMPLANTAÇÃO ......................................................... 283
5.3 ETAPA DE OPERAÇÃO ......................................................................................................................... 284
5.3.1 MOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA NA OPERAÇÃO.......................................................................... 284
5.3.2 LAVRA ............................................................................................................................................ 285
5.3.2.1 Escavação, Carregamento e Transporte ................................................................................................288
5.3.2.2 Equipamentos da Mina .........................................................................................................................289
5.3.2.3 Acessos Internos para tráfego de Caminhões Fora de Estrada .............................................................290
5.3.2.4 Rebaixamento De Água Subterrânea ....................................................................................................290
5.3.2.5 Sistema de Drenagem Superficial da Cava ............................................................................................297
5.3.3 DIQUE 1A DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ................................................................................. 323
5.3.3.1 Características Gerais ............................................................................................................................323
5.3.3.2 Estudo Hidrossedimentológico .............................................................................................................323
5.3.3.3 Descrição Geral das Estruturas ..............................................................................................................324
5.3.3.4 Acesso de Manutenção .........................................................................................................................329
5.3.4 DIQUE 3 DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ................................................................................... 329
5.3.4.1 Características Gerais ............................................................................................................................329
5.3.4.2 Estudo Hidrossedimentológico .............................................................................................................330
5.3.4.3 Descrição Geral das Estruturas ..............................................................................................................330
5.3.4.4 Acessos para Manutenção ....................................................................................................................334

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | v


5.3.5 OPERAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL A ............................................................................................... 334
5.3.5.1 Estruturas de Controle Ambiental para a PDE A ...................................................................................335
5.3.6 ImplantaÇÃO E OPERAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL B ...................................................................... 335
5.3.6.1 Descrição Geral da Estrutura .................................................................................................................335
5.3.6.2 Análise de Estabilidade da PDE B ..........................................................................................................336
5.3.6.3 Sistema de Drenagem Superficial da PDE B ..........................................................................................342
5.3.6.4 Instrumentação da PDE B ......................................................................................................................346
5.3.6.5 Sequência Construtiva da PDE B ...........................................................................................................347
5.3.6.6 Acesso construtivo da PDE B .................................................................................................................348
5.3.6.7 Operação da PDE B ................................................................................................................................348
5.3.7 BENEFICIAMENTO .......................................................................................................................... 348
5.3.7.1 Britagem Primária e Secundária ............................................................................................................350
5.3.7.2 TCLD ......................................................................................................................................................350
5.3.7.3 Britagem Terciária e Peneiramento ......................................................................................................352
5.3.7.4 Carregamento e Transporte do Produto Final.......................................................................................353
5.3.8 OPERAÇÃO DO RAMAL FERROVIÁRIO ........................................................................................... 353
5.3.8.1 Controle Operacional ............................................................................................................................354
5.3.8.2 Atividades de Manutenção ...................................................................................................................354
5.3.9 OPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE APOIO ....................................................................................... 356
5.3.9.1 Canteiro de Instalação da PDE B ...........................................................................................................357
5.3.9.2 Conjunto de Estruturas de Apoio a Manutenção de Equipamentos de Mina .......................................358
5.3.9.3 Posto de Abastecimento de Veículos Pesados ......................................................................................367
5.3.9.4 Posto de Abastecimento de Veículos Leves ..........................................................................................370
5.3.9.5 Central de Afiação / Bits ........................................................................................................................370
5.3.9.6 Box Caminhão Comboio ........................................................................................................................370
5.3.9.7 Estruturas de Apoio Administrativo no Platô da Mina ..........................................................................370
5.3.9.8 Galpão de Kanban e Vulcanização.........................................................................................................372
5.3.9.9 Estruturas de Apoio Administrativo no Platô da Usina .........................................................................373
5.3.10 INSUMOS NA ETAPA DE OPERAÇÃO.......................................................................................... 375
5.3.10.1 Aglomerante, Explosivos, Combustível, Lubrificantes/ Graxa ...............................................................376
5.3.10.2 Energia elétrica na operação .................................................................................................................376
5.3.10.3 Água na Operação .................................................................................................................................376
5.3.11 SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL NA OPERAÇÃO .............................................................. 379
5.3.11.1 Controle dos Resíduos Sólidos ..............................................................................................................379
5.3.11.2 Controle de Efluentes líquidos ..............................................................................................................383
5.3.11.3 Controle de Sedimentos Carreados pelas Águas Pluviais ......................................................................385
5.3.11.4 Controle de Emissões Atmosféricas ......................................................................................................387
5.3.11.5 Ruídos e Vibração ..................................................................................................................................389
5.3.11.6 Sistemas de Controle Ambiental do Ramal Ferroviário .........................................................................390
5.3.11.7 Sistema de Combate à Incêndio ............................................................................................................391
5.4 ETAPA DE DESATIVAÇÃO .................................................................................................................... 392
5.4.1 DIRETRIZES PARA DESCOMISSIONAMENTO E MONITORAMENTO ................................................ 393
5.4.2 ATIVIDADES DE FECHAMENTO ...................................................................................................... 394
5.4.3 PROPOSTA DE USO FUTURO .......................................................................................................... 399
5.4.4 CRONOGRAMA .............................................................................................................................. 402
5.5 INFORMAÇÕES PARA O CÁLCULO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ................................................... 402

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | vi


5.6 INFORMAÇÕES SOBRE TÍTULOS MINERÁRIOS, PROPRIEDADES E ÁREAS DE RESERVA LEGAL ............ 403
5.6.1 TÍTULOS MINERÁRIOS - DNPM ...................................................................................................... 403
5.6.2 PROPRIEDADES AFETADAS E STATUS DAS AQUISIÇÕES ................................................................ 405
5.6.3 RESERVA LEGAL ............................................................................................................................. 407
5.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 409

VOLUME DE ANEXOS:
ANEXO I – PLANO DIRETOR IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO

ANEXO II – PLANTAS, CORTES E DETALHES DO PROJETO DE ENGENHARIA

ANEXO III – ARRANJOS INFRAESTRUTURA DE APOIO

ANEXO IV – PROJETOS PILHAS DE DEPOSIÇÃO DE ESTÉRIL

ANEXO V – PROJETOS SISTEMA DE CONTROLE DE SEDIMENTOS (DIQUES E SUMPS),


ESTUDO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO E DE RUPTURA HIPOTÉTICA DOS
DIQUES

ANEXO VI – PLANTAS, CORTES E DETALHES DO PROJETO DE ENGENHARIA - RAMAL


FERROVIÁRIO

ANEXO VII LAVRA CONTROLADA PARA CAVIDADES

ANEXO VIII – SISTEMA DE COMBATE À INCÊNDIO

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | vii


LISTA DE TABELA
TABELA 2-1: COMPARAÇÃO ENTRE PARÂMETROS AMBIENTAIS – ARRANJOS DO PROJETO APOLO 2009 E 2020 ........................... 30
TABELA 2-2: REDUÇÃO (2009 X 2020) DE ÁREAS E NATURAIS AFETADAS PELO PROJETO.......................................................... 50
TABELA 2-3: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIQUES DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ASSOCIADOS ÀS PDES – ARRANJO 2009........ 53
TABELA 2-4: CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIQUES DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS ASSOCIADOS ÀS PDES E ESTRUTURAS– ARRANJO
2020 .............................................................................................................................................................. 53
TABELA 3-1: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS ............................................................................................... 67
TABELA 3-2: NRM X PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES ............................................................................................................... 69
TABELA 3-3: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS – ATIVIDADE MINERÁRIA ............................................................ 71
TABELA 3-4: RESUMO DAS COMPETÊNCIAS NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO ....................................................................... 76
TABELA 3-5: RESOLUÇÃO SEMAD 2.890 PARA AS AÇÕES RELATIVAS À EXECUÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ...................... 79
TABELA 3-6: INTERESSES FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS APLICÁVEIS - ZEE .................................................................... 82
TABELA 3-7: TABELA RESUMO CONTENDO AS PRINCIPAIS NORMAS REFERENTE AO PATRIMÔNIO CULTURAL................................. 87
TABELA 3-8: TABELA RESUMO L- OBRIGAÇÕES JURIDICAS .................................................................................................. 90
TABELA 3-9: TEMAS UCS - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO .................................................................................................. 92
TABELA 3-10: TABELA RESUMO – OBRIGAÇÕES JURÍDICAS................................................................................................. 93
TABELA 3-11: PONTOS RELATIVOS PARA CADA INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS .......................... 97
TABELA 3-12: TABELA RESUMO - COMITÊS DE BACIA E AGÊNCIAS DE ÁGUAS ...................................................................... 100
TABELA 3-13: TABELA RESUMO – OBRIGACÕES JURIDICAS............................................................................................... 103
TABELA 3-14: TABELA RESUMO – EMISSÕES ATMOSFÉRICAS – QUALIDADE DO AR ............................................................... 105
TABELA 3-15: TABELA RESUMO – RUÍDO E VIBRACÃO .................................................................................................... 106
TABELA 3-16: TABELA RESUMO - RESÍDUOS.................................................................................................................. 108
TABELA 3-17: RESUMO DAS NORMAS PERTINENTES – VEGETAÇÃO NATIVA ........................................................................ 111
TABELA 3-18: TABELA RESUMO – COMPENSAÇÃO FLORESTAL .......................................................................................... 112
TABELA 3-19: TABELA RESUMO – ESPÉCIES IMUNES DE CORTE ......................................................................................... 113
TABELA 3-20: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS .......................................................................................... 114
TABELA 3-21: TABELA RESUMO – RESERVA LEGAL E CAR ................................................................................................ 115
TABELA 3-22: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS .......................................................................................... 117
TABELA 3-23: INSTITUIÇÕES RESPONSÁVEIS – FAUNA AQUÁTICA ....................................................................................... 118
TABELA 3-24: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS – FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA............................................. 118
TABELA 3-25: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS - PESCA ............................................................................... 120
TABELA 3-26: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS – EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................................................... 121
TABELA 3-27: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS MUNICIPAIS– SANTA BÁRBARA ................................................ 122
TABELA 3-28: TABELA RESUMO COM AS PRINCIPAIS NORMAS MUNICIPAIS - CAETÉ .............................................................. 123
TABELA 5-1: CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO APOLO .............................................. 168
TABELA 5-2: ESTIMATIVA DE VEÍCULOS NOS ACESSOS NORTE BARÃO E NORTE CAETÉ ATÉ O 15º MÊS DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
APOLO (FONTE: VALE, 2020) ............................................................................................................................ 172
TABELA 5-3: TIPOS DE PAVIMENTOS ............................................................................................................................ 177
TABELA 5-4: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DO CANAL DE PROTEÇÃO DA MATA. .............................................. 182
TABELA 5-5: VOLUMES CARACTERÍSTICOS DO RESERVATÓRIO. .......................................................................................... 182
TABELA 5-6: TEMPO DE QUEDA DAS PARTÍCULAS SÓLIDAS. .............................................................................................. 183
TABELA 5-7: TEMPO DE RESIDÊNCIA DA CHEIA DE TR 2 ANOS E DURAÇÃO 24 HORAS. .......................................................... 183
TABELA 5-8: EQUIPAMENTOS PREVISTOS PARA A ETAPA DE IMPLANTAÇÃO .......................................................................... 188
TABELA 5-9: ESTIMATIVA DOS MATERIAIS E INSUMOS PREVISTOS PARA A ETAPA DE IMPLANTAÇÃO. .......................................... 190

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | viii


TABELA 5-10: ESTIMATIVAS DE DEMANDA DE ÁGUA NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO. ................................................................ 192
TABELA 5-11: EDIFICAÇÕES ATENDIDAS PELAS ETA DA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO. ................................................................. 194
TABELA 5-12: SUBESTAÇÕES SECUNDÁRIAS PREVISTAS PARA O PROJETO APOLO. ................................................................. 195
TABELA 5-13: DISTÂNCIAS PARA INSTALAÇÃO DO DEPÓSITO DE ACESSÓRIOS INICIADORES....................................................... 210
TABELA 5-14: DISTÂNCIAS PARA INSTALAÇÃO DO DEPÓSITO DE EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS EXPLOSIVOS..................................... 211
TABELA 5-15: BALANÇO DE MASSA DA TERRAPLENAGEM E LOCAIS DE DISPOSIÇÃO DOS EXCEDENTES. ..................................... 215
TABELA 5-16: EQUIPAMENTOS PREVISTOS NO DESENVOLVIMENTO DA MINA. ..................................................................... 218
TABELA 5-17: RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DA PILHA DE ESTÉRIL PDE A..................................................... 219
TABELA 5-18: CARACTERÍSTICAS GERAIS – PDE A. ......................................................................................................... 220
TABELA 5-19: BALANÇO HÍDRICO APLICADO NA ÁREA DA PDE A (MM)............................................................................... 224
TABELA 5-20: BALANÇO HÍDRICO APLICADO NAS ÁREAS NATURAIS (MM). ........................................................................... 224
TABELA 5-21: VAZÕES NOMINAIS DE PROJETO PARA OS DRENOS DE FUNDO. ........................................................................ 225
TABELA 5-22: SEÇÃO DOS DRENOS DE FUNDO DA PDE-A. ............................................................................................... 226
TABELA 5-23: QUANTIS DE ALTURA DE CHUVA (MM) – PERÍODO CHUVOSO ........................................................................ 231
TABELA 5-24: COEFICIENTE DE RUGOSIDADE PARA CANAIS ARTIFICIAIS*.............................................................................. 234
TABELA 5-25: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS BERMAS........................................................................... 237
TABELA 5-26: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS CANALETAS DE TOPO – PDE A ............................................. 237
TABELA 5-27: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS CANALETAS DE ACESSO – PDE A........................................... 238
TABELA 5-28: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS PERIFÉRICOS – PDE A.............................................. 238
TABELA 5-29: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO - SKIMMING FLOW (PDE A) ...................................................... 238
TABELA 5-30: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS BUEIROS – PDE A ............................................................. 239
TABELA 5-31: TIPOS DE INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO/RESPECTIVA POSIÇÃO – PDE A ............................................... 240
TABELA 5-32: CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DIQUE 2A. .................................................................................................. 242
TABELA 5-33: CARACTERÍSTICAS GERAIS – DIQUE 2B E SUMP 2B-I. .................................................................................. 245
TABELA 5-34: ESTIMATIVA DE MATERIAL A SER UTILIZADO POR QUILÔMETRO DE FERROVIA IMPLANTADA. ................................. 251
TABELA 5-35: AMV A SEREM INSTALADOS NO RAMAL FERROVIÁRIO. ................................................................................ 253
TABELA 5-36: ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO POR SUB-BACIA EM ESTUDO. ................................................................................ 261
TABELA 5-37: RESÍDUOS A SEREM GERADOS NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO. .......................................................................... 273
TABELA 5-38: QUANTIDADES ESTIMADAS DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................................................... 279
TABELA 5-39: LOCALIZAÇÃO DAS ETE COMPACTAS DURANTE A ETAPA DE IMPLANTAÇÃO ....................................................... 279
TABELA 5-40: ESTRUTURAS ATENDIDAS PELAS ETEO DURANTE A ETAPA DE IMPLANTAÇÃO ..................................................... 281
TABELA 5-41: EFETIVO DE MO DA OPERAÇÃO ............................................................................................................... 284
TABELA 5-42: VOLUMES DE MINÉRIO E DE MATERIAL ESTÉRIL PREVISTOS PARA A VIDA ÚTIL DO EMPREENDIMENTO. ..................... 286
TABELA 5-43: SEQUÊNCIAMENTO DO ESTÉRIL POR GRUPO ............................................................................................... 288
TABELA 5-44: EQUIPAMENTOS PARA OPERAÇÃO DA MINA. ............................................................................................. 289
TABELA 5-45: VAZÃO DE DESAGUAMENTO FUTURO E APROFUNDAMENTO POR PIT ................................................................ 292
TABELA 5-46: RESUMO DOS IMPACTOS SIMULADOS NOS CURSOS D’ÁGUA X VAZÕES DE DESAGUAMENTO (M3/H) ...................... 295
TABELA 5-47: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 1º ANO. ............................................................................................ 301
TABELA 5-48: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 2º ANO. ............................................................................................ 301
TABELA 5-49: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 3º ANO. ............................................................................................ 302
TABELA 5-50: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 4º ANO. ............................................................................................ 302
TABELA 5-51: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 10º ANO. .......................................................................................... 302
TABELA 5-52: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 20º ANO. .......................................................................................... 303
TABELA 5-53: CÁLCULO DAS VAZÕES DE PROJETO – 29º ANO. .......................................................................................... 304
TABELA 5-54: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS BERMAS........................................................................... 307
TABELA 5-55: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 1º ANO. ............................................. 308

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | ix


TABELA 5-56: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 2º ANO. ............................................. 308
TABELA 5-57: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 3º ANO. ............................................. 309
TABELA 5-58: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 4º ANO. ............................................. 309
TABELA 5-59: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 10º ANO. ........................................... 309
TABELA 5-60: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 20º ANO. ........................................... 309
TABELA 5-61: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – 29º ANO. ........................................... 310
TABELA 5-62: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 1º ANO. ......................................... 311
TABELA 5-63: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 2º ANO. ........................................ 312
TABELA 5-64: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 3º ANO. ........................................ 312
TABELA 5-65: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 4º ANO. ........................................ 312
TABELA 5-66: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 10º ANO. ...................................... 312
TABELA 5-67: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 20º ANO. ...................................... 313
TABELA 5-68: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS DE DRENAGEM – 29º ANO. ....................................... 314
TABELA 5-69: DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS TRANSPOSIÇÕES TUBULARES– 1º ANO. .................................................. 316
TABELA 5-70: DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS TRANSPOSIÇÕES TUBULARES– 2º ANO. .................................................. 316
TABELA 5-71: DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS TRANSPOSIÇÕES TUBULARES– 3º ANO. .................................................. 316
TABELA 5-72: DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS TRANSPOSIÇÕES TUBULARES– 10º ANO. ................................................ 316
TABELA 5-73: DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS TRANSPOSIÇÕES TUBULARES– 20º ANO. ................................................ 316
TABELA 5-74: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 1º ANO. .................................................................. 317
TABELA 5-75: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 2º ANO. .................................................................. 317
TABELA 5-76: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 3º ANO. .................................................................. 317
TABELA 5-77: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 4º ANO. .................................................................. 317
TABELA 5-78: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 10º ANO. ................................................................ 317
TABELA 5-79: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 20º ANO. ................................................................ 318
TABELA 5-80: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS SUMPS PROPOSTOS. – 29º ANO. ................................................................ 318
TABELA 5-81:SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS – 1º ANO. .................................................. 319
TABELA 5-82: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS – 2º ANO. ................................................. 319
TABELA 5-83: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS – 3º ANO. ................................................. 319
TABELA 5-84: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS – 4º ANO. ................................................. 319
TABELA 5-85: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS – 10º ANO. ............................................... 320
TABELA 5-86: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS – 20º ANO. ............................................... 320
TABELA 5-87: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS. – 29º ANO. .............................................. 320
TABELA 5-88: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (1º ANO). ....................................... 321
TABELA 5-89: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (2º ANO). ....................................... 321
TABELA 5-90: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (3º ANO). ....................................... 321
TABELA 5-91: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (4º ANO). ....................................... 321
TABELA 5-92: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (10º ANO). ..................................... 322
TABELA 5-93: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (20º ANO). ..................................... 322
TABELA 5-94: VAZÃO DE BOMBEAMENTO PARA O PERÍODO DE ESGOTAMENTO DE 3 DIAS (29º ANO). ..................................... 322
TABELA 5-95: VOLUMES CARACTERÍSTICOS DOS RESERVATÓRIOS. ..................................................................................... 324
TABELA 5-96: CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ESTRUTURAS............................................................................................... 325
TABELA 5-97: COTAS E DIMENSÕES DO EMBOQUE DOS SISTEMAS EXTRAVASORES.ª ............................................................... 327
TABELA 5-98: VOLUMES CARACTERÍSTICOS DOS RESERVATÓRIOS. ..................................................................................... 330
TABELA 5-99: CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ESTRUTURAS............................................................................................... 331
TABELA 5-100: RELAÇÃO COTA X DESCARGA DO EXTRAVASOR DO DIQUE 3 ........................................................................ 332
TABELA 5-101: CARACTERÍSTICAS GERAIS – PDE B. ....................................................................................................... 336

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | x


TABELA 5-102: CARACTERÍSTICAS GERAIS – PDE B. ....................................................................................................... 336
TABELA 5-103: BALANÇO HÍDRICO PARA CÁLCULO DA RECARGA (TERRENO NATURAL) – R1 .................................................... 340
TABELA 5-104: BALANÇO HÍDRICO PARA CÁLCULO DA RECARGA (PILHA) – R2 ...................................................................... 340
TABELA 5-105: VAZÕES DE PROJETO PARA DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS DE FUNDO ....................................................... 341
TABELA 5-106: SEÇÃO DOS DRENOS DE FUNDO DA PDE B. .............................................................................................. 342
TABELA 5-107: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS BERMAS......................................................................... 343
TABELA 5-108: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS CANALETAS DE TOPO – PDE B ........................................... 344
TABELA 5-109: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS CANALETAS DE ACESSO – PDE B ......................................... 344
TABELA 5-110: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS DESCIDAS DE ÁGUA – PDE - B............................................ 345
TABELA 5-111: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS CANAIS PERIFÉRICOS – PDE – B. ........................................ 345
TABELA 5-112: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO - SKIMMING FLOW (PDE B) .................................................... 346
TABELA 5-113: SÍNTESE DO DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS BUEIROS – PDE – B ........................................................ 346
TABELA 5-114: TIPOS DE INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO/RESPECTIVA POSIÇÃO – PDE B ............................................. 347
TABELA 5-115: ESTRUTURAS QUE COMPÕEM O CANTEIRO DE APOIO PDE B. ...................................................................... 357
TABELA 5-116: CONSUMO ANUAL DE INSUMOS DIVERSOS............................................................................................... 376
TABELA 5-117: ESTIMATIVAS DE DEMANDA DE ÁGUA NA ETAPA DE OPERAÇÃO POR PONTO DE CAPTAÇÃO. ................................ 377
TABELA 5-118: VAZÕES DE ÁGUA SUBTERRÂNEA DO DESAGUAMENTO DA CAVA PREVISTAS PARA USO (HIDROVIA, 2021) ............ 377
TABELA 5-119: CLASSIFICAÇÃO, TIPOS DE ESTOCAGEM E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS. ........................................................... 380
TABELA 5-120: RESUMO DAS ATIVIDADES PARA DESCOMISSIONAMENTO PARA A CAVA DO PROJETO APOLO. ............................. 396
TABELA 5-121: RESUMO DAS ATIVIDADES PARA DESCOMISSIONAMENTO DAS PILHAS DE ESTÉRIL DO PROJETO APOLO. ................. 396
TABELA 5-122: ATIVIDADES PARA DESCOMISSIONAMENTO PARA O SISTEMA DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS DO PROJETO APOLO. 397
TABELA 5-123: ATIVIDADES PARA DESCOMISSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E INFRAESTRUTURA DO PROJETO APOLO.
.................................................................................................................................................................... 398
TABELA 5-124: MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO NO PÓS-FECHAMENTO. ....................................................................... 398
TABELA 5-125: ATRIBUTOS DO MEIO FÍSICO, BIÓTICO E SOCIOECONÔMICO........................................................................ 399
TABELA 5-126: TÍTULOS MINERÁRIOS DO PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL................................................................... 403

LISTA DE FIGURA
FIGURA 1-1: INSERÇÃO DO PROJETO APOLO E DE OUTROS EMPREENDIMENTOS MINERÁRIOS NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO .......... 19
FIGURA 1-2: LOCALIZAÇÃO DO PROJETO APOLO - UMIDADE NATURAL ................................................................................. 21
FIGURA 2-1: RESTRIÇÕES DE USO DO TERRITÓRIO – ARRANJO 2009. ................................................................................... 28
FIGURA 2-2: RESTRIÇÕES DE USO DO TERRITÓRIO – ARRANJO 2020 .................................................................................... 29
FIGURA 2-3: PARÂMETROS – ARRANJOS 2009 E 2020 (FLS 1/9) ..................................................................................... 32
FIGURA 2-4: ARRANJOS PREVISTOS PARA A PDE A ........................................................................................................... 45
FIGURA 2-5: ARRANJOS PREVISTOS PARA A PDE B ........................................................................................................... 46
FIGURA 2-6: ARRANJOS PREVISTOS PARA A USINA E PERA .................................................................................................. 49
FIGURA 2-7: ESQUEMA DEMONSTRADO A DRAGAGEM DA CORTINA PARA O CASO DE ACÚMULO DE LODO NO FUNDO. ................... 58
FIGURA 2-8: ARRANJO DAS SOLUÇÕES ANALISADAS PARA REDUÇÃO DA TURBIDEZ NO PROJETO APOLO. ...................................... 59
FIGURA 4-1: OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PNM – 2030. .............................................................................................. 126
FIGURA 4-2: ÍNDICE DE SEGURANÇA HÍDRICA NOS MUNICÍPIOS DE CAETÉ E SANTA BÁRBARA, INTERCEPTADOS PELO
EMPREENDIMENTO; E RAPOSOS, RIO ACIMA E BARÃO DE COCAIS, LOCALIZADOS NO ENTORNO. ...................................... 130
FIGURA 4-3: INSERÇÃO DOS MUNICÍPIOS INTERCEPTADOS PELO EMPREENDIMENTO E MUNICÍPIOS DO ENTORNO NAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS DOS RIOS DAS VELHAS E PIRACICABA.............................................................................................. 137
FIGURA 4-4: MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A RMBH E O COLAR METROPOLITANO................................................................ 146

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | xi


FIGURA 4-5: VULNERABILIDADE NATURAL DOS MUNICÍPIOS DE CAETÉ E SANTA BÁRBARA, RAPOSOS, RIO ACIMA E BARÃO DE COCAIS
.................................................................................................................................................................... 150
FIGURA 4-6: POTENCIALIDADE SOCIAL DOS MUNICÍPIOS DE CAETÉ E SANTA BÁRBARA, RAPOSOS, RIO ACIMA E BARÃO DE COCAIS 151
FIGURA 4-7: ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DOS MUNICÍPIOS DE CAETÉ E SANTA BÁRBARA, RAPOSOS, RIO ACIMA E BARÃO
DE COCAIS ...................................................................................................................................................... 152
FIGURA 4-8: MACROZONEAMENTO DO MUNICÍPIO DE CAETÉ. .......................................................................................... 155
FIGURA 4-9: MACROZONEAMENTO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA – MINAS GERAIS .............................. 158
FIGURA 5-1: ESTRUTURAS DO PLANO DIRETOR .............................................................................................................. 165
FIGURA 5-2: ACESSOS EXTERNOS ................................................................................................................................ 173
FIGURA 5-3: PRINCIPAIS ACESSOS INTERNOS – IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO ........................................................................ 176
FIGURA 5-4: VIADUTO SOBRE A EFVM (EST. 337+0,00). .............................................................................................. 179
FIGURA 5-5: BALANÇO HÍDRICO DA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO ........................................................................................... 193
FIGURA 5-6: LAYOUT CANTEIRO CENTRAL DE INFRAESTRUTURA........................................................................................ 198
FIGURA 5-7: LAYOUT CANTEIRO AVANÇADO DE MONTAGEM ELETROMECÂNICA ................................................................. 199
FIGURA 5-8: LAYOUT CANTEIRO AVANÇADO DE MONTAGEM ELETROMECÂNICA ................................................................. 200
FIGURA 5-9: LAYOUT CANTEIRO AVANÇADO DE OBRAS CIVIS........................................................................................... 201
FIGURA 5-10: LAYOUT CANTEIRO FERROVIA ................................................................................................................. 202
FIGURA 5-11: LAYOUT CANTEIRO PEQUENOS EMPREITEIROS. .......................................................................................... 203
FIGURA 5-12: LAYOUT ALOJAMENTO ........................................................................................................................... 205
FIGURA 5-13: PAIÓIS DE EXPLOSIVOS .......................................................................................................................... 209
FIGURA 5-14: SEQUENCIAMENTO DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NA ÁREA DO PROJETO. ...................................................... 213
FIGURA 5-15: DESENHO ESQUEMÁTICO DA DRENAGEM SUPERFICIAL DAS BERMAS ................................................................ 236
FIGURA 5-16: SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA APRESENTANDO AS COMPONENTES DA SUPERESTRUTURA. ...................................... 251
FIGURA 5-17: SEÇÃO TRANSVERSAL E DIMENSÕES DO TR-68. .......................................................................................... 253
FIGURA 5-18: PLANTA DO ANDAR TÉRREO DA TORRE DE CONTROLE. .................................................................................. 256
FIGURA 5-19: REPRESENTAÇÃO EM PLANTA DO SEGUNDO ANDAR DA TORRE DE CONTROLE. ................................................... 256
FIGURA 5-20: CROQUI INTERFERÊNCIA COM ADUTORA EM PLANTA E EM CORTE. .................................................................. 257
FIGURA 5-21: PASSAGEM INFERIOR KM 2+0,00............................................................................................................ 258
FIGURA 5-22: SISTEMA 1A. ....................................................................................................................................... 262
FIGURA 5-23: SISTEMA 1A: ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS E REDUÇÃO DE TURBIDEZ........................................ 263
FIGURA 5-24: SISTEMA 2A. ....................................................................................................................................... 264
FIGURA 5-25: SISTEMA 2A: ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS E REDUÇÃO DE TURBIDEZ ........................................ 265
FIGURA 5-26: SISTEMA 2B. ....................................................................................................................................... 266
FIGURA 5-27: SISTEMA 2B: ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS E REDUÇÃO DE TURBIDEZ. ....................................... 267
FIGURA 5-28: SISTEMA 3 .......................................................................................................................................... 268
FIGURA 5-29: SISTEMA 3: ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS E REDUÇÃO DE TURBIDEZ. ......................................... 269
FIGURA 5-30: SEÇÃO DO CANAL TRAPEZOIDAL .............................................................................................................. 272
FIGURA 5-31: DEPÓSITO INTERMEDIÁRIO DE RESÍDUOS TIPO ........................................................................................... 276
FIGURA 5-32: CENTRAL DE MATERIAL DESCARTÁVEL (CMD) – ARRANJO ........................................................................... 278
FIGURA 5-33: CAVA FINAL (EM ROXO) - ANO 29. .......................................................................................................... 286
FIGURA 5-34: SEQUENCIAMENTO DE LAVRA – CAVA APOLO ............................................................................................ 287
FIGURA 5-35: ESTIMATIVA DA EXPANSÃO DO REBAIXAMENTO PARA A MINA DE APOLO AO LONGO DO TEMPO ............................ 294
FIGURA 5-36: ESTIMATIVA DA EXPANSÃO DO REBAIXAMENTO PARA A MINA DE APOLO AO LONGO DO TEMPO E LOCALIZAÇÃO DOS
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO. ............................................................................................................................ 296
FIGURA 5-37: DIAGRAMA DO SISTEMA DE RECARGA DAS BACIAS DO ENTORNO DA CAVA. ....................................................... 297
FIGURA 5-38: ZONAS CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS DE ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS. ......................... 324

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | xii


FIGURA 5-39: ARRANJO GERAL DO DIQUE 1A. (DESENHO 9024MA-X-02055). ................................................................ 326
FIGURA 5-40: ARRANJO GERAL DO SUMP 1A-I. (DESENHO 9024MA-X-02055). .............................................................. 326
FIGURA 5-41: ARRANJO GERAL DO SUMP 1A-II. (DESENHO 9024MA-X-02055). ............................................................ 327
FIGURA 5-42: ARRANJO GERAL DO DIQUE 3 E SUMP 3-I. (DESENHO 9024MA-X-02028). .................................................. 331
FIGURA 5-43: ARRANJO GERAL DO SUMP 3-II. (DESENHO 9024MA-X-02028). ............................................................... 332
FIGURA 5-44: DESENHO ESQUEMÁTICO DA DRENAGEM SUPERFICIAL DAS BERMAS ................................................................ 343
FIGURA 5-45: FLUXOGRAMA DAS ATIVIDADES DA OPERAÇÃO DA LAVRA AO ESCOAMENTO FERROVIÁRIO DE PRODUTOS ............... 349
FIGURA 5-46: MODELO 3D DOS TCLDS....................................................................................................................... 352
FIGURA 5-47: DETALHES DA OFICINA DE EQUIPAMENTOS DE MINA – BOXES DE CAMINHÕES. ................................................ 358
FIGURA 5-48: ARRANJO DA OFICINA DE EQUIPAMENTOS DE MINA – BOXES DE EQUIPAMENTOS DE INFRAESTRUTURA. ............... 360
FIGURA 5-49: LAYOUT DOS BOXES DESTINADOS AOS EQUIPAMENTOS DE INFRAESTRUTURA..................................................... 361
FIGURA 5-50: PLANTA DA CALDEIRARIA ....................................................................................................................... 362
FIGURA 5-51: ARRANJO DO DEPÓSITO DA LUBRIFICAÇÃO. ............................................................................................... 362
FIGURA 5-52: ARRANJO DO BOXE PARA MANUTENÇÃO DO CAMINHÃO COMBOIO ............................................................... 363
FIGURA 5-53: ARRANJO DA BORRACHARIA. .................................................................................................................. 364
FIGURA 5-54: ARRANJO DOS LAVADORES DE VEÍCULOS PESADOS E LEVES. ........................................................................... 365
FIGURA 5-55: LAVADOR DE BÁSCULAS – SEÇÃO TÍPICA ................................................................................................... 366
FIGURA 5-56: BALANÇO HÍDRICO DA ETAPA E OPERAÇÃO................................................................................................ 377
FIGURA 5-57: MODELO 3D – SISTEMA DE ASPERSÃO DE VAGÕES COM AGLOMERANTE .......................................................... 388
FIGURA 5-58: PÁTIO DE PRODUTOS (SÍNTER FEED) SENDO RETOMADA PARA O EMBARQUE EM VAGÕES..................................... 389
FIGURA 5-59: IMAGEM ILUSTRATIVA DE SKID DE COMBATE A INCÊNDIO .............................................................................. 392
FIGURA 5-60: PROPOSTA DE USO FUTURO ................................................................................................................... 401
FIGURA 5-61: SEQUÊNCIA DAS AÇÕES PREVISTAS E NECESSÁRIAS PARA O FECHAMENTO DO PROJETO APOLO.............................. 402
FIGURA 5-62: TÍTULOS MINERÁRIOS REFERENTES À ÁREA DO PROJETO APOLO. .................................................................... 404
FIGURA 5-63: IMÓVEIS INTERFERIDOS PELO PROJETO APOLO............................................................................................ 406
FIGURA 5-64: PROPRIEDADES E ÁREAS DE RESERVA LEGAL .............................................................................................. 408

LISTA DE FOTO
FOTO 2-1: FLOCULADOR HIDRÁULICO DO TIPO CHICANA HORIZONTAL EM SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA.............................. 56
FOTO 2-2: BARREIRAS DE REDUÇÃO DE TURBIDEZ. ............................................................................................................ 57

LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 5-1: HISTOGRAMA DE MOD/MOI-DO EMPREENDIMENTO................................................................................. 186
GRÁFICO 5-2: NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA MÃO DE OBRA NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO. ........................................................ 187
GRÁFICO 5-3: PDE A – ANÁLISE DE ESTABILIDADE – CONDIÇÃO OPERACIONAL ................................................................... 221
GRÁFICO 5-4: PDE A – ANÁLISE DE ESTABILIDADE – CONDIÇÃO CRÍTICA ............................................................................ 221
GRÁFICO 5-5: MÉDIAS MENSAIS DE PRECIPITAÇÃO.......................................................................................................... 228
GRÁFICO 5-6: MÉDIAS MENSAIS DE EVAPORAÇÃO. ......................................................................................................... 228
GRÁFICO 5-7: MÉDIAS MENSAIS DE TEMPERATURA......................................................................................................... 229
GRÁFICO 5-8: MÉDIAS MENSAIS DE UMIDADE RELATIVA DO AR. ........................................................................................ 229

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | xiii


GRÁFICO 5-9: MÉDIAS MENSAIS DE PRESSÃO................................................................................................................. 230
GRÁFICO 5-10: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO DIQUE 2ª ................................................................................ 243
GRÁFICO 5-11: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO SUMP 2A-I .............................................................................. 243
GRÁFICO 5-12: CURVA COTA X VOLUME DO DIQUE 2ª .................................................................................................... 244
GRÁFICO 5-13: CURVA COTA X VOLUME DO SUMP 2A-I .................................................................................................. 244
GRÁFICO 5-14: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO DIQUE 2B ............................................................................... 246
GRÁFICO 5-15: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO SUMP 2B-I. .............................................................................. 247
GRÁFICO 5-16: CURVA COTA X VOLUME DO DIQUE 2B ................................................................................................... 247
GRÁFICO 5-17: CURVA COTA X VOLUME DO SUMP 2B-I. ................................................................................................. 248
GRÁFICO 5-18: EVOLUÇÃO DA VAZÃO DE DESAGUAMENTO SIMULADA PARA OS DIFERENTES PITS NORTE, LESTE E OESTE – SY MÉDIO.
.................................................................................................................................................................... 291
GRÁFICO 5-19: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO DIQUE 1A. ............................................................................... 328
GRÁFICO 5-20: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO SUMP 1A-I. .............................................................................. 328
GRÁFICO 5-21: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO SUMP 1A-II. ............................................................................. 329
GRÁFICO 5-22: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO DIQUE 3.................................................................................. 333
GRÁFICO 5-23: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO SUMP 3-I. ............................................................................... 333
GRÁFICO 5-24: CURVA DE DESCARGA DO EXTRAVASOR DO SUMP 3-II. .............................................................................. 334
GRÁFICO 5-25: ANÁLISE DE ESTABILIDADE PDE-B – CONDIÇÃO OPERACIONAL ................................................................... 337
GRÁFICO 5-26: ANÁLISE DE ESTABILIDADE PDE-B – CONDIÇÃO CRÍTICA ............................................................................ 338

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | xiv


APRESENTAÇÃO

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA do Projeto Apolo Umidade Natural, denominado neste
estudo também de Projeto Apolo ou simplesmente Apolo, pretende subsidiar a análise do
órgão ambiental quanto à viabilidade ambiental do empreendimento de mineração, que a
Vale está propondo para os municípios de Caeté e Santa Bárbara, na Região Metropolitana
de Belo Horizonte/MG.

O Estudo de Impacto Ambiental-EIA e o Relatório de Impacto Ambiental-RIMA apresentam


as informações relativas ao contexto ambiental da área de inserção do Projeto Apolo, que se
traduz pela produção de 14 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, no domínio do
Quadrilátero Ferrífero, mais especificamente na unidade de relevo conhecida como Serra do
Piancó, que compõe parte do Sinclinal Gandarela.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Projeto Apolo foi organizado em cinco volumes,
distribuídos da seguinte forma:

VOLUME 1

APRESENTAÇÃO
1. INFORMAÇÕES GERAIS
2. ESTUDO DE ALTERNATIVAS
3. ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
4. COMPATIBILIDADE COM PLANOS, PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS
COLOCALIZADOS
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

VOLUME 2

6. DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO

VOLUME 3

7. DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO

VOLUME 4

8. DIAGNÓSTICO DO MEIO SOCIOECONÔMICO

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 15


VOLUME 5

9. ANÁLISE INTEGRADA
10. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE
INFLUÊNCIA
11. AÇÕES AMBIENTAIS
12. PROGNÓSTICO
13. CONCLUSÃO
14. EQUIPE TÉCNICA

Cada volume possui um Volume de Anexos correspondente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 16


1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Dados de Identificação do Empreendedor


Projeto Apolo
Empreendimento Endereço: Faz Serra Maquine, S/N, Zona Rural, Caeté, MG
CEP 34.800-000
Vale S.A.
Empreendedor
CNPJ: 33.592.510/0046-56
CTF IBAMA 6331046
Lavra a céu aberto (minério de ferro), Unidade de Tratamento de Minerais –
Atividades do Empreendimento UTM, com tratamento a seco, pilhas de estéril (minério de ferro) e ferrovia
A-02-03-8
Código da Atividade DN COPAM A-05-01-0
n 217/2012 E-01-04-1
A-05-04-7
Nome: Daniela Faria Scherer
Endereço: Avenida Dr. Marco Paulo Simon Jardim, 3580.
MAC - Prédio 1
Representante legal Mina de Águas Claras – Nova Lima - MG
CEP: 34.006.270
Tel/Fax: (31) 3916.3622
e-mail: licenciamento@vale.com

Dados de Identificação da Empresa de Consultoria


Amplo Engenharia e Gestão de Projetos Ltda
Empresa
CNPJ: 04.590.934/0001-81
Rua Engenheiro Carlos Antonini, 37 – São Lucas – BH/MG
Endereço
CEP 30240-280
Representante Jackson Cleiton Ferreira Campos

CTF IBAMA 1444133


e-mail: jackson.campos@amploengenharia.com.br
Contatos
Tel/fax: (31) 2526.4186

Os Certificados de Regularidade Técnica (CTF) junto ao IBAMA do empreendedor e


empresa de consultoria são apresentados em anexo ao Volume 5 (Anexo VI).

1.2 JUSTIFICATIVA DO PROJETO APOLO

O Projeto Apolo encontra-se inserido no contexto geológico da porção nordeste do


Quadrilátero Ferrífero, na borda oeste do Sinclinal Gandarela. Do ponto de vista do
aproveitamento do potencial econômico da área, a atividade é compatível com a marcante
vocação mineradora da região do Quadrilátero Ferrífero. Este potencial deve-se à
diversidade de recursos minerais ali existentes. A este elemento, soma-se o volume de

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 17


recursos disponíveis em suas jazidas e a infraestrutura regional de apoio à atividade,
condizente com o papel que a mesma vem desempenhando na região.

O ramal ferroviário Capitão Eduardo Costa Lacerda, operado pela Estrada de Ferro Vitória-
Minas – EFVM, contribui para viabilizar a instalação de um empreendimento minerário de
grande porte na região do Gandarela.

A Vale vem envidando esforços para viabilizar o Projeto Apolo devido à importância da
jazida em questão para a produção de minério granulado. Com a redução da granulometria
natural dos minérios das minas que compõem o sistema minerador da empresa na região
Sudeste, tornou-se prioritário o desenvolvimento de projetos que apresentem potencial para
a produção de minério granulado, o chamado sinter feed. Neste seleto grupo de depósitos
minerais, tem destaque a jazida Apolo, a qual apresenta potencial para produção de cerca
de 14 Mta de sinter feed.

A Vale considera a produção do Projeto Apolo como a alternativa para substituir o minério
proveniente de minas da região como Gongo Soco, Córrego do Meio e Cauê.

A Figura 1-1 mostra a inserção da jazida do Projeto Apolo no Quadrilátero Ferrífero onde é
possível observar outros empreendimentos da Vale e diversos outros empreendimentos
minerários.

Em geral, o mercado internacional de minério de ferro é bastante competitivo, contando com


a participação de grandes produtores. Os principais fatores que afetam a concorrência são o
preço, a qualidade, os tipos de produtos oferecidos, a confiabilidade e os custos de
transporte. Nos últimos anos, o mercado asiático (principalmente a China, o Japão e a
Coréia do Sul) e o mercado europeu foram os principais compradores do minério de ferro
produzido pela Vale.

No Mercado Asiático, a Vale é capaz de se manter por duas razões principais, a saber: a
primeira se deve ao fato de que os produtores de aço normalmente procuram pelos tipos (ou
blendagens) de minério de ferro produzidos por ela que podem originar o produto final
pretendido, de maneira mais eficiente e econômica; a segunda, pelos níveis baixos de
impurezas e de outras propriedades danosas à qualidade do aço contidas no minério de
ferro da Vale, o que geralmente proporciona custos de processamento mais baixos.

Finalmente, cabe destacar que o Projeto Apolo, na versão umidade natural está
fundamentado nas seguintes premissas:

▪ Substituir e manter o patamar de produção de 175 Mta das minas localizadas na


Região Sudeste do país, através da substituição da produção de outras minas da
Vale nesta região;
▪ Valer-se dos benefícios da economia de escala para manter competitividade
mercadológica;
▪ Focar no melhor aproveitamento do recurso natural de forma compatível com a
prevenção e gestão de impactos sócioambientais;
▪ Fortalecer a posição estratégica do Brasil e da Vale no mercado mundial de minério
de ferro.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 18


560000 590000 620000 650000 680000 710000
TO
MT

BA
DF
GO
7830000

7830000
PEQUI

MINAS GERAIS
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SP

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RJ

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7800000

7800000
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7770000

7770000
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7740000

7740000
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!
1:500.000
km
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0 5 10
!
Base Cartográfica (Fonte):

Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);


Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018);
Vias e Acesso (AMPLO, 2019); Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021).

Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S


Projeção: Transverse Mercator

560000 590000 620000 650000 680000 710000

Projeto Apolo Umidade Natural Capital Estadual (Belo Horizonte) Rodovia


"
/ PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal ! Sede Municipal Ferrovia
Título:
! Minas em Atividade Rede Hidrográfica Localização do Projeto Apolo no Quadrilátero Ferrífero - Minas Gerais

! Minas Inativas Corpo d'água Elaboração: Data: Formato: Arquivo:


Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_Localizacao_Qfer_A3_v01
1.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

O Projeto Apolo será implantado no estado de Minas Gerais, a cerca de 40 km a sudeste de


Belo Horizonte e ocupará uma área de 1367,93 hectares nos municípios de Caeté e Santa
Bárbara (Figura 1-2).

Várias são as vias rodoviárias existentes que dão acesso ao local do Projeto Apolo. Isto
decorre da existência de outras minas e de outras atividades econômicas importantes
(silvicultura de eucalipto) na região, bem como da demanda por ligação entre núcleos
urbanos e o escoamento da produção primária, além de madeira e carvão da citada fonte.

A partir de Belo Horizonte, para visitação, o acesso ao local do empreendimento, pode ser
feito pela MG 30 em direção à cidade de Nova Lima, tomando-se em seguida, a AMG 150
em direção à cidade de Raposos. A partir desta cidade, toma-se a estrada vicinal que passa
pelo distrito de Morro Vermelho, por 16 km, até o entroncamento com a estrada entre a
cidade de Caeté e a portaria Norte-Caeté. A partir do referido entroncamento, a estrada
existente constituirá o denominado acesso Norte-Caeté como se descreve no capítulo 3.2.1
deste EIA que trata dos acessos ao Projeto Apolo a serem utilizados para o transporte de
mão de obra, materiais e equipamentos na etapa de implantação do mesmo.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 20


600000 620000 640000 660000 680000
ITABIRA MT TO
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DE MINAS
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SÃO JOSÉ NOVA UNIÃO
DA LAPA VESPASIANO BOM JESUS
DO AMPARO
7820000

7820000
MINAS GERAIS ES

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A
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SANTA LUZIA Oc e a

Projeto Apolo Umiade Natural


SÃO GONÇALO
DO RIO ABAIXO
Limite Municipal
Municípios do Projeto
Malha Urbana
CAETÉ
SABARÁ
7800000

7800000
Localidades/Referências
BELO BARÃO DE
/ Capital Estadual (Belo Horizonte)
"
HORIZONTE COCAIS
CONTAGEM Morro
.
! Sede Municipal
Vermelho (
! Localidade
RAPOSOS SANTA BÁRBARA
Vias e Acessos
NOVA LIMA Rodovia Federal
EFC

Acesso Principal (Pavimentado)


A

IBIRITÉ Ferrovia
7780000

7780000
CATAS ALTAS

RIO ACIMA

EFVM
Fe rrovia do Aço

ITABIRITO
7760000

7760000
600000 620000 640000 660000 680000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Localização do Projeto Apolo nos Municípios de Caeté e Santa Bárbara - Minas Gerais
1:300.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 5 10 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_Localizacao_Municipios_A3_v02
1.4 ANTECEDENTES HISTÓRICOS

A região onde está inserida a jazida mineral do Projeto Apolo possui características
geológicas que condicionaram a história da sua ocupação. A região do Gandarela ou
Sinclinal Gandarela apresenta uma vasta ocorrência de rochas dolomíticas, mármores e
minério de ferro que constituem uma província geológica bem conhecidas no Quadrilátero
Ferrífero.

Historicamente, o desenvolvimento da região esteve ligado à mineração. No século XVIII, foi


produtora de ouro a partir dos aluviões dos rios Conceição e São João ou Barão de Cocais
e, na primeira metade do século XIX, nas minas subterrâneas de Gongo Soco, Luiz Soares,
Guilherme, Crioulos, Boa Esperança e Palmital. Como registro desse período, existem na
região muitas galerias escavadas nas camadas de quartzito, para exploração de ouro.

Depois de longo período de decadência, a região retomou a importância no período entre


as duas grandes Guerras Mundiais, com o aproveitamento do manganês em várias
pequenas lavras e com a exploração do linhito como fonte energética, em substituição ao
carvão mineral importado.

A exploração mineral de manganês encerrou-se há cerca de 32 anos na região. Um período


de estagnação da atividade minerária ocorreu na região até o final da década de 90, quando
apenas uma pequena lavra de bauxita e a mineração de dolomito para fins ornamentais
permaneceram em atividade. Marcas da extração do manganês ainda são visíveis na
paisagem. Muitas jazidas foram aterradas por depósitos de estéril.

Após a exploração do dolomito e da bauxita na região do Gandarela e também do minério


de ferro na mina de Gongo Soco, iniciou-se uma nova fase de desenvolvimento da atividade
minerária na região.

Porém, o minério de ferro da região de inserção do Projeto Apolo não foi ainda foco de
aproveitamento em grande escala. Novas áreas têm sido requeridas e pesquisadas, assim
como antigos decretos estão sendo reavaliados e dimensionados para as novas condições
de aproveitamento. A Vale tem sido a precursora neste processo de exploração mineral,
com a aquisição de direitos minerários e reativação de minas paralisadas.

1.5 HISTÓRICO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO

Em 09 de outubro de 2009, foi protocolado o Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório


de Impacto Ambiental - RIMA do Projeto Apolo na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, vinculado ao processo 11654/2008/001/2009.
Pouco antes, em 29 de junho desse mesmo ano, havia sido protocolado o EIA/RIMA do
Ramal Ferroviário Apolo no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA, no âmbito do Processo Nº 02001.000732/2008-81.

No âmbito desses processos, ao longo do ano de 2010, 7 (sete) audiências públicas foram
realizadas nos municípios da área de influência do empreendimento, a saber: Caeté, Santa

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 22


Bárbara, Rio Acima, Raposos, Nova Lima e Belo Horizonte. Em Caeté foram realizadas
duas audiências, tendo sido a última especificamente sobre o Ramal Ferroviário e ocorrido,
portanto, sob o processo protocolar do IBAMA.

A partir das análises dos estudos ambientais apresentados e das Audiências Públicas
realizadas, foram solicitadas Informações Complementares pela SUPRAM, as quais foram
encaminhadas ao Órgão no período compreendido entre os meses de maio e agosto de
2010.

Em 10 de novembro de 2010, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, através do


ofício nº 369/2010/CRVP encaminhou a recomendação 06/2010 à SEMAD com o seguinte
conteúdo: suspender a tramitação do processo de licenciamento nº 11654/2008/001/2009
referente ao licenciamento do Projeto Apolo até o final do processo de criação pelo ICMBio
do Parque Nacional do Gandarela. No mesmo ofício, o MPMG recomendou o levantamento
de todos os demais empreendimentos em fase de licenciamento ambiental localizados na
área delimitada pelo ICMBio com a finalidade de instituir o Parque Nacional do Gandarela,
suspendendo assim a tramitação dos mesmos até a conclusão do processo de criação do
referido parque.

Em 23 de dezembro de 2010, a SEMAD enviou à Vale o ofício Nº 1994/2010/SUPRAM


CENTRAL/ SEMAD/SISEMA, comunicando o sobrestamento do processo administrativo
11654/2008/001/2009, o que implicou na paralisação da análise de todos os documentos
referentes à obtenção de LP do Projeto Apolo.

Em 13 outubro de 2014 foi concluída a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela,


com a publicação de decreto da Presidência da República, no qual a unidade de
conservação foi formalmente delimitada com a área já anteriormente apresentada para o
Projeto Apolo fora da mesma. Assim, logo em seguida, a Vale iniciou as tratativas para a
retirada do sobrestamento e retomada do processo de licenciamento do projeto.

Em 20 de outubro de 2014, a Vale solicitou junto à SEMAD a retirada do sobrestamento.


Através do Ofício nº 1051/14, de 01 de dezembro de 2014, em resposta à solicitação, foram
requeridas a Vale informações técnicas pela SEMAD quanto aos limites da área diretamente
afetada e das áreas de influência do empreendimento, além dos limites do PARNA da Serra
do Gandarela e de todas as unidades de conservação localizadas em um buffer de 3 km do
projeto. O ofício datado de 04 de dezembro de 2014 encaminhou tais informações para o
órgão.

Considerando que, em março de 2015, foi enviado o MEMO/SGRA/SEMAD/SISEMA Nº


248/2015 autorizando a retomada do processo de análise de licenciamento que havia sido
sobrestado, em 17 de agosto de 2015, através do ofício 1014/2015 DAT/SUPRAM
CENTRAL/SEMAD/SISEMA, foi solicitada a anuência do órgão gestor do PARNA Gandarela
- o ICMBio, para então ser retomado o licenciamento do Projeto Apolo.

Em 26 de agosto de 2015, através do despacho 02001.023275/2015-21 CGTMO/IBAMA, o


IBAMA redefiniu a competência para o licenciamento do ramal ferroviário que atenderá ao
Projeto Apolo, a partir de então sob responsabilidade da SEMAD. Antes deste

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 23


posicionamento do IBAMA, apenas a pera ferroviária seria licenciada pela SEMAD, agora,
todo o ramal ferroviário foi incorporado ao arranjo, passando todo o empreendimento a estar
sob um único órgão ambiental licenciador.

Em 8 de junho de 2017, foi encaminhado à Vale, pela SEMAD, o OFÍCIO


GAB.ADJ.SEMAD.SISEMA N° 46/17 referente às condições da retomada do licenciamento
do Projeto Apolo. Para a continuidade do processo foi solicitado que a empresa “avalie e
proponha adaptações e melhorias no projeto, tais como redução de impactos em áreas de
vegetação nativa, sobretudo as áreas de preservação permanente e de vegetação do bioma
Mata Atlântica, redução do consumo de água e do volume de geração de rejeitos,
minimização de interferências em cursos d’água, córregos e nascentes, redução e
otimização das estruturas geotécnicas do projeto, dentre outras, a fim de que se confira
maior sustentabilidade ao projeto. Além disso, solicitamos especial atenção da Vale na
avaliação e nova proposta quanto à disposição do rejeito, considerando, inclusive, a
possibilidade de eliminação da barragem prevista no projeto original. Registre-se que o art.
30 da Lei nº 21.972, de 2016, determina que devem ser fomentadas, por todos os meios,
alternativas à implantação de barragens no Estado, no intuito de promover a preservação
do meio ambiente e a redução dos impactos gerados por empreendimentos de mineração”.

Em resposta às solicitações da SEMAD, a Vale apresentou as adaptações e melhorias


realizadas no Projeto Apolo com a atualização e revisão do Estudo de Impacto Ambiental
protocolado em 2009. O protocolo na SUPPRI da versão revisada do EIA ocorreu em 4 de
julho de 2018.

Registra-se que, em consonância com o que determina a Res. SEMAD 2479/2017, foi
definido por este órgão que cabe à Superintendência de Projetos Prioritários – SUPPRI, o
licenciamento ambiental do Projeto Apolo.

Em 18 de fevereiro de 2020, a SUPPRI emitiu o ofício Of.SUPPRI.Suram.SEMAD.SISEMA


n.088/2020. Neste ofício, a SUPRI comunicou a decisão de arquivar o processo
11654/2008/001/2009 de licenciamento do Projeto, sem análise do mérito “Tendo em vista o
histórico de licenciamento do projeto Apolo e a necessidade de instruir o procedimento
administrativo com os projetos e estudos mais recentes, bem como evitar que se dê, em
decorrência das alterações passadas, confusão em que possa acessar tal
processo...Caberá ao empreendedor abrir novo processo de regularização com
apresentação dos documentos atualizados, inclusive projetos e estudos ambientais.”

A partir do recebimento deste ofício o processo de licenciamento ambiental foi reiniciado


pela Vale, sendo um novo Estudo de Impacto Ambiental o documento requerido para a
análise de viabilidade do empreendimento.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 24


2 ESTUDO DE ALTERNATIVAS

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O Projeto Apolo submetido no presente EIA à análise de viabilidade é oriundo de um longo


processo de empenho técnico com o propósito de conciliá-lo com um contexto de
reconhecida relevância ambiental.

Os estudos ambientais apresentados para a análise de viabilidade aos órgãos licenciadores


em 2009, bem como as seis audiências públicas realizadas em sequência, foram marcados
por uma intensa discussão técnica e a análise de diversos arranjos de engenharia em que
inúmeros ensaios locacionais foram considerados para as pilhas de estéril, barragens, usina
de beneficiamento e acessos.

Durante essas discussões técnicas, foram também elencadas algumas premissas definidas
por especialistas de meio ambiente consideradas imprescindíveis para a seleção de locais
para a implantação das estruturas de mineração citadas. Tais premissas foram definidas
frente à evidente constatação da relevância ambiental da área evidenciada pelo grau de
conservação e pela exuberância da paisagem na região de inserção do Projeto Apolo.

Importante destacar que, na época, a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela


era apenas uma ideia que veio a ser efetivamente materializada em 2014. De todo modo era
mais uma evidente prova da relevância ambiental da região em termos de qualidade e de
seus atributos ambientais.

Nessa perspectiva, cabe destacar que uma importante premissa definida visava a
preservação do interior do Sinclinal Gandarela. Esta porção, contornada pelas cristas e
escarpas que modelam a “ferradura” que desenha o Sinclinal, mostra-se exuberante em
termos da ocorrência de densas e contínuas áreas de Floresta Atlântica, um bioma
fortemente ameaçado em Minas Gerais e no Brasil. Ao mesmo tempo, essa porção também
alojava bacias paleontológicas exclusivas em termos regionais, cursos de água classificados
como de classe especial, condições de declividades muito elevadas. Esse contexto
ambiental resultou em priorizar-se a locação das estruturas da mineração nas porções
externas ao sinclinal, de modo que esse arranjo ambiental evidenciado não fosse exposto às
pressões inerentes ao desenvolvimento de um grande empreendimento de mineração.

Outro aspecto relevante na ocasião da definição do arranjo do Projeto Apolo em 2009 foi a
premissa de agregar ao máximo as estruturas que compõem o arranjo de engenharia no
entorno imediato das cavas. Essa situação foi adotada como premissa com o propósito de
fragmentar o mínimo possível a paisagem, reduzir a necessidade de intervenções para
implantação de acessos em condições de declividades muito elevadas, de interferência
mínima em drenagens e em ambientes naturais e, por conseguinte, confinamento dos
impactos e sua gestão na menor área diretamente afetada possível.

Esse contexto é importante de ser considerado nesta introdução pois demonstra que o
contexto locacional do Projeto Apolo sempre foi objeto de grandes reflexões e exercícios

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 25


contínuos de ensaios de engenharia com foco na sua compatibilidade com a menor
interferência ambiental possível.

Tal empenho, conforme consta no EIA apresentado em 2009, resultou no arranjo então
submetido à devida avaliação técnica e foi apresentado nas audiências públicas.

As discussões vivenciadas revelaram uma posição importante da sociedade em termos do


reconhecimento da relevância ambiental da área de inserção do projeto e o interesse de que
o projeto fosse discutido à luz da concepção primeira do Parque Nacional da Serra do
Gandarela.

Posições contundentes foram também expressas em termos da presença de uma barragem


de rejeitos de grande porte no ribeirão da Prata, em porções à montante da cidade de
Raposos e de atrativos turísticos relevantes do contexto regional. Não menos importante
foram as bandeiras relacionadas ao papel da região e da bacia do ribeirão da Prata em
termos da contribuição hidrológica, até mesmo como reserva hídrica para o abastecimento
da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Questões de natureza biológica e a descaracterização da paisagem também foram muito


pontuadas nas discussões técnicas, sendo que algumas dessas são inerentes ao
desenvolvimento da mineração e devem ser fortemente mitigadas e bem gerenciadas,
mesmo à luz de seu caráter de irreversibilidade, como é o caso da alteração da paisagem
com o desenvolvimento de cavas e formação de pilhas de estéril e barramentos.

Todo esse contexto resultou no sobrestamento do processo de análise do EIA do Projeto


Apolo em dezembro de 2010, resultando na necessidade de revisão e aprimoramento do
arranjo do seu plano diretor.

A partir desse empenho, bem como após a criação do Parque Nacional da Serra do
Gandarela em 2014, ocorrido após a criação de um grupo de trabalho pelo governo do
estado para discutir os conflitos envolvidos no território, a Vale empenhou esforços
adicionais para desenvolver o projeto Apolo de modo a incorporar o novo cenário de
regulação do uso do território e alguns posicionamentos da sociedade em relação a
aspectos considerados indesejáveis para o desenvolvimento do empreendimento na região.

Além dos aspectos regulatórios associados às restrições derivadas da criação do Parque


Nacional da Serra do Gandarela, foram também incorporadas ao presente EIA as
informações levantadas nos diagnósticos elaborados ao longo da última década na região
de inserção do Projeto Apolo.

Nesta perspectiva, além dos critérios incorporados ao arranjo original do Projeto Apolo em
2009 como a manutenção da integridade do interior do Sinclinal Gandarela, agora também
imposta pela criação do Parque Nacional, do depósito paleontológico também no interior do
mesmo, da densa Floresta Atlântica, do enquadramento de cursos de água como de classe
especial, informações como a relevância de cavidades, a ocorrência e processo de
tombamento da Paleotoca, posição de cachoeiras, estágio sucessional da vegetação,
existência de mananciais de abastecimento público foram também incorporadas à análise

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 26


espacial da área de inserção do projeto de modo a evidenciar as restrições de uso do
território.

A espacialização das condições de restrição associadas ao conceito de máxima


compactação possível das estruturas de modo a reduzir a fragmentação e geração de
efeitos de borda nos ambientes naturais, bem como o máximo afastamento possível da
calha do ribeirão da Prata, impôs limites bem definidos para o desenvolvimento do arranjo
do Plano Diretor do Projeto Apolo apresentado no presente EIA.

Como relatado, o arranjo locacional do Projeto Apolo se ateve a aspectos de natureza mais
geral que evidenciam a importância ambiental da região e, secundariamente, a critérios de
natureza pontual identificados a partir dos diagnósticos realizados.

De todo modo, com o objetivo de demonstrar outros aspectos relevantes para subsidiar o
entendimento do arranjo locacional do Projeto Apolo, comparou-se o arranjo de 2009 com o
arranjo atual, de 2020, de modo a demonstrar, em termos quantitativos, alguns importantes
atributos ambientais norteadores da tomada de decisão. A Figura 2-1 e Figura 2-2
apresentadas a seguir indicam o contexto de restrições ambientais nos arranjos de 2009 e
2020.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 27


630000 635000 640000 645000 650000

Ju
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Lagoa Taquaraçu

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7795000

7795000
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
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00297/2002 Uso não definido
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00298/2002
Cavidade com Relevância Máxima

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7790000

7790000
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Olh os-d ' ág ua Demais Cavidade ( CECAV)

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Enquadramento Curso d'água

S
Classe Especial
Classe 1
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Limite Municipal
Geologia
Depósito Paleontológico Gandarela

ão Áreas de Vegetação Natural


7785000

7785000
s

o u S ão Jo

rre AP-38 Floresta Semidecidual - Primária

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(Paleotoca)

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nt Projeto Apolo- Arranjo 2009
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7780000

7780000
Rio
630000 635000 Ac im
a 640000 645000 650000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Unidade Conservação e Zona de Amortecimento (SEMAD, 2020), Cavidades
(CECAV,2021 & AMPLO,2021); Enquadramento Cursos D´água ( IGAM, Projeto Manuelzão- 2015); Matas Título:
Nativas, Quedas d´água,( AMPLO, 2021); Plano Diretor/Projeto (VALE, 2009). Interferências e Restrições Ambientais - Arranjo 2009
1:75.000
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_CE_RestricoesAmbientais_2009_A3_v02
630000 635000 640000 645000 650000
MT TO

ib
BA

R
Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Min as Nova
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União

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Bom Jesus
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SP Bela Vista RJ

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Barão de São Gonçalo PR


Sabará Cocais do Rio Abaixo

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Raposos Rio

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Piracicaba

Lima
7795000

7795000
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis

Có r

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eg Itabirito Mariana Barra

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Ouro Preto

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Longa

b
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Outorga / Finalidade

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04579/2008
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00297/2002
Prat
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Espeleologia

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Cavidade com Relevância Máxima

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7790000

7790000
Cór r ego Demais Cavidade ( CECAV)

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O s-d ' águ a
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lh

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Enquadramento Curso d'água

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Classe Especial
Classe 1
Classe 2

Limite Municipal
Unidades de Conservação
Proteção Integral (Parque Nacional
da Serra do Gandarela)
Cór
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go Zona de Amortecimento do Parque
Po ão Nacional da Serra do Gandarela
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7785000

7785000
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Áreas de Vegetação Natural

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(Paleotoca)

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Floresta Semidecidual - Primária

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Geologia

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Depósito Paleontológico Gandarela

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Ribeirã

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Parque Nacional Cava (Rigidez Locacional)
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Gandarela
Depósito

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Ribeirão

Paleontológico
Preto
7780000

7780000
Rio
630000 635000 a 640000 645000 650000
Ac im

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Unidade Conservação e Zona de Amortecimento (SEMAD, 2020), Cavidades (CECAV,2021 & AMPLO,2021);
Enquadramento Cursos D´água ( IGAM, Projeto Manuelzão- 2015); Matas Nativas, Quedas d´água,( AMPLO, 2021); ADA - Plano Diretor/ADA (VALE, Título:
2021). Interferências e Restrições Ambientais - Arranjo 2020
1:75.000
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_CE_RestricoesAmbientais_2020_A3_v02
Cabe ainda destacar que o arranjo ora apresentado para licenciamento ambiental do projeto
resulta de uma análise que supera os aspectos de natureza pontual ou específicos,
conforme demonstrado para cada temática analisada na sequência e de melhorias objetivas
postas por renúncia ao uso de barragens de água e rejeitos e o processamento de minério a
umidade natural, atendendo pressupostos importantes evidenciados no decorrer da análise
de viabilidade do Projeto Apolo. De qualquer forma, de modo a caracterizar as interferências
pontuais solicitadas no Termo de Referência da SEMAD em relação a ambos os arranjos,
apresenta-se na Tabela e nas Figuras a seguir os parâmetros solicitados que balizam
usualmente as análises de alternativas locacionais.

Tabela 2-1: Comparação entre parâmetros ambientais – Arranjos do Projeto Apolo 2009 e 2020

Parâmetros Arranjo 2009 Arranjo 2020


O arranjo do projeto está inserido
O arranjo do projeto está inserido em
em território dos municípios de
Municípios território dos municípios de Caeté e
Caeté, Santa Bárbara, Raposos e
Santa Bárbara.
Rio Acima.
Intervenção em áreas indígenas,
quilombolas e de outros povos e Não foram identificados estes Não foram identificados estes
comunidades tradicionais, componentes em um raio de 8km componentes em um raio de 8km da
considerando seus modos de vida, da área do projeto. área do projeto.
seus direitos e seus territórios.
Volume de solo e rocha
movimentados em atividades de O volume total de corte é da O volume total de corte é da ordem
terraplanagem, aterro hidráulico, ordem de 18 Mm³ e de aterro da de 12 Mm3. O material excedente
dragagem, derrocamento e ordem de 9 Mm³. corresponde a 4,57 Mm³.
enrocamento

Estimativa de área total de O arranjo do projeto está sobre O arranjo do projeto está sobre
vegetação nativa a ser suprimida posto, em sua maior parte, com posto, em sua maior parte, com
(ha), destacando estágios áreas de vulnerabilidade da áreas de vulnerabilidade da
sucessionais e as áreas legalmente vegetação nativa classificada vegetação nativa classificada como
protegidas como muito alta a alta. muito alta e baixa.

Intervenção na área MA-198 de Intervenção na área MA-198 de


Intervenção em áreas prioritárias
importância extremamente alta importância extremamente alta para
para conservação
para conservação conservação

Considerando que o território em Considerando que o território em


análise é representado por análise é representado por
vegetação em alto estado de vegetação em alto estado de
conservação, seja se tratando de conservação, seja se tratando de
áreas campestres, como de áreas campestres, como de
ambientes florestais, é de se ambientes florestais, é de se esperar
Impacto sobre espécies endêmicas
esperar que a supressão que a supressão vegetacional
e/ou ameaçadas de extinção
vegetacional nesses ambientes nesses ambientes impacte espécies
impacte espécies da flora e fauna da flora e fauna endêmicas e/ou
endêmicas e/ou ameaçadas de ameaçadas de extinção. A
extinção. A supressão supressão vegetacional de áreas
vegetacional de áreas naturais naturais corresponde a 1.054,52
corresponde a 1.594,52 hectares. hectares.

O arranjo proposto interfere em 15


Interferência em áreas produtivas O arranjo proposto interfere em 32
propriedades na área da cava,
ou núcleos populacionais, propriedades na área da cava, área
área industrial e pilhas, sendo 7 da
contabilizando áreas passíveis de industrial e pilhas, sendo 20 da Vale
Vale e 8 de terceiros. As referidas
desapropriação e quantidade de e 12 de terceiros. As referidas
propriedades não estão
famílias a serem desapropriadas e propriedades não estão localizadas
localizadas em núcleos
reassentadas em núcleos populacionais.
populacionais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 30


Parâmetros Arranjo 2009 Arranjo 2020
Interferências em cavidades
O arranjo do Projeto interfere em O arranjo do Projeto interfere em 32
naturais subterrâneas, sítios
49 cavidades, conforme dados do cavidades, conforme dados do IEDE-
históricos, culturais ou
IEDE-Sisema. Sisema.
arqueológicos
Não é prevista interferência em Não é prevista interferência em
áreas de pesca, agricultura e áreas de pesca, agricultura e
Interferência em áreas de pesca,
extrativismo ou de infraestrutura extrativismo ou de infraestrutura
aquicultura, extrativismo, turismo
pública. pública.
ou de recreação e infraestrutura
Em relação ao turismo, a área Em relação ao turismo, a área
pública
interferida é de reconhecido interferida é de reconhecido
potencial turístico. potencial turístico.
A cava está localizada em áreas de
recargas aquíferas importantes.
A cava está localizada em áreas
Interferência em áreas de recarga Entretanto, na alternativa atual, é
de recargas aquíferas importantes.
prevista reposição de vazão nas
drenagens circundantes.
O Projeto interfere em 275,53 ha de
O Projeto interfere em 449,34 ha
Áreas de Reserva Legal Averbadas e
de Áreas de Reserva Legal
11,29 ha de áreas de Reserva Legal
Interferência em Reserva Legal Averbadas e 56,86 ha de áreas de
propostas, além de 0,05 ha de áreas
Reserva Legal propostas,
de RL não averbada, conforme
conforme dados do IEDE-Sisema.
dados do IEDE-Sisema
O Projeto interfere em 631,65 ha
O Projeto interfere em 321,33 ha de
de Áreas de Preservação
Áreas de Preservação Permanente Áreas de Preservação Permanente,
Permanente, conforme dados do
conforme dados do IEDE-Sisema.
IEDE-Sisema.
Não é prevista interferência em Não é prevista interferência em
Sítios Geológicos e
áreas de sítios geológicos e áreas de sítios geológicos e
Paleontológicos
palentontológicos palentontológicos
Não é prevista interferência em Não é prevista interferência em
Corredores Ecológicos e Áreas de
áreas de Corredores Ecológicos e áreas de Corredores Ecológicos e
Sítio RAMSAR
Áreas de Sítio RAMSAR Áreas de Sítio RAMSAR
O arranjo do Projeto interfere em
O arranjo do Projeto interfere em
uma extensão de 6.174 metros de
uma extensão de 2.293 metros de
Interferência em cursos d’água de cursos d’água de classe 1, 1.970
cursos d’água de classe 1 e 4.742,17
Classe Especial, 1 e 2 m de Classe 2 e 16,67m de classe
m de Classe 2, segundo dados do
especial, segundo dados do IEDE-
IEDE-Sisema.
Sisema.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 31


635000 640000 635000 640000

Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020

7795000

7795000
Sabará
Sabará

Barão de
Barão de
Cocais
Cocais

Caeté Caeté
Raposos
7790000

7790000
Raposos
7785000

7785000
Santa Bárbara

Santa Bárbara

Rio Acima

Rio Acima

Município Área do Projeto (ha) % (em relação ao Projeto) Município Área do Projeto (ha) % (em relação ao Projeto)
Caeté 1.592,61 83% Caeté 1.120,19 82%
Raposos 9,92 1% Santa Bárbara 247,74 18%
Rio Acima 119,06 6% Total Geral 1.367,93 100%
Santa Bárbara 193,25 10%
Total Geral 1.914,83 100%
7780000

7780000
635000 640000 635000 640000

Área dos Municípios do Projeto


Caeté Rio Acima Projeto Apolo
Santa Bárbara Raposos Limite Municipal

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015) e Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Municípios do Projeto - 2009 X 2020
Projeção: Transverse Mercator
1:75.000
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_LimiteMunicipal_A3_v00a
625000 650000 625000 650000

Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020


Santa Luzia

Belo Belo
Horizonte Horizonte

Caeté Caeté
7800000

7800000
!
. !
.
Sabará !
. Sabará !
.

Raposos Raposos
!
. !
.
Barão de Barão de
Cocais Cocais
Nova Lima Nova Lima
!
. !
.

Santa Bárbara Santa Bárbara

Rio Acima !
. Rio Acima !
.
7775000

7775000
Itabirito Itabirito

625000 650000 625000 650000

. Sede Municipal
! Rodovias Demais vias e acessos do sistema viário Projeto Apolo Limite Municipal

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Rodovias do IBGE e Sistema Viário RMBH (IEDE-SISEMA, 2021) e Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Sistema Viário - Projeto 2009 X 2020
1:180.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_SistemaViario_A3_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020

Sabará
Sabará

Barão de Barão de
Cocais Cocais

Raposos Caeté
Raposos Caeté

Santa Bárbara

Santa Bárbara

Rio Acima

Rio Acima

Grau de Vulnerabilidade da Vegetação Nativa: Muito Alta Alta Médio Baixa Muito Baixo Projeto Apolo Limite Municipal

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Vulnerabilidade da Vegetação Nativa (ZEE-MG; IEDE-SISEMA; 2021) e Plano Diretor/Projeto
(VALE,2009 e 2020). Título:
Grau de Vulnerabilidade da Vegetação Nativa - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_VegetacaoNativa_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020

Sabará
Sabará

Barão de Barão de
Cocais Cocais

Raposos Caeté
Raposos Caeté

Santa Bárbara

Santa Bárbara

Rio Acima

Rio Acima

Uso do Solo e Cobertura Vegetal Reflorestamento de Eucalipto / Floresta Semidecidual Campo Antrópico / Pastagem Reflorestamento de Eucalipto
Floresta Semidecidual - Primária Campo Rupestre sobre Canga Campo Limpo / Campo Sujo Sítios e Chacreamentos Cultivo
Floresta Semidecidual - Estágio médio / avançado Vegetação arbustiva sobre canga Campo de Várzea / Brejo Estrada e acessos Estrada de ferro
Floresta Semidecidual - Estágio inicial Campo Rupestre sobre Formação Quartzítica Campo Cerrado / Cerrado Solo exposto Corpo d' água

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Uso do Solo (AMPLO, 2021) ePlano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Uso do Solo e Cobertura Vegetal - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_UsoSolo_A3_v00
625000 650000 625000 650000

Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020


(
! (
!
Santa Luzia
Bragas Bragas
(
! (
!

Campo Campo
Experimental Experimental
Mestre (
! Penedia Mestre (
! Penedia
Caetano Caetano

Pompéu Cuiabá Pompéu Cuiabá


(
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!

Sabará Sabará
7800000

7800000
!
. Caeté Sabará
!
. Caeté
Paciência !
. Paciência !
.
Prainha Prainha
!
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Arraial Velho Arraial Velho
(
! Rancho Novo (
! (
! Rancho Novo (
!
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Morro Barão de Morro


Barão de
Vermelho Vila do Congo Cocais Vermelho Vila do Congo Cocais
(
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.
Raposos Raposos
!
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Galo Velho Chácara Galo Velho Chácara
(
! Socorro (
! Socorro
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. Nova Lima
! . Nova Lima
!

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Honório Honório
Bicalho Bicalho
(
! Sao Gonialo (
! Sao Gonialo
(
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!
Santa Rita Santa Rita
(
! (
!

Conceição do Rio Acima Conceição do Rio Acima

Rio Acima Rio Acima


!
. !
.
Rio Acima

Vigório Vigório
7775000

7775000
Cocho d'água da Vara Cocho d'água da Vara
(
! (
! (
! (
!

Capanema Capanema
(
! (
!
Morro de Morro de
São Vicente São Vicente
(
! (
!

625000 650000 625000 650000

. Sede de Município
! ( Vilas e Povoados
! Projeto Apolo Limite Municipal

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Núcleos Populacionais: Localidades, Vilas, Povoados e Aglomerado Rural (IEDE-SISEMA, 2021) e
Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Núcleos Populacionais - Projeto 2009 X 2020
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
1:210.000
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3,5 7 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_NucleosPopulacionais_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020

Sabará
Sabará

Barão de Barão de
Cocais Cocais

(
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( ( (!
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Raposos Caeté
Raposos Caeté

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Caverna AP-38
(
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AP-38 (Paleotoca)
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(Paleotoca)
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Santa Bárbara
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Espeleologia Potencialidade de Ocorrência de Cavernas Projeto Apolo Limite Municipal
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( Paleotoca
( Cavidade
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Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Cavidades (CECAV,2021); potencialidade de Ocorrência de Cavernas (Jjansen et.al In: Revista
Brasileria de Espeleologia, 2012) e ADA - Plano Diretor (VALE,2009 e 2020). Título:
Cavidades Naturais e Potencial de Ocorrência de Cavidades - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_Cavidades_v00
635000 640000 635000 640000

Projeto Apolo 2009 C ó rrego


Projeto Apolo 2020
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Enquadramento do Curso d'água: Potencialidade de Muito Alta Projeto Apolo Limite Municipal
Classe Especial Contaminação de Alta
Média
Classe 1 Aquífero: Baixa
Muito Baixa
Classe 2

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015);Enquadramento Cursos D´água (IGAM, Projeto Manuelzão- 2015); Potencialidade de Contaminação de
Aquífero (IEDE-SISEMA, 2021) Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Enquadramento dos Curso d'água e Potencial de Contaminação de Aqíferos - Projeto 2009 X 2020
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
1:75.000
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_Aquiferos_A3_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020

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Raposos Caeté

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Projeto Apolo Reserva Legal Área de Proteção Permanente - APP Limite Municipal

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Reserva Legal e Área de Proteção Permanente - APP (SINCAR, 2021) e Projeto (VALE, 2021).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
Reserva Lega e Área de Proteção Permanente - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_APPeRL_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020

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Raposos Caeté

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Depósito Paleontológico Gandarela Patamar e Depressão interna Sinclinal Gandarela Projeto Apolo Limite Municipal

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Geomorfologia (AMPLO, 2009) e Plano Diretor/Projeto(VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Sítio Paleontológico - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_Paleotologico_v00
2.2 ESTUDO DE ALTERNATIVAS - EIA DE 2009 E
DESDOBRAMENTOS
O estudo de alternativas apresentado no EIA do Projeto Apolo concluído em 2009 são de
três naturezas:

▪ Alternativas Locacionais;
▪ Alternativas Tecnológicas;
▪ Alternativas Logísticas.

Uma síntese do capítulo dedicado a esse estudo é apresentada na sequência considerando


os desdobramentos que resultaram no arranjo atual do Projeto Apolo.

2.2.1 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS


Além das premissas de natureza ambiental descritas anteriormente para definir o arranjo
geral do Projeto Apolo no EIA concluído em 2009, foram estudadas diversas alternativas
locacionais para diferentes estruturas, além da adoção das condições de contorno clássicas
nesse tipo de projeto a seguir listadas:

▪ Rigidez de localização da cava associada à localização do bem mineral;


▪ Disponibilidade de área suficiente para o desenvolvimento do Plano Diretor do
Empreendimento;
▪ Presença de ocupações urbanas ou comunidades rurais;
▪ Presença de cavidades, patrimônios natural e histórico, fragmentos de Floresta
Atlântica, enquadramento restritivo dos recursos hídricos;
▪ Restrições econômicas e de mercado;
▪ Logística de escoamento da produção.

2.2.1.1 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA EE DISPOSIÇÃO DE REJEITOS


Os estudos do sistema de captação de água para abastecimento da usina e disposição dos
rejeitos gerados no beneficiamento contemplaram a avaliação de diversos vales na região
de implantação do empreendimento, de forma a selecionar aquele que melhor atendesse
aos requisitos técnicos, ambientais e econômicos do futuro empreendimento.

Foram estudadas 15 alternativas locacionais e o estudo apontou que a barragem deveria


localizar-se no ribeirão da Prata. Dentre os principais fatores que inviabilizaram a
implantação das demais alternativas estudadas estão:

▪ Proximidade de concentrações populacionais como as comunidades de Raposos,


Caeté e Morro Vermelho;
▪ Áreas com vegetação em estágio avançado de regeneração e mata nativa;
▪ Interferências com ruínas, antigas minas de ouro e cavidades;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 41


▪ Interferências com acessos, rodovias de uso intenso pelas populações locais.

Para as alternativas listadas, foram estabelecidos vários cenários de ocupação do vale do


Ribeirão da Prata, alterando eixo, tipo de barramento e materiais a serem dispostos em seus
reservatórios. Foram estudados 8 cenários e para cada um deles um conjunto específico de
alternativas. O cenário escolhido possuía uma estrutura convencional para disposição de
lama, com crista na elevação 983,0 metros.

Posteriormente, o projeto conceitual analisado na primeira versão do EIA do Projeto Apolo


(2009) foi alvo de algumas adequações ambientais, em atendimento ao solicitado pelo órgão
ambiental, por meio do OF. N º 0039/2010 de 06.01.2010, em consonância com as
expectativas da Vale e no aprimoramento de seus projetos minerários em conformidade com
as questões ambientais.

Parte das modificações realizadas no projeto conceitual do Projeto Apolo foram


apresentadas no relatório “Análise Comparativa de alternativas Locacionais e Melhorias
Ambientais”, protocolado na SUPRAM-CM, em 27.07.2010 (Protocolo Nº 084092/2010),
constando das seguintes alterações:

▪ Redução da demanda de água nova na UTM e na Barragem de Rejeito de


aproximadamente 18% e 21%, respectivamente;
▪ Mudança do sistema de contenção de rejeito associado à recuperação de água de
processo, em barragem única construída no ribeirão da Prata. A barragem única foi
assim substituída por duas barragens - uma para disposição de rejeitos e para
recuperação de água (córrego Maquiné), e outra, no ribeirão da Prata para
regularização de vazões, para captação de água nova de processo, e,
extraordinariamente para decantar sedimentos eventualmente vertidos na barragem
do Maquiné. Para a definição do chamado Cenário Maquiné/Prata foram realizadas
análises comparativas entre atributos ambientais, entre este e outros dois cenários:
Sinclinal e Juca Vieira.

No relatório “Análise Comparativa de Alternativas Locacionais e Melhorias Ambientais”


citado anteriormente, a comparação das alternativas constituídas por uma única barragem
para rejeitos e para água com a alternativa de duas barragens - o Cenário Maquiné-Prata,
resultou na adoção deste último cenário. No arranjo estudado no presente EIA, as barragens
adotadas anteriormente foram excluídas.

Destaca-se que os corpos d’água onde seriam implantadas as barragens citadas - ribeirão
da Prata e córrego Maquiné, são enquadrados na Classe I, segundo a Deliberação
Normativa COPAM nº 20, de 24 de junho de 1997, que dispõe sobre o enquadramento das
águas da bacia hidrográfica do rio das Velhas. Assim, os aspectos ambientais e os
potenciais impactos na qualidade da água desses cursos hídricos são questões
determinantes no detalhamento Projeto Apolo desde a sua concepção inicial.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 42


2.2.1.2 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DAS PILHAS DE DISPOSIÇÃO DE
ESTÉRIL – PDES

Vários aspectos de natureza econômica e ambiental podem influenciar na definição de local


para as pilhas de disposição de estéril. Considerando os critérios ambientais e econômicos,
pode-se, inicialmente, privilegiar a distribuição de estruturas em áreas mais alteradas, em
favor da preservação de ambientes naturais. No entanto, o arranjo geral da mina pode
resultar na dispersão dessas estruturas, ensejando a ampliação dos seus efeitos negativos.

No caso do Projeto Apolo, dispersar espacialmente as instalações da infraestrutura do


empreendimento implicaria na ampliação da área de influência em um domínio onde espera-
se menor interferência nos atributos ambientais da região, em razão de sua reconhecida
importância em termos ambientais.

Os estudos locacionais também foram norteados pela avaliação dos seguintes aspectos:

▪ Capacidade de armazenamento do local;


▪ Condições de acesso à frente de lavra;
▪ Geomorfologia da área (relevo, condição de saturação da fundação, presença de
solos moles, declividades, desnível topográfico, etc.);
▪ Condições hídricas;
▪ Supressão vegetal e necessidade de preparos prévios;
▪ Implicações/impactos em áreas a jusante da pilha;
▪ Condições de segurança;
▪ Área de propriedade superficiária.

Para a implantação do sistema de disposição de estéril foram analisadas no EIA protocolado


em 2009 6 (seis) alternativas de pilhas. Após a apreciação das estruturas e para atender a
demanda total de 280 Mm³, o projeto do Sistema de Disposição de Estéril previa a utilização
de duas pilhas, a saber foram selecionadas as PDE’s A e B.

▪ Pilha A, ocupando área de 166,0 ha e com capacidade de 72,3 Mm3;


▪ Pilha B, ocupando área de 253,5 ha e com capacidade de 206,0 Mm3.

Em 2010, atendendo a uma solicitação da SUPRAM, foi protocolada na forma de informação


complementar uma proposta de redução da área ocupada pela pilha A, passando a mesma
a ocupar uma área de 92,97 ha e tendo, consequentemente, sua capacidade reduzida para
40 Mm³. Esta redução demandou um aumento da capacidade volumétrica da pilha B que,
aplicando-se a técnica do empilhamento sob a forma “bolo de noiva”, passou a comportar
um volume de estéril de 225 Mm³, e ocupando 273,04 ha.

O atendimento à solicitação da SUPRAM também exigiu o uso de parte da cava exaurida


para receber o estéril que não seria comportado na configuração geométrica proposta para
as PDEs. O volume de estéril a ser disposto na cava seria de 15 Mm³, possibilitando assim a

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 43


disposição total do volume de 280 Mm³ previsto a ser gerado ao longo da vida útil do
empreendimento.

Posteriormente, houve uma modificação na localização da pilha B visando a não


interferência em uma área de mata primária. Essa alteração locacional foi protocolada na
SUPRAM em maio de 2011 e apresentada durante workshop ocorrido no dia 9/2/2012.
Destaca-se que esta alteração locacional teve implicações ambientais importantes na
medida em que parte do depósito de estéril passaria a ocupar área previamente
antropizada.

No projeto atual, em função das últimas revisões ocorridas na concepção do projeto de


disposição de estéril, a área a ser ocupada pela Pilha A sofreu mais uma redução, passando
a ocupar uma área de 52,7 ha (Figura 2-4), comportando um volume de aproximadamente
18,17 Mm³. A PDE A será suficiente para armazenar a quantidade de estéril produzida até
por volta do 5º ano da operação da mina, quando entrará em operação a PDE B, cujo novo
arranjo ocupará uma área aproximada de 214,72 ha e comportará um volume de estéril de
212,15 Mm3.

A Pilha de Estéril A do arranjo atual analisado neste EIA está projetada com altura máxima
de 238,8 metros, atingindo a El 1.520 m ao final da sua capacidade. O projeto da Pilha B
analisado neste EIA prevê uma altura máxima aproximada de 294 metros, com crista
localizada na El 1.415 m.

A altura da PDE B e seu sistema de drenagem superficial sofreram uma alteração


significativa no Projeto 2020, em relação ao projeto apresentado no EIA de 2009 por causa
do alteamento da estrutura, em decorrência da redução de área na porção sul da mesma,
com objetivo de evitar a interferência com a mata primária.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 44


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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Uso do Solo e Cobertura Vegetal - Evolução dos Arranjos da PDE-A
1:140.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2 4 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_UsoSolo_Arranjos_PDEa_A3_v05
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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Uso do Solo e Cobertura Vegetal - Evolução dos Arranjos da PDE - B
1:140.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2 4 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_UsoSolo_Arranjos_PDEb_A3_v03
2.2.1.3 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DA USINA DE BENEFICIAMENTO

As premissas da escolha locacional da usina de beneficiamento, além da demanda pela


menor interferência ambiental, visaram obter um arranjo do projeto o mais compacto
possível, como já discutido anteriormente.

A implantação desse tipo de estrutura demanda áreas extensas que devem ser
preferencialmente próximas às frentes de lavra e em elevação inferior, respeitando os
aspectos legais vigentes.

Os principais fatores considerados na implantação das alternativas estudadas foram os


seguintes:

▪ Proximidade de municípios e comunidades, como Caeté, Raposos, Morro Vermelho,


André do Mato Dentro e Cruz dos Peixotos;
▪ Proximidade da cava;
▪ Proximidade com a malha ferroviária (EFVM);
▪ Disponibilidade de energia elétrica;
▪ Áreas com vegetação em estágio avançado de regeneração e mata nativa;
▪ Interferência em cursos d'água;
▪ Interferências com ruínas, antigas minas de ouro e cavidades;
▪ Geomorfologia da área (relevo, presença de depósitos de solos moles, etc).

Considerando alguns critérios fundamentais para a discussão da viabilidade ambiental do


projeto como a posição da usina em relação à jazida, à estrutura de transporte e ao local de
embarque do minério, a acessibilidade dos trabalhadores e a não interferência em atributos
ambientais relevantes, chegou-se a três alternativas possíveis no EIA de 2009, sendo que a
terceira dessas 3 alternativas foi a selecionada para o Projeto e compreendia a implantação
da usina em área externa ao Sinclinal Gandarela.

Do ponto de vista técnico e econômico não era a melhor opção por também apresentar
maior distância da cava e, porque sua posição mais elevada topograficamente em relação à
cava, não favorece o processo de alimentação da usina, implicando no transporte do ROM
em aclive e consequentemente maior custo operacional.

Diversos fatores propiciaram a escolha dessa alternativa no EIA de 2009, como:

▪ Interferência em vegetação de menor relevância;


▪ Menores volumes de corte/aterro, com a usina ocupando aproximadamente 95ha;
▪ Transferência do rejeito para barragem por gravidade;
▪ Maior proximidade com rede de alimentação elétrica.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 47


A localização da usina de beneficiamento adotada no arranjo atual (2020), não corresponde
mais àquela que foi selecionada em 2009 e foi alterada para uma área mais ao norte
daquela originalmente proposta, de modo a reduzir a interferência em áreas nativas,
utilizando, portanto, maior quantidade de áreas de reflorestamento e áreas antropizadas.

No arranjo do Projeto Apolo analisado na versão do EIA de 2009, o conjunto formado pela
usina de beneficiamento e pera ferroviária ocupava uma área de aproximadamente 155 ha.
Com a última revisão do arranjo, a usina de beneficiamento e a pera ferroviária/pátio de
produtos ocupam área de 22,5 ha. Desta forma, o arranjo final apresenta uma redução de
132,5 ha desde o EIA protocolado em 2009 (Figura 2-6).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 48


630000 635000 640000 635000 640000 645000

Projeto Apolo - 2009 Projeto Apolo - 2020

7795000 Pera
Ferroviária

7795000
Pátio

Caeté
Sabará
Usina
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7785000

Pera

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Pátio Parque Nacional
da Serra do
Parque Nacional Usina Gandarela
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Parque Nacional
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n
7780000

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630000 635000 640000 635000 640000 645000 Bá

Estruturas Apolo Áreas de Vegetação Natural Campo rupestre sobre Áreas Antrópicas Pasto com árvores Proteção Integral Base Cartográfica (Fonte):

®
Projeto Apolo Floresta semidecidual - canga Reflorestamento de isoladas Uso Sustentavel
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018);
Unidade Conservação (SEMA, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE,2009,2017 e 2021).
1:75.000
Estágio médio / avançado Vegetação arbustiva Eucalipto Solo exposto / processos km
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
sobre canga erosivos Limite Municipal Projeção: Transverse Mercator
0 0,5 1
Acesso

Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Evolução do Uso do Solo nos Arranjos 2009-2020 nas áreas da Usina de beneficiamento, Pátio de Produtos e Pera Ferroviária.
Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_Uso_Patio_Pera_Usina_2009X2020_A3_v02
2.2.1.4 REDUÇÃO NAS ÁREAS TOTAL E DE INTERFERÊNCIA EM ÁREA
NATURAL

Comparando-se as ADAs de 2009 e a atual (2020), houve uma redução de 25% na área a
ser ocupada pelo empreendimento. Em relação à interferência em áreas naturais houve uma
redução de supressão em áreas naturais de 37%.

Destaca-se que no arranjo de 2009 esse quantitativo não considerava a área do ramal
ferroviário, que era licenciado em processo distinto, e a área de segurança, que passou a
ser incorporada no arranjo 2020.

Tabela 2-2: Redução (2009 x 2020) de áreas e naturais afetadas pelo projeto
Área Arranjo 2009 Redução percentual
Área Área Arranjo 2020 (ha)
(ha) aproximada
Área diretamente afetada 1.841,45 1.367,93 25,71

Supressão de áreas naturais* 1.676,84 1.054,52 37,11

*Inclui áreas de Reflorestamento de Eucalipto com regeneração de sub-bosque.

2.2.1.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise das alternativas locacionais para o desenvolvimento do Projeto Apolo Umidade


Natural foi resultado de uma prática rotineira que começou em 2009 com a apresentação do
primeiro arranjo do projeto submetido ao processo de licenciamento ambiental.

O arranjo apresentado, conforme demostrado no referido EIA, foi objeto de inúmeras


análises para localização de pilhas de estéril, arranjos de barramentos, locação de usinas de
beneficiamento e de acessos. Esgotadas a discussão locacional na ocasião, o arranjo foi
validado e respaldado por um conjunto premissas estruturadas pela compreensão da
relevância ambiental da área de inserção do empreendimento.

Como destacado no presente estudo, o necessidade de barragem de grandes dimensões


localizada no ribeirão da Prata, a montante da cidade de Raposos, num contexto de
geração de impactos sobre o curso citado frente ao uso turístico que este se presta, bem
como o estado elevado de conservação que se revela em toda a bacia, constituíram
bandeiras que imputaram ao empreendedor a necessidade de busca de novas rotas de
processamento de minério que resultassem na exclusão pretendida de produção mineral.
Obviamente esta alteração configura a adoção de uma nova alternativa tecnológica com
evidentes ganhos em termos de interferência ambiental de toda sorte, eliminação de riscos
importantes, redução drástica na demanda hídrica, entre outros aspectos positivos de menor
monta quando se compara com o primeiro arranjo.

Na alternativa locacional apresentada foram resguardadas as premissas apontadas pela


equipe técnica responsável pela discussão do arranjo do projeto, resguardando de
interferências áreas orientadas para drenagens que fluem para o interior do sinclinal, agora
um a unidade de conservação de proteção integral, bem como na máxima compactação

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 50


possível das estruturas associadas ao projeto Apolo Umidade Natural de modo a eliminar
fragmentação, perda de conectividade e interferências na paisagem num contexto muito
amplo de maior disseminação de impactos ambientais de toda natureza.

No caso do projeto em análise, o arranjo espacial das condições limitantes do uso do


território é claro como mostrado no presente capítulo e impõe restrições espaciais alinhadas
com as premissas estabelecidas de modo muito importante.

De todo modo, observa-se que o contexto geral do projeto aponta para um amadurecimento
no seu arranjo tecnológico com pleno alinhamento com as demandas apresentadas nas
discussões diversas que sempre pautaram o projeto, bem como como a plena observação
dos elementos impeditivos conforme os requisitos legais aplicáveis para a definição do seu
arranjo locacional com destaque para enquadramentos fluviais, a paleotoca, a matas de
máxima expressão local, o Parque Nacional, as cavidade de relevância máxima e suas
áreas de proteção.

Como se observa, muitas foram as questões que balizaram a proposição de um projeto que
alterou seus processos tecnológicos de produção de minério e o seu arranjo locacional
resguardando aspecto de rigidez locacional mas incorporando os preceitos de máxima
observância ao contexto ambiental local.

Esse amadurecimento num contexto temporal do projeto resultou num arranjo em que
questões de natureza mais pontual são menos relevantes visto a existência de aspectos
demandados por diferentes atores que diretamente ou indiretamente contribuíram para
evolução do projeto.

A não implantação do projeto representa a manutenção da dinâmica local com resguardo


das condições paisagísticas e o contínuo estabelecimento da floresta em substituição
gradual do eucalipto. Essa dinâmica estará vinculada à manutenção do modelo de produção
atual existente no local, fato que não pode ser garantido pela inexistência de critérios
objetivos para essa finalidade.

Por se tratar de um espaço inserido na zona de amortecimento de uma Unidade de


Proteção integral, num contexto de forte apelo ambiental e de franco potencial turístico, tal
vocação pode se consolidar na área em detrimento do desenvolvimento da indústria de
mineração.

De todo modo, importante considerar que grandes extensões de terra em mãos de grandes
empresas do ramo da mineração podem ser vendidas ou submetidas a novas formas
produtivas caso a atividade ora proposta não venha a se materializar. Trata-se de uma
reserva de terrenos objetivamente adquirida com foco específico no desenvolvimento do
projeto.

Não menos importante é o fato do importante efeito econômico do projeto na capacidade de


investimento de Caeté, em especial, cujo efeito encontra-se discutido em capítulos
específicos ao longo desse EIA.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 51


2.2.2 ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

2.2.2.1 PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO

Destaca-se a mudança no processo de beneficiamento a úmido para beneficiamento a


umidade natural, o que proporcionou a supressão da barragem anteriormente prevista.

Conforme mencionado, após a análise das alternativas de locais para a disposição de


rejeitos gerados no processo de beneficiamento, foi selecionado o vale do ribeirão da Prata
para a construção de duas barragens - uma barragem para a contenção de rejeitos e outra
para a regularização de vazões e captação de água para o empreendimento.

A alternativa selecionada e analisada no EIA de 2009 previa a construção de uma barragem


que teria a dupla função de reter rejeitos e fornecer água nova e recuperada no rejeito para
o projeto. A alternativa selecionada seria construída a uma distância de aproximadamente 8
km a montante da cidade de Raposos. Esta barragem teria 128 m de altura máxima, área do
espelho d`água de aproximadamente 369 ha e capacidade volumétrica do reservatório de
141,86 Mm3. Esta barragem teria capacidade de receber a totalidade dos rejeitos previstos
nos seus 17 anos de vida útil prevista inicialmente, ou seja, conteria um volume de rejeitos
total de 114,1 Mm3.

Com os devidos ajustes no teor de minério de ferro e na especificação do produto, em


função do que hoje existe em termos de demanda do mercado mundial, foi possível ajustar
o Projeto Apolo ao beneficiamento a umidade natural que não produz rejeitos no processo
de beneficiamento e com isso não demanda barragem para a contenção destes.

Nesse contexto, novos arranjos espaciais do empreendimento julgados importantes foram


assumidos pela engenharia da Vale, que além dessa alteração também reduziu as
instalações de beneficiamento de modo geral, ajustando o volume anual de produção e,
principalmente, obtendo a menor interferência em ambientes naturais. Esse foi, portanto, um
importante avanço tecnológico no processo produtivo com implicações ambientais
relevantes.

2.2.2.2 DEMANDA DE ÁGUA NOVA PARA A PLANTA

Houve significativa redução na necessidade de água nova a ser utilizada para o


beneficiamento de minério, outra implicação importante da mudança tecnológica do
beneficiamento a umidade natural.

Inicialmente, o reservatório da barragem do ribeirão da Prata teria capacidade de atender à


demanda de água de processo de 3.350 m3/h o que atenderia à demanda total de água
nova para a planta de beneficiamento que, na época, era de aproximadamente 3.340 m3/h.

Com a evolução do projeto e as alterações já citadas, atualmente, o Projeto Apolo, na Etapa


de Operação, demandará uma vazão de 82 m3/h, que será parcialmente suprida por 4 poços
subterrâneos (P2, P3, P4 e P7 - Plano Diretor - Desenho 0000MA-L-00927, (Anexos do
Volume 1 - Anexo I) e o restante estimado em 39,6 m3/h, será obtido em uma captação de

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 52


água superficial no córrego Cachoeira (PC 5). Destaca-se que as vazões dos poços poderão
variar de 10 a 40 m3/h, conforme estimativa baseada no modelo numérico que será aferido
em etapa posterior.

2.2.2.3 SOLUÇÕES PARA A MELHORIA DO SISTEMA DE CONTENÇÃO DE


SEDIMENTOS

As pilhas de estéril A e B do projeto Apolo (2009) contariam com dois diques de contenção
de sedimentos cada uma. Seriam os diques 1A e 2A para a PDE A, e os diques 1B e 2B
para a PDE B. Esses diques teriam a capacidade de armazenar 780 mil m3 de sedimentos.

As características gerais desses diques são apresentadas na tabela a seguir.

Tabela 2-3: Características gerais dos diques de contenção de sedimentos associados às


PDEs – Arranjo 2009
Volume do reservatório Área de inundação Altura do maciço do dique
Dique
(m3) (ha) (m)
Dique 1A 248.212 4,4 20
Dique 2A 34.118 0,8 12
Dique 1B 108.246 1,15 21
Dique 2B 389.405 3,89 25

(Fonte: EIA/2009)

A legislação brasileira passou por significativa evolução desde a criação da Política Nacional
de Segurança de Barragens (Lei n. 12.334/10) e outros diplomas legais federais e estaduais
que foram publicados após o rompimento da barragem de rejeitos da mina Córrego do
Feijão em Brumadinho. Em razão disso, o projeto do sistema de controle de sedimentos, do
qual fazem parte os diques, passou por modificações visando a sua adequação à legislação
atual e visando atingir uma eficiência de tratamento dos efluentes para que estes
apresentem características compatíveis com o que estabelece a legislação para o seu
lançamento nos corpos hídricos da região. O atual sistema de contenção de sedimentos
compreende os sistemas diques/sumps, conforme detalhado a seguir.

Para o presente arranjo, as vazões decorrentes das precipitações diretas na cava e entorno
que não são passíveis de serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para sumps
localizados no fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os canais de
drenagem mais próximos que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques de
contenção de sedimentos 1A, 2A, 2B e 3 e seus respectivos sumps associados (Tabela 2-4).

Tabela 2-4: Características gerais dos diques de contenção de sedimentos associados às


PDEs e estruturas– Arranjo 2020
Dique Volume do reservatório (m3) Área total (ha) Altura do maciço do dique (m)
Dique 1A 231.138 1,90* 8,50
Sump 1A -I 226.728 0,17 -
Sump 1A -II 140.640 1,33 -
Dique 2A 5.415,71 0,836 9,70
Sump 2A -I 42.146,05 1,58 -

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 53


Dique Volume do reservatório (m3) Área total (ha) Altura do maciço do dique (m)
Dique 2B 197.291 6,81 8,83
Sump 2B -I 28.897,69 1,78 5,00
Dique 3 1.075 0,17* 9,03
Sump 3 -I 10.020 0,77 5,00
Sump 3 -II 87.302 1,77 10,00

* Área total correspondente ao somatório das áreas do maciço e respectivo reservatório.

Os diques do projeto de 2009 eram destinados exclusivamente ao controle de sedimentos


das áreas das pilhas. No presente arranjo, os sistemas diques/sumps foram projetados para
uma maior eficiência do controle de sedimentos, abrangendo também todo o conjunto de
áreas operacionais da mina, compreendendo:

▪ Sistema Dique 2A e Sump 2A: controle de sedimentos da PDE A, dos platôs


operacionais e administrativos alocados próximo a cava, da própria cava e do canal
de proteção da Mata Primária;
▪ Sistema Dique 2B e Sump 2B-I: controle de sedimentos da PDE B e da drenagem da
planta industrial;
▪ Sistema Dique 1A e Sumps 1A-I e 1A-II: controle de sedimentos da parte central da
cava;
▪ Sistema Dique 3 e Sumps 3-I e 3-II: controle de sedimentos da parte central da cava.

Apesar de ter havido um aumento de área ocupada pelos sistemas de contenção de


sedimentos, o critério de decisão entre as alternativas analisadas é principalmente definido
pela eficiência do sistema em reduzir turbidez e presença de sólidos nas águas de
drenagem da cava e das pilhas de disposição de estéril. Adicionalmente aos sumps e
diques, foram consideradas estruturas de tratamento redundante, compostas por chincanas
e cortinas de turbidez, além de produtos floculantes e coagulantes, a fim de alcançar
parâmetros de qualidade de curso hídrico classe 1.

A seguir se apresenta o estudo de opções para tratamento associado à contenção de


sedimentos, lembrando que o empreendimento não gera efluentes do tratamento de
minérios, as águas tratadas no sistema de diques decorrerão da drenagem de cavas, pilhas,
planta e áreas administrativas próximas à cava.

2.2.2.3.1 OPÇÕES DE TRATAMENTO ASSOCIADA AO SISTEMA DE CONTENÇÃO DE


SEDIMENTOS

Como parte das melhorias pelas quais vem passando o Projeto Apolo, a Vale contratou uma
revisão do sistema de contenção de sedimentos a fim de melhorar a sua eficiência, o que se
resumiu no relatório técnico RL-9024MA-X-01977 elaborado pela empresa DF+ Engenharia
Geotécnica e Recursos Hídricos, que expressa conceitos dos dispositivos que integrarão as
estruturas de contenção de sedimentos, objetivando o controle de turbidez nos cursos
d’água existentes na área de inserção do Projeto Apolo.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 54


As alternativas de solução pesquisadas pela Vale visaram definir a aplicabilidade das
mesmas quanto à sua operação em conjunto com as estruturas de contenção de
sedimentos (diques e sumps) com a finalidade de atender o padrão de qualidade (turbidez
de 40 UNT) permitido em cursos d’água enquadrados na classe 1 segundo a legislação
aplicável, como é o caso da maioria existente na região de implantação do Projeto Apolo.

▪ Floculação e Coagulação

Em virtude da limitação dos volumes dos reservatórios, por causa da restrição na altura dos
barramentos e pela própria topografia encaixada dos fundos de vale da região do Projeto
Apolo, os tempos de residência possíveis de serem alcançados não são suficientemente
longos para que ocorra a decantação dos sedimentos mais grosseiros naturalmente. Para
adequada sedimentação dos materiais coesivos, torna-se necessário o uso de coagulantes
e polímeros para floculação das partículas finas em suspensão, possibilitando alcançar o
nível de clarificação da água desejado.

Assim, além das estruturas de contenção projetadas (sumps e diques) para os sólidos em
suspensão das águas bombeadas da cava, propôs-se acelerar a sedimentação via
coagulação e floculação para fins de atendimento da classe 1 (40 UNT).

Em princípio, o tratamento químico será através da aplicação dos coagulantes e polímeros


na vazão de entrada, ou seja, nas estruturas hidráulicas a montante dos sumps e diques,
para que ocorra a floculação e decantação dentro do próprio reservatório destas estruturas.
Destaca-se a possibilidade de instalação de stop-logs, medidores Parshall, vertedouros ou
mesmo arranjo entre a descarga da tubulação de recalque ou canais nas estruturas de
entrada dos sumps e diques para promover zonas de forte agitação da água.

Os sólidos sedimentados serão posteriormente removidos durante as manutenções de


limpeza. No entanto, pelas questões já apontadas que limitam o volume de reservação
nestas estruturas, na fase posterior de projeto, se pertinente, poderá ser avaliada a
alternativa de adoção de estações de tratamento modulares, com eficiências nominais do
fabricante, por onde a água bruta afluente passaria antes do seu lançamento no corpo
receptor.

Na fase de projeto detalhado dos sistemas de tratamento de águas do Projeto Apolo, deve-
se observar alguns aspectos hidrológicos relevantes, como a magnitude das vazões
afluentes e o seu regime sazonal, tendo em vista que nos períodos de chuvas haverá um
volume bem maior de efluentes a serem tratados.

Importante também, quando do maior detalhamento técnico da operação destes sistemas,


será estabelecer a periodicidade de remoção do lodo depositado no fundo dos reservatórios,
resultante do processo de clarificação das águas.

Durante a operação das estruturas, a empresa responsável irá verificar continuamente a


dosagem ideal dos produtos químicos, observando a eficiência do processo de clarificação,
através do monitoramento dos valores de turbidez da vazão de saída e no corpo receptor.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 55


▪ Chicanas para aumentar o tempo de residência

A função destas estruturas é proporcionar condições hidráulicas a partir do aumento do


tempo de residência com consequente melhoria das condições da floculação das partículas
de sedimentos mais finos, após a aplicação dos produtos químicos. A chicanas instaladas
nos sumps terão o objetivo de favorecerem gradientes médios de velocidades compatíveis à
formação de flocos. Em alguns sistemas de tratamento a floculação normalmente é prevista
em canais a montante das bacias de sedimentação, no caso do Projeto Apolo, como há
grande limitação espacial por características topográficas locais e a diretriz de não aumentar
as áreas impactadas, optou por propor a introdução de chicanas nas próprias estruturas
(sumps) de contenção e sedimentos.

Portanto, a otimização da formação de flocos, poderá melhorar o desempenho dos sumps


na remoção de turbidez. Isso seria a grande vantagem desta alternativa tecnológica. Na
prática, parte do volume dos sumps seria ocupada por tais chicanas como exemplificado na
Foto 2-1 a seguir, com escala bem distinta, em um uso da tecnologia numa Estação de
Tratamento de Água para abastecimento público.

Estas estruturas serão aplicadas nos sumps, considerando um arranjo de instalação dentro
dos reservatórios à montante da área destinada a sedimentação. Estas chicanas serão
instaladas após o ponto (seção hidráulica) ou trecho (de tubulação ou canal aberto) de
aplicação dos produtos químicos na entrada do reservatório.

Foto 2-1: Floculador hidráulico do tipo chicana horizontal em sistema de tratamento de água.

▪ Cortinas de Redução de Turbidez

A cortina de redução de turbidez ou barreira flutuante é uma barreira flexível e permeável


usada para reter sedimentos em corpos d'água. A barreira é constituída de geotêxtil, que
pode ser tecido ou não tecido, de variadas gramaturas, que tem sido usada em uma ampla
variedade de projetos de engenharia e construção, e tem aplicação para retenção de sólidos
em lagoas e diques de áreas de mineração (BANO et. al, 2019).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 56


Esta cortina, geralmente, é pesada na parte inferior, ou ancorada, para garantir que os
sedimentos não passem por baixo da barreira, que é sustentada na parte superior por um
sistema de flutuação.

As fotos apresentadas a seguir (Foto 2-2) são exemplos de aplicação em casos de obras
próximas a corpos d’água. Neste exemplo ilustrado nas fotos, num lago da província
canadense Colúmbia Britânica, a turbidez média nas águas retidas pelas cortinas varia de
100 UNT a 700 UNT. A jusante da segunda barreira de turbidez, nas águas azuladas, a
média dos valores de turbidez é de 4 UNT – o comprimento das barreiras é de cerca de 170
metros (BANTING e WONNACOTT, S.D.).

Foto 2-2: Barreiras de redução de turbidez.


Fonte: BANTING e WONNACOTT (S.D.)

Para aplicação dessas barreiras de turbidez em reservatórios que receberão aplicação de


produtos químicos, em virtude da colmatação precoce do geotêxtil, é recomendada a
manutenção/substituição das cortinas com maior frequência. Portanto deve haver um
planejamento de inspeções e manutenções preventivas e corretivas desses sistemas,
principalmente, nos períodos chuvosos, quando forem mais demandados.

A limpeza de fundo dos diques que tiverem essas cortinas instaladas também deve ter a sua
frequência e inspeções adequadas, porque o acúmulo de lodo no fundo próximo a
ancoragem da cortina pode dragar o dispositivo flutuador (vide Figura 2-7), fazendo que a
barreira perca seu desempenho. As barreiras aplicadas em série, como será proposto,
também servem para que quando uma barreira sofrer algum dano, a subsequente garante a
redundância necessária.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 57


Figura 2-7: Esquema demonstrado a dragagem da cortina para o caso de acúmulo
de lodo no fundo.
Fonte: BANTING e WONNACOTT (S.D.)

O projeto prevê a implantação desta alternativa nos diques de jusante, como solução
redundante àquelas propostas nos sumps de montante. Instalação em sequências (série),
com variadas gramaturas, iniciando com gramaturas menores e seguindo para gramaturas
maiores, podem ser uma configuração que reduza a colmatação das cortinas. Projetos
modulares poderão facilitar a manutenção.

Será avaliado de forma mais específica o tipo de material (geotêxtil) das cortinas, gramatura,
dimensão da malha, e forma de fixação da mesma (estacas verticais, lastros, flutuadores).

▪ WETLANDS

Wetlands é um sistema passivo de tratamento de águas, que demanda menos intervenção


que os processos ativos (ex. adição floculante), entretanto demanda grandes áreas de
inundação.

Essa solução foi estudada para o Projeto Apolo, mas tendo em vista as vazões de pico bem
como a eficiência de tratamento necessária, demandou-se uma área para implantação do
sistema de wetlands que não se encontrou na região do Projeto Apolo. A topografia

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 58


encaixada e a restrições de espaço disponíveis dificultam a proposição de áreas para
instalação desta tecnologia.

Em virtude destas limitações, uma alternativa poderia ser estudar cenários de alagamentos
de áreas a montante e a jusante dos diques e sumps, onde for possível dentro da ADA. Tais
proposições ainda permitiriam que estas wetlands operassem em redundância, podendo-se
estimar a eficiência adicional pela área possível de alagamento.

2.2.2.3.2 PROPOSTA PARA SISTEMA CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS E


TRATAMENTO DE ÁGUAS

A Figura 2-8 sintetiza a proposta geral para revisão do sistema de contenção de sedimentos
do Projeto Apolo, contemplando diques e sumps contendo chincanas e cortinas de turbidez,
bem estrutura para aplicação de coagulantes e floculantes para melhor eficiência do
tratamento. Medidas preventivas para minimizar a produção de sedimentos nas diferentes
áreas diretamente afetadas pelo Projeto Apolo, por bacia hidrográfica, são apresentadas no
capítulo 5 deste EIA - Caracterização do Empreendimento.

Figura 2-8: Arranjo das soluções analisadas para redução da turbidez no Projeto Apolo.

2.2.2.4 ALTERAÇÃO NA TECNOLOGIA DO TRANSPORTE DE ROM

De acordo com o Relatório Técnico Final da SNC Lavalin (RL–0000MA-G-00004, rev 1), o
desenvolvimento da engenharia conceitual foi precedido de uma etapa inicial, que consistiu
no desenvolvimento de trade-off referente ao manuseio do ROM. Foram estudadas as
alternativas de transporte de ROM da cava até a usina através de um sistema de TCLDs ou
através de caminhões fora de estrada, sendo:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 59


▪ Alternativa 1: Transporte de ROM da cava da mina até à usina, através de um
sistema de TCLD;
▪ Alternativa 2: Transporte de ROM da cava da mina até à usina, através de
caminhões fora de Estrada.

Após a elaboração dos estudos e levantamento dos quantitativos, foi possível determinar
que a alternativa de menor valor de implantação seria a alternativa 2, ou seja, transporte de
ROM da cava da mina até à usina, através de Caminhões fora de Estrada.

Entretanto, o relatório recomendou que fosse avaliado pela VALE o investimento inicial em
conjunto com os reinvestimentos e custos operacionais (OPEX) ao longo da vida útil do
projeto. Assim sendo, após análise do fluxo de caixa realizada pela Vale, foi escolhida a
alternativa 1 como a melhor opção, prevalecendo o transporte de ROM da cava da mina até
à usina, através de TCLDs.

A melhor alternativa do ponto de vista financeiro, também é a melhor do ponto de vista


ambiental. A opção 2 (TCLD) representa menor área afetada diretamente e menor
quantidade e menor magnitude dos impactos ambientais gerados durante a operação, e
menores custos com a recuperação de áreas degradadas.

O acesso para caminhões fora de estrada (alternativa 1) implicaria em grande


movimentação de terra, podendo demandar áreas de empréstimo e bota-foras.
Considerando o tipo de relevo da região, os cortes e aterros previstos gerariam extensas
superfícies decapeadas expostas a intempéries, geradoras de sedimentos e sujeitas a focos
de erosão.

A circulação de caminhões fora de estrada geraria a emissão de material particulado e de


gases de combustão dos motores a diesel (gases do efeito estufa). A direção longitudinal à
mina do traçado do acesso ligando a mina à usina, traria a necessidade de implantar
diversos bueiros para preservar as drenagens naturais. Este tipo de estrutura também
demanda trabalhos de manutenção e limpeza constantes.

Durante a evolução do projeto do TCLD também houve melhorias no próprio projeto desta
estrutura, entre as quais destaca-se a adoção de um túnel Armco para a passagem do
TCLD entre as estacas 37+2,00 e 47+16,00, portanto, tendo uma extensão de 214 m e
plataforma de 6,30m. Este túnel evitará a execução de cortes de grande vulto.

2.2.3 ALTERNATIVAS DE LOGÍSTICA

A alternativa de logística ferroviária é a alternativa a ser adotada visto que o


empreendimento se localiza muito próximo à Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).
Portanto, não se pensou em outra alternativa logística para o escoamento do minério do
Projeto Apolo que fosse mais viável ambientalmente ou economicamente.

Apenas a pera ferroviária integrava o empreendimento cujo EIA foi submetido à SUPRAM
em 2009. O Ramal Ferroviário de Apolo analisado no EIA protocolado em 2009 no IBAMA,
apresentava 14,9 km de extensão dentre os quais 4,02 km em túneis e 0,73 km em

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 60


viadutos, e 11 km de acessos, 9 canteiros, além de 9 ADMEs (Áreas de Disposição de
Materiais Excedentes) e duas AEs (áreas de empréstimo).

Em meados de 2013, em virtude da possibilidade da criação do Parque Nacional da Serra


do Gandarela, houve alterações no arranjo espacial de estruturas do Projeto Apolo, levando
a engenharia da Vale a propor um novo arranjo para o projeto do ramal ferroviário, visando
adequá-lo às novas estruturas da mina.

Em função da mudança de local da usina de beneficiamento e do pátio de produtos, ocorreu


a mudança de local da pera ferroviária do Projeto Apolo e, consequentemente, do ramal
ferroviário que foi oportunamente otimizado, tendo seu trajeto reduzido para 8,2 km de
extensão e as obras de arte anteriormente previstas reduziram-se também à necessidade
de 1 viaduto, tendo as demais instalações de apoio sendo consolidadas e compartilhadas
com as das demais estruturas do projeto como um todo.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 61


3 ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

3.1 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE

3.1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

No Brasil há robusta legislação referente ao tema ambiental, contemplada em diversos


instrumentos, desde a Constituição Federal de 1988 (CF), Leis, Decretos, até instrumentos
normativos técnicos, específicos para cada bem ambiental tutelado.

A Constituição Federal de 1988, inovou ao trazer capítulo específico (capítulo VI) para a
temática ambiental, tratando do princípio norteador até diretrizes para o seu cumprimento.

O princípio ambiental constitucional basilar é o do Desenvolvimento Sustentável e está


disposto no artigo 225 da CF:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.”

Dentre as diretrizes necessárias à promoção do Desenvolvimento Sustentável destacam-se,


para aplicação ao projeto contemplado neste estudo, os dispostos nos incisos:

“ Art. 225 (...)

§1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus


componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio


ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão
público competente, na forma da lei.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 62


§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á,
na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.”

Dentre as principais leis ambientais brasileiras, destaca-se a Lei Federal 6.938, de 1981,
que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA.

Nos termos da Lei, a PNMA “tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana” (art. 2º), atendidos alguns princípios, dentre os quais
destacamos:

▪ ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o


meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado
e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
▪ racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
▪ planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
▪ proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
▪ controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
▪ acompanhamento do estado da qualidade ambiental.

A PNMA tem entre seu objetivos (i) a compatibilização do desenvolvimento econômico-


social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, (ii)
estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso
e manejo de recursos ambientais e (iii) à imposição, ao poluidor e ao predador, da
obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição
pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.

Nota-se que a PNMA não tem a intenção de tornar o Ambiente “intocável”. Ao contrário, a
política vista apontar as referências para atuação do estado no fomento e garantia de um
desenvolvimento sustentável. Para tanto, o equilíbrio entre uso e conservação dos recursos
ambientais, a definição e atendimento a parâmetros de qualidade ambiental e a
responsabilização dos “usuários” destes recursos, devem ser (e vem sendo) efetivados por
meio de normas e planos orientadores para a atuação dos órgãos públicos e da comunidade
brasileira.

3.2 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA

Os órgãos e entidades do Estado, nas esferas federal, municipal e estadual responsáveis


pela promoção da PNMA compõem o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA.

O órgão consultivo e deliberativo em nível federal é o CONAMA - Conselho Nacional do


Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor diretrizes de
políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 63


de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. Daí vem a vasta
normatização deste órgão quanto a temática ambiental, via de regra expedidas por meio de
Resoluções.

Merece destaque na promoção da PNMA os órgãos executores, os órgãos seccionais e os


órgãos locais que, de acordo com a competência e nas áreas de sua jurisdição, irão exercer
atividades de normatização, fiscalização e controle quanto aos temas e interações
ambientais.

Destaca-se aqui o art. 23 da CF que dispõe da competência comum entre União Estados e
Municípios, para proteção ambiental, instituindo o denominado federalismo cooperativo. Ou
seja, as atividades administrativas para proteção ambiental constituem-se um poder-dever
de todos os entes da federação:

“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e


cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a


União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.”

Para o atendimento ao parágrafo único do artigo 23 da CF, fora editada a Lei Complementar
140/2011, exatamente fixando as normas para a cooperação entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do
meio ambiente, ao combate à poluição e à preservação das florestas, da fauna e da flora.
Esta Lei Complementar tem, então, papel central na definição da competência administrativa
para atuação na fiscalização e controle das atividades que possam causar potencial ou
efetiva intervenção no meio ambiente.

Importante ainda, destacar que a competência legislativa em matéria ambiental é


concorrente, nos termos do art. 24, inciso VI, VIII, principalmente.

3.2.1 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PARA O PROJETO

Citada anteriormente, a Lei Complementar 140, de 2011, fixou normas para a interação
harmônica entre a União, Estados, Municípios e Distrito Federal no que tange as ações
administrativas relativas à proteção ambiental e combate à poluição.

Registra-se que, uma vez sendo comum a competência para cuidado da matéria, é
fundamental à coordenação das atividades estatais no sentido de não haver uma

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 64


sobreposição ineficiente, mas sim, uma complementação eficaz. Neste sentido, destaca-se
o disposto nos incisos III e IV do art. 3º da referida legislação:

“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, no exercício da competência comum a que se refere esta
Lei Complementar;

III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de


atuação entre os entes federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e
garantir uma atuação administrativa eficiente;

IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as


peculiaridades regionais e locais.”

Um dos principais pontos trazidos pela Lei Complementar 140, de 2011 é a competência
administrativa dos entes da federação na matéria ambiental. Cabe aqui o registro de que a
Política Nacional de Meio Ambiente é executada por diversos órgãos nas três esferas da
federação. Neste sentido, o projeto apresentado neste estudo é susceptível de aplicação de
normas Federais, Estaduais e Municipais.

Deve ser avaliado para cada tema ambiental sensível ao projeto, qual será a competência
administrativa para licenciamento, fiscalização e controle visando uma melhor apuração das
normas técnicas de referência a serem aplicadas ao empreendimento. Isto será feito na
sequência deste capítulo, quando abordados os principais temas ambientais. Entretanto,
importante seja salientado que a existência de Lei Estadual, sobre determinado tema, por
exemplo, não afasta automaticamente a aplicação de Lei Federal ou Municipal sobre o
mesmo assunto e vice e versa. Mais uma vez, o tema deve ser verificado, assim como os
próprios dispositivos legais a serem aplicados.

3.3 OBRIGAÇÕES JURÍDICAS

Tendo em vista a competência concorrente dos entes da federação quanto a matéria


ambiental, ou seja, via de regra a União, Estados e ao Distritos Federais podem (devem)
elaborar legislar sobre a temática ambiental de forma concorrente (e os Municípios de
Forma Suplementar), cabe uma breve consideração sobre a técnica geralmente utilizada
para verificar qual norma se aplica ao empreendimento quanto houver regramento do
mesmo tema por mais de um ente federado.

Os Estados e o Distrito Federal podem editar normas gerais em matéria ambiental se a lei
federal for omissa, o que também pode ocorrer com os Municípios se inexistir norma geral
federal ou estadual sobre o mesmo tema (CF, arts. 24, I, VI e VII, e 30, I e II). O resultado
disso é que o Estado e o Distrito Federal não podem contrariar as normas gerais editadas
pela União, da mesma forma que os Municípios devem harmonizar-se às normas gerais
editadas pela União e pelos Estados, no caso de omissão federal.

É importante dizer que as normas gerais editadas pela União podem ser complementadas
pelos Estados e pelo Distrito Federal visando a maior adequação e detalhamento quanto a
realidade regional. Aos Municípios resta a competência para legislar sobre assuntos de

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 65


interesse predominantemente local, de modo a se adequar à legislação federal e à
legislação estadual.

Em caso de conflito entre normas municipais, estaduais e federais sobre o mesmo assunto
ligado à proteção ambiental, não existe um ‘princípio’ universal da prevalência da norma
mais restritiva. Cada caso deve ser resolvido com base no sistema constitucional de
competência. Entretanto, na prática, ainda restando dúvidas, não se dispensa, via de regra,
a análise de maior restrição normativa com um dos critérios para resolução do conflito. Nas
palavras do Professor Paulo José Leite Farias:

“Assim, o princípio in dubio pro natura deve constituir um princípio inspirador da


interpretação. Isto significa que, nos casos em que não for possível uma
interpretação unívoca, a escolha deve recair sobre a interpretação mais favorável ao
meio ambiente. Fica assim solucionado o conflito em função da maior restritividade
da legislação federal ou estadual, caso não se possa distinguir com clareza que se
trata de normas específicas ou gerais [...].(FARIAS, 1999, p. 356)”.

3.4 RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL

▪ Responsabilidade Civil Objetiva

A Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal 6.938, de 1981, em seu artigo 14, §1º,
institui no ordenamento jurídico brasileiro que a responsabilidade civil por dano ambiental é
objetiva, ou seja, independe de culpa ou dolo:

“Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e
municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção
dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental
sujeitará os transgressores:

§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor


obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os
danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O
Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.”

Neste sentido, caso haja dano ambiental e a terceiros, decorrentes da atividade de


determinado empreendimento (nexo causal deve ser comprovado), haverá o dever de
reparação e indenização por parte do empreendedor independente da apuração de dolo ou
mesmo culpa na ação ou omissão que eventualmente causar eventuais danos.

Apesar de haver discussões doutrinárias sobre o tema, os tribunais superiores brasileiros


aplicam a “teoria do risco integral” quando se trata de dano ambiental. Tal aplicação da
ensejo para que um empreendimento, mesmo que lícito e amparado por todas as
autorizações pertinentes à sua instalação e operação, responda objetivamente pelo dano
ambiental e a terceiros, bastando que haja os pressupostos do dano e do nexo causal,

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 66


dispensando-se os demais elementos, como a culpa exclusiva da vítima, fato de terceiro,
caso fortuito ou força maior.

Tal responsabilidade é atribuída ao empreendedor independente da fase do


empreendimento seja ela instalação ou operação.

A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-1).

Tabela 3-1: Tabela Resumo com as principais normas


TEMA: POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE
Nível de Aplicação ao Projeto: Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Constituição da República
Constituição Federal. Federal
Federativa do Brasil
Dispõe Sobre A Política Nacional do Meio Ambiente. Proíbe A
Poluição e Obriga O Licenciamento. Determina A Utilização
Lei Nº 6.938, de 31-08-1981 Adequada dos Recursos Ambientais. Regulamentada Por: Decreto Federal
Nº 99.274, de 06-06-1990 e Pelo Decreto Nº 4.297, de 10-07-
2002.
Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do
parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a
cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Lei Complementar Nº 140, Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da
Federal
de 08-12-2011 competência comum relativas à proteção das paisagens naturais
notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em
qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e
da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981

3.5 ASPECTOS LEGAIS MINERÁRIOS

3.5.1 ANM (DIREITO MINERAL E MEIO AMBIENTE)

A legislação Brasileira prevê que o desenvolvimento da atividade de mineração possui como


fundamento o interesse nacional e a utilidade pública, devendo seguir as regras regidas pelo
Código de Mineração (Decreto-Lei 227, de 1967, recentemente atualizado pela Lei 14.066,
de 2020).

De acordo com a CF, art. 176, todos os recursos minerais pertencem à União, que possui
competência de organizar e administrar tais recursos, através da Agência Nacional de
Mineração - ANM, do Ministério de Minas e Energia – MME e pela Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais CPRM. O direito de aproveitamento será prioridade do requerente que
tenha por objeto área considerada livre na data da protocolização do pedido na ANM.

A atividade minerária possui como característica a rigidez locacional, vez que o


empreendedor não pode escolher livremente o local onde exercer sua atividade produtiva,
porque as minas devem ser lavradas onde há sua incidência. Assim, mesmo em fase de
pesquisa, a localização do mineral dá ensejo a obtenção de autorizações ambientais para
intervenção, como o DAIA – Documento Autorizativo de Intervenção Ambiental. Poderá
ocorrer ainda, a necessidade de extração do próprio minério para realização de testes,
chamada Lavra Experimental, que mesmo de pequeno porte, poderá implicar em impactos
ambientais, estando sujeita ao licenciamento ambiental.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 67


Destaca-se que, nos termos do art. 39 do Decreto 9.406, de 2018, o Plano de
Aproveitamento Econômico – PAE (que compõe o Requerimento de Lavra), será firmado por
profissional legalmente habilitado e deverá conter o Plano de Fechamento da Mina (previsto
na Deliberação Normativa COPAM 220, de 2018 e na NRM-19). Em caso de construção e
operação de barragens de rejeitos, deverá incluir ainda o Plano de Ação de Emergência.

A documentação concernente ao requerimento será analisada na ANM e, cumprindo os


critérios exigidos, ensejará na Concessão pelo Ministro de Minas e Energia de uma Portaria,
documento necessário a que o interessado obtenha a licença de operação junto a CPRH, o
que lhe possibilitará o direito efetivo de exploração da jazida mineral.

A emissão da Portaria de Lavra ensejará ao empreendimento as obrigações previstas no art.


47 do Código de Mineração, das quais destaca-se a necessidade de iniciar os trabalhos
previstos no plano de lavra, dentro do prazo de 6 (seis) meses, contados da data da
publicação do Decreto de Concessão no Diário Oficial da União, salvo motivo de força
maior.

Após a obtenção da Portaria de lavra e a implantação dos projetos constantes em Plano de


Controle Ambiental - PCA, aprovados quando da concessão da Licença de Instalação, o
empreendedor deverá requerer a Licença de Operação.

3.6 NORMAS AMBIENTAIS MINERÁRIAS DE DESTAQUE

3.6.1 RESÍDUOS (PILHA DE ESTÉRIL)

Os estéreis e os rejeitos são os principais resíduos gerados pela atividade minerária,


merecendo atenção no que diz respeito a seu correto manuseio e destinação. Conforme
dispõe a NRM-19 (Disposição de Estéril, Rejeitos e Produtos), devem ser definidos de
acordo com a composição mineralógica da jazida, as condições de mercado, a
economicidade do empreendimento, sob a ótica das tecnologias disponíveis de
beneficiamento.

A NRM 19 prevê que a construção de depósitos de estéril, rejeitos e produtos deve ser
precedida de estudos geotécnicos, hidrológicos e hidrogeológicos devendo contar com
dispositivos de drenagem interna de forma que não permitam a saturação do maciço,
mantidos sob supervisão de profissional habilitado. Em caso de colapso dessas estruturas,
os fatores de segurança devem ser suficientes para que se possa intervir e corrigir o
problema, lembrando que a disposição de tais resíduos deve ser contemplada no plano de
lavra.

O empreendimento precisa adotar medidas para se evitar o arraste de sólidos para o interior
de rios, lagos ou outros cursos de água, bem como manter o monitoramento da percolação
de água, da movimentação, da estabilidade e do comprometimento do lençol freático. Caso
ocorra disposição de estéril ou rejeitos sobre drenagens, cursos d´água e nascentes, deverá
realizar estudo técnico que avalie o impacto sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade
quanto na qualidade da água.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 68


Ressalta-se que conforme determina a Resolução Conama 369, de 2006, os depósitos de
estéril e rejeitos, somente poderão intervir em APP em casos excepcionais, onde inexista
alternativa técnica e locacional, e se reconhecidos em processo de licenciamento pelo órgão
ambiental competente.

3.7 NORMAS REGULADORAS DE MINERAÇÃO - NRM E MEIO


AMBIENTAL

Nos termos da Portaria DNPM 237, de 2001, as Normas Reguladoras de Mineração – NRM
têm por objetivo disciplinar o aproveitamento racional das jazidas, considerando-se as
condições técnicas e tecnológicas de operação, de segurança e de proteção ao meio
ambiente, e seu cumprimento é obrigatório para o exercício de atividades minerárias,
cabendo a ANM fiscalização de suas aplicações.

Além da NRM-19, já citada anteriormente, no processo de licenciamento ambiental é


necessário considerar outras NRMs, das quais destaca-se:

Tabela 3-2: NRM X Principais Obrigações


NRM Nº PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS
O empreendimento deverá contar com mapas geográficos, plantas de controle geológico
02 - Lavra a Céu
da mina atualizadas e procedimentos técnicos de engenharia para controlar a
Aberto
estabilidade dos taludes.
As operações de perfuração ou corte deverão ser realizadas por processos umidificados
para evitar a dispersão da poeira no ambiente de trabalho. O empreendedor deverá
09 - Prevenção
ainda realizar amostragem da qualidade, inclusive explosividade, inflamabilidade,
Contra Poeiras
nocividade e quantidade de poeiras produzidas pela atividade minerária, mantendo os
seus registros em livro próprio.
As carpintarias deverão ser localizadas distantes de outras oficinas e demais zonas com
risco de incêndio ou explosão. Ao longo da rede de ar comprimido deverão ser
instalados purgadores de água ou outros resíduos com intervalos de até 200 metros. Os
15 - Instalações
dutos de transporte de reagentes, substâncias tóxicas, perigosas e inflamáveis, bem
como as malhas, os pontos de aterramento e os pára-raios deverão ser revisados
periodicamente e registrados os resultados das inspeções.
Em todas as obras de mineração no subsolo e na superfície deverão ser levantadas
topograficamente e representadas em plantas adequadas. Os mapas, plantas e
17 - Topografia de desenhos deve ser a atualizados periodicamente, disponíveis para a fiscalização. No
Minas caso de atividades minerárias dentro de uma faixa de 200 metros do limite da
concessão, deverá ser apresentado ao empreendedor circunvizinho mapa ou planta
representativo das atividades desenvolvidas
A construção de depósitos de estéril, rejeitos e produtos deverão ser precedida de
19 - Disposição de
estudos geotécnicos, hidrológicos e hidrogeológicos. Ademais, a disposição precisa ser
Estéril, Rejeitos e
contemplada no plano de lavra e contar com medidas para se evitar o arraste de sólidos
Produtos
para o interior de rios, lagos ou outros cursos de água e garantir a estabilidade.
A suspensão, o fechamento de mina e a retomada das operações mineiras não podem
20 - Suspensão, ser efetivados sem prévia comunicação e autorização do Departamento Nacional de
Fechamento de Produção Mineral - DNPM. O plano de fechamento (quando aplicável), deve ser
Mina e Retomada atualizado periodicamente, no que couber, e estar disponível na mina para a
das Operações fiscalização. Para o fechamento de mina, após comunicação prévia, é obrigatório o pleito
Mineiras ao Ministro de Estado de Minas e Energia, em requerimento justificativo devidamente
acompanhado de instrumentos comprobatórios.
21 - Reabilitação de Os projetos de reabilitação de áreas pesquisadas, mineradas e impactadas devem ser
Áreas Pesquisadas, elaborados por técnicos legalmente habilitados e previamente submetidos à avaliação do
Mineradas e DNPM. Ressalta-se que o projeto deve ser apresentado junto ao Plano de Controle de
Impactadas Impacto Ambiental na Mineração PCIAM, previsto na NRM-01.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 69


3.7.1 ESTRUTURAS DA ATIVIDADE MINERÁRIA E LICENCIAMENTO
AMBIENTAL

Para o exercício da atividade minerária é necessária a implantação e operação de diversas


estruturas. Tais estruturas contemplam àquelas que permitem a exploração mineral em si
(como a cava, usina de beneficiamento, pilha de estéril, canteiro de obras, acessos e
outras), e àquelas que viabilizam o controle operacional das atividades, com destaque para
os controles ambientais (como sumps e diques, ETA e ETE, etc.).

Tais estruturas, com características próprias e comuns na interação com o meio ambiente,
devem ser consideradas, avaliadas e autorizadas no processo de licenciamento ambiental
da atividade minerária, visando que sua atividade esteja lastreada pela parâmetros técnicos
legais.

Desta forma, a legislação ambiental abordada neste capítulo para atividade minerária como
um todo, aplica-se, de forma geral, às estruturas componentes do empreendimento que, não
obstante, podem ter normas específicas para sua regulação.

A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 70


Tabela 3-3: Tabela Resumo com as principais normas – Atividade Minerária

TEMA: MINERAÇÃO
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
DECRETO-LEI Nº 227, DE Institui O Código de Mineração. Condiciona O Exercício da Atividade Minerária À Anuência da União e Ao Estabelecimento de
Federal
28-02-1967 Medidas Para Evitar A Poluição do Ar e da Água .
DECRETO Nº 9.406, DE 12- Regulamenta o Decreto-Lei nº 227, de 28-02-1967, a Lei nº 6.567, de 24-09-1978, a Lei nº 7.805, de 18-07-1989, e a Lei nº
Federal
06-2018 13.575, de 26-12-2017.
PORTARIA MME Nº 70.507,
Instruções técnicas para apresentação de Novo Plano de Aproveitamento Econômico PAE. Federal
DE 23-06-2017
DECRETO Nº 9.587, DE 27- Instala a Agência Nacional de Mineração e aprova a sua Estrutura Regimental e o seu Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Federal
11-2018 Comissão.
PORTARIA DNPM Nº 155, Aprova a Consolidação Normativa do Departamento Nacional de Produção Mineral- DNPM e revoga os atos normativos
Federal
DE 12-05-2016 consolidados.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
Define Normas Para O Licenciamento Ambiental de Extração Mineral das Classes I, Iii, Iv, V, Vi, Vii, Viii e Ix. Federal
09, DE 06-12-1990
RESOLUÇÃO ANA Nº
Estabelece obrigações e regras para as outorgas preventivas e de direito de uso de recursos hídricos. Federal
1.941, DE 30-10-2017
Estabelece o Regulamento da Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra,
DECRETO Nº 45.936, DE Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários - TFRM - e dispõe sobre o Cadastro Estadual de Controle,
Estadual
23-03-2012 Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários -
CERM.
DELIBERAÇÃO Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, bem como os critérios locacionais a serem
NORMATIVA COPAM 217, utilizados para definição das modalidades de licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades utilizadores de Estadual
DE 2017 recursos ambientais no Estado de Minas Gerais e dá outras providências.

DELIBERAÇÃO
Estabelece procedimentos e normas gerais para a outorga de direito de uso de recursos hídricos relativa a atividades
NORMATIVA CERH Nº 37, Estadual
minerárias, diretrizes para elaboração do Plano de Utilização da Água - PUA
DE 04 -07-2011

DELIBERAÇÃO Estabelece diretrizes e procedimentos para a paralisação temporária da atividade minerária e o fechamento de mina,
NORMATIVA COPAM Nº estabelece critérios para elaboração e apresentação do Relatório de Paralisação da Atividade Minerária, do Plano de Estadual
220, DE 21-03-2018 Recuperação de Áreas Degradadas PRAD e do Plano Ambiental de Fechamento de Mina PAFEM e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONJUNTA
SEMAD - IEF Nº 1.905, DE Dispõe Sobre Os Processos de Autorização Para Intervenção Ambiental No Âmbito do Estado de Minas Gerais. Estadual
12-08-2013

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 71


TEMA: MINERAÇÃO
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Dispõe sobre o registro, o acompanhamento e a fiscalização da exploração de recursos minerais no território do Município de
Santa Bárbara-MG, de acordo com as competências definidas no art. 23, XI e no art. 30, I e II, da Constituição Federal, Municipal
LEI Nº 1.683, DE 19-04-
estabelece condições para o funcionamento das empresas que exploram recursos minerais e que realizam pesquisas
2013 Santa Bárbara
minerais no território do Município de Santa Bárbara-MG, institui obrigações correlatas e impõe penalidades decorrentes do
respectivo descumprimento, dando outras providências.
Dispõe sobre o registro, o acompanhamento e a fiscalização da exploração de recursos minerais no território do município de
caeté/mg, de acordo com as competências definidas no art. 23, xi e no art. 30, I e II, da constituição federal; estabelece Municipal
Lei nº 2.875/2014
condições para o funcionamento das empresas que exploram recursos minerais e que realizam pesquisas minerais no Caeté
território do município; institui obrigações correlatas e impõe penalidades decorrentes do respectivo descumprimento,
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental:
Realizar regularização para intervenções necessárias à pesquisa mineral (Resolução Conjunta SEMAD - IEF Nº 1.905, DE 12-08-2013)
As autorizações de lavra serão requeridas junto a Agência Nacional de Mineração (ANM) e perdurará enquanto a lavra for mantida em franca atividade. A Lavra Sujeitar-se-á
às limitações de área estipuladas para a mesma e as proibições de não dividi-la. (Decreto Nº 9.406, de 2018)
O empreendedor deve apresentar a ANM – Agência Nacional de Mineração até o dia 15 de março de cada ano, o relatório anual das atividades realizadas no ano anterior, de
forma a consolidar as informações prestadas periodicamente, conforme o disposto em Resolução da ANM.
Obs: O relatório anual das atividades realizadas no ano anterior deverá ser apresentado na forma estabelecida pela ANM, observado o disposto no art. 50 do Decreto-Lei nº
227, de 1967 Código de Mineração. (Decreto Nº 9.406, de 2018)
Após o término das operações e antes da extinção do título a empresa deve executar e concluir o plano de fechamento de mina. (Decreto Nº 9.406, de 2018)
Atendimento às obrigações trazidas pelas NRM´s, destacadas em quadro anterior.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 72


3.8 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

3.8.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Lei Federal 6.938, de 1981 dispõe em seu artigo 9º, diversos instrumentos da Política
Nacional de Meio Ambiente. Dentre tais instrumentos, certamente, o Licenciamento
Ambiental, previsto no inciso IV, foi o que ganhou maior efetividade, pelo poder público, e
aderência pelos empreendimentos.

Nos termos da política, a construção, instalação, ampliação e funcionamento de


estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental (art. 10º).

Salienta-se que a precedência do licenciamento às atividades listadas no artigo 10º é


fundamental para que o empreendimento conte, sem riscos de sanção, com a autorização e
chancela do poder público quanto a viabilidade ambiental do projeto, ou seja, sua
possibilidade e seu local de instalação e operação, suas intervenções ambientais, controles
operacionais, medidas de eliminação ou mitigação de impactos e, por fim, as devidas
compensações.

Em âmbito federal, cabe ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões para


implantação, acompanhamento e fiscalização do licenciamento ambiental, além das que
forem oriundas do próprio CONAMA.

Quanto ao tema, destaca-se a Resolução CONAMA 273, de 1997 que dispôs, de forma
geral, sobre o licenciamento ambiental. Tal resolução traz diversas regras ao processo de
licenciamento ambiental, em grande parte absorvidas pelas legislações estaduais e
municipais, das quais destacar-se-á a obrigatoriedade de (i) estudos prévios para atividade
efetiva ou potencialmente poluidoras, (ii) definição da competência para o licenciamento
ambiental (depois contemplada na citada Lei Complementar 140/2011 e no Decreto Federal
8.437, de 2015 – este último não aplicável ao presente projeto), (iii) as etapas do processo e
licenças a serem expedidas durante sua tramitação, (iv) as ações atribuídas ao órgão
licenciador, (v) a realização de audiência pública e demais itens que compõe a sistemática
basilar, procedimental e regulatória, deste importante instrumento da Política Nacional de
Meio Ambiente.

Em Minas Gerais, a legislação ambiental que trata do licenciamento ambiental passou por
recentes e importantes alterações, constituindo uma busca na evolução e eficácia da
sistemática do processo e adequação à realidade fática, que também evolui
constantemente.

A obrigatoriedade da precedência do licenciamento ambiental e respectivos estudos para


empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores em Minas Gerais é prevista na Lei
7.772, de 1980. Entretanto, a estrutura do Sistema Estadual de Meio Ambiente -SISEMA e a
sistemática do licenciamento, que evolui desde então, está normatizada, principalmente,

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 73


pela Lei 21.972, de 2019, pelos Decretos Estaduais 47.383, de 2018 e 47.787, de 2019 e
Deliberações Normativas COPAM 213 e 217, de 2017.

A Lei Estadual 21.972, de 2016 dispõe sobre o Sistema Estadual do Meio Ambiente, que é o
conjunto de órgãos e entidades responsáveis pelas políticas de meio ambiente e de
recursos hídricos, com a finalidade de conservar, preservar e recuperar os recursos
ambientais e promover o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade ambiental
do Estado.

O Decreto Estadual 47.787, de 2019, dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado


de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -SEMAD, que é o órgão responsável pela
implementação e acompanhamento das políticas públicas para a conservação, a
preservação e a recuperação dos recursos ambientais, bem como competente para
planejar, elaborar, deliberar, coordenar, gerir e supervisionar as ações setoriais a cargo do
Estado quanto à temática ambiental.

O Decreto Estadual 47.383, de 2018 estabelece normas para o licenciamento ambiental no


estado e, ainda, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos
recursos hídricos. Tal decreto também estabelece procedimentos administrativos de
fiscalização e aplicação das penalidades.

A Deliberação Normativa COPAM 217, de 2017 estabelece, em Minas Gerais, os critérios


para classificação dos empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores a serem
instalados e operarem no estado. Tal classificação e o procedimento de licenciamento
ambiental dos empreendimentos pertinentes serão definidos pela relação da localização da
atividade ou empreendimento, com seu porte e potencial poluidor/degradador, levando em
consideração sua tipologia.

Já a Deliberação Normativa COPAM 213, de 2017, regulamenta o disposto no art. 9º, inciso
XIV, alínea “a” e no art. 18, § 2º da Lei Complementar Federal 140/20111, para estabelecer
as tipologias de empreendimentos e atividades cujo licenciamento ambiental será atribuição
dos Municípios.

1
“LC 140
Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: (...)
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
(...)
Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento e autorização ambiental iniciados a
partir de sua vigência. (...)
§ 2o Na hipótese de que trata a alínea “a” do inciso XIV do art. 9o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a partir
da edição da decisão do respectivo Conselho Estadual.”

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 74


3.8.2 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PARA O LICENCIAMENTO
AMBIENTAL DO PROJETO, PROCEDIMENTOS INERENTES E
TEMAS CORRELATOS

Ainda na esteira do disposto na Lei Complementar 140, de 2011, os empreendimentos e


atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo,
em conformidade com as atribuições estabelecidas pela referida Lei, em que pese os
demais entes federativos interessados possam manifestar-se de maneira não vinculante,
devendo ser respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.

No caso do projeto tratado neste estudo vislumbra-se, por suas características e assim,
subsunção às normas de referência, que o processo de licenciamento fluirá junto ao
Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais, em atendimento ao disposto no
art. 8º, XIV da Lei Complementar 140/2011. Entretanto, não será excluída a atuação de
órgãos federais e municipais quando pertinentes à determinado tema ou previsão legal,
conforme abordar-se-á em momento oportuno.

Tendo em vista o grande porte e potencial poluidor do projeto, a decisão sobre o processo
de licenciamento deverá ser realizada pelo COPAM, por meio de suas câmaras técnicas. Na
sequência do quadro de competências, que se apresenta a seguir (Tabela 3-4), abordar-se-
á os principais nuances do processo de licenciamento ambiental, aplicável ao projeto.

Em seu artigo 1º, este decreto estadual dispõe sobre a competência do COPAM, Conselho
Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG –, à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –,
ao Instituto Estadual de Florestas – IEF – e ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas –
IGAM – a aplicação das principais normas estaduais que tratam da gestão ambiental no
estado. Tais normas e a competência dos órgãos citados, serão abordados nos temas
ambientais específicos.

Vale destacar que as peculiaridades relativas ao projeto objeto do presente estudo deverá
ser considerada na condução do mesmo pelos órgãos da administração.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 75


Tabela 3-4: Resumo das competências no processo de Licenciamento
ÓRGÃOS DO
COMPETÊNCIAS NO LICENCIAMENTO PREVISÃO LEGAL
SISEMA
● Proposição, ao estabelecimento e à promoção da aplicação de normas relativas à conservação, à preservação e à
recuperação dos recursos ambientais e ao controle das atividades e dos empreendimentos considerados efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, em articulação com
órgãos e entidades federais, estaduais e municipais;
● Determinação de medidas emergenciais, bem como à redução ou à suspensão de atividades em caso de grave e
Secretaria de Estado iminente risco para vidas humanas ou para o meio ambiente e em caso de prejuízo econômico para o Estado;
Lei Estadual 23.304/2019
de Meio Ambiente e ● Decisão, por meio de suas superintendências regionais de meio ambiente, sobre processo de licenciamento
Desenvolvimento ambiental de atividades ou empreendimentos de pequeno porte e grande potencial poluidor, de médio porte e médio
Sustentável – potencial poluidor e de grande porte e pequeno potencial poluidor; Decreto Estadual
SEMAD ● Decisão, por meio das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e da Superintendência de Projetos 47.787/2019
Prioritários, sobre processo de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos, ressalvadas as
competências do Copam;
(Obs: A Semad, por meio das SUPRAMS e da Superintendência de Projetos Prioritários executará os atos de
regularização cabíveis ao Igam, vinculadas ao licenciamento ambiental, até 31 de julho de 2021, com exceção daquelas
vinculadas aos processos de Licença Ambiental Simplificada.)
● Aprovar normas relativas ao licenciamento e às autorizações para intervenção ambiental, inclusive quanto à tipologia
de atividades e empreendimentos, considerando os critérios de localização, porte, potencial poluidor e natureza da
atividade ou do empreendimento;
● Definir os tipos de atividade ou empreendimento que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,
considerando os critérios de localização, porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou do empreendimento;
● Decidir, por meio de suas câmaras técnicas, sobre processo de licenciamento ambiental de atividades ou
empreendimentos:
o de médio porte e grande potencial poluidor;
o de grande porte e médio potencial poluidor; Lei Estadual 21.972/2016
Conselho Estadual de o de grande porte e grande potencial poluidor;
Política Ambiental – ● Decidir sobre processo de licenciamento ambiental não concluído no prazo de que trata o art. 21, nos termos de
COPAM ; regulamento; Resolução Conjunta
● Decidir, em grau de recurso, sobre os processos de licenciamento e intervenção ambiental, nas hipóteses Semad-IEF 1.905/2013
estabelecidas em decreto;
● Decidir sobre os processos de intervenção ambiental, nos casos em que houver supressão de vegetação secundária
em estágio médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica e em áreas prioritárias para a conservação
da biodiversidade definidas em regulamento.
● Compete à URC do Copam, autorizar as intervenções ambientais quando integradas a processo de licenciamento
ambiental. (A Resolução Conjunta Semad-IEF 1.905/2013 traz as atividades consideradas intervenção ambiental)
estando, entre elas, a supressão de vegetação para uso alternativo do solo)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 76


ÓRGÃOS DO
COMPETÊNCIAS NO LICENCIAMENTO PREVISÃO LEGAL
SISEMA
● Deliberar sobre projetos de aproveitamento de recursos hídricos que extrapolem o âmbito do comitê de bacia
Conselho Estadual de hidrográfica; Lei Estadual 13.199/1999
Recursos Hídricos – ● Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e potencial poluidor. Decreto Estadual
CERH-MG; 41.578/2001
● Promover a aplicação de instrumentos de gestão ambiental;
● Propor indicadores e avaliar a qualidade ambiental e a efetividade das políticas de proteção do meio ambiente;
● Prestar o apoio técnico necessário aos órgãos e entidades integrantes do Sisema nos processos de regularização
Fundação Estadual ambiental e no âmbito de sua atuação;
do Meio Ambiente – ● Propor, estabelecer e promover a aplicação de normas relativas à conservação, preservação e recuperação dos Lei Estadual 21.972/2016
Feam; recursos ambientais e ao controle das atividades e dos empreendimentos considerados efetiva ou potencialmente
poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, em articulação com órgãos e
entidades federais, estaduais e municipais.
● Executar as atividades relativas à criação, implantação, proteção e gestão das unidades de conservação;
● Executar os atos de sua competência relativos à regularização ambiental, em articulação com os demais órgãos e
entidades do Sisema;
● Controlar a exploração, a utilização e o consumo de matérias-primas oriundas da biodiversidade e das florestas
plantadas.
● I – analisar e decidir os requerimentos de autorização para intervenções ambientais vinculados: Lei Estadual 21.972/2016
Instituto Estadual de ● a) ao Licenciamento Ambiental Simplificado; ,b) a empreendimentos e atividades localizados em unidades de
Florestas – IEF conservação de proteção integral instituídas pelo Estado, ouvido o seu conselho consultivo, quando houver, e em Decreto Estadual
Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs – por ele reconhecidas; c) a empreendimentos e atividades 47.383/2018
não passíveis de licenciamento, ressalvadas as competências decisórias do Copam;
● II – analisar e decidir os requerimentos de autorização para manejo em geral de fauna e de flora vinculados:
● a) ao Licenciamento Ambiental Simplificado; b) a empreendimentos e atividades localizados em UC de proteção
integral instituídas pelo Estado e em RPPNs por ele reconhecidas; c) a empreendimentos e atividades não passíveis
de licenciamento.
● Controlar e monitorar os recursos hídricos e regular seu uso;
● Promover e prestar apoio técnico à criação, à implantação e ao funcionamento de comitês de bacias hidrográficas, de
agências de bacias hidrográficas e de entidades a elas equiparadas;
● Outorgar o direito de uso dos recursos hídricos de domínio do Estado, bem como dos de domínio da União, quando
Instituto Mineiro de houver delegação, ressalvadas as competências dos comitês de bacias hidrográficas e do CERH-MG; Lei Estadual 21.972/2016
Gestão das Águas – I - analisar e emitir outorga do direito de uso de recursos hídricos referente aos processos únicos de outorga Decreto Estadual
Igam; coletiva;
47.866/2020
II - analisar e emitir os seguintes atos autorizativos, de acordo com a capacidade de atendimento de sua equipe
técnica, definida pela Autarquia:
a) a outorga do direito de uso de recursos hídricos;
b) certidão de uso insignificante de recursos hídricos;
c) declaração de reserva de disponibilidade hídrica.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 77


ÓRGÃOS DO
COMPETÊNCIAS NO LICENCIAMENTO PREVISÃO LEGAL
SISEMA
● Fiscalizar as barragens de acumulação destinadas à reservação de água, bem como definir as condições de
operação dos reservatórios;
● Elaborar e manter atualizados o cadastro de usuários de recursos hídricos e o de infraestrutura hídrica.
(Obs: A Semad, por meio das SUPRAMS e da Superintendência de Projetos Prioritários executará os atos de
regularização cabíveis ao Igam, vinculadas ao licenciamento ambiental, até 31 de julho de 2021, com exceção daquelas
vinculadas aos processos de Licença Ambiental Simplificada.)
● Acompanhar a execução da Política Estadual de Recursos Hídricos na sua área de atuação, formulando sugestões e
oferecendo subsídios aos órgãos e às entidades participantes do SEGRH-MG;
● Aprovar, em prazo fixado em regulamento, sob pena de perda da competência para o Conselho Estadual de
Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com
Comitês de bacias potencial poluidor;
Lei Estadual 13.199/1999
hidrográficas; ● Exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei, regulamento ou decisão do Conselho Estadual de
Recursos Hídricos, compatíveis com a gestão integrada de recursos hídricos. (A outorga dos direitos de uso de
recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor compete, na falta do Comitê de
Bacia Hidrográfica, ao CERH, por meio de câmara a ser instituída com esta finalidade a qual terá assessoramento
técnico do IGAM.)
● Efetuar estudos técnicos relacionados com o enquadramento dos corpos de água da bacia em classes de usos
preponderantes, assegurando o uso prioritário para o abastecimento público.
Agências de bacias
hidrográficas e ● Efetuar a cobrança pela utilização dos recursos hídricos da bacia e diligenciar a execução dos débitos de usuários,
pelos meios próprios e segundo a legislação aplicável, mantendo, para tanto, sistema de faturamento, controle de Lei Estadual 13.199/1999
entidades a elas
equiparadas. arrecadação e fiscalização do consumo;
● Praticar, na sua área de atuação, ações e atividades que lhe sejam delegadas ou atribuídas pelo comitê de bacia.

Lei 13.199/1999: Dispõe Sobre a Política Estadual De Recursos Hídricos E Dá Outras Providências.
Lei Estadual 21.972/2016: Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sisema – e dá outras providências.
Lei Estadual 23.304/2019: Estabelece a estrutura orgânica do Poder Executivo do Estado e dá outras providências.
Decreto Estadual 41.578/ 2001: Regulamenta A Lei 13.199/99, Que Dispõe Sobre A Política Estadual de Recursos Hídricos.
Decreto Estadual 47.787/2019: Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Resolução Conjunta Semad-IEF 1.905/2013: Dispõe sobre os processos de autorização para intervenção ambiental no âmbito do Estado de Minas Gerais e dá outras
providências
Decreto Estadual 47.866/2020: Estabelece o Regulamento do Instituto Mineiro de Gestão das Águas e dá outras providências

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 78


a) Modalidades de Licenciamento

A Lei Estadual 21.972, de 2016, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos -SISEMA, trouxe as modalidades de licenciamento ambiental
determinada de acordo com a conjugação de classe e critérios locacionais de
enquadramento. No caso do Projeto Apolo, o licenciamento ambiental é trifásico e a classe
do empreendimento é definida como classe 6.

b) Sistema de Licenciamento Ambiental - SLA

O Sistema de Licenciamento Ambiental foi instituído pela Resolução SEMAD 2.890, de


2019, sendo determinado para ações relativas à execução do licenciamento ambiental. Ou
seja, a partir de seu lançamento os pedidos de licenciamento ambiental deverão ser
realizados por esta plataforma.

Destacam-se alguns pontos trazidos pela referida resolução SEMAD no uso do SLA (Tabela
3-5:

Tabela 3-5: Resolução SEMAD 2.890 para as ações relativas à execução do licenciamento
ambiental

Itens de Destaque Resolução SEMAD 2.890/2019


− manter o sigilo das senhas de acesso;
− prestar informações com exatidão de acordo com os
critérios solicitados;
− acessar o SLA;
É de responsabilidade dos empreendedores,
de seus representantes legais ou − elaborar o requerimento de licença ambiental;
procuradores: − acompanhar regularmente as notificações e comunicações
recebidas, independentemente dos avisos fornecidos pelo
órgão ambiental;
− manter atualizado seus dados cadastrais.

− cadastramento individual no portal EcoSistemas;


Para o requerimento, o processamento e a − cadastramento de requerentes, participantes,
emissão de licença ambiental no SLA, as propriedades, pessoas físicas e pessoas jurídicas para
seguintes ações deverão ser realizadas pelo inscrição do empreendimento no âmbito no cadastro
empreendedor, seu representante legal ou único;
procurador: − caracterização completa da atividade ou do
Obs: O descumprimento das ações previstas empreendimento objeto do requerimento no SLA;
neste item implicará na rejeição do − instrução documental no SLA;
requerimento ou, caso sejam constatadas − pagamento das taxas de expediente respectivas,
após a formalização, no arquivamento do ressalvados os casos de isenções;
processo instaurado. − atendimento às pendências e informações
complementares geradas.

Os procedimentos administrativos referentes a atos diversos do licenciamento ambiental processado via SLA,
inclusive os referentes às outorgas de direito de uso de recursos hídricos e às intervenções ambientais
vinculadas ao licenciamento ambiental, bem como os procedimentos prévios ao requerimento ou posteriores à
licença, serão realizados via Sistema Eletrônico de Informações. Para solicitações via SEI de Autorização para
Intervenção Ambiental (AIA) ou de outorga de recursos hídricos, vinculadas a licenciamento ambiental,
forneça o número da sua solicitação em trâmite no SLA.
Quaisquer notificações efetuadas pelo órgão ambiental, nos processos administrativos formalizados e
tramitados via SLA , serão consideradas realizadas no dia e na hora do recebimento pelo requerente, devendo
o órgão ambiental enviar comunicação via e-mail.
O prazo para atendimento às notificações correrá em dias corridos.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 79


c) Termos de Referência

Conforme disposto pela 26 da Lei Estadual 21.972, de 2016 os procedimentos para o


licenciamento ambiental serão estabelecidos pelo órgão ambiental competente de forma a
compatibilizar o conteúdo dos estudos técnicos e documentos exigíveis para a análise das
etapas de viabilidade ambiental, instalação e operação das atividades dos
empreendimentos, respeitados os critérios e as diretrizes estabelecidos na legislação
ambiental e tendo por base as peculiaridades das tipologias de atividades ou
empreendimento.

Para tanto, há previsão legal de que serão emitidos termos de referência para elaboração
dos estudos técnicos a serem apresentados pelo empreendedor para subsidiar a análise da
viabilidade ambiental e a avaliação da extensão e intensidade dos impactos ambientais de
uma atividade ou empreendimento, bem como a proposição de medidas mitigadoras,
compensatórias e de monitoramento.

Considerando esse pressuposto, o desenvolvimento do Estudo de Impacto Ambiental – EIA


e do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA do Projeto Apolo foi baseado no Termo de
Referência Geral disponível no sítio da SEMAD2,

d) Prazos Administrativos

Ainda na esteira das disposições da legislação que trata da estrutura do SISEMA, no que se
refere aos prazos de análise nos processos de licenciamento ambiental, estes podem ser
estabelecidos de forma diferenciada para cada uma das suas modalidades, desde que
observado o prazo máximo de seis meses a contar da formalização do respectivo
requerimento, devidamente instruído, até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os
casos em que houver Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA-
Rima – ou audiência pública, quando o prazo será de até doze meses (art. 21 da Lei
Estadual 21.972, de 2016).

Nos termos do art. 22 da referida Lei Estadual, o prazo para conclusão do processo de
licenciamento ambiental será suspenso para o cumprimento de eventuais exigências de
complementação de informações, de documentos ou de estudos, pelo prazo máximo de
sessenta dias, admitida a prorrogação pelo mesmo período por uma única vez.

O Decreto Estadual 47.383, de 2018 dispõe de hipótese em que o prazo para apresentação
de informações complementares seja estendido, nos seguintes termos:

“Art. 23 – (...)

§ 2º – O prazo previsto no caput poderá ser sobrestado por até quinze meses,
improrrogáveis, quando os estudos solicitados exigirem prazos para elaboração

2
http://www.meioambiente.mg.gov.br/imprensa/noticias/1167-termos-de-referencia-para-elaboracao-de-estudo-de-
impactorelatorio-de-impacto-ambiental-eiarima (Consultado em 27/01/2021)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 80


superiores, desde que o empreendedor apresente justificativa e cronograma de
execução, a serem avaliados pelo órgão ambiental competente.

§ 3º – O prazo para conclusão do processo de licenciamento ambiental será


suspenso para o cumprimento das exigências de complementação de informações.

§ 4º – Até que o órgão ambiental se manifeste sobre o pedido de prorrogação de


prazo estabelecido no caput, fica esse automaticamente prorrogado por mais
sessenta dias, contados do término do prazo inicialmente concedido.”

Ou seja, para que haja o fluxo do processo no menor prazo possível, importantíssimo que o
titular do projeto apresente os Estudos Ambientais da maneira mais completa possível.
Entretanto, ocorrendo a necessidade de complementação, esta deve ser feita, não se
esquecendo da qualidade das informações a serem apresentadas, de maneira bastante ágil.

Destaca-se que, esgotados os prazos previstos para análise, sem que o órgão ambiental
competente tenha se pronunciado, os processos de licenciamento ambiental serão incluídos
na pauta de discussão e julgamento da unidade competente do Copam, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos (art. 23 da Lei Estadual 21.972, de 2016).

Por fim, há expectativa que o Sistema de Licenciamento Ambiental - SLA permeie o fluxo do
processo de licenciamento ambiental com mais agilidade. Entretanto, para que haja
correspondência à expectativa, é fundamental que o Estado proporcione aos seus agentes
as condições adequadas para o exercício da importantíssima atividade que lhes cabe.

3.8.3 ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO - ZEE

O Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE é um instrumento estratégico de planejamento


regional e de gestão territorial que estabelece indicadores sobre limites e potencialidades de
uso dos recursos naturais através de estudos tanto geobiofísicos, quanto socioeconômicos
inicialmente estabelecido na Política Nacional de Meio Ambiente (Lei federal 6.938, de
1981).

No Estado de Minas Gerais, o principal objetivo do ZEE é subsidiar o planejamento e


orientação das políticas públicas e das ações em meio ambiente nas regiões, por meio de
um Macro diagnóstico do Estado, viabilizando a gestão territorial, estimulando a participação
dos Conselhos Plurais, Conselho Estadual de Políticas Ambientais (COPAM), Conselho
Estadual de Recursos Hídricos (CERH) e Comitês de Bacia, com vistas à sua gestão,
segundo critérios de sustentabilidade econômica, social, ecológica e ambiental. Os
interesses federais, estaduais e municipais por estarem em escalas diferenciadas não
devem ser analisados de forma isolada (Tabela 3-6).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 81


Tabela 3-6: Interesses Federais, Estaduais e Municipais aplicáveis - ZEE
TEMA: ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO – ZEE
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Regulamenta o art. 9º , inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de
DECRETO Nº 4.297, DE
1981, estabelecendo critérios para o Zoneamento Ecológico- Federal
10-07-2002
Econômico do Brasil – ZEE.
LEI Nº 6.938, DE 31-08- Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e
Federal
1981 mecanismos de formulação e aplicação.
Dispõe sobre o Zoneamento Ecológico Econômico - ZEE como
DELIBERAÇÃO
instrumento de apoio ao planejamento e à gestão das ações
NORMATIVA COPAM Nº Estadual
governamentais para a proteção do meio ambiente do Estado de
129, DE 27-11-2008
Minas Gerais
LEI Nº 20.922, DE 16-10- Dispõe Sobre As Políticas Florestal e de Proteção À Biodiversidade
Estadual
2013 No Estado.
Observação:
A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração o Zoneamento
Ecológico-Econômico (art. 26 da Lei nº 20.922, de 16-10-2013).
Não há obrigação expressa diretamente para o empreendedor aplicável ao tema ZEE.

3.9 PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES JURÍDICAS

3.9.1 PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO (PRÉ-OPERAÇÃO)


a) Obrigações concomitantes ao Licenciamento Ambiental (Estudos e Licenças,
Autorizações , Anuências)

Dentre as principais obrigações do empreendedor na fase de pré-operação encontra-se a


obtenção das licenças ambientais previamente à fase que será desenvolvida.

A legislação até o momento colecionada trata do tema e não cabe repeti-las neste momento.
Entretanto, destacar-se-á a norma mineira basilar para o procedimento de obtenção das
referidas licenças ambientais, o Decreto Estadual 47.383, de 2018.

O procedimento de licenciamento ambiental deve ser iniciado com a caracterização, pelo


empreendedor, da atividade ou do empreendimento, inclusive quanto à intervenção
ambiental e ao uso de recursos hídricos, na qual deverão ser consideradas todas as
atividades por ele exercidas, mesmo que em áreas contíguas ou interdependentes, sob
pena de aplicação de penalidade caso seja constatada fragmentação do processo de
licenciamento.

A orientação para formalização do processo de regularização ambiental será emitida pelo


órgão estadual responsável pelo licenciamento ambiental, com base nas informações
prestadas na caracterização do empreendimento, e determinará a classe de enquadramento
da atividade ou do empreendimento, a modalidade de licenciamento ambiental a ser
requerida, bem como os estudos ambientais e a documentação necessária à formalização
desse processo, do processo de outorga dos direitos de uso de recursos hídricos e do
processo de intervenção ambiental, quando necessários.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 82


i. Publicidade

Dentre as exigências do art. 225 da Constituição Federal, que compõe o capítulo destinado
ao meio ambiente na carta magna, tem-se a publicidade dos estudos ambientais prévios ao
licenciamento, o que pode ser estendido a todo processo de licenciamento. Dois métodos de
publicidade se destacam na legislação:

▪ Publicação

O Art. 10 da Lei 6.938, de1981, dispõe que os pedidos de licenciamento ambiental e a


respectiva concessão devem ser publicados em jornal oficial, bem como em periódico ou
local de grande circulação ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão
ambiental competente.

Em âmbito federal, a Resolução Conama 06, de 1996, traz os detalhes de como tal
publicação deve ser feita pelo empreendedor.

Para os processos de licenciamento que fluem no Estado de Minas Gerais, as informações


sobre a forma e modo das publicações em comento estão estipuladas na deliberação
Normativa COPAM 217, de 2017.

O artigo 30 desta resolução dispõe que a publicação deve ser feita tanto pelo órgão
ambiental, na Imprensa Oficial de Minas Gerais ou em meio eletrônico de comunicação,
bem como em periódico regional ou local de grande circulação pelo empreendedor.

No caso do empreendedor, este deverá providenciar a publicação do requerimento da


licença ambiental antes da formalização do processo e, no prazo de 30 (trinta) dias após a
publicação da concessão da licença ambiental, devendo ser apresentada cópia ou original
do periódico regional ou local de grande circulação junto ao órgão ambiental.

A Lei Federal nº 10.650 de 16/04/02 e Lei Estadual nº 15.971 de 12/01/06 estabelecem que
os órgãos e entidades integrantes do SISNAMA e SISEMA são obrigados a permitir o
acesso público aos documentos, expedientes e processos administrativos que tratem de
matéria ambiental e a fornecer todas as informações ambientais que estejam sob sua
guarda.

Nesse sentido, qualquer indivíduo, independentemente da comprovação de interesse


específico, terá acesso às informações mediante requerimento escrito, no qual assumirá a
obrigação de não utilizar as informações colhidas para fins comerciais.

Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão deverão ser


publicados em Diário Oficial e ficar disponíveis, no respectivo órgão, em local de fácil acesso
ao público.

▪ Audiência Pública

A Audiência Pública referida está prevista na RESOLUÇÃO CONAMA 01, de 1986, e tem
por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido
RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 83


Nos termos da Resolução CONAMA 09, de 1987, as audiências públicas ocorreram sempre
que o Órgão Ambiental julgar necessário, ou quando for solicitado por entidade civil, pelo
Ministério Público, ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos.

Ainda nos termos desta resolução, no caso de haver solicitação de audiência pública e na
hipótese do Órgão Estadual não a realizar, a licença eventualmente concedida não terá
validade.

Para os processos de licenciamento ambiental de competência do órgão ambiental mineiro,


devem ser observadas as diretrizes para a Audiência Pública dispostas na Deliberação
Normativa COPAM 225, de 2018.

ii. Anuência Municipal

A Resolução CONAMA 273, de 1997, dispôs em seu artigo 5º, dentre os documentos a
serem solicitados pelo órgão ambiental para emissão da Licença Prévia e de Instalação, a
declaração da Prefeitura Municipal ou do governo do Distrito Federal de que o local e o tipo
de empreendimento ou atividade está em conformidade com o Plano Diretor ou lei de uso e
ocupação do solo.

O Decreto Estadual 47.383, de 2018, trouxe com mais detalhes a obrigação, exigido que o
processo de licenciamento ambiental deverá ser obrigatoriamente instruído com a certidão
emitida pelos municípios abrangidos pela Área Diretamente Afetada – ADA – do
empreendimento, cujo teor versará sobre a conformidade do local de implantação e
operação da atividade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo.

Nos termos do referido decreto, a certidão deverá ser apresentada durante o trâmite do
processo administrativo e antes da elaboração do parecer único, sob pena de arquivamento
do processo.

Atendido o requisito de apresentação da certidão municipal, a obrigação restará cumprida,


sendo desnecessário reiterar sua apresentação nas demais fases do processo de
licenciamento ambiental, quando esse não ocorrer em fase única, bem como na renovação,
ressalvados os casos de alteração ou ampliação do projeto que não tenham sido
previamente analisados pelo município.

iii. Autorizações de outros órgãos

Conforme já mencionado, as autorizações para intervenção ambiental e uso de recursos


hídricos de competência do Estado de Minas Gerais, vinculados ao processo de
Licenciamento que fluem no órgão ambiental mineiro, são analisadas e decididas pelas
instituições competentes à análise e decisão do próprio processo de licenciamento.

Entretanto, importante considerar que caso o empreendimento represente impacto social em


terra indígena, em terra quilombola, em bem cultural acautelado, em zona de proteção de
aeródromo, em área de proteção ambiental municipal e em área onde ocorra a necessidade
de remoção de população atingida, dentre outros, o empreendedor deverá instruir o
processo de licenciamento com as informações e documentos necessários à avaliação das

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 84


intervenções pelos órgãos ou entidades públicas federais, estaduais e municipais detentores
das respectivas atribuições .

A intervenção ambiental em área no entorno de Unidades de Conservação Federais requer


a anuência também do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBIO) que é o órgão
responsável pela gestão de Unidades de Conservação Federais.

Abaixo, se descrever-se-á brevemente sobre os processos administrativos que envolvem os


órgãos responsáveis pelo acompanhamento dos temas:

IPHAN/IEPHA

O responsável pelo empreendimento deve contemplar os aspectos relacionados à avaliação


de impacto e proteção dos bens culturais materiais e imateriais acautelados em âmbito
Federal e Estadual nos estudos necessários ao Licenciamento Ambiental.

IPHAN

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é uma autarquia federal


vinculada ao Ministério do Turismo que responde pela preservação do Patrimônio Cultural
Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua
permanência e usufruto para as gerações presentes e futuras.

Para avaliação de impacto aos bens arqueológicos, conforme classificação do


empreendimento estabelecida pelo IPHAN, deverá ser elaborado estudo com conteúdo e
profundidade específicos. Cabe ao IPHAN aprovar eventual Acompanhamento Arqueológico
proposto. Tal órgão deverá elaborar parecer conclusivo quanto ao atendimento técnico
jurídico dos estudos e programas realizados.

De acordo com parecer do IPHAN pode ser exigido:

I - Programa de Gestão dos Bens Culturais Tombados, Valorados e Registrados;

II - Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico.

IEPHA

O IEPHA/MG, instituído pela Lei Estadual 5.775, de 1971, tem por finalidade pesquisar,
proteger e promover o patrimônio cultural do Estado.

A prerrogativa de atuação do órgão nos processos de licenciamento ambiental, para


avaliação de impacto de atividades e empreendimentos no âmbito do patrimônio cultural,
encontra-se na Lei estadual 11.726, de 1994, que trata da Política Cultural do Estado de
Minas Gerais e no Decreto Estadual 45.850, de 2011 que dispõe sobre o Estatuto do
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 85


“Lei 11.726, de 1994 (...)

Art. 10 - A realização de obra ou projeto público ou privado que tenha efeito real ou
potencial, material ou imaterial, sobre área ou bem identificado como de interesse
histórico, artístico, arquitetônico ou paisagístico pelo Estado depende de estudo
prévio de impacto cultural e da aprovação, pelo Conselho Estadual de Cultura, do
respectivo relatório de impacto cultural.

§ 1º - Resolução do Conselho Estadual de Cultura definirá as diretrizes, os critérios,


as condições básicas e as responsabilidades para a realização do estudo de impacto
cultural, bem como a forma e o conteúdo mínimos do relatório.
§ 2º - O relatório de impacto cultural poderá integrar relatório de impacto ambiental,
nas condições definidas em decreto, atendido o disposto na resolução de que trata o
parágrafo anterior.”

“Decreto Nº 45.850, de 2011

Art. 2- (...)

XVI - examinar e aprovar estudos, projetos e relatórios prévios de avaliação de


impacto cultural para licenciamento de obra pública ou privada em área ou bem de
interesse cultural ou protegido pelo Estado, com prerrogativa para exigir ações de
proteção, reparadoras e mitigadoras de danos, na forma da lei, bem como
reformulações nos respectivos projetos.

Art. 24- (...)

VI- Instruir, analisar e indicar medidas de preservação relativas a estudos,


programas, projetos e avaliações de impactos positivos e negativos em bens de
interesse de preservação cultural.”

A Deliberação Normativa CONEP 07, de 2014, estabeleceu as regras para realização de


estudos de impacto do patrimônio cultural do Estado de Minas Gerais. Nos termos desta
resolução, a realização de empreendimento que tenha efeito real ou potencial, material ou
imaterial, sobre área ou bem identificado como de interesse histórico, artístico, arquitetônico
ou paisagístico pelo Poder Público, depende da elaboração de Estudo Prévio de Impacto
Cultural (EPIC) e da aprovação do respectivo Relatório de Impacto no Patrimônio Cultural
(RIPC). O conteúdo destes documentos, assim como os tramites de sua interposição e
análise, também figura na aludida deliberação normativa.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-7).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 86


Tabela 3-7: Tabela Resumo contendo as principais Normas referente ao Patrimônio Cultural

TEMA: PATRIMÔNIO CULTURAL


Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Constituição da República de
Federal
1988
Instrução Normativa IPHAN nº 01, Estabelece procedimentos administrativos a serem observados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Federal
de 25-05-2015 Nacional nos processos de licenciamento ambiental dos quais participe
Dispõe sobre os procedimentos para apuração de infrações administrativas por condutas e atividades lesivas ao
Portaria IPHAN Nº 187, de 11-06-
patrimônio cultural edificado, a imposição de sanções, os meios de defesa, o sistema recursal e a forma de cobrança Federal
2010
dos débitos decorrentes das infrações.
Portaria IPHAN nº 375, de 19-09-
Institui a Política de Patrimônio Cultural Material do Iphan e dá outras providências. Federal
2018
Decreto Legislativo Nº 74, de 30-
Aprova O Texto da Convenção Relativa À Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural. Federal
06-1977
Decreto-lei Nº 25, de 30-11-
Organiza A Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Federal
112937
Decreto Nº 80.978, de 12-12-
Promulga A Convenção Relativa À Proteção do Patrimônio Mundial, Cultura e Natural, de 1972. Estadual
1977
Portaria Interministerial Conjunta Estabelece Procedimentos Administrativos Que Disciplinam A Atuação dos Órgãos e Entidades da Administração
MMA – MJ – MC – MS Nº 60, de Pública Federal Em Processos de Licenciamento Ambiental de Competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Estadual
24-03-201 dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA.
Reorganiza o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais IEPHA _ MG e dá outras
Lei Nº 11.258, de 28-10-1993 Estadual
providências.
Lei Nº 11.726, de 30-12-1994 Dispõe sobre a política cultural do Estado de Minas Gerais. Estadual
Decreto Nº 42.505, de 15-04- Institui as formas de Registros de Bens Culturais de Natureza Imaterial ou Intangível que constituem patrimônio cultural
Estadual
2002 de Minas Gerais.
Deliberação Normativa CONEP
Estabelece Normas Para A Realização de Estudos de Impacto No Patrimônio Cultural No Estado de Minas Gerais. Estadual
Nº 07, de 03-12-2014
Portaria IEPHA Nº 52, de 26-12- Dispõe Sobre Procedimentos Para Elaboração de Estudo Prévio de Impacto Cultural (epic) e Aprovação do Respectivo
Estadual
2014 Relatório de Impacto No Patrimônio Cultural (ripc).
Deliberação Normativa CONEP
Estabelece normas para a realização de estudos de impacto no patrimônio cultural no Estado de Minas Gerais. Estadual
Nº 01, de 03-12-2014
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
Os estudos ambientais devem contemplar os aspectos relacionados à avaliação de impacto e proteção dos bens culturais materiais e imateriais acautelados em âmbito Federal
e Estadual nos estudos e programas necessários referente a ações de reparação e monitoramento dos bens culturais. (Portaria IPHAN nº 375, de 2018)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 87


ICMBIO

✓ Patrimônio Espeleológico

As cavidades naturais subterrâneas existentes no território nacional recebem proteção legal


de modo a permitir estudos e pesquisas de ordem técnico-científica, bem como atividades
de cunho espeleológico, étnico-cultural, turístico, recreativo e educativo.

No tocante ao licenciamento ambiental, a legislação que versa sobre o patrimônio


espeleológico nacional estabelece que o órgão ambiental competente pelo licenciamento
do empreendimento ou atividade é responsável por realizar a análise dos estudos
espeleológicos e avaliar o grau de impacto ao patrimônio espeleológico afetado
(Resolução CONAMA 347, de 2004), assim como classificar o grau de relevância da
cavidade natural subterrânea, observando os critérios estabelecidos pelo Ministério do Meio
Ambiente (Decreto Federal 6.640, de 2008, Instrução Normativa 2, de 2017 - MMA)

Nos termos do Decreto Federal 99.556, de 1990 a cavidade natural subterrânea será
classificada de acordo com seu grau de relevância em máximo, alto, médio ou baixo,
determinado pela análise de atributos ecológicos, biológicos, geológicos, hidrológicos,
paleontológicos, cênicos, histórico-culturais e socioeconômicos, avaliados sob enfoque
regional e local.

A cavidade natural subterrânea com grau de relevância máximo e sua área de influência não
podem ser objeto de impactos negativos irreversíveis, sendo que sua utilização deve fazer-
se somente dentro de condições que assegurem sua integridade física e a manutenção do
seu equilíbrio ecológico.

A cavidade natural subterrânea classificada com grau de relevância alto, médio ou baixo
poderá ser objeto de impactos negativos irreversíveis, mediante licenciamento ambiental e
ações de compensação. As definições de ações e compensações quanto ao patrimônio
arqueológico se dará em interlocução com ICMBio/CECAV.

Nestes casos, o empreendimento deverá, de acordo com o grau de relevâncias das


cavidades naturais eventualmente suprimidas ou impactadas, adotar medidas de
compensação, de acordo com o processo de licenciamento ambiental. Dentre elas
destacam-se medidas e ações para assegurar a preservação, em caráter permanente, de
duas cavidades naturais subterrâneas, com as mesmas características da qual será
impactada (quando de alta relevância) ou adotar medidas e financiar ações, nos termos
definidos pelo órgão ambiental competente, que contribuam para a conservação e o uso
adequado do patrimônio espeleológico brasileiro, especialmente das cavidades naturais
subterrâneas com grau de relevância máximo e alto (no caso de impactar cavidade natural
de médio grau de relevância).

Destaca-se a Instrução Normativa ICMBIO 01, de 2017 que estabeleceu procedimentos


para definição de outras formas de compensação ao impacto negativo irreversível em
cavidade natural subterrânea com grau de relevância alto.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 88


No caso de empreendimento que ocasione impacto negativo irreversível em cavidade
natural subterrânea com grau de relevância baixo, o empreendedor não estará obrigado a
adotar medidas e ações para assegurar a preservação de outras cavidades naturais
subterrâneas.

A metodologia para classificação do grau de relevância das cavidades naturais subterrâneas


está estabelecida pela Instrução Normativa do Ministério de Meio Ambiente 02, de 2017,
conforme já informado.

Destaca-se, ainda, a Resolução Conama 347/2004 que dispõe sobre a proteção do


patrimônio espeleológico e trata de pontos sobre o licenciamento ambiental de
empreendimentos de empreendimentos que afetam cavidades ou sua área de influência.

Tanto esta Resolução CONAMA quanto o Decreto Federal 6.640/2008 dispõe que, havendo
impactos negativos irreversíveis em cavidades naturais subterrâneas pelo empreendimento,
a compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,
deverá ser prioritariamente destinada à criação e implementação de unidade de
conservação em área de interesse espeleológico, sempre que possível na região do
empreendimento.

Destaca-se, ainda, em âmbito federal, a Portaria Ibama 887/1990, dispondo que a área de
influência de uma cavidade natural subterrânea será definida por estudos técnicos
específicos, obedecendo as peculiaridades e características de cada caso. Entretanto, nos
termos desta portaria, a área de influência, até que se efetive os estudo específicos, deverá
ser identificada a partir da projeção em superfície do desenvolvimento linear da cavidade
considerada, no qual será somado um entorno adicional de proteção de, no mínimo, 250
(duzentos e cinquenta) metros.

Em Minas Gerais, o Decreto Estadual 47.041/2016 dispõe sobre os critérios para a


compensação e a indenização dos impactos e danos causados em cavidades naturais
subterrâneas existentes no território do Estado.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-8).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 89


Tabela 3-8: Tabela Resumo l- Obrigações Juridicas

TEMA: ESPELEOLOGIA
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Decreto Nº 99.556 de 01-10-1990
Dispõe Sobre A Proteção das Cavidades Naturais Subterrâneas. Determina a obrigatoriedade de comunicar ao Ibama
(Alterada pelo Decreto Nº 6.640 de Federal
a ocorrência de grutas e caverna.
07-11-2008)
Portaria IBAMA Nº 887, de 15-06-
Dispõe Sobre A Realização de Diagnóstico da Situação do Patrimônio Espeleológico Nacional. Federal
1990
Instrução Normativa MAA Nº 02, de Define a metodologia para a classificação do grau de relevância das cavidades naturais subterrâneas, conforme
Federal
30-08-2017 previsto no art. 5º do Decreto no 99.556, de 1º de outubro de 1990.
Portaria MMA Nº 358, de 30-09- Institui O Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico, Que Tem Como Objetivo Desenvolver
Federal
2009 Estratégia Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Patrimônio Espeleológico Brasileiro.
Instrução Normativa ICMBIO Nº 01, Estabelece Procedimentos Administrativos e Técnicos Para A Execução de Compensação Espeleológica de Que Trata
Federal
de 24-01-2017 O Art. 4º, § 3º, do Decreto Nº 99.556, de 1º de Outubro de 1990.
Dispõe sobre os critérios para a compensação e a indenização dos impactos e danos causados em cavidades naturais
Decreto Nº 47.041, de 31-08-2016 Estadual
subterrâneas existentes no território do Estado.

Procedimentos para análise dos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos e de atividades efetiva ou
Instrução Serviço SISEMA nº Estadual
08/2017 potencialmente causadoras de impactos sobre cavidades naturais subterrâneas.

Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental


Danos causados a cavidades naturais subterrâneas devem ser indenizados, conforme Decreto Estadual e compensados nos termos da legislação federal vigente (Instrução
Normativa ICMBIO nº 01/2017)
Deve ser realizado estudo espeleológico para identificação do grau de relevância da cavidade que poderá sofrer impactos para fins reparação ou conservação. (Resolução
CONAMA 347/2004)
Observações:
i) - A Área de Influência Deve Ser Identificada A Partir da Projeção Em Superfície do Desenvolvimento Linear da Cavidade Considerada, No Qual Será Somado Um Entorno
Adicional de Proteção De, No Mínimo, 250 (Duzentos e Cinquenta ) Metros;
ii) - A cavidade natural subterrânea será classificada de acordo com seu grau de relevância em máximo, alto, médio ou baixo, determinado pela análise de atributos
ecológicos, biológicos, geológicos, hidrológicos, paleontológicos, cênicos, histórico culturais e socioeconômicos, avaliados sob enfoque regional e local.
iii) - Em havendo impactos negativos irreversíveis em cavidades naturais subterrâneas por empreendimento, a compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei no 9.985,
de 18 de julho de 2000, deverá ser prioritariamente destinada à criação e implementação de unidade de conservação em área de interesse espeleológico, sempre que
possível na região do empreendimento.
iv) - A cavidade natural subterrânea com grau de relevância máximo e sua área de influência não podem ser objeto de impactos negativos irreversíveis, sendo que sua
utilização deve fazer-se somente dentro de condições que assegurem sua integridade física e a manutenção do seu equilíbrio ecológico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 90


✓ Unidades de Conservação

A Resolução Conama 428, de 2010 dispõe que o licenciamento de empreendimentos de


significativo impacto ambiental que possam afetar Unidade de Conservação específica ou
sua zona de amortecimento, assim considerado pelo órgão ambiental licenciador, com
fundamento no estudo ambiental, só poderá ser concedido após autorização do órgão
responsável pela administração da unidade ou, no caso das Reservas Particulares de
Patrimônio Natural (RPPN), pelo órgão responsável pela sua criação.

A autorização de que trata esta Resolução deverá ser solicitada pelo órgão ambiental
licenciador, antes da emissão da primeira licença prevista, ao órgão responsável pela
administração da unidade de conservação que se manifestará conclusivamente após
avaliação dos estudos ambientais exigidos dentro do procedimento de licenciamento
ambiental, no prazo de até 60 dias, a partir do recebimento da solicitação.

No caso do empreendimento em estudo, identifica-se de intervenção em duas Áreas de


Proteção Ambiental (APA´s) e um Parque Nacional, quais sejam:

▪ APA Juca Vieira, prevista na Lei 2.496, de 2007 - Plano Diretor do município de
Caeté/MG;
▪ APA Sul RMBH, instituída pelo Decreto 35.624, de 1994, que contemplou os
municípios de Belo Horizonte, Ibirité, Brumadinho, Nova Lima, Caeté, Itabirito,
Raposos, Rio Acima e Santa Barbara. Posteriormente, com a Lei Estadual n.º
13.960, de 2001, foi declarada como área de proteção ambiental, além dos
municípios citados no Decreto Estadual 35.624, de 1994, as regiões situadas nos
municípios de Barão de Cocais, Catas Altas, Mário Campos e Sarzedo.
▪ PARNA da Serra do Gandarela, instituído pelo Decreto de 13/10/2014, que cria o
Parque Nacional da Serra do Gandarela, localizado nos Municípios de Nova Lima,
Raposos, Caeté, Santa Bárbara, Mariana, Ouro Preto, Itabirito e Rio Acima, Estado
de Minas Gerais.

Conforme já abordado em item anterior, a Lei Complementar 140, de 2011 fixou as normas
de cooperação entre os entes federativos nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum relativas à proteção do meio ambiente. No caso das
APAs, a definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização seguirá
os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7o, no inciso XIV
do art. 8o e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9o.

Desta forma, tanto a União, como os estados e os municípios, além do Distrito Federal,
poderão licenciar atividades dentro dos limites das APAs. A determinação vai depender do
impacto que a atividade gera, que se no caso concreto for local, caberá ao município, se
regional, caberá ao Estado e se nacional, ou internacional, caberá à União. Deve-se
observar que, quando se tratar de competência municipal e o município não possuir órgão
ambiental capacitado para o licenciamento a competência será do Estado.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 91


Tabela 3-9: Temas UCs - Unidades de Conservação
TEMA: UCs
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição
LEI Nº 9.985, DE 18-07-2000 Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Federal
Natureza e dá outras providências
Regulamenta artigos da Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000, que
DECRETO N º4.340, DE 22-
dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Federal
08-2002
Natureza - SNUC, e dá outras providências.
Cria o Parque Nacional da Serra do Gandarela, localizado nos
DECRETO DE 13-10-2014 Municípios de Nova Lima, Raposos, Caeté, Santa Bárbara, Mariana, Federal
Ouro Preto, Itabirito e Rio Acima, Estado de Minas Gerais.
Dispõe, No Âmbito do Licenciamento Ambiental, Sobre A
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
Autorização do Órgão Responsável Pela Administração da Unidade Federal
428, DE 17-12-2010
de Conservação (UC).
RESOLUÇÃO CONAMA Nº Altera o §2º do art. 1º e o inciso III do art. 5º da Resolução CONAMA
Federal
437, DE 2015 428/2010
INSTRUÇÃO NORMATIVA Estabelece procedimentos do Instituto Chico Mendes de
Nº 10/GABIN/ICMBIO, DE Conservação da Biodiversidade nos processos de licenciamento Federal
2020 ambiental
Dispõe sobre o procedimento de autorização ou ciência do órgão
DECRETO Nº 47.941, DE
responsável pela administração da Unidade de Conservação, no Estadual
07/05/2020
âmbito do licenciamento ambiental e dá outras providências.
Declara como área de proteção ambiental a região situada nos
DECRETO Nº 35.624, DE
municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Caeté, Ibirité, Itabirito, Estadual
1994
Nova Lima, Raposos, Rio Acima e Santa Bárbara
Lei Nº 2.496, de 2007 Plano Diretor do município de Caeté/MG Municipal
Observação:
A Intervenção na área e zona de amortecimento do Parque Nacional da Serra do Gandarela dependerá da
anuência do ICMBIO por se tratar de uma unidade de conservação federal.

iv. Compensação Ambiental

Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimento de significativo impacto


ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental licenciador com fundamento em
EIA/RIMA, o empreendedor fica obrigado a apoiar a implantação e a manutenção de
unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral. Tal obrigação deverá estar entre as
condicionantes do processo de licenciamento ambiental.

Basicamente, esta é a obrigação da compensação ambiental, trazida ao ordenamento


jurídico pela Lei Federal 9.985, de 2005 e contemplada na legislação mineira (Decreto
45.175, de 2009, Lei Estadual 20.922, de 2013 e Decreto 47.383, de 2018).

O aporte financeiro do empreendimento para cumprimento da obrigação será calculado com


base no valor de referência do projeto e do Grau do Significativo Impacto.

Em Minas Gerais, o Decreto Estadual 45.175, de 2009 estabeleceu a metodologia de


gradação dos impactos ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da
compensação ambiental. Ademais, conforme dita a Portaria IEF 77, de 2020, o requerimento
do processo administrativo de compensação deverá ser realizado por meio eletrônico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 92


Os requerimentos por meio físico devolvidos por não atenderem a documentação
necessária à formalização do processo administrativo, conforme as Portarias IEF 55, de
2012, e 27, de 2017, deverão ser realizados pelo sistema digital, após a sua adequação.

Vale ressaltar que o valor da compensação ambiental estará limitado a 0,5% do valor de
referência.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema.

Tabela 3-10: Tabela Resumo – Obrigações Jurídicas


TEMA: COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
LEI Nº 9.985, DE 18-07-
Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Federal
2000
Regula os procedimentos administrativos para a celebração de Termo
INSTRUÇÃO
de Compromisso para cumprimento da obrigação de que trata o art. 36
NORMATIVA ICMBIO Nº Federal
da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, no âmbito das unidades de
07, DE 10-06-2020
conservação federais, e dá outras providências.

INSTRUÇÃO Regulamenta, No Âmbito do Ibama, O Procedimento da Compensação


NORMATIVA IBAMA Nº Ambiental, Conforme Disposto No Decreto Nº 4.340, de 22-08-2002, Federal
08, DE 14-07-2011 Com As Alterações Introduzidas Pelo Decreto Nº 6.848, de 14-05-2009.

Estabelece Diretrizes Aos Órgãos Ambientais Para O Cálculo,


Cobrança, Aplicação, Aprovação e Controle de Gastos de Recursos
RESOLUÇÃO CONAMA
Advindos de Compensação Ambiental, Conforme A Lei Nº 9.985, de 18 Federal
Nº 371, DE 05-04-2006
de Julho de 2000, Que Institui O Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza-snuc.
DECRETO Nº 45.175, DE Estabelece Metodologia de Gradação de Impactos Ambientais e Estadu
17-09-2009 Procedimentos Para Fixação e Aplicação da Compensação Ambiental. al
Institui a gestão, por meio digital, dos processos administrativo de
PORTARIA IEF Nº 77, DE compensação minerária e de compensação ambiental, previstas no art. Estadu
01-07-2020 75 da Lei nº 20.922, de 16-10-2013, e no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18- al
07-2000.
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
Efetuar o pagamento de até 0.5% (meio por cento) dos custos totais previstos para a implantação do
empreendimento. (Lei Nº 9985, de 2000)
O empreendedor encaminhará ao órgão ambiental, para registro, os termos de compromisso firmados com os
órgãos gestores das unidades de conservação beneficiadas, cujo objeto contemple o cumprimento da
compensação ambiental. (Instrução Normativa IBAMA Nº 08, de 2011)

3.9.2 OPERAÇÃO

A operação do empreendimento é acompanhada de diversas obrigações ambientais. Além


da licença de operação, o empreendimento deve atender a obrigações que visam, via de
regra, o monitoramento das intervenções ambientais trazidas pela implantação e operação
da atividade.

Estes monitoramentos servem, geralmente, para medir a “performance” socioambiental do


empreendimento, uma vez que geram dados para comparação e verificação do atendimento
aos requisitos legais.

As principais obrigações, geralmente, vêm dispostas em condicionantes às licenças


ambientais (não só a de operação), pois geram obrigação de reporte periódico das

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 93


informações ambientais para avaliação do órgão competente. Valem 2 registros: (i) Nem
todas as obrigações do empreendedor, constantes na legislação, estarão contidas entre as
condicionantes. (ii) As condicionantes são estabelecidas, geralmente, em todas as licenças
ambientais do processo de licenciamento. Quando estabelecidas na Licença Prévia e de
Instalação, seu cumprimento deve ser encarado como uma verdadeira condição para a
Licença Ambiental subsequente. No âmbito da licença de operação, as condicionantes são
parte do norte do atendimento técnico/jurídico das obrigações do empreendedor, no
exercício da atividade finalística do projeto.

a) Condicionantes Ambientais

O Decreto Estadual 47.383, de 2018 trouxe em seu artigo 28 que o gerenciamento dos
impactos ambientais e o estabelecimento de condicionantes nas licenças ambientais deve
atender à certa ordem de prioridade, aplicando-se em todos os casos a diretriz de
maximização dos impactos positivos, bem como de evitar, minimizar ou compensar os
impactos negativos da atividade ou empreendimento:

▪ evitar os impactos ambientais negativos;


▪ mitigar os impactos ambientais negativos;
▪ compensar os impactos ambientais negativos não mitigáveis, na impossibilidade de
evitá-los;
▪ garantir o cumprimento das compensações estabelecidas na legislação vigente.

A Resolução Conama 01, de 1986 caracteriza impacto ambiental:

“Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer


alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.”

Importante salientar que as condicionantes ambientais devem ser acompanhadas de


fundamentação técnica por parte do órgão ambiental, que aponte a relação direta com os
impactos ambientais da atividade ou empreendimento, identificados nos estudos requeridos
no processo de licenciamento ambiental, considerando os meios físico, biótico e
socioeconômico, bem como ser proporcionais à magnitude desses impactos.

Assim, respeitada a relação direta, o órgão ambiental poderá estabelecer condições


especiais para a implantação ou operação do empreendimento, bem como garantir a
execução das medidas para gerenciamento dos impactos ambientais inerentes ao projeto.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 94


Destaca-se que além da fiscalização ambiental que deve ser constante, o monitoramento e
acompanhamento das condicionantes ambientais são ponto central na interlocução entre o
órgão de fiscalização e controle e o empreendimento.

Por fim, para fins práticos, ressalta-se que a contagem do prazo para cumprimento das
condicionantes se iniciará a partir da data de publicação da licença ambiental.

3.10 RECURSOS HÍDRICOS

3.10.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

O gerenciamento dos recursos hídricos no Brasil, tem como norte a Lei 9.433, de 1997, que
institui a Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH. Esta lei trata dos fundamentos,
objetivos, diretrizes, instrumentos e sistema do sistema de gerenciamento dos recursos
hídricos brasileiros.

Para a execução da PNRH e temas correlatos, foi criado pela Lei Federal 9.433, de 1997 o
sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos. Seus objetivos, nos termos do art.
32 da referida lei são:

“Art. 32 (...)
I - coordenar a gestão integrada das águas;
II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
III - implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV - planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos
hídricos;
V - promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.”

Os órgãos e entidades que compõe o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos


hídricos cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos e as Agências
de Água são apresentados no organograma de atuação dos órgãos do SINGREH:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 95


Fonte: www.ana.gov.br

No âmbito do Estado de Minas Gerais, a referência legal para a gestão dos recursos
hídricos é a Lei 13.199, de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos
– PERH.

A legislação mineira compartilha de dispositivos já estabelecidos na PNRH e, ainda, detalha


a execução da política estadual.

Importante observar que o gerenciamento integrado dos recursos hídricos deve observar e
respeitar os usos múltiplos, sem esquecer as funções ecossistemas desse essencial atributo
da natureza. Este ponto é de central entendimento pois, dentro de uma bacia hidrográfica,
deve ser respeitada a capacidade do aproveitamento da água, enquanto recurso, sem que
se comprometa funções ecológicas fundamentais. Ainda, dentro das possibilidades e
efetivos usos da água, deve haver balanço e atendimento às condições outorgadas pois, a
condição de uso de um pode afetar diretamente a condição de uso de outro, além de
comprometer a própria existência da água ou usabilidade do recurso.

Para implementação da PERH e o gerenciamento do uso da água em Minas Gerais, foram


estipulados instrumentos que tem relação direta com as atividades que demandem o uso do
recurso hídrico. Os instrumentos são sintetizados na tabela a seguir.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 96


Tabela 3-11: Pontos relativos para cada instrumentos da Política Estadual de Recursos
Hídricos
Instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos
Pontos de para esse estudo
Deverá Conter:
● a divisão hidrográfica do Estado, na qual se caracterizará cada bacia
Plano Estadual de Recursos
hidrográfica utilizada para o gerenciamento descentralizado e
Hídricos
compartilhado dos recursos hídricos;
● as diretrizes e os critérios para o gerenciamento de recursos hídricos.
Tem por finalidade fundamentar e orientar a implementação de programas e
projetos e conterá, no mínimo:
● análise de opções de crescimento demográfico, de evolução de atividades
Planos Diretores de
produtivas e de modificação dos padrões de ocupação do solo;
Recursos Hídricos de Bacias
● prioridade para outorga de direito de uso de recursos hídricos;
Hidrográficas
● diretrizes e critérios para cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
● proposta para a criação de áreas sujeitas à restrição de uso, com vistas à
proteção de recursos hídricos e de ecossistemas aquáticos.
Objetivos:
● reunir, dar consistência e divulgar dados e informações sobre as situações
Sistema Estadual de qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos do Estado, bem como
Informações sobre Recursos informações socioeconômicas relevantes para o seu gerenciamento;
Hídricos ● atualizar, permanentemente, as informações sobre a disponibilidade e a
demanda de recursos hídricos e sobre ecossistemas aquáticos, em todo o
território do Estado;
Enquadramento dos corpos Visa:
de água em classes, ● assegurar qualidade de água compatível com os usos mais exigentes;
segundo seus usos ● diminuir os custos de combate à poluição da água, mediante ações
preponderantes preventivas permanentes.
● O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos do Estado tem
por objetivo assegurar os controles quantitativos e qualitativos dos usos da
água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. Destacamos
alguns usos sujeitos a outorga:
o a extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou
insumo de processo produtivo;
o o lançamento, em corpo de água, de esgotos e demais efluentes
Outorga dos direitos de uso líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição,
de recursos hídricos transporte ou disposição final;
o outros usos e ações que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade
da água existente em um corpo de água.
● A outorga efetivar-se-á por ato do Instituto Mineiro de Gestão das Águas –
IGAM;
● A outorga confere ao usuário o direito de uso do corpo hídrico,
condicionado à disponibilidade de água, o que não implica a alienação
parcial das águas, que são inalienáveis;
Cobrança pelo uso de ● Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a outorga
recursos hídrico
Compensação a municípios ● Compensação a município afetado por inundação causada por implantação
pela exploração e restrição de reservatório ou por restrição decorrente de lei ou outorga relacionada
de uso de recursos hídricos com recursos hídricos.
● As obras de uso múltiplo de recursos hídricos, de interesse comum ou
Rateio de custos das obras coletivo, terão seus custos rateados, direta ou indiretamente, segundo
de uso múltiplo, de interesse critérios e normas a serem estabelecidos em regulamento baixado pelo
comum ou coletivo Poder Executivo, após aprovação pelo CERH-MG, atendidos os seguintes
procedimentos:
● Visam constranger os usuários ao cumprimento das normas estabelecidas
Penalidade
para os recursos hídricos.

Destaca-se, dentre os instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, a “Outorga


de Direito de Uso de recursos hídricos”, que será abordado adiante.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 97


3.10.2 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA

Dentre as competências administrativas referente ao gerenciamento dos recursos hídricos,


destacar-se-á aquela referente a outorgar o direito de uso.

A outorga do direito de uso dos recursos hídricos é ato inerente ao exercício do poder de
polícia administrativa, próprio das autoridades competentes da União, dos Estados ou do
Distrito Federal, conforme o artigo 14 da Lei 9.433, de 1997.

Em se tratando de recurso hídrico de domínio da União, a outorga de direito de uso deverá


ser avaliada pela Agência Nacional de Águas – ANA.

Nos termos da Constituição Federal são bens da União:

“Art. 20(...):

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,


ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais;”

Vale dizer que, nos termos da Lei 9.433, de 1997, art. 14º §1º, o Poder Executivo Federal
poderá delegar aos Estados e ao Distrito Federal competência para conceder outorga de
direito de uso de recurso hídrico de domínio da União.

Em relação aos bens dos Estados, o art. 26 da Constituição dispõe que:

“Art. 26. (...):

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,


ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;”

Assim, em se tratando de rio que flui unicamente em seu território, o Estado, através do
órgão atribuído, terá a competência administrativa de avaliar e decidir sobre os pedidos de
uso dos recursos hídricos.

Para as captações e intervenções em recursos hídricos subterrâneos, os Estados são os


entes federados via de regra competentes pela sua gestão.

3.10.2.1 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA PARA O PROJETO

O projeto contemplado neste estudo possui abrangência estadual quanto às intervenções


hídricas necessárias à sua implementação e operação. Neste sentido caberá aos órgãos
gestores do Estado de Minas Gerais análises e concessões de outorgas de recursos
hídricos. Importante salientar que essa atuação é também balizada pelo porte e potencial
poluidor inerente ao uso do recurso hídrico.

A classificação dos empreendimentos quanto ao porte e ao potencial poluidor para fins de


outorga de direito de uso de recursos hídricos é atualmente realizada nos termos da

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 98


Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG 07, de
2002.

Nos termos do artigo 2º desta resolução, são classificados como de grande porte e potencial
poluidor, os usos da água que se enquadram nos seguintes critérios, dentre outros:

“Art. 2º
I - solicitação de outorga para rebaixamento de nível de água necessário à
implantação e operação do empreendimento, quando:
a) o empreendimento for realizado através de baterias de poços tubulares ou galerias
de drenagem; ou,
b) a duração prevista do rebaixamento for igual ou superior a 10 (dez) anos.
II - localização do ponto de uso que possa comprometer o abastecimento público já
existente ou projetado;
III - localização do ponto de uso em curso de água a montante de Unidade de
Conservação que possa alterar o regime, a quantidade ou a qualidade dos recursos
hídricos no interior da Unidade de Conservação;
IV - localização do ponto de uso em corpo de água de Classe Especial; VII -
solicitação de outorga para:
a) barramento ou dique em curso de água para disposição de rejeitos;”

Nos termos do art.43, inciso V da Lei Estadual 13.199, de 1999 compete ao comitê de bacia
aprovar, em prazo fixado em regulamento, sob pena de perda da competência para o
Conselho Estadual de Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos
para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor. Assim, tendo em vista as
características do empreendimento ora apresentado, a participação do Comitê da Bacia será
central na avaliação e decisão pela outorga de direito de uso que se pretende. Para esses
casos, na falta do Comitê de Bacia Hidrográfica, será do CERH a competência para decisão
quanto a referida outorga, por meio de câmara a ser instituída com esta finalidade a qual
terá assessoramento técnico do IGAM.

Registra-se que a Deliberação Normativa CERH 31, de 2009 estabelece os critérios e


normas gerais para aprovação de outorga de direito de uso de recursos hídricos para
empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor, pelos comitês de bacias
hidrográficas.

O empreendimento objeto deste estudo está inserido no território de gestão do Comitê da


Bacia do Rio das Velhas (instituído pelo Decreto nº 39.692, de 1998) e do Rio Piracicaba
(instituído pelo Decreto 40.929, de 2000).

Reitera-se, entre as principais competências do CBH Rio das Velha e CBH Rio Piracicaba,
àquelas com interface ao presente estudo:

▪ Arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com o uso


dos recursos hídricos;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 99


▪ Aprovar a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de
grande porte e com potencial poluidor, conforme DN CERH 31, de 2009, ou outra
norma que venha substituí-la;
▪ Deliberar sobre proposta para o enquadramento dos corpos de água em classes de
usos preponderantes, com o apoio de audiências públicas, assegurando o uso
prioritário para o abastecimento público.

Agência de Bacias

As Agências de Bacias têm um relevante papel no gerenciamento dos recursos hídricos. O


amplo diagnóstico, monitoramento e gestão da informação da bacia hidrográfica, ao passar
pelas Agências, a empoderam como interlocutor central do gerenciamento dos recursos
hídricos.

No estado de Minas Gerais a entidade equiparada a Agência de Bacia, ou Agência de


Águas, da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas é a Agência de Bacia Hidrográficas Peixe
Vivo / Agência Peixe Vivo. A equiparação à Agência de Bacia Hidrográfica ocorreu por
intermédio da Deliberação Normativa 56, de 2007, do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos de Minas Gerais – CERH-MG.

Já a Fundação Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí -
Fundação Agência PCJ recebeu delegação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos –
CNRH (Resolução CNRH 111 de 13/04/10) para exercer funções de competência das
Agências de Água da Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e firmou
contrato de gestão com a Agência Nacional de Águas, sendo o Comitê das Bacias
Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Comitês PCJ, anuente do Contrato.

A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-12).

Tabela 3-12: Tabela Resumo - Comitês de Bacia e Agências de Águas


TEMA: COMITÊS DE BACIA E AGÊNCIAS DE ÁGUAS
Nível de Aplicação ao Projeto: Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
DECRETO Nº 40.929, DE Institui O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba e Dá
Estadual
16-02-2000 Outras Providências.
DECRETO Nº 39.692, DE
Institui o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. Estadual
29-06-1998
Estabelece Critérios e Normas Gerais Para Aprovação de Outorga
DELIBERAÇÃO
de Direito de Uso de Recursos Hídricos Para Empreendimentos
NORMATIVA CERH Nº Estadual
de Grande Porte e Com Potencial Poluidor, Pelos Comitês de
31, DE 26-08-2009
Bacias Hidrográficas.
DELIBERAÇÃO Aprova a equiparação da entidade Associação Executiva de Apoio
NORMATIVA CERH Nº à Gestão de Bacias Hidrográficas Peixe Vivo - AGB - Peixe Vivo à Estadual
56, DE 18-07-2007 Agência de Bacia.
Delega competência à Fundação Agências das Bacias
RESOLUÇÃO CNRH N° Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí para o
Estadual
111, DE 13-04-2010 exercício de funções inerentes à Agência de Água das Bacias
Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 100


3.11 OBRIGAÇÕES JURÍDICAS

3.11.1 PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO (PRÉ-OPERAÇÃO)

i) Outorga

Dentre as principais obrigações jurídicas deste projeto, encontra-se a obtenção da outorga


de uso de recursos hídricos.

O Decreto Estadual 47.705, de 2019 dispõe sobre normas e procedimentos para


regularização de uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais, enquanto
a Portaria IGAM 48, de 2019 estabelece normas complementares para o tema.

Este decreto, em seu artigo 2º, dispõe sobre os usos dos recursos hídricos sujeitos a
outorga, dentre os quais destacam-se para este estudo:

“Art. 2º – Estão sujeitas à outorga de direito de uso pelo Poder Público,


independentemente da natureza pública ou privada dos usuários, as intervenções
que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade dos recursos hídricos, a montante
ou a jusante do ponto de interferência, conforme os seguintes modos de usos:
I – captação ou derivação em um corpo de água;
II - explotação de água subterrânea;
V - rebaixamento de nível de água
III – construção de barramento ou açude;
XIII - dragagem em cava aluvionar;
XIV - dragagem em corpo de água para fins de extração mineral;
XV – outras intervenções que alterem regime, quantidade ou qualidade dos corpos
de água.”

A efetivação da outorga se dá por ato do IGAM embora, conforme já mencionado, nos casos
de empreendimentos de grande porte e potencial poluidor, o deferimento da mesma
dependerá de aprovação do Comitê de Bacia.

O IGAM poderá emitir outorgas preventivas de uso de recursos hídricos, com a finalidade de
declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos.

A outorga preventiva não confere direito de uso de recursos hídricos e se destina,


exclusivamente, à reserva de disponibilidade hídrica, possibilitando o planejamento de
atividades e empreendimentos que necessitem desses recursos, mas não se aplica aos
empreendimentos situados em áreas declaradas de conflito pelo uso da água ou de
aproveitamento de potencial hidrelétrico sujeitos a regime de concessão ou autorização.

A outorga preventiva que se enquadrar no critério definido para outorga de grande porte
deverá ser encaminhada para aprovação no respectivo Comitê de Bacia.

Para os empreendimentos ou atividades passíveis de licenciamento ambiental, a outorga de


direito de uso de recursos hídricos deverá ser requerida juntamente com o processo de

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 101


licenciamento ambiental, previamente à instalação do empreendimento, atividade ou
intervenção.

3.11.2 OPERAÇÃO

Na fase de operação, as outorgas irão tratar das captações e intervenções em recursos


hídricos para a realização das atividades finalísticas do projeto. O procedimento para
obtenção de tais outorgas obedecerá aos ritos já mencionados obedecendo a especificidade
do uso requerido.

i. A intervenção e os usos de recursos hídricos são outorgados pelo poder público


sobre certas condições, que visam o seu monitoramento qualitativo e
quantitativo.

Destacam-se:

ii. Qualidade da água

Nos termos da Lei 9.433, de 1997 (Política Nacional de Recursos hídricos), estão sujeitos a
outorga pelo Poder Público, as atividades que alterem o regime, a quantidade ou a
qualidade da água existente em um corpo de água. Inclusive constitui infração a derivação
ou a utilização de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, que implique alterações
no regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorização dos órgãos ou entidades
competentes.

Assim, a outorga de direito de uso de recursos hídricos deve respeitar a classe de


enquadramento do curso d’água, por meio de limites para parâmetros de qualidade das
águas. Deste modo, o levantamento e análise dos lançamentos por usuário possibilitará a
estimativa e a previsão dos impactos cumulativos sobre a qualidade das águas, bem como
conflitos entre usos e usuários.

A Bacia do Rio Piracicaba teve o enquadramento quanto à classe das águas com a
Deliberação Normativa COPAM 09, de 1994. Nesta norma, há o detalhamento dos corpos
hídricos componentes da bacia e a respectiva classificação.

Já a Bacia do Rio das Velhas, teve seu enquadramento instituído pela Deliberação
Normativa COPAM nº 20, de 1997

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-13).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 102


Tabela 3-13: Tabela Resumo – Obrigacões Juridicas

TEMA: RECURSOS HÍDRICOS


Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. Institui a cobrança pelo uso da água. Sujeita a captação de águas
LEI Nº 9.433, DE 08-01-1997 Federal
públicas à outorga do órgão competente.
DECRETO Nº 24.643, DE 10-07- Institui O Código de Águas. Dispõe Sobre Águas Pluviais. Regulamentação Parcial Por: Decreto Nº 41.019, de 26-02-
Federal
1934 1957.
Dispõe sobre a política estadual de recursos hídricos. condiciona o uso dos recursos hídricos à autorização do órgão
LEI Nº 13.199, DE 29-01-1999 Estadual
competente. regulamentada pelo decreto nº 41.578, de 08-03-2001.
DECRETO Nº 47.705, DE 04-09- Estabelece normas e procedimentos para a regularização de uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas
Estadual
2019 Gerais.
Dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâneas. determina o cadastro das
LEI Nº 13.771, DE 11-12-2000 Estadual
captações no IGAM.
DECRETO Nº 41.578, DE 08-03-
Regulamenta A Lei 13.199/99, Que Dispõe Sobre A Política Estadual de Recursos Hídricos. Estadual
2001
Cria O Programa Estadual de Conservação da Água. Determina Que A Empresas Concessionárias de Serviços de
Abastecimento de Água e de Geração de Energia Elétrica, Públicas Ou Privadas Devem Aplicar Parte do Valor Total
LEI Nº 12.503, DE 30-05-1997 Estadual
da Receita Operacional Na Proteção e Na Preservação Ambiental da Bacia Hidrográfica Em Que Ocorrer A
Exploração.
Aprova e Faz Publicar O Edital de Convocação dos Usuários de Recursos Hídricos Nas Bacias Hidrográficas dos Rios
PORTARIA IGAM Nº 04, DE 21-03-
Paraopeba e Paracatu, Afluentes do Rio São Francisco, Para Os Fins de Cadastro e Demais Procedimentos Atinentes Estadual
2005
À Regularização de Seus Usos.
DECRETO Nº 44.046, DE 13-06-
Regulamenta A Cobrança Pelo Uso de Recursos Hídricos de Domínio do Estado. Estadual
2005

DELIBERAÇÃO NORMATIVA Dispõe Sobre Critérios Para O Licenciamento Ambiental de Intervenções Em Cursos D'Água de Sistemas de
Estadual
COPAM Nº 95, DE 12-04-2006 Drenagem Urbana No Estado de Minas Gerais

DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Dispõe Sobre A Classificação dos Corpos de Água e Diretrizes Ambientais Para O Seu Enquadramento, Bem Como
CONJUNTA COPAM - CERH Nº 01, Estadual
Estabelece As Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes, e Dá Outras Providências.
DE 05-05-2008
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD - Estabelece Os Procedimentos Para O Cadastramento Obrigatório de Usuários de Recursos Hídricos No Estado de
Estadual
IGAM Nº 1.844, DE 12-04-2013 Minas Gerais.
DECRETO Nº 47.705, DE 04-09- Estabelece normas e procedimentos para a regularização de uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas
Estadual
2019 Gerais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 103


TEMA: RECURSOS HÍDRICOS
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
PORTARIA IGAM Nº 48, DE 04-10-
Estabelece normas suplementares para a regularização dos recursos hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais. Estadual
2019
DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH Estabelece A Classificação dos Empreendimentos Quanto Ao Porte e Potencial Poluidor, Tendo Em Vista A Legislação
Estadual
Nº 07, DE 04-11-2002 de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais, e Dá Outras Providências.
DELIBERAÇÃO NORMATIVA CERH Estabelece Critérios e Normas Gerais Para Aprovação de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos Para
Estadual
Nº 31, DE 26-08-2009 Empreendimentos de Grande Porte e Com Potencial Poluidor, Pelos Comitês de Bacias Hidrográficas.
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEF -
Dispõe Sobre Os Procedimentos Administrativos Relativos À Arrecadação Decorrente da Cobrança Pelo Uso de
SEMAD - IGAM Nº 4.179, DE 29-12- Estadual
Recursos Hídricos No Estado de Minas Gerais (crh/mg), e Dá Outras Providência
2009
LEI Nº 658, DE 03-07-1978 Institui O Código de Obras do Município de Rio Acima. Municipal
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Dispõe Sobre O Enquadramento das Águas da Bacia do Rio das Velhas Estadual
COPAM Nº 20, DE 1997
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Dispõe Sobre O Enquadramento das Águas da Bacia do Rio Piracicaba Estadual
COPAM Nº 09, DE 1994
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
As intervenções e captações de recursos hídricos serão passíveis de outorga emitida junto ao IGAM. (Lei nº 13.199, de 29-01-1999 e Portaria IGAM nº 48, de 04-10-2019)
Realização do Cadastro de Usuários de Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais – SISCAD (Resolução Conjunta SEF - SEMAD - IGAM Nº 4.179, DE 29-12-2009)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 104


3.12 OUTROS TEMAS AMBIENTAIS RELEVANTES

3.12.1 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

O monitoramento da qualidade do ar é realizado para determinar o nível de concentração de


um grupo de poluentes universalmente consagrados como indicadores, selecionados devido
à sua maior frequência de ocorrência na atmosfera e que devido a quantidade,
concentração, tempo ou outras características, podem tornar o ar impróprio ou nocivo à
saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e flora ou
prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às atividades normais da
comunidade.

Por meio da Resolução Conama 491, de 2018, foram definidos padrões de qualidade do ar
para cada substância, ou seja, limites máximos de concentração que, quando
ultrapassados, podem ser danosos. A divulgação dos dados do monitoramento é realizada
por meio do cálculo dos Índices de Qualidade do Ar (IQAr) – uma ferramenta matemática
utilizada para converter as concentrações dos poluentes nas escalas boa, regular,
inadequada, má, péssima e crítica.

Considerando as diretrizes do CONAMA contidas na Resolução 382, de 2006, em Minas


Gerais, a Deliberação Normativa COPAM 187, de 2013, estabelece as condições e os
limites máximos de emissão (LME) de poluentes atmosféricos para fontes fixas. Entre outras
determinações, a norma estadual dita que o lançamento de poluentes atmosféricos deve ser
realizado por meio de dutos ou chaminés que atendam aos requisitos necessários à
execução de amostragem para determinação direta de poluentes, independente da
utilização ou não de monitoramento automático da fonte.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-14).

Tabela 3-14: Tabela Resumo – Emissões Atmosféricas – Qualidade do Ar


TEMA: EMISSÕES ATMOSFÉRICAS – QUALIDADE DO AR
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
Dispõe sobre padrões de qualidade do ar. Federal
491, DE 19-11-2018
RESOLUÇÃO Nº 382, DE 26- Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes
Federal
12-2006 atmosféricos para fontes fixas.
Estabelece, em nível nacional, limites máximos de emissão de
poluentes do ar (padrões de emissão) para processos de
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
combustão externa em fontes novas fixas de poluição com Federal
08, DE 06-12- 1990
potências nominais totais até 70 MW (setenta megawatts) e
superiores.
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Estabelece condições e limites máximos de emissão de poluentes
COPAM Nº 187, DE 19-09- Estadual
atmosféricos para fontes fixas
2013
Observações (Instalação/Operação)
O lançamento de poluentes atmosféricos deve ser realizado por meio de dutos ou chaminés que atendam aos
requisitos necessários à execução de amostragem para determinação direta de poluentes, independente da
utilização ou não de monitoramento automático da fonte. (Deliberação Normativa COPAM Nº 187, de 2013)
Deverá realizar o monitoramento das fontes de emissões atmosféricas existentes. (Resolução CONAMA Nº 491,
de 2018)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 105


3.12.2 RUÍDO AMBIENTAL E VIBRAÇÃO

De acordo com o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), a emissão de ruídos,


em decorrência de quaisquer atividades industriais deve obedecer ao interesse da saúde, do
sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes de efetuadas de acordo com a NBR
10151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade.

No Estado de Minas Gerais, a Lei Estadual 7.302, de 1978 também estabeleceu


mecanismos de controle de dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema.

Tabela 3-15: Tabela Resumo – Ruído e Vibracão


TEMA: RUÍDO
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Estabelece Normas Referentes À Poluição Sonora e À Emissão de
Ruídos. Dispõe Sobre A Emissão de Ruídos, Em Decorrência de
RESOLUÇÃO Quaisquer Atividades Industriais, Comerciais, Sociais Ou Recreativas,
CONAMA Nº 01, DE Determinando Padrões, Critérios e Diretrizes. Considera Prejudiciais À Federal
08-03-1990 Saúde e Ao Sossego Público, Os Ruídos Com Níveis Superiores Aos
Considerados Aceitáveis Pela Norma Nbr 10151 - Avaliação do Ruído
Em Áreas Habitadas Visando O Conforto da Comunidade, da Abnt.
RESOLUÇÃO
Institui Em Caráter Nacional O Programa Nacional de Educação e
CONAMA Nº 02, DE Federal
Controle da Poluição Sonora - Silêncio.
08-03-1990
Estabelece procedimento para medição e avaliação de níveis de
pressão sonora em ambientes externos às edificações, em áreas
destinadas à ocupação humana, em função da finalidade de uso e
ocupação do solo; procedimento para medição e avaliação de níveis de
pressão sonora em ambientes internos às edificações provenientes de
transmissão sonora aérea ou de vibração da edificação, ou ambos;
NBR 10151:2019 Federal
procedimento para avaliação de som total, específico e residual;
procedimento para avaliação de som tonal, impulsivo, intermitente e
contínuo; limites de níveis de pressão sonora para ambientes externos
às edificações, em áreas destinadas à ocupação humana, em função
da finalidade de uso e ocupação do solo e requisitos para avaliação em
ambientes internos.
LEI Nº 7.302, DE 21- Dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no Estado de Minas
Estadual
07-1978 Gerais.
DELIBERAÇÃO
Dispõe sobre licenciamento ambiental especial para emissão de sons e Municipal -
CODEMA Nº 05, DE
ruídos Raposos
11-01-1998
Municipal –
LEI Nº 1.525, DE 20- Regulamenta o artigo 45 da Lei 669/1984 e dispõe sobre normas de
Santa
10-2009 preservação ambiental quanto à poluição sonora.
Bárbara
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
O ruído ambiental gerado pelas atividades do empreendimento, inclusive as obras de construção civil, devem
atender aos requisitos previstos na NBR 10151:2019. ( Resolução Conama Nº 01, de 1990)
Os equipamentos utilizados na medição de ruído devem ser devidamente calibrados. (Resolução Conama Nº 01,
de 1990).
(Raposos) A emissão de sons e ruídos no município de Raposos dependerá de Licenciamento Ambiental
Especial da Secretaria Municipal de Ecologia e Meio Ambiente- SEEMA (Deliberação Codema nº 05, de 11-01-
1998).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 106


3.12.3 RESÍDUOS SÓLIDOS

Dentre os principais objetivos da Lei 12.305, de 2010 (Política Nacional de Resíduos


Sólidos) estão a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos
sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Em que pese haja uma atenção especial para o gerenciamento dos resíduos e rejeitos da
mineração (contemplados no item específico, quando se tratou de pilha de estéril), é de
grande relevância para o projeto atenção à PNRS, pois resíduos da construção civil, óleo
lubrificantes, baterias, lâmpadas, gerados no ambulatório médico, no laboratório devem ter
sua devida gestão para garantir a destinação final adequada.

A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-16).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 107


Tabela 3-16: Tabela Resumo - Resíduos
TEMA: RESÍDUOS
Nível de Aplicação ao Projeto Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Regulamenta A Lei Nº 12.305, de 02-08-2010, Que Institui A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Cria O Comitê Interministerial da
LEI Nº 12.305, DE 02-08-2010 Federal
Política Nacional de Resíduos Sólidos e O Comitê Orientador Para A Implantação dos Sistemas de Logística Reversa.
DECRETO Nº 7.404, DE 23-
Estabelece Diretrizes, Critérios e Procedimentos Para A Gestão dos Resíduos da Construção Civil Federal
12-2010
Regulamenta os arts. 56 e 76 do Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, e o art. 8º do Decreto nº 10.388, de 5 de junho de
PORTARIA MMA Nº 280, DE 2020, institui o Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR nacional, como ferramenta de gestão e documento declaratório de
Federal
29-06-2020 implantação e operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos, dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos e
complementa a Portaria nº 412, de 25 de junho de 2019.
Dispõe Sobre O Destino e Tratamento de Resíduos. Proíbe A Acumulação e A Queima de Resíduos A Céu Aberto. Determina Que O
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
Lançamento de Resíduos Sólidos No Mar Dependerá de Prévia Autorização das Autoridades Federais Competentes. Determina Que O Federal
307, DE 05-07-2002
Lixo "in Natura"; Não Deve Ser Utilizado Na Agricultura Ou Na Alimentação de Animais.
Dispõe Sobre O Destino e Tratamento de Resíduos. Proíbe A Acumulação e A Queima de Resíduos A Céu Aberto. Determina Que O
PORTARIA MINTER Nº 53,
Lançamento de Resíduos Sólidos No Mar Dependerá de Prévia Autorização das Autoridades Federais Competentes. Determina Que O Federal
DE 01-03-1979
Lixo "in Natura"; Não Deve Ser Utilizado Na Agricultura Ou Na Alimentação de Animais.
Dispõe Sobre O Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. Determina Que As Concessionárias de Energia Elétrica e
RESOLUÇÃO CONAMA Nº Empresas Que Possuam Materiais e Equipamentos Contendo Bifenilas Policloradas-pcbs (ascarel) Deverão Apresentar Ao Órgão
Federal
313, DE 29-10-2002 Estadual de Meio Ambiente O Inventário Desses Estoques, Na Forma e Prazo A Serem Definidos Pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA.
Regulamenta O Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (cnorp), Estabelece Sua Integração Com O Cadastro
INSTRUÇÃO NORMATIVA Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras Ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (ctf-app) e Com O Cadastro Técnico
Federal
IBAMA Nº 01, DE 25-01-2013 Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (ctf-aida), e Define Os Procedimentos Administrativos Relacionados Ao
Cadastramento e Prestação de Informações Sobre Resíduos Sólidos, Inclusive Os Rejeitos e Os Considerados Perigosos.
Dispõe Sobre O Licenciamento dos Fornos Rotativos de Produção de Clínquer Para Atividades de Co-processamento de Resíduos-
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
Determina Ao Gerador do Resíduo Destinado Ao Co-processamento A Exigir do Destinatário e do Transportador Que Comprovem O Federal
264, DE 26-08-1999
Licenciamento da Atividade
Esta norma fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o
NBR 12235:1992 Federal
meio ambiente.
Fixa as condições exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos classes II – não inertes
NBR 11174:1990 Federal
e III- inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.
Resíduos sólidos – Classificação: Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública,
NBR 10004:2004 Federal
para que possam ser gerenciados adequadamente.
DECRETO Nº 45.181, DE 25-
Regulamenta a Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009. Estadual
09-2009
DELIBERAÇÃO NORMATIVA Fixa Normas Para Disposição de Resíduos No Solo. Estabelece A Obrigatoriedade da Elaboração de Projetos Específicos de
Estadual
COPAM Nº 07, DE 29-09 81 Transporte e Destino Final de Resíduos, A Serem Aprovados Pela Copam, Antes de Os Lançar No Solo.
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Dispõe sobre a regularização ambiental de empreendimentos referentes ao transbordo, tratamento e/ou disposição final de resíduos
COPAM Nº 180, DE 27-12- Estadual
sólidos urbanos instalados ou operados em sistema de gestão compartilhada entre municípios
2012

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 108


TEMA: RESÍDUOS
Nível de Aplicação ao Projeto Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Institui o Sistema Estadual de Manifesto de Transporte de Resíduos e estabelece procedimentos para o controle de movimentação e
COPAM Nº 232, DE 27-02- Estadual
destinação de resíduos sólidos e rejeitos no estado de Minas Gerais.
2019
LEI Nº 13.796, DE 20-12-2000 Dispõe sobre o controle e o licenciamento dos empreendimentos e das atividades geradoras de resíduos perigosos no Estado. Estadual
LEI Nº 18.031, DE 12-01-2009 Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos. Estadual
Municipal –
LEI Nº 1.285, DE 1979 Cria o Conselho Municipal de Defesa do Ambiente
Caeté
Dispõe Sobre A Política de Proteção, Controle e Conservação do Ambiente, Melhoria da Qualidade de Vida e Desenvolvimento Municipal –
LEI Nº 2.458, DE 29-09-2006
Sustentável No Município de Caeté.Eegulamentada Pelo Decreto Nº 158, de 16-11-2006. Caeté
Municipal –
LEI Nº 1160, DE 02-05-2001 Altera a lei nº 669/84 de 16 de abril de 1984, que institui o código de postura do município de santa bárbara. Santa
Bárbara
Institui a lei de parcelamento, uso e ocupação do solo urbano do município de santa bárbara, em conformidade com o plano diretor, o Municipal –
LEI COMPLEMENTAR Nº
estatuto da cidade e a lei orgânica municipal Santa
1.437, DE 27-07-2007
Bárbara
Elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PGRS com responsável técnico devidamente habilitado. (Lei Nº 12.305, de 2010)
Para a geração de resíduos perigosos devem possuir inscrição no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP), contar com responsável técnico pelo
gerenciamento dos resíduos perigosos, de seu próprio quadro de funcionários ou contratado, devidamente habilitado, cujos dados serão mantidos atualizados no cadastro. (Instrução
Normativa IBAMA Nº 01, de 2013)
Para a geração de resíduos perigosos deverá manter registro atualizado e facilmente acessível de todos os procedimentos relacionados à implementação e à operacionalização do plano
e informar anualmente ao órgão ambiental, sobre a quantidade, a natureza e a destinação temporária ou final dos resíduos sob sua responsabilidade. (Lei Nº 12.305, de 2010)

A disposição de resíduos no solo dependerá de autorização do órgão ambiental. (Deliberação Normativa COPAM Nº 07, de 29-09 81).
Elaborar e enviar semestralmente, por meio do Sistema MTR-MG, a Declaração de Movimentação de Resíduos – DMR, informando as operações realizadas no período com os resíduos
sólidos e com os rejeitos gerados ou recebidos. (Deliberação Normativa COPAM Nº 232, de 2019)
O controle do transporte e da destinação dos resíduos sólidos e rejeitos deverá ser realizado por intermédio do Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). (Deliberação
Normativa COPAM Nº 232, de 27-02-2019).
O armazenamento temporário de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes pelo gerador ou por empresa de tratamento intermediário ou de transporte deverá
observar as normas NBR 12235 e NBR 11174.
Em função da natureza e do risco ambiental, o período de armazenamento temporário de resíduos não poderá ser superior a 150 (cento e cinquenta) dias para os resíduos da Classe I –
Perigosos e 180 (cento e oitenta) dias para os resíduos da Classe II-A - Não inertes. (Lei Nº 18.031, de 12-01-2009)
Para a geração de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes passíveis de reciclagem ou reutilização deverá apresentar plano de reciclagem ou reutilização do
resíduo com os prazos de 150 e 180 dias. (Lei Nº 18.031, de 12-01-2009)
Para a geração de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes não passíveis de reciclagem ou reutilização deverá, semestralmente, comprovar a destinação dos
resíduos. (Lei Nº 18.031, de 12-01-2009)
Observações:
Gerenciar a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos, realizada por empresas devidamente licenciadas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 109


3.12.4 VEGETAÇÃO NATIVA

3.12.4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

A fim de atender os critérios da CF relacionados ao tema, a Lei 12.651, de 2012 (Novo


Código Florestal), estabelece normas sobre a proteção da vegetação nativa em geral, a
exploração florestal, o fornecimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos
produtos florestais, o controle e prevenção dos incêndios florestais, e a previsão de
instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. De forma
complementar, em Minas Gerais, a Lei 20.922, de 2013 apresenta a Política Florestal e de
Proteção à Biodiversidade.

3.12.4.2 BIOMA PROTEGIDO - MATA ATLÂNTICA

A lei que regulamenta a utilização e proteção do bioma Mata Atlântica (Lei Federal 11.428,
de 2006) prevê que a supressão de vegetação secundária em estágio avançado e
médio de regeneração para fins de atividades minerárias somente será admitida mediante:

“I - licenciamento ambiental, condicionado à apresentação de Estudo Prévio de Impacto


Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, pelo empreendedor, e desde
que demonstrada a inexistência de alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto;

II - adoção de medida compensatória que inclua a recuperação de área equivalente à


área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia
hidrográfica e sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica,
independentemente do disposto no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.”

Portanto, tal intervenção estará sujeita ao licenciamento ambiental, condicionada à


apresentação do EIA/RIMA e só poderá ocorrer se ficar demonstrada a inexistência de
alternativa técnica e locacional. Além disso, há também a obrigação da adoção de medida
compensatória, que inclua a recuperação de área equivalente à área do empreendimento,
com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica.

Ressalta-se que esta medida compensatória não exclui a obrigação de implantar e manter
unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, aplicável nos casos de
licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, conforme
prevê a Lei Federal 9.985, de 2000.

Em seu art. 14, a Lei Federal 11.428, de 2006 determina que os casos de supressão de
vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração somente poderá ser
autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio
médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade pública e interesse
social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 110


A norma reconhece como utilidade pública, as atividades de segurança nacional e proteção
sanitária; as obras essenciais de infra-estrutura de interesse nacional destinadas aos
serviços públicos de transporte, saneamento e energia, declaradas pelo poder público
federal ou dos Estados. Já o interesse social contempla as atividades imprescindíveis à
proteção da integridade da vegetação nativa, as atividades de manejo agroflorestal
sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar e demais obras,
planos, atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA.

O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou


avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam condicionados à compensação
ambiental, na forma da destinação de área equivalente à extensão da área desmatada,
seguindo as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica e, sempre
que possível, na mesma microbacia hidrográfica. Contudo, se ficar constatado pelo órgão
ambiental a impossibilidade da compensação ambiental, será exigida a reposição florestal,
com espécies nativas, em área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica,
sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica (Tabela 3-17).

Tabela 3-17: Resumo das Normas Pertinentes – Vegetação Nativa

TEMA: VEGETAÇÃO NATIVA EM MATA ATLÂNTICA


Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
RESOLUÇÃO Dispõe a convalidação das Resoluções que definem a vegetação primária e
CONAMA Nº 388, 23- secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Federal
02-2007 Atlântica.
LEI Nº 11.428, DE Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata
Atlântica. Federal
22-12-2006
DECRETO Nº 6.660, Regulamenta Dispositivos da Lei Nº 11.428, de 22-12-2006, Que Dispõe
Federal
DE 21-11-2008 Sobre A Utilização e Proteção da Vegetação Nativa do Bioma Mata Atlântica.
RESOLUÇÃO Dispõe sobre parâmetros básicos para identificação e análise da vegetação
CONAMA Nº 423, 12- primária e dos estágios sucessionais da vegetação secundária nos Campos Federal
04-2010 de Altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica

Estabelecer critérios e procedimentos para anuência prévia à supressão de


INSTRUÇÃO vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de
NORMATIVA IBAMA regeneração na área de aplicação da Lei Federal nº 11.428, de 22 de
Federal
Nº 09, DE 25-02- dezembro de 2006, bem como para o monitoramento e avaliação do
2019 cumprimento das condicionantes técnicas expressas na anuência, nos termos
da citada Lei e do Decreto Federal nº 6.660, de 21 de novembro de 2008.
Estabelece diretrizes e procedimentos para o cumprimento da compensação
PORTARIA IEF Nº Estadua
ambiental decorrente do corte e da supressão de vegetação nativa
30, DE 03-02-2015 l
pertencente ao bioma Mata Atlântica.
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental

Dependerá de autorização do órgão ambiental estadual com anuência prévia, quando couber, do IBAMA ou
Conselho Municipal de meio ambiente. (Lei Federal nº 11.428, de 2006)

3.12.4.3 COMPENSAÇÃO FLORESTAL

A chamada compensação florestal tem como principal objetivo compensar a supressão de


vegetação nativa. Dentre as formas de compensações existentes, tem-se:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 111


▪ Mata Atlântica

A já citada lei da Mata Atlântica, Lei Federal 11.428, de 2006, prevê que em casos de
supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado, será
necessária a compensação florestal em área equivalente dentro mesmo bioma.

▪ Minerária

O empreendimento minerário que dependa de supressão de vegetação nativa fica


condicionado à adoção, pelo empreendedor, de medida compensatória florestal que inclua a
regularização fundiária e a implantação de Unidade de Conservação de Proteção Integral,
independentemente das demais compensações previstas em lei, conforme descrito na
política florestal e de proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais (Lei 20.922, de
16/2013).

Noutros termos, trata-se de processo administrativo pelo qual, o empreendedor em


comento, deseja compensar florestalmente as intervenções em vegetação nativa, previstas
no processo de regularização ambiental, para a implantação do empreendimento/atividade
em epígrafe. Quanto aos procedimentos para o cumprimento da medida compensatória, o
empreendimento deverá seguir os critérios estabelecidos pela Portaria IEF 27, de 2017.

Ressalta-se que a medida compensatória contemplada na norma não se confunde com


aquela relativa ao Bioma Mata Atlântica, prevista na Lei 11.428, de 2006, regulamentada
pelo Decreto 6.660, de 2008, para os quais será dedicado sistema específico de
compensação.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-18).

Tabela 3-18: Tabela Resumo – Compensação Florestal


TEMA: VEGETAÇÃO NATIVA – COMPENSAÇÃO FLORESTAL
Nivel de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
LEI Nº 12.651, DE 25-05- Cria o Novo Código Florestal. Dispõe Sobre A Proteção da
Federal
2012 Vegetação Nativa e Dá Outras Providências.
LEI Nº 20.922, DE 16-10- Dispõe Sobre As Políticas Florestal e de Proteção À
Estadual
2013 Biodiversidade No Estado.
RESOLUÇÃO CONJUNTA
Dispõe Sobre Os Processos de Autorização Para Intervenção
SEMAD - IEF Nº 1.905, DE Estadual
Ambiental No Âmbito do Estado de Minas Gerais.
12-08-2013
Estabelece procedimentos para o cumprimento da medida
PORTARIA IEF Nº 27, DE
compensatória a que se refere o§ 2º do Art. 75 da Lei Estadual Estadual
07-04-2017
n°. 20.922/2013 e dá outras providências.
Lei Nº 11.428, de 16-10-
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa Federal
2013
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
A supressão de vegetação dependerá de autorização do órgão ambiental, que estipulará as medidas
compensatórias correspondentes.

3.12.4.4 ESPÉCIES IMUNES DE CORTE

Para a realização de supressão de espécies protegidas e imunes de corte ou ameaçadas de


extinção também se aplica o plantio compensatório das mesmas espécies.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 112


Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-19).

Tabela 3-19: Tabela Resumo – Espécies Imunes de Corte


TEMA: ESPÉCIES IMUNES AO CORTE
Potencial de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Declara de preservação permanente, de interesse comum e imune
LEI Nº 10.883, DE 02-
de corte, no Estado de Minas Gerais, o Pequizeiro (Caryocar Estadual
10-1992
brasiliensis).
LEI Nº 9.743, DE 15- Declara de interesse comum, de preservação permanente e imune
Estadual
12-1988 de corte o ipê-amarelo.
Observações (Instalação/Operação)
(Pequizeiro e Ipê amarelo) A supressão do pequizeiro e ipê amarelo serão admitidas quando necessária à
execução de obra, plano, atividade ou projeto de utilidade pública ou de interesse social, mediante autorização do
órgão ambiental estadual competente. (Lei Nº 10.883, de 1992)
Como condição para a emissão de autorização para a supressão do pequizeiro ipê-amarelo, o órgão ambiental
exigirá formalmente do empreendedor o plantio de uma a cinco mudas catalogadas e identificadas por árvore a
ser suprimida, com base em parecer técnico fundamentado, consideradas as características de clima e de solo e
a frequência natural da espécie, em maior ou menor densidade, na área a ser ocupada pelo empreendimento.
(Lei Nº 10.883, de 1992)
O empreendedor responsável pela supressão das espécies (pequizeiro, ipê-amarelo ou buriti) poderá,
alternativamente pelo recolhimento de 100 Ufemgs (cem Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais), por
árvore a ser supimida. (Lei Nº 10.883, de 1992)

3.12.5 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES (APP)

A Área de Preservação Permanentes (APP) é conceituada pelo Código Florestal Brasileiro


como uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.

A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente


somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública e de interesse social ou atividades
eventuais ou de baixo impacto ambiental.

O órgão ambiental estabelecerá, previamente à emissão da autorização para a intervenção


ou supressão de vegetação em APP, as medidas compensatórias que consistem na efetiva
recuperação ou recomposição de APP e deverão ocorrer na mesma sub-bacia hidrográfica,
e prioritariamente, na área de influência do empreendimento, ou nas cabeceiras dos rios.

Abaixo, Tabela Resumo (Tabela 3-20) com as principais normas sobre o tema.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 113


Tabela 3-20: Tabela Resumo com as Principais Normas
TEMA: ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse
RESOLUÇÃO CONAMA Nº social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção
Federal
369, DE 28-03-2006 ou supressão de vegetação Em Área de Preservação Permanente-
APP.
LEI Nº 12.651, DE 25-05-2012 Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Federal
Dispõe sobre os procedimentos metodológicos para restauração e
INSTRUÇÃO NORMATIVA
recuperação das Áreas de Preservação Permanentes e da Federal
MMA Nº 05, DE 08-09-2009
Reserva Legal.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº Dispõe sobre a metodologia de recuperação das Áreas de
Federal
429, DE 28-02-2011 Preservação Permanente - APPs.
Dispõe sobre os processos de autorização para intervenção
DECRETO Nº 47.749, DE 11-
ambiental e sobre a produção florestal no âmbito do Estado de Estadual
11-2019
Minas Gerais.
RESOLUÇÃO CONJUNTA
Dispõe Sobre Os Processos de Autorização Para Intervenção
SEMAD - IEF Nº 1.905, DE 12- Estadual
Ambiental No Âmbito do Estado de Minas Gerais.
08-2013
Regulamenta o disposto na alínea “m” do inciso III do art. 3º da Lei
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
nº 20.922, de 16 de outubro de 2013, para estabelecer demais
COPAM Nº 236, DE 02-12- Estadual
atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental para fins de
2019
intervenção em área de preservação permanente
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
O empreendimento declarado como utilidade pública, o empreendedor poderá solicitar ao órgão ambiental, a autorização
para intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente. (Decreto Nº 47.749, de 2019)
O documento de controle ambiental emitido para o transporte deverá conter as informações sobre a procedência desses
produtos e subprodutos e será gerado por sistema de informação disponibilizado pelo órgão ambiental competente. (Lei
Nº 12.651, de 2012)
As compensações por intervenções ambientais, aprovadas pelo órgão ambiental competente, serão asseguradas por meio
de Termo de Compromisso de Compensação Florestal – TCCF. (Decreto Nº 47.749, de 2019)
Os requerimentos para intervenção ambiental integrados a procedimento de licenciamento ambiental (Autorização para
Intervenção Ambiental - AIA) serão analisados no âmbito deste processo e a respectiva autorização constará no
Certificado de Licença Ambiental. (Resolução CONJUNTA SEMAD - IEF Nº 1.905, de 2013)
Os requerimentos para intervenção ambiental não integrados a procedimento de licenciamento ambiental serão
autorizados por meio de Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental - DAIA. (Resolução CONJUNTA SEMAD -
IEF Nº 1.905, de 2013)

3.12.6 RESERVA LEGAL

A Constituição Federal de 1988 destaca que as Reservas Legais (RL), Áreas de


Preservação Permanente (APP) e as Unidades de Conservação (UCs), são institutos
jurídicos classificados como pertencentes aos espaços especialmente protegidos, com a
finalidade comum de garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, configurando-
se como instrumentos de manutenção da biodiversidade e, consequentemente, dos
processos e serviços ecológicos.

A Reserva Legal, que é regulamentada pela Lei 12.651, de 2012 e, em Minas Gerais,
abordada Lei 20.922, de 2013, é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e
da biodiversidade, abrigar a fauna silvestre e proteger a flora nativa.

A área de reserva legal deverá ser equivalente a no mínimo 20% (vinte por cento) da área
total do imóvel uso restrito, sendo vedados os cortes rasos, a alteração do uso do solo e a
exploração com fins comerciais. Ressalta-se que a área poderá ser utilizada de forma

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 114


manejada e sustentável, atendendo as especificações e autorização da SEMAD, nos termos
da Resolução Conjunta SEMAD - IEF 1.905, de 2013.

A regularização da Reserva Legal está vinculada ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).


Portanto, a aprovação dos processos de licenciamento, intervenção ambiental, outorga de
água, crédito rural e transmissão de títulos de propriedades estão condicionados à
regularização da Reserva legal junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (SEMAD).

3.12.7 CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR

O Cadastro Ambiental Rural – CAR, criado pela Lei 12.651, de 2012, é o registro público
eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que possui a
finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais,
formando uma base de dados estratégica para controle, monitoramento, planejamento
ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

A inscrição de imóvel rural no CAR, que é requisito para o processo de licenciamento


ambiental, é gratuita e o seu preenchimento é de responsabilidade dos
proprietários/possuidores do imóvel rural. Para os imóveis acima de 4 módulos fiscais é
obrigatória a confecção de planta assinada por responsável técnico. Para os imóveis de até
4 módulos fiscais, poderá ser apresentado croqui ou planta. O Recibo de Inscrição, gerado
após o envio do arquivo “.car” ao SICAR, representa a confirmação de que foi realizada a
declaração do imóvel rural no CAR.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-21).

Tabela 3-21: Tabela Resumo – Reserva Legal e CAR


TEMA: RESERVA LEGAL E CAR
Potencial de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Regulamenta os procedimentos de emissão, registro, transferência, utilização e
Decreto Nº 9.640, de
cancelamento da Cota de Reserva Ambiental – CRA instituída pela Lei 12.651, Federal
27-12-2018
de 25-05-2012.
RESOLUÇÃO Dispõe Sobre Os Procedimentos A Serem Adotados Para A Compensação de
CONJUNTA SEMAD - Reserva Legal Em Unidades de Conservação de Domínio Público, Pendentes Estadual
IEF 2.225/2014 de Regularização Fundiária.
INSTRUÇÃO
NORMATIVA RFB Dispõe sobre o Cadastro de Imóveis Rurais (CAR) Federal
1.467/2014
INSTRUÇÃO
Dispõe sobre os procedimentos para atualização cadastral no Sistema
NORMATIVA INCRA Federal
Nacional de Cadastro Rural
82/2015
LEI Nº 12.651, DE 25- Cria o Novo Código Florestal. Dispõe Sobre A Proteção da Vegetação Nativa e
Federal
05-2012 Dá Outras Providências.
LEI Nº 20.922, DE 16-
Dispõe Sobre As Políticas Florestal e de Proteção À Biodiversidade No Estado. Estadual
10-2013
Observações (Instalação/Operação)
Registro da área de Reserva Legal no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR. (Lei Nº 12.651, de
2012)
Área de reserva legal devidamente dimensionada, conservada e registrada (Lei Nº 12.651, de 2012)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 115


TEMA: RESERVA LEGAL E CAR
Potencial de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
i)É obrigatório que o empreendedor realize o cadastramento do imóvel rural junto ao Sistema Nacional de Cadastro
Rural (SNCR).
ii)O proprietário que efetuar a inscrição de seu imóvel rural no CAR, após emissão do recibo de inscrição, deverá
realizar seu cadastramento na Central do Proprietário/Possuidor do SICAR.
iii) A inscrição é obrigatória inclusive os imóveis que gozam de imunidade ou isenção do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (ITR).

3.12.8 ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO, UTILIZAÇÃO


SUSTENTÁVEL E REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS DA
BIODIVERSIDADE E RESERVAS DA BIOSFERA

As áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade consideradas para fins de


instituição de unidades de conservação, no âmbito do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza – SNUC, pesquisa e inventário da biodiversidade, utilização,
recuperação de áreas degradadas e de espécies sobre-explotadas ou ameaçadas de extinção
e repartição de benefícios derivados do acesso a recursos genéticos e ao conhecimento
tradicional associado.

Em nível estadual, os estudos ambientais de empreendimentos, obras ou atividades


consideradas efetiva ou potencialmente poluídoras, ou daqueles que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental, a serem objeto de análise no Licenciamento
Ambiental, deverão considerar como instrumento norteador das ações compensatórias o
documento: “Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua Conservação”, em
conformidade com o que estabelece a Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000.

Não há impedimentos legais expressos para realização de intervenções nessas áreas desde
as mesmas sejam aprovadas pelo órgão ambiental competente acompanhada da anuência
do órgão gestor da Unidade de Conservação.

A Reserva da Biosfera (RB) é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada,


participativa e sustentável dos recursos naturais. São reconhecidas pelo Programa "O
Homem e a Biosfera (MAB)" da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO). A Lei nº 9.985 regulamentada pelo Decreto nº 4.340/2002 é
o Instrumento que legitimizou o Programa “Reserva da Biosfera” no contexto das políticas
públicas. É um Programa da Unesco, resultado da Conferência realizada em 1968 sobre a
Conservação e o Uso Racional dos Recursos da Biosfera.

Essas áreas devem ser locais de excelência para trabalhos de pesquisa científica,
experimentação e demonstração de enfoques para conservação e desenvolvimento
sustentável na escala regional.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 116


Tabela 3-22: Tabela Resumo com as Principais Normas
TEMA: ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E RSESERVAS DA BIOSFERA
Nível de Aplicação ao Projeto Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e
PORTARIA MMA Nº
Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira ou Áreas Federal
463, DE 18-12-2018
Prioritárias para a Biodiversidade.
Estabelece normas, diretrizes e critériosmpara nortear a
DELIBERAÇÃO
conservação da Biodiversidade de Minas Gerais, com base no
NORMATIVA COPAM Estadual
documento: "Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua
Nº 55, de 13 -06 2002
Conservação”.
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição
LEI Nº 9.985, DE 18-
Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação Federal
07-2000
da Natureza e dá outras providências
Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que
DECRETO Nº4.340, de
dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Federal
22-08-2002
Natureza - SNUC, e dá outras providências.

3.12.9 FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA

É competência do Estado proteger a fauna silvestre terrestre e aquática a fim de assegurar


a diversidade das espécies e dos ecossistemas, bem como a preservação do patrimônio
genético, definindo mecanismos para a sua proteção.

A Lei Complementar 140, de 2011, compartilhou a gestão da fauna silvestre entre a União e
os estados. Com a assinatura do Acordo de Cooperação entre o IBAMA/MG, a SEMAD e o
IEF, as atividades relacionadas à gestão, fiscalização, recebimento, manejo e destinação da
fauna silvestre em Minas Gerais passaram a ser realizadas também pelas Instituições
Estaduais.

O IEF é órgão responsável pela análise e concessão de autorizações para captura, coleta e
transporte da fauna silvestre, referente a etapa de inventariamento, através dos Escritórios
Regionais ou das Superintendências Regionais de Regularização Ambiental – SUPRAM.

Conforme apresentado em quadro na sequência, no Estado de Minas Gerais a legislação


estabelece os procedimentos relativos às autorizações para manejo de fauna silvestre
terrestre e aquática na área de influência de empreendimentos e atividades consideradas
efetiva ou potencialmente causadoras de impactos à fauna, sujeitas ou não ao licenciamento
ambiental.

a) Autorização de Manejo de Fauna Terrestre e Aquática

O Instituto Estadual de Florestas – IEF por meio das suas Unidades Regionais de Florestas
e Biodiversidade – URFBio é responsável por analisar os requerimentos e emitir
autorizações de manejo de fauna silvestre terrestre e aquática vinculados a
empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de
impactos à fauna sujeitas ao licenciamento ambiental simplificado ou não passíveis de
licenciamento ambiental pelo Estado e em unidades de conservação de proteção integral,
incluindo as etapas de nventariamento, resgate/salvamento e monitoramento de fauna.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 117


As instituições responsáveis pela emissão das autorizações de fauna silvestre terrestre e
aquática na área de influência em empreendimentos e atividades encontram-se na Tabela
3-23) abaixo, conforme disposto na Resolução Conjunta SEMAD/ IEF 2.749, de 2019 .

Tabela 3-23: Instituições responsáveis – Fauna Aquática


TEMA: AUTORIZAÇÃO DE MANEJO DE FAUNA AQUÁTICA
Instituição Modalidades Empreendimento ou Atividades
Levantamento Não passíveis de licenciamento,
Sujeitas ao Licenciamento Ambiental Simplificado
IEF Monitoramento (LAS) ou com AAF vigente;
URFBio Localizadas em UC de proteção integral ou RPPN
estaduais;
Resgate/salvamento/peixamento
Sujeitas ao Licenciamento Ambiental Municipal.
Levantamento
SEMAD Sujeitas ao licenciamento ambiental estadual, nas
Monitoramento
SUPRAM modalidades trifásico (LAT) ou concomitante (LAC).
Resgate/salvamento/peixamento

3.12.9.1 CITES

A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em


Perigo de Extinção - CITES foi um acordo internacional criado que prevê vários níveis de
proteção e abrange hoje cerca de 30.000 espécies da fauna e flora selvagens existentes no
planeta.

Considerando a necessidade de serem adotadas medidas no sentido de assegurar o


cumprimento das disposições contidas na Convenção, com vistas a proteger certas
espécies contra o comércio excessivo, para assegurar sua sobrevivência, foi publicado o
Decreto 3.607, de 2000 que prevê sobre a implementação da CITES no Brasil.

A relação de espécies incluídas no Anexo I da CITES são consideradas ameaçadas de


extinção e que são ou podem ser afetadas pelo comércio, de modo que sua comercialização
somente poderá ser autorizada pela Autoridade Administrativa mediante concessão de
Licença ou Certificado.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-24).

Tabela 3-24: Tabela Resumo com as principais Normas – Fauna Terrestre e Aquática
TEMA: FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto

Normas Pertinentes Sumário Origem

Dispõe sobre a implementação da Convenção sobre Comércio


DECRETO Nº 3.607, DE
Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo Federal
21-09-2000
de Extinção - CITES.

LEI Nº 5.197, DE 03-01-


Dispõe sobre a proteção à fauna. Federal
1967
INSTRUÇÃO Estabelece os procedimentos para a solicitação e emissão de
NORMATIVA IBAMA Nº Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico Federal
08, DE 14-07-2017 (Abio) no âmbito dos processos de licenciamento ambiental federal.
INSTRUÇÃO Estabelece os critérios para procedimentos relativos ao manejo de Federal

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 118


TEMA: FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto

Normas Pertinentes Sumário Origem


NORMATIVA IBAMA Nº fauna silvestre (levantamento, monitoramento, salvamento, resgate
146, DE 10-01-2007 e destinação) em áreas de influencia de empreendimentos e
atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de
impactos à fauna sujeitas ao licenciamento ambiental.
INSTRUÇÃO
Regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna sinantrópica
NORMATIVA IBAMA Nº Federal
nociva.
141 , DE 19-12-2006
Institui o Programa Nacional de Conservação das Espécies
PORTARIA MMA Nº 43, Ameaçadas de Extinção - Pró-Espécies, com o objetivo de adotar
Federal
DE 31-01-2014 ações de prevenção, conservação, manejo e gestão, com vistas a
minimizar as ameaças e o risco de extinção de espécies.
Atualiza e aprova o Plano de Ação Nacional para a Conservação
das Aves da Mata Atlântica PAN Aves da Mata Atlântica,
PORTARIA ICMBIO Nº contemplando 104 táxons ameaçados de extinção, estabelecendo
Federal
208, DE 14-03-2018 seu objetivo geral, objetivos específicos, espécies contempladas,
prazo de execução, abrangência e formas de implementação,
supervisão e revisão.
Aprova o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas
da Mata Atlântica e da Preguiça-de-Coleira PAN PPMA,
PORTARIA ICMBIO Nº
contemplando quatorze táxons ameaçados de extinção, Federal
702, DE 07-08-2018
estabelecendo seu objetivo geral, objetivos específicos, prazo de
execução, abrangência e formas de implementação e supervisão.
Reconhecer como espécies da fauna brasileira ameaçadas de
PORTARIA MMA Nº
extinção aquelas constantes da "Lista Nacional Oficial de Espécies Federal
444, DE 17-12-2014
da Fauna Ameaçadas de Extinção
DECRETO-LEI Nº 221,
Dispõe sobre a proteção e estímulos a pesca. Federal
DE 28-02-1967
Reconhece como espécies de peixes e invertebrados aquáticos da
PORTARIA MMA Nº fauna brasileira ameaçadas de extinção aquelas constantes da
Federal
445, DE 17-12-2014 "Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de
Extinção Peixes e Invertebrados Aquáticos".
Dispõe sobre os procedimentos relativos às autorizações para
RESOLUÇÃO
manejo de fauna silvestre terrestre e aquática na área de influência
CONJUNTA SEMAD -
de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou Estadual
IEF Nº 2.749, DE 15-01-
potencialmente causadoras de impactos à fauna, sujeitas ou não ao
2019
licenciamento ambiental.
LEI 14.181, DE 17-01- Dispõe sobre a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de
Estadual
2002 desenvolvimento da pesca e da aqüicultura no Estado.
DELIBERAÇÃO
Aprova a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do
NORMATIVA COPAM Estadual
Estado de Minas Gerais.
Nº 147, DE 30-04-2010
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
O manejo e controle da fauna somente serão permitidos mediante aprovação e autorização expressa do órgão
ambiental. (Instrução Normativa IBAMA Nº 141, de 2006)
Nos casos de salvamento emergencial de fauna silvestre terrestre e aquática, o empreendedor deve realizar a
comunicação formal ao órgão ambiental, imediatamente após ao início das ações de manejo (Resolução
Conjunta SEMAD - IEF Nº 2.749, de 2019)

3.12.10 RECURSOS PESQUEIROS (PESCA COMERCIAL, DE


SUBSISTÊNCIA, ORNAMENTAL E ESPORTIVA)

No Estado de Minas Gerais compete ao Instituto Estadual de Florestas – IEF regulamentar a


pesca com vistas ao uso sustentável do recurso pesqueiro e à conservação da
biodiversidade e preservação do equilíbrio ecológico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 119


Com o objetivo da conservação das espécies e a manutenção dos estoques pesqueiros é
preciso que a pesca seja praticada dentro das normas ambientais vigentes em MG.

A realização de competições, torneios, pescarias ou eventos de pesca desportiva somente é


permitida com autorização do IEF. A licença é emitida para a entidade promotora do evento
(CNPJ), e não para pessoas físicas.

Devem ser observadas as restrições durante o período de defeso (Piracema), sendo que
nas Unidades de Conservação estaduais é proibida qualquer modalidade de pesca, exceto
Pesquisa Científica devidamente autorizada.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-25).

Tabela 3-25: Tabela Resumo com as principais Normas - Pesca


TEMA: PESCA
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Lei nº 11.959, de 29- Dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da
Federal
06-2009 Aquicultura e da Pesca, regula as atividades pesqueiras
Estabelece no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Instrução normativa nº Abastecimento normas, critérios e padrões para o uso sustentável de
Federal
10, de 17-04-2020 peixes nativos de águas continentais, marinhas e estuarinas, com
finalidade ornamental e de aquariofilia.
Dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca
PORTARIA ICMBIO
esportiva em unidades de conservação federais administradas pelo Federal
Nº 91, DE 04-02-2020
ICMBio.
Regulamenta a Lei nº 14.181, de 17 de janeiro de 2002, que dispõe sobre
Decreto nº 43.713, de
a política de proteção à fauna e à flora aquáticas e de desenvolvimento Estadual
14-01-2004
da pesca e da aqüicultura no Estado
DECRETO-LEI nº 221,
Dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca Federal
DE 28-02-1967
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
Realizar estudos e propor soluções para impactos relacionados aos recursos pesqueiros (Decreto 47.383, de 02-
03-2018)

3.12.11 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Deliberação Normativa COPAM n° 214, estabelece as diretrizes para a elaboração e a


execução de Programas de Educação Ambiental – PEA´s no âmbito dos processos de
licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais. Tais programas deverão ser previstos
para nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades listados
na Deliberação Normativa COPAM nº 217 e considerados como causadores de significativo
impacto ambiental e/ou passíveis de apresentação de Estudo e Relatório de Impacto
Ambiental - EIA/RIMA.

Em que pese as tipologias e classificação dos empreendimentos a serem licenciados, é


possível que, em virtude das características de seu empreendimento ou atividade, o
empreendedor justifique a não apresentação do PEA, sendo que órgão ambiental deverá
avaliar e se manifestar quanto à justificativa apresentada.

A DN COPAM nº 238, de 26 de agosto de 2020, determina as diretrizes e os procedimentos


para elaboração e execução do Programa de Educação Ambiental - PEA - nos processos de
licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades listados na Deliberação

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 120


Normativa COPAM nº 217, de 2017 e considerados como causadores de significativo
impacto ambiental e/ou passíveis de apresentação de Estudo e Relatório de Impacto
Ambiental - EIA/RIMA.

Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-25).

Tabela 3-26: Tabela Resumo com as principais Normas – Educação Ambiental


TEMA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Estabelece as diretrizes para a elaboração e a execução dos
Deliberação Normativa
Programas de Educação Ambiental no âmbito dos processos de Estadual
COPAM n° 214, DE 17
licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais.
Altera a Deliberação Normativa Copam nº 214, de 26 de abril de
DN COPAM nº 238, 2017, que estabelece as diretrizes para a elaboração e a
Estadual
DE 26-08-20 execução dos Programas de Educação Ambiental no âmbito dos
processos de licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais.

3.12.12 NORMATIVAS GERAIS MUNICIPAIS

3.12.12.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

No município de Caeté, a construção, instalação, ampliação ou funcionamento de fontes


poluidoras estão sujeitas ao licenciamento ambiental perante Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, que de acordo com a Lei Nº 2.458, de 29-09-
2006, somente expedirá Alvará de Localização e de Funcionamento, ou quaisquer outras
autorizações relacionadas ao empreendimento, após anuência parecer técnico favorável do
órgão Municipal de Meio Ambiente.

No âmbito da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de


Caeté, a Lei nº 2.011/97 criou o Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental –
CODEMA com intuito de acompanhar o controle permanente das atividades degradadoras e
poluidoras, opinando sobre a realização de estudo alternativo sobre as possíveis
consequências ambientais, visando a compatibilização do desenvolvimento econômico com
a proteção ambiental.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 121


Normativas Municipais

• Santa Bárbara

A seguir, Tabela Resumo com as principais normas relativas ao licenciamento ambiental no


município (Tabela 3-27).

Tabela 3-27: Tabela Resumo com as principais Normas Municipais– Santa Bárbara
TEMA: NORMATIVAS MUNICIPAIS - SANTA BARBARA
Potencial de Aplicação ao Projeto: Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Dispõe sobre o registro, o acompanhamento e a fiscalização da
exploração de recursos minerais no território do Município de Santa
Bárbara-MG, de acordo com as competências definidas no art. 23, XI e
LEI Nº 1.683, DE no art. 30, I e II, da Constituição Federal, estabelece condições para o Municipal
19-04-2013 funcionamento das empresas que exploram recursos minerais e que Santa Bárbara
realizam pesquisas minerais no território do Município de Santa Bárbara-
MG, institui obrigações correlatas e impõe penalidades decorrentes do
respectivo descumprimento, dando outras providências.

DECRETO Nº Estabelece os critérios para a emissão, pelo Município de Santa


Municipal
2438, DE 03-06- Bárbara-MG, de Declaração de Conformidade para fins de licenciamento
Santa Bárbara
2013 ambiental junto ao Estado de Minas Gerais ou à União Federal.

"Regulamenta a Lei Municipal nº 1683/2013, que Dispõe sobre o


registro, o acompanhamento e a fiscalização da exploração de recursos
minerais no território do Município de Santa Bárbara-MG, de acordo com
DECRETO Nº as competências definidas no art. 23, XI e no art. 30, I e II, da
Municipal
2525, DE 22-07- Constituição Federal, estabelece condições para o funcionamento das
Santa Bárbara
2013 empresas que exploram recursos minerais e que realizam pesquisas
minerais no território do Município de Santa Bárbara-MG, institui
obrigações correlatas e impõe penalidades decorrentes do respectivo
descumprimento, dando outras providências".
LEI Nº 1.911,DE Municipal
Dispõe sobre a Política Municipal de Mudança do Clima.
09-08-2019 Santa Bárbara

LEI
Institui a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano do
COMPLEMENTAR Municipal –
Município de Santa Bárbara, em conformidade com o Plano Diretor, o
Nº 1.437, DE 27- Santa Bárbara
Estatuto da Cidade e a Lei Orgânica Municipal.
07-2007

Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental


Obtenção de anuência e parecer favorável de cada órgão municipal de meio ambiente para o licenciamento
ambiental da atividade (Alvará de Localização e Funcionamento).( Resolução CONAMA 237, 19-12-1997)
(Santa Bárbara) Apresentar a documentação abaixo, quando do requerimento de inscrição no cadastro municipal
e solicitação de licença para localização e funcionamento:
I - cópias autenticadas de todos os atos administrativos em vigor, que disponham sob o regime de exploração,
explotação e aproveitamento de recursos minerais no território do Município de Santa Bárbara-MG, sob as formas
de concessão, autorização ou licenciamento, expedidos pela União;
II - cópias autenticadas de todos os documentos, seja de natureza fiscal, declaratória, informativa ou contratual,
referente à produção e comercialização de substâncias/produtos minerais, necessários à verificação da correção
dos pagamentos correspondentes à compensação financeira pela exploração de recursos minerais - CFEM, de
que tratam as Leis Federais nº 7.990/89 e nº 8.001/90 e respectivas alterações posteriores, desde o exercício de
2003 até o exercício de 2012.
(Santa Bárbara) Para emissão de Declaração de Conformidade para fins de licenciamento ambiental junto ao
Estado de Minas Gerais, o empreendedor deverá protocolizar, requerimento específico, endereçado à Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, o pedido de Declaração Municipal, contendo os seguintes documentos:
I - Identificação e qualificação completa do empreendedor, acompanhada da respectiva documentação
comprobatória;
II - Comprovante de propriedade, contrato de locação, contrato de arrendamento ou autorização expressa do
proprietário da área ou imóvel onde se pretende implantar e desenvolver o empreendimento;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 122


TEMA: NORMATIVAS MUNICIPAIS - SANTA BARBARA
Potencial de Aplicação ao Projeto: Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
III - Certidão atualizada do registro da área ou imóvel obtida junto ao Serviço Registral de Imóveis competente;
IV - Certidão negativa de Débito junto a Dívida Ativa do Município;
V - Planta de situação da área;
VI - Cópia dos estudos ambientais necessários ou documento equivalente, nos termos da legislação vigente;
VII - Declaração de Impacto Ambiental, conforme definido no art. 5º deste Decreto;
VIII - Estudo de Impacto de Vizinhança, conforme definido em legislação municipal.
(Santa Bárbara) Em caso de significativa emissão de gases de efeito estufa, o licenciamento do empreendedor
ficará condicionado à apresentação de um plano de mitigação de emissões e medidas de compensação (Lei nº
1.911,de 09-08-2019).

Tabela 3-28: Tabela Resumo com as principais Normas Municipais - Caeté


TEMA: NORMATIVAS MUNICIPAIS - CAETÉ
Potencial de Aplicação ao Projeto: Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Municipal
LEI Nº 2.011/97
Ambiental. Caeté
Dispõe Sobre A Política de Proteção, Controle e Conservação do
LEI Nº 2.458, DE 29- Ambiente, Melhoria da Qualidade de Vida e Desenvolvimento Municipal
09-2006 Sustentável No Município de Caeté.regulamentada Pelo Decreto Nº Caeté
158, de 16-11-2006.
DELIBERAÇÃO
Dispõe sobre as medidas compensatórias para autorização de remoção Municipal
CODEMA Nº 02, DE
de vegetação e intervenções em APP. Caeté
20-05-2009
Regulamenta a lei nº 2.458 de 29 de setembro de 2006 – dispõe sobre
DECRETO Nº 158, DE Municipal
a política de proteção, controle e conservação do ambiente, melhoria da
16-11-2006 Caeté
qualidade de vida e desenvolvimento sustentável no município de caeté
Dispõe sobre o registro, o acompanhamento e a fiscalização da
exploração de recursos minerais no território do município de caeté/mg,
de acordo com as competências definidas no art. 23, xi e no art. 30, I e
II, da constituição federal; estabelece condições para o funcionamento Municipal
Lei nº 2.875/2014
das empresas que exploram recursos minerais e que realizam Caeté
pesquisas minerais no território do município; institui obrigações
correlatas e impõe penalidades decorrentes do respectivo
descumprimento,
Principais obrigações no processo de licenciamento ambiental
Obtenção de anuência e parecer favorável de cada órgão municipal de meio ambiente para o licenciamento
ambiental da atividade (Alvará de Localização e Funcionamento).( Resolução CONAMA 237, 19-12-1997)
Apresentar a Secretaria Municipal de Fazenda, no primeiro dia útil dos meses de abril, julho, setembro e janeiro, a
seguinte documentação:
I - cópias autenticadas de todos os atos administrativos em vigor, que disponham sobre o regime de exploração,
exportação e aproveitamento de recursos minerais no território de Caeté/MG, sob as formas de concessão,
autorização ou licenciamento, expedidas pela União;
II - cópias autenticadas de todos os documentos, seja de natureza fiscal, declaratória, informativa ou contratual,
referentes à produção e comercialização de substâncias/produtos minerais, necessários à verificação da correção
de pagamentos correspondentes à compensação financeira pela exploração de recursos minerais – CFEM, de que
tratam as Leis Federais nº 7.990/89 e nº 8.001/90 e respectivas alterações posteriores, desde o exercício de 2004
até o exercício anterior ao corrente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 123


4 COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS
GOVERNAMENTAIS COLOCALIZADOS
O Projeto Apolo tem previsão para ser implantado nos municípios de Caeté e Santa
Bárbara, em Minas Gerais. Estes municípios abrigarão em seus territórios as estruturas do
empreendimento e por isso receberam uma caracterização mais detalhada baseada em
dados primários e secundários.

Além de Caeté e Santa Bárbara, os municípios de Raposos, Rio Acima e Barão de Cocais
também foram considerados diante da localização e da proximidade com o
empreendimento, além da possibilidade de fornecimento de mão de obra, serviços e
insumos, mas receberam uma abordagem com base em informações secundárias visto que
não abrigarão estruturas do Projeto.

Na análise dos planos e programas governamentais nas esferas federal, estadual, regional e
municipal buscou-se selecioná-los em razão de aspectos relacionados ao empreendimento,
fosse por sua localização geográfica ou por temáticas atinentes à exploração minerária.

Nesse sentido, destacam-se os planos nacionais e estaduais selecionados em função da


temática mineração e recursos hídricos. No que se refere à esfera regional, destacam-se os
planos diretores das Bacias Hidrográficas do Rio das Velhas e do Rio Piracicaba, além do
plano de desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, da qual os
municípios supracitados fazem parte. Já em relação aos planos e programas em nível
municipal, destacam-se os planos diretores e o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE).

Diversos projetos estão sendo desenvolvidos através de investimentos das esferas públicas
principalmente no campo do desenvolvimento econômico sustentável e da preservação
hídrica e ambiental. No entanto, cabe ressaltar, que as informações disponíveis nos órgãos
responsáveis por tais intervenções são, em sua maioria, generalistas, o que impede ou
dificulta a espacialização destes projetos dentro das áreas de estudo do empreendimento.

Além disso, outro ponto que merece destaque são os aspectos relacionados às Unidades de
Conservação e Áreas de Proteção Especial, Reservas da Biosfera e Áreas Prioritárias para
Conservação. Como não foi possível espacializá-los na esfera Federal, Estadual ou
Municipal. e por considerar a relevância destes temas para o meio biótico, optou-se por
apresentá-los no referido Diagnóstico.

Apesar de ser um dos aspectos da conservação, o Zoneamento Ecológico-Econômico foi


descrito e espacializado no item 4.4 do presente capítulo - ESFERA MUNICIPAL,
mantendo-se assim a estrutura do documento, atendendo ao Termo de Referência Geral do
SISEMA.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 124


4.1 ESFERA FEDERAL

4.1.1 PLANO NACIONAL DE MINERAÇÃO

A as atividades de mineração evoluíram consideravelmente ao longo dos anos, tanto em


termos técnicos e tecnológicos quanto em termos legais, gerando desenvolvimento
socioeconômico e industrial para o Brasil, diante da especialização nacional na produção de
matérias primas.

Historicamente, o Brasil destaca-se no cenário internacional como produtor de minério de


ferro, bauxita, manganês, nióbio e vários outros bens minerais. Nesse contexto, a região do
Quadrilátero Ferrífero3, na qual os municípios interceptados pelo empreendimento, Caeté e
Santa Barbará, e localizados em seu entorno, Raposos, Barão de Cocais e Rio Acima estão
inseridos, se destaca justamente pela alta produção de ferro, minério a ser explorado pelo
empreendimento aqui em foco.

Diante da importância das atividades de mineração a nível nacional, o governo federal, por
meio do Ministério de Minas e Energia, publicou em 2011 o mais recente Plano Nacional de
Mineração 2030 (PNM – 2030). O Plano traz uma análise de todos os componentes do setor
mineral a nível nacional, aponta desafios e cenários futuros, prevê demandas e
investimentos, e estabelece objetivos estratégicos e ações de maior relevância no contexto
da mineração no país.

O objetivo do PNM – 2030 é nortear as políticas de médio e longo prazos que possam
contribuir para que o setor mineral seja um alicerce para o desenvolvimento sustentável do
Brasil nos próximos 20 anos.

O Plano está fundamentado em três diretrizes: governança pública eficaz, agregação de


valor e adensamento de conhecimento, e sustentabilidade. Tais diretrizes partem de uma
percepção de crescimento econômico, melhoria nos processos produtivos e a necessidade
do desenvolvimento sustentável em toda a cadeia produtiva mineral. Além disso, o PNM -
2030 traz 11 objetivos estratégicos e diversas ações que se encontram agrupadas nas três
diretrizes mencionadas. A Figura 4-1 apresenta os objetivos e as principais ações
vinculadas.

3 O Quadrilátero Ferrífero é a mais importante província mineral do sudeste do Brasil. Localizado na região
centro sul do estado de Minas Gerais é o marco principal da interiorização da ocupação portuguesa no século
XVIII. Com cerca de 7.000 km² em área, é a região que mais se destaca em função das jazidas de ferro.
Estimativas do início do século XXI apontam que mais de 55 milhões de toneladas de minério de ferro eram
anualmente exploradas. Os municípios que compõem o Quadrilátero Ferrífero são: Caeté, Santa Bárbara,
Raposos, Rio Acima, Barão de Cocais, Belo Horizonte, Belo Vale, Betim, Brumadinho, Catas Altas,
Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Ibirité, Igarapé, Itabira, Itabirito, Itatiaiaçu, Itaúna, Jaceaba, João Monlevade,
Mariana, Mario Campos, Mateus Leme, Moeda, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto, Rio Manso, Rio
Piracicaba, Sabará, Santa Luzia, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Joaquim de Bicas, Sarzedo.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 125


Figura 4-1: Objetivos estratégicos do PNM – 2030.
Fonte: Ministério de Minas e Energia, PNM – 2030, 2011.

Os objetivos estratégicos e as ações apresentadas reforçam a necessidade e relevância do


Plano diante das previsões de aumentos na produção, no consumo e nos investimentos,
além da geração de empregos e renda durante todo o período de sua vigência.

Nesse sentido, o empreendimento em tela contribuirá significativamente para o aumento da


produção de minério de ferro, geração de empregos diretos e indiretos, além da
possibilidade de desenvolvimento econômico para os municípios que interceptados pelas
estruturas do Projeto e municípios do entorno diante de toda a movimentação na cadeia
produtiva e sua influência socioeconômica. Ademais, o vasto conhecimento geológico e as
práticas sustentáveis adotadas pelo empreendedor vão ao encontro dos objetivos dois, nove
e dez trazidos pelo PNM – 2030, reforçando a ampliação do conhecimento geológico e da
premissa de desenvolvimento sustentável.

4.1.2 PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS

O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), estabelecido pela Lei nº 9.433 de 1997,
conhecida como Lei das Águas4, é um dos principais instrumentos que orientam a gestão
das águas no território nacional. O conjunto de diretrizes, programas e metas que
constituem o PNRH foi construído através de um grande processo de mobilização e
participação de atores sociais e institucionais coordenado pela Secretaria de Recursos
Hídricos do Ministério do Meio Ambiente.

O PNRH foi aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos em 2006 com horizonte
de implementação até 2020, com revisões periódicas das prioridades. O objetivo geral do
Plano é definir diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, em

4Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos e dá outras providências.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 126


quantidade e qualidade, além de gerenciar as demandas e considerar a água um elemento
estruturante para a implementação das políticas setoriais, sob a ótica do desenvolvimento
sustentável e da inclusão social.

Apesar do ano de 2020 ter se encerrado, o PNRH contínua vigente por conta da Resolução
CNRH 216 de setembro de 2020, que ampliou sua validação até dezembro de 2021. Um
novo PNRH está em fase de elaboração através de uma parceria entre a Agência Nacional
de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Ministério do Desenvolvimento Regional e
deverá orientar a gestão das águas no Brasil entre 2022 e 2035.

Com um caráter descentralizador, o PNRH propõe a implementação de 13 grandes


programas e diversos subprogramas nacionais e regionais relacionados aos setores
usuários de recursos hídricos, objetivando o uso racional e sustentável da água e a gestão
integrada dos recursos, tendo como base uma divisão do território nacional em 12 grandes
Regiões Hidrográficas (RH).

Dentre as Regiões Hidrográficas, destaca-se, por conta da maior relação com o


empreendimento em análise, a RH São Francisco, em que a bacia do rio das Velhas e seus
tributários fazem parte. Nesse ponto, vale ressaltar que os municípios de Caeté, Raposos e
Rio Acima fazem parte da Bacia do Rio das Velhas, tributário do São Francisco, enquanto
Santa Barbará e Barão de Cocais fazem parte da Bacia do Rio Piracicaba, afluente do Rio
Doce.

No que se refere à mineração, o Plano a considera como atividade essencial para o


desenvolvimento socioeconômico e industrial do país, mas aponta para a possibilidade de
geração de conflitos diante do potencial consumidor e poluidor do setor.

Nesse sentido, dois programas trazidos pelo Plano se destacam em relação ao


empreendimento em tela e seus desdobramentos: o Programa de Desenvolvimento e
Implementação de Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos, que traz diversos
subprogramas relacionados ao cadastro de usuários, metodologia e sistemas de outorgas,
fiscalização do uso, instrumentos econômicos, de informação e de suporte à decisão; e o
Programa de Articulação Intersetorial, Interinstitucional e Intra-Institucional da Gestão de
Recursos Hídricos, que traz subprogramas que orientam a avaliação de impactos setoriais e
a compatibilização e integração de projetos para a gestão integrada dos recursos hídricos.

Dentre as revisões periódicas das prioridades trazidas pelo Plano, as duas últimas (2012-
2015 e 2016-2020) apontam para priorização de ações relacionadas: (i) ao desenvolvimento
de estudos e mecanismos permanentes de acompanhamento dos impactos sobre os
recursos hídricos provenientes das ações previstas nos Estados para diversas atividades,
inclusive a mineração; (ii) desenvolvimento e implementação de novos mecanismos de
compensação financeira por consumo; e (iii) fomento à recuperação e compensação
socioambiental das áreas afetadas pelas atividades de mineração e demais atividades
industriais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 127


4.1.3 PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA HÍDRICA

Lançado em 2019, o Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH) é uma iniciativa


realizada a partir de diretrizes e critérios advindos do conceito de Segurança Hídrica5
adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O Plano foi idealizado com base na
parceria entre a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Ministério do
Desenvolvimento Regional com o objetivo de assegurar ao Brasil um planejamento
integrado para reduzir os riscos associados à escassez de água e eventos de cheia, com
horizonte de implementação até 2035.

O Plano analisa os graus de segurança hídrica a partir de um único índice criado para
retratar suas diferentes dimensões. O índice de Segurança Hídrica (ISH) calculado para
todo o país estima os riscos de desabastecimento da população e de perdas econômicas
por falta de água e considera quatro dimensões indicadoras: humana, econômica,
ecossistêmica e de resiliência.

Com base no ISH, foi realizada uma análise integrada confrontando as propostas de solução
com os principais problemas de segurança hídrica do Brasil, resultando em diversas
proposições para o Programa de Segurança Hídrica (PSH). Este, por sua vez, é um
instrumento de planejamento executivo que reúne as intervenções recomendadas dividindo
os investimentos em três componentes: estudos e projetos, obras, e institucional, sendo que
o último engloba as ações de operação e manutenção da infraestrutura hídrica.

As intervenções são detalhadas de acordo com seu estágio de implementação e em


cronogramas físicos financeiros a partir dos quais são identificados os passos necessários
para alcançar a segurança hídrica no Brasil. Para a região sudeste, onde está inserido o
empreendimento aqui em estudo, estão previstas, inicialmente, 35 intervenções com
investimentos na casa dos R$ 8,7 bilhões. Estas intervenções se referem, sobretudo, à
construção e revitalização de sistemas adutores, barragens e estudos de aproveitamento de
recursos.

No que se refere aos municípios interceptados pelo empreendimento e municípios do


entorno, o grau de segurança hídrica calculado pelo ISH aponta para uma variação entre os
níveis Alto, Médio e Baixo a depender das características de determinadas porções dos
municípios.

De modo geral, o nível Alto de segurança hídrica predomina em todos os municípios de


estudo, com destaque para Caeté e Santa Bárbara por conta da maior presença de áreas
rurais com características naturais ou com menor intervenção antrópica. Dessa forma, as
dimensões ecossistêmica e humana estão resguardadas e contribuem para o Alto nível de
segurança hídrica.

5 A Segurança Hídrica, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), ocorre quando há
disponibilidade de água em quantidade e qualidade suficientes para o atendimento das necessidades humanas,
da prática das atividades econômicas e da conservação dos ecossistemas aquáticos, acompanhada de um nível
aceitável de risco relacionado a secas e cheias, devendo ser consideradas estas quatro dimensões como
balizadoras do planejamento da oferta e do uso da água em um país (ANA, 2019).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 128


Já os níveis Médio e Baixo, sendo este o de menor incidência, estão relacionados às
dimensões ecossistêmica e econômica que consideram a presença de áreas urbanas e
concentração populacional, empreendimentos de grande porte como indústrias e atividades
minerárias, que possuem consumo de água mais expressivos, além da presença de
barragens de rejeitos de mineração. Ressalta-se que tais níveis ocorrem com maior
destaque nos municípios do entorno, que tendem a se relacionar com o empreendimento
em tela apenas por conta da possibilidade de fornecimento de mão de obra, serviços e
insumos, e existência de rotas e acessos que perpassam por seus territórios.

A Figura 4-2 apresenta o grau de segurança hídrica nos municípios interceptados pelas
estruturas do Projeto Apolo Umidade Natural e os municípios do entorno imediato.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 129


620000 635000 650000 665000 680000
MT TO
BOM JESUS BA

DO AMPARO BARRO BRANCO


CHAPADA DOS GO DF ANTÔNIO DIAS
TANOEIROS TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
CANDIDÓPOLIS UNIÃO MINAS GERAISES
MG

t ico
NOVA
FERN ANDES
APARECIDA BOM JESUS

t lân
SOARES

L M G7
M G 434 SANTA DO AMPARO SP
NOVA ERA
RJ

oA
76 RIBEIRÃO DAS NEVES
LUZIA
PR
O ce
an
G
LM
SÃO GONÇ ALO

79
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
0 2 BARÃO DOMINGOS

0
7815000

7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG PIRACICABA
43 3 SANTA LUZIA NOVA LIMA
SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
DOM SILVÉRIO
ES
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS UNA DE C IMA RIO
OURO BARRA DOCE
ITABIRITO MARIANA
PRETO LONGA

ISH (Grau de Segurança Hídrica)


SÃO GONÇALO
BORGES
DO RIO ABAIXO Baixo
CONDOMÍNIO

MG
DUAS PONTES

Médio
QUINTAS

43
DA SERRA

5
MESTRE GALVÃO
B R381
Alto
CAETANO PENEDIA
COCAIS
POMPÉU

CARVALHO Máximo
29
M G-1
DE BRITO VARGEM DA LUA
CAETÉ Projeto Apolo Umidade Natural

6
MG
7800000

7800000
43
26 2

MG
GRANJAS DE SABARÁ HENRICH ROQUE
Municípios Interceptados pelo
FREITAS Empreendimento
7
G43
TAQUARIL
RANCHO NOVO Municípios do Entorno
M

BARÃO DE
COCAIS

MORRO
VERMELHO 12
9
BR26
2 . Sede Urbana
!
MG FLORÁLIA

BARRA FELIZ (
! Distrito ou Povoado
SANTA BÁRBARA
RAPOSOS
Rodovia Federal
SOCORRO

Rodovia Estadual
NOVA LIMA BRUMAL

9 Limite Municipal

00
G
Caburé
AM
HONÓRIO
BICALHO
7785000

7785000
SANTA R ITA

BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS

CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS

RIO ACIMA

MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000

7770000
FONSECA
0
03
G
M

SANTA RITA
MG326
B R 3 56 DURÃO

MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL

POTÕES
PORTÕES

620000 635000 650000 665000 680000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Imóveis (VALE, 2020);
Área de Estudo (AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e ISH - Grau de Segurança Hídrica (ANA, 2020).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Índice de Segurança Hídrica (ISH)
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_ish_A3_v06
4.1.4 PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O Governo Federal sancionou, em 2010, a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS). Regulamentada pelo Decreto nº 7.404 daquele mesmo ano, a
PNRS é um marco no Brasil no que se refere às normas, princípios, objetivos e diretrizes
que incentivam o tratamento e a disposição adequada dos resíduos sólidos, sejam eles
domésticos ou industriais.

Dentre os instrumentos de gestão previstos pela PNRS, destaca-se o Plano Nacional de


Resíduos Sólidos, que objetiva identificar os problemas dos diversos tipos de resíduos
gerados e as alternativas de gerenciamento e gestão passíveis de implementação, além de
indicar metas, programas e ações para a transformação positiva sobre o quadro dos
resíduos sólidos no país.

A primeira versão do Plano, lançada em 2012, trouxe um diagnóstico da situação brasileira à


época, seguido pela identificação de distintos cenários, definição de diretrizes e estratégias,
metas, programas e ações gerais, além do incentivo à participação e controle social na
implementação do Plano. Com um horizonte de implementação de 20 anos, o Plano deve
ser revisto e atualizado quadrienalmente, de acordo com as definições trazidas pela
legislação supracitada.

A sua última revisão, realizada em 2020, é mais detalhada e constitui-se de 8 capítulos que
abordam desde um diagnóstico atualizado da situação dos resíduos no país, até a definição
de normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos, além de meios de controle e
fiscalização, perpassando por programas, projetos e ações para o atendimento de metas
previstas.

Em relação ao setor mineral, o Plano o considera como de elevada importância social e


econômica para o país, diante da geração de empregos e de receita para estados e
municípios. No entanto, o setor possui alto potencial gerador de resíduos. De acordo com o
IBAMA, em 2015, cerca de 310 milhões de toneladas de resíduos de mineração foram
enviados para destinação final, com destaque para o estado de Minas Gerais, responsável
por aproximadamente 94% do total (290 milhões de toneladas).

O Plano aponta, ainda, que os rejeitos da mineração são, quase que em sua totalidade,
dispostos em barragens. Por conta dos riscos associados a essa prática, promulgou-se a Lei
nº 12.334/2010, a qual estabelece a Política Nacional de Segurança das Barragens (PNSB),
a fim de garantir padrões de segurança para a redução de acidentes para as barragens
enquadradas dentro de uma determinada classe de risco.

Ademais, o Plano versa sobre a importância da redução e do reaproveitamento dos resíduos


a partir de práticas de extração de maior acurácia e precisão, além da implementação de
novas tecnologias. Em relação ao reaproveitamento dos resíduos da mineração de ferro,
produto de interesse do Projeto Apolo, destaca-se a fabricação de insumos para a
construção civil, pigmentos para tinta e sais férricos para o saneamento básico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 131


Diante da importância do setor e do alto volume de resíduos gerados, a última versão do
Plano apresentou diretrizes e estratégias específicas. A Diretriz 1A objetiva padronizar e
sistematizar informações sobre os resíduos de mineração e traz as seguintes estratégias:
Padronizar as informações do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP); Inserir metas relacionadas
aos resíduos e rejeitos da mineração nas revisões e atualizações do Plano Nacional de
Mineração; e Promover o levantamento e consolidação de dados dos resíduos sólidos
gerados pela atividade minerária e sua destinação adequada, por meio do SINIR.

A Diretriz 1B busca minimizar a geração e impactos ambientais de estéreis e rejeitos da


mineração e define como estratégias: Estimular o desenvolvimento de tecnologias e
processos para minimizar a geração de rejeitos e a consequente disposição em barragens;
e estimular o desenvolvimento de tecnologias e processos para aproveitamento e
reciclagem de estéreis e rejeitos de mineração.

4.2 ESFERA ESTADUAL

4.2.1 PLANO ESTADUAL DA MINERAÇÃO

O Plano Estadual da Mineração de Minas Gerais (PEM-MG), divulgado em julho de 2020


pelo governo estadual, ainda se encontra em fase de elaboração. O Plano terá como
objetivo orientar a gestão da política minerária no estado, de modo a torná-lo mais
competitivo e atrativo no ramo, além de contribuir para consolidar Minas Gerais como um
importante player do mercado da mineração.

O PEM-MG deverá conter quatro etapas e orientar a formulação de políticas públicas de


médio e longo prazo tornando o setor mineral do estado mais produtivo, social e
ambientalmente mais responsável e sustentável, com projeção até 2040.

Estarão presentes dados relevantes ao setor como aspectos geológicos, econômicos,


regulatórios, tributários, ambientais e relativos à tecnologia e inovação. Com base nestes
aspectos, o PEM-MG analisará os desafios que a mineração enfrenta em Minas Gerais e
construirá cenários futuros para cada um destes aspectos.

De acordo com o governo estadual, a análise e compreensão dos desafios e dos cenários,
além da forma como estes podem impactar o setor minerário serão fundamentais para a
proposição de ações e políticas públicas mais acertadas para o planejamento e gestão da
atividade minerária. Ademais, o Plano deverá promover ações interinstitucionais e projetos
estruturantes em consonância com as normas regulamentais pretendidas no âmbito federal.

Em relação ao status atual de elaboração, o PEM-MG possui o seu primeiro capítulo já


concluído e revisado. Paralelamente, estão sendo elaborados estudos sobre as cadeias
produtivas minerais no estado e, por também estar com um Termo de Referência pronto,
estão sendo levantadas empresas que poderão colaborar com o desenvolvimento de outras
partes do conteúdo do Plano.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 132


Neste primeiro momento, o Plano traz um diagnóstico do setor mineral com um panorama
histórico da atividade, características geológicas com a localização das principais reservas e
recursos em Minas Gerais, mercado de trabalho e empregos, tributos e compensações,
além de dados sobre o comercio exterior de bens minerais.

Relacionada ao empreendimento em estudo, a extração de minério de ferro é apontada pelo


diagnóstico como predominante em Minas Gerais. A região do Quadrilátero Ferrífero6, onde
estão localizados os municípios Caeté, Santa Bárbara, Raposos, Rio Acima e Barão de
Cocais, é considerada uma importante província ferrífera do estado e apresenta teores de
Fe entre 30 e 60%. Nesta província, existem cerca de 24 minas e 7 empresas trabalhando
nas atividades de extração, conforme dados do Plano.

De acordo com os dados do Sumário Mineral Brasileiro de 2017, elaborado pela Agência
Nacional de Mineração (ANM) e utilizados como base pelo PEM-MG, Minas Gerais
concentrava, àquela época, cerca de 81% das 28,6 bilhões de toneladas de Fe presentes no
Brasil. Ademais, a produção de minerais metálicos do estado é uma das maiores de todo o
território nacional. Nesse contexto, o Quadrilátero Ferrífero possui um papel chave diante da
disponibilidade e do histórico já consolidado de exploração do mineral.

Diante de números tão expressivos relacionados à disponibilidade e extração de ferro no


estado, é natural que a geração de empregos e renda também seja alta. De acordo com os
dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2018, Minas Gerais possuía à
época cerca de 58,8 mil empregos diretos relacionados à indústria extrativa, e boa parte
ocorre justamente na região do Quadrilátero Ferrífero.

4.2.2 PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

O Governo de Minas Gerais sancionou, em 1999, a Lei nº 13.199, que dispõe sobre a
Política Estadual de Recursos Hídricos e institui o Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos. Esta mesma Lei, em seu Capítulo II, constituiu e caracterizou os instrumentos da
Política Estadual de Recursos Hídricos, dentre os quais pode-se destacar o Plano Estadual
de Recursos Hídricos (PERH).

O PERH possui o objetivo de estabelecer princípios básicos e diretrizes para o planejamento


e o controle adequado do uso da água em Minas Gerais. O Plano também orienta sobre a
necessidade de integrar a gestão de recursos hídricos com as políticas setoriais, como a
agricultura, saneamento, indústria, energia e mineração. Também é um elemento de
articulação com os planos diretores das bacias hidrográficas do estado, como os
apresentados na seção regional deste capítulo, e com o Plano Nacional de Recursos
Hídricos, exposto na seção federal.

A versão mais recente do PERH teve início em 2006, a partir do levantamento das
características e da produção de um arcabouço documental e metodológico sobre os
recursos hídricos de Minas Gerais. Após o término dessa primeira parte, iniciou-se, de fato,
a confecção do Plano, concluído em 2010 e aprovado em 2011 pelo Conselho Estadual de

6 Para maiores detalhes, ver Seção Esfera Federal – Plano Nacional de Mineração.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 133


Recursos Hídricos conforme Deliberação CERH/MG, nº 260 de 2011 e pelo Governo de
Minas por meio do Decreto Estadual nº 45.565 de 2011.

O PERH é composto por 4 volumes e apresenta, de modo detalhado, os principais aspectos


estratégicos para a gestão de recursos hídricos do estado e os instrumentos de gestão
adotados. Também faz uma avaliação do Sistema Estadual de Gerenciamento de Minas
Gerais (SEGRH/MG) e finaliza com um relatório sobre intervenções estruturais e/ou
estratégicas para o estado, em que apresenta propostas de programas, projetos e ações
para as boas práticas em todos os setores.

4.2.3 PLANO MINEIRO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

O Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) de Minas Gerais estabelece, desde


o ano 2000, objetivos e diretrizes estratégicas a longo prazo, que se estendem também aos
planos de curto e médio tempo e articula, por sua concepção abrangente, as ações e
programas formulados pelos órgãos do Governo de diversas áreas7.

Desde a sua primeira concepção, cinco novas versões foram elaboradas. A sua versão mais
recente, o PMDI 2019-2030, instituído pela Lei nº 23.577 de 15 de janeiro de 2010, é uma
revisão da versão 2016-2027 e estabelece medidas emergenciais e necessárias à
recuperação fiscal, além de definir objetivos, metas e diretrizes visando estabelecer um
ambiente favorável para o desenvolvimento sustentável do estado.

De modo geral, o PMDI 2019-2030 está estruturado em três partes: a primeira descreve
brevemente as características do estado, a segunda apresenta as estratégias, os objetivos e
as metas até 2030, enquanto a terceira traz as diretrizes estratégicas a serem seguidas por
área de Governo para o alcance dos objetivos e das metas definidas anteriormente.

O Plano definiu dez objetivos estratégicos, dos quais se destacam: proteger, recuperar e
promover o uso sustentável dos ecossistemas; e ser o estado mais competitivo e mais fácil
de se empreender no Brasil em agronegócio, indústria e serviços, propiciando ambiente
para mais geração de emprego e renda.

No que se refere ao meio ambiente e às atividades de mineração, o PMDI considera os


acontecimentos recentes envolvendo a disposição de rejeitos de mineração e faz uma
análise sobre tais atividades a partir de duas óticas.

A primeira reforça a necessidade de um sistema de gestão de crise colaborativo entre


governos e empreendedores, com a intenção de minimizar as perdas humanas e de
biodiversidade, promover de forma ágil e eficaz a interlocução entre os atores, as ações de
recuperação, entre outras.

A segunda considera os dados do Inventário de Resíduos Minerários de 2018 da Fundação


Estadual do Meio Ambiente (FEAM), que apontam que cerca de 95% dos rejeitos de
mineração são dispostos em barragens. A partir dessa constatação, o Plano aponta como

7 Saúde, educação, segurança, meio ambiente, economia, sociedade, indústria, turismo, etc.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 134


necessária uma transformação na gestão desse tipo de material, passando por novas
tecnologias, incentivo ao reaproveitamento e descomissionamento de estruturas.

Em relação ao desenvolvimento econômico, o PMDI reconhece a mineração como uma das


atividades econômicas e industriais historicamente mais importantes, contribuindo
significativamente para o PIB do estado. Ainda, o Plano enfatiza a vocação mineradora do
estado, mas entende que tal atividade demanda o desenvolvimento e a aplicação de
tecnologias inovadoras que a tornem sustentável ambiental e economicamente.

Nesse sentido, o PMDI aponta como caminhos: fomento a cadeias produtivas de minerais
de maior valor agregado, como lítio, grafeno, nióbio e terras raras, e a potencialização da
verticalização das cadeias produtivas tradicionais. Ademais, define como diretriz estratégica
na área de desenvolvimento econômico a estimulação da diversificação econômica nos
municípios mineradores, calcada no desenvolvimento de serviços e produtos da própria
cadeia produtiva da mineração.

4.2.4 PLANO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL DO TURISMO EM MINAS GERAIS

Lançado em 2016 com horizonte de implementação até 2026, o Plano Estratégico Para o
Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais estabelece diretrizes
estratégicas para a política estadual do turismo, fornecendo as bases para o
desenvolvimento de ações planejadas e coordenadas do setor, que é um dos mais
importantes para o desenvolvimento socioeconômico do estado.

O objetivo do Plano é promover o desenvolvimento do turismo de Minas Gerais, de forma


competitiva, sustentável e inclusiva, visando o aumento do fluxo turístico, do tempo de
permanência e do grau de satisfação de turistas no estado, além da geração de emprego e
renda de modo a contribuir para a qualidade de vida da população local.

Com base nas diretrizes da Organização Mundial do Turismo, do marco legal nacional e das
principais tendências para o setor, o Plano traz um diagnóstico dos principais atrativos e
segmentos turísticos do estado, dos serviços e equipamentos turísticos e do mercado de
trabalho formal do setor, das condições e gargalos relativos à infraestrutura, serviços
públicos básicos e instrumentos de gestão urbana, bem como dos riscos ambientais
associados aos destinos de maior potencial turístico. Ademais, apresenta metas, estratégias
e sistemas de monitoramento e avaliação de resultados.

No contexto do diagnóstico trazido pelo Plano, os municípios de Caeté e Santa Bárbara,


possuem um papel de destaque no setor, diante de suas características históricas,
patrimonial-religiosas, regionais e naturais.

De acordo com o Plano, ambos os municípios possuem estrutura, atrativos e vocação para
o turismo cultural religioso e de aventura/natureza. Dentre os principais atrativos, destacam-
se os roteiros relacionados às cidades históricas, com patrimônios artístico-religiosos e
naturais localizadas na região da Estrada Real. Esta, inclusive, dispõe de um programa
específico de incentivos estabelecido pela Lei nº 13.173 de janeiro de 1999.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 135


4.3 ESFERA REGIONAL

Na esfera regional, boa parte dos planos e programas presentes em todos os municípios de
estudo estão ligados diretamente às bacias hidrográficas, tomadas como unidades de
planejamento conforme a Lei nº 9.433 de 1997, conhecida como Lei das Águas.

No contexto do empreendimento em análise, destacam-se as Bacias Hidrográficas do Rio


das Velhas e do Rio Piracicaba. A primeira, por conta da localização dos municípios de
Caeté, Raposos e Rio Acima; a segunda, por conta do município de Santa Bárbara e de
Barão de Cocais.

A Figura 4-3 apresenta a localização e a inserção dos municípios nas Bacias Hidrográficas
dos Rios das Velhas e Piracicaba, bem como nas respectivas Bacias Hidrográficas de
ordem superior, São Francisco e Doce.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 136


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Base Cartográfica (Fonte):

Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (Vale, 2021), Limite de Bacias PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
(IGAM, 2010) Sub-bacias Hidrográficas (AMPLO,2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Bacias e Sub-bacias, Área de Estudo
1:255.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_ms_baciashidro_aer_A3_v05
De acordo com a localização do empreendimento em estudo, que possui a maior parte de
sua ADA pertencente ao território do município de Caeté, ressalta-se que a rede hidrográfica
de maior relação com o Projeto Apolo é a que pertence ao rio das Velhas. O diagnóstico do
meio físico traz maiores detalhes sobre a relação entre o Projeto e a referida bacia
hidrográfica.

De modo geral, os planos e programas para as bacias hidrográficas são elaborados pelos
órgãos federais e estaduais competentes8, juntamente com o apoio e a participação dos
comitês de bacias hidrográficas (CBHs), que conforme previsto pela legislação supracitada,
são de fundamental importância para a gestão regionalizada das bacias. Os CBHs são
fóruns em que: representantes dos municípios, do poder público estadual, dos usuários e da
sociedade civil das bacias se reúnem para discutir e planejar sobre um interesse comum, no
caso o uso da água em determinada bacia.

Para o empreendimento em tela, destacam-se os Comitês de Bacias do Rio das Velhas


(CBH Velhas) e do Rio Piracicaba (CBH Piracicaba). De modo geral, estes comitês apoiam
e participam ativamente dos processos de elaboração e implementação dos seguintes
instrumentos de planejamento da gestão de recursos hídricos:

▪ Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas


(PDRH Velhas);
▪ Programa Revitaliza Rio das Velhas (Revitaliza Velhas);
▪ Plano Plurianual de Aplicação da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (PPA
Velhas);
▪ Plano de Ação de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Piracicaba (PARH
Piracicaba);
▪ Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários da
Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (PITE Piracicaba);
▪ Plano de Aplicação Plurianual da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (PAP
Piracicaba).

A seguir, um maior detalhamento sobre cada um destes planos, além de informações acerca
do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte
(PDDI-RMBH), região em que os municípios interceptados pelo empreendimento e
municípios do entorno imediato fazem parte.

4.3.1 PDRH VELHAS

O mais recente Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas
(PDRH Velhas) foi lançado em 2015 a partir de uma parceria entre o Governo do Estado de
Minas Gerais por intermédio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento

8 Agencia Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e
Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espirito Santo (IEMA).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 138


Sustentável (SEMAD), IGAM, CBH Velhas e Associação Executiva de Apoio à Gestão de
Bacias Hidrográficas Peixe Vivo (AGB Peixe Vivo).

Seu objetivo é auxiliar o CBH Velhas e as demais instituições ligadas à gestão dos recursos
hídricos a atuarem de forma efetiva e sustentável sobre os recursos hídricos superficiais e
subterrâneos da Bacia, de modo a garantir o seu uso múltiplo, racional e sustentável em
benefício de uma melhoria da qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

O PDRH de 2015 apresenta um diagnóstico da situação do rio das Velhas no que se refere
à qualidade e quantidade de suas águas, e aos instrumentos de gestão e organização do
sistema de gerenciamento de recursos hídricos. Além disso, o Plano traça um prognóstico a
partir de diferentes cenários, faz análises integradas, apresenta um plano de metas,
diretrizes estratégicas e um plano de ações. Ainda, o PDRH traz um orçamento e um roteiro
da implementação dos programas previstos, além de recomendar ações para a prevenção e
mitigação de eventos extremos.

A região do Alto rio das Velhas, na qual os municípios de Caeté, Rio Acima e Raposos estão
inseridos, compreende toda a área denominada Quadrilátero Ferrífero9. De acordo com o
PDRH, esta região apresenta o maior contingente populacional, com uma expressiva
atividade econômica, concentrada, principalmente, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte (RMBH). Ademais, é nesta região que se encontra o sistema de abastecimento
integrado Rio das Velhas com captação no rio homônimo e capacidade instalada de 9,0 m³/s
abastecendo cerca de 74% da cidade de Belo Horizonte além das cidades de Raposos,
Nova Lima, Sabará e Santa Luzia.

Em relação às atividades econômicas, o PDRH Velhas afirma que toda a Bacia, com
destaque para a região do Alto rio das Velhas, abriga importantes atividades ligadas à
agropecuária, indústria mineral e serviços. No que se refere às atividades minerárias, o
Plano identificou 2.652 processos, dos quais 31% estão justamente na região citada.

Nesse contexto, o PDRH lançou, através de seu Plano de Metas, diversos componentes e
eixos estratégicos10 ligados aos diferentes temas e atores que permeiam a gestão e o uso
dos recursos hídricos da Bacia.

Dentre os componentes e seus desdobramentos, destaca-se a Agenda Estratégica Cinza,


que prevê programas e ações específicas que buscam limitar os impactos negativos da
mineração e da indústria sobre os recursos hídricos, além de assegurar a sustentabilidade
destes recursos. Os programas e ações executivas estão diretamente relacionados ao
controle de carga poluidora e de processos erosivos por parte da indústria mineral,
segurança de barragens, recuperação de áreas degradadas e uso racional de água na
indústria.

9 Para maiores detalhes, ver Seção Esfera Federal – Plano Nacional de Mineração.
10Eixos estratégicos do PDRH Velhas: Gestão, Instrumentos de Gestão, Gestão da Oferta de Água,
Saneamento Ambiental, Mineração e Atividades Industriais, Manejo de Recursos Hídricos em Área Rural,
Conservação Ambiental, Educação Ambiental, Comunicação e Mobilização Social.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 139


O programa de controle de carga poluidora possui o objetivo de orientar os setores da
indústria e da mineração a adotar práticas que minimizem a geração de efluentes,
respeitando a capacidade de suporte dos rios da Bacia. Estes setores também devem se
ajustar e controlar suas atividades de forma a não alterar negativamente a qualidade físico-
química e bacteriológica das águas superficiais e subterrâneas que utilizam na bacia do rio
das Velhas.

Já o programa de controle de processos erosivos, tem como principal objetivo controlar os


processos erosivos pontuais dos diversos usuários da água.

Por sua vez, o programa de segurança de barragens objetiva elaborar mapeamento e


cadastro de barragens de rejeitos e apoiar usuários operadores de barragens para sua
regularização.

O programa de recuperação de áreas degradadas busca promover ações de difusão de


práticas de recuperação de áreas degradadas pelas atividades pontuais da indústria e da
mineração em uma sub-bacia hidrográfica de controle no rio das Velhas, buscando a
estabilização destas áreas, a contenção de processos erosivos e/ou assoreamento de
cursos d’água, reconfiguração topográfica e a sua reintegração à paisagem.

Por fim, o programa de uso racional de água objetiva indicar ações de conscientização para
o setor industrial e orientá-lo quanto à utilização racional de água, levando a experiência de
outros casos bem sucedidos de como otimizar a redução de volumes de água captada da
rede pública, mananciais superficiais e subterrâneos, consumo efetivo de água (volume de
água utilizada para uma determinada unidade de produção), e percentual de água de reuso.

Outro ponto que chama atenção é a ênfase dada pelo PDRH à gestão responsável,
sustentável e compartilhada dos recursos hídricos da Bacia do Rio das Velhas. Nesse
sentido, diversos programas e ações também são propostos e buscam, sobretudo,
identificar e articular os principais atores e usuários da água para uma melhor gestão do
recurso. Para isso, propõe, dentre outras medidas, o aprimoramento de instrumentos de
gestão como as outorgas e a cobrança pelo uso da água, e de monitoramento, como os
sistemas de controle e avaliação de águas subterrâneas e superficiais.

4.3.2 REVITALIZA VELHAS

O Programa Revitaliza Velhas é uma parceria firmada entre o Comitê de Bacia Hidrográfica
do Rio das Velhas (CBH Velhas), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais
(COPASA), prefeituras integrantes da Bacia, Federação das Indústrias de Minas Gerais
(Fiemg), Instituto Espinhaço e o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e Instituto
Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), em prol da conservação e revitalização da Bacia
Hidrográfica do Rio das Velhas.

O Revitaliza Velhas estabelece um compromisso por uma atuação ordenada de diversos


atores com o objetivo de alcançar a disponibilidade de água em quantidade e qualidade,

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 140


além de garantir os múltiplos usos do recurso e a segurança hídrica em toda a Bacia,
principalmente, em trecho referente à RMBH.

O Programa apresenta três principais focos de atuação: recuperação de passivo ambiental


com tratamento de esgotos e ações de saneamento básico, preservação e a produção de
água, e gestão ambiental e participação social.

Em relação à primeira, destacam-se as ações relacionadas ao saneamento básico, como o


aumento do saneamento rural, e aumento da coleta e tratamento dos esgotos das sub-
bacias que integram a Bacia do Velhas, principalmente em trecho da RMBH.

As ações relacionadas à preservação e produção da água se referem à implantação de


projetos voltados para o aumento da permeabilidade do solo, armazenamento de água da
chuva, proteção de nascentes e áreas de recarga urbanas e rurais, recuperação e proteção
de APPs, proteção de áreas de preservação ambiental como a Serra do Cipó, Serra da
Moeda, Serra do Gandarela, dentre outras.

Já as atividades ligadas à gestão e participação social incluem a promoção da integração da


gestão dos recursos hídricos e da gestão ambiental por meio da articulação entre seus
instrumentos legalmente previstos, fortalecimento do grupo de acompanhamento de vazão
do Alto Rio das Velhas, promoção de ações culturais, visando a mudança de mentalidade
comprometidas com a revitalização do Rio, além de controle de mortandade de peixes e de
proliferação de cianobactérias.

Os recursos financeiros que permitem as ações são provenientes da cobrança pelo uso dos
recursos hídricos. Até o ano de 2020, sob administração do CBH Velhas, foram investidos
no Programa cerca de R$ 50 milhões.

4.3.3 PPA VELHAS

O Plano Plurianual de Aplicação dos recursos oriundos da cobrança pelo uso da água na
Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (PPA Velhas) é o instrumento de orientação dos
estudos, projetos e ações a serem executados. Sua versão mais recente foi instituída
através da Deliberação CBH Velhas nº 007 de 15 de dezembro de 2020, com vistas aos
exercícios de 2021 a 2023.

O PPA Velhas é um instrumento dinâmico e passível de remanejamento de valores entre


suas rubricas para atender demandas urgentes no que se refere à atuação do Comitê de
Bacias. O instrumento considera o Plano Diretor de Recursos Hídricos de 2015 (PDRH
Velhas) e as metas definidas no Contrato de Gestão firmado entre a Agência Peixe Vivo11 e
o IGAM para o apoio técnico operativo à gestão dos recursos.

11
A Agência Peixe Vivo é uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado, criada em 2006 para exercer as
funções de Agência de Bacia para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. As agências de bacia são
entidades dotadas de personalidade jurídica própria, descentralizada e sem fins lucrativos e suas atuações fazem parte
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 141


O Documento está organizado em três eixos: Programas e Ações de Gestão; Programas e
Ações de Planejamento; e Programas e Ações Estruturais. Cada eixo está organizado em
subcomponentes, ação programada e atividade a ser executada com as respectivas
previsões orçamentárias, assim como a sua identificação no PDRH.

A previsão orçamentária oriunda dos recursos da cobrança pelo uso da água está em torno
dos R$ 66 milhões a serem investidos em programas e ações de gestão, planejamento e
estruturais. Conforme o PDRH, as ações possuem prioridades, das quais se destacam
aquelas relacionadas ao apoio e fortalecimento dos comitês integrantes da Bacia, estudos
sobre qualidade e quantidade de água, elaboração de projetos básicos e executivos,
implantação de sistemas isolados e/ou alternativos de abastecimento de água, drenagem
urbana e esgotamento sanitário, dentre outros.

4.3.4 PARH PIRACICABA

O Plano de Ação de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Piracicaba (PARH Piracicaba) é


interligado ao Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH Doce) e
considera os mesmos objetivos, metas básicas, horizonte de planejamento e realidade
desejada para toda a Bacia do Rio Doce12. Sendo assim, o PARH Piracicaba é uma espécie
de desdobramento do PIRH Doce, mas trata das especificidades da Bacia Hidrográfica do
Rio Piracicaba que, por sua vez, integra a Bacia do Rio Doce.

Lançado em 2010, o PARH Piracicaba apresenta em seu conteúdo um diagnóstico e um


prognóstico específico da Bacia, um panorama geral sobre o CBH Piracicaba, além de
metas específicas para o território.

No que se refere ao diagnóstico, o PARH Piracicaba trata da disponibilidade de recursos


minerais na Bacia, com destaque para os minérios de ferro, manganês, bauxita, entre
outros. A localização privilegiada no Quadrilátero Ferrífero13 contribui para a abundância
mineral nos municípios da região, incluindo Santa Bárbara e Barão de Cocais.

Em relação às metas específicas para a Bacia do Rio Piracicaba, o PARH considera as que
podem ser efetivamente implantadas diretamente em seu território, com o controle e
acompanhamento do respectivo Comitê. Nesse sentido, destacam-se as metas ligadas à
melhoria da quantidade e qualidade da água, suscetibilidade a enchentes, universalização
do saneamento e incremento de áreas legalmente protegidas. Nesse ponto, vale a ressalva

12
O PIRH Doce, juntamente com o Planos de Ações Para as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos
Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce (PARH Doce) visam consolidar o planejamento de ações voltadas ao
enfrentamento dos principais problemas relacionados aos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Doce, que se
estende entre parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O objetivo geral é orientar os comitês de bacias, os
órgãos gestores dos recursos e demais componentes do Sistema de Gestão de Recursos Hídricos com
responsabilidade sobre a Bacia do Rio Doce, com vistas à gestão efetiva dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos, de modo a garantir o seu uso múltiplo, racional e sustentável em benefício das gerações presentes e
futuras.
13
Para maiores detalhes, ver Seção Esfera Federal – Plano Nacional de Mineração.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 142


de que muitas são semelhantes ao que é proposto pelo PIRH Doce14, mas com horizontes
de implantação, intervenções e orçamentos mais específicos para a Bacia do Piracicaba.

4.3.5 PITE Piracicaba

Lançado em 2013, o Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos


Sanitários da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (PITE Piracicaba) está diretamente
relacionado ao projeto do IGAM intitulado de “Elaboração do Plano para Incremento do
Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários para as Bacias do Piracicaba, Pará, Mogi-
Guaçu/Pardo”.

O PITE Piracicaba é gerido e elaborado pelo IGAM e pela Fundação Estadual de Meio
Ambiente (FEAM), respectivamente, e se propõe a levantar a situação do esgotamento
sanitário nos municípios integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, identificar as
principais demandas para a ampliação e melhoria desses serviços e elaborar diretrizes
gerais e específicas para a território.

Em sua estrutura, o Plano é dividido em três etapas: diagnóstico, prognóstico e diretrizes.


Em relação ao diagnóstico, os 21 municípios que integram a Bacia do Rio Piracicaba, dentre
eles Santa Bárbara e Barão de Cocais foram visitados em 2012 para a realização de coleta
de dados primários, registro de lançamento de pontos de esgoto, vistoria das estações de
tratamento, entre outras atividades.

Na etapa prognóstico, para sintetizar a situação dos municípios em relação ao serviço de


esgotamento sanitário, bem como facilitar a comparação entre os mesmos, utilizou-se o
Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário (IQES). De acordo com os
cálculos metodológicos do IQES, os municípios são enquadrados em seis classes quanto à
situação do esgotamento sanitário: Muito Bom, Bom, Médio, Ruim, Muito Ruim ou
Alarmante.

Para os municípios de Santa Bárbara e Barão de Cocais, pertencentes à Bacia do Rio


Piracicaba, o índice foi classificado como Ruim por conta da ausência ou do baixo nível de
tratamento dos efluentes locais.

Já na etapa diretrizes, após a identificação das principais dificuldades para a gestão


adequada do esgotamento sanitário e para a articulação entre os diversos atores do
saneamento, foram propostas microdiretrizes, macrodiretrizes e ações que permeiam as
áreas de regularização ambiental, gestão municipal do saneamento e captação de recursos.
As micro tratam de proposições específicas de acordo com a realidade de cada município e

14
Destaque para os programas: Qualidade da Água – Enquadramento, com diversos programas e ações ligados ao
saneamento e ao controle de atividades geradoras de impactos e sedimentos; Disponibilidade de Água – Balanços
Hídricos, com diversos programas e ações ligados ao incremento de disponibilidade hídrica, gestão de águas
superficiais e subterrâneas, incentivo ao uso racional e convivência com as secas; e Implementação dos Instrumentos
de Gestão de Recursos Hídricos – com programas e ações ligados ao monitoramento, acompanhamento e
implementação da gestão integrada dos recursos hídricos, cadastramento e manutenção dos usos e dos usuários,
revisão e harmonização das outorgas, entre outras.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 143


as macrodiretrizes são propostas gerais, que contemplam toda a Bacia, além do estado de
Minas.

4.3.6 PAP PIRACICABA

O Plano de Aplicação Plurianual Piracicaba (PAP) é o instrumento de orientação dos


estudos, projetos e ações a serem executados com os recursos da cobrança pelo uso da
água na Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba.

De modo geral, o PAP está ligado ao PIRH Doce e ao PARH Piracicaba citados
anteriormente, e ao cronograma físico das ações que se deseja realizar na Bacia do
Piracicaba. Nesse ponto, é importante ressaltar que o PAP é um instrumento dinâmico e
passível de remanejamento de valores entre suas rubricas para atender demandas
relacionadas à atuação do Comitê de Bacias.

O atual PAP Doce, instrumento que traz orientações para toda a Bacia Hidrográfica do Rio
Doce, inclusive para a Bacia do Rio Piracicaba, uma de suas componentes, foi instituído
pela Deliberação Normativa nº 90 de 10 de dezembro de 2020 com vigência de 2021 a
2025. O documento prevê cerca de R$ 144 milhões para serem empregados em diversas
ações ligadas aos programas trazidos pelo PIRH e PARH para toda a Bacia do Rio Doce.

Em relação ao PAP Piracicaba, o mais recente documento encontrado foi instituído pela
Deliberação Normativa nº 29 de 21 de outubro de 2015 com vigência até 2020. Apesar do
término do ano de 2020, não foram encontradas novas atualizações que ampliem sua
vigência, tampouco um novo PAP com os indicativos para o próximo quinquênio15.

Dentre os programas e ações que possuem recursos já estabelecidos, destacam-se as


atividades ligadas à gestão dos recursos hídricos, como a elaboração e atualização de
planos diretores, fiscalização e monitoramento hidrometeorológico, segurança hídrica,
dentre outros; além de ações ligadas à agenda setorial, como proteção e conservação dos
recursos hídricos, e apoio aos comitês de bacias.

15 A DN CBH Piracicaba nº 59/2021 encontra-se no Capítulo de Anexos deste Volume I

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 144


4.3.7 PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

O Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PDDI-


RMBH) foi lançado em 2011 com o objetivo de construir um processo de planejamento
metropolitano na RMBH envolvendo seus municípios16, o estado de Minas Gerais, os órgãos
federais ali atuantes, a sociedade civil organizada em seus movimentos sociais, associações
empresariais e populares e também, de modo complementar, os municípios que compõem o
Colar Metropolitano17 e seu entorno.

A Figura 4-4 apresenta os municípios que compõem a RMBH e o Colar Metropolitano e


destaca os municípios de Caeté e Santa Bárbara, interceptados pelo empreendimento, e Rio
Acima, Raposos e Barão de Cocais, localizados no entorno imediato.

16
Municípios que compõem a RMBH (34): Belo Horizonte, Caeté, Raposos, Rio Acima, Betim, Contagem, Ibirité,
Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Brumadinho,
Esmeraldas, Igarapé, Mateus Leme, Juatuba, São José da Lapa, Florestal, Rio Manso, Confins, Mário Campos, São
Joaquim de Bicas, Sarzedo, Baldim, Capim Branco, Jaboticatubas, Taquaraçu de Minas, Itaguara, Matozinhos, Nova
União e Itatiaiuçu.
17
Municípios que compõem o Colar Metropolitano (16): Santa Bárbara, Barão de Cocais, Belo Vale, Bonfim, Fortuna
de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará de Minas, Prudente de Morais, São José da Varginha,
Sete Lagoas, Bom Jesus do Amparo e São Gonçalo do Rio Abaixo.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 145


500000 530000 560000 590000 620000 650000 680000 710000
SANTANA DE CONCEIÇÃO DO
MT TO
PIRAPAMA MATO DENTRO
BA

M
G1

LMG
7890000

7890000
64
1
23
MG 77 GO DF

754
LM G 8
MG4 2 M G232 CARMÉSIA
1

BR040 CORDISBURGO SANTANA


DO RIACHO
MG420
MINAS GERAIS ES
ARAÇAÍ
MORRO DO
POMPÉU BR 07
PILAR

o
13

G8

tic
5 77
G7

LM
LM SANTO ANTÔNIO SP RJ

n
JEQUITIBÁ

tlâ
DO RIO ABAIXO FERROS A
BALDIM PR no
Oc e a
CAETANÓPOLIS
SÃO SEBASTIÃO
PARAOPEBA
DO RIO PRETO

M G3
7860000

7860000
23 PASSABÉM
FUNILÂNDIA
MG0 1 0 Projeto Apolo Umidade Natural
ITAMBÉ DO
MATO DENTRO Municípios Interceptados pelo
PAPAGAIOS SANTA MARIA Empreendimento
SETE LAGOAS MG PRUDENTE DE ITABIRA
42 4
MG2 38
DE MORAIS
Municípios do Entorno
MARAVILHAS INHAÚMA 20
JABOTICATUBAS

1
BR
CACHOEIRA CAPIM BRANCO

LM
G
DA PRATA
FORTUNA
MATOZINHOS
G1
2 790 Região Metropolitana de Belo

0
Horizonte
LMG776 M
DE MINAS
PEDRO

C
LEOPOLDO
7830000

7830000
M G4
2 3 CONFINS LAGOA SANTA
ITABIRA
Colar Metropolitano
PEQUI TAQUARAÇU
M
G 800 DE MINAS

L
SÃO JOSÉ DA BOM JESUS
LM VESPASIANO
VARGINHA 29
MG1
Capital Estadual (Belo Horizonte)
PITANGUI NOVA UNIÃO DO AMPARO
19 SÃO JOSÉ "
/
G8

ONÇA DE DA LAPA 434


MG
PITANGUI
ESMERALDAS RIBEIRÃO
DAS NEVES 0 .
! Sede Municipal
0
CONCEIÇÃO 06 MG

2
BR35 2 32 G8 NOVA ERA

LM
DO PARÁ M G4 LM 33 SANTA LUZIA BR381 JOÃO
77

G
G4
M M MONLEVADE

9
M BELA VISTA
G 808 SÃO GONÇALO DE MINAS Rodovia Federal

L
LM

G4
G 818 DO RIO ABAIXO

35
NOVA SERRANA PARÁ DE MINAS
29
Rodovia Estadual
CAETÉ M G-1
7800000

7800000
FLORESTAL SABARÁ
20
BELO
43
7 LM
G8 Limite Municipal
M G 262

4 36
BR262 HORIZONTE
CONTAGEM RIO

MG
IGARATINGA JUATUBA MG050 BARÃO DE

MG
BETIM MG0 60 RAPOSOS PIRACICABA
3
MG2 5 2 G4 COCAIS
0

SANTA BÁRBARA
MATEUS LEME MG NOVA LIMA
M

SÃO GONÇALO 03 0
DO PARÁ
IBIRITÉ
SARZEDO
LM

MÁRIO CAMPOS
G821

ITAÚNA IGARAPÉ
CATAS ALTAS
SÃO JOAQUIM RIO ACIMA
DE BICAS

AM
G9 ALVINÓPOLIS
00
DIVINÓPOLIS MG 123
BRUMADINHO
7770000

7770000
CARMO DO DOM SILVÉRIO
CAJURU MG431
ITATIAIUÇU M G32
6

RIO MANSO ITABIRITO

SÃO SEBASTIÃO
DO OESTE G 829
LM
82 5 BARRA
BONFIM LM G LONGA
MOEDA MG
4 40
ACAIACA
B R 3 56 MARIANA
MG040 CRUCILÂNDIA MG
LM
ITAGUARA 83 1 55
1 OURO PRETO
G
7740000

7740000
BELO VALE
M G 2 6 0 CLÁUDIO PIEDADE M G 4 42
B DOS GERAIS
R4
94

PIRACEMA CONGONHAS DIOGO DE


CARMÓPOLIS JECEABA M G 443 OURO BRANCO VASCONCELOS
DE MINAS (SEDE)
CARMO DA MATA MG
2 70
BR3 83
500000 530000 560000 590000 620000 650000 680000 710000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Área de Estudo
(AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020); e RMBH (PDDI,2012).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Região Metropolitana de Belo Horizonte, Área de Estudo
1:700.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 10 20 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MS_RMBH_colar_A3_v04
Embora tenha sido lançado em 2011, o PDDI-RMBH ainda não foi implementado por força
de lei. O Projeto de Lei Complementar 74, que “institui o Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado da RMBH” foi enviado à Assembleia Legislativa em 2017, mas sequer chegou a
ser votado e atualmente se encontra arquivado.

Apesar de seu arquivamento, é notório o valor e a riqueza de seu conteúdo. Dessa forma,
optou-se aqui por abordá-lo brevemente diante da relevância de seus diagnósticos e
propostas nas áreas de mineração, meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico.
Ademais, apesar de arquivado, o Projeto de Lei ainda pode ser retomado, votado e
aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

O Plano traz como pano de fundo a ideia de construção de um processo perene de


discussão, colaboração e integração de conhecimentos, no curto (2023), médio e longo
prazos (2050), e de redes de informação que permitam a análise, a crítica e o
monitoramento permanente das múltiplas ações dos vários agentes que atuam no espaço e
território metropolitano.

De modo geral, o PDDI-RMBH está dividido em duas partes: a primeira se refere aos
estudos setoriais integrados que compõem um diagnóstico interdisciplinar e abrangente
sobre a RMBH. Nessa seção, temas como uso do solo, centralidades, mobilidade urbana,
comunicações, habitação, transporte, saúde, cultura, meio ambiente, entre outros são
analisados detalhadamente e servem para balizar as propostas de políticas e programas
trazidas pelo Plano. A segunda parte, por sua vez, é justamente o conjunto de propostas de
políticas setoriais, projetos e investimentos prioritários para toda a RMBH.

O conjunto de estudos setoriais elaborados pelo Plano reconhece as atividades de


mineração como de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico e industrial
da RMBH e entorno, bem como para a manutenção e geração de empregos, renda e
tributos para a população, municípios e estado. Além disso, os prognósticos do PDDI-
RMBH, assim como o Plano Nacional de Mineração analisado anteriormente, apontam para
um aumento na demanda mundial por produtos do setor minerário, o que abre novas
oportunidades para a RMBH.

Nesse contexto, o PDDI-RMBH aponta para algumas tendências gerais, das quais se
destacam: a expansão da exploração minerária e dos setores metalúrgico e siderúrgico na
RMBH e no seu entorno, com impactos ambientais consideráveis; e manutenção dos
investimentos privados nos municípios já dotados de infraestrutura ou com base de recursos
naturais exploráveis.

Diante de tais tendências, o Plano, por meio das políticas setoriais, projetos e investimentos
prioritários elaborou uma proposta intitulada de Política Metropolitana Integrada para o
Desenvolvimento de Territórios Minerários. Esta política se justifica, de acordo com o PDDI-
RMBH, por conta da baixa efetividade observada na interlocução entre as mineradoras,
governos e sociedade.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 147


Nesse sentido, dois programas específicos foram propostos: Programa para o
Desenvolvimento de Modelo de Gestão de Territórios Minerários; e Programa de
Desenvolvimento Sustentável da Produção Mínero-Metalúrgica. O primeiro refere-se ao fato
de que se trata de um período de transição para ações que promovam o desenvolvimento
de forma sustentável, condizente com o alcance da prosperidade econômica, do bem-estar
humano, e do bem-estar do ecossistema. O segundo diz respeito a um processo
responsável de tomada de decisões.

4.4 ESFERA MUNICIPAL

4.4.1 ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO (ZEE-MG)

O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) é um dos instrumentos previstos pela Lei


Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, que versa sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente. Seu objetivo é organizar, de forma vinculada, as decisões dos agentes públicos e
privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente,
utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços
ambientais dos ecossistemas.

Embora o ZEE seja válido para todo o território nacional, optou-se, neste documento, por
uma abordagem na esfera municipal diante da possibilidade de espacialização e foco
específico nos municípios interceptados e localizados no entorno do Projeto Apolo (Caeté e
Santa Bárbara). Os mapas apresentados nessa seção também contemplam o ZEE dos
municípios do entorno imediato do empreendimento (Rio Acima, Raposos e Barão de
Cocais), todavia, estes não são objeto de análise específica, pois o empreendimento está
localizado apenas nos municípios de Caeté e Santa Bárbara, e devem seguir as suas
diretrizes.

De acordo com as diretrizes metodológicas estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente,


o ZEE é obtido a partir do cruzamento das informações sobre a Vulnerabilidade Natural e a
Potencialidade Social de uma localidade. O resultado deste cruzamento é um índice que
reflete a combinação dessas variáveis.

A Vulnerabilidade Natural é a incapacidade do meio ambiente de resistir ou recuperar-se de


impactos negativos antrópicos. Apesar de remeter a uma situação futura, é determinada
com base em informações presentes e atuais.

Por sua vez, a Potencialidade Social é o conjunto de condições atuais, medido pelas
dimensões produtiva, natural, humana e institucional que determina o ponto de partida de
um município para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Em Minas Gerais, os estudos do ZEE foram concluídos em 2008 e resultaram em um


macrodiagnóstico de todo o estado, capaz de colaborar para a definição de áreas
estratégicas para o desenvolvimento sustentável, além de subsidiar o planejamento e a
orientação de políticas públicas e ações na área ambiental.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 148


Para Caeté e Santa Bárbara a Vulnerabilidade Natural apresenta grandes variações, entre
Muito Baixa, Baixa, Média, Alta e Muito Alta, com destaque para a Área Diretamente Afetada
(ADA) que possui uma variação entre Muito Alta e Alta.

Essas variações estão relacionadas às características dos fatores condicionantes estimados


pela metodologia18 do ZEE. De modo geral, essas áreas apresentam, de acordo com a
classificação, restrições maiores ou menores quanto à utilização dos recursos naturais. As
estratégias de desenvolvimento dessas áreas apontam para ações que podem ou não
causar impactos ambientais em diferentes escalas. As figuras a seguir apresentam as
classificações do ZEE em relação ao empreendimento e municípios do entorno.

18
Integridade da flora; integridade da fauna; susceptibilidade dos solos à contaminação; susceptibilidade dos solos à
erosão; susceptibilidade geológica à contaminação das águas subterrâneas; disponibilidade natural de água; condições
climáticas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 149


620000 635000 650000 665000 680000
MT TO
BOM JESUS BA
BARRO BRANCO
DO AMPARO CHAPADA DOS GO DF ANTÔNIO DIAS
TANOEIROS TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
CANDIDÓPOLIS UNIÃO MINAS GERAISES
MG

co
NOVA
FERNANDES

nti
APARECIDA BOM JESUS
SOARES
M G434

L M G7

tlâ
SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ

oA
76
LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
G
LM
SÃO GONÇALO

79
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
0 2 BARÃO DOMINGOS

0
7815000

7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG4 PIRACICABA
33 SANTA LUZIA NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
ES DOM SILVÉRIO
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS RIO
UNA DE CIMA BARRA
ITABIRITO OURO DOCE
PRETO MARIANA LONGA

Vulnerabilidade Natural
SÃO GONÇALO
Muito Alta
BORGES
DO RIO ABAIXO
CONDOMÍNIO

MG
DUAS PONTES
QUINTAS
Alta

43
DA SERRA

5
MESTRE GALVÃO
CAETANO B R381
Média
PENEDIA

POMPÉU

CARVALHO
29
Baixa
MG-1
DE BRITO VARGEM DA LUA
CAETÉ
Muito Baixa

6
MG
7800000

7800000
43
26 2

MG
GRANJAS DE SABARÁ HENRICH ROQUE Projeto Apolo Umidade Natural
FREITAS
TAQUARIL
G4
37 Municípios Interceptados pelo
Empreendimento
M

BARÃO DE
COCAIS
Municípios do Entorno
BR26
9 2
12
MG FLORÁLIA

RAPOSOS
BARRA FELIZ
SANTA BÁRBARA . Sede Urbana
!
SOCORRO (
! Distrito ou Povoado
NOVA LIMA BRUMAL
Rodovia Federal
G9

00
AM Rodovia Estadual
Limite Municipal
HONÓRIO
BICALHO
7785000

7785000
SANTA RITA

BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS

CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS

RIO ACIMA

MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000

7770000
FONSECA
0
03
G
M

SANTA RITA
MG326
BR 356 DURÃO

MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL

POTÕES
PORTÕES

620000 635000 650000 665000 680000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Imóveis (VALE, 2020);
Área de Estudo (AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e Potencialidade - Zonamento Ecológico-Econômico
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
de Minas Gerais (SISEMA; UFLA, 2008) Título:
Vulnerabilidade Natural
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_Vulnerabilidadenatural_A3_v05
620000 635000 650000 665000 680000
MT TO
BOM JESUS BA
BARRO BRANCO
DO AMPARO CHAPADA DOS GO DF ANTÔNIO DIAS
TANOEIROS TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
CANDIDÓPOLIS UNIÃO MINAS GERAISES
MG

co
NOVA
FERNANDES

nti
APARECIDA BOM JESUS
SOARES
M G434

L M G7

tlâ
SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ

oA
76
LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
G
LM
SÃO GONÇALO

79
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
0 2 BARÃO DOMINGOS

0
7815000

7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG4 PIRACICABA
33 SANTA LUZIA NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
ES DOM SILVÉRIO
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS RIO
UNA DE CIMA BARRA
ITABIRITO OURO DOCE
PRETO MARIANA LONGA

Potencialidade Social
SÃO GONÇALO
Precária
BORGES
DO RIO ABAIXO
CONDOMÍNIO

MG
DUAS PONTES
QUINTAS
Pouco Favorável

43
DA SERRA

5
MESTRE GALVÃO
CAETANO B R381
Favorável
PENEDIA

POMPÉU

CARVALHO
29
Muito Favorável
MG-1
DE BRITO VARGEM DA LUA
CAETÉ
Projeto Apolo Umidade Natural

6
MG
7800000

7800000
43
26 2

MG
GRANJAS DE SABARÁ HENRICH ROQUE Municípios Interceptados pelo
FREITAS
Empreendimento
37
G4
TAQUARIL

Municípios do Entorno
M

BARÃO DE
COCAIS

BR26
12
9 2
. Sede Urbana
!
MG FLORÁLIA

BARRA FELIZ
SANTA BÁRBARA (
! Distrito ou Povoado
RAPOSOS

SOCORRO
Rodovia Federal
NOVA LIMA BRUMAL
Rodovia Estadual
G9

00
AM Limite Municipal
HONÓRIO
BICALHO
7785000

7785000
SANTA RITA

BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS

CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS

RIO ACIMA

MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000

7770000
FONSECA
0
03
G
M

SANTA RITA
MG326
BR 356 DURÃO

MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL

POTÕES
PORTÕES

620000 635000 650000 665000 680000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Imóveis (VALE, 2020);
Área de Estudo (AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e Potencialidade - Zonamento Ecológico-Econômico
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
de Minas Gerais (SISEMA; UFLA, 2008) Título:
Potencialidade Social
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_Potencialidade_socio_A3_v05
620000 635000 650000 665000 680000
MT TO
BOM JESUS BA
BARRO BRANCO
DO AMPARO CHAPADA DOS GO DF ANTÔNIO DIAS
TANOEIROS TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
CANDIDÓPOLIS UNIÃO MINAS GERAISES
MG

co
NOVA
FERNANDES

nti
APARECIDA BOM JESUS
SOARES
M G434

L M G7

tlâ
SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ

oA
76
LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
G
LM
SÃO GONÇALO

79
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
0 2 BARÃO DOMINGOS

0
7815000

7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG4 PIRACICABA
33 SANTA LUZIA NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
ES DOM SILVÉRIO
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS RIO
UNA DE CIMA BARRA
ITABIRITO OURO DOCE
PRETO MARIANA LONGA

SÃO GONÇALO
Zona Ecológica-Econômica 1
BORGES
DO RIO ABAIXO
CONDOMÍNIO Zona Ecológica-Econômica 2

MG
DUAS PONTES
QUINTAS

43
DA SERRA
Zona Ecológica-Econômica 3

5
MESTRE GALVÃO
CAETANO PENEDIA
B R381

POMPÉU Zona Ecológica-Econômica 4


CARVALHO
DE BRITO
MG-1
29 VARGEM DA LUA Zona Ecológica-Econômica 5
CAETÉ

6
MG
Zona Ecológica-Econômica 6
7800000

7800000
43
26 2

MG
SABARÁ
Projeto Apolo Umidade Natural
GRANJAS DE HENRICH ROQUE
FREITAS

37
G4
TAQUARIL
Municípios Interceptados pelo
Empreendimento
M

BARÃO DE
COCAIS
Municípios do Entorno
BR26
29 2
M G1 FLORÁLIA

BARRA FELIZ
RAPOSOS
SANTA BÁRBARA
. Sede Urbana
!
NOVA LIMA
SOCORRO
BRUMAL
(
! Distrito ou Povoado

9
Rodovia Federal

00
G
AM
Rodovia Estadual
HONÓRIO

Limite Municipal
BICALHO
7785000

7785000
SANTA RITA

BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS

CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS

RIO ACIMA

MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000

7770000
FONSECA
0
03
G
M

SANTA RITA
MG326
BR 356 DURÃO

MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL

POTÕES
PORTÕES

620000 635000 650000 665000 680000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Área Diretamente Afetada - ADA (VALE, 2020); Imóveis (VALE,
2020); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e Potencialidade - Zonamento
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Ecológico-Econômico de Minas Gerais (SISEMA; UFLA, 2008) Título:
Zonas Ecológica-Econômica
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_zee_A3_v05
4.4.2 PLANO DIRETOR DE CAETÉ

O Plano Diretor Participativo de Caeté foi instituído por meio da Lei Ordinária nº 2.496 de
2007. Seu objetivo geral, definido pelo Art. 4, é de orientar, promover e direcionar o
desenvolvimento do Município, mantendo as suas características naturais, dentro de um
desenvolvimento sustentável, priorizando a função social da propriedade, atendendo aos
princípios de justiça social, do direito à cidade e à moradia, proteção do ambiente natural,
participação popular, dentre outros de cunho socioambiental.

Em relação às revisões do Plano Diretor, conforme o Estatuto da Cidade19 exige, é


importante ressaltar que, em 2017, a Prefeitura Municipal de Caeté deu início ao processo
de revisão do atual Plano, incorporando novas diretrizes e trazendo maiores detalhamentos
em vários de seus artigos. Em 2019, uma proposta de lei foi elaborada, mas até o momento
não foi aprovada pela Câmara Municipal. Sendo assim, a versão original de 2007 segue
vigente e sem atualizações.

De modo geral, o Plano Diretor Participativo de Caeté apresenta diversas políticas,


princípios, diretrizes, delimitações e determinações que abordam temas relacionados à
gestão e planejamento urbano e ambiental, socioeconômico e cultural, ao zoneamento e
utilização do solo em todo o território municipal, dentre outros. No que se refere às
atividades de mineração, o Plano Diretor a inclui como um eixo do desenvolvimento
econômico social do Município. Através do Art. 15 o Plano se baseia no Zoneamento
Ecológico Econômico (ZEE)20 e define como diretrizes para a exploração mineral:

I. a demarcação de zonas de exploração mineral;

II. a identificação das potencialidades e fragilidades, como forma de subsidiar o


licenciamento ambiental para a atividade;

III. promoção do desenvolvimento econômico e social do município.

No que tange ao zoneamento, importante medida para delimitações de uso e ocupação do


solo municipal, o Plano Diretor, através do Art. 70, delimita o território do município de Caeté
em três macrozonas: Macrozona Urbana Consolidada, Macrozona de Expansão Urbana e
Macrozona Rural. No caso do empreendimento em tela, o macrozoneamento rural é mais
relevante por conta de sua localização completa na zona rural do Município.

O Art. 73 do Plano Diretor apresenta os sete objetivos da Macrozona Rural:

I. preservar as áreas de interesse natural, ambiental e turístico;


II. estimular o agronegócio, a mineração, o ecoturismo e outras atividades de forma
responsável;

19
Lei Nacional nº. 10.257 de 2001, no § 3º do seu artigo 30, determina que, pelo menos, a cada 10 (dez) anos, os
planos diretores devem ser revistos.
20
Definido pela Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 153


III. promover a regularização fundiária dos assentamentos e ocupações;
IV. garantir que a extração mineral seja realizada de acordo com as exigências legais;
V. promover o desenvolvimento sustentável;
VI. explorar as demais potencialidades apontadas e definidas pelo Zoneamento
Ecológico Econômico;
VII. implementar programa de acompanhamento sócioambiental rural.

Adiante, o Art. 74 em seu Parágrafo 3º subdivide a Macrozona Rural conforme suas


potencialidades e destaca as atividades de extração mineral. Ainda, os Artigos 87 e 88
abordam sobre as áreas de extração mineral presentes na zona rural do município. O Art. 87
define como diretrizes para as áreas de extração mineral:

I. identificar áreas passíveis de exploração mineral no Município, de acordo com o


Zoneamento Ecológico Econômico e pesquisa de direitos de lavra existentes;

II. implantar sistemas de compensação ambiental para empreendimentos de extração


mineral;

III. divulgar os benefícios trazidos para o Município com a implantação de empresas


que atuem com responsabilidade ambiental;

IV. fiscalizar regularmente os empreendimentos de extração mineral.

Por sua vez, o Art. 88 afirma que será requisito para o deferimento de alvará de
funcionamento e localização para atividades minerais, o Plano de Recuperação Ambiental.
Ressalta-se que, apesar da requisição, o Plano Diretor não traz maiores detalhes sobre o
conteúdo mínimo, tampouco sobre as relações do Plano de Recuperação Ambiental com o
empreendimento mineral que terá requisição de alvará para localização e funcionamento.

Em relação à localização do Projeto Apolo no município de Caeté, a Figura 4-8 apresenta a


Área Diretamente Afetada (ADA) e as zonas definidas pelo Plano Diretor através do
Macrozoneamento Rural.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 154


620000 635000 650000 665000
MT TO
TAQUARAÇU
LM G8 0 0
BA

DE MINAS GO DF ANTÔNIO DIAS


TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
UNIÃO MINAS GERAISES
NOVA UNIÃO MG

t ico
10
BOM JESUS

t lân
G0
SANTA DO AMPARO NOVA ERA
M
SP RJ

oA
BOM JESUS LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
DO AMPARO SÃO GONÇ ALO
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
BARÃO DOMINGOS
DE COCAIS DO PRATA
RAPOSOS RIO

77
6 MG43 4 NOVA LIMA
PIRACICABA

LM G
SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
DOM SILVÉRIO
ES

02
RIO
MG Roças Novas

0
7815000

7815000
OURO BARRA DOCE
ITABIRITO MARIANA
PRETO LONGA

SANTA LUZIA
MG4 3
3
Posses
Zoneamento Rural- Plano Diretor
de Caeté/MG
APA- Antônio
BR38 1 Vias/Acessos
Descoberto dos Santos
Localidade Rural

MG4
Expansão Urbana
Zona Urbana

35
APA- Águas SÃO GONÇALO
Áreas de Interesse Turístico
DO RIO ABAIXO
Serra da
Piedade Penedia Área de Proteção Ambiental
Zona Rural
Quintas
da Ser ra Projeto Apolo Umidade Natural

APA - MG -1
29 . Sede Urbana
!
Rodovia Federal
CAETÉ

6
43
SABARÁ Ribeirão
7800000

7800000
MG
Bonito Rodovia Estadual
APA- Juca Limite Municipal
7 Vieira
MG43

BARÃO DE
COCAIS
B R262
2 9
M G1

RAPOSOS
SANTA BÁRBARA

M G 26
NOVA LIMA 2

030
MG
00
G9
M

A
7785000

7785000
CATAS ALTAS

RIO ACIMA
M
G
32
6

620000 635000 650000 665000

®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Área de Estudo
(AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020); e Plano Diretor Municipal (Arquivos Públicos da Prefeitura de Caeté).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Plano Diretor Municipal de Caeté, Área de Estudo
1:200.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_PlanoDiretor_Caete_A3_v09
Com base na Figura 4-8 percebe-se que parte da ADA do empreendimento em estudo está
localizada em zona rural e sobreposta à parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Juca
Vieira, assim como outros empreendimentos minerários. A APA apresenta plano de manejo,
e a viabilidade do Projeto Apolo Umidade Natural, assim como em outras unidades de
conservação, passa pela anuência de seu conselho.

Em relação ao Zoneamento Ecológico Econômico, conforme apresentado no tópico anterior,


a localização do empreendimento se mostra compatível diante da classificação da ADA em
ZEE 1 e 2.

Sendo assim, com base nas diretrizes e definições apontadas pelo Plano Diretor
Participativo de Caeté sobre atividades de mineração, o Projeto Apolo é compatível com a
legislação local. No entanto, é necessário que algumas exigências sejam atendidas para a
sua implementação, a exemplo da obtenção do licenciamento ambiental junto aos órgãos
competentes, da realização de ações compensatórias, da elaboração do Plano de
Recuperação Ambiental e da compatibilidade com o ZEE da área afetada, conforme versam
os Artigos 87, 88 e 91.

4.4.3 PLANO DIRETOR DE SANTA BÁRBARA

O Plano Diretor do Município de Santa Bárbara foi instituído, inicialmente, por meio da Lei
Complementar nº 1.436 de 2007. Todavia, treze anos mais tarde, o Plano foi revisto e
republicado com base na Lei Complementar nº 1.982 de 2020.

Em seu Art. 1, a atual Lei define o Plano Diretor como o instrumento básico da política de
desenvolvimento municipal de Santa Barbara, sob aspectos físico, ambiental, tecnológico,
social e econômico, a fim de promover o direito à cidade sustentável definido como o direito
à moradia, ao meio ambiente protegido, à infraestrutura urbana, aos serviços públicos, ao
trabalho e ao lazer para as presentes e futuras gerações, atendendo as aspirações da
sociedade e orientando as ações do poder público e da iniciativa privada.

O Plano apresenta diversos princípios, diretrizes, delimitações e determinações que


abordam temas relacionados à gestão e planejamento socioeconômico-cultural, urbano e
ambiental, ao zoneamento e utilização do solo em todo o território municipal, dentre outros.

No que se refere à mineração, o Plano a sugere como um potencial eixo estratégico para o
desenvolvimento do município. Logo em seu Art. 4 o Plano Diretor versa sobre a realização
e fortalecimento de parcerias entre os setores público e privado do ramo da mineração que
acarretem benfeitorias socioeconômicas e estruturais para a população municipal, bem
como no desenvolvimento ambiental, social e economicamente sustentável.

Mais adiante, um dos principais itens do Plano Diretor de Santa Bárbara trata do
ordenamento territorial, cuja finalidade é orientar o parcelamento, o uso e a ocupação do
solo a partir de zoneamentos com base na capacidade de suporte das diferentes porções
territoriais do município.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 156


Nesse sentido, o Art. 8 do Plano Diretor institui dois tipos de zoneamentos: o
Macrozoneamento Municipal e o Zoneamento Urbano. O primeiro define e delimita todo o
território municipal em cinco zonas, enquanto o segundo define as características e
limitações especificamente das áreas urbanas. No caso do empreendimento em análise, o
macrozoneamento possui maior relevância, visto que sua localização ocorre em área
estritamente rural.

Em relação ao Macrozoneamento Municipal, os cinco tipos definidos pelo Art. 9 do Plano


são:

I. Zona de Conservação Ambiental (ZCA) – corresponde às Unidades de Conservação


existentes da APA Sul, RPPN do Caraça, sendo esta sobreposta à área da APA Sul,
Parque Nacional da Serra do Gandarela e APE do Reservatório de Peti, incluindo-se
nesta categoria todas as Áreas de Preservação Ambiental definidas legalmente,
como as faixas marginais a cursos d’água, dentre outras, onde é vedado o
parcelamento do solo para fins urbanos.
II. Zona de Recuperação Ambiental da Bacia do Peti (ZRA) – corresponde à bacia
hidrográfica do rio Santa Bárbara, a montante da barragem de Peti, a partir dos
limites da APA Sul;
III. Zona de Vulnerabilidade Ambiental (ZVA) – corresponde às áreas atingidas pela
possibilidade de rompimento de barragens de rejeito minerário no município
(Anglogold Ashanti) e entorno (Vale), onde o monitoramento deverá ser permanente,
de forma a minimizar impactos, sendo que esta é uma zona que se sobrepõe às
demais, sobrepondo-se também a fundos de vale e Áreas de Preservação
Permanente (APP);
IV. Zona Urbana (ZU) – corresponde às áreas incluídas nos perímetros urbanos do
município, já ocupadas pelos usos urbanos e/ou comprometidas com esses usos em
função dos processos de ocupação do solo instalados, correspondendo à sede
municipal, aos distritos de Barra Feliz, Brumal, Conceição do Rio Acima e Florália e
às localidades de Sumidouro e Santana do Morro, no distrito de Brumal;
V. Zona de Desenvolvimento Econômico Sustentável (ZDES) – corresponde à porção
restante do território, excluídas a ZCA, a ZRA e a ZU, cujas características
geográficas indicam sua vocação para a potencialização de atividades econômicas
sustentáveis, sendo vedado o parcelamento do solo para fins urbanos.

O empreendimento, conforme a Figura 4-9, está localizado em uma pequena porção a


extremo oeste do território municipal. O macrozoneamento definido pelo Plano Diretor
classifica tal porção como uma ZCA, uma zona ligada à conservação ambiental com relação
direta com as unidades de conservação existentes e sobrepostas ao território municipal.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 157


640000 660000 680000
MT TO
BA

GO DF ANTÔNIO DIAS
TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
.
! UNIÃO MINAS GERAISES
MG

co
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BOM JESUS

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SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ

oA
LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
SÃO GONÇALO
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
BARÃO DOMINGOS
DE COCAIS DO PRATA
RAPOSOS RIO
PIRACICABA
NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
7800000

7800000
.
! ES DOM SILVÉRIO

CAETÉ OURO BARRA


RIO
DOCE
ITABIRITO MARIANA
PRETO LONGA

Projeto Apolo Umidade Natural


BARÃO DE
COCAIS
Plano Diretor de Santa Bárbara
.
!

(Macrozoneamento)
ZVA - Zona de Vulnerabilidade
SANTA BÁRBARA Ambiental
ZCA - Zona de Conservação
.
!

Ambiental
ZDES - Zona de
Desenvolvimento
ZRA - Zona de Recuperação
Ambiental
ZU - Zona Urbana

.
! Sede Municipal
Vias e Acessos

Rede Hidrográfica
Corpo d'água
7780000

7780000
CATAS ALTAS
.
!

Limite Municipal

640000 660000 680000

®
Base Cartográfica (Fonte):
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021), Plano Diretor de Santa
Bárbria (Prefeitura de Santa Bárbara, 2021)
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Plano Diretor Municipal de Santa Bárbara - Minas Gerais
1:180.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_PlanoDiretor_SantaBarbara_A3_v05
O Art. 11 do Plano Diretor define dez diretrizes para a ZCA:

I. preservação das condições ambientais em qualquer situação de uso e ocupação;

II. garantia da qualidade de vida da população local, possibilitando o manejo e


utilização sustentável dos recursos naturais existentes;

III. manutenção da cobertura vegetal nativa, fundamental para a recarga de água no


subsolo, a minimização dos efeitos erosivos e a estabilidade das vertentes;

IV. integração com outras formações de vegetação objetivando a formação de


corredores ecológicos, privilegiando, em especial, a reconstituição da mata ciliar do
ribeirão Caraça e dos rios Conceição, São João e Santa Bárbara;

V. garantia da produção de água para abastecimento público por meio da proteção dos
mananciais, incluindo o ribeirão do Caraça, responsável pelo abastecimento da sede;

VI. desenvolvimento de atividades agropecuárias com rigoroso controle, tendo em vista


a fragilidade da região;

VII. manejo da mata de candeia com exploração dos subprodutos como extração de
essências medicinais, do óleo de candeia e mel;

VIII. ecoturismo, devido à presença de paisagens de grande beleza cênica;

IX. limitação da colocação de artifícios, como antenas, estátuas, construções para


quaisquer fins, outdoors e outros que possam prejudicar o cenário;

X. fomento a estudos e pesquisas científicas, especialmente voltadas para a presença


de espécies endêmicas de reconhecido valor medicinal, além da mata de candeia.

Ademais, em seu Parágrafo Único, o Art. 11 afirma que a permissão de atividades de


exploração extrativa vegetal e mineral, industrial e de ecoturismo somente será possível
após licenciamento ou autorização ambiental dos órgãos federal, estadual e/ou municipal,
conforme legislação vigente, devendo ser associada à preservação ambiental de fragmentos
florestais ou outras formações de vegetação nativa.

Com base nas diretrizes e definições da ZCA apresentadas pelo Plano Diretor de Santa
Bárbara, fica claro o caráter mais restritivo e protecionista desta Zona. Todavia, o Parágrafo
Único do Art. 11 deixa claro também a possibilidade de instalação de empreendimentos e
atividades de exploração mineral desde que haja licenciamento ou autorização ambiental
dos órgãos governamentais competentes em consonância com as leis vigentes.

Dessa forma, apesar das restrições, o Plano Diretor prevê a possibilidade de instalação de
empreendimentos minerários na ZCA. No entanto, para isso, caberá ao empreendedor obter
as licenças e as permissões ambientais junto aos órgãos competentes.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 159


Além do macrozoneamento municipal, o Plano Diretor versa em seu Art. 24 sobre os
empreendimentos de impacto, que são aqueles cujos efeitos decorrentes de sua instalação
podem ocasionar a geração de efluentes poluidores, de ruídos excessivos e/ou riscos à
segurança de trabalhadores e munícipes, provocar impactos sobre o meio antrópico e/ou
sobre o meio natural.

Os Parágrafos 1°, 2° e 3° deste artigo reafirmam a necessidade do licenciamento ambiental


dos empreendimentos geradores de impacto, como o projeto em tela21, e diz que os
mesmos estarão sujeitos ao controle ambiental a fim de verificar sua sustentabilidade e
viabilidade ambiental para obter licenças e alvarás. O controle será feito pelo estado e/ou
município mediante instrumentos de licenciamento ambiental, zoneamento, monitoramento e
fiscalização das atividades. Além disso, estudos prévios de impacto de vizinhança poderão
ser exigidos em situações que as atividades possam causar impactos sobre a qualidade de
vida da população residente na área ou nas proximidades do empreendimento.

Em complemento, o Art. 26 diz que a instalação, a construção, a ampliação e o


funcionamento de indústrias e de quaisquer empreendimentos que venham sobrecarregar a
infraestrutura urbana ou repercutir significativamente no meio ambiente e no espaço urbano
ou rural ficam sujeitos à avaliação dos impactos causados no meio antrópico e ao
licenciamento ambiental, de acordo com a legislação urbanística e ambiental vigentes nas
três esferas de governo.

Em suma, no que se refere às atividades de mineração e consequentemente ao


empreendimento em tela, o Plano Diretor, por meio de seu macrozoneamento, possui um
caráter restritivo. Todavia, reconhece sua importância para o desenvolvimento municipal e
permite que estas atividades ocorram em seu território desde que os ritos e processos de
licenciamento ambiental sejam realizados e as atividades sejam aprovadas pelos órgãos
reguladores competentes.

4.4.4 COMUNIDADES INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E


TRADICIONAIS

A relação do empreendimento com as comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais


também deverá ser objeto de análise conforme o mais recente Termo de Referência
elaborado pelo Sisema, que define os parâmetros para os EIAs e RIMAS em Minas Gerais.

Sendo assim, esforços foram realizados em busca de planos, programas ou projetos ligados
a essas comunidades nos municípios interceptados pelas estruturas do Projeto Apolo. No
entanto, não foram identificadas comunidades indígenas, remanescentes quilombolas ou
povos tradicionais reconhecidos, certificados ou titulados considerando um raio de 8 km22 do
empreendimento. Da mesma forma, nenhum plano, programa ou projeto especial foi
encontrado. Maiores informações são descritas no capítulo de Patrimônio Natural e Cultural
deste EIA.

21
O Art. 29 do Plano Diretor Municipal de Santa Bárbara considera como empreendimento de impacto, dentre diversos
outros, aqueles que realizam extração, beneficiamento e tratamento mineral.
22
Portaria Interministerial nº 60, de 24 de Março de 2015.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 160


4.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Plano Nacional de Mineração 2030 – Geologia,
Mineração e Transformação Mineral. Brasília, 2011, 180p.

BRASIL, MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Resolução CNRH 216, DE 11 DE


SETEMBRO DE 2020. Brasília, 2020. Disponível em: <https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-
cnrh-216-de-11-de-setembro-de-2020-278927951>. Acesso em: 17 fev. 2021.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Panorama e


estado dos recursos hídricos do Brasil. Volume 1. Brasília, 2006.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Águas para o
futuro: Cenários para 2020. Volume 2. Brasília, 2006.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Diretrizes.


Volume 3. Brasília, 2006.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Programas


nacionais e metas. Volume 4. Brasília, 2006.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Prioridades


2012-2015. Brasília, 2011.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Prioridades


2016-2020. Brasília, 2015.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO (ANA). Plano Nacional de Segurança


Hídrica. Brasília, 2019.

MINAS GERAIS. Plano Estadual da Mineração – Diagnóstico do Setor Mineral de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÂO (ANM). Sumário Mineral Brasileiro 2017. Brasília, 2017.

BRASIL, MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Relação Anual de Informações Sociais 2018. Brasília, 2018.

MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Relatório Final. Belo
Horizonte, 2006.

MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Volume I Aspectos
Estratégicos para a Gestão de Recursos Hídricos de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2011.

MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Volume II Instrumentos de
Gestão de Recursos Hídricos. Belo Horizonte, 2011.

MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Volume III Avaliação do
Sistema Estadual de Gerenciamento de Minas Gerais (SEGRH/MG). Belo Horizonte, 2011.

MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais - Volume IV Relatório Sobre
Intervenções Estruturais e/ou Estratégicas para Minas Gerais: Propostas de Programas, Projetos e
Ações. Belo Horizonte, 2011.

MINAS GERAIS, SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO. Plano Mineiro de


Desenvolvimento Integrado – PMDI 2019-2030. Belo Horizonte, 2019.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 161


MINAS GERAIS, SECRETARIA DE GOVERNO. Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado –
PMDI. Disponível em: <http://www.governo.mg.gov.br/Institucional/ProgramasAcoes?id=6>. Acesso
em: 17 fev. 2021.

MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 1: Diagnóstico. Belo Horizonte, 2016.

MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 2: Objetivos, Metas, Estratégias e Sistema de Monitoramento e Avaliação. Belo Horizonte,
2016.

MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 3: Apêndices e Anexo. Belo Horizonte, 2016.

MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 4: Síntese. Belo Horizonte, 2016.

MINAS GERAIS. Lei nº 13.173, de 20 de janeiro de 1999. Dispõe sobre o Programa de Incentivo ao
Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real. Belo Horizonte, 1999.

MINAS GERAIS. Lei nº 23.577, de 15 de janeiro de 2020. Atualiza o Plano Mineiro de


Desenvolvimento Integrado – PMDI. Belo Horizonte, 2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA. Lei Complementar nº 1.982 de 2020. Institui o


Plano Diretor do Município de Santa Bárbara, em conformidade com a Constituição Federal, com o
Estatuto da Cidade e com a Lei Orgânica Municipal, e dá outras providências. Santa Bárbara, 2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA. Lei Complementar nº 1.436 de 2007. “Institui o


Plano Diretor do Município de Santa Bárbara, em conformidade com a Constituição Federal, com o
Estatuto da Cidade e com a Lei Orgânica Municipal, e dá outras providências. Santa Bárbara, 2007.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG); PUC MINAS; UNIVESIDADE ESTADUAL


DE MINAS GERAIS (UEMG); SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
POLÍTICA URBANA (SEDRU); GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Estudos Setoriais Integrados
- Volumes 1, 2, 3, 4 e 5. Belo Horizonte, 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG); PUC MINAS; UNIVESIDADE ESTADUAL


DE MINAS GERAIS (UEMG); SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E
POLÍTICA URBANA (SEDRU); GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Propostas de Políticas
Setoriais, Projetos e Investimentos Prioritários - Volumes 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Belo Horizonte, 2011.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS. Projeto de Lei 74 de 2017. Institui o Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 2017.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETÉ. Lei Ordinária nº 2.496 de 2007. Dispõe sobre o Plano Diretor
Participativo de Caeté/MG e dá Outras Providências. Caeté, 2007.

BRASIL. Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
Brasília-DF, 2001.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO (ANA). Plano Nacional de Segurança


Hídrica. Brasília, 2019.

SCOLFORO, J. R. S.; OLIVEIRA, A. D.; CARVALHO, L. M. T. Zoneamento ecológico-econômico do


Estado de Minas Gerais: zoneamento e cenários exploratórios. Editora UFLA, Lavras, 2008.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 162


COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Plano Diretor de
Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas 2015: Resumo Executivo. Belo Horizonte,
2015, 233 p.

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM); CONSÓRCIO ECOPLAN – LUME. Plano
de Ação de Recursos Hídricos da Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos
Piracicaba (PARH Piracicaba). Minas Gerais, 2010.

INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM); FUNDAÇÃO ESTADUAL DE MEIO


AMBIENTE (FEAM). Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgoto Sanitário da
Bacia do Rio Piracicaba – PITE Piracicaba. Sumário Executivo. Belo Horizonte, 2013.

COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE (CBH DOCE). Deliberação Normativa CBH
Doce nº 90, de 10 de dezembro de 2020. Institui o Plano de Aplicação Plurianual da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce para o período de 2021 a 2025. Governador Valadares, 2020.

COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIRACICABA (CBH PIRACICABA). Deliberação


Normativa CBH Piracicaba nº 29, de 21 de outubro de 2015. Institui o Plano de Aplicação Plurianual
da bacia hidrográfica do rio Piracicaba e ratifica o Plano de Aplicação Plurianual da bacia hidrográfica
do rio Doce, para o período de 2016 a 2020. João Monlevade, 2015.

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Programa Revitaliza
Velhas. Disponível em: < https://cbhvelhas.org.br/programarevitaliza/>. Acesso em: 30 mar. 2021.

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Deliberação CBH
Velhas nº 007, de 15 de dezembro de 2020. Aprova o Plano Plurianual de Aplicação dos recursos da
cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio das Velhas, referente aos
exercícios 2021 a 2023 e dá outras providências. Belo Horizonte, 2020.

BRASIL. Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF. 2010.

BRASIL. Decreto nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto


de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política
Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística
Reversa, e dá outras providências. Brasília, DF. 2010.

BRASIL, SECRETARIA DE QUALIDADE AMBIENTAL DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano


Nacional de Resíduos Sólidos – 2020. Brasília, DF. 2020.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 163


5 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O Projeto Apolo é um empreendimento que produzirá minério de ferro envolvendo um
investimento de 800 milhões de dólares pela Vale S/A, valor que não inclui o material
rodante no ramal ferroviário. Compreenderá basicamente as seguintes atividades:

▪ Lavra a céu aberto de minério de ferro;


▪ Estocagem de estéril em duas pilhas;
▪ Beneficiamento do minério a umidade natural;
▪ Operação das estruturas de apoio administrativas e operacionais;
▪ Transporte de produto via novo ramal ferroviário até à EFVM;
▪ Operação de sistemas de controle ambiental associados às atividades listadas.

Para melhor compreensão do empreendimento, assim como para a avaliação de impactos,


serão descritas as etapas de planejamento, implantação, operação e desativação, de forma
individualizada.

No Plano Diretor, podem ser observadas as áreas de intervenção de todas as estruturas que
irão integrar o projeto durante as etapas de implantação e operação (Anexos do Volume 1 -
Anexo I). A Figura 5-1 a seguir apresenta o arranjo do Projeto com a identificação das
principais estruturas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 164


630000 635000 640000 645000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
MG262 MG262 União Bom Jesus
do Amparo MINAS
NovaGERAISES
Santa

co
Era

nti
Luzia

tlâ
SP Bela Vista RJ

oA
ACESSO Barão de São Gonçalo PR
de Minas
O ce
an
NORTE/BARÃO Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo

Raposos Rio
7795000

7795000
Piracicaba
Nova
Lima
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis

é
et
Ca

ba
Itabirito Mariana Barra
Ouro Preto
ESTOQUE MATERIAIS

Sa
Longa
ADME-3
LENHOSOS 01
ACESSO
NORTE/CAETÉ
Estruturas do Plano Diretor
Cava
é
et
RAMAL Pilha de Estéril

EF
Ca

VM
FERROVIÁRIO
ESTOQUE MATERIAIS Ramal Ferroviário
LENHOSOS 02
Pêra Ferroviária
ESTOQUE MATERIAIS
DIQUE 2B
LENHOSOS 03
Acessos e Estruturas Associadas

Ba r ã o i s
de
Dique, SUMP e Sala de Bomba

a
PORTARIA NORTE CAETÉ PÁTIO

Coc
PÊRA FERROVIÁRIA
os

ACESSO PDE B USINA 2 Estruturas de Apoio


s
7790000

7790000
po

é
Ra

et

Área de Segurança
Ca

ESTOQUE MATERIAIS TCLD


LENHOSOS 04 Demais Áreas e Estruturas
ADME-4
ADME-1
ESTOQUE MATERIAIS

ra
PDE B
LENHOSOS 05

a
Projeto Apolo Umidade Natural

á rb
aB
nt
Sa
PONTO DE TCLD Rodovia
CAPTAÇÃO
PC5 SUMP 2A Vias/Acessos Externos
DEPÓSITO DE PAIOL
EXPLOSIVOS Ferrovia
DIQUE 2A USINA 1
ACESSO AOS DIQUES
PDE A Limite Municipal
ESTOQUE
MATERIAIS ESTOQUE MATERIAIS
LENHOSOS 08 SUMP LENHOSOS 06
7785000

7785000
ACESSO DIQUE 1 1A-II
ADME-2

DIQUE 1A
ACESSO AO
DUIQUE 3 SALA DE
BOMBAS
SUMP PORTARIA SUL
1A-I
CAVA
SUMP 3-II

ACESSO AO SUMP
DIQUE 3 ESTOQUE
MATERIAIS
LENHOSOS 07
a
im

SUMP 3-I
Ac o
Ri
7780000

7780000
630000 635000 640000 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Unidade Conservação (SEMA, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Projeto Apolo - Estruturas do Plano Diretor
1:70.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_PlanoDiretor_A3_v04
5.1 ETAPA DE PLANEJAMENTO

Parte das atividades inerentes à Etapa de Planejamento já haviam sido concluídas embora
estejam sendo revisitadas de modo a promover o adequado alinhamento com revisões e
atualizações do projeto.

As principais tarefas do Projeto Apolo vinculadas à etapa de planejamento do


empreendimento consistem em estudos técnicos (geológicos, geotécnicos, topográficos,
ambientais, etc), econômicos e, em alguns casos, são necessárias readequações à
legislação ambiental que vem passando por mudanças desde 2009, a saber:

▪ Requerimento e regularização dos Títulos Minerários;


▪ Levantamentos topográficos: foram atualizados conforme a necessidade do projeto,
tendo sido realizados os trabalhos em campo entre os anos de 2010 e 2015;
▪ Sondagens geológicas para avaliação da jazida e determinação da qualidade do
minério, bem como para subsidiar o planejamento de lavra;
▪ Elaboração, submissão e aprovação do Plano de Aproveitamento Econômico (PAE)
na ANM, em alinhamento com as melhorias e adequações do Projeto que é foco do
presente EIA;
▪ Desenvolvimento dos estudos de viabilidade técnica e financeira do
empreendimento, que por sua vez forneceram subsídios para a avaliação de
alternativas tecnológicas e locacionais. Estes incluem as atualizações já informadas
que culminaram nas revisões do projeto que aconteceram entre os anos de 2010 e
2019;
▪ Desenvolvimento de atualizações dos projetos de engenharia;
▪ Sondagens geotécnicas nos terrenos onde se pretende implantar as estruturas do
projeto. As campanhas realizadas ocorreram no ano de 2010, quando a Vale obteve
o Documento autorizativo para Intervenção ambiental - DAIA. Outras sondagens
complementares são previstas após a obtenção de licenças e autorizações
pertinentes para a realização dessa atividade e serão tratadas em documentos e
processos específicos;
▪ Levantamento fundiário e aquisição de propriedades. Estas atividades ocorrem
durante todo ciclo de vida do projeto. Apesar do processo já ter iniciado, ainda
existem propriedades que terão seu processo de aquisição concluído.
▪ Levantamento de dados dos meios físico, biótico e socioeconômico para elaboração
do EIA e demais estudos ambientais que compõem o processo de solicitação de LP
(licença prévia). Estas atividades foram atualizadas e/ou revisadas no passado e
para a elaboração do presente EIA;
▪ Com foco nos municípios anfitriões do Projeto Apolo, nos meses de julho e agosto de
2021, foram realizadas apresentações específicas voltadas ao esclarecimento sobre
o projeto, iniciando com o poder público municipal de Caeté e lideranças da
comunidade de Morro Vermelho, em 05 de julho; posteriormente, junto ao poder

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 166


público de Santa Bárbara, em 14 de julho, e para as comunidades de André do Mato
Dentro e Cruz dos Peixotos em agosto. O Projeto Apolo também foi tema de
reuniões internas para os empregados da companhia.
▪ Dando continuidade ao Plano de Comunicação, serão previstas apresentações para
as demais comunidades da AID (Área de Influência Direta), poder público de Barão
de Cocais, Câmara Municipal de Caeté, entre demais públicos de interesse.

5.2 ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

Na Etapa de Implantação, o Projeto Apolo tem previsão de duração de aproximadamente 41


meses, quando são previstas as seguintes atividades:

▪ Implantação e operação das estruturas de apoio à implantação (acessos,


canteiros de obras, etc);
▪ Mobilização de mão de obra;
▪ Mobilização de equipamentos e insumos;
▪ Supressão de vegetação;
▪ Terraplanagem e Terraplenagem;
▪ Obras civis e montagem eletromecânica;
▪ Implantação da Pilha de Estéril A;
▪ Implantação dos sistemas de contenção de sedimentos - diques e sumps;
▪ Desenvolvimento da Mina (preparação para lavra);
▪ Implantação do Ramal Ferroviário;
▪ Desmobilização da mão de obra de implantação.

O Plano Diretor Implantação é apresentado nos Anexos do Volume I – (Anexo I). O


cronograma físico simplificado da Etapa de implantação consta na Tabela 5-1.

Ressalta-se que algumas estruturas como: a PDE B e o Dique 3 serão implantados na


Etapa de Operação.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 167


Tabela 5-1: Cronograma das atividades da Etapa de implantação do Projeto Apolo

CRONOGRAMA IMPLANTAÇÃO PROJETO APOLO


Realce do Período: 1 Duração do Plano Início Real % concluída Real (além do plano) % Concluída (além do planejado)

INÍCIO DO DURAÇÃO DO PORCENTAGEM


ATIVIDADE INÍCIO REAL DURAÇÃO REAL PERÍODOS
PLANO PLANO CONCLUÍDA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88

Frente 1 - Mina

Mobilização 1 3 1 3 0%

Infraestrutura 3 18 3 18 0%

Supressão Vegetal 3 4 3 4 0%

Pavimentação-drenagem 8 14 8 14 0%

Civil 12 18 12 18 0%

Montagem 15 20 15 20 0%

Comissionamento 32 6 32 6 0%
Frente 2 - Usina (Incluí canal de proteção da mata
primária)
Mobilização 1 3 1 3 0%

Infraestrutura 4 10 4 10 0%

Supressão Vegetal 4 2 4 2 0%

Pavimentação-drenagem 9 11 9 11 0%

Civil 12 15 12 15 0%

Montagem 15 23 15 23 0%

Comissionamento 33 8 33 8 0%

Frente PDEA-Dique 1A-Mina - Sump 1A I e 1A II

Mobilização 1 3 1 3 0%

Infraestrutura 4 6 4 6 0%

Supressão Vegetal 4 1 4 1 0%

Pavimentação-drenagem 6 7 6 7 0%

Frente PDEA-Dique 2A-Mina

Mobilização 1 3 1 3 0%

Infraestrutura 4 6 4 6 0%

Supressão Vegetal 4 1 4 1 0%

Pavimentação-drenagem 6 10 6 10 0%

Frente Acesso PDEB-Dique 2B e Sump 2B - Usina

Mobilização 1 3 1 3 0%

Infraestrutura 4 10 4 10 0%

Supressão Vegetal 4 2 4 2 0%

Pavimentação-drenagem 7 9 7 9 0%

Pre-stripping

Pre-stripping 25 14 25 14 0%

Drenagem da Cava

Infraestrutura 25 6 25 6 0%

Pavimentação-drenagem 28 10 28 10 0%

Ferrovia

Mobilização 1 3 1 3 0%

Infraestrutura 4 15 4 15 0%

Supressão Vegetal 4 4 4 4 0%

Pavimentação-drenagem 7 17 7 17 0%

Civil/Ferrovia 12 7 12 7 0%

Start up - Operação

Start up 41 1 41 1 0%

Continuidade de Obras pós Start UP

Dique 3 e Sump 3-I e 3-II 50 18 50 18 0%

PDE B 70 18 70 18 0%

Supressão Vegetal PDE B 70 3 70 3 0%

Nota: a desmobilização da mão de obra acontecerá gradativamente durante toda a Etapa de implantação, conforme o avanço das fases construtivas demande alteração dos contratos, finalizando com a conclusão da etapa de implantação propriamente dita.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 168


5.2.1 ACESSOS AO EMPREENDIMENTO

5.2.1.1 ACESSOS EXTERNOS PARA EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PARA AS


OBRAS

O transporte de equipamentos importados será feito por via marítima até o porto de Vila
Velha (ES). Eventualmente, serão utilizados os portos do Rio de Janeiro e de Santos. A
partir do porto, o transporte será rodoviário, em caminhões convencionais ou caminhões
especiais com peso de eixo entre 12 e 28 t.

O transporte aéreo de equipamentos será utilizado para cargas com peso de até 5 t, via
aeroporto de Confins (MG).

O transporte de equipamentos adquiridos no Brasil será rodoviário por caminhões


convencionais ou caminhões especiais com peso de eixo entre 12 e 28 t, saindo da Região
Metropolitana de Belo Horizonte e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, conforme a localização dos principais fornecedores
nacionais.

Na hipótese de início do percurso em Belo Horizonte ao Projeto Apolo, o transporte de


equipamentos e materiais de maior porte será feito pela BR 381. Esta rodovia deverá ser
percorrida em sentido a Ipatinga até o entroncamento com a MG 436. A MG 436 deverá
então ser percorrida até a cidade de Barão de Cocais onde, à direita, deverá ser tomada a
MG 262. Esta rodovia será pavimentada em 28,5 km no trecho Barão de Cocais - Caeté,
custeadas por um convênio em medida compensatória de outro empreendimento da Vale
que também inclui melhorias no contorno de Barão de Cocais. Até a estrada secundária
para acesso ao Projeto Apolo deverão ser percorridos 24 km.

Embora o trajeto anterior - BR 381/MG 436/MG 262 - seja mais longo, o traçado da MG 262
é muito sinuoso e, utilizá-lo para acesso ao Projeto, implicará na circulação de caminhões
de grande porte atravessando a cidade de Caeté.

O acesso pela Portaria Norte do Projeto Apolo poderá ser feito de duas formas, a saber:

▪ Acesso Norte Caeté

A partir de Caeté, pode-se acessar o Projeto Apolo pelo denominado Acesso Norte Caeté,
percorrendo-se cerca de 8 km pela estrada que leva ao distrito de Morro Vermelho. No
ponto situado a cerca de 1 km antes de Morro Vermelho, há um entroncamento onde,
tomando-se a esquerda, segue-se por cerca de 7 km até a Portaria Norte Caeté.

O acesso terá seu uso limitado em função das suas dimensões, por isso será utilizado
exclusivamente por ônibus para o transporte da mão de obra e para fornecedores locais de
materiais e equipamentos que demandem veículos utilitários ou caminhões de menor porte.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 169


▪ Acesso Norte Barão

O segundo acesso ao norte do Projeto Apolo se dará a partir da MG-262, em local entre as
cidades de Caeté e Barão de Cocais que dista 5 km de Caeté e 24 km de Barão de Cocais.
A partir dessa rodovia, toma-se o acesso denominado Acesso Norte Barão no sentido
Msol. Percorrendo-se cerca de 12 km até a rotatória do Acesso Norte Caeté, chega-se ao
local onde os dois acessos se reúnem em um único, em local próximo à portaria Norte do
projeto.

O tráfego médio de caminhões durante os meses de maior movimentação será em torno de


36 veículos por dia no acesso Norte Barão, número baseado na estimativa de caminhões
para o transporte de insumos entre o quinto mês de implantação até o décimo quinto mês,
período que deverá ocorrer o pico da quantidade de veículos.

Serão necessárias adequações no trecho do Acesso Norte Caeté, por meio de alargamento
da via para garantir segurança ao tráfego de ônibus, veículos utilitários e caminhões de
pequeno porte.

O Acesso Norte Barão servirá à circulação de caminhões de maior porte (12 a 28 t). Parte
deste acesso já existe e parte será implantado. Nos trechos existentes deste acesso, serão
necessárias adequações no traçado e o alargamento da via, de forma a garantir segurança
no tráfego de ônibus, veículos utilitários e caminhões de maior porte.

A Portaria Norte Caeté atenderá a ambos os acessos localizados a norte do projeto - Norte
Caeté e Norte Barão - que se juntam antes dessa portaria formando um único acesso.

O transporte de materiais construtivos da superestrutura ferroviária (trilhos, dormentes e


brita) ocorrerá prioritariamente via ferrovia (EFVM), até a plataforma ferroviária do projeto,
onde serão descarregados. A depender do porte do fornecimento, a brita e os dormentes de
madeira também poderão ser transportados em caminhão pelo Acesso Norte Caeté.

Para prever o fluxo de caminhões para o transporte de equipamentos e materiais para as


atividades de supressão de vegetação, materiais de construção para as obras civis em geral
e para montagens de estruturas metálicas, adotou-se como base a utilização de caminhões
com capacidade para 12 toneladas.

A Figura 5-2 mostra o arranjo espacial dos acessos externos aqui descritos.

5.2.1.2 ACESSOS EXTERNOS PARA O TRANSPORTE DA MÃO DE OBRA

A mão de obra prevista para a implantação do empreendimento é de aproximadamente


2.600 trabalhadores no pico das obras, dos quais 480 serão alojados na obra. Estima-se
que os demais 2.120 trabalhadores virão da própria região, de cidades como Caeté,
Raposos, Rio Acima, Barão de Cocais, Santa Bárbara, entre outras, podendo ser contratada
também em outras cidades da região onde seja viável o deslocamento diário dos
trabalhadores para o empreendimento.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 170


Para a mão de obra local, portanto, dois acessos poderão ser percorridos até a área do
projeto. Pela proximidade do projeto com a cidade de Caeté, é esperado que o Acesso
Norte Caeté seja o mais utilizado para o transporte de mão de obra. Quanto à circulação de
automóveis, foi estimado um fluxo de seis carros por hora transitando no Acesso Norte
Caeté. É esperado que nos meses de pico das obras de implantação, no Acesso Norte
Caeté, a frota de ônibus seja de aproximadamente 20 por dia, para o transporte de
trabalhadores contratados na cidade de Caeté (estima-se 40% do total ou 848 pessoas).
Não é possível prever, mas uma parte dos trabalhadores poderá acessar o Projeto pelo
Acesso Norte Barão.

Portanto, está previsto que, para o transporte de mão de obra serão utilizados os seguintes
acessos externos: i) estrada existente interligando a cidade de Caeté ao projeto (Acesso
Norte Caeté); ii) estrada existente interligando a cidade de Raposos e a intercessão ao
Acesso Norte Caeté; iii) e, o novo Acesso Norte Barão, chegando ao Projeto Apolo pela
Portaria Norte Caeté.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 171


Tabela 5-2: Estimativa de Veículos nos Acessos Norte Barão e Norte Caeté até o 15º mês de implantação do Projeto Apolo (Fonte: Vale, 2020)
DESCRIÇÃO DISCIPLINAS Unidade TOTAL M01 M02 M03 M04 M05 M06 M07 M08 M09 M10 M11 M12 M13 M14 M15
Obra Civil (Concreto) Planta m3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 168 387 554 547 741 813
INSUMOS OBRA
Obra Civil (Concreto) PDEA m3 18843 0 0 0 0 196 500 753 819 975 983 943 741 522 0
Obra Civil (Concreto) PDEB (NA) m3
Total Concreto Total Concreto mês a mês 0 0 0 0 0 196 500 753 819 1143 1370 1497 1288 1263 813
% Concreto mês a mês 0 0 0 0 0 0,01 0,04 0,05 0,05 0,07 0,08 0 0,08 0,08 0,05
Caminhões Mês 2642 0 0 0 0 0 31 94 120 131 183 219 239 206 207 130

Enroncamento de pedra (m3) m3 42810


INSUMOS INFRA

Espalhamento e adensamento Brita m3 47735


Espalhamento e adensamento Areia m3 8575
total m3 99120 496 2577 5154 7930 10606 12886 14174 14372 12985 10200 6145 1586
% Insumos mês a mês 0 0 0 0,01 0,03 0,05 0,08 0,11 0,13 0,14 0,15 0,13 0,1 0,06 0,02
Caminhões mês 7080 0 0 0 35 184 368 566 758 920 1012 1027 927 729 439 113

Equipamento Mecânico l 4957


EQUIPAMENTOS

Estrutura l 1911
Caldeiraria l 610
Tubulação Aço Carbono l 465
Total Geral 7944 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23 48 79 150
% de Distribuição Mês a Mês 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,01 0,01 0,02
Caminhões Mês 662 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 4 7 13
ELÉTRICA

Cabos Geral Total Geral m 320155 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


% de Distribuição Mês a Mês 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Caminhões Mês 61 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TOTAL GERAL DE CARRETAS (28, 18 e 12 ton)/Mês 0 0 0 35 184 399 661 878 1061 1195 1245 1169 939 652
TOTAL GERAL DE CARRETAS (28, 18 e 12 ton)/Dia 0 0 0 2 8 18 30 40 48 54 57 53 43 30
TOTAL GERAL DE CARRETAS (28, 18 e 12 ton)/Hora 0 0 0 0 1 2 4 5 6 6 7 6 5 4

Efetivo Geral da obra 138 162 217 355 683 1166 1624 1876 2015 2111 2123 2051 1818 1613 1701
Efetivo Sem os alojados 25 30 40 77 161 255 377 435 463 487 473 437 404 396 411
ÔNIBUS

Efetivo que vai transitar Geral 113 132 177 278 523 911 1246 1441 1552 1625 1649 1614 1414 1217 1290
Efetivo que vai transitar AC. Principal B.C (40%) 45,2 53 71 111 209 364 499 576,4 620,8 649,93 659,8 645,6 565,6 487 516
Quantidade de ônibus dia 1 1 2 3 5 9 12 14 16 16 16 16 14 12 13
Quantidade de ônibus hora 0 0 0 0 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2
pequeno
Carro

Quantidade de Média de carro pequeno dia 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48

Quantidade de Média de carro pequeno hora 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6

TOTAL GERAL DE TRÂNSITO NO ACESSO PRINCIPAL BARÃO DE COCAIS/DIA 49 49 50 52 62 75 90 102 111 119 121 117 105 90
TOTAL GERAL DE TRÂNSITO NO ACESSO PRINCIPAL BARÃO DE COCAIS/HORA 6 6 6 7 8 9 11 13 14 14 15 14 13 11

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 172


620000 640000 660000
NOVA
MT TO
BA

FERNANDES Lagoa
(APARECIDA
Taquaraçu DF
Santa de Minas Nova GO

SOARES
! Itabira
União Bom Jesus
(
! Santa do Amparo MINAS GERAIS Nova
ES
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Bela Vista

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RJ Minas

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Sabará Caeté Cocais Oc
Belo Monlevade

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Horizonte

oA
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ROÇAS NOVAS FELIPE Raposos
SANTA LUZIA
Piracicaba
(
! (
!
!
. Santa Bárbara
Nova Lima Catas Altas
Rio Acima
Alvinópolis
SÃO BENEDITO
ANTÔNIO
(
!
RAVENA Itabirito
Ouro Preto
Mariana Barra

(
! DOS SANTOS Longa

(
!

( Portaria
!
Acesso Norte Barão
Acesso Norte Caeté
!
(
BORGES
DUAS PONTES ! Principais Acessos à Sedes
CONDOMÍNIO PENEDIA Municipais do Entorno
(
VENDA NOVA
(
! MESTRE QUINTAS !
( (
! (
!
DA SERRA GALVÃO
(
!
CAETANO Rodovia
COCAIS
POMPÉU (
!
CARVALHO (
!
DE BRITO Acesso Norte/Barão Projeto Apolo Umidade Natural
(
!
SABARÁ ( CAETÉ
7800000

7800000
!
.
!
!
. HENRICH Localidades/Referências
GRANJAS DE ROQUE
FREITAS (
! / Capital Estadual (Belo Horizonte)
"
TAQUARIL !
(! CONDOMÍNIO . Sede Municipal
(
!
CAMPRESTRE
JUCA VIEIRA Localidade
Acesso Norte/Caeté BARÃO DE
(
! (
!
RANCHO NOVO
(
!

COCAIS
/ BELO
"
HORIZONTE
!
.
MORRO Limite Municipal
VERMELHO

RAPOSOS
(
!
!
( BARRA FELIZ
!
. !
(
LOTEAMENTO NOSSA
SENHORA DO Portaria
PERPÉTUO SOCORRO SOCORRO
Norte Caeté
!
(
NOVA LIMA !
(
BRUMAL !
!
. ANDRÉ DO MATO DENTRO (
(
! (NÚCLEO PRINCIPAL)
ANDRÉ DO MATO DENTRO
( (CABURÉ)
!
HONÓRIO
BICALHO
!
(
CRUS DOS PEIXOTOS
(
!

SÃO SEBASTIÃO SANTA RITA


!DAS ÁGUAS
( !
( ( Portaria Sul
!
CLARAS

CONCEIÇÃO DO
7780000

7780000
RIO ACIMA
(
!
!
.
VALE DO SOL

RIO ACIMA
!
.

( ÁGUA LIMPA
!
620000 640000 660000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015). Limite Estadual e Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso
(AMPLO, 2019); Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Mapa Localização e Principais Acessos ao Projeto Apolo
1:180.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 26/07/2021 A3 AP_CE_PrincipaisAcessos_A3_v04
5.2.1.3 ACESSOS INTERNOS

Além das estradas existentes, os seguintes acessos estão previstos para as obras do
empreendimento:

▪ Acessos às áreas da Usina, das Estruturas de Apoio e do Dique 2B: para acessar
essas estruturas poderá ser utilizado tanto o Acesso Norte Caeté e o Acesso Norte
Barão descrito anteriormente, quanto o acesso a partir da Portaria Sul, que atravessa
a área prevista para a futura cava e pode também ser visualizado na Figura 5-3.
Nesse acesso (Acesso aos Diques) está prevista a adequação do acesso existente e
a construção de novos trechos onde a via não atender os requisitos técnicos para o
tráfego dos caminhões que transportarão os materiais e equipamentos da obra.
Ressalta-se que por esse também, é previsto o acesso às áreas destinadas para o
decapeamento inicial na cava;
▪ Acesso às áreas da PDE A e respectivo Dique 2A de contenção de sedimentos: a
pilha será provida, inicialmente de um acesso construtivo provisório com 10m de
largura e declividade longitudinal máxima de 11%, iniciando nas proximidades da
cava da mina e percorrendo o trecho que será ocupado futuramente pela pilha a fim
de evitar impactar novas áreas e otimizar a DMT. O acesso provisório é substituído
pelo acesso definitivo à medida que a pilha é formada, intercalando a largura de 7 e
30 m e declividade longitudinal máxima de 10%. Esse acesso receberá canal de
drenagem superficial e servirá para a manutenção da pilha. As bermas foram
concebidas com inclinação transversal de 5% e longitudinal de 1%, de acordo com o
projeto de drenagem superficial;
▪ Acesso à área dos Paióis de Explosivos e Acessórios: constituirá um novo trecho de
estrada a partir do acesso que se inicia na Portaria Sul descrita anteriormente;
▪ Acesso ao Ramal Ferroviário: para alcançar diferentes trechos do ramal, será
priorizada a adequação das estradas existentes (cerca de 10 km), estando prevista a
construção de novos trechos (cerca de 3,5 km) onde as vias não atendem os
requisitos técnicos para tráfego de caminhões que transportarão os materiais de obra
e equipamentos. Ressalta-se que essas estradas serão utilizadas também para
acesso ao Alojamento;
▪ Acesso às áreas dos Diques 3 e 1A de contenção de sedimentos da cava e do Ponto
de Captação PC5: em função do sequenciamento da lavra, as águas pluviais na área
da cava irão drenar para esses diques por volta dos anos 5 e 10 de lavra,
respectivamente. Por isso, essas estruturas e os respectivos acessos serão
prioritariamente construídos na etapa de operação. O trecho até o ponto de captação
de água PC5 deverá ser executado ainda durante a etapa de implantação;
▪ Acessos existentes internos a Cava: acessos existentes na região da cava serão
utilizados para a instalação dos poços profundos e do canteiro para montagem dos
equipamentos de mina. Todos esses acessos começarão no acesso que se inicia na
Portaria Sul. Conforme informado, espera-se que por volta do ano 10 da operação
essa estrutura seja remanejada conforme o avanço da lavra para uma posição

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 174


definitiva, a qual interferirá com o acesso intermunicipal existente (na Figura 5-3
mostra-se um trecho inserido na cava e que segue até a localidade de André do
Mato Dentro). É previsto, portanto, que essa movimentação da portaria seja
precedida da relocação do trecho do acesso existente para a margem da cava nessa
área, mantendo assim o acesso público.

Os principais acessos descritos anteriormente podem ser visualizados na Figura 5-3.

Ressalta-se que o acesso construtivo do ramal ferroviário será o Acesso Norte Barão, que
possuirá traçado paralelo ao traçado do ramal.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 175


630000 640000
MT TO
BA
Lagoa Taquaraçu DF
Santa Nova GO

MG262
de Minas
MG262 União Itabira
Bom Jesus
Santa do Amparo MINAS GERAIS Nova

co
ES
Luzia Era

nti
Bela Vista
ACESSO NORTE/BARÃO

t lâ
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RJ Minas

oA
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Belo Sabará Caeté Cocais Monlevade
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Raposos
Piracicaba

Santa Bárbara
Nova Lima Catas Altas

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Alvinópolis
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Itabirito Mariana Barra

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Ouro Preto

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ACESSO NORTE/CAETÉ

Co
rá Acessos Internos
ba
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os Implantação
os
R ap
Implantação e Operação
Operação
DIQUE
2B
ACESSO
AO DIQUE 2B Projeto Apolo Umidade Natural
PORTARIA NORTE CAETÉ (
!
s
so
7790000

7790000
ACESSO PDE B Portaria
po
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Ca ba Rodovia

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Sa

ár b
ACESSO PDE A PDE B Ferrovia

ara
E DIQUE 2A

PONTO DE ACESSO A USINA E


CAPTAÇÃO DIQUE
ESTRUTURAS DE APOIO Limite Municipal
PC5 2A

Parque Nacional da Serra do


Rap
os
ACESSO Gandarela
AOS DIQUES
R
io PDE A
os

Ac
im
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Ri o A ci

Caet
é
a m

CAVA

(
! PORTARIA SUL
7780000

7780000
630000 640000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Unidade Conservação (SEMA, 2020), ADA - Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Acessos de Implantação e Operação do Projeto
1:70.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 19/07/2021 A3 AP_CE_Acesso_ImplantacaoOperacao_A3_v01
5.2.1.4 TIPOS DE PAVIMENTO

Os tipos de pavimento foram definidos considerando-se a sua função, a quantidade e as


características dos veículos que os utilizarão, as condições geotécnicas e de drenagem dos
locais onde serão instalados. Essencialmente, serão adotados dois tipos de pavimento:

▪ Piso Intertravado com blocos fabricados com estéril e rejeitos;


▪ Pavimento asfáltico CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) – a ser
transportado em caminhões basculantes por empresas fornecedoras locais;
▪ Revestimento primário (material laterítico ou cascalho) – material proveniente do
decapeamento na área da cava.

O dimensionamento preliminar do pavimento asfáltico e do revestimento primário foi


realizado utilizando-se os ábacos de dimensionamento dos métodos de projeto de
pavimentos flexíveis do DNIT e DER-MG. Esses métodos preconizam que os materiais a
serem utilizados no pavimento devem ser de boa qualidade, com parâmetros geotécnicos
enquadrados nas especificações de materiais e de serviços adotadas pelos organismos
rodoviários. O estudo determina as seguintes estruturas de pavimento:

▪ Pavimento asfáltico:
− CBUQ - revestimento com espessura de 4,0 cm;
− Camada de base: solo estabilizado granulometricamente (cascalho) - espessura de
20,0 cm;
− Camada de sub-base: solo estabilizado granulometricamente (cascalho) - espessura
de 20,0 cm;

▪ Revestimento primário: solo estabilizado granulometricamente (cascalho) - espessura


de 20,0 cm nos acessos para veículos de pequeno e médio porte; e de 60,0 cm nos
acessos para caminhões fora de estrada.

Cerca de 97% das áreas a serem impermeabilizadas são acessos revestidos. Na Tabela
5-3, apresenta-se uma síntese dos tipos de pavimentos a serem utilizados e respectivas
áreas ocupadas.

Tabela 5-3: Tipos de Pavimentos


Tipo de Pavimento Área (m2)
Piso intertravado com blocos 9.327
CBUQ (4 cm de espessura) 11.172
Revestimento Primário (20 cm) 514.105
Revestimento Primário (80 cm) 183.143
Total 717.747

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 177


5.2.1.5 PROJETO GEOMÉTRICO DO SISTEMA VIÁRIO

O projeto geométrico desenvolvido para o sistema viário apresenta características técnicas


correspondendo às exigências da Classe IV-B, DNIT, nos aspectos de traçado, planimetria,
altimetria e elementos de seção transversal, com velocidade de diretriz igual a 40 km/h.

As seguintes características técnicas e dados geométricos foram adotados para a instalação


dos acessos descritos:

▪ Acesso Norte Caeté:


− Largura da plataforma: 8,40 m;
− Raio mínimo de curvatura horizontal: 30 m;
− Taludes para trechos em corte: 1(H) : 1(V);
− Taludes para trechos em aterro: 1,5(H) : 1(V);
− Rampa máxima: 10%.
▪ Acesso Norte Barão:
− Largura da plataforma: 9,0 m;
− Raio mínimo de curvatura horizontal: 30 m;
− Taludes para trechos em corte: 1(H) : 1(V);
− Taludes para trechos em aterro: 1,5(H) : 1(V);
− Rampa máxima: 12%.
▪ Acesso às áreas da PDE A e do respectivo Dique 2A de contenção de
sedimentos:
− Largura da plataforma: 10 m;
− Raio mínimo de curvatura horizontal: 30 m;
− Taludes para trechos em corte: 1(H) : 1(V);
− Taludes para trechos em aterro: 1,5(H) : 1(V);
− Rampa máxima: 11%.
▪ Acesso às áreas dos Paióis de Explosivos e Acessórios:
− Largura da plataforma: 8m
− Raio mínimo de curvatura horizontal: 30 m;
− Taludes para trechos em corte: 1(H) : 1(V);
− Taludes para trechos em aterro: 1,5(H) : 1(V);
− Rampa máxima: 10%.
▪ Acesso ao Ramal Ferroviário:
− Largura da plataforma: 8 m;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 178


− Raio mínimo de curvatura horizontal: 30 m;
− Taludes para trechos em corte: 1(H) : 1(V);
− Taludes para trechos em aterro: 1,5(H) : 1(V);
− Rampa máxima: 12%.
▪ Acesso dos Caminhões Fora de Estrada:
− Largura da plataforma: 25 m;
− Raio mínimo de curvatura horizontal: 50 m;
− Taludes para trechos em corte: 0,8(H) : 1(V);
− Taludes para trechos em aterro: 1,5(H) : 1(V);
− Rampa máxima: 10%.

5.2.1.6 VIADUTO NO ACESSO NORTE BARÃO SOBRE A FERROVIA EFVM

Ao longo do traçado do Acesso Norte Barão, especificamente na altura da estaca 337, foi
prevista a instalação de um viaduto sobre a Estrada de Ferro Vitória Minas - EFVM.

O viaduto tem como objetivo dar continuidade do Acesso Norte Barão às áreas do
empreendimento, bem como preservar os caminhos rurais existentes no entorno do futuro
ramal, assim como garantir o acesso para manutenção, aos dois lados da plataforma
ferroviária.

Figura 5-4: Viaduto sobre a EFVM (Est. 337+0,00).

Esse viaduto será executado em concreto armado, com 15 m de extensão e altura de 8 m


da plataforma da ferrovia.

5.2.1.7 PROJETO DE DRENAGEM SUPERFICIAL DOS ACESSOS

O sistema de drenagem foi projetado de modo a captar, conduzir e descarregar as águas


superficiais em lugar apropriado e seguro, disciplinando o fluxo de água superficial que aflui
aos taludes e às plataformas.

As obras de drenagem superficial compreendem a instalação de valetas de proteção de


corte e de aterro; sarjetas de proteção de banquetas e acessos; caixas coletoras; bueiros;
descidas d’água; e dissipadores de energia.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 179


As obras de arte correntes compreendem a instalação de bueiros de greide e de grota, de
modo a transpor as águas das drenagens superficiais sob as plataformas rodoviárias.

Os dispositivos de drenagem superficial padronizados pelo DNIT, a serem utilizados, estão


listados a seguir.

▪ Valetas de proteção de corte e de aterro: terão a finalidade de impedir que


as águas procedentes das encostas de montante atinjam os platôs, evitando
erosões e desestabilização dos taludes. Em regiões com altas declividades ou
com grandes vazões, estas valetas serão projetadas em degraus para
possibilitar a quebra da energia;
▪ Sarjetas triangular de corte e aterro em concreto ou escavada: serão
escavadas nas banquetas dos taludes, acessos e platôs em revestimento
primário. No caso de platôs e acessos pavimentados, serão implantadas
sarjetas em concreto;
▪ Saídas d’água: foram projetadas para permitir o esgotamento da sarjeta,
direcionando o escoamento para uma descida d’água ou para o terreno natural;
▪ Descida d’água em degrau ou tipo rápido: terão a finalidade de encaminhar
o deságue para outro dispositivo ou para o terreno natural;
▪ Bueiros tubulares: serão implantados bueiros de grota para transpor, de
forma segura, as águas de terreno natural, de um lado para outro dos acessos.
Os bueiros de greide serão implantados para conduzir as águas captadas por
dispositivos de drenagem superficial (banquetas ou acessos) para locais de
deságue seguro no terreno natural;
▪ Caixas coletoras: terão a finalidade de receber águas de valetas ou sarjetas
ou coletar água de descidas d’água;
▪ Dissipadores de Energia: serão implantados na saída de valetas, sarjetas,
redes tubulares e descidas d’água. Têm o objetivo de reduzir a velocidade do
escoamento superficial e evitar processos erosivos a jusante dos lançamentos.
Em vias de acesso fora das áreas de contribuição dos diques 1A, 2A, 2B e 3,
que têm tratamento de efluente gerado em cava e área operacional, será
projetado estrutura para decantação de sedimento posicionado ao longo das
vias de acesso;
▪ Nas extremidades das vias de acesso serão previstos lavador de rodas para
mitigar carregamento de sólidos, reduzindo assim a emissão de material
particulado.

Os desenhos 3040MA-B-00009, 3040MA-B-00010, 3040MA-B-00037, 3040MA-B-00021,


3040MA-B-00025 e 3040MA-B-00026 (Anexos do Volume 1 – (Anexo II), apresentam o
projeto de drenagem dos acessos internos da etapa de operação. Nos Desenhos 3048MA-
B-91207, 3048MA-B-91208, 3048MA-B-91209 e 3048-MA-está apresentado o sistema de
drenagem do Acesso Norte Caeté (Anexos do Volume 1 - Anexo II).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 180


Quanto ao Acesso Norte Barão, os desenhos 3048MA-B-91230, 3048MA-B-91231,
3048MA-B-91232, 3048MA-B-91233, 3048MA-B-91234, 3048MA-B-91235, 3048MA-B-
91236 e 3048MA-B-91237 (Anexos do Volume 1 - Anexo II) apresentam o seu respectivo
sistema de drenagem.

Além desses dispositivos, no acesso da instalação que se inicia na Portaria Sul e atravessa
a futura área da cava até a britagem primária e platô da oficina (Desenhos 4010MA-B-
00010, 4010MA-B-00011, 4010MA-B-00012, 4010MA-B-00013, 4010MA-B-00014, 4010MA-
B-00015, 4010MA-B-00016, 4010MA-B-00017 e 4010MA-B-00018 – Anexos do Volume 1 -
Anexo II) e no acesso aos paióis de explosivos foi previsto também:

▪ Canal coletor de drenagem: terão a finalidade de impedir que as águas


procedentes das encostas de montante atinjam as banquetas dos taludes de
corte e aterro, direcionando essas águas para sumps.
▪ Sumps: bacias escavadas em terreno natural para contenção de sedimentos
provenientes dos canais coletores. Nessas estruturas é previsto, ainda,
vertimento para dissipadores de energia. O dimensionamento dos sumps
projetados nesses acessos encontra-se descrito a seguir.
▪ Bacias de amortecimento com barreira de sedimentos: serão implantados
em pontos estratégicos do sistema de drenagem (geralmente nos pontos de
quebra de greide ou de inflexão de declividade). Promovem, por meio da
redução da velocidade de escoamento, a sedimentação dos sólidos suspensos
nas águas pluviais e a retenção dos sedimentos no paramento de geotêxtil.

5.2.1.7.1 CANAL DE DRENAGEM DO ACESSO ENTRE A CAVA E A USINA

Para conter os sedimentos a serem gerados durante a instalação e operação do acesso e


do TCLD entre Cava e Usina, será construído um canal trapezoidal paralelo ao acesso entre
a cava e a usina, o qual deverá receber e conduzir a água pluvial com sedimentos até o
Sump 2A.

Esse canal de proteção, que evitará que qualquer sedimento proveniente dessa estrutura se
deposite na região de mata primária situada a jusante da mesma, terá seção trapezoidal e
revestimento em concreto com largura de base de 1,20 altura de 1,20 e declividade de
parede de 1H:1V.

O canal deverá apresentar declividade mínima de 0,5% e nos trechos em que a declividade
de fundo exceder a 10%, deverá ser implantada em degraus, garantido o assim escoamento
torrencial no decorrer da estrutura.

O dimensionamento hidráulico foi realizado para as vazões decorrentes de precipitações de


500 anos de período de retorno, utilizando a Metodologia de Manning, admitindo o
escoamento permanente e uniforme. A Tabela 5-4 apresenta a síntese das características
do canal de drenagem no acesso entre a cava e a usina.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 181


Tabela 5-4: Síntese do dimensionamento hidráulico do canal de proteção da Mata.

Borda
Q Base Altura Decliv. Coef. de Profund. Velocidade
Canal XH:1V Livre
(m³/s) (m) Parede (m) Mínima (%) Manning (m) (m/s)
(m)

CANAL 9,60 2,00 1,20 1,5 1,5 0,015 0,96 0,24 5,07

Na fase de implantação do acesso, onde é gerada a maior quantidade de sedimentos, é


prevista também a instalação prévia de um dique em gabião. Este terá a função de conter os
sedimentos do aterro de instalação do acesso após a etapa construtiva.

Para verificação da eficiência do pequeno reservatório formado pela barreira em gabião,


consideraram-se os volumes de sedimentos provenientes da área da bacia de contribuição,
para pelo menos, 7,0 meses de armazenamento, e também, o volume de detenção (VD),
destinado a fornecer o tempo de retenção necessário para que ocorra a sedimentação das
partículas afluentes ao reservatório.

Vale ressaltar que o funcionamento desta estrutura se baseia no processo de sedimentação,


ou seja, separação pela ação da gravidade do material em suspensão, em função da vazão
afluente e velocidade de sedimentação da partícula.

Para definição do volume previsto para armazenamento dos sedimentos considerando o


período entre limpeza e uma taxa de produção média de sedimentos igual a 400 m³/ha/ano
para área do aterro e 25 m³/ha/ano para os sedimentos provenientes da bacia hidrográfica
natural, resultando em um total de 182,50 m³ a cada 7,0 meses.

O volume de detenção necessário para sedimentação das partículas foi determinado a partir
da verificação da eficiência de retenção dos reservatórios. Essa avaliação foi realizada
comparando os tempos de queda das partículas com os tempos de residência médio das
vazões referentes a um evento com tempo de retorno (TR) de 02 anos e duração de 24
horas, conforme metodologia proposta por Haan (1993).

A Tabela 5-5 apresenta os volumes característicos previstos para contenção de sedimentos


nos reservatórios da barreira em gabião.

Tabela 5-5: Volumes Característicos do Reservatório.


Cota máxima Capacidade
Área de Aporte de Volume de Período de
dos do
Estrutura Contribuição Sedimentos detenção manutenção
sedimentos reservatório
(ha) mensal (m3) (m3) (mês)
(m) (m3)
Dique em
2,44 26,10 1.393,30 510 684,0 6,70
gabião

Apresentam-se na Tabela 5-6 e na Tabela 5-7 os tempos de queda das partículas sólidas
para regimes de escoamento permanente laminar em função dos diâmetros dos grãos e o
tempo de residência da cheia de TR 02 anos e duração de 24 horas nos reservatórios das
estruturas de contenção, respectivamente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 182


Tabela 5-6: Tempo de Queda das Partículas Sólidas.
Parâmetros Sedimentométricos
Tempo de Queda das
Diâmetro dos Grãos Velocidade de Queda da Partículas (h)
Descrição
(mm) Partícula (m/s)
Areia Média 0,200 3,43E-02 0,0077
Areia Fina 0,060 3,08E-03 0,086
Silte 0,015 1,93E-04 1,39
Argila 0,001 8,57E-06 277,60

Referência: Escala Granulométrica da ABNT.

Tabela 5-7: Tempo de Residência da Cheia de TR 2 anos e Duração 24 horas.

Estrutura Áreas de Drenagem (ha) Vazão Afluente (m³/s) Tempo de Residência (h)

Dique gabião 2,44 0,009 15,7

Confrontando os resultados apresentados, verifica-se que os reservatórios apresentam


propriedades geométricas capazes de garantir a retenção dos grãos entre areia média a
silte, para diâmetros iguais ou superiores a 0,010 mm, com uma eficiência de retenção de
100%.

O Desenho 1000MA-X-01251 encontra-se nos Anexos do Volume I – (Anexo II) apresenta


planta e perfil dessa estrutura.

5.2.2 PORTARIAS

A portaria destinada ao controle de entrada e saída do Projeto Apolo, de pessoas, materiais,


insumos, equipamentos e veículos é a Portaria Norte, por onde entrarão na área do projeto
os veículos que percorrerem os acessos Norte Barão e Norte Caeté.

Eventualmente, poderá ser usada a Portaria Sul para acesso ao Projeto, utilizando-se a
estrada existente que liga área do projeto às cidades de Rio Acima e Itabirito. Esta portaria
estará localizada na ADA da futura cava. A citada estrada atravessa o PARNA Gandarela e
não passará por adequações, comportando, portanto, apenas o tráfego de veículos de
pequeno porte.

A Portaria Norte (Desenho 7030MA-A-00001 – Anexos do Volume I - Anexo II) foi projetada
para recebimento e controle da entrada e saída da mão de obra, de fornecedores, de
máquinas e equipamentos. Será composta por recepção, sala para vigilância, sanitários,
estacionamento para veículos leves e caminhões, parada de ônibus, balança rodoviária,
cancelas e catracas para controle de entrada e saída de pessoal, instalações sanitárias com
tanque de acumulação de efluente sanitário, área para geradores de energia. A instalação
atenderá as etapas de implantação e de operação do empreendimento.

A localização das citadas portarias é apresentada na Figura 5-2.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 183


5.2.3 MOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA NA IMPLANTAÇÃO

A Vale prevê que cerca de 2.600 pessoas serão contratadas durante a implantação do
projeto e que virão, prioritariamente, dos municípios vizinhos ao empreendimento (Caeté,
Santa Bárbara, Barão de Cocais, Raposos e Rio Acima). Cerca de 2100 contratados, pela
proximidade e facilidade de acessos ao projeto, realizarão deslocamentos diários em ônibus.
A proporção de mão de obra oriunda de cada município será equivalente ao porte
populacional de cada um deles. Nesse caso, Caeté será o principal fornecedor de mão de
obra, Barão de Cocais e Santa Bárbara, com porte populacional um pouco menor que o
primeiro município (mas equivalente entre si) virão a seguir. Raposos e Rio Acima terão
menor representatividade no computo geral dos contratados. O restante da mão de obra
será de trabalhadores oriundos de territórios mais distantes. Para um contingente previsto
de 480 pessoas, há previsão de alojamento na área do projeto.

A contratação de pessoal para a etapa de implantação do projeto é majoritariamente


realizada pelas empresas terceiras que serão contratadas para a execução do
empreendimento. Estas serão orientadas a promover a contratação de seus empregados
nos municípios listados, preferencialmente, de forma que a contratação de mão de obra
local como geradora de desenvolvimento territorial nas comunidades será incentivada e
esperada por parte dos parceiros da Vale.

Para prover o projeto de mão de obra qualificada oriunda dos municípios abrangidos, será
realizado levantamento de mão de obra desempregada no SINE (Sistema Nacional de
Empregos) dos municípios vizinhos, a partir da qual deverá ser estruturado um programa de
qualificação a ser operacionalizado com foco na realização de cursos voltados para as
demandas das obras. Este programa de qualificação, em princípio, objetivará à qualificação
de auxiliares de obras (construção civil, mecânica e elétrica), carpinteiros, armadores e
operadores de máquinas.

A confirmação da realização de cursos de qualificação nos municípios dependerá das


demandas do projeto e da disponibilidade de mão de obra para as atividades previstas na
implantação do projeto.

5.2.4 CONSTRUÇÃO

Foi considerado 01 turno de trabalho de segunda a sexta, com total de 44 horas/semanais.


De forma conservadora foi adotada uma carga horária fixa de 176 horas / mês para cálculo
do dimensionamento de recursos ao invés da média anual de 190hrs/mês.

O prazo para execução das obras considerando todas as perdas em função do período
chuvoso / demais improdutividades é de 39 + 1 mês de Start Up (exceto testes operação
assistida).

Foram admitidas no mínimo as seguintes perdas:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 184


▪ Improdutividades em decorrências das rotinas diárias de segurança /
deslocamentos para as frentes de obra e início efetivo dos serviços. Para estes
casos foram consideradas no mínimo as seguintes perdas:
Total / Total /
REGIME DE TRABALHO Entrada Almoço Saída
Dia Semana
Segunda a Quinta 07:30 12:00 13:00 17:30 09:00 36:00:00
Sexta 07:30 12:00 13:00 16:30 08:00 8:00:00
PERDAS- Segunda a Quinta 00:30 01:00 00:30 02:00 8:00:00
PERDAS- Sexta 00:30 01:00 00:30 02:00 2:00:00
TOTAL TRABALHADAS 34:00:00

▪ As perdas acima são fixas e aplicáveis às atividades de obras civis em


concreto/terraplenagem/montagem eletromecânica independente dos índices
de produtividades adotados, visto que qualquer incremento de recursos no
regime normal de trabalho considerados requer um estudo mais aprofundado
em relação às taxas de ocupação.
▪ Foram aplicados os calendários “Período chuvoso” e “Perdas padrão”.
▪ A taxa de ocupação utilizada pela Vale, foi conservadora o máximo aplicável é
20m²/homem de área de trabalho horizontal projetada.
▪ Não foi levado em consideração o cenário atual de pandemia.

Por meio do carregamento de recursos foram gerados os histogramas de mão de obra, onde
o maior volume ocorrerá entre o primeiro e o segundo ano de obra, sendo que o pico de
mão de obra é de aproximadamente 2.600 colaboradores.

Não foi aplicado o nivelamento de recursos visto que implicaria numa análise de folga total
ou mudança no plano de ataque apresentado no cronograma. Também não foi feito cálculo
para verificação da super alocação de recursos. Dessa forma, esses procedimentos serão
realizados em uma próxima etapa, de forma a não haver uma diferenciação muito grande na
alocação de recursos entre os meses, incluindo a utilização do calendário de chuvas que
impactam sobremaneira nas obras de infraestrutura.

Para cálculo da Mão de Obra Indireta, foi considerado um percentual de 20% sobre a mão
de obra direta.

O histograma de mão de obra por categoria é apresentado no gráfico a seguir.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 185


MÃO DE OBRA DIRETA / INDIRETA - GERAL
Mão de Obra Direta Mão de Obra Indireta TOTAL GERAL

3000

2560

2500
2393 2383
2336

2133 2149
2101
2052 2045
1994 1986
2000 1931 1947
1838 1829
1776 1791
1751
1710 1704 1711
1606 1609
1532 1524
1480
1500 1426
1338

1141
1046
1000 928951 905
872 859
844
773 754 773
716 732
703
644 628
610 612 610
559 565
514 510508 510 530 523
466 471 473
500 428 425 427 422 422
399 389 397 394
352 358 350 342 341 343
296 322 306 305 285
268 286
190 185
155 151 129 141 174 143 154 163 148
150136
125
122 105 123 100
120
86 85 102 70 93 102 88 94 79 7691
57 31
25530 25 27 25 20 15 32638
0
Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41

Gráfico 5-1: Histograma de MOD/MOI-do Empreendimento

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 186


A respeito da mão de obra a ser contratada, estima-se que 83% será composto por
operários da construção civil e da montagem eletromecânica (servente, pedreiro, ajudante,
armador, carpinteiro, encarregado, bombeiro hidráulico, encanador, eletricista, mecânico
montador, maçariqueiro, marteleiro, motorista de veículos leves e pesados, operador de
equipamentos, soldador e outros) e 17% serão técnicos de nível superior (engenheiro civil,
mecânico, eletricista e técnicos de segurança do trabalho, meio ambiente, edificações,
estrada, e outros) e médio, e pessoal administrativo.

Quanto ao nível de escolaridade é esperado que 83% do pessoal tenha primeiro grau
completo ou incompleto (ensino fundamental), 15%, tenha segundo grau ou curso de
formação profissional completo (ensino médio) e 2% tenha nível superior (Gráfico 5-2).

Gráfico 5-2: Nível de escolaridade da mão de obra na Etapa de implantação.

Está sendo prevista a contratação do maior número possível de trabalhadores nos


municípios vizinhos, visando o aproveitamento e incorporação da mão de obra disponível na
região. Toda a contratação será realizada pelas empresas responsáveis pela instalação do
empreendimento.

5.2.5 MOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS NA INSTALAÇÃO

Os equipamentos previstos para a etapa de implantação do empreendimento estão listados


na Tabela 5-8.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 187


Tabela 5-8: Equipamentos previstos para a etapa de implantação
Cronograma Ano 1 Ano 2 Ano 3
Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
Equipamentos Mês 1 Mês 2 Mês 3M Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Mês 13 Mês 16 Mês 23 Mês 24 Mês 25
8 14 15 17 18 19 20 21 22
1 EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS 23 405 418 493 1295 1186 1096 1128 1050 1024 947 2 2 2 2 4 519 520 504 445 346 355 257 93 115

2 TERRAPL/OBRAS CIVIS/DREN/PAVIM 23 405 418 493 1295 1186 1096 1128 1050 1024 946 1 1 1 1 1 514 514 491 422 311 307 174 1 1

3 CAMINHÃO PIPA - SPRINKLER TRUCK 22 28 26 30 29 27 28 25 25 24 21 17 17 11

CAMINHÃO BASCULANTE - DUMP


4 14 235 242 285 329 284 261 267 247 242 221 113 113 107 93 68 66 37
TRUCK

5 CAMINHÃO BETONEIRA CAP 10 m3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 CAMINHÃO CARROCERIA 15 T - 170KW 2 30 31 36 4 1

CAMINHÃO TIPO MUNCK - TRUCK


7 1 1 1 1 1 1 1 1 1
LOADING CRANE

8 CARREGADEIRA DE PNEUS 8 136 140 165 96 76 70 71 66 65 59 30 30 29 25 18 18 10

9 COMPRESSOR 750 PCM 322 298 276 281 261 256 234 119 119 113 98 72 70 39

ESCAVADEIRA HIDRÁULICA -
10 82 76 70 71 66 65 59 30 30 29 25 18 18 10
HYDRAULIC EXCAVATOR
11 MOTONIVELADORA - MOTOR GRADER 46 45 43 47 44 43 41 28 28 27 22 16 16 10

12 MOTOSSERRA GASOLINA 1 4 4 4 1 1
PERFURATRIZ SOBRE ESTEIRAS -
13 322 298 276 281 261 256 234 119 119 113 98 72 70 39
CRAWLER DRILL
14 ROLO COMPACTADOR - COMPACTOR 24 31 29 31 29 28 28 25 25 24 20 17 17 11
ROLO COMPACTADOR DE PNEUS
15 1 1 1 1 1
AUTOPROPELIDO 21 T - 97 KW
TRATOR AGRÍCOLA COM GRADE -
16 12 15 14 16 15 14 15 13 13 12 11 9 9 6
TRACTOR WITH DISC PLOUGH

17 TRATOR DE ESTEIRA - BULLDOZER 1 4 4 4 43 39 36 37 35 34 31 16 16 15 13 10 10 6

18 MONTAGEM 1 1 1 1 3 5 6 13 23 35 48 83 92 114
CAMINHÃO TIPO MUNCK - TRUCK
19 1 1 1 1 1 2 2 3 3 3 4 4 4 5
LOADING CRANE
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
20 1 1 1 1 1 2 2 5 8 12 16 27 31 38
CRANE - 025 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
21 1 1 1 1 1 2 2 5 8 12 16 28 31 38
CRANE - 030 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
22 1 1 1 3 6 9 13 25 27 34
CRANE - 090 TON

Continua...

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 188


Continuação
Cronograma Ano 3 Ano 4

Equipamentos Mês 26 Mês 27 Mês 28 Mês 29 Mês 30 Mês 31 Mês 32 Mês 33 Mês 34 Mês 35 Mês 36 Mês 37 Mês 38 Mês 39 Mês 40 Mês 41

1 EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS 81 57 61 248 203 84 35 25 17 4 1 1 1 1 1 1

2 TERRAPL/OBRAS CIVIS/DREN/PAVIM 1 1 1 192 155 30 2 1 1 1 1 1 1 1 1

3 CAMINHÃO PIPA - SPRINKLER TRUCK 10

4 CAMINHÃO BASCULANTE - DUMP TRUCK 43 35 8 1


1
5 CAMINHÃO BETONEIRA CAP 10 m3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

6 CAMINHÃO CARROCERIA 15 T - 170KW


CAMINHÃO TIPO MUNCK - TRUCK LOADING
7 1
CRANE
8 CARREGADEIRA DE PNEUS 12 10 2 1

9 COMPRESSOR 750 PCM 45 37 8 1


ESCAVADEIRA HIDRÁULICA - HYDRAULIC
10 12 10 2 1
EXCAVATOR
11 MOTONIVELADORA - MOTOR GRADER 9 7 2 1

12 MOTOSSERRA GASOLINA
PERFURATRIZ SOBRE ESTEIRAS -
13 45 37 8 1
CRAWLER DRILL
14 ROLO COMPACTADOR - COMPACTOR 10 8
ROLO COMPACTADOR DE PNEUS
15
AUTOPROPELIDO 21 T - 97 KW
TRATOR AGRÍCOLA COM GRADE -
16 5 4
TRACTOR WITH DISC PLOUGH
17 TRATOR DE ESTEIRA - BULLDOZER 6 5 2 1

18 MONTAGEM 80 56 60 56 48 54 33 24 16 3
CAMINHÃO TIPO MUNCK - TRUCK LOADING
19 2 1 1 1 1 3 3 3 2 1
CRANE
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
20 27 19 20 19 16 18 11 9 6 1
CRANE - 025 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
21 27 19 21 20 17 18 11 8 5 1
CRANE - 030 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
22 25 18 20 19 16 16 9 6 5 1
CRANE - 090 TON

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 189


5.2.6 INSUMOS NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

Os insumos demandados na etapa de implantação se constituem nos materiais utilizados


nas obras civis, águas bruta e potável, energia e combustível. A seguir, encontram-se
descritos cada um desses insumos.

5.2.6.1 MATERIAIS PARA AS OBRAS

Em relação aos materiais para as obras, a instalação do projeto demandará o fornecimento


por terceiros dos seguintes materiais: areia, brita, concreto, material de construção civil, aço,
tinta, madeira, etc. Será priorizada a aquisição de areia e brita na região, além de material
de escritório capazes de serem fornecidos por empresas locais.

A Tabela 5-9 apresenta os principais insumos para as obras de implantação.

Tabela 5-9: Estimativa dos materiais e insumos previstos para a etapa de implantação.
Forma de
Materiais e Insumos Quant. Unid. Origem Transporte
Acondicionamento
Aço para concreto 2.500 t Brasil Rodoviário Carga seca
Estruturas Metálicas 1.911 t Brasil Rodoviário Carga seca
Areia 12.000 m³ Brasil Rodoviário Carga seca
Brita / Pedra de Mão 101.052 m³ Brasil Rodoviário Carga seca
Tinta 10.000 m³ Brasil Rodoviário Tambor / galão
CBUQ 3.000 t Brasil Rodoviário Carga seca
Caminhão Tanque
Óleo Diesel 3.300 m³/ano Brasil Rodoviário
Petroleiro
Cabos de energia 350.855 m Brasil Rodoviário Carga seca
Tubulação 270 t Brasil Rodoviário Carga seca

5.2.6.2 CONCRETO

Está prevista a instalação de duas Centrais de Concreto com capacidade de 30 m³/h para
atender ao pico de consumo de 1.333 m³. Para chegar-se a esta capacidade considerou-se
aproximadamente 190 h/mês de trabalho (22 dias/mês e 8,8 h/dia) e um fator de eficiência
de 70%. O consumo estimado de água é de aproximadamente 0,30 m³ para cada m³ de
concreto, ou seja, estima-se o consumo total de aproximadamente 5.693m³ de água (18.976
m³ de concreto x 0,30 m³ de água/m³ de concreto).

Conforme pode ser observado nos Desenhos 4040MA-A-00001 e 4040MA-A-00005 (Anexos


ao Volume I - Anexo II), as Centrais de Concreto serão alocadas no canteiro central da
infraestrutura e no canteiro avançado de obras civis. Cada central será composta por
banheiro químico, gerador, caixa d’água, DIR (Depósito Intermediário de Resíduos), área de
estoque de insumos, área de dosagem dos insumos no caminhão betoneira e área de
lavagem de caminhão betoneira munida de caixa coletora dos efluentes e resíduos e
escritório.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 190


Para preparação de concreto será empregada uma central dosadora que realizará a
dosagem dos insumos do concreto no balão do caminhão betoneira, onde a mistura será
efetivada e transportada até os pontos de consumo nas frentes de trabalho.

As instalações para armazenamento de insumos na central de concreto serão constituídas


basicamente de baias para depósito de areia e brita e silo para depósito de cimento.

Em função das características de algumas frentes de obra, será necessária a utilização de


caminhões com sistema de lançamento de concreto bombeado e/ou estacionário. Este
último constitui-se em um sistema utilizado quando o acesso de equipamentos ao local da
obra é limitado e para seu funcionamento é feita a instalação de uma tubulação fixa para o
transporte do concreto a partir da bomba até o local de utilização.

Os caminhões betoneiras serão lavados a cada nova mistura para garantir a qualidade do
concreto a ser produzido e para retirar o acúmulo de incrustações na superfície interna do
balão. Para conter a água de lavagem e os resíduos (lastro), será construída uma bacia de
decantação. A limpeza dessa bacia será realizada periodicamente, sendo os resíduos
destinados para a área da ADME 3 e o efluente será reutilizado na produção do concreto ou
na aspersão das vias. Estima-se que o lastro gerado seja de 1,0 a 2,0% do volume total
preparado, ou seja, cerca de 250 a 500m³ de resíduos sólidos de concreto.

5.2.6.3 CBUQ (CONCRETO BETUMINOSO USINADO À QUENTE)

O revestimento com CBUQ está previsto na área compreendida entre a portaria Norte e os
platôs da usina, administrativos e das oficinas. O CBUQ será fornecido por empresas
terceirizadas em caminhões basculantes apropriados.

5.2.6.4 COMBUSTÍVEL NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

Para abastecimento da frota de equipamentos leves e pesados durante a etapa de


implantação está prevista a instalação de dois postos provisórios de combustível, a saber:

▪ 1 posto com tanque de 15m3 localizado próximo ao Canteiro Central de


Infraestrutura para uso durante a terraplenagem e instalação da usina,
instalações de apoio, acessos, diques e sumps de contenção de finos, entre
outros;
▪ 1 posto com tanque de 15m3 localizado no Canteiro do Ramal Ferroviário para
atender a obra de construção do ramal ferroviário e seus acessos.

A localização desses postos pode ser observada no Desenho 0000MA-L-00928 (Plano


Diretor Implantação - Anexo ao Volume I - Anexo I). Serão do tipo Módulo de Abastecimento
de Combustível, composto por tanque de armazenamento de 15 m³ em bacia de contenção,
que garante 110% do volume do tanque em caso de vazamento, e skid que se constitui nos
equipamentos do sistema de bombeamento de combustíveis instalados sobre plataforma
metálica que contém eventuais vazamentos.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 191


Também é prevista uma área para abastecimento dos veículos e equipamentos, provida de
canaletas no seu entorno, direcionadas para um SAO (caixa separadora de água e óleo)
para conter os efluentes gerados. Essa área será coberta para minimizar a incidência de
águas pluviais durante a operação do posto.

Para abastecer as máquinas que possuem rigidez de movimentação (guindastes,


escavadeiras, geradores das torres de iluminação) é previsto o uso de caminhão tanque
com capacidade entre 5.000 e 10.000 litros, os quais serão abastecidos nesses postos
temporários.

5.2.6.5 ÁGUA BRUTA E ÁGUA POTÁVEL NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

Para o Projeto Apolo Umidade Natural foi previsto, no pico da etapa de implantação, a
demanda de 93,2 m³/h de água bruta que será captada no córrego Cachoeira (captação
superficial) e em dois poços profundos (captações subterrâneas). As localizações dos poços
e do ponto de captação no córrego Cachoeira podem ser observadas no Plano Diretor da
Etapa de Operação (Desenho 0000MA-L-00927, Anexo ao Volume I - Anexo I).
A demanda de água tem os seguintes usos previstos: compactação de aterro, umectação
das vias de acesso e nas obras civis para a cura de concreto (60 m3/h); alimentação das
Estações de Tratamento de Água – ETA (capacidade conjunta de 15,5 m3/h); para serviços
dos canteiros (17,7 m³/h) e reserva para combate a incêndio.
A Tabela 5-10 relaciona os pontos de captação ao volume de água que será captado para
atender a Etapa de implantação.

Tabela 5-10: Estimativas de demanda de água na Etapa de implantação.

Coordenadas Demanda
Ponto
X Y (m³/h)
PC 5 (Córrego Cachoeira) 636.328 7.787.362 39,6
Poço 3 638.353 7.784.990
53,6
Poço 7 638.905 7.786.357

Nota: As vazões de cada poço poderão variar de 10 a 40 m3/h.

A figura a seguir apresenta o balanço hídrico da etapa de implantação.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 192


Fonte: Vale S.A

Figura 5-5: Balanço Hídrico da Etapa de Implantação

Cada um dos 3 pontos de captação será interligado a um reservatório de água bruta (pond)
por linhas adutoras. Esses reservatórios se constituirão em tanques escavados no solo
providos de revestimento com manta de PEAD para garantir a impermeabilização do
terreno.

Esses ponds terão chuveiros instalados de modo a possibilitar a alimentação eficiente de


caminhões pipa que irão atender as demandas de água nas atividades de terraplenagem
(compactação dos aterros), obras civis (produção e cura do concreto) e aspersão de vias,
além de alimentar as Estações de Tratamento de Água - ETA.

Para fornecimento de água potável na etapa de implantação, está prevista a implantação


das seguintes Estações de Tratamento de Água – ETA do tipo compacta:

▪ ETA no Alojamento;
▪ ETA Mina definitiva da operação. Ressalta-se que essa ETA terá maior
capacidade de tratamento de água na etapa de implantação em função do
maior número de empregados nessa fase. Quando da etapa de operação, essa
ETA será adequada por meio da redução do número de módulos que a
compõem. A localização dessa ETA pode ser observada no Plano Diretor
(Desenho 0000MA-L-00927 – Anexo ao Volume I - Anexo I).

A Tabela 5-11 apresenta a relação das referidas ETA e as edificações que serão atendidas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 193


Tabela 5-11: Edificações atendidas pelas ETA da etapa de implantação.
Capacidade de
Edificações Atendidas ETA
Tratamento (m3/h)
Cozinha Central;
Escritório Central Vale;
Área de Estocagem de equipamentos da Usina;
Área de Estocagem de equipamentos do Acesso Norte-Caeté;
Canteiro da Terraplenagem;
Canteiro das Obras Civis;
Central de Concreto;
Canteiro da Montagem Eletromecânica; ETA Central Mina
Canteiro do Posto Definitivo; 10,5
(definitiva)
Canteiro da SE Principal;
Canteiro Pequenos empreiteiros;
Portaria Norte-Caeté provisória e definitiva.
Área de Montagem e Estoque de Equipamentos de Lavra;
Portaria Sul;
Canteiro da PDE A;
Guarita dos paióis de explosivos/acessórios.
Alojamento; ETA do Alojamento 5,0
Canteiro da Ferrovia. (temporária)

A água tratada nas ETAs será armazenada em reservatórios elevados do tipo taça e a partir
desses, redes de distribuição e/ou caminhões pipa suprirão os pontos consumidores.

Ressalta-se que as ETAs estarão de acordo com o padrão ABNT - NBR 12.216/1992 e
conforme a Resolução CONAMA 357/2005 do Ministério do Meio Ambiente e Portaria n°
2.914/2014 do Ministério da Saúde. Visto que a água proveniente dos poços será tratada
para torná-la potável, o método a ser utilizado para tratamento da água compõe-se das
seguintes etapas: filtração e desinfecção.

O lodo que se formará durante o tratamento da água será descartado manualmente e


acondicionado em geobags para desaguamento. Quando o bag estiver cheio, o lodo seco
será removido e armazenado em tambores no DIR, de onde será coletado por empresa
especializada que fará seu transporte até um aterro sanitário licenciado da região. A água
drenada do geobag será enviada para novo tratamento nas ETAs Compactas.

5.2.6.6 ENERGIA ELÉTRICA

A demanda necessária de energia para a obra será de até 4 MW. A energia elétrica será
fornecida por geradores a diesel que serão instalados junto às estruturas de apoio
(canteiros, alojamentos, áreas de montagem e estocagem de materiais, insumos e
equipamentos) e frentes de obra. Com a conclusão da instalação da rede de energia
elétrica, alguns desses geradores poderão ser desmobilizados e mantidos como reserva
para os casos de queda de energia.

A energia elétrica do empreendimento será fornecida pela linha de transmissão (LT) de 138
kV da CEMIG, com extensão aproximada de 22 km, que ligará a subestação elétrica SE-

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 194


Taquaril (existente) à Subestação Principal do empreendimento. Ressalta-se que tanto o
licenciamento quanto a instalação dessa LT ocorrerão sob responsabilidade da CEMIG. A
partir da Subestação Principal, a energia será distribuída para as subestações secundárias
locadas junto às estruturas operacionais.

A Subestação Principal será do tipo isolada a ar e composta de um transformador 138-34,5


kV e com espaço para um segundo transformador de mesma potência.

As subestações secundárias receberão a energia em 13,8 kV através de rede de


distribuição e, posteriormente, rebaixadas para as tensões apropriadas ao consumo dos
equipamentos. Essas SE poderão ser do tipo eletrocentro ou em concreto. A Tabela 5-12
apresenta a lista das subestações secundárias previstas no projeto, considerando as
respectivas áreas a serem atendidos, os tipos de estrutura e as alimentações previstas.

Tabela 5-12: Subestações Secundárias previstas para o Projeto Apolo.


Potência Total Instalada
TAG SE DESCRIÇÃO (Σ das Potências dos
Trafos) (KVA)
SE-1065MA-01 Subestação do Apoio Industrial da Mina 1.500
SE-2025MA-01 Subestação da Britagem Primária / Secundária 3.500
SE-2035MA-01 Subestações do TCLD 1.000
SE-2035MA-02 Subestações do TCLD 1.000
SE-2035MA-03 Subestações do TCLD 2.000
SE-2035MA-04 Subestações do TCLD 2.000
SE-2045MA-01 Subestação da Britagem Terciária e Peneiramento 5.000
SE-2625MA-01 Subestação da Estocagem / Expedição / Carregamento 2.500
SE-6025MA-01 Subestação do Apoio Industrial e Administrativo 2.000
SE-5035MA-01 Subestações da Captação de Água Bruta – Skid Poço 2 225
SE-5035MA-02 Subestações da Captação de Água Bruta – Skid Poço 3 225
SE-5035MA-03 Subestações da Captação de Água Bruta – Skid Poço 4 225
SE-5035MA-04 Subestações da Captação de Água Bruta – Skid Poço 7 225
Subestações Futuras
SE-2025MA-02 Subestação da Britagem Primária e Secundária 3.500
SE-2035MA-05 Subestações do TCLD 2.000
SE-2025MA-02 Subestações do TCLD 2.000
Subestação Provisória
SE-4035MA-01 Subestações da Captação de Água Bruta – Skid PC5 150

No Plano Diretor da Operação (Desenho 0000MA-L-00927, Anexo ao Volume 1 - Anexo I)


podem ser observadas as localizações da subestação principal e das subestações
secundárias.

As redes de distribuição aérea serão do tipo compacta protegida, configuração “Spacer


Cable”, tensão nominal trifásica 34,5 kV - RDP-34,5kV, com cabo de alumínio coberto classe
35 kV apropriado para ambientes agressivos de mineração (com semicondutora interna e
espessura mínima da cobertura de 8,0 mm), com espaçadores e isoladores poliméricos,
cabo mensageiro em aço HS, postes de concreto duplo T e estruturas com tensão
suportável de impulso (NBI) maior que 350 kV. Os equipamentos para as RDPs-34,5kV,
transformadores de distribuição e chaves seccionadoras tripolares serão do tipo para
instalação em poste.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 195


5.2.7 INFRAESTRUTURA DE APOIO À IMPLANTAÇÃO

Para apoiar as atividades de implantação do Projeto Apolo, estão previstas edificações que
abrigarão as equipes da empresa gerenciadora de obras, da Vale e das empresas
contratadas para as obras:

▪ Acessos, descritos no item 5.2.1;


▪ Portarias, descritas no Item 5.2.2;
▪ Centrais de Concreto, descrita no item 5.2.6.2;
▪ Postos de Combustíveis, descritos no item 5.2.6.4;
▪ Sistema de captação e distribuição de água bruta e potável (ETA), descritos no
Item 5.2.6.5;
▪ Sistema de fornecimento de energia elétrica, descrito no Item 5.2.6.6;
▪ Canteiros de Obras, descrito no Item 5.2.7.1;
▪ Áreas para estocagem de insumos e equipamentos utilizados na instalação das
estruturas, descrito no Item 5.2.7.2;
▪ Alojamento, descrito no Item 5.2.7.3;
▪ Escritório Central/Centro de Treinamento, descrito no Item 5.2.7.4.1;
▪ Restaurante central (Refeitório e Cozinha), descrito no Item 3.2.7.4.4;
▪ Ambulatório, descrito no Item 5.2.7.4.2;
▪ Brigada de Incêndio, descrito no Item 5.2.7.4.2;
▪ Paióis de Explosivos e Acessórios, descrito no Item 5.2.7.5;
▪ Torres de Telecomunicação, descrito no Item 5.2.7.6;
▪ Instalações dos Sistemas de Controle Ambiental, descrito no Item 5.2.15.

5.2.7.1 CANTEIROS DE OBRAS

As áreas de canteiros de obras destinam-se ao trabalho das equipes das empreiteiras que
executarão os serviços de instalação do empreendimento. Está sendo prevista a instalação
dos canteiros de obras relacionados a seguir.

▪ Canteiro Central de Infraestrutura e Vale/Gerenciadora de Obra alocado em


região próxima a mina (Figura 5-6).
▪ Canteiro Central de Montagem Eletromecânica, Central de Obras Civis e
Avançado de Infraestrutura será alocado na área do futuro pátio de produtos,
próxima a área da usina. Anexo ao referido canteiro é previsto o refeitório para
atender a demanda na frente de serviço próximo a usina e pera ferroviária
(Figura 5-7).
▪ Canteiro avançado de montagem eletromecânica, a ser alocado em área
próxima a futura britagem primária (Figura 5-8).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 196


▪ Canteiro avançado de obras civis, a ser alocado em área próxima a futura
oficina de equipamentos de mina (Figura 5-9).
▪ Canteiro de apoio à instalação do Ramal Ferroviário (Figura 5-10).
▪ Canteiro de Obras para apoio as atividades de pequeno porte temporárias
(pequenos empreiteiros) (Figura 5-11)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 197


Figura 5-6: Layout Canteiro Central de Infraestrutura

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 198


Figura 5-7: Layout Canteiro Avançado de Montagem Eletromecânica

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 199


Figura 5-8: Layout Canteiro Avançado de Montagem Eletromecânica

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 200


Figura 5-9: Layout Canteiro Avançado de Obras Civis

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 201


Figura 5-10: Layout Canteiro Ferrovia

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 202


Figura 5-11: Layout Canteiro Pequenos Empreiteiros.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 203


5.2.7.2 ÁREAS PARA ESTOCAGEM DE INSUMOS E EQUIPAMENTOS

Na etapa de implantação estão previstas também as seguintes áreas de apoio às obras:

▪ Área para estocagem de insumos a serem utilizados na preparação da base


da PDE A (brita, areia, pedra de mão entre outros), situada a nordeste da ADA
dessa pilha, conforme pode ser visualizado no Plano Diretor (Desenho
0000MA-L-00928 – Anexo ao Volume 1- Anexo I);
▪ Área para apoio à montagem dos Equipamentos de Lavra: A referida área
será composta por áreas de estoque de peças dos equipamentos de lavra,
pátio para montagem de equipamentos e estruturas de controle ambiental
como Separador de Água e Óleo (SAO), banheiros químicos e Depósito
intermediário de resíduos (DIR). A localização da área pode ser visualizada no
arranjo que consta no Desenho 0000MA-L-00928 – Anexo do Volume 1 -
Anexo I).
▪ Área para estocagem de equipamentos da Usina de Beneficiamento: Neste
local estão previstas áreas para pré-montagem e estocagem dos equipamentos
de beneficiamento, estacionamento para carretas, escritório em container para
equipe administrativa/ logística, tanque de água potável, banheiro químico,
energia provida por gerador e DIR (Depósito Intermediário de Resíduos),
conforme pode ser observado no layout dessa estrutura.

5.2.7.3 ALOJAMENTO

O alojamento terá capacidade para acomodar até 480 colaboradores das obras de
implantação. Seu arranjo pode ser visualizado na Figura 5-12.

Os efluentes sanitários gerados no alojamento serão direcionados para a Estação de


tratamento de efluentes - ETE do próprio Alojamento. Os resíduos serão acondicionados de
maneira segregada nos Depósito Intermediário de Resíduos – DIR do alojamento e,
periodicamente, seguirão para a Central de Materiais Descartáveis – CMD do
empreendimento.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 204


Figura 5-12: Layout Alojamento

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 205


5.2.7.4 INSTALAÇÕES DE APOIO

Nos Platôs Administrativos próximos da usina de beneficiamento, serão construídas


instalações a serem utilizadas como apoio na etapa de implantação e que serão mantidas
também para a operação.

Essas estruturas, caracterizadas a seguir, serão utilizadas principalmente pelas equipes da


Vale e da Empresa Gerenciadora das Obras desde a etapa de construção do
empreendimento.

5.2.7.4.1 ESCRITÓRIO E CENTRO DE TREINAMENTO

O Escritório, abrigará o pessoal de administração de apoio às obras. Serão previstas salas


para gerenciadoras, escritórios, sala multiuso, salas de apoio, salas de reunião,
estacionamento para veículos leves e ônibus, instalações hidrossanitárias completas, copa e
guarita.

Na área para treinamentos, contida na mesma edificação, estão previstos auditórios, copa e
instalações sanitárias. Nessa área são previstas, ainda, instalações para o pessoal ligado a
segurança do trabalho, composta por salas de apoio, depósito, copa e instalações
sanitárias.

Os resíduos gerados nessas instalações serão armazenados temporariamente no DIR do


Canteiro Central de Montagem Eletromecânica e Obras Civis e Canteiro Avançado de
Infraestrutura.

Os efluentes sanitários gerados nessa estrutura serão coletados em um tanque de


acumulação de efluentes sanitários, de onde serão coletados por caminhão sugador e
transportados até as estações de tratamento de efluentes – ETEs previstas para atender a
etapa de implantação do empreendimento, até que a conclusão da instalação da rede de
esgoto definitiva seja finalizada, quando esses efluentes serão encaminhados por meio de
tubulações, por gravidade, até a ETE que atenderá a etapa operacional.

No Desenho 7020MA-A-00001 (Anexos do Volume 1 - Anexo III) pode ser observado o


arranjo do Escritório Central.

5.2.7.4.2 AMBULATÓRIO E BRIGADA DE INCÊNDIO

O ambulatório atenderá os empregados Vale, da Empresa Gerenciadora das Obras e das


empreiteiras envolvidos na montagem das estruturas próxima da usina e do ramal
ferroviário, visando o atendimento aos primeiros socorros e ambulatorial de emergência.

Ressalta-se que os demais empregados, envolvidas nas obras do TCLD, PDE A e de mina
serão atendidos pelos ambulatórios dos canteiros de obras.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 206


Os espaços previstos no Ambulatório são área de espera, enfermagem/farmácia,
emergência/higienização, instalações sanitárias para pacientes e visitantes, suporte TI,
consultório, serviço social, copa e vestiários para funcionários e depósito de materiais de
limpeza.

Os resíduos de serviço de saúde gerados no ambulatório, como gesso, luva, esparadrapo,


algodão, gazes, compressas, serão acondicionados em bombonas no ambulatório e
destinados diretamente para empresa especializada em decomposição térmica.

A brigada de incêndio será um prédio interligado ao ambulatório através da cobertura


destinada ao abrigo da ambulância e do caminhão de bombeiro, contendo: sala para
treinamento, almoxarifado e área para estoque de extintores, equipamentos e acessórios
para combate a incêndio. Os resíduos gerados na brigada serão armazenados
temporariamente em DIR.

Os efluentes sanitários gerados nesses prédios serão coletados e destinados da mesma


forma citada anteriormente para as demais instalações de apoio situadas nesse platô.

No Desenho 7040MA-A-00001 (Anexos do Volume 1 - Anexo III) pode ser observado o


arranjo do Ambulatório e da Brigada de Incêndio.

5.2.7.4.3 TERMINAL RODOVIÁRIO

Localizado no conjunto do núcleo administrativo da usina, a rodoviária terá a função de


receber e fazer o controle de acesso dos trabalhadores envolvidos na obra até a área do
empreendimento. A partir deste terminal haverá o transporte complementar para os
canteiros e frentes de obra.

A área contará com uma grande cobertura para estacionamento dos ônibus e vans, onde
será feito o embarque e desembarque de passageiros. Para isto estão previstas 05 vagas
de ônibus e 04 vagas de vans.

A cobertura será em estrutura metálica modular com fechamento em lona de PVC,


constituindo uma área de 680,10m². A construção desta edificação está prevista para fase
de implantação do empreendimento, para apoio durante a obra.

5.2.7.4.4 RESTAURANTE CENTRAL

O prédio do Restaurante destina-se ao preparo e distribuição das refeições para os


funcionários do empreendimento, terceiros e visitantes. Foi dividido em duas áreas: uma
área para o salão de refeições (refeitório), com capacidade para 32 lugares e a outra área
para cozinha e serviços de higienização de louças e alimentos. Para atendimento ao
contingente total da implantação, os refeitórios dos demais canteiros serão também
utilizados.

Também estão previstas instalações sanitárias e lavatórios para os usuários do restaurante.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 207


Na parte destinada à cozinha existirá central de cocção, preparo de carnes, cereais,
verduras e tubérculos, massas e sobremesas e área para preparo de lanches, forneados e
café para expedição.

Na parte destinada aos serviços existirão áreas para higienização e guarda de louças,
higienização de panelas e vasilhas, recebimento, lavagem de alimentos, depósito de caixas,
despensa, câmaras frias para carnes, laticínios e hortifruti e antecâmara.

Existirão ainda depósito para produtos químicos, depósito para material de limpeza, lixo
climatizado, sala de equipamentos, sala elétrica, sala para nutricionista e administração e
vestiários para os funcionários.

Serão preparadas até 192 refeições no horário de almoço para serem servidas no refeitório.
No restaurante também serão preparados e entregues 527 lanches diários para o pessoal
de turno.

Externa ao prédio, haverá doca para carga e descarga que facilitará o recebimento de
produtos.

Além das áreas de cozinha estão previstas também sala de nutricionista, lixo, depósito de
caixas, depósito de material de limpeza, depósito de GLP e DIR tipo caçambas.

Na saída do refeitório haverá a área de convivência, que destina-se ao descanso e convívio


dos funcionários após os horários de refeição. Sua estrutura contará com cadeiras, televisão
e mesas.

No Desenho 7050MA-A-00001, pode ser observado o arranjo do Restaurante (Anexos do


Volume 1 - Anexo III), pois essa estrutura atenderá em formato ampliado a etapa de
implantação e depois será adequada para o atendimento aos empregados da operação.

Como já foi descrito anteriormente também, o efluente do restaurante será direcionado por
gravidade para a ETE nessa fase de operação.

5.2.7.5 PAIÓIS DE EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS

A preparação de mina consiste na retirada da cobertura de rochas e solos para liberação do


minério, além da abertura dos acessos, o que demandará, onde apresentar solos e rochas
com maior resistência, o emprego do método de desmonte com o uso de explosivos,
podendo ser utilizados os seguintes tipos: explosivo do tipo ANFO (Nitrato de Amônio), a ser
fornecido pela fábrica do Complexo Minerador de Itabira e explosivo encartuchado, a ser
utilizado nos furos que apresentarem surgência de água.

Os paióis de explosivos, portanto, serão instalados para serem utilizados desde a etapa de
implantação do empreendimento e serão compostos por dois depósitos, sendo um para o
armazenamento dos explosivos, boosters e cordéis e outro para o armazenamento de
acessórios iniciadores como espoletas e estopins (Figura 5-13).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 208


Figura 5-13: Paióis de Explosivos

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 209


Os paióis serão implantados em alvenaria e em platôs delimitados por barricadas. O ANFO
será fornecido em caminhões com capacidade de 560 sacos de 25kg cada. O
armazenamento ocorrerá no galpão de explosivos. Quando do momento da atividade de
detonação, o ANFO deverá ser transferido para o caminhão graneleiro, que em campo
transferirá o ANFO, através de bombeamento, para os furos sem água. O explosivo
encartuchado será fornecido em sacos de 25 kg, que também serão armazenados no
galpão de explosivos e transportados para a mina nessas embalagens para preenchimento
manual dos furos que apresentarem surgência de água.

Ressalta-se que esses mesmos galpões serão utilizados na etapa de operação, para
atender a demanda do desmonte com explosivos na atividade de lavra do minério/estéril.

Foram seguidas as orientações relativas ao dimensionamento, acabamentos e instalações


prediais constantes na norma regulamentadora do Ministério do Trabalho a NR 19 –
Explosivos e no Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados - R105 do
Exército Brasileiro.

Os paióis foram dimensionados para atender uma massa média detonada de 14 Mta, com
as seguintes capacidades:

▪ O de explosivos e acessórios explosivos terá capacidade para 2.870 kg de


explosivos encartuchados/boosters/cordel, que corresponderá a um estoque de
20 dias e para 31.000 kg de sacaria de ANFO, que corresponderá a um
estoque de até 07 dias (total de 33.870 kg).
▪ O de acessórios iniciadores terá capacidade para 434 kg (63 caixas), que
corresponderá a um estoque para 20 dias;

De acordo com o Regulamento R-105, as distâncias mínimas de construção dos depósitos


em relação a outros depósitos, edifícios habitados, rodovias e ferrovias encontram-se
apresentados na Tabela 5-13 e na Tabela 5-14. Essas distâncias buscam assegurar a
proteção pessoal e material nas vizinhanças dos depósitos e limitar os danos causados por
um possível acidente. Ressalta-se que no caso do Projeto Apolo as distâncias mínimas
utilizadas como referência correspondem à metade daquelas constantes nas referidas
tabelas, uma vez que os depósitos serão barricados (Art. 128 do Decreto n° 3.665, de 20 de
novembro de 2000).

Tabela 5-13: Distâncias para instalação do depósito de acessórios iniciadores.

Peso Líquido Distâncias mínimas (m) para depósitos de iniciadores


(kg) Edifícios Entre Depósitos ou
Ferrovias Rodovias
De Até habitados oficinas

201 500 260 160 80 65

Fonte: Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (R-105) – Anexo XV – Tabela 2.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 210


Tabela 5-14: Distâncias para instalação do depósito de explosivos e acessórios explosivos.
Distâncias mínimas (m) para depósitos de explosivos que necessitam de
Peso Líquido do iniciadores e/ou boosters para detonação
Material (kg)
Edifícios Entre depósitos ou
Rodovias Ferrovias
De Até Habitados oficinas

31.781 34.050 610 300 600 200

Fonte: Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (R-105) – Anexo XV – Tabela 3.

Na entrada do platô haverá uma guarita para controle de acesso, contando com segurança
na área durante 24 horas por dia. Ainda será previsto sistema de Circuito Fechado de
Televisão – CFTV para monitoramento de todas as estruturas do paiol de explosivos.

Os resíduos gerados nos paióis e na guarita serão armazenados temporariamente em um


DIR, antes de serem encaminhados ao CMD.

Os efluentes sanitários gerados na guarita serão coletados em um tanque de acumulação


de efluentes sanitários, de onde serão coletados por caminhão fossa e transportados até a
estação de tratamento de efluentes – ETE, que será implantada próximo ao pátio de
produtos, para atender tanto a etapa de operação do empreendimento. Na etapa de
implantação, os efluentes residuais serão encaminhados para tratamento na ETE do
Canteiro Central de Infraestrutura e Vale/Gerenciadora da obra.

5.2.7.6 SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÃO

Torres de telecomunicações e abrigos de rádio irão compor o sistema de telecomunicação


do Projeto Apolo, responsável pelo tráfego de todos os serviços de voz e dados.

Para garantir a eficiência do sistema e um maior alcance da área de cobertura, serão


instaladas 02 torres, cujas localizações podem ser visualizadas no Plano Diretor (Desenho
0000MA-L-00927 – Anexos do Volume 1 - Anexo I).

No topo das torres serão instaladas as antenas de transmissão, responsáveis pelas


emissões dos sinais de rádios e, por isso necessitam estarem em localizações específicas,
em lugar alto e sem obstáculos que possam interferir na transmissão dos sinais a partir da
Torre da Vale existente na Serra da Piedade.

As torres de telecomunicações serão metálicas, autoportante, aço galvanizado, com seção


quadrangular.

Os Abrigos de Rádio serão constituídos em containers que abrigam os equipamentos que


estabelecem, por meio de um enlace de rádio, um link entre as torres do empreendimento e
a torre de telecomunicações existente na Serra da Piedade.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 211


5.2.8 SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO

A supressão de vegetação contempla as atividades de corte, limpeza do terreno, remoção,


transporte e estocagem da madeira e do solo orgânico (topsoil), conforme procedimentos
descritos no Programa de Supressão em capítulo referente aos programas ambientais, mais
adiante.

A supressão de vegetação ocorrerá no início da etapa de implantação, de forma gradual, de


acordo com o avanço das obras e do desenvolvimento da mina. A Figura 5-14 apresenta o
sequenciamento da supressão ao longo das etapas de implantação e operação (que
acompanha o plano de lavra apresentado no item 5.3.2).

O empreendimento demandará a intervenção em 1.367,93 hectares (Área Diretamente


Afetada – ADA), sendo que aproximadamente 23% das estruturas serão instaladas em
áreas antropizadas e 77% em áreas naturais, caracterizadas por Formações Florestais e
Abertas. Foi estimado o total de 1.546 árvores nas áreas de “Pasto com árvores isoladas”.
Ressalta-se que a descrição detalhada dessas tipologias e da metodologia utilizada para a
estimativa de indivíduos isolados está apresentada no Diagnóstico Ambiental referente ao
Meio Biótico.

Será precedida de um Inventário Florestal da área, o qual subsidiará o requerimento de


autorização de supressão de vegetação junto ao órgão ambiental competente.

Os limites das áreas de supressão deverão ser demarcados por serviço de topografia, tanto
nas áreas de vegetação florestal como nas áreas de vegetação aberta, em acordo com a
licença emitida pelo Órgão. O sentido da supressão deverá favorecer o afugentamento da
fauna e, portanto, deverá ocorrer em direção às áreas de remanescentes vegetacionais
existentes na região.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 212


Os procedimentos a serem adotados para a destinação final da madeira comercial e não
comercial serão estabelecidos em acordo com o órgão ambiental competente e detalhados
na próxima fase prevista para o licenciamento que precede a Licença de Instalação.

As áreas de estocagem da madeira e do topsoil no empreendimento, podem ser


visualizadas no Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-00928 – Anexos do Volume 1 - Anexo I)
e encontram-se descritas a seguir.

5.2.8.1 ÁREAS DE ESTOCAGEM DE MATERIAL LENHOSO

Serão destinadas ao armazenamento e romaneio das toras de madeira geradas nas


atividades de supressão vegetal.

Estas foram alocadas em oito áreas, que serão dotadas de sistema de drenagem e bacias
para contenção de sedimentos.

A localização dessas áreas pode ser visualizada no Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-
00928).

5.2.8.2 ÁREAS DE ESTOCAGEM DE TOPSOIL

Serão destinadas ao armazenamento de material proveniente da retirada das camadas


superficiais do solo, denominadas “topsoil”. O ideal é que esse material seja encaminhado
diretamente ao seu destino final, evitando-se que permaneça muito tempo estocado e perca
as propriedades físico-químicas que favorecem a fertilidade do substrato.

Em caso da necessidade de armazenamento temporário, o material poderá ser estocado


nas quatro ADMEs previstas para o empreendimento e na área de projeção da PDE A cuja
as localizações estão previstas no Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-00928 – Anexo do
Volume 1 - Anexo I). Nestas áreas são previstas estruturas de drenagem e bacias para
contenção dos sedimentos.

A utilização prevista para este material será para a reabilitação das áreas expostas,
inclusive da ADMEs.

5.2.9 TERRAPLENAGEM

5.2.9.1 BALANÇO DE MASSA

As atividades de terraplenagem estão previstas para ocorrer nas áreas relacionadas na


Tabela 5-15, onde também consta o balanço de massa. Durante as atividades de
terraplenagem, estima-se que o volume total de corte será da ordem de 12 Mm3. O material
excedente, cerca de 3,2 Mm3 (diferença entre o volume excedente de 4,57 Mm³ e o volume
de empréstimo de 1,37 Mm³), será disposto na pilha de estéril prevista para o início das
operações do empreendimento (PDE A) e em 04 (quatro) ADMEs (áreas de disposição de
materiais excedentes), descritas no item 5.2.9.2.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 214


Tabela 5-15: Balanço de Massa da Terraplenagem e Locais de Disposição dos Excedentes.

Volume Corte Volume Aterro*


Destino
(m3) (m3) Material de Material
Área Empréstimo Excedente Destino Final
Geométrico
C/ Fator de (m3) (m3) ADME- 1 ADME- 2 ADME- 3 ADME- 4 PDE-A Item 8/12 Item 13 ROM total
Contração - 1,2

Platôs de Apoio Operacional e 285.000 m³ p/ Pilha de ROM


1 1.542.458 4.891 0 1.537.567 1.252.567 285.000 1.537.567
Administrativo - Mina (minério) e 1.252.567 m³ p/ PDE-A
234.000 m³ p/ Pilha de ROM
Platôs Britagem Primária e (minério), 511.323 m³ p/ Suprir
2 1.083.527 7.704 0 1.075.823 330.500 511.323 234.000 1.075.823
Secundária Empréstimo dos Itens 8 e 12 e
330.500 m³ p/ PDE-A
Platôs Britagem Terciária /
Peneiramento / Apoio Volume Total p/ Suprir Empréstimo
3 142.317 106.519 0 35.798 35.798 35.798
Administrativo e Operacional – Item 12
Usina
Platôs do Pátio de Produto /
Apoio Operacional e Volume Total p/ Suprir Empréstimo
4 543.393 261.995 0 281.398 281.398 281.398
Administrativo / CMD / ETE / Item 12
Acesso Dique 2B e Sump 2B-I
Platôs e Acesso Paiol de
5 84.118 4.782 0 79.336 Volume Total p/ PDE-A 79.336 79.336
Explosivos

Acesso Norte Caeté e Platô


6 610.464 188.938 0 421.526 Volume total para ADME-1 e 2 253.711 167.815 421.526
Portaria Norte

39.468m³ p/ suprir item 12 e 120.706


7 Acesso Norte Barão 485.014 324.840 0 160.174 60.353 60.353 39.468 160.174
m³ p/ ADME 3 e 4

Acesso Mina-Usina Leves e Receberá empréstimo dos itens 2 e


8 3.698.554 4.702.126 1.003.572 0 - -
Pesados e Plataforma TCLD 11

9 Dique 2A e Sump 2A-I 202.861 4.324 0 198.537 Volume Total p/ PDE-A 198.537 198.537

Volume Total p/ Suprir Empréstimo


10 Dique 2B e Sump 2B-I 497.397 0 0 497.397 497.397 497.397
Item 8

11 Dreno de Fundo da PDE A 12.850 17.998 5.148 0 Receberá empréstimo do item 2 -

Receberá empréstimo dos itens 3, 4


12 Ramal e Pêra Ferroviária 2.663.273 2.381.289 356.664 281.984 e 7 e material excedente para 281.984 281.984
ADME-4

TOTAL 11.566.226 8.005.405 1.365.384 4.569.541 - 253.711 167.815 60.353 342.337 1.860.940 1.008.720 356.664 519.000 4.569.541

Fonte: Vale, 2021.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 215


O Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-00928 – Anexo ao Volume 1 - Anexo I) apresenta as
áreas de terraplenagem (platôs e taludes de corte e aterro) previstas para o projeto.

Para a geometria dos taludes, de corte e aterro, foram adotados os seguintes valores:

▪ Taludes de corte: 1,0V:1,0H;


▪ Taludes de aterro 1,0V:1,5H;
▪ Largura de bermas: 4,0m;
▪ Altura máxima de taludes parciais: 10m;
▪ Inclinação de bermas: 5,0% de caimento contra o talude e 1%
longitudinalmente.

5.2.9.2 ÁREAS DE DISPOSIÇÃO DE MATERIAL EXCEDENTE (ADMES)

O material considerado inadequado para emprego como material de aterro, seja por
qualidade ou por excesso, e o material resultante da limpeza do terreno deverão ser
encaminhados para as ADMEs, conforme informado. Os locais foram escolhidos em função
das distâncias em relação as frentes de terraplenagem, observando e dando maior ênfase
aos impactos ambientais, evitando-se as nascentes e cursos d’água, áreas de vegetação
naturais em melhores condições ecológicas em relação à ocupação do empreendimento,
sítios arqueológicos, entre outras restrições.

As localizações dessas, podem ser visualizadas no Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-


00928 – Anexos ao Volume 1 - Anexo I), e estão assim distribuídas:

▪ ADME 1 – Região oeste da PDE B: receberá material excedente da


terraplenagem e topsoil e resíduos inertes de obra;
▪ ADME 2 – Contígua ao acesso aos diques para o ponto de captação PC5 e
Dique 1A: receberá material excedente da terraplenagem e topsoil;
▪ ADME 3 – Próxima ao ramal ferroviário: receberá material excedente da
terraplenagem, topsoil e resíduos inertes de obra.
▪ ADME 4 – Região leste da PDE B: receberá topsoil.

A deposição do material na ADME será precedida da supressão da vegetação e da destoca


da área, quando necessárias. Estas atividades visam à preparação do terreno para receber
o material que será depositado, reduzindo o risco de ocorrência de desestabilização do
maciço terraplenado. Os taludes conformados na ADME terão inclinação média de 2:3 (V:H)
e irão contar com dispositivos de drenagem superficial, como canaletas retangulares nas
bermas e valetas trapezoidais nas extremidades.

Na cobertura das áreas de disposição de material excedente devem ser utilizados,


preferencialmente, solos mais coesivos, provenientes da camada superficial. Por esta razão,
recomenda-se que os horizontes superficiais de solos vegetais, resultantes da limpeza do
terreno durante os serviços preliminares de terraplenagem, sejam estocados para posterior

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 216


utilização na cobertura das áreas a serem recuperadas. Essa estocagem poderá ser feita
junto às bordas das áreas a serem escavadas ou aterradas, de forma a contribuir para o
desvio do escoamento superficial. Para a reabilitação dessas áreas, será feito o nivelamento
do terreno e a sua revegetação utilizando-se inclusive de manta vegetal quando necessário.

5.2.10 OBRAS CIVIS E MONTAGEM ELETROMECÂNICA

Para a implantação e a operação do empreendimento, torna-se necessária a execução de


um conjunto de obras civis e de montagens eletromecânicas.

As obras civis compreendem uma série de operações necessárias à construção de áreas


industriais e administrativas, destacando-se:

▪ Obras de fundação, constituídas de fundações diretas, no caso de edificações


de menor porte, e de fundações profundas - em tubulões ou estacas - no caso
de bases para assentamento de equipamentos e estruturas industriais ou de
fundações para galpões ou edificações de maior porte;
▪ Obras de edificações, sendo previstas construções mistas (de alvenaria,
metálicas e madeira), conforme a finalidade e porte da edificação,
compreendendo a execução de pisos, divisões, revestimentos e esquadrias,
coberturas e instalações elétricas, de telefonia, lógica e hidráulico-sanitárias,
como também de dispositivos de controle ambiental (estações de tratamento
de esgoto, separadores de água e óleo, sistemas de drenagem pluvial, diques
de contenção de sedimentos);
▪ Obras viárias, compreendendo a construção de estradas de acesso e de
circulação interna, interligando as diversas unidades componentes do
empreendimento, como também estradas de serviço, interligando a mina às
instalações da usina, pelas quais é previsto tráfego de máquinas e
equipamentos, necessários à atividade industrial de lavra e beneficiamento.

5.2.11 DESENVOLVIMENTO DA MINA (Pre-stripping)

Consiste nas atividades de supressão da vegetação e no decapeamento para a preparação


no início de operação que consiste na remoção dos horizontes superficiais do solo com o
objetivo de acessar as camadas mineralizadas. Nesse processo será removido do solo
existente uma espessura média de 1,5 metros.

Para isso, é prevista a intervenção inicialmente na porção norte da cava, objetivando abrir
frentes suficientes para iniciar a lavra, conforme pode ser observada no Plano Diretor de
Implantação - Desenho 0000MA-L-00928 no Anexos ao Volume 1 - Anexo I.

Na etapa de implantação, o decapeamento será desenvolvido numa área de


aproximadamente 40 hectares dentro da área da cava, objetivando abrir frentes de lavra
suficientes para retirar e estocar cerca de 7 Mt sendo cerca 2,5 Mt de minério que deverá
ser estocado dentro da própria cava. Essa massa de minério será retomada na fase de
testes da usina.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 217


O decapeamento no restante da área da cava será executado conforme o avanço da lavra,
na etapa de operação.

Nas atividades de decapeamento, cerca de 70% das rochas saprolíticas serão lavradas sem
o uso de explosivos, utilizando escavadeiras hidráulicas e tratores de esteira. Nas áreas
onde o material apresentar resistência maior, serão utilizados explosivos: ANFO (nitrato de
amônio e óleo) e emulsões conforme descritos anteriormente no Item 5.2.7.5.

O carregamento do material será realizado por pá-carregadeira e escavadeiras. O transporte


será realizado por caminhões rodoviários com capacidade de 38 toneladas, que farão o
transporte até a Pilha de Estéril A.

Parte do material gerado no decapeamento poderá ser utilizado para revestimento das vias
de acesso internas do empreendimento e os pátios. Ressalta-se também que o serviço de
decapeamento será realizado por empresa especializada, sob fiscalização da Vale.

As atividades de comissionamento e ramp-up da mina estão previstas para serem


desenvolvidas entre o 1º e o 12º mês da etapa de implantação. Isto significa dizer que as
atividades de desenvolvimento da mina iniciarão 12 meses antes do término das obras da
área industrial, com vistas a permitir a estocagem de minério.

Quando concluídas as instalações da usina, o minério extraído será retomado para as


atividades de teste na usina de beneficiamento, visando assegurar que sejam operados de
acordo com as necessidades e requisitos de desempenho especificados em projeto.

Para a etapa de implantação será realizado o sistema de escoamento de águas superficiais


e contenção de sedimentos semelhantes aos descritos na fase de operação. Dessa forma
serão instaladas estruturas hidráulicas de drenagem superficial que serão compostas pelos
elementos de descidas de água, canais periféricos, canais de acesso, canaletas de acesso
e de banco, e, ainda, estrutura de dissipação de energia.

Os equipamentos que serão utilizados estão relacionados Tabela 5-16.

Tabela 5-16: Equipamentos previstos no Desenvolvimento da Mina.


Equipamento Tipo Quantidade
Perfuração Perfuratriz 9 polegadas (DM45) 1
Carregamento Escavadeira 40 t (PC4000) 2
Transporte de minério Caminhões 136 t (CAT785) 4
Transporte de estéril Caminhão Rodoviários 38t SCA (8x4) 5
Apoio Caminhão pipa 65 mil litros (CAT775) 1
Apoio Motoniveladora (CAT16) 1
Apoio Pá Carregadeira (CAT980) 1
Apoio Retroescavadeira 4 t (CAT336) 2
Apoio Trator de Esteira 165 hp (CAT D6) 1
Apoio Trator de Esteira 305 hp (CAT D8) 1
Apoio Trator de Esteira 570 hp (CAT D10) 1
Apoio Trator de pneus 500 hp (CAT834) 1

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 218


5.2.12 IMPLANTAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL A

A PDE A foi projetada para atender a disposição do estéril a ser gerado nos primeiros 5
anos de operação.

Na etapa de implantação são previstas as seguintes atividades para instalação dessa


estrutura:

▪ Construção do acesso de serviço;


▪ Construção do sistema de drenagem (Ano 0) e do Dique de contenção de
sedimentos 2A;
▪ Preparação da fundação por meio da supressão vegetal e retirada de todo
material solto;
▪ Execução dos drenos de fundo.

5.2.12.1 DESCRIÇÃO GERAL DA ESTRUTURA

O projeto geométrico da PDE A tem as principais características apresentadas na


Tabela 5-17. O arranjo geométrico é apresentado no Desenho 0000MA-X-88124 e a seção
Típica no Desenho 0000MA-X-88145 (Anexos ao Volume 1 - Anexo IV).

Como estrutura de contenção de sedimentos, está previsto o Dique 2A, descrito no


item 5.2.13, mais adiante nesse capítulo.

Tabela 5-17: Resumo das características geométricas da Pilha de Estéril PDE A.


Item Descrição
Altura máxima (m) 238,8
Área ocupada (ha) 52,69*
Volume (Mm³) 18,17
Cota máxima da pilha (m) 1.520
Inclinação dos taludes 2(H):1(V)
Altura dos taludes (m) 10,0
Ângulo dos taludes 26,6°
Ângulo global 20,2°
Largura de berma (m) 7,0
DMT – Cava até a Estrutura (Km)* 1,17
Obs* não considera a área de segurança

5.2.12.2 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DA PDE A

O nível d’água na seção estudada nas análises de estabilidade foi estimado e assumiu-se
que os drenos irão drenar toda água do interior da pilha, tendo assim, um nível máximo que
seria o topo do dreno.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 219


▪ Parâmetros de Resistência

Os parâmetros de resistência (coesão e ângulo de atrito) e índice físico (peso específico),


adotados para as análises encontram-se na Tabela 5-18. Os parâmetros de resistência dos
materiais envolvidos foram estimados em função da experiência da empresa consultora
responsável técnica pelo projeto dessa estrutura, a DF+, e em projetos semelhantes, que
envolvem as mesmas litologias e materiais de construção.

Tabela 5-18: Características Gerais – PDE A.

 Parâmetros de Resistência
Material
(kN/m3) c’ (kN/m2) ’ (º)
Estéril 18 10 28
Colúvio 18 10 26
Sólido Residual de Quartizito 18 10 30
Saprólito de Quartzito 19 15 27
Quartzito 25 250 42

Acrescenta-se que os parâmetros geotécnicos e o perfil geológico deverão ser validados


após a realização da campanha de investigação a ser realizada, conforme especificação da
DF+.

▪ Simulações

As análises de estabilidade são efetuadas conforme prescreve a Norma NBR 13.029/2017,


adotando-se os seguintes limites:

▪ Ruptura do talude global - Superfície Freática Normal: Fator de segurança mínimo


1,50;
▪ Ruptura do talude global - Superfície Freática Crítica: Fator de segurança mínimo
1,30.
▪ Resultado das análises de estabilidade

No Gráfico 5-3 e no Gráfico 5-4 são apresentados os resultados das análises de


estabilidade. Para as condições gerais estudadas (parâmetros e geometria), as análises
apresentaram resultados satisfatórios, sendo obtidos em ambas as análises fatores de
segurança superiores aos mínimos exigidos por norma.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 220


Gráfico 5-3: PDE A – Análise de Estabilidade – Condição Operacional

Gráfico 5-4: PDE A – Análise de Estabilidade – Condição Crítica

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 221


5.2.12.3 TRATAMENTO DE FUNDAÇÃO

Para preparação da fundação, considerou-se a limpeza de uma camada com espessura de


50 cm em toda a área da pilha, visando eliminar todo material solto e a cobertura vegetal.

5.2.12.4 DRENAGEM INTERNA DA PDE A

Será implantando um sistema de drenagem interna composto por drenos de fundo que têm
a função de coletar as contribuições provenientes do desaguamento subterrâneo e também
do aporte das águas oriundas da recarga aplicada ao material da pilha.

No Desenho 0000MA-X-88125 (Anexo ao Volume 1 - Anexo IV) pode ser observado o


projeto dos drenos de fundo da PDE A.

As vazões de projeto são determinadas por meio de balanço hídrico, aplicado nas áreas de
contribuição para cada linha de dreno. A seção drenante mínima é calculada segundo
regime de fluxo turbulento, equação de Wilkins (1956).

De acordo com o relatório de Mapeamento Geológico Geotécnico realizado pela empresa


Walm, a drenagem principal, a qual tem início na porção sudeste da área da pilha, é rasa e
estreita, com largura máxima de até 1m e alguns centímetros de profundidade, com leito
predominante em solo neste ponto e alguns blocos de quartzito dispersos no local. A equipe
de campo realizou ensaios e estimou uma vazão de 3,6 m3/h.

5.2.12.4.1 BALANÇO HÍDRICO E CÁLCULO DA VAZÃO DE PROJETO

A vazão de projeto adotada na verificação do dreno de fundo corresponde à soma da


percolação gerada pela recarga aplicada sobre a PDE e do aporte do escoamento
subterrâneo gerado pela recarga nas áreas de montante. A recarga deve ser determinada
por meio de um balanço hídrico no qual se considera que o sistema está em equilíbrio, ou
seja, o balanço hídrico é nulo, conforme apresentado na equação:

Equação 4-1

Na qual:
P = Precipitação (mm);
ES = Escoamento superficial (mm);
ETR = Evapotranspiração real (mm);
R = Recarga (mm).

No balanço hídrico adotou-se o intervalo de tempo mensal, uma vez que em intervalos
inferiores a premissa de que o balanço hídrico é nulo não é necessariamente válida.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 222


Para o cálculo do balanço hídrico fez-se necessário estimar o escoamento superficial para
cada tipo de ocupação do solo. No caso de pilhas de estéril e áreas naturais estimam-se
que estas parcelas são de 45% da precipitação mensal nas áreas de PDE e de 30% nas
áreas cobertas por vegetação natural.

Para determinar as vazões de projeto foi realizado o balanço hídrico a partir dos dados de
precipitação média mensal, conforme descrito no item adiante 5.2.12.6 no qual se apresenta
o Gráfico 5-4. Médias mensais de precipitação, e, considerando os coeficientes de
escoamento superficial iguais a 0,45 e 0,30 para as áreas de PDE e áreas naturais,
respectivamente.

Aplicando-se a equação apresentada, portanto, tem-se o balanço hídrico determinado para


as áreas de pilha de estéril e terreno natural.

A Tabela 5-19 e na Tabela 5-20 mostram os resultados dos balanços aplicados às áreas da
futura PDE A.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 223


Tabela 5-19: Balanço hídrico aplicado na área da PDE A (mm).
TOTAL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ANUAL
P 276,3 165,2 153,8 54,4 26,8 11 10,6 10,9 43,8 110,5 217,5 331,7 1412,5
ETP 103,5 107,3 106,9 102,9 103,8 103 115,4 151 157,9 144,7 109,1 98,2 1403,7
ES 124,3 74,3 69,2 24,5 12,1 4,9 4,8 4,9 19,7 49,7 97,9 149,3 -
ETR 82,8 85,8 85,5 82,3 83 82,4 92,3 120,8 126,4 115,8 87,3 78,5 -
BALANÇO 69,2 5 -0,9 -52,4 -68,3 -76,3 -86,5 -114,8 -102,3 -55 32,4 103,9 -
ETR corrigido 82,8 85,8 -0,9 -52,4 -68,3 -76,3 -86,5 -114,8 -102,3 -55 87,3 78,5 -
R (mm/mês) 69,2 5 0 0 0 0 0 0 0 0 32,4 103,9 210,5
Máxima Recarga (mm/mês) 103,9

Tabela 5-20: Balanço hídrico aplicado nas áreas naturais (mm).


TOTAL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ANUAL
P 276,3 165,2 153,8 54,4 26,8 11,0 10,6 10,9 43,8 110,5 217,5 331,7 1412,5
ETP 103,5 107,3 106,9 102,9 103,8 103,0 115,4 151,0 157,9 144,7 109,1 98,2 1403,7
ES 82,9 49,6 46,1 16,3 8,1 3,3 3,2 3,3 13,1 33,1 65,2 99,5 -
ETR 82,8 85,8 85,5 82,3 83,0 82,4 92,3 120,8 126,4 115,8 87,3 78,5 -
BALANÇO 110,6 29,8 22,1 -44,3 -64,2 -74,7 -84,9 -113,2 -95,7 -38,5 65,0 153,7 -
ETR corrigido 82,8 115,6 107,6 38,1 18,8 7,7 7,5 7,6 30,6 77,3 152,2 232,2 -
R (mm/mês) 110,6 29,8 22,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 65,0 153,7 381,2
Máxima Recarga (mm/mês) 153,7

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 224


Os dimensionamentos dos drenos de fundo da PDE A foi realizado para o desaguamento da
recarga aplicada nas áreas de PDE A e áreas naturais considerando o pior cenário em
termos de recarga. A partir das informações apresentadas na Tabela 5-19 e na Tabela 5-20,
observa-se que este cenário no mês de dezembro, quando as recargas apresentam os
maiores valores, sendo 103,9 mm para as áreas da pilha e 153,7 mm para as áreas
preservadas.

Os drenos de fundo deverão apresentar seção suficiente para escoar a vazão produzida em
todos os anos de operação da estrutura. Assim, será verificada a seção mínima que o dreno
deverá apresentar para escoar as vazões produzidas. Dessa forma, a seção adotada será
aquela que atender a todos os anos de operação a fim de garantir o pleno funcionamento da
pilha, evitando a saturação do maciço que poderia levar a desestabilização da estrutura.

5.2.12.4.2 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE PROJETO

A vazão nominal de projeto determinada para os drenos de fundo é apresentada na


Tabela 5-21.

Tabela 5-21: Vazões nominais de projeto para os drenos de fundo.


Vazão
Vazão Vazão de Vazão de
Pilha Terreno Natural Nominal de
Área Recarga Nascentes Afluente Projeto
Drenos Bacia
Vazão Vazão Q = QPN+T
Área Área QP+TN QN QA
(QP) (QTN) + QN+ QA
m² m² m3/h m² m3/h m³/h l/s l/s l/s l/s
D1.1 88371 88371 12,76 0 0,00 12,76 3,54 0,00 0,00 3,54
D1.2 143128 109190 15,76 33938 7,24 15,76 4,38 0,00 7,94 12,32
D1.3 109681 109681 15,83 0 0,00 15,83 4,40 0,00 0,00 4,40
11302
D2.1 248184 135161 19,51 24,13 19,51 5,42 0,00 0,00 5,42
3
10060
D2.2 135152 34548 4,99 21,48 4,99 1,39 0,00 5,42 6,80
4
D2.3 86435 21600 3,12 64836 13,84 3,12 0,87 1,00 6,80 8,67
D2.4 119984 29429 4,25 90554 19,33 4,25 1,18 1,00 8,67 10,85

5.2.12.4.3 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

O material a ser utilizado para as seções do dreno de fundo da pilha de estéril deverá
apresentar D50 (diâmetro efetivo) igual a 80 mm. Os trechos do talvegue natural que serão
preenchidos por este material deverão apresentar as declividades e áreas especificadas. O
dimensionamento hidráulico para a determinação da área mínima do dreno de fundo para a
pilha de estéril deverá ser calculado considerando a utilização do Método de Wilkins.

A Equação 4-2 apresenta a formulação de Wilkins:

Vv = W.Rh0,5.i0,54 (Equação de Wilkins – Equação 4-2)

Em que:

Vv = velocidade efetiva do escoamento (m/s);

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 225


W = uma constante que vale 5,25 m0,5/s;

Rh = raio hidráulico médio (m), definido como a razão entre o volume dos vazios e a área
superficial das partículas, valor aproximado:

(Equação 4.3)

Em que:

e= índice de vazios de 0,43 (Considerando porosidade de 30%);


rE = fator forma. Adotado 1,67 para paralelepípedos;
i = gradiente hidráulico (adimensional).

Determinada a velocidade efetiva de escoamento nos vazios do enrocamento, toma-se a


vazão de projeto e calcula-se, por meio da equação da continuidade, a área de enrocamento
necessária ao escoamento da referida vazão.

Adreno = Qprojeto / Vv (Equação 4.4)

Em que:

Aprojeto = Área da seção do dreno de fundo (m²);


Qprojeto = vazão de projeto (m³/s);
Vv = velocidade efetiva de escoamento (m/s) (definida a partir da Equação 4.2).

Adotando-se um fator de segurança mínimo de 2,5, definem-se as áreas finais as quais


deverão ser preenchidas pela granulometria a ser especificada para o material de
preenchimento do dreno de fundo.

A Tabela 5-22 apresenta as seções construtivas a serem utilizadas para o sistema de


drenos de fundo da PDE A.

Tabela 5-22: Seção dos drenos de fundo da PDE-A.


Gradiente Base Área mínima da
Material da Seção Base
Trecho Hidráulico i Altura (m) Maior Seção drenante
Drenante D50(mm) Menor (m)
(m/m) (m) (m²)
D1.1 0,14 80 1,3 0,5 2,1 0,73
D1.2 0,16 80 1,3 0,5 2,1 0,73
D1.3 0,23 80 1,3 0,5 2,1 0,73
D2.1 0,14 80 1,3 0,5 2,1 0,73
D2.2 0,16 80 1,3 0,5 2,1 0,73
D2.3 0,13 80 1,3 0,5 2,1 0,73
D2.4 0,25 80 1,3 0,5 2,1 0,73

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 226


5.2.12.4.4 MEDIDAS PARA PREVENIR A COLMATAÇÃO DOS DRENOS

Para evitar a colmatação dos drenos pelo carreamento do material fino do maciço, o projeto
buscou atender aos seguintes critérios:

▪ Critério de contenção: as dimensões dos vazios no material do filtro devem ser


suficientemente pequenas para reter as partículas maiores do material protegido;
▪ Critério de permeabilidade: o material do filtro deve ter alta condutividade hidráulica
para impedir a geração de grandes forças de percolação e pressões hidrostáticas.

Para atender a esses critérios, o filtro entre o corpo do maciço do aterro e o dreno será
composto por uma transição de materiais com gradação granulométrica: areia, brita 0 e
brita 3.

5.2.12.5 ESTUDOS HIDROLÓGICOS

O presente item discorre sobre as metodologias empregadas nos estudos hidrológicos e


dimensionamentos hidráulicos desenvolvidos para os dispositivos de drenagem da PDE A,
bem como apresenta as premissas, critérios e limitações associadas a essas metodologias,
as quais se encontram incorporadas em alguns aplicativos computacionais de domínio
público, que foram aqui também apresentados. Ademais, este item apresenta os resultados
obtidos.

Face à inexistência de monitoramento fluviométrico da bacia de interesse, o cálculo das


vazões de projeto foi realizado por meio de métodos indiretos, a partir da transformação da
chuva em vazão. Em virtude da magnitude da área de contribuição, as vazões de projeto
foram determinadas segundo o Método do Hidrograma Unitário (área de contribuição
superior a 1,0 km²) e o Método Racional (área de contribuição inferior a 1,0 km²), Pinheiro
(2011).

Basicamente, a metodologia adotada nos estudos hidrológicos pode ser resumida na


seguinte sequência:

▪ Definição dos arranjos e alinhamento das estruturas hidráulicas das pilhas;


▪ Definição das características físicas e parâmetros das bacias de contribuição, tais
como, áreas de drenagem, características do terreno e tempos de concentração; e
▪ Definição das vazões de projeto para dimensionamento das estruturas de drenagem
superficial das pilhas.

5.2.12.6 CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA

Para a caracterização climática da região do Projeto Apolo, assumiu-se, dentre as estações


climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a estação de Belo Horizonte
(MG), código 83587, como a mais representativa para a região devido a sua proximidade e
por possuir séries de dados sem falhas. Destaca-se que para presente avaliação foram
utilizados dados médios mensais abrangendo o período de 1961 a 1990.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 227


Do Gráfico 5-5 ao Gráfico 5-9, a seguir, apresentam as médias mensais dessas referidas
variáveis, determinadas a partir do registro histórico da estação supracitada.

350,0

300,0 292
274

250,0 242

206
200,0
Chuva (mm)

150,0 142 143

100,0

55,8
50,0 39,2
28,8
11,5 15,3 14,8
0,0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Gráfico 5-5: Médias mensais de precipitação.

Gráfico 5-6: Médias mensais de evaporação.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 228


Gráfico 5-7: Médias mensais de temperatura.

Gráfico 5-8: Médias mensais de umidade relativa do ar.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 229


Gráfico 5-9: Médias mensais de pressão.

Em linhas gerais, pode-se concluir que:

▪ O ano hidrológico acontece normalmente de outubro de um ano a setembro do ano


subsequente, estando o período chuvoso concentrado entre os meses de outubro a
março, incluindo esses dois meses. Dessa forma, o período de estiagem se
concentra de abril a setembro;
▪ Os meses de novembro a janeiro apresentam os índices pluviométricos médios mais
elevados;
▪ O trimestre mais chuvoso abrange os meses de novembro a janeiro, com um índice
pluviométrico médio de 808 mm;
▪ O trimestre menos chuvoso abrange os meses de junho a agosto, com um índice
pluviométrico médio de 41,6 mm;
▪ A pluviosidade média anual está em torno de 1.464 mm;
▪ Os meses com maiores índices evaporimétricos, agosto a outubro, antecedem o
trimestre mais chuvoso e o período com as maiores umidades relativas do ar;
▪ Os seis meses com temperaturas mais elevadas variam de outubro a março,
coincidindo com o período chuvoso, enquanto aqueles com temperaturas mais
amenas variam de abril a setembro, período de estiagem. Isso reforça a
caracterização do macro clima enquanto tropical de altitude, com chuvas no verão e
seca no inverno;
▪ As normais de temperatura apontam uma média anual de 20,7°C, ocorrendo
temperaturas mais baixas nos meses de maio a agosto e temperaturas mais altas
nos meses de setembro a março;
▪ A pressão não sofre grandes variações durante o ano e apresenta valor médio anual
de 918 hPa.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 230


5.2.12.7 CHUVA DE PROJETO - ESTUDO DE CHUVAS INTENSAS

Para definição das chuvas de projeto, foi utilizada a referência definida e apresentada na
publicação “Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e Hidráulicos em Obras de
Mineração” (PINHEIRO, 2011). Na Tabela 5-23 são apresentadas as chuvas de projeto
utilizadas para o desenvolvimento deste estudo.

Tabela 5-23: Quantis de altura de chuva (mm) – Período Chuvoso


ALTURA PLUVIOMÉTRICA PT,d (mm) MINA APOLO
Tempo de Retorno (anos)
Duração
2 5 10 20 25 50 100 200 500 1.000 10.000 PMP
6 min 9,67 12,3 14,0 15,7 16,2 17,8 17,4 18,8 20,7 22,1 26,9 32,1
10 min 15,7 19,8 22,5 25,0 25,8 28,3 29,0 31,3 34.2 36,3 43,4 51,8
15 min 20,4 25,7 29,2 32,4 33,4 36,5 38,3 41,2 44,9 47,6 56,6 67,5
20 min 23,8 30,0 33,9 37,6 38,8 42,4 44,9 48,2 52,5 55,7 65,9 78,6
30 min 28,6 35,9 40,6 45,0 46,5 50,7 54,1 58,1 63,2 66,9 79,1 94,4
1 hora 36,7 46,1 52,1 57,7 59,5 64,8 70,0 75,1 81,6 86,3 102 122
2 horas 47,5 60,0 68,0 75,6 78,1 85,4 92,6 99,7 109 116 138 165
3 horas 53,9 68,1 77,3 86,1 88,9 97,4 106 114 125 133 159 190
4 horas 58,4 73,8 84,0 93,6 96,7 106 115 124 136 145 174 208
6 horas 64,7 82,0 93,3 104 108 118 128 139 152 162 196 234
8 horas 69,2 87,7 99,9 112 115 127 138 149 164 175 211 252
10 horas 72,7 92,2 105 117 121 133 145 157 172 184 223 266
12 horas 75,5 95,8 109 122 126 139 151 163 180 192 232 277
18 horas 81,9 104 119 133 137 151 164 178 196 209 253 302
24 horas 86,4 110 125 140 145 159 174 188 207 221 269 321
2 dias 110 141 162 181 188 207 226 245 270 289 351 389
3 dias 135 173 197 221 229 252 275 298 328 351 428 452
5 dias 174 222 253 283 293 322 352 381 419 449 545 579
7 dias 206 262 298 334 345 380 414 448 493 527 641 784
10 dias 246 311 354 396 409 449 489 530 582 622 755 871
15 dias 300 381 435 487 503 553 604 653 719 769 934 990
20 dias 347 438 499 558 576 633 690 746 821 877 1064 1.213
30 dias 424 533 604 673 695 762 829 895 983 1.049 1.269 1.397

5.2.12.8 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL - PDE A

O sistema de drenagem superficial proposto foi concebido com o objetivo de coletar as


águas provenientes da precipitação direta incidente sobre as pilhas de estéril e conduzi-las,
de forma controlada, até o talvegue mais próximo ou dique, evitando o desenvolvimento ou
surgimento de processos erosivos.

O sistema proposto é constituído basicamente pelas seguintes estruturas:

▪ Canaletas de drenagem nas bermas e canaletas de topo, cuja função hidráulica


será de conduzir os escoamentos superficiais provenientes das bancadas da
pilha até os canais periféricos;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 231


▪ Canaleta de acesso, posicionados nos pontos onde os acessos cortam
talvegues, de forma a direcionar o fluxo do escoamento superficial para as
canaletas de berma. A função das canaletas de acesso, é drenar as águas que
escoam nos acessos, evitando o acúmulo de água das vias e surgimento de
erosões;
▪ Transposição são passagens em que as descidas cortam os acessos. Estas
transposições podem ser do tipo a vau (passagem molhada) ou bueiro;
▪ Descida de água são estruturas destinadas a conduzir o escoamento em
trechos com altos desníveis (elevadas declividades), podendo ser construídas
em canais lisos revestidos de concreto ou em degraus de concreto ou gabião.
As contribuições encaminhadas pela descida de água, são lançadas
geralmente, diretamente nos canais periféricos;
▪ Canais periféricos, com função de coletar e conduzir as águas superficiais
tendo como objetivo coletar o escoamento proveniente das bermas, canaletas
e áreas adjacentes e direcioná-las até o dique de contenção de sedimentos.
Projetadas em concreto armado em geometria retangular, posicionada no
contato entre o terreno natural e a pilha. Vale ressaltar que nos casos em que a
declividade mostrou-se maior que 10%, optou-se por utilizar degraus para a
dissipação de energia e diminuição das velocidades de escoamento;
▪ Bueiro, posicionados nos pontos onde os acessos cortam talvegues, de forma
a direcionar o fluxo do escoamento superficial gerado na PDE e áreas
adjacentes para os reservatórios dos Diques 2A e 2B.

5.2.12.8.1 HIDROLOGIA: VAZÃO DE PROJETO

A partir dos valores de precipitação citados e utilizando método indireto de transformação


chuva-vazão, foram determinadas as vazões para o dimensionamento das estruturas
hidráulicas componentes do sistema de drenagem da PDE A.

É importante destacar que, para o dimensionamento da drenagem superficial da pilha foram


utilizados os quantis de chuva associados a 100 anos de tempo de retorno para os
dispositivos de bermas, canaleta de topo, canaleta de acesso, descidas de água e
transposições na pilha (bueiros) e 500 anos para os canais periféricos e demais bueiros,
conforme recomenda a Norma Brasileira NBR 13028/2006. Destaca-se que os bueiros
calculados para tempo de retorno de 500 anos, contribuem para o encaminhamento da
drenagem da pilha e áreas adjacentes ao reservatório do Dique 2A.

Essa norma indica os seguintes critérios para projetos de sistemas de drenagem superficial:

“[...] a) dispositivos de pequenas vazões, tais como canaletas de berma e descidas d’água:
considerar as vazões calculadas para tempos mínimos de recorrência de 100 anos; e b)
dispositivos de grandes vazões, tais como canais de coleta e condução d’ água: considerar
as vazões calculadas para tempos mínimos de recorrência de 500 anos.”

Conforme previamente indicado, as vazões de projeto das estruturas do sistema de


drenagem superficial, foram determinas segundo o Método Racional.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 232


Neste método, a transformação de chuva em vazão é obtida pela aplicação de um
coeficiente de escoamento definido em função da cobertura vegetal e tipo do solo da bacia
de contribuição. Considera-se que os eventos chuvosos correspondentes às vazões
máximas têm a duração igual ao tempo de concentração da respectiva bacia, ou seja:

Cit ,T  A
Qp = 3, 6
Equação 5.5

Em que:

QP é a vazão de projeto, em (m³/s);


C é o coeficiente de escoamento, determinado a partir do uso do solo e do tipo do solo;
It,T é a intensidade média da chuva para uma duração t e um tempo de retorno T (mm/h); e
A é a área da bacia de contribuição, em (km²).

É importante ressaltar que esse método é aplicável para bacias de contribuição com até
1,00 km², conforme recomendado por Pinheiro (2011). Entretanto, existem adaptações para
aplicações em bacias com áreas até 10,00 km², multiplicando-se a Equação 5.5 por um
coeficiente de retardo , apresentado pela Equação 5.6 a seguir:

= n
1
A
Equação 5.6

Em que:

▪ A denota a área de drenagem, em (ha);


▪ n é parâmetro que pode assumir os seguintes valores:
▪ n = 4 para bacias com talvegue principal com baixas declividades, inferiores a
0,50%;
▪ n = 5 para bacias com talvegue principal declividades entre 0,50% e 1,00%;
▪ n = 6 para bacias com talvegue principal com declividades superiores a 1,00%;

O tempo de contenção foi calculado usando o Método Cinemático, obtido pela seguinte
expressão:

Equação 5.7

Em que:

tc é o tempo de concentração, em min;


L é o comprimento de cada trecho do talvegue, em m;
v é a velocidade média, em m/s. Foram adotadas velocidades de 1 m/s para bermas e
terreno natura e 5m/s para descidas e canais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 233


Os valores dos coeficientes de escoamento adotado para o cálculo das vazões de projeto
foram ponderados segundo as áreas de drenagem para cada tipo de identificado abaixo:

Superfície de PDE: C = 0,40;


Terreno natural: C = 0,25

Para o cálculo da vazão de projeto das bermas considerou-se como referência a estrutura
de maior área de contribuição.

5.2.12.8.2 HIDRÁULICA: SOFTWARES E METODOLOGIA

De posse das vazões de projeto, foram procedidos os dimensionamentos hidráulicos das


estruturas de drenagem superficial.

Os dispositivos de drenagem foram dimensionados por meio da aplicação da equação de


Manning apresentada a seguir, ou seja, considerando-se o regime de escoamento
permanente e uniforme.

1 2 1
Qadm =  A  ( A ) 3  I 2 Equação 5.8
n 2P

Em que:

(n), denota o coeficiente de rugosidade de Manning. Para efetuar-se a estimativa do


coeficiente de rugosidade, encontra-se na literatura um grande número de tabelas, obtidas a
partir de ensaios e medições de campo. Devem ser destacados os elementos apresentados
na obra Open Channel Hydraulics, Ven Te Chow (1959), onde consta uma extensa lista de
coeficientes de rugosidade associados a diversos materiais e situações de utilização.
Apresentam-se, na Tabela 5-24, a seguir, alguns valores de coeficientes de rugosidade,
compilados de diversas publicações sobre o assunto.

Tabela 5-24: Coeficiente de rugosidade para canais artificiais*

Revestimento Mínima Rugosidade Usual Máxima


Concreto pré-moldado 0,011 0,013 0,015
Concreto com acabamento 0,013 0,015 0,018
Concreto sem acabamento 0,014 0,017 0,020
Concreto projetado 0,018 0,020 0,022
Gabiões 0,022 0,030 0,035
Espécies vegetais 0,025 0,035 0,070
Aço 0,100 0,012 0,014
Ferro Fundido 0,011 0,014 0,016
Aço corrugado 0,019 0,022 0,028
Solo sem revestimento 0,016 0,023 0,028

*Batista, Márcio Benedito – Fundamentos de engenharia hidráulica / Márcio Benedito Baptista, Márcia Maria
Lara Pinto Coelho. – 3. ed. rev. e ampl. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. 480p. – (Ingenium)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 234


▪ (A), denota a área molhada da seção transversal de um dado dispositivo de
drenagem, em m²;
▪ (2P) denota o perímetro molhado de um dado dispositivo de drenagem, em m. Alerta-
se que foi adotado o critério de borda livre mínima de 20% da altura das paredes dos
dispositivos com relação à lâmina de água no interior dos mesmos, o que por
premissa, garante-se que o escoamento se propague 100% dentro dos dispositivos,
sem possibilidade de extravasamentos. Esse critério é bastante razoável e muito
utilizado em virtude da frequente ocorrência de singularidades bruscas na forma, por
exemplo, de transições horizontais e verticais (curvas e deflexões);
▪ (I) denota a declividade de fundo de um dado dispositivo de drenagem, em m/m; e
▪ (Qadm) denota a vazão admissível em um dado dispositivo de drenagem, em m³/s.

5.2.12.8.3 BUEIROS

Para o dimensionamento hidráulico dos bueiros, foi considerada uma declividade de fundo
que garantisse o seu funcionamento em regime supercrítico, funcionando como canal.
Dessa forma, o dimensionamento foi efetuado limitando-se a vazão admissível à vazão
correspondente ao regime crítico, com altura característica da energia específica igual à sua
altura. Assim para bueiros tubulares a vazão admissível é calculada pela Equação 5.9, a
seguir:

Qadm = 1,533  D5 / 2 Equação 5.9

Em que:

(Qadm) denota a vazão admissível, em (m³/s);


(D) denota o diâmetro do bueiro, em (m).

Já para bueiros celulares a vazão admissível pode ser calculada pela Equação 5.10:

 (0,8  B  H )5 
1/ 3
I 1/ 2
Qadm = 2

 (B + 1,6  H ) 
Equação 5.10
n

Em que:

(Qadm) denota a vazão admissível, em (m³/s);


(B) denota a base do bueiro celular, em (m); e
(H) denota a altura do bueiro celular, em (m).

Vale ressaltar que essas equações já apresentam implicitamente uma folga de 20% no
dimensionamento, ou seja, o bueiro trabalha com uma profundidade de fluxo de 80% de
diâmetro / altura, garantindo a premissa de funcionamento como conduto livre.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 235


Ademais, segundo BAPTISTA (2010)1, destaca-se que para o caso de linhas múltiplas,
usualmente adota-se uma redução da capacidade de vazão de 5% para cada linha
adicional, em função das condições de entrada mais desfavoráveis. Assim, admite-se que
para um bueiro duplo sua capacidade de vazão seja de 95% da soma das capacidades de
vazão para cada tubo, para bueiros triplos 90%, etc.

Para a elaboração dos estudos hidráulicos, os seguintes softwares foram utilizados:

▪ SisCCoH desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Hidráulica e


Recursos Hídricos da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas
Gerais (DERH-EE/UFMG)); e
▪ Canal - Sistema para o dimensionamento de canais, desenvolvido pelo
Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa).

Além desses, foram aplicadas rotinas de cálculos em Excel (Microsoft Corporation),


previamente elaboradas pela empresa Df+.

5.2.12.8.4 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

▪ Drenagem das Bermas

As bermas da PDE A terão largura mínima igual a 7,0 m. Para a drenagem das bermas,
optou-se por utilizar a geometria das mesmas que serão executadas em solo laterítico.
Destaca-se que solução semelhante já foi adotada em projetos da VALE, como exemplo a
drenagem superficial da PDE Cata Branca na Mina do Pico em Itabirito.

Dessa maneira, para concentrar o escoamento, a berma deverá ter declividade transversal
em direção ao talude de 5% e declividade longitudinal de 1% para o direcionamento até os
canais periféricos, conforme desenho esquemático mostrado na Figura 5-15 a seguir:

Figura 5-15: Desenho esquemático da drenagem superficial das bermas

O dimensionamento e a avaliação do funcionamento das bermas como canaletas de


condução do fluxo foram realizados para as vazões decorrentes de precipitações de 100
anos de período de retorno, admitindo o escoamento permanente e uniforme.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 236


Foi realizada uma verificação hidráulica da capacidade do suporte do escoamento
superficial para a maior área de contribuição em relação às bermas. Para essa verificação
utilizou-se o software Canal.

A síntese dos resultados da avaliação hidráulica da berma de maior área de drenagem da


PDE A encontra-se apresenta na Tabela 5-25.

Tabela 5-25: Síntese do dimensionamento hidráulico das bermas.

Coeficiente de Declividade Velocidade Profundidade


PDE TR (anos) Vazão (m³/s)
Manning (n) (%) (m/s) (m)

Berma 100 0,87 0,023 1,0 1,12 0,35

A altura disponível para o fluxo de água será de 0,27 m, atendendo ao critério de borda livre
mínima de 20% como aplicado a equação de Manning. Esta adoção permite aumentar o
nível de segurança da estrutura, mediante aumento da capacidade de vazão, evitando fuga
de água e ocorrência de processos erosivos na face dos taludes de jusante. Também são
previstas leiras de proteção na extremidade externa das bermas, em solo compactado, com
altura mínima de 0,50 m.

Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas foi de
1,12 m/s, também estando dentro dos padrões de segurança.

▪ Canaletas de Topo

Foram dimensionadas canaletas a fim de coletar o escoamento do topo da pilha e direcioná-


lo as descidas de água ou para canais os periféricos. Para a PDE A, as canaletas deverão
possuir seção trapezoidal em concreto, implantadas em terreno natural. Os
dimensionamentos foram feitos considerando tempo de retorno de 100 anos. As dimensões
das canaletas de topo da PDE A podem ser observadas na Tabela 5-26.

Tabela 5-26: Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de topo – PDE A

Q Base Inclinação de Declividad Coef. de Profund. Borda Velocidade


Tipos
(m³/s) (m) Parede (m) e (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
CT-01 0,11 0,50 1,5:1 0,5 0,015 0,40 0,10 1,75
CT-02 0,15 0,50 1,5:1 0,5 0,015 0,40 0.10 1,75

▪ Canaletas de Acesso

Foram dimensionadas canaletas de acesso em seção trapezoidal em pedra argamassada, a


fim de direcionar o escoamento superficial dos mesmos às bermas. Para o
dimensionamento das canaletas de acesso foi considerado o cenário mais crítico de
contribuição de drenagem superficial.

O dimensionamento das canaletas de acesso da PDE A é apresentado na Tabela 5-27.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 237


Tabela 5-27: Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de acesso – PDE A
Q Base Altura Inclinação de Declividade Coef. de Borda Velocidade
Tipos
(m³/s) (m) (m) Parede (m) (%) Manning Livre (m) (m/s)
CA 0,30 0,30 0,30 1,50:1,00 10 0,030 0.06 0,88

Para os dimensionamentos, foi considerado também o tempo de retorno de 100 anos.

▪ Canais Periféricos

Os canais periféricos foram propostos considerando vazões de projeto referente a um


evento pluviométrico associado ao período de retorno de 500 anos.

Para a PDE A foram dimensionados os canais periféricos que receberão toda contribuição
proveniente dos outros dispositivos de drenagem superficial. Para o dimensionamento
também foi utilizada a equação de Manning. A Tabela 5-28 apresenta a síntese destes
dimensionamentos.

Tabela 5-28: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais periféricos – PDE A


Base Altura Declividade Coef, de Profundidade Borda Velocidade
Estrutura Q (m³/s)
(m) Parede (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
CP01-A 2,68 1,20 1,20 0,5 0,015 0,96 0,24 2,43
CP01-B 4,83 1,50 1,50 0,5 0,015 1,20 0,30 2,82
CP01-C 6,22 1,70 1,70 0,5 0,015 1,36 0,34 3,06
CP02-A 0,38 0,60 0,60 0,5 0,015 0,48 0,12 1,53
CP02-B 2,11 1,10 1,10 0,5 0,015 0,88 0,22 2,29
CP02-C 3,54 1,40 1,40 0,5 0,015 1,12 0,28 2,69
CP02-D 5,921 1,60 1,60 0,5 0,015 1,28 0,32 2,94
CP02-E 8,102 1,80 1,80 0,5 0,015 1,44 0,36 3,18
CP02-F 8,482 1,90 1,90 0,5 0,015 1,52 0,38 3,30
CP03 0,16 0,50 0,50 0,5 0,015 0,40 0,10 1,35
CP04 0,60 0,60 0,60 0,5 0,015 0,48 0,12 2,16

Considerando a vazão do canal de drenagem CC01-C-Início (1,29m³/s).


2Recebe parte da drenagem da cava.

Nos estudos foi utilizada a metodologia de Manning para o trecho com declividade inferior a
10%, considerando o fluxo em regime uniforme. E para os trechos com regime
gradualmente variado (trecho em degraus), verificou-se o fluxo no regime tipo “Skimming
Flow”, por meio do software SISCCOH.

A Tabela 5-29 apresenta o dimensionamento dos trechos em degraus das descidas de água
e canais periféricos, com declividades acima de 10%.

Tabela 5-29: Síntese do dimensionamento hidráulico - Skimming Flow (PDE A)


Altura Profundidade Borda
Q Base Altura do Velocidade Final
Tipos Parede Aerada Livre
(m³/s) (m) Degrau (m) (m/s)
(m) (m) (m)
CP1 - A 2,68 1,20 1,20 0,50 0,56 0,64 5,67
CP1 - B 4,83 1,50 1,50 0,50 0,65 0,85 6,95
CP1 - C 6,22 1,70 1,70 0,50 0,70 1,00 7,23
CP2 - B 2,11 1,10 1,10 0,50 0,45 0,65 6,12

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 238


Altura Profundidade Borda
Q Base Altura do Velocidade Final
Tipos Parede Aerada Livre
(m³/s) (m) Degrau (m) (m/s)
(m) (m) (m)
CP2 - C 3,54 1,40 1,40 0,50 0,61 0,79 5,86
CP2 - D 5,92 1,60 1,60 0,50 0,77 0,83 6,67
CP2 - E 8,10 1,80 1,80 0,50 0,79 1,01 7,87
CP2 - F 8,47 1,9 1,90 0,50 0,73 1,17 10,67
CP3 0,15 0,50 0,50 0,15 0,14 0,36 3,18
CP4 0,60 0,60 0,60 0,15 0,25 0,35 6,05

▪ Bueiros

A Tabela 5-30 apresenta o dimensionamento dos bueiros que deverão conectar as


drenagens da PDE A aos reservatórios do Dique 2A.

Tabela 5-30: Síntese do dimensionamento hidráulico dos Bueiros – PDE A

Qproj Base Altura Diâmetro Declividade Qadmissível


Estrutura Tipo Material Funcionamento
(m³/s) (m) (m) (m) mínima (%) (m³/s)

Tubular
Bueiro 1 0,60 - - 0,70 1,50 Concreto Canal 0,63
Simples
Celular
Bueiro 2 8,632 2,00 2,00 - 1,50 Concreto Canal 9,65
Simples
Celular
Bueiro 3 12,62 2,30 2,30 - 1,50 Concreto Canal 13,7
Simples
Tubular
TP01 2,24 - - 1,20 1,50 Concreto Canal 2,42
Simples
Tubular
TP02 4,63 - - 1,30 1,50 Concreto Canal 5,61
Duplo

2 Recebe parte da drenagem da cava.

No Desenho 0000MA-X-88126 (Anexos ao Volume 1 - Anexo IV) pode ser visualizada a


diagramação dos sistemas de drenagem superficial, indicando as respectivas estruturas
hidráulicas dimensionadas para a PDE A.

5.2.12.9 INSTRUMENTAÇÃO DA PDE A

Os níveis d’água, assim como os níveis internos de pressão desenvolvidos no interior do


maciço da pilha serão monitorados, respectivamente, por indicadores de nível d’água (INA)
e piezômetros (PZ).

As vazões efluentes das drenagens internas deverão ser monitoradas durante todo o ano,
nos períodos de estiagem e de chuvas, por meio da placa de leitura de vazões, a ser
instalada a jusante da saída da drenagem interna.

O projeto prevê a instalação de instrumentos de monitoramento de Deformações (Marcos


Superficiais) para acompanhamento de recalques e deslocamentos horizontais da estrutura.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 239


A Tabela 5-31 apresenta os tipos e quantidades de instrumentos a serem instalados na
Pilha de Estéril A, conforme pode ser visualizado no Desenho 0000MA-X-88127 (Anexo ao
Volume 1 - Anexo IV).

Tabela 5-31: Tipos de instrumentos de monitoramento/respectiva posição – PDE A

Instrumento Quantidades Localização


Piezômetro 11 Fundação
INA 14 Maciço
Marco Superficial 12 Maciço
Medidor de vazão 02 A Jusante da saída da drenagem interna
Inclinômetro 03 Maciço

De forma geral, as principiais atividades que compõem suas etapas de construção são
descritas abaixo:

Ano 0:

▪ Limpeza da fundação da pilha considerando a retirada de camada superficial com


espessura de 0,5 m;
▪ Construção do acesso de serviço.
▪ Execução dos drenos de fundo.

Ano 1:

▪ Início do aterro da pilha até a elevação 1330 m;


▪ Início da instalação do sistema de drenagem superficial até a elevação 1330 m.

Ano 2:

▪ Avanço do aterro da pilha até a elevação 1380 m (Altura de 98,0 m) e volume de


4,99 Mm³;
▪ Instalação do sistema de drenagem superficial até a elevação 1380 m
▪ Instalar os instrumentos que estão até a elevação 1330,0 m.

Ano 3:

▪ Avanço do aterro da Pilha até a elevação 1420 m (Altura de 138,0 m) e volume de


8,35 Mm³;
▪ Instalação do sistema de drenagem superficial até a elevação 1420 m;
▪ Instalação dos instrumentos que estão até a elevação 1330,0 m.

Ano 4:

▪ Avanço do aterro da pilha até a elevação 1450 m (Altura de 168,0 m) e volume de


12,92 Mm³;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 240


▪ Instalação do sistema de drenagem superficial até a elevação 1450 m;
▪ Instalação dos instrumentos que estão até a elevação 1380,0 m.

Ano 5:

▪ Avanço do aterro da pilha até a elevação 1520 m (Altura de 238,8 m) e volume de


18,85 Mm³;
▪ Término do sistema de drenagem superficial até a elevação 1520 m;
▪ Término da instalação da instrumentação.
▪ Implantar proteção vegetal nos taludes.

Observações:

▪ A sequência de formação da pilha poderá ser alterada em função das prioridades e


dos tempos e movimentos necessários na época. A duração de cada etapa
dependerá do plano de lavra vigente e respectiva geração de estéreis;
▪ A sequência de formação deve ser avaliada sempre às vésperas do período chuvoso
do ano, quando os lançamentos de estéreis poderão ser feitos de cima para baixo ao
longo do desenvolvimento dos acessos e/ou de baixo para cima, envelopando os
taludes provisórios;
▪ O acabamento das bermas e acessos com solo laterítico compactado, o
revestimento vegetal dos taludes finais, a construção dos dispositivos de drenagem
superficial (canais e descidas d’água) e instalação da instrumentação de controle
deverão ser executadas à medida que a pilha é formada, de forma a atender às
expectativas de minimização da geração de sedimentos.

5.2.13 ESTRUTURA DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS

5.2.13.1 DIQUE 2A E SUMP 2A-I

O Dique 2A receberá o aporte de água e sedimentos da PDE A e de parte da drenagem da


Cava Apolo, enquanto que o Sump 2A-I receberá o aporte de água e sedimentos dos platôs
operacionais e administrativos alocados próximo a cava, da própria cava e do canal de
proteção da Mata Primária.

O Dique 2A de contenção de finos é uma estrutura em enrocamento, galgável,


autodrenante, possuindo crista na elevação 1.279,00 m e comprimento aproximado de 26,0
m. Os taludes de montante e jusante possuem inclinação de 1V:2H e 1V:3H,
respectivamente. O Sump será escavado em solo e será dotado de sistema extravasor. O
Desenho 9024MA-X-02037 (Anexo ao Volume 1 - Anexo V) apresenta o arranjo da estrutura
de contenção de sedimentos.

Na Tabela 5-32 são apresentadas as características gerais do Dique 2A e Sump 2A-I.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 241


Tabela 5-32: Características Gerais do Dique 2A.
Item Dique 2A Sump 2A-I
Material Enrocamento Solo
Volume de Escavação (m³) 1.350,00 201.511,37
Volume de Aterro (m³) 3.603,00 -
Altura máxima (m) 9,70 -
Comprimento da crista (m) 26,00 -
Elevação do Pé (m) 1.072,79 -
Elevação da Crista (m) 1.279,00 1.308,00
Inclinação dos taludes de montante 1(V):2(H) -
Inclinação dos taludes de jusante 1(V):3(H) -
Largura da calha do extravasor (m) 18,00 9,00
Volume do reservatório (m³) 5.415,71 42.146,05
Área para implantação do reservatório (ha) 0,83 1,58
NA Máximo Maximorum (m) 1.278,7 1.307,95
Borda Livre Remanescente (m) 0,03 0,05
Área da Bacia (km²) 0,140 1,939
Tempo de Retorno (TR) de Projeto 1.000 1.000
Precipitação de Projeto (mm) 116 mm para duração de 2 h 116 mm para duração de 2 h

O estudo hidrossedimentológico para o Dique 2A é apresentado no relatório RL-9024MA-X-


01969 (Anexos do Volume 1 - Anexo V), bem como a verificação do sistema extravasor.

Estima-se que será necessário realizar limpeza de 1,0 m nas ombreiras esquerda e direita,
1,0 m da fundação e 1,0 m no leito da drenagem do dique, com a finalidade de eliminar todo
material solto e a cobertura vegetal.

O vertedouro de superfície incorporado ao maciço é constituído por um canal trapezoidal


com soleira na El. 1.2878,00 m, inclinação de parede de 1V:2H no emboque e no restante
da calha e largura da base de 18,0 m. A região do vertedouro será protegida com blocos de
enrocamento com diâmetros maiores.

O Dique 2A foi dimensionado para crista na El. 1.279,00 m e a soleira do extravasor na El.
1.278,00 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 18 m e talude (inclinação da parede) de 2(H):1(V).

O Gráfico 5-10 e o Gráfico 5-11 ilustram a relação cota x descarga dos sistemas
extravasores do Dique 2A e do Sump 2A-I, respectivamente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 242


1.279,20

1.278,96
Elevação (m)

1.278,72

1.278,48

1.278,24

1.278,00
0,00 7,00 14,00 21,00 28,00 35,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-10: Curva de Descarga do Extravasor do Dique 2ª

1.308,20

1.307,96
Elevação (m)

1.307,72

1.307,48

1.307,24

1.307,00
0,00 3,60 7,20 10,80 14,40 18,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-11: Curva de Descarga do Extravasor do Sump 2A-I

As relações Curva Cota x Volume são apresentadas na sequência no Gráfico 5-12 e Gráfico
5-13, respectivamente para o Dique 2A e Sump 2A-I.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 243


1.279,20

1.278,96
Elevação (m)

1.278,72

1.278,48

1.278,24

1.278,00
0,00 0,34 0,68 1,02 1,36 1,70
Volume (1.000 m³)

Gráfico 5-12: Curva cota x volume do Dique 2ª

1.308,20

1.307,96
Elevação (m)

1.307,72

1.307,48

1.307,24

1.307,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Volume (1.000 m³)

Gráfico 5-13: Curva cota x volume do Sump 2A-I

As análises de estabilidade do dique 2A e do Sump 2A-I são apresentadas no Volume de


Anexos 1 (Anexo V).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 244


5.2.13.2 DIQUE 2B E SUMP 2B-I DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS

A base da PDE B será instalada na etapa de operação, pois, a disposição de estéril só será
iniciada após exaustão da PDE A, prevista para o 5º ano de lavra.

Por isso, a implantação e operação da PDE B encontram-se descritas na etapa de


operação.

Contudo, o Dique 2B e o Sump 2B-I, que tem como função principal a Contenção de
Sedimentos da PDE B, serão construídos e operados na etapa de implantação, pois nessa
etapa atuarão na contenção de sedimentos gerados durante as atividades de terraplenagem
nas áreas da pêra ferroviária e dos platôs da usina e das estruturas e apoio.

Na etapa de operação o Dique 2B e o Sump 2B-I receberão o aporte de água e sedimentos


da PDE B e a drenagem da Planta Industrial.

O Dique 2B é uma estrutura em enrocamento, galgável, autodrenante, possuindo crista na


elevação 1.022,00 m e comprimento aproximado de 61,5 m. Os taludes de montante e
jusante possuem declividade de 1V:2H e 1V:3H, respectivamente. O Sump será escavado
em solo e será dotado de sistema extravasor. O Desenho 9024MA-X-02009 (Anexo do
Volume 1 - Anexo V) apresenta os arranjos das estruturas de contenção de sedimentos.

Na Tabela 5-33 são apresentadas as características gerais das estruturas de contenção de


sedimentos.

Tabela 5-33: Características Gerais – Dique 2B e Sump 2B-I.


Item Dique 2B Sump 2B-I
Material Enrocamento Escavado
Volume de Escavação (m³) 390.838,00 106.559,63
Altura máxima (m) 8,83 5,00
Comprimento da crista (m) 61,50 -
Elevação do Pé (m) 1.016,69 -
Elevação da Crista (m) 1.022,00 1.030,00
Inclinação dos taludes de montante 1(V):2(H) -
Inclinação dos taludes de jusante 1(V):3(H) 2(H):1(V)
Largura da calha do extravasor (m) 32,00 17,00
Volume do reservatório (m³) 197.290,98 28.897,69
Área para instalação do reservatório (ha) 6,81 1,78
NA Máximo Maximorum (m) 1.021,99 1.029,94
Borda Livre Remanescente (m) 0,01 0,06
Área da Bacia (km²) 0,326 6,628
Tempo de Retorno (TR) de Projeto (anos) 1.000 1.000
Precipitação de Projeto (mm) 145 mm para duração de 4 h 133 mm para duração de 3 h

Estima-se que deverá ser realizada limpeza de 1,0 m nas ombreiras esquerda e direita, 1,0
m da fundação e 1,0 m no leito da drenagem do dique, com a finalidade de eliminar todo
material solto e de cobertura vegetal.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 245


O vertedouro de superfície incorporado ao maciço do Dique 2B é constituído por um canal
trapezoidal com soleira na El. 1.021,0 m, inclinação de parede de 1V:2H no emboque e
2V:1H no restante da calha e largura da base de 32,0 m. A região do vertedouro será
protegida com blocos de enrocamento com diâmetros maiores. Quanto ao sistema
extravasor do Sump 2B-I, o mesmo também é constituído por um canal trapezoidal com
soleira na El. 1.028,5 m, inclinação de parede de 1V:2H no emboque e 2V:1H no restante da
calha e largura da base de 17,0 m.

O Dique 2B foi dimensionado para crista na El. 1.022,0 m e a soleira do extravasor na El.
1.021,0 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 32 m e talude (inclinação da parede) de 2(H):1(V). O Gráfico
5-14 e Gráfico 5-14 apresentam a relação cota x descarga do extravasores do Dique 2B e
Sump 2B-I, respectivamente.

1.022,20

1.021,96
Elevação (m)

1.021,72

1.021,48

1.021,24

1.021,00
0,00 11,00 22,00 33,00 44,00 55,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-14: Curva de Descarga do Extravasor do Dique 2B

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 246


1.022,20

1.021,96
Elevação (m)

1.021,72

1.021,48

1.021,24

1.021,00
0,00 11,00 22,00 33,00 44,00 55,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-15: Curva de descarga do extravasor do Sump 2B-I.

A curva Cota x volume consideradas no trânsito de cheia do Dique 2B e Sump 2B-I, são
apresentadas no Gráfico 5-16 e Gráfico 5-17, respectivamente.

1.022,20

1.021,96
Elevação (m)

1.021,72

1.021,48

1.021,24

1.021,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00
Volume (1.000 m³)

Gráfico 5-16: Curva cota x volume do Dique 2B

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 247


1.030,20

1.029,86
Elevação (m)

1.029,52

1.029,18

1.028,84

1.028,50
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Volume (1.000 m³)

Gráfico 5-17: Curva cota x volume do Sump 2B-I.

As análises de estabilidade do dique 2B e do Sump 2B-I são apresentadas no Anexo do


Volume 1 – (Anexo V).

5.2.13.2.1 ACESSOS PARA MANUTENÇÃO DO DIQUE 2B

O acesso para a realização da manutenção do Dique 2B e Sump 2B-I segue da ombreira


direita do dique até ao acesso da área industrial, possuindo uma extensão de 113 m, largura
de 8 m e declividade transversal máxima de 12%.

5.2.14 RAMAL FERROVIÁRIO

Para escoamento do produto do projeto até o Porto de Tubarão será implantado um Ramal
Ferroviário que será conectado na existente Estrada de Ferro Vitória à Minas – EFVM em
seu km 45+070,4m.

O ramal ferroviário como um todo, incluindo a pêra ferroviária, terá um comprimento de


cerca de 8,2 km, sendo:

▪ 1º Trecho de aproximadamente 3,3 km em linha singela (Km 0+0,00 ao


3+262,60);
▪ 2º Trecho de aproximadamente 4,9 km em linha dupla e linha singela, que
compõem a pêra ferroviária (Km 3+262,60 ao 8+145,1);

Especificamente em relação a Pera Ferroviária, a mesma é composta por:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 248


▪ Trecho de 3,32 km em linha dupla (Km 3+262,60 ao 6+581,3);
▪ Trecho de 1,56 km em linha singela (Km 6+581,3 ao 8+145,1), referente ao
polígono circular.

Na Pera Ferroviária será realizado o carregamento do produto nos trens e a inversão das
composições durante a etapa de operação. O produto será carregado por 04 pás
carregadeiras que farão a carga dos vagões ferroviários. Em seu km 5+800, está previsto
um rabicho de 240 metros para estacionamento de vagões avariados. No Desenho 2623MA-
B-00101 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI) é possível verificar esses segmentos.

5.2.14.1 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS

Para a definição das características geométricas a serem adotadas para a instalação do


Ramal Ferroviário levou-se em consideração informações referentes às características
ambientais da região, dos trens que serão utilizados na via e dos produtos que serão
transportados.

Dessa forma, adotou-se as seguintes premissas para a elaboração do projeto geométrico:

▪ Velocidade máxima de projeto = 60 Km/h;


▪ Trem-tipo OAE Cooper E-80 (03 dash 9 + 252 vagões GDE em forma de tração
distribuída do tipo "locotrol" que se constitui em locomotiva posicionada no
meio da composição de forma a aumentar a tração): 80 toneladas úteis/ vagão
(120 toneladas brutas);
▪ Capacidade para 2 lotes de trens/dia;
▪ Superestrutura – bitola métrica e fixação elástica;
▪ Entrevias – 5,00 m;
▪ Plataforma final de corte/aterro = variável entre 8,00 e 18,00 m, e para o
segmento do rabicho para vagões avariados, uma plataforma de 28,00 metros;
▪ Raio mínimo adotado = 306,00 m na via corrida e 170,00 m na pera;
▪ Rampa máxima de 0,440% no sentido exportação. Na região da pera, não
existe declividade (0,00%).
▪ Pera ferroviária em linha singela.

O projeto geométrico do Ramal Ferroviário é apresentado por arranjos nos Desenhos


2623MA-B-00019 a 2623MA-B-00022 e 2623MA-B-00101 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI).

5.2.14.2 SEÇÕES TRANSVERSAIS TÍPICAS

As seções transversais do Ramal do Projeto Apolo terão largura variável ao longo do seu
eixo. As variações na plataforma da via irão ocorrer de acordo com as características físicas
do local, com as condições de fundação, com a existência de drenagem e com a presença
de curva no traçado.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 249


Para a definição das seções transversais, foram adotadas as premissas:

▪ Inclinação dos taludes de corte: V/H =1/1;


▪ Inclinação dos taludes de aterro: V/H = 2/3;
▪ Banquetas com 4,0 m de largura, a cada 8 m de desnível vertical;
▪ Inclinação transversal das banquetas igual a 5%;
▪ Bitola da linha igual a 1,0 metro;
▪ Largura da plataforma da linha férrea igual a 14 m (linha simples) e 19 m (linha
dupla) – ambos considerando acesso lateral de 6 m de largura a ser utilizado
para manutenção da via férrea durante a sua operação;
▪ Largura dos caminhos de serviço igual a 6,0 m.

A faixa de domíno considerada para foi definida como sendo uma faixa demarcada de 15
metros de largura para cada lado à partir do eixo. Nas áreas onde irão existir mais de uma
linha, foi considerado o eixo mais externo da plataforma. Quando esta faixa não
compreender completamente as estruturas do ramal, irá prevalecer uma distância de 10
metros além dos offsets do projeto. Nas regiões de corte e aterro considerou-se
offset +5,0 m.

As seções transversais típicas mostrando as dimensões da plataforma férrea, da bitola da


linha, dos taludes de corte e aterro, das estruturas de drenagem superficial e do acesso de
serviço são apresentadas no Desenho 2623MA-Y-00005 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI).

5.2.14.3 ATIVIDADES DA IMPLANTAÇÃO DO RAMAL FERROVIÁRIO

5.2.14.3.1 REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

O subleito é a fundação do pavimento ferroviário. A regularização consiste em nivelar a


plataforma, transversal e longitudinalmente. A construção dos aterros segue técnicas
próprias de compactação, executada em camadas de até 30 cm de espessura, para garantir
resistência e estabilidade adequadas. O subleito pode ser substituído, caso o material
constituinte não seja adequado como base do aterro/plataforma.

5.2.14.3.2 INSTALAÇÃO E MONTAGEM DA SUPERESTRUTURA FERROVIÁRIA

A superestrutura da via ferroviária trata do conjunto de elementos que é implantado sobre a


plataforma de terraplenagem, inclusive sobre os tabuleiros das pontes e viadutos, permitindo
o rolamento das composições ferroviárias. Sendo, portanto, a responsável pela distribuição
das cargas aplicadas pelos rodeiros dos trens à plataforma de terraplenagem.

Os componentes da Superestrutura se constituem em:

▪ Sublastro;
▪ Lastro;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 250


▪ Dormentes;
▪ Trilhos;
▪ Aparelhos de mudança de via (AMV);
▪ Acessórios Metálicos;

A Figura 5-16 apresenta a seção transversal típica dos componentes da superestrutura.

Figura 5-16: Seção transversal típica apresentando as componentes da superestrutura.

A seguir será detalhado cada componente da superestrutura ferroviária a ser instalada. A


Tabela 5-34 apresenta as quantidades dos materiais de grade da ferrovia.

Tabela 5-34: Estimativa de material a ser utilizado por quilômetro de ferrovia implantada.

Material Unidade Quant./ km


Trilho TR-68 em barras de 216 m t 136
Dormentes de aço UIC 865 unid. 1.639
Brita para via férrea m³ 2.200
Placa de Apoio Comum PA-68 com 4 furos unid. 3.278
Grampos de fixação elástica, tipo Pandrol ou Deenik unid. 6.556
Conjunto de isoladores e palmilhas conj. 6.556
Tirefão cabeça quadrada unid. 13.112

5.2.14.3.3 SUBLASTRO

Camada da superestrutura ferroviária composta por material de característica superior, que


é espalhado sobre a camada final da plataforma e abaixo do lastro, a fim de proporcionar
melhor drenagem, evitar ascensão de finos e distribuir melhor a carga sobre a plataforma.

Desta forma, entre a camada de lastro e o subleito haverá uma camada de sublastro, com
espessura igual a 20 cm. A função do sublastro é, dentre outras, absorver e transmitir, de
forma homogênea e mais distribuída, os esforços da camada superior (lastro) e impedir a
contaminação do lastro com finos. O grau de compactação desta camada será de 100% do
Proctor Normal.

O material a ser utilizado na execução do sublastro será composto por concreções


lateríticas decapeadas durante a atividade de pré stripping na área da cava. A execução do
sublastro, assim como de todas as camadas de terraplenagem, compreende espalhamento,
mistura, pulverização, umedecimento ou secagem e compactação.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 251


5.2.14.3.4 LASTRO

Camada com a função de distribuir os esforços dos dormentes e restringir o deslocamento


destes, oferecendo elasticidade suficiente à via, absorver vibrações e garantir eficiente
drenagem.

Esta camada será lançada sobre o sublastro, sendo devidamente regularizada, nivelada e
compactada. O nivelamento da ferrovia é garantido ao longo do tempo com restituição desta
camada, que é feito com equipamentos de manutenção.

O lastro tem a função de drenagem e, para garantir esta função, deve ser constituído com
material (brita) com faixa granulométrica adequada (uniforme) e é necessário proceder à
manutenção adequadamente.

Para o Ramal Apolo, o lastro terá as seguintes características:

▪ Altura mínima de lastro sob dormente: 35 cm;


▪ Ombro do lastro mínimo: 40 cm;
▪ Inclinação dos taludes do lastro: (H/V) 3:2.

5.2.14.3.5 DORMENTES

Distribuem as cargas no lastro e possuem as funções de manter a bitola, dar suporte


adequado e seguro para o trilho, garantir a estabilidade da via e amortecer parcialmente as
vibrações. O dormente deve ser de fácil manuseio e possuir vida útil longa.

Na construção do ramal está previsto basicamente o emprego de dormentes de aço. Apenas


sob os AMV, serão empregados dormentes de madeira, com comprimentos adequados à
abertura dos mesmos.

Os dormentes de aço, com dimensões iguais a 230 x 2 x 26 cm (base x altura x


comprimento), serão implantados a cada 60 cm, nos trechos em tangente do eixo e nas
curvas com raio superior a 280 m. Para os trechos em curva, com raio de curvatura menor
do que 280 m, os dormentes serão instalados considerando uma taxa de 1,82 dormentes
por metro (a cada 0,55 cm).

5.2.14.3.6 TRILHOS

As composições ferroviárias (locomotivas e vagões) apoiam diretamente sobre os trilhos,


que tem a função de transmitir/distribuir sobre os dormentes, as cargas impostas pela
composição. A superfície de rolamento, formada pelos trilhos, deve ser contínua, pois
qualquer descontinuidade pode provocar a ocorrência de sobrecargas dinâmicas e
desgastes excessivos, quando da passagem das rodas.

Serão utilizados trilhos longos e soldados (TLS) de 216 metros, do tipo TR-68, com massa
igual a 67,6 kg/m. A Figura 5-17 ilustra a seção típica dos trilhos que serão utilizados.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 252


Figura 5-17: Seção transversal e dimensões do TR-68.

5.2.14.3.7 APARELHO DE MUDANÇA DE VIA (AMV)

São dispositivos que permitem a passagem dos trens de uma via à outra, adjacente. Estes
dispositivos serão construídos com trilhos tipo TR-68 e para o Ramal do Projeto Apolo serão
utilizados com configuração de abertura 1:20.

A Tabela 5-35 apresenta os AMV que serão instalados identificando a sua configuração de
abertura e localização relativa ao eixo da estrada de ferro.

Tabela 5-35: AMV a serem instalados no Ramal Ferroviário.


Abertura (1:n) Posição (km) Finalidade
1:20 0+000 Início do Ramal - Conexão com a EFVM
1:20 3+262 Início da Pêra Ferroviária
1:10 5+800 Rabicho para vagões avariados

Os AMV serão apoiados em dormentes de madeira desde as agulhas até a junta da mesma.
A partir daí são utilizados dormentes especiais, com uma escala crescente dos
comprimentos até alcançarem o comprimento de dois dormentes menos a escala do
crescimento. Constituem, pois, um conjunto que se denomina jogo de dormentes especiais
ou comumente jogo de vigotas.

Com o término da instalação dos AMV, a fase da montagem da superestrutura é finalizada


com a regularização do lastro.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 253


5.2.14.3.8 ACESSÓRIOS METÁLICOS

São elementos complementares da superestrutura, selecionados de acordo com as


caraterísticas das cargas exercidas pelos veículos férreos, os tipos de dormentes utilizados
na linha, facilidade de manutenção, entre outros. Estes elementos têm como função:

▪ Fixar os trilhos na placa (fixação elástica);


▪ Fixar a placa de apoio nos dormentes (fixação elástica, pregos, tirefões e
arruela);
▪ Aumentar a área de apoio dos trilhos no dormente proporcionando uma melhor
distribuição de carga (placa de apoio);
▪ Unir trilhos (tala de junção);
▪ Impedir o deslocamento longitudinal dos trilhos (retensor e fixação elástica).

A fixação dos trilhos aos dormentes será elástica e auto-retensora, o que possibilitará o
emprego de trilhos contínuos, eliminando-se as juntas consideradas como ponto fraco da
linha.

5.2.14.3.9 SINALIZAÇÃO

Com a finalidade de orientação e segurança da circulação de veículos e pessoas na área do


empreendimento, será realizada a instalação de novas sinalizações verticais (placas) em
pontos estratégicos. São previstas placas e sinalização ótica definitivas, para
regulamentação e advertência, visando controlar a circulação ferroviária durante a operação
do empreendimento.

É prevista também a instalação de sinalização provisória nas estradas vicinais existentes


próximas às obras durante a etapa de implantação, e de sinalização permanente nas áreas
próximas à linha férrea na fase de operação.

Ao longo das obras, serão instaladas telas-tapume provisórias (tela trançada plástica de
isolamento, na cor laranja) para a sinalização das áreas de risco, canteiros de obras e etc.

5.2.14.3.10 OBRAS COMPLEMENTARES

Contemplam a instalação de estruturas e dispositivos necessários à operação da via férrea.


Para este ramal os projetos de obras complementares contam com a instalação de:

▪ Balança ferroviária: foram previstas duas balanças ferroviárias na entrada do


pátio para pesagem dos vagões vazios e carregados;
▪ Grua Fixa para retirada de excesso de carga dos vagões: foi prevista a
instalação de equipamento para retirada de excesso de material dos vagões
através de uma grua fixa com “clamshell”;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 254


▪ Plataforma de detecção de corpos estranhos: foi prevista uma plataforma
antes do carregamento de vagões, para locação do sistema de detecção de
corpos estranhos em vagões através de scanner laser;
▪ Plataforma de amostragem: foi prevista uma plataforma de amostragem
manual do material dos vagões;
▪ Cerca de vedação: foi prevista a vedação da faixa de domínio com a
construção de cercas. Esta medida tem como principal justificativa a
necessidade de se evitar o trânsito de animais sobre a via férrea, aumentando
as condições de segurança durante a operação do empreendimento. As cercas
serão construídas na mesma distância e alinhamento da faixa de domínio
projetada e totalizarão cerca de 17km. As cercas serão montadas com
mourões pré-moldados em concreto armado e quatro fios de arame farpado. A
instalação da cerca será precedida do desmatamento e limpeza do terreno de
uma faixa de largura igual a 2 metros (um metro para cada lado da cerca). A
abertura desta faixa disponibilizará o espaço suficiente para o desenvolvimento
das atividades construtivas. Após a limpeza da área, a instalação da cerca será
continuada com a escavação das cavas que irão receber os mourões de
suporte e os esticadores, com profundidade igual a 50 cm e 60 cm,
respectivamente. Os mourões serão, então, assentados e será realizado o
reaterro e a compactação das fundações. Só então os fios serão passados e
tensionados;
▪ Sistema de aspersão dos vagões com tanque de recebimento/estocagem de
aglomerantes, cuja descrição consta no Item 5.3.11.4 das estruturas de
controle ambiental da etapa de operação;
▪ Torre de Controle.

Nos Desenhos 0000MA-B-23000 a 0000MA-B-23003 e 2083MA-B-00001 (Anexos do


Volume 1 - Anexo VI) do projeto geométrico do Ramal ferroviário podem ser observadas
essas estruturas.

Próximo ao km 3+200, sobre a plataforma da via, será construída uma torre de controle.
Esta estrutura será composta por dois pavimentos e ocupará uma área igual a 104 m². A
edificação será construída em concreto armado, fechamento em alvenaria e fundação feita
com sapatas de concreto armado.

No pavimento inferior da torre de controle estão previstas áreas para a instalação da


housing (instalação de armazenamento de equipamentos de eletro-eletrônicos para
sinalização da ferrovia), um depósito de material de limpeza e de escritório e uma área de
serviço (Figura 5-18).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 255


Figura 5-18: Planta do andar térreo da torre de controle.

O segundo andar desta edificação irá contar com área para o controle operacional da via
férrea, vestiários e copa (Figura 5-19). A copa será equipada com fogão para o preparo de
refeições, geladeira e pia. O fogão será alimentado por dois cilindos de gás liquefeito de
petróleo (GLP), que serão instalados na parte externa do primeiro pavimento.

Figura 5-19: Representação em planta do segundo andar da torre de controle.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 256


Durante a operação da Torre de Controle, a gestão dos resíduos será incorporada ao Plano
Gestão de Resíduos do empreendimento e para tratar os efluentes sanitários será instalado
um sistema tanque séptico/sumidouro.

5.2.14.4 INTERFERÊNCIA EM INFRAESTRUTURA EXISTENTE

A implantação do Ramal Ferroviário irá implicar em interferência na adutora de água que


abastece o município de Caeté.

O projeto intercepta a referida adutora em um trecho de aterro, próximo ao km 2+950. Para


proteção dessa tubulação de ferro fundido de 150 mm de diâmetro, foi projetado um bueiro
celular com seção de 1,50 x 1,50 m e 37,35 m de comprimento. Estas dimensões da obra de
arte corrente permitirão a inspeção periódica por técnicos, facilitando a identificação de
pontos de deterioração na tubulação e a execução dos reparos necessários.

No interior do bueiro a adutora será apoiada sobre blocos de ancoragem de altura variável,
de tal forma que a inclinação original da adutora seja mantida e a sua manutenção
possibilitada. A Figura 5-20 apresenta, de forma esquemática, a solução adotada para a
interferência na adutora.

Figura 5-20: Croqui interferência com adutora em planta e em corte.

O processo construtivo para o bueiro de proteção e inspeção da adutora terá como base a
não interrupção do fornecimento da água. Desse modo, a mesma deverá ser construída
considerando as seguintes etapas: suportação da adutora existente, escavação sob a
adutora, construção do piso, construção das paredes e teto.

5.2.14.5 PASSAGEM INFERIOR

Ao longo do traçado do ramal foi prevista a instalação de uma passagem inferior à via férrea
(Figura 5-21).

▪ A PI nas proximidades ao km 2 tem o objetivo dar continuidade do Acesso


Norte-Barão as áreas do empreendimento, bem como preservar os caminhos

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 257


rurais existentes no entorno do futuro ramal, assim como garantir o acesso
para manutenção, aos dois lados da plataforma ferroviária;

Figura 5-21: Passagem Inferior Km 2+0,00.

A respectiva passagem será executada em concreto armado, com 4,5 m x 6,0 m de seção
transversal.

5.2.15 SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL NA IMPLANTAÇÃO

São apresentados a seguir, de forma integrada, os sistemas de controle ambiental que


visam garantir a conformidade legal e normativa das atividades da etapa de implantação do
Projeto Apolo, bem como sua conformidade com boas práticas aplicáveis a esse tipo de
projeto.

5.2.15.1 CONTROLE DE SEDIMENTOS

Durante a etapa de implantação, as atividades de remoção da cobertura vegetal e a


movimentação de terra durante a terraplenagem promoverão a exposição do solo a
intempéries, o que gerará o carreamento de sedimentos.

De uma forma geral, as ações para controle da geração desses sedimentos se resumem na
execução das obras potencialmente geradores de maior quantidade de sedimentos
prioritariamente durante o período de seca e a instalação de estruturas de drenagens
superficiais provisórias no entorno das áreas de escavações, direcionadas para estruturas
de contenção de sedimentos (sumps ou diques) que atuarão desde o início e durante todo o
ciclo de vida do empreendimento.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 258


▪ Nas atividades de preparação inicial da cava e de instalação da PDE A, as
águas pluviais serão direcionadas para o Dique 2A e Sump 2A;
▪ Para as áreas da Pera Ferroviária, Usina de Beneficiamento e Estruturas de
Apoio está prevista a operação do Dique 2B e Sump 2B para a contenção dos
sedimentos gerados durante a construção dessas estruturas;
▪ Para os acessos que serão utilizados durante a instalação do empreendimento,
estão previstos sistemas de drenagem que compreendem a instalação de
dissipadores de energia com decidas d’água em degraus; canaletas de
plataforma; canaletas de banquetas; descidas d’água; valetas de proteção;
sarjetas; entradas d’água; caixas coletoras. As obras de arte correntes
compreendem a instalação de bueiros de greide e de grota, de modo a transpor
as águas das drenagens superficiais sob as plataformas rodoviárias. Para
contenção dos sedimentos está previsto o direcionamento das águas pluviais
para os Dique 2A e 2B e Sumps 2A e 2B;
▪ As drenagens da área dos paióis e respectivo acesso serão encaminhadas
para o Dique 2A e Sump 2A;
▪ Para a área do Ramal Ferroviário está prevista a construção de estruturas de
drenagem provisórias, capazes de disciplinar o fluxo superficial e controlar os
sedimentos. O sistema de drenagem provisório será composto pelos
dispositivos:
− Leiras laterais nos acessos e platôs;
− Canaletas escavadas perifericamente em acessos e platôs;
− Sumps e bacias de sedimentação adjacentes a acessos para a retenção dos
sedimentos provenientes do escoamento superficial e favorecimento da
infiltração da água;
− Dissipadores de energia enrocados com pedra de mão ao final das saídas
d’água das canaletas escavadas “bigodes”.

Os dispositivos temporários serão mantidos até que a construção do sistema de drenagem


definitivo seja concluída.

Ressalta-se também que conforme descrito nos itens anteriores referentes à caracterização
de cada uma dessas estruturas, todas foram dimensionadas de modo a atender ou em
alguns casos, conforme informado, a exceder os parâmetros e coeficientes de segurança
normativos e recomendados, de modo a garantir que durante a instalação do
empreendimento não ocorra qualquer possibilidade de falha de tais controles.

5.2.15.1.1 MEDIDAS DE CONTROLE DA PRODUÇÃO E RETENÇÃO DE SEDIMENTOS

Além das estruturas de retenção de sedimentos e das alternativas de redução de turbidez,


propostas para o Projeto Apolo, são indicadas medidas complementares, de caráter
preventivo, a serem implantadas em locais estratégicos da área de intervenção do projeto,
com o intuito final de reduzir o aporte de sedimentos, sobretudo mais grosseiros, nos

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 259


sistemas de tratamento, reduzindo assim a periodicidade de limpeza destes, além de
proporcionar um aumento ou alcance da eficiência esperada.

As estruturas de drenagem superficial visam evitar o escoamento pluvial sobre superfícies


em solo exposto, prevenindo processos erosivos e de carreamento de materiais (EPA, 1976
apud VALE/DF+, 2020). No entanto, além dos dispositivos de drenagem superficial
convencionais, existem diversas medidas de controle de sedimentos para áreas de
mineração, que podem funcionar de forma integrada e redundante, aos sistemas de
contenção de sedimentos e tratamento das águas pluviais, como os diques e sumps
indicados para o Projeto Apolo.

Portanto, o presente item está incluído em um conjunto de medidas de prevenção e controle


de erosão e carreamento de materiais na fonte, ou seja, na sua origem. Este programa
contemplará o planejamento e gerenciamento de diferentes ações para o Projeto Apolo, de
forma integrada e continua, tais como: preservação da vegetação nativa; reflorestamento de
áreas degradadas; cobertura vegetal de áreas de solos expostos; tratamento de focos de
erosão pluvial em taludes, áreas construídas, assim como em encostas naturais e margens
dos cursos d’água; implantação de estruturas de dissipação de energia no final dos sistemas
de drenagem superficial; além da construção de diferentes técnicas de drenagem pluvial
sustentável (bacias de decantação, desarenadores, silt fences).

Trata-se de estruturas complementares aos sistemas de drenagem superficial de pilhas de


estéril, cavas, áreas industriais, vias de acesso, ferrovias, a serem implantadas de forma
difusa, com o objetivo de reter os sedimentos carreados pela chuva mais próximo à sua
origem, reduzindo a descarga sólida afluente aos diques e sumps locados à jusante. Deve-
se dar atenção aquelas áreas com elevado potencial de geração de sedimentos, como nas
pilhas de estéreis, áreas sem pavimentação nas unidades industriais, locais com grande
movimentação de terra ou solo exposto.

Em geral, são estruturas relativamente de pequeno porte, com vida útil de curta duração,
requerendo a manutenção (limpeza) com uma frequência média anual, especialmente após
a ocorrência de eventos chuvosos de alta intensidade (PINHEIRO, 2011).

Assim, considerando a efetivação destas medidas, é esperada uma certa retenção das
partículas sólidas, transportadas no escoamento superficial, reduzindo o aporte de
sedimentos nas estruturas de tratamento à jusante (sumps e diques), aumentando a vida
útil, periodicidade de limpeza, e eficiência das mesmas.

5.2.15.1.2 SISTEMAS HÍDRICOS DO PROJETO APOLO

A Tabela 5-36: resume as áreas de contribuição das estruturas de contenção de sedimentos


propostas para cada sistema hídrico integrante do Projeto Apolo, incluindo o sistema dique
sump 3 que será implantado e funcionará somente na etapa de operação do projeto.

Em termos de potencial de geração de sedimentos, destaca-se o sistema 2B e 2A, para os


quais são previstas maiores intervenções pelo Projeto Apolo, com pilhas e áreas industriais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 260


Por outro lado, nos sistemas 1A e 3 a bacia de contribuição apresenta características
naturais, com boa cobertura vegetal, sem projeção de implantação de unidades industriais
ou pilhas para o Projeto Apolo. Nestes sistemas, a maior produção de sedimentos se dará
pela drenagem superficial na região da cava, onde é previsto o lançamento e o tratamento
prévio para o interior da mesma, antes do bombeamento para os sumps externos.

Tabela 5-36: Áreas de contribuição por sub-bacia em estudo.


Sistema Estrutura Área de Contribuição (km²)
Dique 1A 2,49
1A Sump 1A-I *
Sump 1A-II *
Dique 2A 0,18
2A
Sump 2A 1,08
Dique 2B 0,20
2B
Sump 2B 6,63
Dique 3 0,03
3 Sump 3-I 0,71
Sump 3-II *

Observação: * Contribuição (bombeamento) proveniente da cava.

A seguir são apresentadas as proposições de alternativas para retenção de sedimentos e


redução da turbidez, para cada sistema hídrico integrante do Projeto Apolo. Ressalta-se
que, as medidas de controle da produção de sedimentos na fonte, descritas no item anterior,
são recomendadas para as áreas de intervenção em todos os sistemas do Projeto Apolo.

➢ Sistema 1A

O uso e ocupação do sistema 1A, apresentado na Figura 5-22, é basicamente composto


pela vegetação densa a ser preservada, e pelos sumps propostos para receber as
contribuições provenientes da cava, por bombeamento. Portanto, nota-se maior contribuição
de áreas naturais, com previsão de baixa produção de sedimentos e descarga sólida
afluente ao dique.

O projeto conceitual do Dique 1A trata-se de uma estrutura em enrocamento, galgável, e as


outras estruturas (Sump 1A- I e Sump 1A - II) escavadas em solo, sendo estes responsáveis
por conter sedimentos gerados na parte central da Cava do Projeto Apolo.

As estruturas de contenção de sedimentos e alternativas de redução da turbidez (Dique 1A,


Sump 1A - I e Sump 1A - II) propostas para o Sistema 1A, e apresentadas Figura 5-23,
estão localizadas a Oeste da Pilha de Disposição de Estéril (PDE) A.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 261


Figura 5-22: Sistema 1A.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 262


Figura 5-23: Sistema 1A: Estruturas de contenção de sedimentos e redução de turbidez.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 263


➢ Sistema 2A

O uso e ocupação do sistema 2A, ilustrado na Figura 5-24, apresenta duas sub-bacias em
sua área de contribuição. A sub-bacia do Dique 2A é composta pela vegetação densa a ser
preservada, e uma parcela de área (12,5%) da PDE A. A outra sub-bacia, do Sump 2A,
receberá uma maior contribuição proveniente de uma área industrial projetada e cerca de
87,5% da área da pilha A, além de uma parcela coberta por vegetação densa a ser
preservada.

O projeto conceitual do Dique 2A prevê uma estrutura em enrocamento, galgável, e o Sump


I escavado em solo. Estes são responsáveis por conter sedimentos gerados na parte norte
da Cava, PDE A, e áreas antropizadas do Projeto Apolo. O Dique 2A e o Sump 2A recebem
a drenagem da pilha PDE A e não estão localizados em cascata. A maior parcela da
drenagem da pilha de estéril é desviada para o Sump 2A, que possui o maior volume de
retenção.

As estruturas de contenção de sedimentos e alternativas de redução da turbidez (Dique 2A


e Sump I) propostas para o Sistema 2 A, e apresentadas na Figura 5-25 estão localizadas
ao Norte da PDE A.

Figura 5-24: Sistema 2A.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 264


Figura 5-25: Sistema 2A: Estruturas de contenção de sedimentos e redução de turbidez

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 265


➢ Sistema 2B

O sistema 2B é divido em duas sub-bacias, a do Dique 2B e a do Sump 2B, conforme


apresentado na Figura 5-26. A área do Dique 2B, menor e situada à jusante, é composta
principalmente por cobertura vegetal de maior densidade, a ser preservada. A bacia de
contribuição ao Sump 2B apresenta uma maior extensão, constituída também de porções de
vegetação densa, além de áreas industrial e de pilha de estéril, previstas no Projeto Apolo.

As estruturas de contenção de sedimentos e redução da turbidez (Dique 2B e Sump 2B)


propostas para o Sistema 2B e apresentadas na Figura 5-27, estão localizadas a norte da
PDE B.

O projeto conceitual do Dique 2B contempla uma estrutura em enrocamento, galgável, e o


Sump 2B escavado em solo, sendo responsáveis por conter sedimentos gerados pela PDE
B e áreas antropizadas do Projeto Apolo. Estas estruturas recebem também a drenagem
superficial da área da pera ferroviária.

Figura 5-26: Sistema 2B.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 266


Figura 5-27: Sistema 2B: Estruturas de contenção de sedimentos e redução de turbidez.

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➢ Sistema 3

O sistema 3 contempla duas sub-bacias de contribuição: Dique 3 e Sump 3-I (Figura 5-28),
sendo que ambas apresentam vegetação nativa, a ser preservada, conforme previsto no
plano diretor do Projeto Apolo.

O projeto conceitual do Dique 3 trata-se de uma estrutura em enrocamento, galgável, e as


outras estruturas (Sump I e Sump II) escavadas em solo, estes são responsáveis por conter
sedimentos gerados na parte central da Cava do Projeto Apolo.

As estruturas do Sistema 3 controlam áreas com potencial de geração de sedimentos mais


baixo. O Dique 3 e o Sump 3-I estão localizados em áreas que não serão diretamente
afetadas, enquanto o Sump 3-II está localizado a montante dessas estruturas e receberá a
drenagem pluvial da cava. As soluções de contenção de sedimentos e redução de turbidez
(Dique 3, Sumps 3-I e 3-II) do Sistema 3, apresentadas na Figura 5-29, estão localizados a
sudoeste da cava do Projeto Apolo.

Figura 5-28: Sistema 3

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 268


Figura 5-29: Sistema 3: Estruturas de contenção de sedimentos e redução de turbidez.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 269


5.2.15.2 SISTEMAS DE DRENAGEM E DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS DO
RAMAL FERROVIÁRIO

Os dispositivos de drenagem têm como objetivo captar e conduzir para local adequado toda
a água que sob qualquer forma venha a atingir a área em estudo. Seguem abaixo a relação
dos dispositivos de drenagem projetados.

O projeto do sistema de drenagem é apresentado nos Desenhos 0000MA-B-23004 a


0000MA-B-23007 e 2083MA-B-00001 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI) enquanto o projeto
do sistema de contenção de sedimentos do ramal é apresentado nos Desenhos 2623MA-B-
00001 a 2623MA-B-00005 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI).

5.2.15.2.1 CANALETA DE PLATAFORMA

Têm o objetivo captar as águas que se precipitam sobre a plataforma e taludes de corte e
conduzi-las longitudinalmente à plataforma. O local de desague é o ponto de transição entre
o corte e o aterro, de forma a permitir a saída lateral para o terreno natural ou para a valeta
de aterro ou, então, para a caixa coletora de um bueiro de greide.

5.2.15.2.2 CANALETA E VALETA DE BANQUETA DE CORTE E ATERRO

São previstas para instalação nas banquetas de cortes e bermas de aterros escalonados,
em seção trapezoidal de base igual a 0,20 m, abertura de 0,60 m e altura de 0,20 m, nos
trechos onde o greide possui declividade. Nos trechos com o greide em nível (0%), as
canaletas deverão ser construídas em seção retangular com base de 0,40 m, e altura
variável, conforme a indicação do projeto.

5.2.15.2.3 VALETAS DE PROTEÇÃO DE CORTES E ATERROS

As valetas de proteção de cortes e aterros são utilizadas como proteção do terrapleno,


quando o terreno se inclina na direção do mesmo. Foram utilizadas valetas trapezoidais tipo
VPA-03 nos aterros e VPC-03 nos cortes, padrão DNIT, nos locais onde o relevo acidentado
faz com que o fluxo d'água nas valetas atinja a velocidade máxima de 6m/s. E nos locais
onde a velocidade for maior que 6m/s adotou-se valeta retangular de proteção de corte e
aterro com degraus. As valetas de proteção de corte e aterro conduzirão as águas até as
caixas coletoras de grota ou até as saídas de valeta com dissipadores até o terreno natural.

5.2.15.2.4 ENTRADA D’ÁGUA

As entradas d’água coletam as águas provenientes das canaletas de aterro e de corte,


conduzindo-as para as descidas d’água ou para um local que garanta deságue seguro no
terreno natural. São utilizadas quando é atingido o ponto crítico da sarjeta, nos pontos
baixos das curvas verticais côncavas e junto às pontes. Foram utilizados, para este projeto,
o tipo EDA-01 e EDA-02 para pontos baixos.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 270


5.2.15.2.5 DESCIDA D’ÁGUA

As descidas d’água destinam-se ao alívio das canaletas, quando estas excedem a sua
capacidade, em banquetas, ou nos casos em que pequenos talvegues desembocam em
pontos intermediários de um corte. Normalmente, esses são conectados às caixas coletoras
dos bueiros.

5.2.15.2.6 CANAIS EM DEGRAUS

Nos locais onde é prevista a descarga dos dispositivos de drenagem superficial de maior
porte, cujas vazões são mais elevadas, e/ou onde a descarga é efetuada em terrenos de
elevada declividade, focos potenciais de ocorrência de processos erosivos, tornou-se
conveniente a previsão de canais para condução do fluxo d’água até os fundos dos
talvegues.

Essas estruturas foram projetadas com a utilização de degraus, que além de ajudarem no
vencimento dos desníveis, atuam também como elementos eficientes de dissipação de
energia. Para o dimensionamento foram fixadas as alturas da parede e do degrau e
definidas as larguras do canal para diversos valores de vazões afluentes.

5.2.15.2.7 DISSIPADORES DE ENERGIA

São indicados nos pontos terminais das sarjetas e valetas, quando estas deságuam no
terreno natural, e nos pontos de descarga das descidas d’água em aterros e bueiros,
objetivando a prevenção da ocorrência de erosões. Serão utilizados os dissipadores padrão
DNIT.

5.2.15.2.8 CAIXAS COLETORAS

As caixas coletoras têm por finalidade coletar e destinar as águas oriundas dos sistemas de
drenagem superficiais e talvegues, conduzindo-as para fora do corpo da plataforma por
meio dos bueiros de greide ou bueiros de grota.

5.2.15.2.9 DRENAGEM SUBTERRÂNEA

O sistema de drenagem subterrânea objetiva o controle das águas sub superficiais para
manutenção do lençol freático a níveis que não comprometam a capacidade de suporte das
camadas finais da terraplenagem, ou causem erosões e escorregamento de taludes.

Os drenos profundos longitudinais (trincheiras drenantes) são constituídos de camada


drenante de areia lavada média a grossa envolto em geotêxtil, com fundo posicionado a
1,50 m abaixo do nível da terraplenagem acabada e tubo dreno perfurado Ø 25 cm.

O dispositivo utilizado no projeto foi o DPS-08 Padrão DNIT.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 271


5.2.15.2.10 CANAL TRAPEZOIDAL EM CONCRETO ARMADO

No interior da pera ferroviária foi indicado um canal trapezoidal em pedra argamassada com
declividade de 1%, com dimensões 9,00X7,00X1,00m. Este direciona o fluxo d'água
provenientes do bueiro do Km 7+270 que receberá, dentre as várias drenagens naturais, a
contribuição da futura PDE B, até o bueiro do Km 7+860. A partir do referido bueiro do Km
7+860 será implantado canal para direcionar o fluxo d’água para o reservatório a ser
formado pelo Dique 2B. Pode-se observar essa seção transversal na Figura 5-30 e a planta
no Desenho 2083MA-B-00001 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI) mostrada anteriormente.

Figura 5-30: Seção do Canal Trapezoidal

5.2.15.2.11 DRENO DE TALVEGUE

Durante o desenvolvimento do sinuoso traçado da ferrovia, encaixado em diversos


segmentos montanhosos e com numerosos vales profundos, diversos aterros foram
projetados sobre talvegues com grande potencial hídrico, sendo necessária a proteção de
fundo destes talvegues que são propícios à percolação natural das águas. Esses drenos
serão revestidos com enrocamento (material drenante).

5.2.15.2.12 OBRAS DE ARTE CORRENTES - BUEIROS

Os bueiros são estruturas hidráulicas que objetivam permitir a passagem das águas sob as
obras de terraplenagem. Essas estruturas são também denominadas obras de arte
correntes e são compostas por três partes: a boca de entrada a montante, o corpo da obra e
a boca de saída a jusante.

Para o projeto em estudo as obras de arte corrente foram estudadas com as condições de
escoamento livre, obedecendo ao período de retorno de 25 anos para as bacias menores
que 1 Km2 e 50 anos para as bacias de 1 a 10 Km2 .

O dimensionamento e a verificação dos bueiros foram realizados aplicando a metodologia


apresentada pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNIT, 1990). Esta
metodologia faz uso de ábacos e tabelas, sendo baseada fundamentalmente nas hipóteses
de escoamento uniforme, na teoria de regime crítico e na teoria de orifícios. A dimensão da
obra foi determinada de forma que, na ocorrência da vazão de projeto, a estrutura opere sob
escoamento livre.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 272


5.2.15.3 CONTROLE DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Na etapa de implantação, a geração de resíduos está relacionada principalmente às obras


civis, envolvendo ainda as atividades relacionadas à infraestrutura necessária para os
empregados.

A relação de resíduos que poderão ser gerados na etapa de implantação, os locais de


estocagem temporária e as destinações finais encontra-se na Tabela 5-37.

Para destinação temporária dos resíduos estão previstos Depósitos Intermediários de


Resíduos (DIR), onde os resíduos serão devidamente segregados e acondicionados.

A partir desses depósitos, os resíduos serão destinados à Central de Materiais Descartáveis


(CMD), com exceção: daqueles relacionados aos serviços de saúde que têm como
destinação final a incineração em empresa especializada; aos entulhos de obra que serão
estocados na área da ADME 3; e aos resíduos que por sua natureza são destinados à
aterros sanitários.

Na região de inserção do projeto existem os seguintes aterros sanitários regularizados, que


poderão ser contratados na época de desenvolvimento do empreendimento:

▪ Matozinhos;
▪ Aterro Sanitário de Betim (Privado - Essencis);
▪ Aterro municipal de Itabirito (Prefeitura);
▪ Aterro Sanitário Macaúbas (Privado – Grupo Odebrecht);
▪ Aterro municipal de Barão de Cocais.

Tabela 5-37: Resíduos a serem gerados na Etapa de implantação.


ESTOCAGEM
CLASSIFICAÇÃO E
RESÍDUO DESTINAÇÃO FINAL
ABNT ACONDICIONA
MENTO
• Filtros e estopas contaminados com
óleo ou graxa;
• Solução desengraxante gerada nas
manutenções;
• Óleo lubrificante usado; DIR/CMD em Co-processamento (queima
Classe I - Perigoso
• Borra de tinta; Tambores controlada em fornos cimenteiros)
• Resíduos de varrição de postos e
oficinas;
• Borra oleosa gerada no tratamento de
efluentes oleosos (SAO e ETEO).
Resíduos originários de serviços de saúde DIR Incineração em empresa
Classe I - Perigoso
tais como seringas, curativos, entre outros. (bombonas) especializada

Lâmpadas fluorescentes e com vapor Descontaminação e reciclagem


DIR/CMD em
metálico e iodo geradas nas instalações de Classe I - Perigoso dos elementos constituintes em
Tambores
apoio operacional. empresa especializada

Venda para empresa


Bateria chumbo ácida (automotiva) gerada DIR/CMD em
Classe I - Perigoso especializada em reciclagem de
nas manutenções Tambores
bateria chumbo ácida

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 273


ESTOCAGEM
CLASSIFICAÇÃO E
RESÍDUO DESTINAÇÃO FINAL
ABNT ACONDICIONA
MENTO
Pilhas e baterias diversas (de lanternas, de Venda para empresa
DIR/CMD em
rádios comunicadores, de telefone celular Classe I - Perigoso especializada em reciclagem de
Pallets
e de equipamentos eletrônicos) Pilhas e baterias diversas
Entulho de obra não contaminado com
Classe IIB - Inerte - ADME 3
substância perigosa
Pátio de
Correias transportadoras geradas nas Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
manutenções Industriais no reciclagem
CMD
Pátio de
Sucatas de borracha (mangueiras,
Resíduos Venda para empresa de
mangotes sem nip’s e tubos) gerada nas Classe IIB - Inerte
Industriais no reciclagem
manutenções de equipamentos
CMD
Pátio de
Pneus veículos leves gerado nas Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
manutenções Industriais no reciclagem
CMD
Pátio de
Pneus caminhões fora-de-estrada gerado Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
nas manutenções Industriais no reciclagem
CMD
Pátio de
Resíduos Venda para empresa de
Roletes gerados nas manutenções Classe IIB - Inerte
Industriais no reciclagem
CMD
Pátio de
Resíduos
Sucata de ferro e manganês gerada nas Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Industriais no
manutenções reciclagem
CMD em
caçambas
Pátio de
Resíduos
Sucata de alumínio gerada nas Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Industriais no
manutenções reciclagem
CMD em
caçambas
Venda para empresa de
Sucata de cobre gerada nas manutenções Classe IIB - Inerte Galpão do CMD
reciclagem
Pátio de
Resíduos
Sucata de bronze e cromo gerada nas Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Industriais no
manutenções reciclagem
CMD em
caçambas
Doação para associações da
Embalagens, vasilhame plástico não DIR (gaiola)
Classe IIB - Inerte região que encaminham para
contaminado com produto perigoso; /CMD
indústrias de reciclagem
Doação para associações da
DIR (gaiola)
Papel e papelão Classe IIB - Inerte região que encaminham para
/CMD
indústrias de reciclagem
Filtro de Ar constituído com parte metálica
Disposição em aterro sanitário
não contaminado com resíduo perigoso, Classe IIB - Inerte DIR (caçamba)
licenciado
sucatas metálicas, cabos de rede elétrica.
Resíduos Sanitários (papel toalha, papel
Disposição em aterro sanitário
higiênico, absorventes higiênicos) gerados Classe IIB - Inerte DIR (gaiola)
licenciado
nas instalações sanitárias.
Disposição em aterro sanitário
Placas e pedaços de vidro. Classe IIB - Inerte DIR (caçamba)
licenciado
Embalagens de madeira, resíduos de Classe IIA – não DIR (caçamba) Disposição em aterro sanitário
madeira não contaminados. inerte /CMD licenciado
Lodo das Estações de Tratamento de
Classe IIA – não Disposição em aterro sanitário
Efluente - ETE e da Estação de DIR (tambor)
inerte licenciado
Tratamento de Água – ETA.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 274


ESTOCAGEM
CLASSIFICAÇÃO E
RESÍDUO DESTINAÇÃO FINAL
ABNT ACONDICIONA
MENTO
Madeiras não recicláveis (cavacos,
madeira podre, ciscos, lascas, pequenos Classe IIA – não DIR (tambor) Disposição em aterro sanitário
pedaços) geradas nas obras e inerte /CMD licenciado
manutenções.
Resíduo de limpeza/manutenção de áreas
Classe IIA – não Disposição em aterro sanitário
verdes (folhas, galhos, troncos, resíduo DIR (tambor)
inerte licenciado
varrição de rua) gerados na poda, capina.
Resíduo de alimentação (restos de
preparo de refeições, sobras de alimentos
Classe IIA – não Disposição em aterro sanitário
das bandejas, sobras de legumes, DIR (tambor)
inerte licenciado
verduras, frutas e carnes) gerado nos
refeitórios e cozinha.
Óleos e gorduras vegetais (refeitórios e Classe IIA – não DIR (sala Disposição em aterro sanitário
cozinha) e Resíduo de caixa de gordura. inerte refrigerada) licenciado

5.2.15.3.1 DEPÓSITOS INTERMEDIÁRIOS DE RESÍDUOS – DIR

Os Depósitos Intermediários Resíduos – DIR são estruturas dedicadas ao acondicionamento


temporário dos resíduos gerados nas instalações do empreendimento. Estes depósitos
serão instalados nas áreas geradoras relacionadas a seguir. Ressalta-se que a configuração
dos mesmos varia de acordo com o tipo e quantidade de resíduo a ser armazenado: gaiolas,
caçambas, tambores e bombonas, conforme especificado na Tabela 5-37 mostrada no item
anterior. De toda forma, os DIR serão cobertos para preservação dos resíduos.

▪ Portaria Sul;
▪ Central de Concreto;
▪ ETA Central definitiva;
▪ Canteiro Central de Infraestrutura e Vale/Gerenciadora de Obra
▪ Canteiro Central de Montagem Eletromecânica
▪ Canteiro Central de Obras Civis
▪ Canteiro avançado de Infraestrutura
▪ Canteiro avançado de montagem eletromecânica
▪ Canteiro avançado de obras civis
▪ Canteiro de apoio à instalação do Ramal Ferroviário
▪ Canteiro de Obras para apoio as atividades de pequeno porte
▪ Área para estocagem e montagem dos equipamentos de Mina;
▪ Alojamento;
▪ Escritório Central;
▪ Restaurante Central (Refeitório e Cozinha);
▪ Ambulatório/Brigada de Incêndio;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 275


▪ Terminal Rodoviário;
▪ Guarita dos Paióis de Explosivos e Acessórios.

Ressalta-se que os resíduos gerados na Portaria Norte serão recolhidos e encaminhados


diariamente para o CMD, em função da sua proximidade com essa estrutura.

A Figura 5-31 apresenta um esquemático com modelos de DIR.

Figura 5-31: Depósito Intermediário de Resíduos Tipo

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 276


5.2.15.3.2 CENTRAL DE MATERIAIS DESCARTÁVEIS – CMD

A CMD da etapa de implantação continuará a ser operada na etapa de operação, está


localizada próximo à Portaria Norte e seu arranjo encontra-se apresentado na Figura 5-32:
Central de Material Descartável (CMD) – Arranjo) e no Desenho 9080MA-A-58001 (Anexos
do Volume 1 - Anexo III).

A CMD destina-se ao recebimento e armazenamento de resíduos gerados nas atividades de


instalação do empreendimento, com o objetivo de garantir a segregação e
acondicionamento temporário, a adoção dos controles ambientais necessários à gestão dos
resíduos e a rastreabilidade da destinação dos mesmos.

A CMD da etapa de implantação será a mesma central a ser utilizada na etapa de operação

Essa central será composta por:

▪ Galpão de resíduos Classe I (resíduos perigosos). No galpão haverá baias para


estocagem de resíduos em recipientes apropriados, área para porta pallets e
local para descarte de baterias. Todo o piso terá inclinação para canaletas
internas direcionadas para uma caixa de contenção de água de lavagem e de
vazamentos eventuais.
▪ Galpão para armazenar embalagens de madeira, resíduos de madeira não
contaminados e não recicláveis (Classe IIA – não inerte); e sucata de cobre,
embalagens/vasilhames plásticos e papel/papelão não contaminados (Classe
IIB – Inerte). O galpão será dividido em partes distintas, destinadas a cada tipo
de resíduo.
▪ Pátio descoberto para armazenamento de sucatas, pneus, roletes, correias,
madeiras e embalagens;
▪ Pátio descoberto para veículos e equipamentos inservíveis/disponíveis.
▪ Escritório composto por sanitários feminino e masculino, duas estações de
trabalho, copa.
▪ Estacionamento.

Para pesagem, controle de entrada e saída de resíduos da CMD, será utilizada balança
rodoviária instalada na Portaria Norte.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 277


Figura 5-32: Central de Material Descartável (CMD) – Arranjo

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 278


Durante a implantação, a maior parte dos resíduos sólidos está relacionada aos canteiros de
obras. A Tabela 5-38 apresenta uma síntese das quantidades esperadas.

Tabela 5-38: Quantidades estimadas da geração de resíduos sólidos


Classes Totais (t) Médias/mês(t) Pico/mês(t)
Classe I (perigosos) 75,82 2,106 19,704
Classe II (não perigosos e não recicláveis 2.427,45 67,429 129,723
Classe II (não perigosos e não recicláveis 1.692,84 47,023 118,148

5.2.15.4 CONTROLE DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Os efluentes líquidos a serem gerados na fase de obras serão os sanitários e os efluentes


oleosos, provenientes das atividades de manutenção e lavagem de máquinas e
equipamentos. Cada tipo de efluente, portanto, será destinado de forma específica conforme
descrito a seguir.

5.2.15.4.1 EFLUENTES SANITÁRIOS

Para tratamento dos efluentes sanitários gerados durante a etapa de implantação, estão
previstas quatro estações de tratamento de esgoto – ETE do tipo compactas que serão
instaladas no Alojamento, no Canteiro de Obras do Ramal Ferroviário, no platô da mina e no
platô da usina. Ressalta-se que essas duas últimas ETEs serão mantidas para utilização na
etapa de operação, enquanto que as duas primeiras serão desmobilizadas após a etapa de
implantação do empreendimento.

Todo efluente sanitário gerado no empreendimento será tratado nas ETEs definitivas, com
exceção daqueles gerados no Alojamento e no Canteiro do Ramal Ferroviário, uma vez que
essas estruturas terão ETE exclusivas para a fase de obras. A Tabela 5-39 apresenta essas
estruturas com suas respectivas capacidades de tratamento previstas.

Tabela 5-39: Localização das ETE compactas durante a etapa de implantação


Localização – área de atendimento Capacidade de Tratamento (m3/h)
Alojamento 3,5
Canteiro de Obras do Ramal Ferroviário 5,0
Platô Mina – ETE Definitiva 3,0
Platô Usina – ETE Definitiva 5,0

O Canteiro de Montagem de Equipamentos de mina e para atividades que ocorrem, por sua
natureza, distantes das instalações sanitárias, as quais apresentam grande mobilidade tais
como serviços de topografia, supressão de vegetação e terraplenagem, terão banheiros
químicos, enquanto os demais canteiros de obras terão tanques de acumulação de esgoto
instalados em suas estruturas. Os efluentes contidos nesses tanques e nos banheiros
químicos serão coletados por caminhões sugadores e transportados até as ETEs definitivas
para tratamento. Para os casos de utilização dos sanitários químicos, serão previstos um
para cada 20 trabalhadores lotados nessas frentes de trabalho.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 279


As estruturas de apoio que serão mantidas para a etapa de operação (Escritório Central/
Centro de Treinamento, Restaurante, Ambulatório e Brigada de incêndio) também terão
tanques de acumulação de esgoto, os quais serão utilizados até a conclusão da instalação
da rede de esgoto interligada à ETE definitiva do platô da usina, conforme descrito
anteriormente.

As ETE compactas serão dotadas de tratamento até etapa terciária (reator anaeróbio de
fluxo ascendente e manta de lodo, reator aeróbio com filtro biológico percolador ou lodos
ativados e desinfecção com cloro) possibilitando o reaproveitamento dos efluentes tratados.
Para tal, reservatórios de acumulação impermeáveis serão implantados à jusante das ETE
de modo a permitir que caminhões pipa utilizem o efluente tratado para usos do tipo:
aspersão de estradas e irrigação de áreas em revegetação, assim não está previsto
lançamento do efluente tratado em nenhum corpo receptor diretamente, e sim o reuso total
dos mesmos.

Um cuidado especial, refere-se às ETEs definitivas, a qual receberão como citado, os


efluentes dos sanitários químicos distribuídos pelo empreendimento. Nesse caso, serão
previstos tanques para o recebimento desses efluentes em separado, já que estes resíduos
consistem no líquido formado pelas necessidades fisiológicas humanas e os aditivos
químicos utilizados nesses sanitários para a neutralização do odor, de modo geral,
especifica-se que tais substâncias desodorizantes sejam biodegradáveis. Assim os efluentes
chegarão as ETEs e serão submetidos à comprovação da viabilidade para o tratamento
biológico, pela caracterização amostral do efluente via análise laboratorial, antes de
encaminhá-lo à linha de tratamento convencional das ETEs. Para os casos que apresentem
anormalidade paramétrica que possa comprometer o tratamento biológico, serão adotadas
medidas de neutralização química, utilizando o tanque de acumulação citado, para somente
após essa estabilização, submeter o efluente ao processo da ETE compacta.

A construção dessas ETEs será priorizada de acordo com o início das atividades em cada
frente de obra atendida, entretanto, no período em que ainda não estiverem operando,
haverá o acondicionamento dos efluentes gerados em tanques de acumulação e sua
destinação periódica às estações de tratamento externas, devidamente licenciadas. Neste
período, é preconizado pelo Plano de Gestão de Recursos Hídricos que ocorrerá a
fiscalização desta destinação através da apresentação, por parte de cada empresa
responsável pela geração do efluente, dos manifestos de coleta/destinação dos efluentes
que permitam a rastreabilidade do mesmo. Após a instalação das ETEs e início de suas
operações, as mesmas serão monitoradas para garantia da manutenção da conformidade
legal dos parâmetros do efluente tratado.

Os efluentes sanitários da Torre de Controle do Ramal Ferroviário serão tratados através da


utilização de um sistema tanque séptico/sumidouro, em função da distância e da pequena
quantidade prevista optou-se por esse sistema como sendo o mais eficiente para essa
estrutura.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 280


5.2.15.4.2 EFLUENTES OLEOSOS

Para gestão dos efluentes oleosos a serem gerados na etapa de implantação, está prevista
Estação de Tratamento de Efluentes Oleosos – ETEO, a ser alocada no canteiro central de
infraestrutura.

Os efluentes dos postos de combustíveis e demais áreas geradoras passarão primeiramente


por SAOs e o efluente das SAOs será tratado na ETEO, ou serão diretamente tratados nas
ETEO, conforme Tabela 5-40.

Tabela 5-40: Estruturas atendidas pelas ETEO durante a etapa de implantação

Área Atendida Capacidade de tratamento (m³/h)


Canteiro da Terraplanagem – recebe do SAO do posto de combustível 2,0
Canteiro do Ramal Ferroviário – recebe do SAO do posto de combustível 2,0
Canteiro da PDE A – recebe do SAO do posto de combustível 2,0
Canteiro de Obras Civis 2,0
Canteiro da Montagem Eletromecânica 2,0

Os postos de combustíveis dos Canteiros da Terraplanagem, do Ramal Ferroviário e da


PDE A terão Separador de Água e Óleo (SAO) associados.

Já as Estações de Tratamento de Efluentes Oleosos (ETEO) estarão associadas às Oficinas


de Manutenção/Lavador de Equipamentos desses três canteiros e dos Canteiros de Obras
Civis e da Montagem Eletromecânica.

As ETEOs irão operar em circuito fechado, ou seja, o efluente tratado será reutilizado nos
processos de pré-lavagem de equipamentos, não sendo previsto, portanto, qualquer
lançamento desse sistema.

5.2.15.4.3 EFLUENTE DA LAVAGEM DO CAMINHÃO BETONEIRA

Os caminhões betoneiras serão lavados a cada nova mistura para garantir a qualidade do
concreto a ser produzido e para retirar o acúmulo de incrustações na superfície interna do
balão.

Para conter a água de lavagem e os resíduos (lastro), será construída uma bacia de
decantação. A limpeza dessa bacia será realizada periodicamente, sendo os resíduos
destinados para a área da ADME 3 e o efluente será reutilizado na produção do concreto ou
na aspersão das vias. Estima-se que o lastro gerado seja de 1,0 a 2,0% do volume total
preparado, ou seja, cerca de 250 a 500m³ de resíduos sólidos de concreto.

5.2.15.4.4 EFLUENTES DO LABORATÓRIO

Serão gerados efluentes no laboratório, provenientes de análises via úmida e lavagem de


vidrarias analíticas. Estes efluentes serão encaminhados a uma Estação de tratamento de
efluente químico - ETE Química, localizada junto ao laboratório.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 281


Na ETE Química, os efluentes serão tratados por meio de processo de precipitação dos
metais dissolvidos, sedimentação da lama e neutralização química do efluente decantado.
Após comprovação laboratorial dessa neutralização, esse efluentes também serão
encaminhados para a ETE compacta definitiva.

5.2.15.5 CONTROLE DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Na etapa de implantação, as atividades que contribuem para emissões atmosféricas, são


provenientes da terraplenagem, carregamento dos caminhões e do tráfego de veículos e
equipamentos em vias não pavimentadas. Também é relevante a emissão de gases da
combustão de motores de equipamentos e veículos movidos a óleo diesel. A partir dos
dados do empreendimento foram gerados os modelos de dispersão atmosféricas gerados
pelas fontes citadas. O modelo para a etapa de implantação é apresentado no Prognóstico
deste EIA.

Para a minimização da geração de material particulado proveniente da


movimentação/trânsito de equipamentos, máquinas e veículos em vias não pavimentadas,
será realizada a umectação ou aspersão dos acessos por meio de caminhões pipa.

A periodicidade da aspersão será função das condições meteorológicas, considerando-se o


grau de insolação, ventos, umidade do ar e precipitação.

Para as emissões geradas pela combustão dos motores de equipamentos e veículos, será
realizada manutenção preventiva. Também está previsto um programa de monitoramento
das emissões veiculares com a utilização da Escala Ringelmann, de modo geral, nesse
programa ocorre a verificação prévia, de todos os veículos e equipamentos que serão
utilizados em atividades do empreendimento, tanto nas fases de instalação como de
operação, além das verificações periódicas dos mesmos durante a execução das atividades.
O atendimento aos padrões exigidos de emissão de fumaça, é uma das condições para a
liberação do veículo ou equipamento para ser utilizado no empreendimento.

Se necessário, para assegurar a saúde dos funcionários que irão trabalhar próximo às
fontes de poeira, em atendimento ao estabelecido na legislação trabalhista, serão utilizados
Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC),
bem como outros dispositivos adequados a cada ambiente de trabalho tais como máscaras,
abatimento de pó (aspersão de água), entre outros.

5.2.15.6 RUÍDOS E VIBRAÇÕES

Na etapa de implantação a geração de ruído e vibração será decorrente, principalmente, das


atividades relacionadas a terraplenagem, ao decapeamento e ao tráfego de equipamentos
nas estradas. Essas atividades ocorrerão no período diurno, considerando o regime de
trabalho de apenas um turno. Exceção se faz aos caminhões que transportarão os
equipamentos, materiais e insumos, os quais poderão acessar a área do projeto fora desse
período e horário. A partir dos dados do empreendimento foi gerada a modelagem de ruído
e vibração gerados pelas fontes citadas. O modelo para a etapa de implantação é
apresentado na Avaliação de Impactos deste EIA.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 282


Como medida de controle, estão previstos adoção de: manutenção e regulagem adequada
de veículos, máquinas e equipamentos; execução de desmonte com o uso de explosivos
controlado conforme Plano de Fogo; e cumprimento dos limites de velocidade máximos
estabelecidos pela Vale, de forma a evitar acelerações bruscas.

Para assegurar a saúde dos funcionários que irão trabalhar próximo às fontes de ruídos e,
em atendimento ao estabelecido na legislação trabalhista, serão utilizados Equipamentos de
Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), bem como outros
dispositivos adequados a cada ambiente de trabalho tais como abafadores, silenciosos,
isolamentos acústicos, entre outros.

Quanto às operações de detonação para o decapeamento serão geradoras de eventos de


vibração. No entanto, o efeito destas vibrações deverá ser sentido diretamente somente nas
próprias instalações do projeto, e com as medidas a serem tomadas citadas anteriormente
para essa atividade.

5.2.16 DESMOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA NA IMPLANTAÇÃO

A desmobilização da mão de obra ocorrerá a medida em que as atividades sejam


finalizadas, para cada escopo especificamente contratado. A desmobilização começará pela
equipe de infraestrutura, responsável pela supressão de vegetação, abertura de acessos,
terraplenagem e drenagens, atividades previstas para ocorrem, principalmente, até o
segundo ano de obra.

Posteriormente ocorrerá a desmobilização das equipes de obras civis e montagem


eletromecânica, à medida em que as frentes forem finalizadas, com o término da
implantação das instalações de usina, mina e apoio que estão previstas para ocorrer após o
26º mês de obra. Também após este período as equipes de preparação da cava,
infraestrutura e superestrutura da ferrovia iniciarão o processo de desmobilização.

Juntamente com o start up do projeto está previsto que uma parte da equipe, a qual tem
como função principal apoiar os testes e comissionamento dos equipamentos e estruturas,
seja consequentemente desmobilizada, espera-se, contudo, que parte dessa mão de obra
seja aproveitada no quadro de efetivo da Etapa de Operação do empreendimento.

Como se trata de um empreendimento de grande investimento, o potencial de mobilização


dos recursos financeiros e humanos será grande, ampliando as oportunidades
socioeconômicas identificadas com a vocação da região e a capacidade de internalizar os
recursos induzidos, isso já estará em curso após o encerramento das atividades de cada
etapa da implantação, e deve ocorrer também na operação.

Assim, tomando-se por base as experiências históricas de expansão e de diversificação de


outras economias regionais, a partir desse tipo de estimulo socioeconômico, se verifica que
a grande maioria da mão de obra quando desmobilizada, tradicionalmente, poderá ser
aproveitada em outros empreendimentos que da região ou retornarão as suas cidades de
origem, ressalta-se que haverá por parte do empreendedor o acompanhamento do processo

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 283


de desmobilização da mão de obra de cada etapa através do Subprograma específico
proposto neste EIA.

5.3 ETAPA DE OPERAÇÃO

Na etapa de operação do Projeto Apolo, cujo tempo de vida é de 29 anos, são previstas as
atividades listadas a seguir, as quais encontram-se descritas nos próximos itens.

▪ Mobilização de mão de obra;


▪ Lavra;
▪ Implantação do Sistema Dique /Sump 3 e acesso associado;
▪ Formação das Pilhas de Estéril A e B, incluindo a instalação da PDE B;
▪ Beneficiamento;
▪ Operação do Ramal Ferroviário;
▪ Operação das Estruturas de Apoio.

5.3.1 MOBILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA NA OPERAÇÃO

Para a etapa de operação a Vale manterá a premissa de priorizar a contratação de mão de


obra nos municípios no entorno do empreendimento. Ressalta-se que parte das vagas a
serem geradas para o quadro próprio do empreendimento será direcionada para um
processo de recrutamento interno, realizado nas demais unidades da Vale em Minas Gerais,
priorizando trabalhadores que residem nos municípios de Caeté, Santa Bárbara, Barão de
Cocais, Raposos e Rio Acima.

Assim, estima-se que serão mobilizados 740 trabalhadores conforme Tabela 5-41 a seguir.
Quanto à qualificação profissional necessária para a realização das atividades de operação,
90% dos funcionários terão até nível técnico e 10% deverá ter curso superior completo.

Tabela 5-41: Efetivo de MO da operação


Efetivo
Efetivo Efetivo Turno Efetivo Turno Turno crítico
diário (adm Efetivo total
ADM (5 turmas) (1 turno) (adm +1 turno)
+ 4 turnos)
Mina 88 328 65 154 350 416
Usina 79 245 49 128 275 324
Total 167 573 115 282 625 740

Os regimes de trabalho a serem utilizados, de acordo com a legislação trabalhista vigente,


acordos sindicais e necessidades do empreendimento são os seguintes:

▪ Pessoal administrativo: 8 horas/dia, de segunda a sexta-feira;


▪ Pessoal de operação de Mina, Usina e Ferrovia: 6 horas/dia, 365 dias/ano, sendo
que o pessoal que atenderá essas atividades se dividirá em 04 equipes, com turnos
alternados e 01 equipe de folga.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 284


Para o dimensionamento do fluxo de ônibus, considerando-se a necessidade de
deslocamento diário de empregados, estima-se a necessidade de cerca de 10 ônibus para
cada um dos quatro turnos e 4 ônibus para o turno administrativo, cuja origem será dividida
entre as cidades onde estará concentrada a mão de obra vinculada ao projeto.

5.3.2 LAVRA

O Projeto Apolo prevê a lavra de 14 Mta de ROM, considerando uma vida útil de 29 anos da
mina.

A Tabela 5-42 a seguir, mostra o sequenciamento de lavra obtido para a cava do Projeto
Apolo, enquanto na Figura 5-33 verifica-se a conformação prevista para a cava final. Na
Figura 5-34 exibe-se o sequenciamento de lavra operacional em intervalos mais
significativos que abrange do ano 01 ao 20, considerando os mesmos parâmetros
operacionais da cava final.

A lavra será desenvolvida, portanto em 436 hectares, considerando a projeção horizontal da


cava final que tem cerca de 6,2 km de comprimento e 1,5 km de largura máxima. A reserva
lavrável é de 387,40 Mt com teor médio de ferro de 62,1%. A relação estéril minério (REM) é
de 1,2 t/t, o que gera 454,2 Mt de estéril.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 285


Tabela 5-42: Volumes de minério e de material estéril previstos para a vida útil do empreendimento.

Massas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 A 10 Ano 11 A 20 Ano 21 A 29

Minério (Mt) 5,1 13,6 14,0 14,0 14,0 14,0 56,00 139,90 116,8

Estéril (Mt) 0,2 6,2 6,2 5,4 7,0 6,9 31,8 188,4 197,20

Relação Estéril/Minério - REM (t/t) 0,0 0,5 0,4 0,4 0,5 0,5 0,6 1,3 1,7

Figura 5-33: Cava Final (em roxo) - Ano 29.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 286


Figura 5-34: Sequenciamento de Lavra – Cava Apolo

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 287


A lavra se dará pelo método convencional a céu aberto, com bancos de 10 metros de altura,
07 metros de largura das bermas, largura das rampas de 30 metros. Os ângulos de talude
geral e entre bermas respeitarão o modelo geomecânico para esta mina.

A Tabela a seguir apresenta a sequência de estéril proveniente da cava e o volume de


estéril por destinação.

Tabela 5-43: Sequênciamento do Estéril por grupo

MASSA (Mt) Estéril Formação Ferrífera Estéril Franco Estéril Total


Pré-stripping/preparação 3.9 1.1 4.9
1 0.2 0.0 0.2
2 4.6 1.6 6.2
3 5.6 0.6 6.2
4 4.4 1.0 5.4
5 6.0 1.0 7.0
6 5.1 1.8 6.9
7 a 10 28.4 3.4 31.8
11 a 20 181.5 7.0 188.4
21 s 29 (cava final) 180.9 16.2 197.2
Massa total (Mt) 420.5 33.6 454.2

Obs: A massa de estéril dos acessos às PDEs não consta na tabela, considerando que poderão ser utilizados
para a realização de aterros durante a construção dos acessos.

5.3.2.1 ESCAVAÇÃO, CARREGAMENTO E TRANSPORTE

O método de lavra envolve operações clássicas de desmonte mecânico e com explosivos,


portanto o desmonte das rochas in situ será realizado majoritariamente por meio de
explosivos para permitir as operações subsequentes de carregamento, transporte e
britagem.

Assim como na etapa de implantação, a lavra poderá ser executada de duas formas: pelo
método de desmonte mecânico, utilizando-se escavadeiras, pás carregadeiras ou tratores
de esteiras, e pelo método de desmonte com explosivos, quando a frente de lavra for
composta por rochas mais resistentes.

No caso do desmonte com explosivos, para execução da perfuração serão utilizados dois
tipos de perfuratrizes no empreendimento. As perfuratrizes rotativas de grande diâmetro (9”)
direcionada para grandes desmontes e perfuratriz rotopercussiva de menor diâmetro (4”)
direcionada à abertura de mina, acertos de praça e pequenas detonações. A furação
primária será feita por perfuratrizes com diâmetro de 9 7/8”. Na furação secundária serão
utilizadas perfuratrizes de pequeno porte com diâmetro da ordem de 2” a 6”. A malha de
furação e a razão de carregamento variam conforme a rocha seja compacta ou não. Na
furação haverá injeção de água para resfriar a broca, fato que contribui para eliminar ou
reduzir a formação de poeira.

Conforme descrito no item 5.2 da Etapa de implantação, dois tipos de explosivos serão
utilizados: ANFO (mistura de nitrato de amônia e óleo queimado) a ser fornecido pela fábrica
da Mina de Itabira e explosivos encartuchados para os furos que apresentarem surgência de
água. Acessórios como booster, retardos de tempo, cordel detonante, espoleta e estopim

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 288


serão utilizados. O desmonte com explosivos deverá obedecer a um plano de fogo
controlado e adequado à operação.

Os projetos dos paióis para armazenamento dos explosivos e acessórios são apresentados
no capítulo da etapa de implantação, em função de sua utilização iniciar na atividade de
decapeamento para preparação da lavra. Portanto, como já informado naquele item que os
paióis de explosivos serão mantidos para a operação, sendo dois depósitos, um para o
armazenamento dos explosivos, boosters e cordéis (Desenho 1080MA-A-00003 - Anexos do
Volume 1 - Anexo III), e outro para o armazenamento de acessórios iniciadores como
espoletas e estopins (Desenho 1080MA-A-00003 – Anexos do Volume 1 - Anexo III).

Quanto ao carregamento, será executado por escavadeiras e pá carregadeira. O transporte


do minério até a britagem primária e do estéril até as pilhas de estéril será realizado por
meio de caminhões fora de estrada com capacidade para 190 toneladas, autônomos.

5.3.2.2 EQUIPAMENTOS DA MINA

As operações de mina serão desenvolvidas com equipamentos de grande porte, adequados


à grande escala de produção.

A relação de equipamentos de mina e quantidade estimada são apresentadas na


Tabela 5-44 a seguir.

Tabela 5-44: Equipamentos para Operação da Mina.

EQUIPAMENTO MODELO FUNÇÃO QTDE


CAMINHÃO 190t - AUTÔNOMO CAT 789 transporte 20
ESCAVADEIRA Komatsu PC4000 carga 5
PA CARREGADEIRA CAT 992 carga 1
PERFURATRIZ ROC Atlas Copco ROC D7 (4 pol) perfuração 1
PERFURATRIZ Atlas Copco DM 45 (9 pol) perfuração 3
CAMINHÃO GRANELEIRO AXOR 2831 Apoio desmonte 1
PA CARREGADEIRA CAT 980 infra 3
CAMINHÃO PIPA AXOR 3341 infra 1
CAMINHÃO PIPA CAT 775 infra 3
RETROESCAVADEIRA CAT 336D infra 4
MOTONIVELADORA CAT 16M infra 3
TRATOR ESTEIRAS CAT D6 infra 2
TRATOR ESTEIRAS CAT D9 infra 7
TRATOR PNEUS CAT 834 infra 3
CAMINHÃO PRANCHA 785 (150 t) manutenção 1
CAMINHÃO BAÚ ATEGO 1726 manutenção 2
CAMINHÃO COMBOIO 6x4 apoio 2
TOTAL 91

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 289


5.3.2.3 ACESSOS INTERNOS PARA TRÁFEGO DE CAMINHÕES FORA DE
ESTRADA

O acesso para os caminhões fora de estrada da cava até PDE B terá cerca de 4,8 km a
partir da britagem primária. Internamente à cava, os acessos são periodicamente alterados
em função do avanço da lavra.

Os seguintes parâmetros geométricos foram definidos para dimensionamento da pista para


tráfego dos referidos caminhões:

▪ Largura da pista de rodagem: 29,0m;


▪ Rampa máxima: 10%;
▪ Leiras de proteção nos bordos de crista dos aterros com altura de 2,00m;
▪ Largura de leiras de proteção com 1,0m;
▪ Raio de curvatura mínimo: 50m;
▪ Abaulamento de 3% da pista do centro para as bordas para facilitar o escoamento
das águas superficiais;
▪ Inclinação transversal nas curvas com velocidade inferior a 10 km/hora;
▪ Velocidade máxima permitida de 40 km/h;
▪ O sistema de drenagem desse acesso, encontra-se descrito no Item 5.2 da Etapa de
implantação.

5.3.2.4 REBAIXAMENTO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

O rebaixamento de águas subterrâneas na cava torna-se necessário no momento que a


lavra atinge o nível freático. No Projeto Apolo, a previsão é que isso ocorra a partir do 1o ano
de operação da lavra, sendo necessário realizar o bombeamento contínuo de água
subterrânea por meio de uma bateria de poços tubulares posicionados estrategicamente em
vários pontos na região da cava.

Com o objetivo de se estimar a vazão a ser bombeada para realizar o rebaixamento de nível
freático para as atividades de mineração foi desenvolvido um modelo hidrogeológico
conceitual e numérico da área de interesse, em que foi representado o entendimento da
dinâmica de circulação hídrica subterrânea (Hidrovia, 2021).

O desenvolvimento do modelo numérico de fluxo das águas subterrâneas, apresentado na


íntegra no capítulo mais adiante que apresentará o Prognóstico Ambiental, levou em
consideração os cenários de operação de lavra dos anos 01 a 28. De modo a compreender
a evolução temporal e espacial do desaguamento nas cavas, apresentam-se na Gráfico
5-18 e Tabela 5-45 as vazões simuladas para o desaguamento em cada um dos pits onde
haverá interceptação do nível d´água subterrânea, considerando-se os valores de
armazenamento (Sy) médios.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 290


Gráfico 5-18: Evolução da vazão de desaguamento simulada para os diferentes pits Norte, Leste e
Oeste – Sy médio.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 291


Tabela 5-45: Vazão de desaguamento futuro e aprofundamento por pit
Pit Norte Pit Leste Pit Oeste
Período Rebaixamento Vazão de Rebaixamento Vazão de Rebaixamento Vazão de
Aprofundamento Aprofundamento Aprofundamento
do nível desaguamento do nível desaguamento do nível d´água desaguamento
da Lavra [m] da Lavra [m] da Lavra [m]
d´água [m] (m³/h) d´água [m] (m³/h) [m] (m³/h)
Ano 01 (1) 7 3 15 0 0 0 0 0 0
Ano 02 (1) 7 19 30 0 0 0 0 0 0
Ano 03 (1) 45 24 84 0 0 0 0 0 0
Ano 04 (1) 45 26 44 23 0 0 0 0 0
Ano 05 (1) 45 27 39 53 0 0 0 0 0
Ano 06 (1) 45 28 37 59 0 0 0 0 0
Ano 07 (2) 45 29 36 80 0 0 0 0 0
Ano 08 (2) 45 30 36 101 0 0 0 0 0
Ano 09 (2) 45 30 35 122 0 0 0 0 0
Ano 10 (1) 45 31 35 143 3 16 0 0 0
(2)
Ano 11 45 32 35 152 15 38 8 0 0
Ano 12 (2) 45 32 35 161 24 67 16 1 0
Ano 13 (2) 45 33 36 170 33 93 24 2 0
Ano 14 (2) 45 33 36 179 42 116 32 3 0
Ano 15 (2) 45 34 36 188 51 137 40 5 0
Ano 16 (2) 45 35 37 197 60 159 48 6 0
Ano 17 (2) 45 36 37 206 69 179 56 8 0
Ano 18 (2) 45 36 38 215 77 200 64 10 0
Ano 19 (2) 45 37 39 224 86 221 72 12 0
Ano 20 (1) 45 38 39 233 87 241 80 14 0
(2)
Ano 21 48 39 41 233 87 208 94 16 0
Ano 22 (2) 50 41 41 233 87 200 108 18 0
Ano 23 (2) 53 42 42 233 87 194 121 19 0
Ano 24 (2) 55 44 44 233 87 190 135 27 10
Ano 25 (2) 58 46 45 233 87 186 149 39 24
Ano 26 (2) 60 48 47 233 87 182 163 52 40
Ano 27 (2) 63 50 49 233 87 177 176 64 51
Ano 28 (1) 65 51 50 233 87 173 190 66 61

Fonte: Hidrovia, 2021

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 292


▪ Entre os anos 01 e 10 o bombeamento ocorrerá apenas no pit Norte, sendo a
vazão máxima de desaguamento nessa cava no ano 03 (84 m3/h), em que
ocorre seu maior aprofundamento. A partir do ano 04, as vazões de
desaguamento no pit Norte se mantêm até o fim da vida da mina entre 35 m3/h
e 50 m3/h. No ano 10 inicia-se também o desaguamento na região do pit Leste,
onde ocorrerá o maior aprofundamento da lavra e, consequentemente, as
maiores vazões necessárias para o desaguamento. As vazões de
desaguamento nessa cava aumentam progressivamente do ano 10 até o ano
20, em que atinge seu máximo valor, de cerca de 240 m3/h. Nesse ano,
somando-se também as vazões de desaguamento no pit Norte, o
desaguamento total simulado é de 280 m3/h. Nota-se que no ano 12 o
rebaixamento do pit Leste se estende até o pit Oeste e, desta forma, entre os
12 e 24, ocorrerá um rebaixamento de cerca de 20 m no pit Oeste produzindo
pelo bombeamento do pit Leste.
▪ A partir do ano 20, não haverá expansão do pit Leste, sendo extraídas apenas
as vazões necessárias para manter a cava seca, sendo então iniciada a
operação do pit Oeste que, contudo, só iniciará o desaguamento no ano 24,
atingindo a vazão máxima de 61 m3/h no ano 28. Nesse ano final de operação
da mina, a vazão total de desaguamento seria da ordem de 285 m3/h.

A Hidrovia ressalta que “a vazão de desaguamento calculada no modelo, de cunho


ambiental, é uma vazão otimizada, na qual se leva em consideração apenas a configuração
das cavas, e não as necessidades operacionais de locação dos poços, e tampouco as
oscilações sazonais da precipitação ou de eventos críticos”.

Na Figura 5-35 apresenta-se a evolução do rebaixamento ao longo do tempo e sua máxima


extensão simulada. Conforme mencionado, observa-se que a extensão do rebaixamento do
ano 01 ao ano 10 se restringe ao pit Norte, atingindo um rebaixamento máximo de 31 m
nesse período. A partir do ano 11, com o avanço do pit Leste, são ampliados os
rebaixamentos previstos no entorno dessa cava, potencializados também pelo rebaixamento
que se inicia no pit Oeste. No final da vida prevista do Projeto Apolo, está sendo previsto um
rebaixamento máximo de 51 m no pit Norte, de 87 m no pit Leste e de 66 m no pit Oeste.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 293


Figura 5-35: Estimativa da expansão do rebaixamento para a mina de Apolo ao longo do tempo

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 294


O impacto de redução nas vazões de base dos cursos de água foi realizado para os
instrumentos de monitoramento de vazão calibrados no domínio de interesse e é
apresentado ao longo do EIA nos capítulos de Prognóstico e Avaliação de Impactos. A
Figura 5-36 apresenta a extensão simulada do máximo rebaixamento com a localização dos
instrumentos de monitoramento de vazão e suas respectivas bacias de contribuição. Na
Tabela 5-46 apresenta-se o resumo dos impactos simulados ao longo do tempo para os
cursos d’água na área de estudo, sendo o ano 28 o final da vida útil estimada para o Projeto
Apolo, representando o cenário de máximo impacto. No tocante às vazões de
desaguamento previstas ao longo do avanço da lavra, prevê-se que as vazões bombeadas
por ano seriam sempre superiores aos impactos previstos, ou seja, suficientes para fornecer
água para a reposição de vazões em cursos d´água como medida mitigadora, caso
necessário.

Tabela 5-46: Resumo dos impactos simulados nos cursos d’água x vazões de
desaguamento (m3/h)
Córrego
Ribeirão do Córrego Ribeirão Córrego Impacto Vazão de
Tempo Maria
Prata Cachoeirinha Preto São João total desaguamento
Casimira
Ano 01 0 0 0 -1 0 -1 0
Ano 02 0 0 0 -1 0 -1 30
Ano 03 0 -3 0 -1 0 -4 84
Ano 04 -1 -6 0 -1 -1 -9 44
Ano 05 -1 -6 0 -1 -2 -10 39
Ano 06 -1 -8 0 -2 -2 -13 37
Ano 07 -2 -8 0 -2 -3 -15 36
Ano 08 -2 -8 0 -2 -5 -17 36
Ano 09 -2 -8 0 -3 -6 -19 35
Ano 10 -4 -10 0 -3 -6 -23 36
Ano 11 -4 -10 0 -5 -7 -26 73
Ano 12 -5 -10 0 -9 -8 -32 102
Ano 13 -8 -10 0 -16 -9 -43 128
Ano 14 -12 -10 0 -26 -9 -57 152
Ano 15 -15 -10 -1 -34 -9 -69 174
Ano 16 -18 -10 -1 -44 -10 -83 196
Ano 17 -24 -11 -1 -53 -10 -99 217
Ano 18 -29 -11 -2 -63 -10 -115 238
Ano 19 -34 -12 -3 -72 -10 -131 260
Ano 20 -39 -12 -4 -82 -10 -147 280
Ano 21 -42 -12 -4 -87 -12 -157 248
Ano 22 -46 -12 -5 -91 -12 -166 241
Ano 23 -49 -12 -6 -94 -12 -173 236
Ano 24 -52 -12 -7 -96 -12 -179 234
Ano 25 -54 -12 -8 -98 -13 -185 256
Ano 26 -57 -12 -8 -100 -13 -190 269
Ano 27 -59 -13 -9 -103 -13 -197 277
Ano 28 -62 -14 -9 -104 -13 -202 285

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 295


Figura 5-36: Estimativa da expansão do rebaixamento para a mina de Apolo ao longo do tempo e localização dos instrumentos de medição.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 296


O rebaixamento do lençol freático no interior da cava será feito em um sistema de captação
e adução, a partir de poços profundos onde serão instaladas bombas hidráulicas, as quais
conduzirão as águas bombeadas para tanques intermediários, localizados entre a captação
e os pontos de reposição, conforme definido pelo projeto hidráulico do sistema. A partir
desses tanques, a água de reposição será bombeada para as bacias que demandarão a
reposição de vazões, em pontos localizados em cotas superiores aos locais definidos como
influenciados pelo rebaixamento.

As tubulações do sistema de adução serão de PEAD (polietileno de alta densidade) ou


similar, para facilitar a flexibilidade e consequente movimentação na cava da mina, evitando
assim que essa operação cause impactos de outra natureza para a adução da água de
reposição.

O lançamento será feito diretamente no talvegue natural, que será protegido por uma cama
composta por pedras de mão, para evitar processos erosivos na drenagem natural.

A Figura 5-37 apresenta de forma esquemática essa estrutura descrita para o sistema de
recarga conforme previsto.

PONTOS DEDE
PONTOS
LANÇAMENTO
LANÇAMENTO

TANQUES
TANQUES DE DE
REEBIMENTO COM
RECEBIMENTO CANAIS DE
BOMBAS
BOMBAS COM BOMBEAMENTO CANAIS DE
SUBMERSÍVEIS
SUBMERSÍVEIS BOMBEAMENTO ENROCAMENTO
ENROCAMENTO
PARAPARA PREVINIR
PREVENIR
EROSÕES
EROSÕES

TANQUES
TANQUES
INTERMEDIÁRIOS
INTERMEDIÁRIOS COM
COM BOMBEAMENTO
BOMBEAMENTO
TUBULAÇÕES
TUBULAÇÕES
POÇOS
POÇOS

Figura 5-37: Diagrama do sistema de recarga das bacias do entorno da cava.

5.3.2.5 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL DA CAVA

Neste item são apresentados os estudos hidrológicos e hidráulicos realizados para os


Projetos dos Sistemas de Drenagem Superficial da cava do Projeto Apolo.

Propõem-se neste estudo sistemas de drenagem superficial considerando o


sequenciamento da lavra para os seguintes anos de operação: 1º ano, 2º ano; 3º ano; 4º
ano; 10º ano; 20º ano e 29º último ano de operação, bem como o sistema de contenção de
sedimentos que inclui sumps no interior das cavas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 297


5.3.2.5.1 CRITÉRIOS E PREMISSAS

Os seguintes critérios e premissas foram considerados pela empresa DF+ Engenharia


Geotécnica e Recursos Hídricos Ltda., na elaboração dos estudos:

▪ A obtenção das vazões de projeto para o pré-dimensionamento das estruturas


hidráulicas foi realizada por métodos indiretos, a partir da transformação da
chuva em vazão;
▪ As vazões de projeto dos dispositivos hidráulicos foram obtidas pelo Método
Racional em função do porte das bacias hidrográficas de contribuição
(inferiores a 1,5 km²);
▪ Os coeficientes de escoamento superficial admitindo para o cálculo das vazões
de dimensionamento dos canais periféricos foram iguais a 0,60 para a área da
cava e 0,25 para terreno natural;
▪ A intensidade de precipitação, adotada no cálculo da vazão de projeto, refere-
se ao quantil com duração equivalente ao tempo de concentração da bacia de
contribuição;
▪ Dimensionamento das estruturas hidráulicas considerando um tempo de
retorno dos eventos pluviométricos de 100 anos de período de retorno (TR);
▪ Declividade longitudinal das bermas a ser considerada: 1,0% (sempre que
possível), observando-se o mínimo de 0,5%;
▪ Declividade transversal das bermas a ser considerada de 3%;
▪ O dimensionamento das estruturas de drenagem foi feito considerando a altura
de lâmina de água corresponde a ocupação de 80% da altura da seção
hidráulica e 20% de borda livre. A vazão admissível foi obtida por meio da
equação de Manning;
▪ Entretanto, para os casos em que, seguindo esta metodologia, a velocidade
máxima ultrapassou 10,0 m/s, obteve-se por meio da equação de Manning, a
altura de água normal, corresponde a maior velocidade no trecho com
declividades altas;
▪ Taxas de geração média de sedimentos iguais a 400 m³/ha/ano para áreas das
cavas e 25 m³/ha/ano para as áreas naturais contribuintes;
▪ Os sumps foram dimensionados para comportar o volume de água proveniente
da precipitação direta com 10 anos de período de retorno (TR) e 24 horas de
duração e conter o volume de sedimentos provenientes da área de lavra,
considerando pelo menos 06 meses de armazenamento entre os períodos de
manutenção;
▪ As vazões de bombeamento foram dimensionadas de forma a esgotar o
volume total de água armazenada no Sump no período máximo de 03 dias;
▪ Para o 29º ano (último de ano de lavra), no caso de Sumps com área
necessária superior a área de fundo da cava, não deverá ser realizada a
escavação destes sumps. O fundo da cava poderá ser utilizado para

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 298


reservação da drenagem superficial, a qual posteriormente deverá ser
bombeada para o canal mais próximo e direcionada para o dique de contenção
de sedimento a jusante.

5.3.2.5.2 CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL

Os sistemas de drenagem propostos para os cenários da Cava do Projeto Apolo, referente


aos anos; 1º ano, 2º ano; 3º ano; 4º ano; 10º ano; 20º ano e 29º ano, foram concebidos com
o objetivo de coletar as águas provenientes da precipitação direta incidente sobre a área da
lavra e entorno e conduzi-las, de forma ordenada, até o talvegue mais próximo ou até os
fundos de cava, evitando o desenvolvimento de processos erosivos.

São elementos deste sistema:

▪ Drenagem sobre as bermas que deverão funcionar como canais, conduzindo


os escoamentos provenientes da área da lavra até as descidas de água e/ou
canais de drenagem (canais de acesso e periféricos);
▪ Descidas de água (DA), responsáveis por coletar os escoamentos provenientes
das bermas, destinando-os aos canais de drenagem ou diretamente nos sumps
a serem implantados nos fundos de cavas;
▪ Descidas de água (DA), responsáveis por coletar os escoamentos provenientes
das bermas, destinando-os aos canais de drenagem ou diretamente nos sumps
a serem implantados nos fundos de cavas;
▪ Canais de acesso (CA) e periféricos (CP), tendo como objetivo coletar o
escoamento proveniente das descidas de água, bermas e áreas adjacentes,
descartando-os no talvegue natural, sumps ou no reservatório dos diques;
▪ Bueiros para condução das vazões afluentes em trecho onde há necessidade
de transposição de veículos;
▪ Sumps, estruturas escavadas em solo, com a finalidade de conter os
sedimentos que porventura sejam gerados durante as operações de lavra e
armazenar as contribuições provenientes das precipitações diretas na cava que
não são passíveis de serem retiradas por gravidade, para posteriormente
serem bombeadas para os Diques do empreendimento.

Assim de modo a garantir o controle e carreamento de sólidos durante o período de lavra


das cavas do Projeto Apolo, foram previstos os seguintes diques de contenção de
sedimentos: 1A, 2A, 2B e 3. Ressalta-se, como já informado na etapa de implantação que o
Dique 2A será implantado, inicialmente, para conter os sedimentos da PDE A e o Dique 2B
para conter os sedimentos da PDE B, Platôs da Usina e Infraestrutura de Apoio e da Pêra
Ferroviária. É importante frisar que associados aos diques, estão previstos sumps, de modo
a garantir maior eficiência ao controle proposto.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 299


5.3.2.5.3 VAZÃO DE PROJETO

Basicamente a metodologia adotada nos estudos hidrológicos pode ser resumida na


seguinte sequência:

▪ Estudo das chuvas intensas na área de projeto


▪ Lançamento do eixo das estruturas hidráulicas;
▪ Definição das características físicas e parâmetros das bacias de contribuição,
tais como áreas de drenagem, características do terreno e tempos de
concentração;
▪ Cálculo das vazões de projeto para cada estrutura.

Conforme já salientado, para as vazões de projeto utilizadas no dimensionamento das


estruturas de drenagem, utilizou-se o Método Racional.

Neste método, a transformação de chuva em vazão é obtida pela aplicação de um


coeficiente de escoamento definido em função da cobertura vegetal e tipo do solo da bacia
de contribuição. Considera-se que os eventos chuvosos correspondentes às vazões
máximas têm a duração igual ao tempo de concentração da respectiva bacia, ou seja:

Cit ,T  A
Qp = 3, 6
Equação 4.11

Onde:

Qp é a vazão de projeto (m³/s);

C é o coeficiente de escoamento, determinado a partir do uso do solo e do tipo do solo;

it,T é a intensidade média da chuva para uma duração t e um tempo de retorno T (mm/h);

A é a área da bacia de contribuição (km²).

Foi considerado nos estudos, para dimensionamento dos dispositivos, o período de retorno
de 100 anos para as canaletas de berma, canais de drenagem e descidas de água;

Os tempos de concentração foram obtidos por meio do método cinemático. Nas áreas das
bermas e platôs, dos canais periféricos e das descidas de água admitiu-se velocidade de
escoamento de 1,0 m/s e 5,0 m/s. respectivamente.

Os valores dos coeficientes de escoamento adotados para o cálculo das vazões de projeto
foram ponderados segundo as áreas de drenagem para cada tipo identificado acima. Os
coeficientes de escoamento admitidos foram:

▪ Superfície de Cava: C = 0,60;


▪ Área com cobertura natural: C = 0,25.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 300


Na Tabela 5-47 a Tabela 5-53 estão apresentadas as sínteses dos cálculos para a obtenção
das vazões de projeto para os sistemas de drenagem superficial da cava do Projeto Apolo,
utilizando o Método Racional, para os cenários analisados.

Tabela 5-47: Cálculo das vazões de projeto – 1º Ano.


Área de Drenagem Tempo de C Vazão
Estrutura I (mm/h)
(km²) Concentração (min) ponderado (m³/s)
CT01-A 0,032 10,0 174,00 0,60 0,93
CP01-A 0,105 10,0 174,00 0,60 3,04
CP01-B 0,016 6,0 174,00 0,60 0,46
CP01-C 0,008 6,0 174,00 0,60 0,23
DA01-A 0,114 10,0 174,00 0,60 3,30
DA01-B 0,098 10,0 174,00 0,60 2,85
DA01-C 0,025 6,0 174,00 0,60 0,73
DA01-D 0,088 10,0 174,00 0,60 2,55
DA01-E 0,027 6,0 174,00 0,60 0,80
CA01-A 0,022 6,0 174,00 0,60 0,64
CA01-B 0,050 6,0 174,00 0,60 1,46
CA01-C 0,081 6,0 174,00 0,60 2,35
BU01-A 0,098 10,0 174,00 0,60 2,85
BU01-B 0,050 6,0 174,00 0,60 1,46
BU01-C 0,088 10,0 174,00 0,60 2,55
BU01-D 0,022 6,0 174,00 0,60 0,64

Tabela 5-48: Cálculo das vazões de projeto – 2º Ano.


Área de Drenagem Tempo de C Vazão
Estrutura I (mm/h)
(km²) Concentração (min) ponderado (m³/s)
CP02-A 0,006 6,0 174,00 0,60 0,16
CP02-B 0,029 6,0 174,00 0,60 0,85
DA02-A 0,118 6,0 174,00 0,60 3,44
DA02-B 0,021 6,0 174,00 0,60 0,61
DA02-C 0,060 6,0 174,00 0,60 1,75
DA02-D 0,032 6,0 174,00 0,60 0,91
CA02-A 0,055 10,0 174,00 0,60 1,59
CA02-B 0,036 6,0 174,00 0,60 1,04
CA02-C 0,048 10,0 174,00 0,60 1,39
CA02-D 0,035 10,0 174,00 0,60 1,03
BU02-A 0,036 6,0 174,00 0,60 1,04
BU02-B 0,022 6,0 174,00 0,60 0,65
BU02-C 0,021 6,0 174,00 0,60 0,61
BU02-D 0,035 6,0 174,00 0,60 1,03

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 301


Tabela 5-49: Cálculo das vazões de projeto – 3º Ano.
Área de Tempo de C
Estrutura I (mm/h) Vazão (m³/s)
Drenagem (km²) Concentração (min) ponderado
CP03-A 0,043 6,0 174,00 0,60 1,25
CP03-B 0,087 10,0 174,00 0,60 2,53
CP03-C 0,002 6,0 174,00 0,60 0,05
DA03-A 0,052 6,0 174,00 0,60 1,51
DA03-B 0,119 6,0 174,00 0,60 3,47
DA03-C 0,043 6,0 174,00 0,60 1,26
DA03-D 0,073 10,0 174,00 0,60 2,11
DA03-E 0,035 6,0 174,00 0,60 1,03
DA03-F 0,042 6,0 174,00 0,60 1,22
CA03-A 0,027 6,0 174,00 0,60 0,78
CA03-B 0,050 6,0 174,00 0,60 1,46
CA03-C 0,056 6,0 174,00 0,60 1,63
BU03-A 0,035 6,0 174,00 0,60 1,15
BU03-B 0,057 6,0 174,00 0,60 1,65

Tabela 5-50: Cálculo das vazões de projeto – 4º Ano.


Área de Drenagem Tempo de Vazão
Estrutura I (mm/h) C ponderado
(km²) Concentração (min) (m³/s)
CA04-A 0,122 6,0 174,00 0,60 3,54
CA04-B 0,033 6,0 174,00 0,60 0,96
CA04-C 0,117 6,0 174,00 0,60 3,41
CA04-D 0,010 6,0 174,00 0,60 0,28
CP04-A 0,048 6,0 174,00 0,60 1,38
CP04-B 0,060 6,0 174,00 0,60 1,74
DA04-A 0,035 6,0 174,00 0,60 1,15
DA04-B 0,043 6,0 174,00 0,60 1,24

Tabela 5-51: Cálculo das vazões de projeto – 10º Ano.


Área de Drenagem Tempo de C Vazão
Estrutura I (mm/h)
(km²) Concentração (min) ponderado (m³/s)
CP05-01 0,011 10,0 174,00 0,60 0,31
CP05-02 0,011 6,0 174,00 0,60 0,31
CP05-03 0,002 6,0 174,00 0,60 0,06
CP05-04 0,015 6,0 174,00 0,60 0,42
CP05-05 0,001 6,0 174,00 0,60 0,04
CP05-06 0,016 6,0 174,00 0,60 0,45
CP05-07 0,033 10,0 174,00 0,60 0,97
CP05-08 0,005 6,0 174,00 0,60 0,14
CP05-09 0,011 6,0 174,00 0,60 0,32
CP05-10 0,011 6,0 174,00 0,60 0,32
CP05-11 0,029 6,0 174,00 0,60 0,84
CP05-12 0,025 6,0 174,00 0,60 0,73
CP05-13 0,029 6,0 174,00 0,60 0,84
CP05-14 0,004 6,0 174,00 0,60 0,12
CP05-15 0,068 6,0 174,00 0,60 1,97

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 302


Área de Drenagem Tempo de C Vazão
Estrutura I (mm/h)
(km²) Concentração (min) ponderado (m³/s)
CP05-16 0,020 10,0 174,00 0,60 0,59
DA05-01 0,114 6,0 174,00 0,60 3,30
DA05-02 0,033 6,0 174,00 0,60 0,96
DA05-03 0,137 6,0 174,00 0,60 3,98
DA05-04 0,018 6,0 174,00 0,60 0,52
DA05-05 0,010 6,0 174,00 0,60 0,30
DA05-06 0,087 6,0 174,00 0,60 2,53
DA05-07 0,053 6,0 174,00 0,60 1,53
DA05-08 0,039 6,0 174,00 0,60 1,14
DA05-09 0,114 10,0 174,00 0,60 3,30
DA05-10 0,168 6,0 174,00 0,60 4,87
DA05-11 0,001 6,0 174,00 0,60 0,04
CA05-01 0,013 6,0 174,00 0,60 0,39
CA05-02 0,024 6,0 174,00 0,60 0,70
CA05-03 0,039 6,0 174,00 0,60 1,12
CA05-04 0,076 6,0 174,00 0,60 2,22
CA05-05 0,114 6,0 174,00 0,60 3,32
CA05-06 0,007 6,0 174,00 0,60 0,20
CA05-07 0,006 6,0 174,00 0,60 0,16
CA05-08 0,012 6,0 174,00 0,60 0,33
CA05-09 0,004 6,0 174,00 0,60 0,12
CA05-10 0,099 6,0 174,00 0,60 2,86
CA05-11 0,034 6,0 174,00 0,60 0,99
CA05-12 0,188 6,0 174,00 0,60 5,45
CA05-13 0,004 6,0 174,00 0,60 0,10
CA05-14 0,158 10,0 174,00 0,60 4,58
BU05-01 0,095 6,0 174,00 0,60 2,77
BU05-02 0,130 6,0 174,00 0,60 3,77

Tabela 5-52: Cálculo das vazões de projeto – 20º Ano.


Tempo de
Área de Vazão
Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado
Drenagem (km²) (m³/s)
(min)
CP06-01 0,015 6,0 174,00 0,60 0,43
CP06-02 0,013 6,0 174,00 0,60 0,37
CP06-03 0,025 6,0 174,00 0,60 0,71
CP06-04 0,052 6,0 174,00 0,60 1,50
CP06-05 0,143 10,0 174,00 0,60 4,14
CP06-06 0,077 10,0 174,00 0,60 2,24
CP06-07 0,025 6,0 174,00 0,60 0,72
CP06-08 0,000 6,0 174,00 0,60 0,01
CP06-09 0,013 6,0 174,00 0,60 0,37
CP06-10 0,018 6,0 174,00 0,60 0,53
CP06-11 0,036 6,0 174,00 0,60 1,04
DA06-01 0,071 6,0 174,00 0,60 2,07

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 303


Tempo de
Área de Vazão
Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado
Drenagem (km²) (m³/s)
(min)
DA06-02 0,148 6,0 174,00 0,60 4,28
DA06-03 0,088 6,0 174,00 0,60 2,55
DA06-04 0,031 6,0 174,00 0,60 0,90
DA06-05 0,126 6,0 174,00 0,60 3,67
DA06-06 0,060 6,0 174,00 0,60 1,73
DA06-07 0,120 6,0 174,00 0,60 3,49
DA06-08 0,040 10,0 174,00 0,60 1,16
DA06-09 0,069 10,0 174,00 0,60 2,00
DA06-10 0,216 10,0 174,00 0,60 6,28
DA06-11 0,018 10,0 174,00 0,60 0,52
DA06-12 0,260 10,0 174,00 0,60 7,55
DA06-13 0,326 6,0 174,00 0,60 9,45
DA06-14 0,229 10,0 174,00 0,60 6,64
DA06-15 0,038 6,0 174,00 0,60 1,11
DA06-16 0,028 6,0 174,00 0,60 0,82
DA06-17 0,061 6,0 174,00 0,60 1,78
DA06-18 0,024 6,0 174,00 0,60 0,70
DA06-19 0,035 6,0 174,00 0,60 1,01
CA06-01 0,138 6,0 174,00 0,60 4,00
CA06-02 0,037 6,0 174,00 0,60 1,07
CA06-03 0,161 6,0 174,00 0,60 4,68
CA06-04 0,179 6,0 174,00 0,60 5,21
CA06-05 0,189 6,0 174,00 0,60 5,50
CA06-06 0,330 10,0 174,00 0,60 9,58
CA06-07 0,097 6,0 174,00 0,60 2,81
CA06-08 0,140 6,0 174,00 0,60 4,07
CA06-09 0,329 15,0 153,20 0,60 8,40
CA06-10 0,576 10,0 174,00 0,60 16,72
CA06-11 0,053 6,0 174,00 0,60 1,54
CA06-12 0,028 6,0 174,00 0,60 0,83
BU06-01 0,148 6,0 174,00 0,60 4,28

Tabela 5-53: Cálculo das vazões de projeto – 29º Ano.


Tempo de
Área de Drenagem Vazão
Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado
(km²) (m³/s)
(min)
CC01-A-INICIO 0,047 10,0 174,00 0,47 1,06
CC01-B-INICIO 0,015 6,0 174,00 0,48 0,34
CC01-C-INICIO 0,051 10,0 174,00 0,59 1,46
CC01-D-INICIO 0,109 15,0 153,20 0,59 2,74
CC01-E-INICIO 0,200 6,0 174,00 0,52 5,05
CC05-A-INICIO 0,113 15,0 153,20 0,54 2,59
CC10-A-INICIO 0,183 15,0 153,20 0,55 4,26
CC20-A-INICIO 0,015 6,0 174,00 0,55 0,39

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 304


Tempo de
Área de Drenagem Vazão
Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado
(km²) (m³/s)
(min)
CC20-B-INICIO 0,009 6,0 174,00 0,56 0,25
CC20-C-INICIO 0,039 6,0 174,00 0,37 0,69
CC20-D-INICIO 0,061 10,0 174,00 0,26 0,76
CC20-E-INICIO 0,040 10,0 174,00 0,58 1,11
CC20-F-INICIO 0,019 6,0 174,00 0,54 0,49
CC20-G-INICIO 0,065 15,0 153,20 0,59 1,64
CC20-H-INICIO 0,002 6,0 174,00 0,58 0,06
CC20-I-INICIO 0,027 10,0 174,00 0,58 0,76
CC20-J-INICIO 0,021 6,0 174,00 0,58 0,58
CC20-K-INICIO 0,105 10,0 174,00 0,32 1,61
CC20-L-INICIO 0,091 10,0 174,00 0,29 1,28
CC20-M-INICIO 0,024 10,0 174,00 0,51 0,58
CC20-N-INICIO 0,022 10,0 174,00 0,59 0,61
CC20-O-INICIO 0,073 15,0 153,20 0,59 1,85
CC20-P-INICIO 0,006 6,0 174,00 0,57 0,16
CC20-Q-INICIO 0,015 6,0 174,00 0,50 0,36
CC20-R-INICIO 0,029 10,0 174,00 0,44 0,62
DA20-A-I 0,169 10,0 174,00 0,55 4,54
DA20-A-II 0,304 10,0 174,00 0,57 8,44
DA20-B-INICIO 0,163 15,0 153,20 0,60 4,15
DA20-C-INICIO 0,102 15,0 153,20 0,60 2,60
DA20-D-INICIO 0,063 10,0 174,00 0,60 1,82
DA20-E-INICIO 0,035 6,0 174,00 0,60 1,03
DA20-F-INICIO 0,043 6,0 174,00 0,60 1,24
DA20-G-INICIO 0,235 15,0 153,20 0,60 6,01
DA20-H-INICIO 0,180 15,0 153,20 0,60 4,60
DA20-I-INICIO 0,210 15,0 153,20 0,60 5,36
DA20-J-INICIO 0,177 15,0 153,20 0,60 4,52
DA20-K-I 0,040 10,0 174,00 0,60 1,17
DA20-K-II 0,091 10,0 174,00 0,60 2,63
DA20-K-III 0,304 15,0 153,20 0,60 7,78
DA20-L-INICIO 0,155 15,0 153,20 0,60 3,96
DA20-M-INICIO 0,086 10,0 174,00 0,60 2,50
DA29-A-INICIO 0,056 15,0 153,20 0,60 1,44
DA29-B-INICIO 0,021 6,0 174,00 0,60 0,60
DA29-C-INICIO 0,052 6,0 174,00 0,60 1,51
DA29-D-I 0,153 10,0 174,00 0,60 4,41
DA29-D-II 0,203 15,0 153,20 0,60 5,16
DA29-E-INICIO 0,319 15,0 153,20 0,58 7,82
DA29-F-INICIO 0,118 6,0 174,00 0,60 3,40
DA29-G-INICIO 0,033 6,0 174,00 0,60 0,95
DA29-H-INICIO 0,100 10,0 174,00 0,60 2,89
DA29-I-INICIO 0,129 10,0 174,00 0,58 3,62
DA29-J-I 0,051 15,0 153,20 0,60 1,31
DA29-J-II 0,074 15,0 153,20 0,60 1,89
DA29-K-INICIO 0,087 15,0 153,20 0,60 2,20
DA29-L-INICIO 0,038 10,0 174,00 0,60 1,10

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 305


Tempo de
Área de Drenagem Vazão
Estrutura Concentração I (mm/h) C ponderado
(km²) (m³/s)
(min)
DA29-M-INICIO 0,338 15,0 153,20 0,43 6,17
DA29-N-INICIO 0,095 10,0 174,00 0,60 2,76
CA29-A-INICIO 0,013 6,0 174,00 0,60 0,38
CA29-B-INICIO 0,038 6,0 174,00 0,60 1,10
CA29-C-I 0,020 6,0 174,00 0,60 0,58
CA29-C-II 0,086 15,0 153,20 0,60 2,20
CA29-D-I 0,019 6,0 174,00 0,60 0,54
CA29-D-II 0,052 6,0 174,00 0,60 1,52
CA29-D-III 0,154 15,0 153,20 0,60 3,94
CA29-E-INICIO 0,107 10,0 174,00 0,60 3,10
CA29-F-I 0,004 6,0 174,00 0,60 0,10
CA29-F-II 0,197 15,0 153,20 0,60 5,05
CA29-F-III 0,420 15,0 153,20 0,60 10,74
CA29-G-INICIO 0,012 6,0 174,00 0,60 0,35
CA29-H-I 0,016 6,0 174,00 0,60 0,47
CA29-H-II 0,270 15,0 153,20 0,60 6,91
CA29-H-III 0,462 15,0 153,20 0,60 11,80
CA29-I-INICIO 0,013 6,0 174,00 0,60 0,39
CA29-J-I 0,018 6,0 174,00 0,60 0,53
CA29-J-II 0,175 15,0 153,20 0,60 4,48
CA29-K-INICIO 0,018 6,0 174,00 0,60 0,53
CA29-L-INICIO 0,011 6,0 174,00 0,60 0,33
CA29-M-INICIO 0,049 6,0 174,00 0,60 1,42
CA29-N-I 0,010 6,0 174,00 0,60 0,29
CA29-N-II 0,331 15,0 153,20 0,60 8,46
CA29-O-I 0,019 6,0 174,00 0,60 0,56
CA29-O-II 0,112 10,0 174,00 0,60 3,24
CA29-P-INICIO 0,035 6,0 174,00 0,60 1,02
CA29-Q-I 0,003 6,0 174,00 0,60 0,08
CA29-Q-II 0,038 6,0 174,00 0,60 1,11
CA29-R-INICIO 0,017 6,0 174,00 0,60 0,48
CA29-S-I 0,003 6,0 174,00 0,60 0,09
CA29-S-II 0,137 10,0 174,00 0,58 3,87
CA29-S-III 0,148 10,0 174,00 0,58 4,16
CA29-T-INICIO 0,077 15,0 153,20 0,60 1,96
CA29-U-I 0,031 6,0 174,00 0,60 0,91
CA29-U-II 0,098 15,0 153,20 0,60 2,50

5.3.2.5.4 ESTUDOS HIDRÁULICOS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL

O dimensionamento hidráulico das estruturas propostas para o sistema de drenagem


superficial da cava do Projeto Apolo foi realizado considerando os trechos com declividade
mínima apresentada pelas estruturas, para determinação da altura máxima da lâmina de
água, respectivamente.

Foi utilizada a metodologia proposta por Manning, descrita a seguir:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 306


2
1
Q =  A  Rh 3 I
n Equação 4.12

Onde:

Q é a vazão em m³/s;
n é o coeficiente de rugosidade de Manning;
A é área molhada em m²;
Rh é o raio hidráulico da seção molhada (m);
I é a declividade longitudinal (m/m).

Os coeficientes de rugosidade adotados para os dimensionamentos realizados foram:

▪ 0,022, para as canaletas de bermas, cujo revestimento é em solo;


▪ 0,015, para as descidas de água e canais periféricos, onde o revestimento é em
concreto armado.

No item seguinte é apresentado dimensionamento hidráulico para cada estrutura constituinte


do sistema de drenagem superficial.

5.3.2.5.4.1 BERMAS DA CAVA

As bermas da cava foram projetadas com largura mínima de 7,70 metros visando garantir
sua estabilidade, a fim de evitar a utilização de estruturas rígidas no desenvolver das
bermas, as mesmas foram projetadas de forma a operar como canaletas para interceptação
e condução dos escoamentos provenientes dos taludes das bancadas superiores. Deverão
ser implantadas com inclinação longitudinal mínima de 0,5% e transversal de 3,0%.

O dimensionamento e a avaliação do funcionamento das bermas como canaletas de


condução do fluxo foram realizados para as vazões decorrentes de precipitações de 100
anos de período de retorno, admitindo o escoamento permanente e uniforme.

A síntese dos resultados da verificação hidráulica da berma de maior área de drenagem da


cava encontra-se apresentada na Tabela 5-54.

Tabela 5-54: Síntese do dimensionamento hidráulico das bermas.


Projeto TR Coeficiente de Declividade Velocidade Profundidade
Vazão (m³/s)
Apolo (anos) Manning (n) (%) (m/s) (m)
100 0,50 0,022 0,50 0,70 0,20
Berma
100 0,50 0,022 1,00 0,90 0,18

Tendo em vista que a largura típica mínima da berma será de 7,70 m, a declividade
transversal de 3,0 % e longitudinal de 0,50 %, a altura disponível para o fluxo de água será
de 0,20 m. Como pode ser verificada nos resultados apresentados na Tabela 5-54, a

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 307


dimensão proposta para a berma atende a vazão de projeto para a pior situação, com 0,20m
de lâmina de água.

Entretanto, com o intuito de aumentar o nível de segurança da estrutura, mediante aumento


da capacidade de vazão, evitando fuga de água e ocorrência de processos erosivos na face
dos taludes de jusante, foram previstas leiras de proteção na extremidade externa das
bermas, em solo compactado, com altura mínima de 0,50 m.

Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas de
0,90 m/s, também está dentro dos padrões de segurança.

Ressalta-se que, para o cálculo da vazão de projeto utilizada no dimensionamento da


drenagem das bermas, considerou-se como referência a estrutura de maior área de
contribuição.

5.3.2.5.4.2 DESCIDAS DE ÁGUA

As descidas de água foram concebidas com seção retangular e com revestimento em


concreto armado. Estas deverão apresentar declividade mínima de 1,0% e nos trechos em
que a declividade de fundo exceder a 10%, deverão ser implantados em degraus, garantido
o assim escoamento torrencial no decorrer da estrutura.

Estas estruturas foram dimensionadas para as vazões decorrentes de precipitações de 100


anos de período de retorno, utilizando a metodologia de Manning.

Da Tabela 5-55 a Tabela 5-61 são apresentadas as sínteses dos dimensionamentos das
descidas de água.

Tabela 5-55: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 1º Ano.


Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
DA01-A 3,30 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA01-B 2,85 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA01-C 0,73 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA01-D 2,55 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA01-E 0,80 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20

Tabela 5-56: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 2º Ano.


Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA02-A 3,44 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA02-B 0,61 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA02-C 1,75 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA02-D 0,91 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 308


Tabela 5-57: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 3º Ano.
Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA03-A 1,51 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA03-B 3,47 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA03-C 1,26 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA03-D 2,11 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA03-E 1,03 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA03-F 1,22 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20

Tabela 5-58: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 4º Ano.


Altura
Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede
(m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA04-A 1,15 1,34 0,80 0,80 0,010 0,015 0,64 0,16
DA04-B 1,24 1,34 0,80 0,80 0,010 0,015 0,64 0,16

Tabela 5-59: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 10º Ano.
Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA05-01 3,30 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-02 0,96 4,46 1,50 1,00 0,011 0,015 0,80 0,20
DA05-03 3,98 4,46 1,50 1,00 0,011 0,015 0,80 0,20
DA05-04 0,52 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-05 0,30 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-06 2,53 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-07 1,53 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-08 1,14 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-09 3,30 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-10 4,87 7,17 1,50 1,50 0,010 0,015 1,20 0,30
DA05-11 0,04 11,65 1,80 1,80 0,010 0,015 1,44 0,36

Tabela 5-60: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 20º Ano.
Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA06-01 2,07 7,17 1,50 1,50 0,010 0,015 1,20 0,30
DA06-02 4,28 15,43 2,00 2,00 0,010 0,015 1,60 0,40
DA06-03 2,55 8,51 1,60 1,60 0,010 0,015 1,28 0,32
DA06-04 0,90 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-05 3,67 11,65 1,80 1,80 0,010 0,015 1,44 0,36
DA06-06 1,73 5,96 1,40 1,40 0,010 0,015 1,12 0,28
DA06-07 3,49 11,65 1,80 1,80 0,010 0,015 1,44 0,36
DA06-08 1,16 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-09 2,00 7,17 1,50 1,50 0,010 0,015 1,20 0,30

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 309


Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA06-10 6,28 19,90 2,20 2,20 0,010 0,015 1,76 0,44
DA06-11 0,52 2,43 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA06-12 7,55 25,10 2,40 2,40 0,010 0,015 1,92 0,48
DA06-13 9,45 31,07 2,60 2,60 0,010 0,015 2,08 0,52
DA06-14 6,64 22,41 2,30 2,30 0,010 0,015 1,84 0,46
DA06-15 1,11 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-16 0,82 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-17 1,78 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-18 0,70 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24

Tabela 5-61: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 29º Ano.
Altura Borda
Q Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Parede Livre
(m³/s) (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
DA20-A-I 4,54 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
DA20-A-II 8,44 9,52 1,90 1,90 0,005 0,015 1,52 0,38
DA20-B-
4,15 4,22 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28
INICIO
DA20-C-
2,60 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
INICIO
DA20-D-
1,82 2,22 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22
INICIO
DA20-E-
1,03 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA20-F-
1,24 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA20-G-
6,01 6,02 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32
INICIO
DA20-H-
4,60 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
INICIO
DA20-I-INICIO 5,36 6,02 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32
DA20-J-INICIO 4,52 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
DA20-K-I 1,17 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
DA20-K-II 2,63 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
DA20-K-III 7,78 8,24 1,80 1,80 0,005 0,015 1,44 0,36
DA20-L-INICIO 3,96 4,22 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28
DA20-M-
2,50 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
INICIO
DA29-A-
1,44 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-B-
0,60 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-C-
1,51 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-D-I 4,41 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
DA29-D-II 5,16 6,02 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32
DA29-E-
7,82 8,24 1,80 1,80 0,005 0,015 1,44 0,36
INICIO
DA29-F-
3,40 3,46 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26
INICIO

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 310


Altura Borda
Q Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Parede Livre
(m³/s) (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
DA29-G-
0,95 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-H-
2,89 3,46 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26
INICIO
DA29-I-INICIO 3,62 4,22 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28
DA29-J-I 1,31 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
DA29-J-II 1,89 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
DA29-K-
2,20 2,22 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22
INICIO
DA29-L-INICIO 1,10 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
DA29-M-
6,17 7,08 1,70 1,70 0,005 0,015 1,36 0,34
INICIO
DA29-N-
2,76 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
INICIO

5.3.2.5.4.3 CANAIS DE DRENAGEM (CANAIS DE ACESSO E PERIFÉRICOS)

Os canais de drenagem foram concebidos em concreto armado e terão a função de coletar


as águas provenientes da contribuição das descidas de água, direcionando o fluxo para os
sumps e para os diques de contenção de sedimentos.

O dimensionamento dos canais de drenagem foi feito para as vazões admissíveis,


considerando-se borda livre de 20% da altura da estrutura. Para os casos em que, seguindo
esta metodologia, a velocidade máxima ultrapassou 10,0 m/s, o dimensionamento foi feito
para as vazões de projeto. Se ainda assim a velocidade exceder 10,0 m/s, deverão ser
implantados degraus, garantindo o assim escoamento torrencial no decorrer da estrutura.

O dimensionamento hidráulico foi realizado para as vazões decorrentes de precipitações de


100 anos de período de retorno, utilizando a Metodologia de Manning, admitindo o
escoamento permanente e uniforme.

Na Tabela 5-62 a Tabela 5-68 apresentam-se a síntese dos cálculos.

Tabela 5-62: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 1º ano.


Altura Borda
Canais de Base Decliv. Coef. de Profund. Velocidade
Q (m³/s) Parede XH:1V Livre
Drenagem (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP01-A 3,04 1,00 1,00 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20 3,86
CP01-B 0,46 0,50 0,50 1,00 0,010 0,015 0,40 0,10 2,43
CP01-C 0,23 0,50 0,50 1,00 0,189 0,015 0,08 0,42 4,74
CA01-A 0,64 0,50 0,50 - 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
CA01-B 1,46 1,00 0,50 - 0,100 0,015 0,40 0,10 7,73
CA01-C 2,35 1,00 0,50 - 0,100 0,015 0,40 0,10 7,73

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 311


Tabela 5-63: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 2º Ano.
Altura Borda
Canais de Q Base Decliv. Coef. de Profund. Velocidade
Parede XH:1V Livre
Drenagem (m³/s) (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP02-A 0,16 0,50 0,50 1,00 0,134 0,015 0,40 0,10 8,92
CP02-B 0,85 0,50 0,50 2,00 0,005 0,015 0,40 0,10 1,76
CA02-A 1,59 1,00 1,00 0,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61
CA02-B 1,04 0,50 0,50 0,00 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
CA02-C 1,39 1,00 1,00 0,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61
CA02-D 1,03 0,50 0,50 0,00 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05

Tabela 5-64: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 3º Ano.


Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede XH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP03-A 1,25 0,50 0,50 1,00 0,376 0,015 0,18 0,32 10,0
CP03-B 2,53 0,50 0,50 1,00 0,144 0,015 0,40 0,10 9,25
CP03-C 0,05 0,50 0,50 1,00 0,173 0,015 0,03 0,47 2,74
CA03-A 0,78 0,50 0,50 0,00 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
CA03-B 1,46 1,00 0,50 0,00 0,100 0,015 0,40 0,10 7,73
CA03-C 1,63 1,00 0,50 0,00 0,100 0,015 0,40 0,10 7,73

Tabela 5-65: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 4º Ano.


Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede xH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP04-A 1,38 1,00 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,73
CP04-B 1,74 0,50 0,50 1,00 0,185 0,015 0,27 0,23 8,54
CA04-A 3,54 1,80 1,80 0,00 0,001 0,015 1,44 0,36 1,42
CA04-B 0,96 1,20 1,20 0,00 0,001 0,015 0,96 0,24 1,09
CA04-C 3,41 1,80 1,80 0,00 0,001 0,015 1,44 0,36 1,42
CA04-D 0,28 1,20 1,20 0,00 0,001 0,015 0,96 0,24 1,09

Tabela 5-66: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 10º Ano.
Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede xH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP05-01 0,31 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,06 0,50
CP05-02 0,31 0,50 0,50 0,151 0,015 0,40 0,10 7,43 0,50
CP05-03 0,06 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35 0,50
CP05-04 0,42 1,00 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,73 1,00
CP05-05 0,04 0,50 0,50 0,304 0,015 0,03 0,47 3,05 0,50
CP05-06 0,45 1,00 1,00 0,001 0,015 0,80 0,20 0,96 1,00
CP05-07* 0,97 0,50 0,50 0,591 0,015 0,17 0,33 11,21* 0,50
CP05-08 0,14 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35 0,50
CP05-09 0,32 0,50 0,50 0,174 0,015 0,40 0,10 7,99 0,50
CP05-10 0,32 0,50 0,50 0,651 0,015 0,08 0,42 8,20 0,50
CP05-11 0,84 0,50 0,50 0,166 0,015 0,40 0,10 7,79 0,50

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 312


Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede xH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP05-12* 0,73 0,50 0,50 1,712 0,015 0,10 0,40 14,88* 0,50
CP05-13 0,84 0,50 0,50 0,146 0,015 0,40 0,10 7,31 0,50
CP05-14 0,12 0,50 0,50 0,146 0,015 0,40 0,10 7,31 0,50
CP05-15 1,97 1,00 0,50 0,127 0,015 0,40 0,10 8,73 1,00
CP05-16 0,59 0,50 0,50 0,197 0,015 0,40 0,10 8,49 0,50
CA05-01 0,39 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-02 0,70 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-03 1,12 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-04 2,22 1,00 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 7,73 1,00
CA05-05 3,32 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA05-06 0,20 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-07 0,16 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-08 0,33 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-09 0,12 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-10 2,86 1,00 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 7,73 1,00
CA05-11 0,99 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-12 5,45 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA05-13 0,10 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA05-14 4,58 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00

Tabela 5-67: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 20º Ano.
Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede xH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP06-01 0,43 0,50 0,50 0,802 0,015 0,09 0,41 9,70 0,50
CP06-02 0,37 0,50 0,50 0,190 0,015 0,40 0,10 8,34 0,50
CP06-03 0,71 0,50 0,50 0,278 0,015 0,32 0,18 9,47 0,50
CP06-04 1,50 0,50 0,50 0,204 0,015 0,40 0,10 8,65 0,50
CP06-05 4,14 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30 2,82 1,50
CP06-06* 2,24 0,50 0,50 0,377 0,015 0,38 0,12 11,64* 0,50
CP06-07 0,72 0,50 0,50 0,201 0,015 0,40 0,10 8,58 0,50
CP06-08 0,01 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35 0,50
CP06-09 0,37 0,50 0,50 0,300 0,015 0,11 0,39 6,62 0,50
CP06-10 0,53 0,50 0,50 0,139 0,015 0,40 0,10 7,15 0,50
CP06-11 1,04 1,0 0,50 0,053 0,015 0,40 0,10 5,61 1,0
CA06-01 4,00 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-02 1,07 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA06-03 4,68 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-04 5,21 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-05 5,50 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-06* 9,58 1,10 1,10 0,100 0,015 0,86 0,24 10,17* 1,10
CA06-07 2,81 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-08 4,07 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-09 8,40 1,10 1,10 0,100 0,015 0,77 0,33 9,89 1,10
CA06-10* 16,72 1,40 1,40 0,100 0,015 1,02 0,38 11,73* 1,40
CA06-11 1,54 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-12 0,83 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 313


Tabela 5-68: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 29º ano.
Altura Borda
Canais de Base Decliv. Coef. de Profund. Velocidade
Q (m³/s) Parede Livre
Drenagem (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CC01-A-
1,06 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC01-B-
0,34 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
INICIO
CC01-C-
1,46 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC01-D-
2,74 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56
INICIO
CC01-E-
5,05 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30 2,82
INICIO
CC05-A-
2,59 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56
INICIO
CC10-A-
4,26 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30 2,82
INICIO
CC20-A-
0,39 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
INICIO
CC20-B-
0,25 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35
INICIO
CC20-C-
0,69 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-D-
0,76 0,80 0,80 0,005 0,015 0,64 0,16 1,85
INICIO
CC20-E-
1,11 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-F-
0,49 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-G-
1,64 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-H-
0,06 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-I-
0,76 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-J-
0,58 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
INICIO
CC20-K-
1,61 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20 2,15
INICIO
CC20-L-
1,28 0,90 0,90 0,005 0,015 0,72 0,18 2,00
INICIO
CC20-M-
0,58 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
INICIO
CC20-N-
0,61 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
INICIO
CC20-O-
1,85 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26 2,56
INICIO
CC20-P-
0,16 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35
INICIO
CC20-Q-
0,36 0,60 0,60 0,005 0,015 0,48 0,12 1,53
INICIO
CC20-R-
0,62 0,70 0,70 0,005 0,015 0,56 0,14 1,69
INICIO
CA29-A-
0,38 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
INICIO
CA29-B-
1,10 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
INICIO
CA29-C-I 0,58 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
CA29-C-II 2,20 0,70 0,70 0,100 0,015 0,56 0,14 7,58
CA29-D-I 0,54 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
CA29-D-II 1,52 0,60 0,60 0,100 0,015 0,48 0,12 6,84
CA29-D-III 3,94 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 314


Altura Borda
Canais de Base Decliv. Coef. de Profund. Velocidade
Q (m³/s) Parede Livre
Drenagem (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CA29-E-
3,10 0,80 0,80 0,100 0,015 0,64 0,16 8,28
INICIO
CA29-F-I 0,10 0,30 0,30 0,100 0,015 0,24 0,06 4,31
CA29-F-II 5,05 0,90 0,90 0,100 0,015 0,72 0,18 8,96
CA29-F-III* 10,74 1,20 1,20 0,100 0,015 0,85 0,35 10,51*
CA29-G-
0,35 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
INICIO
CA29-H-I 0,47 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
CA29-H-II 6,91 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61
CA29-H-III* 11,80 1,20 1,20 0,100 0,015 0,92 0,28 10,72*
CA29-I-
0,39 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
INICIO
CA29-J-I 0,53 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
CA29-J-II 4,48 0,90 0,90 0,100 0,015 0,72 0,18 8,96
CA29-K-
0,53 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
INICIO
CA29-L-
0,33 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
INICIO
CA29-M-
1,42 0,60 0,60 0,100 0,015 0,48 0,12 6,84
INICIO
CA29-N-I 0,29 0,30 0,30 0,100 0,015 0,24 0,06 4,31
CA29-N-II 8,46 1,10 1,10 0,100 0,015 0,78 0,32 9,90
CA29-O-I 0,56 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
CA29-O-II 3,24 0,80 0,80 0,100 0,015 0,64 0,16 8,28
CA29-P-
1,02 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
INICIO
CA29-Q-I 0,08 0,30 0,30 0,100 0,015 0,24 0,06 4,31
CA29-Q-II 1,11 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
CA29-R-
0,48 0,40 0,40 0,100 0,015 0,32 0,08 5,22
INICIO
CA29-S-I 0,09 0,30 0,30 0,100 0,015 0,24 0,06 4,31
CA29-S-II 3,87 0,80 0,80 0,100 0,015 0,64 0,16 8,28
CA29-S-III 4,16 0,80 0,80 0,100 0,015 0,64 0,16 8,28
CA29-T-
1,96 0,60 0,60 0,100 0,015 0,48 0,12 6,84
INICIO
CA29-U-I 0,91 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05
CA29-U-II 2,50 0,70 0,70 0,100 0,015 0,56 0,14 7,58

5.3.2.5.4.4 BUEIROS

Para as transposições de veículos nas bermas propõem-se a implantação de bueiros em


concreto BSTC.

O dimensionamento hidráulico foi realizado para as vazões decorrentes de precipitações de


100 anos de período de retorno, utilizando a Metodologia de Manning, admitindo o
escoamento permanente e uniforme.

Da Tabela 5-69 a Tabela 5-73 serão apresentados os dimensionamentos das tubulações.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 315


Tabela 5-69: Dimensionamento Hidráulico das transposições tubulares– 1º ano.
Tubulação Q (m³/s) Declividade (m/m) Tipo DN (m)
BU01-A 2,85 0,030 BSTC 1,50
BU01-B 1,46 0,030 BSTC 1,00
BU01-C 2,55 0,030 BSTC 1,50
BU01-D 0,64 0,030 BSTC 1,00

Tabela 5-70: Dimensionamento Hidráulico das transposições tubulares– 2º ano.


Declividade
Tubulação Q (m³/s) Tipo DN (m)
(m/m)
BU02-A 1,04 0,030 BSTC 0,80
BU02-B 0,65 0,030 BSTC 0,80
BU02-C 0,61 0,030 BSTC 0,80
BU02-D 1,03 0,030 BSTC 0,80

Tabela 5-71: Dimensionamento Hidráulico das transposições tubulares– 3º ano.


Declividade
Tubulação Q (m³/s) Tipo DN (m)
(m/m)
BU03-A 1,15 0,030 BSTC 1,00
BU03-B 1,65 0,030 BSTC 1,00

Tabela 5-72: Dimensionamento Hidráulico das transposições tubulares– 10º ano.


Declividade
Tubulação Q (m³/s) Tipo DN (m)
(m/m)
BU05-01 2,77 0,030 BSTC 1,00
BU05-02 3,77 0,030 BSTC 1,50

Tabela 5-73: Dimensionamento Hidráulico das transposições tubulares– 20º ano.


Declividade
Tubulação Q (m³/s) Tipo DN (m)
(m/m)
BU03-A 4,28 0,03 BSTC 1,50

5.3.2.5.5 SISTEMA DE DESAGUAMENTO DA CAVA

As vazões decorrentes das precipitações diretas na cava e entorno que não são passíveis
de serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para sumps estrategicamente
localizados no fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os canais de
drenagem mais próximos que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques de
Contenção de Sedimentos 1A, 2A, 2B e 3 e seus respectivos sumps associados.

Os sumps serão escavados em solo, e também terão a finalidade de conter os sedimentos


que, porventura, sejam gerados durante as operações de lavra.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 316


As principais características destas estruturas estão apresentadas da Tabela 5-74 a Tabela
5-80.

Tabela 5-74: Principais características dos sumps propostos. – 1º ano.


Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m) Capacidade do reservatório (m3)
SUMP 01-A 1445,0 1450,0 14.172,0
SUMP 01-B 1423,0 1428,0 9.730,0
SUMP 01-C 1505,0 1510,0 8.385,0

Tabela 5-75: Principais características dos sumps propostos. – 2º ano.


Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m) Capacidade do reservatório (m3)
SUMP 02-A 1425,0 1430,0 14.661,1
SUMP 02-B 1545,0 1550,0 14.900,0
SUMP 02-C 1515,0 1520,0 12.088,0
SUMP 02-D 1525,0 1530,0 14.899,0

Tabela 5-76: Principais características dos sumps propostos. – 3º ano.


Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m) Capacidade do reservatório (m3)
SUMP03-A 1385,0 1390,0 11.616,0
SUMP 03- B 1485,0 1490,0 8.518,9
SUMP 03-C 1515,0 1520,0 7.657,0
SUMP 03-D 1465,0 1470,0 7.657,0
SUMP 03-E 1465,0 1470,0 27.930,0

Tabela 5-77: Principais características dos sumps propostos. – 4º ano.


Capacidade do reservatório
Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m)
(m3)
S04-A 1595,0 1500,0 12.736,00
S04-B 1510,0 1515,0 11.673,60
S04-C 1505,0 1510,0 20.299,65
S04-D 1515,0 1520,0 12.736,00

Tabela 5-78: Principais características dos sumps propostos. – 10º ano.


Capacidade do reservatório
Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m)
(m3)
S01 1445,0 1450,0 11.208
S03 1555,0 1560,0 5.823
S04 1535,0 1540,0 7.580
S05 1485,0 1490,0 6.775
S06 1445,0 1450,0 24.429
S07 1435,0 1440,0 6.784
S08 1455,0 1460,0 14.593
S09 1385,0 1390,0 15.226
S10 1385,0 1390,0 42.499
S01 1445,0 1450,0 11.208

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 317


Tabela 5-79: Principais características dos sumps propostos. – 20º ano.
Capacidade do reservatório
Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m)
(m3)
S06-01 1430 1425 8.933
S06-02 1420 1415 19.096
S06-03 1400 1395 41.168
S06-04 1450 1445 13.746
S06-05 1420 1415 10.178
S06-06 1450 1445 18.255
S06-07 1450 1445 20.910
S06-08 1310 1305 84.208
S06-09 1580 1575 9.286
S06-10 1590 1585 4.351
S06-11 1580 1575 9.994
S06-12 1580 1575 8.688
S06-13 1580 1575 13.077
S06-14 1580 1575 8.723

Tabela 5-80: Principais características dos sumps propostos. – 29º ano.


Estrutura Cota do fundo (m) Cota do topo (m) Capacidade do reservatório (m3)
SUMP 20-A 1.425 1.430 25.526
SUMP 20-B 1.294 1.299 51.747
SUMP 29-A 1.345 1.350 26.673
SUMP 29-B 1.405 1.410 10.808
SUMP 29-C 1.415 1.420 9.949
SUMP 29-D 1.375 1.380 40.206
SUMP 29-E 1.325 1.330 31.328
SUMP 29-F 1.375 1.380 9.367
SUMP 29-G 1.405 1.410 15.084
SUMP 29-H 1.535 1.540 3.365
SUMP 29-I 1.485 1.490 31.056
SUMP 29-J 1.525 1.530 18.389
SUMP 29-K 1.478 1.483 35.621

Nos Desenhos 1010MA-X-00001 a 1010MA-X-00007 (Anexos do Volume 1 - Anexo V) estão


apresentados sistemas de contenção de sedimentos que inclui sumps no interior das cavas,
considerando o sequenciamento da lavra para o 1º ano, 2º ano; 3º ano; 4º ano; 10º ano; 20º
ano e 29º último ano de operação.

5.3.2.5.5.1 DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS DOS SUMPS DA CAVA

Os reservatórios dos sumps foram dimensionados para atender o volume de sedimentos


provenientes da área da lavra e entorno e armazenar as contribuições provenientes dos
canais de drenagem e descidas de água.

O volume previsto para armazenamento dos sedimentos foi determinado considerando uma
frequência de limpeza de, no mínimo 06 meses e uma taxa de produção média de

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 318


sedimentos igual a 400 m³/ha*ano para área da superfície da cava em operação e 25
m³/ha/ano para os sedimentos provenientes da bacia hidrográfica (área de terreno natural).

Para o cálculo do volume de água referente à precipitação direta da Cava, adotou-se uma
chuva com período de retorno de 10 anos e 24 horas de duração e um coeficiente de
escoamento superficial igual a 0,60.

Da Tabela 5-81 a Tabela 5-87, são apresentadas as áreas de contribuição e os volumes


aportados aos sumps decorrente da precipitação direta na cava.

Tabela 5-81:Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 1º ano.


Volume de
Área de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
sedimentos
Estrutura contribuição TR 10 anos e 24 necessário reservatório
semestral
(m2) horas (m3) (m3)
(m3)
S01-A 165.925 3.319 12.444 15.763 14.172,0
S01-B 114.061 2.281 8.555 10.836 9.730,0
S01-C 78.834 1.577 5.913 7.489 8.385,0

Tabela 5-82: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 2º ano.


Volume de
Área de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
sedimentos
Estrutura contribuição TR 10 anos e 24 necessário reservatório
semestral
(m2) horas (m3) (m3)
(m3)
S02-A 151.031 3.021 11.327 14.348 14.661,1
S02-B 48.788 976 3.659 4.635 14.900,0
S02-C 60.038 1.201 4.503 5.704 12.088,0
S02-D 53.019 1.060 3.976 5.037 14.899,0

Tabela 5-83: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 3º ano.


Volume de
Área de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
sedimentos
Estrutura contribuição TR 10 anos e 24 necessário reservatório
semestral
(m2) horas (m3) (m3)
(m3)
S03-A 109.413 2.188 8.206 10.394 11.616,0
S03-B 87.444 1.749 6.558 8.307 8.518,9
S03-C 52.544 1.051 3.941 4.992 7.657,0
S03-D 76.278 1.526 5.721 7.246 7.657,0
S03-E 290.858 5.817 21.814 27.632 27.930,0

Tabela 5-84: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 4º ano.


Capacidade
Área de Volume de Volume total
Volume de água (m3) do
Estrutura contribuição sedimentos necessário
TR 10 anos e 24 horas reservatório
(m2) semestral (m3) (m3)
(m3)
S04-A 64.879 1.298 4.866 6.164 12.736,0
S04-B 117.650 2.353 8.824 11.177 11.673,6
S04-C 205.707 4.114 15.428 19.542 20.299,6
S04-D 111.521 2.230 8.364 10.594 12.736,0

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 319


Tabela 5-85: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 10º ano.
Volume de Capacidade
Área de Volume de água (m3) Volume total
sedimentos do
Estrutura contribuição TR 10 anos e 24 necessário
semestral reservatório
(m2) horas (m3)
(m3) (m3)
S01 146.648 2.933 8.249 11.182 11.208
S02 86.604 1.732 4.871 6.604 5.823
S03 50.941 1.019 2.865 3.884 7.580
S04 78.017 1.560 4.388 5.949 6.775
S05 88.170 1.763 4.960 6.723 24.429
S06 281.199 5.624 15.817 21.441 6.784
S07 61.315 1.226 3.449 4.675 14.593
S08 162.429 3.249 9.137 12.385 15.226
S09 191.119 3.822 10.750 14.573 42.499
S10 521.386 10.428 29.328 39.756 11.208

Tabela 5-86: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 20º ano.
Volume de
Área de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
sedimentos
Estrutura contribuição TR 10 anos e 24 necessário reservatório
semestral
(m2) horas (m3) (m3)
(m3)
S06-01 83.401 1.668 6.255 7.923 8.933
S06-02 189.131 3.783 14.185 17.967 19.096
S06-03 524.980 10.500 27.215 37.715 41.168
S06-04 133.250 2.665 9.994 12.659 13.746
S06-05 101.220 2.024 7.592 9.616 10.178
S06-06 160.900 3.218 12.068 15.286 18.255
S06-07 199.799 3.996 14.985 18.981 20.910
S06-08 874.838 17.497 65.613 83.110 84.208
S06-09 76.986 1.540 5.774 7.314 9.286
S06-10 42.665 853 3.200 4.053 4.351
S06-11 103.902 2.078 7.793 9.871 9.994
S06-12 77.677 1.554 5.826 7.379 8.688
S06-13 109.317 2.186 8.199 10.385 13.077
S06-14 64.233 1.285 4.817 6.102 8.723

Tabela 5-87: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps. – 29º ano.
Área de Volume de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
Estrutura contribuição sedimentos TR 10 anos e 24 necessário reservatório
(m2) semestral (m3) horas (m3) (m3)
SUMP 20-A 325.585 6.512 16.878 23.390 25.526
SUMP 20-B 712.582 14.252 36.940 51.192 51.747
SUMP 29-A 385.512 7.263 18.320 25.583 26.673
SUMP 29-B 134.369 2.687 6.966 9.653 10.808
SUMP 29-C 120.879 2.313 6.266 8.579 9.949
SUMP 29-D 525.124 10.502 27.222 37.725 40.206
SUMP 29-E 394.059 7.855 20.428 28.283 31.328
SUMP 29-F 130.383 2.608 6.759 9.367 9.367

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 320


Área de Volume de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
Estrutura contribuição sedimentos TR 10 anos e 24 necessário reservatório
(m2) semestral (m3) horas (m3) (m3)
SUMP 29-G 162.773 2.794 12.208 15.002 15.084
SUMP 29-H 38.305 766 2.528 3.294 3.365
SUMP 29-I 322.763 6.315 24.207 30.522 31.056
SUMP 29-J 171.007 3.399 12.826 16.225 18.389
SUMP 29-K 502.963 6.748 26.074 32.821 35.621

5.3.2.5.5.2 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE BOMBEAMENTO DOS SUMPS

Para a determinação da vazão de bombeamento, considerou-se o esgotamento do


reservatório dos sumps em 3 dias. Os resultados estão apresentados na Tabela 5-88 a
Tabela 5-94.

Tabela 5-88: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (1º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S01-A 172,84
S01-B 118,81
S01-C 82,12

Tabela 5-89: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (2º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S02-A 157,32
S02-B 50,82
S02-C 62,54
S02-D 55,23

Tabela 5-90: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (3º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S03-A 113,97
S03-B 91,09
S03-C 54,73
S03-D 79,46
S03-E 302,98

Tabela 5-91: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (4º Ano).

Sump Vazão (m³/h)


S04-A 67,58
S04-B 122,55
S04-C 214,28
S04-D 116,17

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 321


Tabela 5-92: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (10º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S01 114,57
S02 67,66
S03 39,80
S04 60,95
S05 68,88
S06 219,69
S07 47,90
S08 126,90
S09 149,31
S10 407,33

Tabela 5-93: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (20º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S06-01 86,88
S06-02 197,01
S06-03 377,99
S06-04 138,80
S06-05 105,44
S06-06 167,60
S06-07 208,12
S06-08 911,29
S06-09 80,19
S06-10 44,44
S06-11 108,23
S06-12 80,91
S06-13 113,87
S06-14 66,91

Tabela 5-94: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (29º Ano).

Sump Vazão (m³/h)


SUMP 20-A 234,42
SUMP 20-B 513,06
SUMP 29-A 254,44
SUMP 29-B 96,75
SUMP 29-C 87,03
SUMP 29-D 378,09
SUMP 29-E 283,72
SUMP 29-F 93,88
SUMP 29-G 169,55
SUMP 29-H 35,11
SUMP 29-I 336,21
SUMP 29-J 178,13
SUMP 29-K 362,13

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 322


5.3.2.5.5.3 SISTEMA DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS DA CAVA

Conforme descrito no item anterior, as vazões decorrentes das precipitações diretas na cava
e entorno que não são passíveis de serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para
sumps localizados no fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os
canais de drenagem mais próximos que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques
de contenção de sedimentos 1A, 2A. 2B e 3 e seus respectivos sumps associados.

Os Diques 2A e 2B encontram-se descritos na Etapa de implantação, uma vez que iniciarão


suas operações nessa etapa. Os diques 1A e 3 estão descritos a seguir, pois atenderão
apenas a drenagem da cava conforme o desenvolvimento dessa estrutura está previsto.

5.3.3 DIQUE 1A DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS

5.3.3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

O dique 1A será instalado na etapa de implantação, entretando, sua operação ocorrerá na


seguinte.

Neste item são listadas as características gerais do Dique 1A e seus respectivos sumps
(Sump 1A-I e Sump 1A-II):

▪ O Dique 1A será construído com enrocamento;


▪ O vertedouro será posicionado no corpo do dique (dique galgável), por meio de calha
vertente;
▪ Vertedouro calculado considerando a Precipitação Máxima Provável (PMP);
▪ Os Sumps 1A-I e 1A-II foram concebidos a montante do dique para proporcionar
melhores padrões de qualidade da água. Os mesmos serão escavados;
▪ Os sistemas extravasores foram dimensionados para vazões associadas a um tempo
de retorno de 1.000 anos, conforme preconiza a NBR13.028/2017 para barragens/
diques de DPA (Dano Potencial Associado) Médio.

5.3.3.2 ESTUDO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO

Os reservatórios de estruturas de contenção de sedimentos são ferramentas de controle


ambientais comumente empregados em ambientes de mineração, em face da intensa
antropização de áreas. Por conseguinte, devido ao elevado potencial de geração de
sedimentos, deve apresentar 03 (três) zonas características: volume morto; volume de
residência; e a zona de trânsito de cheias. A Figura 5-38, apresenta de maneira
esquemática, as 03 zonas características das estruturas de contenção de sedimentos.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 323


Figura 5-38: Zonas características dos reservatórios de estruturas de contenção de sedimentos.

A Tabela 5-95 apresenta os volumes característicos previstos para contenção de


sedimentos nos reservatórios do Dique 1A e Sumps 1A-I e 1A-II, bem como o tempo de
residência da cheia de TR 02 anos e duração de 24 horas.

Tabela 5-95: Volumes Característicos dos Reservatórios.

Aporte de Cota máxima Volume útil Período


Área de Volume Cota de Tempo de
Sedimentos dos para de
Estrutura Contribuição de Morto vertimento residência
mensal sedimentos sedimentação limpezas
(ha) (m³) (m) (h)
(m3) (m) (m³) (mês)

Dique
247,79 516 1.063,00 25.025 171.244 1.075,00 48 39,5
1A
Sump
140,64 3.516 1.461,00 49.651 29.990 1.464,00 14 32,0
1A-I
Sump
52,85 1.321 1.442,00 17.521 30.755 1.446,00 13 65,7
1A-II

5.3.3.3 DESCRIÇÃO GERAL DAS ESTRUTURAS

As estruturas de contenção de sedimento (Dique 1A, Sump 1A - I e Sump 1A - II) estão


localizados a Oeste da Pilha de Disposição de Estéril (PDE) A. O Dique 1A trata-se de uma
estrutura em enrocamento, galgável, e as outras estruturas (Sump 1A- I e Sump 1A - II)
foram escavadas em solo, estes são responsáveis por conter sedimentos gerados na parte
central da Cava do Projeto Apolo.

Para o Dique 1A, o uso de enrocamento e a declividade indicada para o talude de jusante
visam maximizar a estabilidade global do dique, sendo considerado 3(H):1(V).

Para a face do talude de montante, foram dimensionadas camadas de transição, com a


finalidade de conter os sedimentos, impedindo que esses sejam carreados para o córrego a
jusante do Dique. Ressalta-se que tanto a camada de transição como o enrocamento não
têm capacidade de conter material com característica granulométrica fina e/ou coloidal.
Esses materiais deverão ser tratados pelo processo de sedimentação por floculação a partir
da utilização de produtos químicos.

Na Tabela 5-96 abaixo são apresentadas as características gerais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 324


Tabela 5-96: Características Gerais das Estruturas.
Item Dique 1A Sump 1A-I Sump 1A-II
Material Enrocamento - -
Volume de Escavação (m³) 7.774 226.728 140.640
Altura máxima (m) 8,50 - -
Comprimento da crista (m) 86,70 - -
Elevação do Pé (m) 1071,0 - -
Elevação da Crista (m) 1076,00 1.464,00 1.449,00
Inclinação dos taludes de montante 2(H):1(V) 1,5(H):1(V) 1,5(H):1(V)
Inclinação dos taludes de jusante 3(H):1(V) - -
Largura da calha do extravasor (m) 12,00 2,00 2,00
Volume do reservatório (m³) 271.138 226.728 140.640
Área total (ha)1 1,90 0,17 1,33
NA Máximo Normal (m) 1.075,00 1.464,00 1.446,00
NA Máximo Maximorum (m) 1.075,95 1.464,30 1.446,20
Borda Livre Remanescente (m) 0,05 0,70 0,80
Área da Bacia (km²) 2,506 1,419 0,538
Tempo de Retorno (TR) de Projeto 1.000 1.000 1.000
145 mm para duração 221 mm para 221 mm para
Precipitação de Projeto (mm)
de 4 h duração de 24 h2 duração de 24 h2

Nota 1: Área total correspondente ao somatório das áreas do maciço e reservatório.

Nota 2: Vazão provinda de bombeamento de sumps no interior da cava.

As estruturas de contenção de sedimento irão trabalhar em conjunto com a finalidade de


receber a drenagem superficial, conter sedimentos gerados a montante e clarificar a água
garantindo uma turbidez inferior a 40 UNT.

A Figura 5-39, Figura 5-40, Figura 5-41, ilustram o arranjo geral do Dique 1A e Sump 1A – I
e II.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 325


Figura 5-39: Arranjo Geral do Dique 1A. (Desenho 9024MA-X-02055).

Figura 5-40: Arranjo Geral do Sump 1A-I. (Desenho 9024MA-X-02055).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 326


Figura 5-41: Arranjo Geral do Sump 1A-II. (Desenho 9024MA-X-02055).

Apresenta-se, na Tabela 5-97, o resumo das informações consideradas para a simulação do


trânsito de cheia nas estruturas de contenção de sedimentos, com as respectivas definições
da geometria do emboque que será verificado.

Tabela 5-97: Cotas e dimensões do emboque dos sistemas extravasores.ª

Cota da crista Cota da soleira Dimensões do emboque do vertedouro


Estrutura
(m) do vertedouro m) Base (m) Talude
Sump 1A-I 1.465,00 1.464,00 2,00 2H:1V
Sump 1A-II 1.447,00 1.446,00 2,00 2H:1V
Dique 1A 1.076,00 1.075,00 10,00 2H:1V

A seguir, no Gráfico 5-19, Gráfico 5-20, Gráfico 5-21 é apresentado a relação cota x
descarga do sistema extravasor do Dique 1A, Sump I e Sump II, respectivamente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 327


1.076,20

1.075,96
Elevação (m)

1.075,72

1.075,48

1.075,24

1.075,00
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-19: Curva de descarga do extravasor do Dique 1A.

1.465,20

1.464,96
Elevação (m)

1.464,72

1.464,48

1.464,24

1.464,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-20: Curva de descarga do extravasor do Sump 1A-I.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 328


1.447,20

1.446,96
Elevação (m)

1.446,72

1.446,48

1.446,24

1.446,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Vazão (m³/s)

Gráfico 5-21: Curva de descarga do extravasor do Sump 1A-II.

As análises de estabilidade do dique 1A e do Sump 1A-I e 1A-II são apresentadas no


Anexos do Volume 1 – Anexo V.

5.3.3.4 ACESSO DE MANUTENÇÃO

O acesso para a realização da manutenção do Dique 1A possui cerca de 2 km com largura


de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% que sai da ombreira direita e vai até o
acesso aos diques (vide Desenho 0000MA-L-00927 - Plano Diretor de Operação).

Quanto a chegada ao Sump 1A-I e Sump 1A-II, serão utilizadas derivações dos acessos
internos de mina. Já o acesso fixo de ligação entre os sumps possui cerca de 600 m com
largura de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% (vide Desenho 0000MA-L-00927 -
Plano Diretor de Operação).

5.3.4 DIQUE 3 DE CONTENÇÃO DE SEDIMENTOS

5.3.4.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

Neste item são listadas as características gerais do Dique 3 e seus respectivos sumps
(Sump 3-I e Sump 3-II):

▪ O Dique 3 será construído com enrocamento;


▪ O vertedouro será posicionado no corpo do dique (dique galgável), por meio de
calha vertente;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 329


▪ Vertedouro calculado considerando a Precipitação Máxima Provável (PMP);
▪ Os Sumps 3-I e 3-II foram concebidos a montante do dique para proporcionar
melhores padrões de qualidade da água. Os mesmos serão escavados;
▪ Os sistemas extravasores foram dimensionados para vazões associadas a um
tempo de retorno de 1.000 anos, conforme preconiza a NBR13.028/2017 para
barragens/ diques de DPA (Dano Potencial Associado) Médio.

5.3.4.2 ESTUDO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO

Os reservatórios de estruturas de contenção de sedimentos são ferramentas de controle


ambientais comumente empregados em ambientes de mineração, em face da intensa
antropização de áreas. Por conseguinte, devido ao elevado potencial de geração de
sedimentos, deve apresentar 03 (três) zonas características: volume morto; volume de
residência; e a zona de trânsito de cheias, da mesma maneira já apresentada anteriormente.

A Tabela 5-98 apresenta os volumes característicos previstos para contenção de


sedimentos no reservatório do Dique 3 e Sumps 3-I e 3-II, bem como o tempo de residência
da cheia de TR 02 anos e duração de 24 horas.

Tabela 5-98: Volumes Característicos dos Reservatórios.


Aporte de Cota máxima Período
Área de Volume de Volume útil para Cota de Tempo
Sedimentos dos de
Estrut. Contrib. Morto sedimentação vertimento de resid.
mensal sedimentos limpeza
(ha) (m³) (m³) (m) (h)
(m3) (m) (mês)
Dique 3 5,24 10 1.168,40 173 260 1.169,00 17 0,1
Sump 3-I 68,78 143 1.178,00 1.465 5.981 1.181,00 10 2,9
Sump 3-II 145,66 3.641 1.513,00 20.091 55.736 1.519,00 6 43,0

5.3.4.3 DESCRIÇÃO GERAL DAS ESTRUTURAS

As estruturas de contenção de sedimento (Dique 3, Sump 3-I e Sump 3-II) estão localizados
a sudoeste da Cava do Projeto Apolo. O Dique 3 trata-se de uma estrutura em enrocamento,
galgável, e as outras estruturas (Sump 3-I e Sump 3-II) foram escavadas em solo, estes são
responsáveis por conter sedimentos gerados na parte central da Cava do Projeto Apolo. No
desenho 9024MA-X-02028, podem ser visualizados os arranjos gerais das estruturas de
contenção de sedimentos. Para o Dique 3, o uso de enrocamento e a declividade indicada
para o talude de jusante visam maximizar a estabilidade global do dique, sendo considerado
3(H):1(V).

Para a face do talude de montante, foram dimensionadas camadas de transição, com a


finalidade de conter os sedimentos, impedindo que esses sejam carreados para o córrego a
jusante do Dique. Ressalta-se que tanto a camada de transição como o enrocamento não
têm capacidade de conter material com característica granulométrica fina e/ou coloidal.
Esses materiais deverão ser tratados pelo processo de sedimentação por floculação a partir
da utilização de produtos químicos.

Na Tabela 5-99 são apresentadas as características gerais.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 330


Tabela 5-99: Características Gerais das Estruturas.
Item Dique 3 Sump 3-I Sump 3-II
Material Enrocamento - -
Volume de Escavação (m³) 1.795,00 29.791,58 194.573,00
Altura máxima (m) 9,03 5,00 10,00
Comprimento da crista (m) 232,57 - -
Elevação do Pé (m) 1.067,00 - -
Elevação da Crista (m) 1.173,00 1.182,00 1.520,00
Inclinação dos taludes de montante 2(H):1(V) - -
Inclinação dos taludes de jusante 3(H):1(V) 2(H):1(V) 2(H):1(V)
Largura da calha do extravasor (m) 10,00 3,00 2,00
Volume do reservatório (m³) 1.075,09 10.020,36 87.302,59
Área total (ha)1 0,17 0,77 1,77
NA Máximo Maximorum (m) 1.172,52 1.181,89 1.519,36
Borda Livre Remanescente (m) 0,48 0,11 0,64
Área da Bacia (km²) 0,052 0,688 1,457
Tempo de Retorno (TR) de Projeto 1.000 1.000 1.000
133 mm para duração 133 mm para 221 mm para
Precipitação de Projeto (mm)
de 3 h duração de 3 h duração de 24 h2

Nota 1: Área total correspondente ao somatório das áreas do maciço e reservatório.


Nota 2: Vazão provinda de bombeamento de sumps no interior da cava.

As estruturas de contenção de sedimento irão trabalhar em conjunto com a finalidade de


receber a drenagem superficial, conter sedimentos gerados a montante e clarificar a água
garantindo uma turbidez inferior a 40 UNT.

A Figura 5-42 e Figura 5-43, ilustra o arranjo geral do Dique 3 e Sump 3 – I e II.

Figura 5-42: Arranjo Geral do Dique 3 e Sump 3-I. (Desenho 9024MA-X-02028).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 331


Figura 5-43: Arranjo Geral do Sump 3-II. (Desenho 9024MA-X-02028).

Apresenta-se, na Tabela 5-100, o resumo das informações consideradas para a simulação


do trânsito de cheia nas estruturas de contenção de sedimentos, com as respectivas
definições da geometria do emboque que será verificado.

Tabela 5-100: Relação Cota x Descarga do Extravasor do Dique 3

Cota da crista Cota da soleira Dimensões do emboque do vertedouro


Estrutura
(m) do vertedouro m) Base (m) Talude
Sump 3-I 1.182,00 1.181,00 3,00 2H:1V
Sump 3-II 1.520,00 1.519,00 2,00 2H:1V
Dique 3 1.170,00 1.169,00 10,00 2H:1V

A seguir, no Gráfico 5-22, Gráfico 5-23, abaixo são apresentadas a relação cota x descarga
do sistema extravasor do Dique 1A, Sump I e Sump II, respectivamente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 332


1.170,20

1.169,96
Elevação (m)

1.169,72

1.169,48

1.169,24

1.169,00
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00
Vazão (m³/s)
Gráfico 5-22: Curva de Descarga do Extravasor do Dique 3

1.182,20

1.181,96
Elevação (m)

1.181,72

1.181,48

1.181,24

1.181,00
0,00 1,60 3,20 4,80 6,40 8,00
Vazão (m³/s)
Gráfico 5-23: Curva de descarga do extravasor do Sump 3-I.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 333


1.520,20

1.519,96
Elevação (m)

1.519,72

1.519,48

1.519,24

1.519,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Vazão (m³/s)
Gráfico 5-24: Curva de descarga do extravasor do Sump 3-II.

As análises de estabilidade do dique 3 e dos Sumps 3-I e 3-II são apresentadas nos Anexos
do Volume 1 – Anexo V.

5.3.4.4 ACESSOS PARA MANUTENÇÃO

O acesso para a realização da manutenção do Dique 3 e Sump 3-I possui cerca de 10,6 km
com largura de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% que sai da ombreira esquerda
e vai até a bifurcação do acesso aos diques, próximo ao estoque de materiais lenhosos 8 e
a derivação do acesso ao Dique 1A. O referido acesso pode ser observado também no
Desenho 0000MA-L-00927 - Plano Diretor de Operação (Anexos do Volume 1 - Anexo I).

Quanto a chegada ao Sump 3-II, serão utilizadas derivações dos acessos internos de mina.
A partir da mina é previsto um acesso fixo que possui cerca de 120 m de comprimento,
largura de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% (vide Desenho 0000MA-L-00927 -
Plano Diretor de Operação).

5.3.5 OPERAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL A

A PDE A será instalada para atendimento ao decapeamento que acontecerá naquela fase, e
também aos primeiros cinco anos de operação da cava do empreendimento. Os dados
geométricos e detalhes da estrutura estão apresentado no Item 5.2.12 da Etapa de
Implantação.

Quanto à operação da PDE A, estão previstas as atividades listadas a seguir.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 334


▪ Disposição de estéril até a elevação 1.520,0 m (altura de 238,8 m e volume de
18,17 Mm³);
▪ Instalação do sistema de drenagem superficial até a elevação 1.520 m;
▪ Instalação dos instrumentos;
▪ Instalação da proteção vegetal nos taludes.

O estéril deverá ser disposto pelo método ascendente, com altura de lançamento de
aproximadamente 2 metros, e os bancos deverão ser finalizados com altura de 10 metros e
largura de berma de 7 metros. Os taludes finalizados/rebatidos deverão apresentar a
inclinação de 1V:2H, 26,6° de inclinação, devendo ser revegetados imediatamente após a
adequação geométrica.

O sistema de drenagem superficial da PDE A será construído de forma gradual à proporção


que a pilha for sendo edificada. A destinação dessa drenagem será o sistema composto
pela Dique 2A e Sump 2A.

Os instrumentos do sistema de monitoramento geotécnico devem ser implantados de forma


gradual, à medida que os bancos forem sendo construídos.

Após a conformação dos taludes e bermas à condição final de projeto será implantada
cobertura superficial vegetal para proteção dos taludes contra possíveis efeitos do
escoamento superficial desordenado e da concentração das águas superficiais.

Para a realização das inspeções e monitoramentos será implantado acesso sobre a PDE A,
para viabilizar o acesso aos bancos e pé das pilhas de estéril.

5.3.5.1 ESTRUTURAS DE CONTROLE AMBIENTAL PARA A PDE A

Os sistemas de drenagens interna, de drenagem superficial e de contenção de sedimentos


da PDE A encontram-se já descritos respectivamente nos itens 3.2.12 da Etapa de
Implantação.

5.3.6 ImplantaÇÃO E OPERAÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL B

5.3.6.1 DESCRIÇÃO GERAL DA ESTRUTURA

A PDE B está prevista para o 5º ano do empreendimento, portanto, a disposição de estéril


só será iniciada após exaustão da PDE A. Na Tabela 5-101 são apresentadas as
características gerais da PDE B, conforme representado na planta que pode ser observada
no Desenho 1040MA-X-01992 (Anexos do Volume 1 - Anexo IV) e na seção típica no
Desenho 1040MA-X-01998 (Anexos do Volume 1 - Anexo IV).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 335


Tabela 5-101: Características Gerais – PDE B.
Item Descrição
Altura máxima (m) 294
Área ocupada (ha) * 214,72
Volume (Mm³) 212,15
Cota máxima da pilha (m) 1.415
Inclinação dos taludes 2(H):1(V)
Altura dos taludes (m) 10,0
Ângulo dos taludes 26,6°
Ângulo global 23,05º
Largura de berma (m) 7,0
DMT – Cava até a Estrutura (Km)* 2,85

Obs: *Refere-se a área da estrutura e não considera a área de segurança

Para a instalação da pilha, será necessária a construção do Dique 2B e do Sump 2B-I,


ambos já descritos anteriormente no Item 5.2.13.2 na Etapa de Implantação.

5.3.6.2 ANÁLISE DE ESTABILIDADE DA PDE B

Apresenta-se a seguir análise de estabilidade da Pilha de Estéril PDE B. Para a realização


destes estudos utilizou-se o programa computacional Slide da Rocscience, versão 5.0. O
Slide é um programa bidimensional de análise de estabilidade de taludes que calcula o fator
de segurança para rupturas circulares e não-circulares através da Teoria do Equilíbrio
Limite. O método de análise utilizado nos estudos foi o Spencer.

O nível d’água utilizado nas análises de estabilidade foram estimados, com base na
capacidade de drenabilidade do dreno de fundo. Considerou-se o gradiente hidráulico de
10% para dimensionamento do dreno de fundo da PDE B.

5.3.6.2.1 PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA

Os parâmetros de resistência dos materiais envolvidos foram estimados em função da


experiência da DF+ em projetos semelhantes, envolvendo as mesmas litologias e materiais
de construção. Os parâmetros de resistência (coesão e ângulo de atrito) e índice físico
(peso específico), adotados para as análises encontram-se na Tabela 5-102.

Tabela 5-102: Características Gerais – PDE B.

 Parâmetros de Resistência
Material
(kN/m3) c’ (kN/m2) ’ (º)
Estéril 18 10 28
Solo Residual 18 10 26
Saprolito 19 15 27
Maciço Rochoso (Xisto e Filitos Nova Lima) 24 80 30

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 336


5.3.6.2.2 SIMULAÇÕES

As análises de estabilidade serão efetuadas conforme prescreve a Norma NBR


13.029/2017:

▪ Ruptura do talude global - Superfície Freática Normal: Fator de segurança mínimo


1,50;
▪ Ruptura do talude global - Superfície Freática Crítica: Fator de segurança mínimo
1,30.

5.3.6.2.3 RESULTADOS

No Gráfico 5-25 e no Gráfico 5-26 são apresentados os resultados das análises de


estabilidade. Para as condições gerais estudadas (parâmetros e geometria), as análises
apresentaram resultados satisfatórios, sendo obtidos em ambas as análises fatores de
segurança superiores aos mínimos exigidos por norma.

Gráfico 5-25: Análise de Estabilidade PDE-B – Condição Operacional

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 337


Gráfico 5-26: Análise de Estabilidade PDE-B – Condição Crítica

5.3.6.2.4 TRATAMENTO DE FUNDAÇÃO

Para preparação da fundação, considerou-se uma limpeza de 0,5 m em toda a área da pilha
com a finalidade de eliminar todo material solto e a cobertura vegetal.

5.3.6.2.5 DRENAGEM INTERNA DA PDE B

Para o dimensionamento da drenagem interna da PDE B foram aplicadas as mesmas


metodologias e dados climáticos para a PDE A, apresentados no item 5.2.12.

Para a PDE B será implantado um sistema de drenagem interna composto por drenos de
fundo que têm a função de coletar as contribuições provenientes do desaguamento
subterrâneo e também do aporte das águas oriundas da recarga aplicada ao material da
pilha.

As vazões de projeto são determinadas por meio de balanço hídrico, aplicado nas áreas de
contribuição para cada linha de dreno. A seção drenante mínima é calculada segundo
regime de fluxo turbulento, equação de Wilkins (1956).

O sistema de drenagem interno da PDE B encontra-se apresentado no Desenho 0000MA-X-


88130 (Anexos do Volume 1 - Anexo IV).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 338


5.3.6.2.5.1 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE PROJETO

As vazões de projeto (recarga) foram dimensionadas via balanço hídrico entre precipitação e
evaporação. Os valores de evaporação e precipitação foram retirados da publicação
normais climatológicas (1961 – 1990) do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária
(estação de Belo Horizonte MG).

Foram adotados coeficientes de escoamento superficial de 0,45 para a região da pilha e


0,30 para a região do terreno natural. Os valores de evapotranspiração potencial foram
obtidos a partir do produto entre a evaporação e o coeficiente de correlação adotado de 0,7.
Na Tabela 5-103 e Tabela 5-104 estão as informações referentes ao balanço hídrico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 339


Tabela 5-103: Balanço hídrico para cálculo da recarga (terreno natural) – R1
TOTAL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
ANUAL
P 274,1 206,3 142,7 55,8 28,8 11,5 15,3 14,8 39,2 141,7 241,6 292 1.464

ETP 88,1 81,2 93,5 92,3 90,8 89,5 103,3 132,9 143,6 117,6 90,8 82,4 1.206

ES 82,23 61,89 42,81 16,74 8,64 3,45 4,59 4,44 11,76 42,51 72,48 87,6 -

ETR 61,67 56,84 65,45 64,61 63,56 62,65 72,31 93,03 100,52 82,32 63,56 57,68 -

BALANÇO 130,2 87,57 34,44 -25,6 -43,4 -54,6 -61,6 -82,67 -73,08 16,87 105,56 146,72 -

R (mm/mês) 130,2 87,57 34,44 0 0 0 0 0 0 16,87 105,56 146,72 701,8

Máxima Recarga (mm/mês) 146,7

Tabela 5-104: Balanço hídrico para cálculo da recarga (pilha) – R2

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL ANUAL

P 274,1 206,3 142,7 55,8 28,8 11,5 15,3 14,8 39,2 141,7 241,6 292 1.464
ETP 88,1 81,2 93,5 92,3 90,8 89,5 103,3 132,9 143,6 117,6 90,8 82,4 1.206
ES 123,345 92,835 64,215 25,11 12,96 5,175 6,885 6,66 17,64 63,765 108,72 131,4 -
ETR 61,67 56,84 65,45 64,61 63,56 62,65 72,31 93,03 100,52 82,32 63,56 57,68 -
BALANÇO 89,1 56,6 13,0 -33,9 -47,7 -56,3 -63,9 -84,9 -79,0 -4,39 69,3 103 -
R (mm/mês) 89,085 56,625 13,035 0 0 0 0 0 0 0 69,32 102,92 330,9
Máxima Recarga (mm/mês) 102,9

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 340


Na Tabela 5-105, estão as vazões de projeto calculadas para os trechos estabelecidos.

Tabela 5-105: Vazões de projeto para dimensionamento dos drenos de fundo

PDE AD Terreno Natural (m²) AD Pilha (m²) Vazão (m³/h) (Nota 1)


Primário 1.208.212,55 2.147.209,26 545
Secundários 288.061,01 629.251,25 147

Nota 1: Não foi adotado fator de segurança no dimensionamento da vazão, o fator de segurança foi incorporado
ao dimensionamento do dreno de fundo.

5.3.6.2.5.2 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

A seção drenante para os drenos será em blocos de rocha (enrocamento), envoltos por uma
camada de transição de material grosseiro e outra de areia média a fina.

Para o dimensionamento da seção drenante adotou-se a Metodologia de Wilkins. Esse


método se aplica para condições de escoamento turbulento observado em pilhas de estéril,
onde os drenos de fundo são formados por blocos de rocha angulosos ou cascalhos de
granulometria aberta (Saliba et al., 2015).

A Equação 4-13 apresenta a formulação de Wilkins:

Vv = W.Rh0,5.i0,54 (Equação de Wilkins – Equação 4-13)

Em que:

Vv = velocidade efetiva do escoamento (m/s);

W = uma constante que vale 5,25 m0,5/s;

Rh = raio hidráulico médio (m), definido como a razão entre o volume dos vazios e a área
superficial das partículas, valor aproximado:

(Equação 4-14)

Em que:,

e= índice de vazios de 0,43 (Considerando porosidade de 30%);

rE = fator forma. Adotado 1,67 para paralelepípedos;

i = gradiente hidráulico (adimensional).

Determinada a velocidade efetiva de escoamento nos vazios do enrocamento, toma-se a


vazão de projeto e calcula-se, por meio da equação da continuidade, a área de enrocamento
necessária ao escoamento da referida vazão.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 341


Assim, a área da seção drenante será determinada pela razão entre a vazão de projeto e a
velocidade do escoamento:

Aseção = Q (m³/s) / Vescoamento (m/s)

Para o dimensionamento dos drenos da pilha de estéril utilizou-se um fator de segurança


(FS) de 2,5, conforme recomendado pela NBR 13.029/2017.

A Tabela 5-106 apresentada às dimensões obtidas para seção em enrocamento dos drenos
trapezoidais.

Tabela 5-106: Seção dos drenos de fundo da PDE B.


Área mínima
Gradiente Material da Seção Base Base
Trecho Altura (m) da Seção
hidráulico * Drenante D50(mm) Menor (m) Maior (m)
drenante (m²)
Principal 10,0% 80 5,00 1,50 8,90 10,43
Secundários 10,0% 80 2,00 1,50 5,90 5,93

5.3.6.2.5.3 MATERIAL DE TRANSIÇÃO

Para evitar a colmatação dos vazios do enrocamento pelo material fino carreado da pilha de
estéril, buscou-se atender as seguintes condições:

▪ Critério de contenção: as dimensões dos vazios no material do filtro devem ser


suficientemente pequenas para reter as partículas maiores do material protegido;
▪ Critério de permeabilidade: o material do filtro deve ter alta condutividade hidráulica
para impedir a geração de grandes forças de percolação e pressões hidrostáticas
aplicadas aos filtros.

Três transições foram definidas: Areia, Brita 0 e Brita 3.

5.3.6.3 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL DA PDE B

As metodologias empregadas nos estudos hidrológicos e dimensionamentos hidráulicos


desenvolvidos dos dispositivos de drenagem da PDE B, bem como as premissas, critérios e
limitações associadas a essas metodologias, são as mesmas utilizadas para a PDE A e
encontra-se descrito no item 5.2.

Os resultados obtidos no desenvolvimento do projeto de drenagem superficial da PDE B


estão apresentados a seguir.

5.3.6.3.1 DRENAGEM DAS BERMAS

As bermas da PDE B apresentam largura mínima igual a 7,0 m. Para a drenagem das
bermas, optou-se por utilizar a geometria das mesmas que serão executadas em solo
laterítico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 342


Dessa maneira, para concentrar o escoamento, a berma deverá ter declividade transversal
em direção ao talude de 5% e declividade longitudinal de 1% para o direcionamento até os
canais periféricos, conforme desenho esquemático mostrado na Figura 5-44, da mesma
maneira que já foi mostrado para a PDE A.

Figura 5-44: Desenho esquemático da drenagem superficial das bermas

O dimensionamento e a avaliação do funcionamento das bermas como canaletas de


condução do fluxo foram realizados para as vazões decorrentes de precipitações de 100
anos de período de retorno, admitindo o escoamento permanente e uniforme.

Foi realizada uma verificação hidráulica da capacidade do suporte do escoamento


superficial para a maior área de contribuição em relação às bermas. Para essa verificação
utilizou-se o software Canal – Sistema para o dimensionamento de canais, desenvolvido
pelo Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos (GPRH) da Universidade Federal de
Viçosa/MG.

A síntese dos resultados da avaliação hidráulica da berma de maior área de drenagem da


PDE B, encontra-se apresenta na Tabela 5-107.

Tabela 5-107: Síntese do dimensionamento hidráulico das bermas.


Coeficiente de Declividade Velocidade Profundidade
PDE TR (anos) Vazão (m³/s)
Manning (n) (%) (m/s) (m)
Berma 100 0,87 0,023 1,0 1,12 0,35

Tendo em vista que a pilhas possui largura típica mínima da berma de 7,0 m, a declividade
transversal de 5% e longitudinal de 1%, foi adotado essas dimensões das canaletas de
berma para a PDE B. A altura disponível para o fluxo de água será de 0,27 m, atendendo ao
critério de borda livre mínima de 20% como aplicado a equação de Manning. Esta adoção
permite aumentar o nível de segurança da estrutura, mediante aumento da capacidade de
vazão, evitando fuga de água e ocorrência de processos erosivos na face dos taludes de
jusante. Também é prevista leiras de proteção na extremidade externa das bermas, em solo
compactado, com altura mínima de 0,50 m.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 343


Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas foi de
1,12 m/s, também estando dentro dos padrões de segurança.

5.3.6.3.2 CANALETAS DE TOPO

Foram dimensionadas canaletas a fim de coletar o escoamento do topo das pilhas e


direcioná-lo as descidas de água ou para os canais periféricos. Para PDE B, as canaletas
deverão possuir seção trapezoidal em solo laterítico. Os dimensionamentos foram feitos
considerando tempo de retorno de 100 anos. As dimensões das canaletas de topo da PDE
B, podem ser observadas na Tabela 5-108 respectivamente.

Tabela 5-108: Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de topo – PDE B


Inclinação
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos de Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
CT-01 6,67 1,00 5:1 0,5 0,023 0,80 0.20 1,77
CT-02 5,59 1.00 5:1 0,5 0,023 0,80 0.20 1,77

5.3.6.3.3 CANALETAS DE ACESSO

Canaletas de acesso em seção trapezoidal foram dimensionadas, a fim de direcionar o


escoamento superficial dos mesmos às bermas. Para o dimensionamento das canaletas de
acesso foi considerado o cenário mais crítico de contribuição de drenagem superficial.

As canaletas de acesso da PDE B são apresentadas na sequência na Tabela 5-109.


Considerou a seção das canaletas sendo trapezoidais em pedra argamassada.

Tabela 5-109: Síntese do dimensionamento hidráulico das canaletas de acesso – PDE B


Inclinação Borda
Base Altura Declividade Coef. de Velocidade
Tipos Q (m³/s) de Parede Livre
(m) (m) (%) Manning (m/s)
(m) (m)
CA 0,42 0,30 0,30 1,50 10 0,030 0.06 2,79

Para o dimensionamento foi considerado o tempo de retorno de 100 anos.

5.3.6.3.4 DESCIDA DE ÁGUA

As descidas de água foram concebidas para a PDE B, em seção retangular, em concreto


armado apresentando perfil longitudinal em degraus nos taludes das pilhas e declividade de
1% sobre as bermas, garantindo o escoamento torrencial no decorrer da estrutura.

Estas estruturas foram dimensionadas para as vazões decorrentes de precipitações de 100


anos de período de retorno, utilizando a metodologia de Manning.

Na Tabela 5-110, são apresentadas as sínteses dos dimensionamentos das descidas


d’água para a situação mais crítica utilizando a metodologia de Manning.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 344


Tabela 5-110: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – PDE - B
Altura
Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede
(m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA-01 9,03 1,70 1,70 1,00 0,015 1,36 0,34 4,33
DA-02 5,48 1,40 1,40 1,00 0,015 1,12 0,28 3,80
DA-03 A 3,08 1,20 1,20 1,00 0,015 0,96 0,24 3,43
DA-03 B 4,23 1,30 1,30 1,00 0,015 1,04 0,26 3,62
DA-04 0,35 1,30 1,30 1,00 0,015 1,04 0,26 3,62
DA-05 6,74 1,50 1,50 1,00 0,015 1,20 0,30 3,98
DA-06 1,19 1,00 1,00 1,00 0,015 0,80 0,20 3,04

A PDE A não apresenta estrutura hidráulica de descida de água.

5.3.6.3.5 CANAIS PERIFÉRICOS

O dimensionamento hidráulico dos canais periféricos propostos foi realizado considerando


vazões de projeto referente a um evento pluviométrico associado ao período de retorno de
500 anos.

Para a PDE B, foram dimensionados os canais periféricos que receberá toda contribuição
proveniente dos outros dispositivos de drenagem superficial. Para o dimensionamento
também foi utilizada a equação de Manning. A Tabela 5-111 apresenta a síntese destes
dimensionamentos.

Tabela 5-111: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais periféricos – PDE – B.


Altura Borda
Base Declividade Coef, de Profundidade Velocidade
Estrutura Q (m³/s) Parede Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP01-A 6,86 1.70 1.70 0,50 0,015 0.84 0.34 3.06
CP01-B 18,73 2.50 2.50 0,50 0,015 0.89 0.50 3.96
CP01-C 24,62 2.80 2.80 0,50 0,015 0.91 0.56 4.27
CP02-A 4,93 1.50 1.50 0,50 0,015 0.82 0.30 2.82
CP02-B 12,32 2.10 2.10 0,50 0,015 0.87 0.42 3.52
CP02-C 13,96 2.20 2.20 0,50 0,015 0.87 0.44 3.63
CP02-D 24,53 2.80 2.80 0,50 0,015 0.91 0.56 4.27

Nos estudos foi utilizada a metodologia de Manning (Equação 5.) para o trecho com
declividade inferior a 10%, considerando o fluxo em regime uniforme. E para os trechos com
regime gradualmente variado (trecho em degraus), verificou-se o fluxo no regime tipo
“Skimming Flow”, por meio do software SISCCOH.

A Tabela 5-112 apresenta o dimensionamento dos trechos em degraus das descidas de


água e canais periféricos, com declividades acima de 10%.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 345


Tabela 5-112: Síntese do dimensionamento hidráulico - Skimming Flow (PDE B)
Altura Altura do Profundidade Borda Velocidade
Tipos Q (m³/s) Base (m)
Parede (m) Degrau (m) Aerada (m) Livre (m) Final (m/s)
CP2 - A 4,93 1,50 1,50 0,50 0,63 0,87 7,35
CP2 - B 12,32 2,10 2,10 0,50 0,92 1,18 8,52
CP2 - D 24,53 2,80 2,80 0,50 1,15 1,65 9,75
CP1 - A 6,82 1,70 1,70 0,50 0,76 0,94 7,28
CP1 - B 18,73 2,50 2,50 0,50 1,06 1,44 9,25
CP1 - C 24,62 2,80 2,80 0,50 1,00 1,80 11,81
DA-01 9,029 1,70 1,70 0,50 0,89 0,81 9,20
DA-02 5,475 1,4 1,4 0,50 0,72 0,68 8,61
DA-03 A 3,080 1,20 1,20 0,50 0,53 0,67 7,82
DA-03 B 4,231 1,30 1,30 0,50 0,63 0,67 8,26
DA-04 0,346 1,30 1,30 0,20 0,12 1,18 3,77
DA-05 6,740 1,50 1,50 0,50 0,79 0,71 8,88
DA-06 1,19 1,00 1,00 0,50 0,32 0,68 6,21

5.3.6.3.6 BUEIROS

A Tabela 5-113 apresenta o dimensionamento dos bueiros que deverão conectar as


drenagens da PDE B aos reservatórios do dique 2B.

Tabela 5-113: Síntese do dimensionamento hidráulico dos Bueiros – PDE – B


Qproj Base Altura Diâmetro Declividade Qadmissível
Estrutura Tipo Material Funcionamento
(m³/s) (m) (m) (m) mínima (%) (m³/s)
Celular
Bueiro 1 4,19 1,50 1,50 - 1,50 Concreto Canal 4,70
Simples
Celular
Bueiro 2 21,6 2,20 2,20 - 1,50 Concreto Canal 23,3
Duplo
Celular
Bueiro 3 2,22 1,20 1,20 - 1,50 Concreto Canal 2,69
Simples
Celular
Bueiro 4 23,6 2,30 2,30 - 1,50 Concreto Canal 26,0
Duplo
Tubular
TP01 3,66 - - 1,50 Concreto Canal 4,22
Simples
Tubular
TP02 5,03 - - 1,80 Concreto Canal 6,66
Simples
Tubular
TP03 0,22 - - 0,50 1,50 Concreto Canal 0,27
Duplo

No Desenho 1040MA-X-01994 (Anexos do Volume 1 - Anexo IV) podem ser visualizados a


diagramação dos sistemas de drenagem, indicando as respectivas estruturas hidráulicas
dimensionadas para a PDE B.

5.3.6.4 INSTRUMENTAÇÃO DA PDE B

Os níveis d’água, assim como os níveis de pressão internos desenvolvidos no interior do


maciço da pilha serão monitorados, respectivamente, por indicadores de nível d’água (INA)
e piezômetros (PZ).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 346


As vazões efluentes das drenagens internas deverão ser monitoradas durante todo o ano
(durante períodos de estiagem e de chuvas) por meio da placa de leitura de vazões, a ser
instalada a jusante da saída da drenagem interna.

O projeto prevê a instalação de instrumentos de monitoramento de Deformações (Marcos


Superficiais) para acompanhamento de recalques e deslocamentos horizontais da estrutura.

A Tabela 5-114 apresenta os tipos e quantidades de instrumentos a serem instalados na


Pilha de Estéril PDE B. No Desenho 1040MA-X-01995 (Anexos do Volume 1 - Anexo IV) são
apresentadas as locações dos instrumentos.

Tabela 5-114: Tipos de instrumentos de monitoramento/respectiva posição – PDE B

Instrumento Quantidades Localização


Piezômetro 10 Fundação
INA 12 Maciço
Marco Superficial 12 Maciço
Medidor de vazão 01 A Jusante da saída da drenagem interna
Inclinômetro 04 Maciço

5.3.6.5 SEQUÊNCIA CONSTRUTIVA DA PDE B

Abaixo está representada de forma geral a sequência construtiva da Pilha de Estéril PDE B
com as principiais atividades que compõem as etapas de construção.

Etapa 1 (atividades de implantação da PDE B serão concomitantes à operação da mina)

▪ Instalação da estrada de acesso ao pé da pilha e ao dique;


▪ Limpeza da área de instalação da pilha e do reservatório do dique;
▪ Execução dos drenos de fundo;

Etapa 2

▪ Início do processo de construção da pilha;


▪ Disposição do estéril pelo método ascendente e lançamento por ponta de
aterro de altura de aproximadamente 2 metros, com retaludamento para a
geometria final do talude (bancos com 26,6° de inclinação);
▪ Execução da cobertura vegetal com o solo orgânico retirado da fundação da
pilha nos taludes finalizados;
▪ Implantação do revestimento das bermas finalizadas com laterita;
▪ Instalação dos instrumentos de monitoramento nas bancadas finalizadas.
Etapa 3
▪ Na medida em que a pilha for avançando e ao atingir a sua geometria final,
deverá ser implantado o sistema de drenagem superficial, de acordo com as
especificações de projeto.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 347


▪ Na sequência, o solo orgânico que foi retirado da fundação e estocado poderá
ser espalhado sobre os taludes finais da pilha, para auxiliar no processo de
revegetação.

Etapa 4

▪ Instalação dos instrumentos de monitoramento.

5.3.6.6 ACESSO CONSTRUTIVO DA PDE B

Similar ao proposto na PDE A, a partir das características necessárias ao acesso provisório,


foi lançado um traçado buscando limitar-se a área de projeção da pilha, reduzindo a
intervenção em áreas novas e a DMT. Este traçado possui uma somatória de 5,0 km de
extensão, 10 m de largura e declividade longitudinal máxima de 10%.

5.3.6.7 OPERAÇÃO DA PDE B

O estéril deverá ser disposto pelo método ascendente, com altura de lançamento de
aproximadamente 2 metros, e os bancos deverão ser finalizados com altura de 10 metros e
largura de berma de 7 metros. Os taludes finalizados/rebatidos deverão apresentar a
inclinação de 2H:1V, 26,6° de inclinação, devendo ser revegetados imediatamente após a
adequação geométrica.

O sistema de drenagem superficial da PDE B será construído de forma gradual à proporção


que a pilha for sendo edificada. Os instrumentos do sistema de monitoramento geotécnico
devem ser implantados de forma gradual, à medida que os bancos forem sendo construídos.

Após a conformação dos taludes e bermas à condição final de projeto será implantada
cobertura superficial vegetal para proteção dos taludes contra possíveis efeitos do
escoamento superficial desordenado e da concentração das águas superficiais.

Para a realização das inspeções e monitoramentos será implantado acesso sobre a PDE B,
para viabilizar o acesso aos bancos e pé das pilhas de estéril.

5.3.7 BENEFICIAMENTO

A Usina de Beneficiamento do Projeto Apolo será constituída pelas unidades necessárias à


recepção e britagem do ROM, peneiramento e estocagem de produtos. A Figura 5-45 e a
descrição a seguir apresentam o processo de beneficiamento do Projeto Apolo à Umidade
Natural.

Os arranjos da usina podem ser verificados nos Desenhos 2012MA-L-22007, 2015MA-L-


74018 e 2015MA-L-74020 (Anexos do Volume 1 - Anexo III) e seu posicionamento em
relação a outras estruturas de apoio estão no Desenho 0000MA-L-00927 (Anexos do
Volume 1 - Anexo I).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 348


Figura 5-45: Fluxograma das Atividades da Operação da lavra ao escoamento ferroviário de produtos

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 349


5.3.7.1 BRITAGEM PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA

O minério lavrado (ROM) será basculado em um pátio para a formação de uma pilha pulmão
a ser implantada próxima a moega de alimentação da britagem primária. A capacidade do
circuito de beneficiamento será de 14Mtpa.

A planta será alimentada por caminhões fora de estrada (190 t) em dois pontos de
basculamento na moega, que será dotada de grelha fixa, onde matacões maiores que 1.000
mm serão retidos e fragmentados via rompedor hidráulico.

A partir dessa moega, o ROM será transferido através de alimentador de correia para a
grelha vibratória e o retido nesta grelha alimentará o britador primário e posteriormente o
britador secundário, por meio de um pequeno transportador de correia.

O passante dos britadores secundários, junto com a descarga da grelha, será transferido
para correias transportadoras que irão compor o TCLD, que alimentará o peneiramento
terciário. Ressalta-se que os finos retidos no alimentador de correia da grelha vibratória
também serão direcionados para fluxo do passante dos britadores secundários.

5.3.7.2 TCLD

Constituído por cinco transportadores de correia em série TR-2014MA-01@05, o sistema de


transportador de correia de longa distância (TCLD) recebe do TR-2012MA-03 todo o produto
das britagens primária e secundária e descarrega no transportador que alimenta o circuito
terciário TR-2015MA-01.

O Sistema de TCLD´s para o Projeto Apolo possui as seguintes características:

▪ Foram previstas áreas para auxílio à troca de correia na região da descarga ou


retorno, de forma a possibilitar o esfoliamento da correia e emenda de vários
trechos de uma só vez com estruturas e ou dispositivos auxiliares;
▪ Foi previsto trocador de correia intercambiável EE-2014MA-01 para os TCLDs
TR-2014MA-01@05;
▪ O TCLD foi dimensionado com correia de largura de 1200mm e velocidade de
3,5m/s. Em caso de expansão será possível repotenciar o transportador com
aumento de velocidade;
▪ Somente os TCLDs TR-2014MA-04/05 possuem trechos regenerativos;
▪ Para todos os TCLDs estão previstos inversores de frequência;
▪ Os chutes foram previstos com ângulos de inclinação das paredes suficientes
para evitar o acúmulo de material (ângulo baseado nos relatórios da JENIKE &
JOHANSEN das fases anteriores do projeto);
▪ Foi prevista iluminação do TCLD apenas nas casas de transferência. Para as
casas de transferência foi prevista água de serviço;
▪ Foi previsto túnel para um trecho do TCLD TR-2014MA-05;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 350


▪ Foi desenvolvido um estudo de viabilidade de plano de rigging que incluiu o
estudo de acessos e platôs para os equipamentos necessários à montagem;
▪ Foram previstas coberturas e proteções laterais ao longo dos TCLDs;
▪ Foi previsto um hidrante em cada casa de transferência do TCLD para o
combate a incêndio;
▪ Os perfis dos TCLDs foram limitados pela ADA e pelo acesso de fora de
estrada para formação da pilha PDE-B;
▪ Todas as Casas de Transferências foram consideradas cobertas e possuem
talhas elétricas para manutenção dos acionamentos, tambores (quando
aplicável);
▪ Somente os TCLDs TR-2014MA-03/04/05 foram considerados com viradores
de correia por terem seu comprimento acima de 600 metros;
▪ Foi previsto um silo no último TCLD TR-2014MA-05 com volume necessário
para absorver o tempo de parada do sistema. O transportador de correia
subsequente foi calculado com a capacidade do sistema, considerando o
dimensionamento das estruturas e componentes com a extração de material
em caso do chute cheio e partindo também com o transportador cheio.

Está prevista uma pilha de emergência, próxima à moega da britagem primária, com
capacidade de 14.016 t correspondente a uma autonomia de 6 horas a ser retomada com pá
carregadeira / caminhão.

5.3.7.2.1 CRITÉRIOS DE MANUTENÇÃO

Estão previstas áreas para auxílio à troca de correia na região da descarga ou retorno, de
forma a possibilitar o esfoliamento da correia e emenda de vários trechos de uma só vez
com estruturas e ou dispositivos auxiliares.

Está previsto trocador de correia intercambiável EE-2014MA-01 para os TCLDs TR-


2014MA-01 a 05.

Há um estudo de viabilidade de plano de rigging que inclui acessos e platôs para os


equipamentos necessários à montagem. Esse estudo está contido no documento VALE,
Viabilidade para Construtibilidade dos TCLDs nº RL-2000MA-M-88015.

Assim como os prédios de processo, as casas de transferências estão concebidas cobertas


e possuem talhas elétricas (TE-2014MA-01 a 05) para manutenção dos acionamentos e
tambores. A figura a seguir apresenta o modelo 3D dos transportadores de correia.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 351


Subestação

Trocador de correia

Virador de
correia

Figura 5-46: Modelo 3D dos TCLDs

5.3.7.3 BRITAGEM TERCIÁRIA E PENEIRAMENTO

O minério proveniente do TCLD TR-2014MA-05 alimentará o transportador TR-2015MA-01,


provido de balança BL-2015MA-01, que descarregará no silo SI-2015MA-01, que contém 4
(quatro) saídas. O material no silo será retomado pelos alimentadores de correia AL-
2015MA-03 a 06. Os alimentadores transferirão o fluxo de minério para as peneiras
secundárias vibratórias modulares PN-2015MA-01 a 04. As peneiras terão movimento
circular ou elíptico e serão compostas por 2 decks, com malhas de 40 mm e 25 mm.

O material retido no primeiro e segundo deck das peneiras será descarregado nos
transportadores de correia TR-2015MA-02/03, que irão operar em paralelo e descarregarão
o material nos transportadores de correia TR-2015MA-04/05 e posteriormente no
transportador de correia TR-2015MA-06.

O transportador de correia TR-2015MA-06, equipado com o detector de metais DM-


2015MA-01 e o extrator de metais EX-2015MA-01, encaminhará o material até o silo SI-
2015MA-02 (volume útil 80m3), de onde será retomado através dos alimentadores de correia
AL-2015MA-01/02, para alimentar os britadores cônicos terciários BR-2015MA-01/02
(modelo HP500 ou similar).

O produto do britador será descarregado no transportador TR-2015MA-01, fechando o


circuito terciário.

O passante das peneiras terciárias, sinter feed, será descarregado nos transportadores de
correia TR-2015MA-07 a 10, e descarregado no transportador de correia TR-2015MA-11,
equipado com balança BL-2015MA-03. O material proveniente do transportador de correia
TR-2015MA-011 irá passar pelo amostrador vezin AM-2015MA-01 e descarregar no
transportador de correia TR-2015MA-13. O material recolhido pelo amostrador AM-2015MA-
01 será descarregado no alimentador de placas AL-2015MA-07 e posteriormente no

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 352


transportador de correia TR-2015MA-12 que alimentará o segundo amostrador vezin AM-
2015MA-02. O material recolhido será enviado para o quarteador AM-2015MA-03 e o
restante seguirá para o transportador de correia TR-2315MA-13.

O transportador de correia TR-2315MA-13 é responsável em direcionar o material ao pátio


de estocagem, descarregando no transportador do pátio TR-2610MA-01.

5.3.7.3.1 PENEIRAMENTO TERCIÁRIO

Etapa que será composta por 4 peneiras do tipo vibratórias, onde o material retido seguirá à
britagem terciária, enquanto o material passante (Finos Comum <150mm) seguirá para o
pátio de produto.

5.3.7.3.2 BRITAGEM TERCIÁRIA

O material retido nas peneiras vibratórias do peneiramento terciário será britado nesta etapa
de britagem terciária e seu passante retornará para peneiramento terciário, fechando o
circuito.

5.3.7.4 CARREGAMENTO E TRANSPORTE DO PRODUTO FINAL

No pátio de produtos será formada uma pilha de estoque do produto final denominado Finos
Comum e terá capacidade útil de 192.000 toneladas, com autonomia para 5 dias de
carregamento. Nessa pilha haverá aspersão de inibidores de poeiras por meio de formação
de película selante.

O produto será recuperado por pás carregadeiras que farão a carga dos vagões ferroviários.

5.3.8 OPERAÇÃO DO RAMAL FERROVIÁRIO

Este item descreve as principais atividades que irão ocorrer durante a operação do Ramal
Ferroviário.

A operação do Ramal Ferroviário irá consistir basicamente na circulação de trens,


manutenção da via férrea, estruturas de apoio e Torre de Controle, e sistema de drenagem
já descritas no item 5.2.14 da Etapa de implantação.

Para escoar plenamente a produção da mina, o ramal irá operar com uma capacidade de
carregamento de duas composições ao dia. Os trens serão compostos por três locomotivas
do tipo dash 9, acopladas à um número de vagões que terá no máximo 252. Com a
capacidade útil de cada vagão igual a 80 t, o ramal terá a capacidade máxima de transportar
até 40 mil toneladas de minério ao dia.

As locomotivas do tipo dash 9 utilizarão o óleo diesel como combustível e irão carregar em
seus tanques com volumes entre 9 e 15 mil litros nos postos de abastecimento em operação
na EFVM. Estas locomotivas são equipadas com injeção eletrônica de combustível, o que

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 353


colabora com a economia de combustível e consequente redução das emissões
atmosféricas geradas na sua queima.

A velocidade média de operação será de aproximadamente 30 km/h, independente se


estiverem carregados ou vazios.

5.3.8.1 CONTROLE OPERACIONAL

O controle operacional do Ramal Ferroviário será efetuado pela equipe de operação


ferroviária que ficará instalada na Torre de Controle. Além do escritório administrativo, esta
unidade operacional irá contar com cozinha e vestiários, onde serão gerados efluentes
líquidos e resíduos sólidos não perigosos.

A torre de controle irá operar em três turnos por dia, cada um com duração de 08 horas. O
contingente máximo que irá operar a torre será de 10 funcionários por turno; composto por
operadores de AMV, operadores de rádio, secretária, funcionários do setor de limpeza e
maquinistas que estejam em troca de turno.

5.3.8.2 ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Durante a fase de operação do empreendimento será necessária a execução de algumas


atividades de manutenção para garantir o bom funcionamento da via férrea. Desta forma
serão alvo destas atividades tanto as estruturas da infraestrutura, quanto aquelas da
superestrutura.

Ressalta-se, que as atividades vinculadas à manutenção e ao abastecimento de


combustível das composições que transitarão pelo Ramal Ferroviário serão realizadas nas
estruturas de apoio em operação na Estrada de Ferro Vitória a Minas.

A seguir são descritas as atividades de manutenção que ocorrerão durante a operação do


Ramal Ferroviário do Projeto Apolo.

5.3.8.2.1 MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM E OBRAS DE ARTE


CORRENTE

A manutenção do sistema de drenagem é definida a partir de inspeções periódicas


realizadas ao longo da via e, se for verificada a necessidade, é procedida a limpeza
mecânica ou manual dos dispositivos de drenagem.

Para a limpeza manual poderão ser utilizados carrinho de mão, picareta, garfo ou gadanho,
pá e enxada. Para a limpeza mecanizada poderão ser utilizadas máquina retroescavadeira,
mini-carregadeira, pá-carregadeira, escavadeira, caminhões.

O procedimento de inspeção pode ser dividido em duas partes:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 354


▪ Verificação das condições de drenagem - são em geral avaliados os seguintes
problemas: obstrução/assoreamento total ou parcial de bueiros e canaletas e erosão
de taludes adjacentes a bueiros;
▪ Verificação das condições estruturais - são observadas em geral trincas e/ou fissuras
nas paredes internas dos bueiros, condições de calçamento das alas a jusante e a
montante e desnivelamento de bueiros e canaletas.

Depois de identificadas e mapeadas as anomalias, a equipe técnica responsável pela


manutenção elabora um plano de ação para a correção do problema.

A manutenção da drenagem superficial consiste nas seguintes ações:

▪ Limpeza das canaletas / valetas;


▪ Desobstrução dos drenos, observados por meio de caixas de inspeção;
▪ Limpeza das caixas coletoras.

Os resíduos retirados na limpeza são basicamente constituídos por sedimentos que se


acumulam nos dispositivos (areia, silte e argila) e vegetação. Estes serão depositados de
forma controlada na ADME 4.

5.3.8.2.2 MANUTENÇÃO DOS TALUDES

A Vale manterá um programa de inspeções visuais ao longo da via permanente, sobretudo


nos locais em que a drenagem possa comprometer a estabilidade de taludes quanto ao
movimento de massa e quanto à erosão.

Para isso, é utilizado um check list a partir do qual é registrado o problema e indicada a
solução para a recuperação ou a necessidade de inspeção mais detalhada. A gerência de
manutenção da via permanente encaminha a solução diretamente ou contrata equipe
especializada para aprofundar os estudos sobre o problema e especificar a solução
adequada.

As ações de recuperação dependem do problema detectado. A ocorrência de erosão


superficial é tratada com a escarificação do terreno e a recomposição da cobertura vegetal.
Ravinas e voçorocas que podem ocorrer em períodos de grande precipitação pluviométrica
são tratadas com a utilização de rip-rap tais como sacos de solo-cimento, enrocamento,
barreiras de contenção com trilhos usados, etc.

Em taludes de aterro onde tenha ocorrido deslizamento parcial de massa é retirado o


material deslocado e é feita a recomposição do aterro. Em taludes de corte com
deslizamento também é retirado o material que escorregou e, em seguida, é feita a
reconformação topográfica e a recomposição da vegetação. Outras técnicas podem ser
utilizadas em casos de deslizamento de massa de grande envergadura, tais como: muros de
gabião, cortinas atirantadas, muro de terra armada e outras.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 355


O procedimento de revegetação é feito após a conformação final dos taludes e a instalação
dos sistemas de drenagem. São abertas manualmente pequenas covas nas superfícies
desnudas, a fim de se criar cavidades para permitir a fixação das sementes e adubos
utilizados na recuperação vegetal desses taludes.

5.3.8.2.3 MANUTENÇÃO DA SUPERESTRUTURA

As atividades de manutenção da superestrutura compreendem as atividades de:

▪ Renovação da linha;
▪ Verificação do lastro;
▪ Substituição de trilhos;
▪ Substituição de dormentes;
▪ Poda e supressão de vegetação.

As tarefas de poda e supressão de vegetação herbácea serão realizadas dentro da faixa de


domínio da ferrovia com o objetivo de manter a via permanente em condições
operacionalmente seguras.

O objetivo do controle de plantas invasoras é realizar o saneamento vegetal ao longo da


malha ferroviária e unidades de apoio. O controle de plantas invasoras presentes se faz
necessário, uma vez que essas plantas:

▪ Potencializam o risco de ocorrência de incêndios;


▪ Propiciam a presença de animais peçonhentos;
▪ Favorecem a infiltração de água na plataforma da ferrovia, possibilitando a formação
de “bolsas” d’água que podem levar ao desnivelamento da linha, tendo como
consequência o tombamento ou descarrilamento de trens;
▪ Dificultam a ampla visão do maquinista.

Estas atividades são executadas por processos mecânicos (manual ou mecanizada).

5.3.9 OPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE APOIO

As estruturas de apoio que irão atender a etapa de operação são as seguintes:

▪ Canteiro de Instalação da PDE B;


▪ Portaria Norte descrita na etapa de implantação;
▪ Portaria Sul, descrita na etapa de implantação;
▪ Acessos, descritos na etapa de implantação;
▪ Paióis de Explosivos e Acessórios, descritos na etapa de implantação;
▪ Sistema de Fornecimento de Água, descrito na etapa de implantação;
▪ Sistema de Fornecimento de Energia, descrito na etapa de implantação;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 356


▪ Escritório Central, descrito na etapa de implantação;
▪ Escritório de Mina;
▪ Central de Afiação / Bits;
▪ Galpão de Testemunho;
▪ Sala de Controle;
▪ Áreas de apoio operacional (britagens, carregamento de vagões)
▪ Ambulatório e Brigada de Incêndio, descritos na etapa de implantação;
▪ Lavadores (de báscula, veículos leves e de equipamentos de mina);
▪ Oficinas de Manutenção dos Veículos Leves e Pesados;
▪ Caldeiraria
▪ Borracharia;
▪ Postos de Abastecimento de Combustíveis dos Veículos Leves e Pesados;
▪ Oficina Mecânica Central da Usina, Galpão de Kanban e Vulcanização;
▪ Restaurante central, descrito anteriormente em versão para a instalação;
▪ Refeitório satélite (platô da mina);
▪ Área de Convivência;
▪ Vestiários Masculino e Feminino;
▪ Laboratório;
▪ Terminal Rodoviário e Central de Ponto;
▪ Central de preparo e armazenamento de reagentes dos diques e sumps;
▪ Salas de bombas e armazenamento de reagentes dos diques e sumps.

As estruturas descritas na etapa de implantação se justificam em função de suas operações


de apoio serem demandadas desde a construção do empreendimento.

5.3.9.1 CANTEIRO DE INSTALAÇÃO DA PDE B

O Canteiro de apoio à instalação dos drenos de fundo da Pilha de Estéril B será composto
pelas estruturas listadas a seguir e podem ser visualizadas no layout que consta no Plano
Diretor da Etapa de Operação (Desenho 0000MA-L-00927 – Anexos do Volume 1 - Anexo I)
(Tabela 5-115).

Tabela 5-115: Estruturas que compõem o Canteiro de Apoio PDE B.

Canteiro de Apoio PDE B


Almoxarifado e ferramentaria Instalações sanitárias
Ambulatório Sala de gestão de saúde, segurança (CIPA) e meio ambiente
Gerador Refeitório
Posto de abastecimento de combustível munido de Separador Água Óleo
Depósito de óleo novo
(SAO)

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 357


Canteiro de Apoio PDE B
Oficina de manutenção de equipamentos/ Borracharia/ Lavador de
Escritório
Equipamentos munidos de Estação de tratamento de efluente oleoso (ETEO)
Vestiário Tanque de acumulação de efluentes domésticos
Estacionamentos para veículos
Depósito intermediário de resíduos (DIR)
leves
Estacionamentos para ônibus ETA
Guarita Reservatórios de água potável

A alocação do referido canteiro ocorrerá na área de projeção da PDE B.

5.3.9.2 CONJUNTO DE ESTRUTURAS DE APOIO A MANUTENÇÃO DE


EQUIPAMENTOS DE MINA

Esta oficina está dimensionada basicamente para atender a frota de equipamentos fora de
estrada do Projeto com capacidade de produção de 14 Mtpa. O Desenho 1060MA-L-22008
(Anexos do Volume 1 - Anexo III) apresenta o arranjo dessa estrutura no platô das
estruturas de apoio de mina.

5.3.9.2.1 OFICINA DE VEÍCULOS PESADOS

A Oficina de Veículos Pesados constitui-se em 06 boxes exclusivos para caminhões e


equipamentos fora de estrada sobre pneus. Está prevista uma ponte rolante com
capacidade de 25 toneladas sobre estes boxes para auxiliar as atividades de manutenção. A
Figura 5-47 mostra o arranjo das estruturas no platô da oficina.

Figura 5-47: Detalhes da Oficina de Equipamentos de Mina – Boxes de Caminhões.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 358


Toda área dos boxes possuirá rede de canaletas com caixas coletoras, objetivando a
captação e direcionamento de todo efluente oleoso para a Estação de Tratamento de
Efluentes Oleosos - ETEO.

Bombas anfíbias serão instaladas nas caixas coletoras para a transferência dos efluentes
oleosos coletados até a ETEO.

Com vistas na redução dos efluentes contaminados com óleo, a limpeza do piso da oficina
será realizada, preferencialmente, a seco.

Todas as atividades de lubrificação/troca de óleos serão feitas nos boxes com a utilização
de sistema de distribuição de óleos lubrificantes e carreteis de mangueiras devidamente
dimensionados para esta finalidade. Outros lubrificantes e ou outros fluidos de menor
consumo, serão manuseados com a utilização de tambores e bombas pneumáticas.

Todos os boxes contarão com os seguintes sistemas de utilidades e apoio:

▪ Sistema de distribuição de água e ar de serviço, bem como serão equipados


com tomadas para máquinas de solda;
▪ Carrinhos de cilindros de oxigênio e acetileno para as atividades de corte
necessárias durante as manutenções;
▪ Tanque de nitrogênio líquido para ser utilizado na montagem e desmontagem
de peças.

O prédio terá estrutura metálica e altura suficiente para que a caçamba do caminhão fora de
estrada possa ser içada ao máximo. O piso será apropriado ao peso dos equipamentos e
trilhos serão utilizados como caminho de rolamento para acesso dos equipamentos sobre
esteira aos boxes. Chapas de aço chumbadas ao piso serão previstas para descanso de
caçambas e componentes dos equipamentos. O piso externo será pavimentado com
material apropriado para suportar o trânsito dos equipamentos pesados.

Está prevista uma área para lavagem de peças, que também contará com sistema de
drenagem que direcionará todo o efluente oleoso para a ETEO. O manuseio das peças
poderá ser feito através de ponte rolante e ou por empilhadeiras.

Em frente à oficina está prevista área para manobra dos equipamentos fora de estrada e em
área entre a borracharia e o depósito de óleos lubrificantes está prevista uma área para
estacionamento dos respectivos equipamentos.

Em áreas contíguas aos boxes haverá ferramentaria para a guarda e controle de todas as
ferramentas necessárias à manutenção dos equipamentos, ainda haverá áreas com
bancadas em aço para apoiar os trabalhos de manutenção e salas com estações de
trabalhos para auxiliar os executores e supervisores. Peças de reposição e consumo, bem
como subconjuntos dos equipamentos serão armazenados nos fundos da oficina, também
áreas contíguas aos boxes. Estes materiais chegarão e sairão em carretas/caminhão e
serão transferidos para esta área com auxílio de empilhadeira de capacidade até 7,5
toneladas ou paleteiras hidráulicas/elétricas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 359


Os diversos itens referentes à segurança, tais como cavaletes, cabos de aço, suportes,
necessários à manutenção e segurança, possuirão um espaço definido nas áreas contíguas
aos boxes para sua guarda e controle.

5.3.9.2.2 OFICINA DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFRAESTRUTURA

Dois boxes estão previstos para manutenção de Equipamentos de Infraestrutura, os quais


serão devidamente equipados com trilhos e fosso (Figura 5-48).

Figura 5-48: Arranjo da Oficina de Equipamentos de Mina – Boxes de Equipamentos de


Infraestrutura.

O fosso terá bandeja para coleta de óleo usado, para que seja possível sua transferência
para o tanque de óleo usado, para posteriormente ser recolhido por empresas
especializadas. A Figura 5-49 a seguir mostra o detalhe do arranjo destes boxes.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 360


Figura 5-49: Layout dos boxes destinados aos equipamentos de infraestrutura.

Nestes boxes haverá também um braço giratório com sistema de içamento para auxiliar a
manutenção dos equipamentos de esteira.

Também os caminhões fora de estrada, bem como equipamentos sobre pneus poderão
acessar estes boxes em caso de necessidade e disponibilidade dos mesmos para eventuais
manutenções preventivas ou de oportunidade.

Estes boxes também serão devidamente equipados para que as atividades de lubrificação
possam ser feitas.

Contiguo aos boxes de manutenção de equipamentos de infraestrutura, também está


prevista uma área coberta, sem ponte rolante, para apoio às atividades.

5.3.9.2.3 CALDEIRARIA

Dois boxes exclusivos para a execução de serviços de caldeiraria estão previstos na


edificação que comportará também a borracharia, o qual terá isolamento acústico para
amenizar a propagação de ruídos.

Nos Boxes de Caldeiraria terá um pórtico móvel com capacidade de 45 toneladas para
içamento de caçambas de caminhão fora de estrada.

Na caldeiraria estão previstos equipamentos de corte, máquinas de solda convencional,


máquinas com alimentador de arame, gás de proteção MIG (Metal Inert Gas), máquinas de
corte com grafite, oxi-acetileno, estufa de eletrodos, esmerilhadeiras, furadeiras, bem como
um depósito para os cilindros de gases industriais.

A Figura 5-50 a seguir apresenta a Planta da Caldeiraria.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 361


Figura 5-50: Planta da Caldeiraria

5.3.9.2.4 DEPÓSITO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES

Uma área destinada ao recebimento, depósito e manuseio de óleos lubrificantes foi


dimensionada para que caminhões-tanque possam acessar e executar operações de
descarga de óleo lubrificante novo, bem como a coleta de óleo usado.

Os tanques com os principais óleos lubrificantes e fluidos de arrefecimento (sistemas de


refrigeração de motores), bem como de óleo usado foram posicionados em área com
cobertura.

Nesta área coberta estão previstos uma rampa e um sistema trava quedas para entrada de
caminhões tanque para descarga de lubrificantes. A Figura 5-51, abaixo, mostra o arranjo
desta área.

Figura 5-51: Arranjo do Depósito da Lubrificação.

Estão previstos os seguintes tanques de lubrificantes:

▪ 01 (um) tanque de óleo hidráulico com capacidade de 15 m³;


▪ 01 (um) tanque de óleo hidráulico 68 com capacidade de 15 m³;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 362


▪ 01 (um) tanque de óleo lubrificante de motor com capacidade de 15 m³;
▪ 01 (um) tanque de óleo de transmissão com capacidade de 15 m³;
▪ 01 (um) tanque de óleo usado com capacidade de 25 m³;
▪ 01 (um) tanque de óleo de diferencial com capacidade de 15 m³;
▪ 01 (um) tanque de fluido de arrefecimento com capacidade de 10 m³.

Todos os óleos serão transportados por sistema hidráulico, bombas e tubulação até os
pontos de lubrificação instalados nas colunas dos diversos box de manutenção, podendo
atender até 02 equipamentos simultaneamente.

Está prevista também uma área para depósito de tambores de graxa e óleos especiais de
menor consumo, os quais serão manuseados com bombas pneumáticas. Possíveis
vazamentos de lubrificantes serão drenados para a Estação de Tratamento de Efluentes
Oleosos (ETEO).

5.3.9.2.5 BOX PARA MANUTENÇÃO DO CAMINHÃO COMBOIO

Os Caminhões Comboio, utilizados para abastecimento de diesel e lubrificação dos


equipamentos na frente de lavra, terão box específico para sua manutenção.

Ressalta-se que esses caminhões serão abastecidos com diesel S500 no posto de
abastecimento e abastecidos com lubrificantes e graxa na área de lubrificação da oficina,
podendo excepcionalmente serem abastecidos no posto.

A Figura 5-52 a seguir apresenta o arranjo do boxe para manutenção do Caminhão


Comboio.

Figura 5-52: Arranjo do Boxe para Manutenção do Caminhão Comboio

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 363


5.3.9.2.6 BORRACHARIA

Esta estrutura será composta por dois boxes para atender os equipamentos fora de estrada
da mina. A Figura 5-53, abaixo, mostra o arranjo desta área.

Figura 5-53: Arranjo da Borracharia.

Para as atividades na borracharia está prevista uma empilhadeira acoplada com garra (tire
handler), com capacidade de 16 toneladas para movimentação dos pneus. Haverá
dispositivos e ferramental necessário para montar e desmontar os pneus dos equipamentos
de mina.

Está prevista uma área para geração de Nitrogênio a ser usado na calibragem de pneus fora
de estrada.

A Borracharia possuirá equipamentos como prensa para montagem e desmontagem de


pneus (tirepress). Estão previstos, também, macacos com capacidade de até 100 toneladas
para levantamento da frente/traseira de caminhões.

Existirão áreas abertas e descobertas para estocagem de pneus novos e usados, dispostos
de maneira a evitar acúmulo de água de chuva e de fácil acesso pelo tire handler.

Está prevista uma instalação para enchimento de pneus, a qual será protegida em concreto
armado, com portão e grade superior, de forma a garantir a segurança desta atividade. Esta
área protegida suportará o impacto de um aro de um pneu com 150% (cento e cinquenta por
cento) da pressão máxima especificada.

Todos efluentes gerados na borracharia também serão direcionados para a ETEO.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 364


5.3.9.2.7 LAVADOR DE VEÍCULOS PESADOS E LEVES

Os equipamentos de mina e veículos que se deslocarem para a oficina de manutenção e


demais área de apoio a manutenção, passarão primeiramente pelos lavadores de veículos e
posteriormente seguirão para os boxes de manutenção. A Figura 5-54, mostra o arranjo
desta área.

Figura 5-54: Arranjo dos lavadores de veículos pesados e leves.

Os equipamentos de esteira virão da mina em carreta até o lavador, onde terá uma pista de
rolamentos sobre trilhos com boleto aparente para o trânsito destes.

Nas laterais terão passarelas metálicas com aproximadamente 4,5 metros de altura e
cobertura para proteção do operador. Nestas passarelas serão instalados canhões
monitores móveis e articulados para lavagem dos equipamentos e ao nível do piso serão
instaladas bombas de alta pressão e baixa vazão, com água quente e fria.

O efluente da lavagem será encaminhado para uma bacia de sedimentação e


posteriormente para a ETEO. Os resíduos sólidos sedimentados serão coletados
periodicamente e encaminhados para as pilhas de estéril.

Está prevista uma edificação próxima ao lavador contendo: sala de apoio ao pessoal do
posto de lavagem; sala para guarda de produtos químicos e sala para depósito de material.

Para a lavagem serão utilizados dois tipos de materiais: desengraxante e detergente


biodegradáveis. Estes produtos serão fornecidos em bombonas, de onde serão bombeados
para reservatórios independentes.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 365


O reservatório de detergente biodegradável será posicionado em uma estrutura elevada e o
desengraxante será diluído em água em outro reservatório na razão de 5 x 1. A agitação
deverá ser feita com um tubo de ar comprimido posicionado no fundo tanque.

Após a preparação da mistura, esta vai por gravidade até os pontos de consumo ao redor do
lavador leve e pesado e, portanto, bombeado nos equipamentos pelas bombas de alta
pressão.

O detergente biodegradável não será diluído, mas deverá ser deslocado por gravidade para
os pontos de consumo e será utilizado da mesma forma que a mistura com desengraxante.

5.3.9.2.8 LAVADOR DE BÁSCULAS

O lavador das básculas dos caminhões fora de estrada será alocada próximo a moega da
britagem primária e terá como objetivo reter as partículas maiores de material evitando,
desta maneira, sobrecarregar a ETEO quando do envio do caminhão para a lavador de
veículos de mina, pois a água oriunda desta pré-lavagem não tem contaminação por óleo,
podendo ser reaproveitada após decantação na caixa especifica da lavagem das básculas.

A bacia de decantação do lavador de báscula será dotada de uma “Stop Log”, que
possibilitará a regulagem do nível da água para decantação do material mais pesado. A
água que alcançar a “Stop Log” será reutilizada para lavagem das básculas.

A capacidade útil da bacia deverá ser de 49 m³. Essa capacidade foi determinada
considerando que cada lavagem de báscula desprende aproximadamente 6,0 m³ de matéria
(Figura 5-55).

Figura 5-55: Lavador de Básculas – Seção Típica

5.3.9.2.9 OFICINA PARA VEÍCULOS LEVES

A manutenção de veículos leves será realizada em oficina específica, situada no mesmo


platô da Oficina de Equipamentos de Mina.

Estão previstos 2 (dois) boxes, sendo 1 (um) deles com fosso para lubrificação e
manutenção dos veículos.

Para atendimento aos serviços de lubrificação estão previstos tambores e bombas


pneumáticas que atenderão aos 2 (dois) boxes, tanto para troca quando para

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 366


complementação. Os lubrificantes serão depositados ao lado da oficina, em tambores (óleos
especiais e graxas).

Está previsto um pórtico móvel para atender a demanda de manutenção.

Para a lavagem dos equipamentos é previsto uma baia munida de sistema de coleta e
drenagem dos efluentes, cujo direcionamento será para a ETEO da Oficina de
Equipamentos de Mina.

A cobertura será projetada com altura suficiente para possibilitar o levantamento da báscula
dos caminhões leves e será prevista uma área para recursos, tais como: sala para
manutenção/supervisão, depósito de óleos especiais e de graxas, ferramentaria e
instalações sanitárias.

Todos os efluentes oleosos serão direcionados para a (ETEO) da Oficina de Equipamentos


de Mina.

5.3.9.2.10 INSTALAÇÃO DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DA PERFURAÇÃO

Esta instalação, situada no platô das oficinas, destina-se a estocagem, afiação e


manutenção de ferramentas de perfuração que são utilizadas nas perfuratrizes, tais como:
hastes, coroas tricônicas, bits de perfuração, martelos de fundo e demais acessórios que
compõem a coluna de perfuração dos equipamentos em questão.

Está prevista área para apoio que possuirá: sala para armazenagem de componentes de
perfuração; área coberta para afiação de bits com disponibilidade de ar comprimido e água;
área para armazenagem de componentes para perfuração e sanitário.

O efluente sanitário será direcionado para a ETE.

5.3.9.3 POSTO DE ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS PESADOS

Essa unidade atenderá os veículos pesados da mina e será composto pelas estruturas
listadas e descritas a seguir.

▪ Sistema de recebimento e descarga de combustível e lubrificante;


▪ Estocagem de Lubrificantes, Fluido de Arrefecimento e Combustíveis;
▪ Sistema de abastecimento de veículos fora de estrada;
▪ Complementação de nível de fluidos lubrificantes para veículos fora de estrada;
▪ Complementação de nível de líquido de arrefecimento para veículos fora de estrada;
▪ Lubrificação de pontos de graxa para veículos fora de estrada;
▪ Verificação e calibração de pressão de pneus com nitrogênio de veículos fora de
estrada;
▪ Tanque de água bruta munida de sistema de combate a incêndio;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 367


▪ Instalações de apoio, como sala para o frentista, copa, almoxarifado, escritórios,
depósitos, sala para os motoristas e sala elétrica.

Os Desenhos 1060MA-L-22003 e 1060MA-L-22004 (Anexos do Volume 1 - Anexo III)


apresentam o projeto do Posto de Veículos Pesados.

5.3.9.3.1 SISTEMA DE RECEBIMENTO E DESCARGA DE COMBUSTÍVEL E


LUBRIFICANTE

Para o sistema de recebimento e descarga de combustíveis e lubrificantes está prevista uma


plataforma coberta com trava quedas para descarga de caminhões. Esta plataforma será
plana com “quebra-molas” ondulado em ambas as extremidades, para possibilitar que o
caminhão incline e permita o esvaziamento por completo do seu tanque ao subir no “quebra
molas”.

Os equipamentos que irão compor esse sistema são os seguintes:

▪ 01 (um) sistema de recebimento, estocagem de combustíveis com skid de medição,


desaerador, filtro e bomba centrífuga para Diesel S500;
▪ 01 (uma) bomba centrífuga reserva com medidor totalizador de vazão para sistema
de recebimento e descarregamento do Diesel S500. Esta bomba também terá a
função de by-pass do skid para a descarga do Diesel S500;
▪ 04 (quatro) bombas de engrenagem para os sistemas de recebimento e
descarregamento de lubrificantes, sendo 01 para óleo hidráulico, 01 para óleo de
diferencial, 01 para óleo lubrificante e 01 para óleo de transmissão.

5.3.9.3.2 ESTOCAGEM DE LUBRIFICANTES, FLUIDO DE ARREFECIMENTO E


COMBUSTÍVEIS

▪ Lubrificantes: para armazenagem de lubrificantes estão previstos 4 (quatro) tanques


horizontais de 6 m³ cada, para óleo hidráulico, óleo de diferencial, óleo lubrificante de
motor e óleo de transmissão.
▪ Fluido de arrefecimento: para armazenagem de fluido de arrefecimento está previsto
1 (um) tanque horizontal de 2 m³.
▪ Diesel S500: para armazenagem de Diesel S500 serão previstos 03 tanques com
capacidade útil de 45 m³. O volume de estoque terá uma autonomia de 02 (dois)
dias.
▪ Sobras: Está previsto também um tanque horizontal de 6 m³, para os efluentes
contaminados que por ventura venham a ser coletados pelo sistema de drenagem.

Todos os tanques são atendidos por sistema de drenagem para a coleta de qualquer
eventual vazamento que direcionará para um tanque de contenção (tanque de sobras), que
deverá ser coletado para o tratamento na ETEO da Oficina de Equipamentos de Mina. Os
tanques de armazenamento de óleo diesel são ainda munidos de baias de contenção.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 368


5.3.9.3.3 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS FORA DE ESTRADA

Para abastecimento de veículos pesados estão previstas:

▪ 02 (duas) bombas de abastecimento de diesel S500, sendo uma instalada do


lado direito e outra do lado esquerdo da baia de abastecimento;
▪ 01 (uma) bomba de abastecimento de diesel S500 destinada para
abastecimento de caminhão comboio.

Não está considerado um box dedicado para abastecimento de caminhões comboio. Estes
serão ser abastecidos no mesmo box dos caminhões fora de estrada.

5.3.9.3.4 COMPLEMENTAÇÃO DE NÍVEL DE FLUIDOS LUBRIFICANTES E DE LÍQUIDO


DE ARREFECIMENTO PARA VEÍCULOS FORA DE ESTRADA

Está prevista somente a complementação de lubrificantes com óleo hidráulico, óleo de


diferencial, óleo lubrificante de motor e óleo de transmissão. Essas atividades serão feitas
no próprio boxe de abastecimento.

5.3.9.3.5 VERIFICAÇÃO E CALIBRAÇÃO DE PRESSÃO DE PNEUS COM NITROGÊNIO


DE VEÍCULOS FORA DE ESTRADA

Após os veículos fora de estrada saírem da praça de abastecimento, e demandarem


calibração, direcionarão para área ao lado da sala de espera dos motoristas, onde haverá
dispositivo para a calibração dos caminhões fora de estrada, que será feito com nitrogênio.

5.3.9.3.6 SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL DO POSTO

Conforme já citado, todas as praças e áreas dos tanques serão munidas de sistemas de
canaletas que captarão todas as drenagens oleosas, que serão direcionadas para o tanque
de contenção (tanque de sobras). O seu esgotamento se dará por caminhão a vácuo e o
efluente será enviado para tratamento na ETEO das Oficinas.

Já nas áreas dos tanques de diesel, as águas de chuva ficarão retidas na bacia de
contenção dos mesmos e seu esgotamento será controlado pela equipe de operação,
através da abertura de válvula de bloqueio da saída da bacia. De forma geral, esta água
será drenada para a rede pluvial, porém, em caso de presença de óleo, o resíduo será
destinado para o tanque de contenção e posteriormente recolhido por caminhão vácuo e
enviado para tratamento na ETEO das Oficinas.

Já os efluentes sanitários gerados nas instalações sanitárias do posto serão direcionados


para uma caixa que coletora, que periodicamente será drenada por caminhão fossa para
transportar o efluente sanitário para a ETE.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 369


5.3.9.4 POSTO DE ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS LEVES

O posto para o abastecimento de veículos leves será dotado de sistema de abastecimento


composto de duas bombas para diesel S10.

Adicionalmente, haverá 03 (três) sistemas de abastecimento do reagente Arla 32. Cada


unidade de abastecimento terá um reservatório em polipropileno (container) com capacidade
de 1000 litros, além de bomba elétrica tipo diafragma, carretel e bico de abastecimento.

▪ Duas bombas tipo posto de abastecimento de diesel S10;


Para a armazenagem do Diesel S10 está previsto 01 tanque horizontal com capacidade útil
de 15 m³. O volume de estoque terá uma autonomia de 07 (sete) dias.

O desenho 1060MA-L-22007 (Anexos do Volume 1 - Anexo III) apresentam o projeto do


Posto de Veículos Leves.

5.3.9.5 CENTRAL DE AFIAÇÃO / BITS

A central de afiação de bits destina-se principalmente à manutenção dos acessórios


utilizados nas atividades de perfuração de mina, bem como o estoque de materiais e hastes.

A referida edificação possuirá cerca de 130 m³ e será composta de área cercada e um


pequeno galpão para a realização das manutenções.

Os resíduos gerados nessa edificação serão direcionados primeiramente para DIR da


oficina de equipamentos de mina para posteriormente serem direcionados para a CMD.

5.3.9.6 BOX CAMINHÃO COMBOIO

Para a manutenção do caminhão comboio foi previsto uma edificação independente com
aproximadamente 80 m².

Os resíduos gerados nessa edificação serão direcionados primeiramente para DIR da


oficina de equipamentos de mina para posteriormente serem direcionados para a CMD.
Quanto aos efluentes oleosos, os mesmos serão direcionados para a ETEO do lavador de
veículos de mina.

5.3.9.7 ESTRUTURAS DE APOIO ADMINISTRATIVO NO PLATÔ DA MINA

O Platô da Mina possuirá as seguintes instalações de apoio administrativo:

▪ Escritório de Mina;
▪ Refeitório Satélite e Área de Convivência;
▪ Terminal Rodoviário e Central de Ponto;
▪ Vestiários Masculino e Feminino.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 370


Os resíduos gerados nessas estruturas serão encaminhados ao DIR desse platô, antes de
ser encaminhado ao CMD e os efluentes sanitários serão encaminhados por gravidade para
a ETE alocada a juste deste platô.

5.3.9.7.1 ESCRITÓRIO DE MINA

O Escritório da Mina esta locado no platô da oficina de apoio a mina e será construído em 1
pavimento, totalizando 715,00 m². Este prédio abrigará a equipe responsável pelo controle
das operações da mina, e contará com hall de entrada, salas de escritórios, duas salas de
reuniões, sala de EPI, arquivo, copa e instalações sanitárias.

Os efluentes sanitários a serem gerados nesta edificação serão direcionados por gravidade
para a ETE alocada a jusante do platô da mina.

5.3.9.7.2 REFEITÓRIO SATÉLITE E ÁREA DE CONVIVÊNCIA

O Refeitório destina-se ao recebimento, finalização e distribuição das refeições que deverão


ser preparadas em no Refeitório Central, alocado no Platô da Usina. Esta edificação será
implantada no platô da mina e atenderá a todo o efetivo da área da mina e respectivas
estruturas de apoio.

A edificação possuirá uma área de 425,00 m² e foi dimensionado para servir 114 refeições
durante o turno de maior movimento, em três etapas de revezamento. O pessoal de turno
receberá lanche e não fará as refeições no refeitório.

O salão de refeições contará com área para 38 lugares, área para os balcões de
distribuição, área de devolução e café.

No hall de acesso ao refeitório existirão lavatórios e sanitários e uma área de convivência. O


acesso ao salão de refeições será controlado por catracas eletrônicas.

Na parte de serviços existirão espaços para recebimento, finalização das refeições,


despensa e higienização de louças e vasilhas. O prédio contará ainda com depósito de lixo
climatizado, depósito de material de limpeza e vestiários masculino e feminino exclusivo
para os funcionários da cozinha.

A área de carga e descarga será coberta para facilitar o recebimento de produtos e


refeições pré-preparadas. Próximo a esta área está prevista a implantação de caçambas
com tampa, para proteger os resíduos contra chuva e sol e um depósito de gás GLP.
Conforme recomendado pela ANVISA, o horário de coleta de lixo não deve coincidir com o
horário de entrega de refeições a fim de evitar contaminações.

Os resíduos gerados nessas estruturas serão encaminhados ao DIR dedicado do refeitório,


antes de ser encaminhado ao CMD e os efluentes sanitários serão encaminhados por
gravidade para a ETE alocada a juste deste platô.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 371


5.3.9.7.3 TERMINAL RODOVIÁRIO

O terminal rodoviário no platô da mina será composto de área de parada para até dois
ônibus e paralelamente de área de embarque e desembarque coberto.

5.3.9.7.4 VESTIÁRIO MASCULINO E FEMININO

O Vestiário do Mina atenderá ao pessoal de operação e manutenção das oficinas e da mina


e será implantado no platô da oficina de apoio a mina.

A edificação possuirá uma área de 295,30 m².

O Vestiário foi dimensionado para atender a um total 322 pessoas, sendo 74 pessoas no
turno de maior movimento, ou seja, turno administrativo.

Para o dimensionamento das peças sanitárias foi considerado o número de usuários do


turno de maior movimento. Os armários serão individuais e com divisão interna conforme
NR 24

Os resíduos gerados nessas estruturas serão encaminhados ao DIR dedicado do refeitório


satélite, antes de ser encaminhado ao CMD e os efluentes sanitários serão encaminhados
por gravidade para a ETE alocada a juste deste platô. Oficina Mecânica Central da Usina

A Oficina Mecânica Central destina-se principalmente à manutenção dos equipamentos da


usina de beneficiamento e será alocada no platô dos prédios do peneiramento e britagem
terciários.

As atividades de manutenção serão executadas na oficina e para os serviços de apoio serão


construídas duas instalações anexas à usina, quais sejam:

▪ Uma das instalações será composta por áreas para armazenagem de


subconjuntos, depósito de lubrificantes, casa de compressores e lavagem de
peças;
▪ A outra instalação será composta por sala de reunião, escritório, sanitários
feminino e masculino e ferramentaria.

Para conter os efluentes gerados internamente à oficina, incluindo a atividade de lavagem


de peças, será instalada uma caixa coletora. O efluente acumulado neste tanque será
periodicamente destinado para tratamento na ETEO da Oficina de Equipamentos de Mina
por meio de caminhão sugador. Já o efluente do sanitário será direcionado por gravidade
para a ETE.

5.3.9.8 GALPÃO DE KANBAN E VULCANIZAÇÃO

Essa instalação será composta por um galpão como estrutura, dividida em duas partes,
sendo o Kanban destinado ao recebimento, expedição e estocagem de materiais e peças a
serem utilizados na usina e outra parte para atividades de vulcanização.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 372


A parte do Kanban terá aproximadamente 150 m², com espaço para estocagem, um
escritório de apoio e instalação sanitária. A parte da vulcanização terá aproximadamente 50
m², com área suficiente para equipamentos, manuseio de peças e execução dos serviços de
vulcanização.

Adjacente ao galpão de Kanban e Vulcanização será instalada área de estocagem das


correias transportadoras a serem utilizadas nas manutenções da usina. Trata-se de uma
área descoberta e cercada.

O efluente do sanitário será direcionado por gravidade para a ETE.

5.3.9.9 ESTRUTURAS DE APOIO ADMINISTRATIVO NO PLATÔ DA USINA

O Platô da Usina possuirá as seguintes instalações de apoio administrativo:

▪ Escritório central, já descrito na etapa de implantação;


▪ Sala de controle;
▪ Restaurante central e Área de Convivência;
▪ Ambulatório e brigada de incêndio, ambas já descritas na etapa de
implantação;
▪ Vestiários Masculino e Feminino;
▪ Laboratório;
▪ Terminal Rodoviário e Central de Ponto.

Os resíduos gerados nessas estruturas serão encaminhados ao DIR (Tipo 1) desse platô,
antes de ser encaminhado ao CMD. Mais adiante no item 5.3.11 é possível ver o arranjo do
DIR Tipo 1.

5.3.9.9.1 ESCRITÓRIO CENTRAL

Edificação destinada ao atendimento do pessoal administrativo, pessoal de operação e


manutenção da usina e pessoal de apoio / terceiros que realizam as atividades
administrativas e técnicas de suporte e gerenciamento da planta. Essa estrutura também
será utilizada por parte do pessoal de topografia, operação, controle e planejamento da
mina, além de profissionais de segurança do trabalho. A respectiva edificação foi
dimensionada para 62 postos de trabalho.

O Escritório está alocado no platô das instalações de apoio administrativo e será construído
em um pavimento, totalizando 617,50m². Será composto de hall de entrada, salas de
escritório, sala de reunião, sala de TI, sala de servidores/C.P.D., arquivo, sala de baterias,
sala de servidores, copa, D.M.L., e instalações sanitárias.

No Desenho 7020MA-A-0000 pode ser observado o arranjo do Escritório Central (Anexos do


Volume 1 - Anexo III), pois como informado essa estrutura começará a ser utilizada ainda na
etapa de implantação.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 373


O efluente do sanitário será direcionado por gravidade para a ETE alocada a jusante do
referido platô da usina.

5.3.9.9.2 SALA DE CONTROLE

A Sala de Controle será implantada contiguamente ao Escritório Central.

Todo empreendimento será operado via sala de controle, na qual serão instalados os
sistemas de supervisão/controle e circuito fechado de TV (CFTV). O sistema de supervisão
e controle irá comunicar com os controladores lógicos programáveis (CLP) via rede Ethernet
TCP/IP.

5.3.9.9.3 AMBULATÓRIO E BRIGADA DE INCÊNDIO

O Ambulatório e a Brigada de Incêndio serão implantados próximo ao acesso aos diques do


platô para facilitar a circulação e transporte rápido de pacientes e dos bombeiros.

O Ambulatório destina-se aos atendimentos de primeiros socorros e ambulatorial, além da


realização de alguns exames periódicos dos funcionários da mina e usina.

Os espaços previstos no Ambulatório são área de espera, enfermagem/farmácia,


emergência / higienização, sala de lixo contaminado, instalações sanitárias para pacientes e
visitantes, suporte TI, consultório, serviço social, copa e vestiários para funcionários e
depósito de materiais de limpeza.

A Brigada de Incêndio estará interligada ao Ambulatório por uma cobertura destinada ao


abrigo de ambulância e caminhão de bombeiro. Os espaços previstos na Brigada de
Incêndio são sala para brigadistas, sala de equipamentos de resgate, central de
comunicação, área para material de segurança e instalações sanitárias.

No Desenho 0000MA-A-23003, podem ser observados os arranjos do Ambulatório e da


Brigada de Incêndio (Anexos do Volume 1 - Anexo III), pois como informado também nesse
item, essas estruturas serão utilizadas desde a etapa de implantação.

O efluente do sanitário será transportado por gravidade para a ETE alocada a jusante do
referido platô da usina.

5.3.9.9.4 VESTIÁRIO MASCULINO E FEMININO

O vestiário do platô administrativo atenderá ao pessoal de operação e manutenção do


beneficiamento e da mina.

O vestiário está dimensionado para atender 53 pessoas no horário de pico e um total de 188
pessoas.

O vestiário está locado sob a cobertura do Terminal Rodoviário no núcleo administrativo da


usina.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 374


No Desenho 7060MA-A-00002 – (Anexos ao Volume 1 - Anexo III) pode ser observado o
arranjo dos Vestiários Masculino e Feminino.

O efluente dos vestiários será direcionado por gravidade para a ETE alocada a jusante do
referido platô da usina.

5.3.9.9.5 LABORATÓRIO

O Laboratório que tem o objetivo de centralização das análises das amostragens realizadas
durante do processo de beneficiamento para garantir o controle de qualidade do minério,
será implantado próximo ao ambulatório e brigada de incêndio e na sua adjacência terá será
alocada a ETE Química (cujo processo encontra-se detalhado no item referente aos
Sistemas de Controle Ambiental). A localização do laboratório pode ser verificada no
Desenho 0000MA-L-00927 (Anexos do Volume 1 - Anexo I), já apresentada anteriormente
com as demais estruturas de apoio ao beneficiamento.

5.3.9.9.6 TERMINAL RODOVIÁRIO E CENTRAL DE PONTO

O Terminal Rodoviário tem a função de receber todos os empregados, realizar o controle de


ponto e a distribuição de lanche. A partir dali também sairão vans para distribuir o pessoal
que irá trabalhar em áreas mais distantes, que não podem ser acessadas a pé, como na
mina e ramal ferroviário.

Existirão 05 vagas para ônibus e 04 vagas para vans. O controle de ponto estará distribuído
ao longo do terminal, na parte central da área de embarque e desembarque de passageiros,
sob a cobertura.

No Desenho 7060MA-A-00001 (Anexos do Volume 1 - Anexo III) pode ser observado o


arranjo do Terminal Rodoviário e Central de Ponto.

5.3.10 INSUMOS NA ETAPA DE OPERAÇÃO

Os principais insumos demandados na etapa de operação são listados e detalhados a


seguir:

▪ Aglomerante para aspersão de vagões;


▪ Explosivo/acessórios;
▪ Combustível;
▪ Lubrificantes/graxa;
▪ Água, e;
▪ Energia elétrica.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 375


5.3.10.1 AGLOMERANTE, EXPLOSIVOS, COMBUSTÍVEL, LUBRIFICANTES/
GRAXA

O consumo anual estimado para estes insumos encontra-se apresentado na Tabela 5-116.

Tabela 5-116: Consumo anual de Insumos Diversos


Reagente Uso Consumo Específico
Aglomerante Aspersão do produto nos vagões 140 t/ano
Óleo Diesel Abastecimento Veículos e Equipamentos 28.685 m3/ano
Lubrificantes Manutenção de Máquinas e Equipamentos 4.303 m3/ano
Graxas Manutenção de Máquinas e Equipamentos 1.434 m3/ano
Explosivos Detonação na Mina 9.880 t/ano

5.3.10.2 ENERGIA ELÉTRICA NA OPERAÇÃO

A demanda de energia elétrica estimada para o Projeto Apolo é de aproximadamente 15,5


MW, o que exige suprimento de energia elétrica em média tensão e que como informado
será fornecida pela concessionaria CEMIG.

5.3.10.3 ÁGUA NA OPERAÇÃO

Para operação do empreendimento, a água bruta continuará sendo captada


superficialmente no córrego Cachoeira e em até quatro poços profundos (captações
subterrâneas). A localização dos poços e do ponto de captação no córrego Cachoeira
podem ser observadas no Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-00927).

A demanda de água prevista para a operação é de 82 m³/h, sendo os principais usos:

▪ Água potável para os vestiários, sanitários, bebedouros e restaurante: 6,2 m³/h


(a ser tratada nas duas ETAs previstas no empreendimento);
▪ Aspersão de estradas para abatimento de pó: 60 m3/h,
▪ Água de serviço, água de incêndio, sistema de aspersão das pilhas de produto
e dos vagões e preparação de aglomerantes: 10 m³/h;
▪ Lavagem de veículos, equipamentos, peças e pisos: 40 m³/h.

É importante ressaltar que a soma das vazões estimadas de consumo totaliza uma vazão
maior à estimada para outorga, pois as utilizações não serão concomitantes.

A Tabela 5-117 apresenta as coordenadas de localização dos referidos poços de


abastecimento e do ponto PC5 no Córrego Cachoeira, bem como as estimativas previstas
das vazões a serem captadas para atender a demanda do projeto de 82 m³/h.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 376


Tabela 5-117: Estimativas de demanda de água na etapa de operação por ponto de captação.
Coordenadas Demanda Vale
Ponto
X Y (m³/h)
PC 5 (Córrego Cachoeira) 636.345 7.787.362 39,6
Poço 2 638.307 7.783.888
Poço 3 638.353 7.784.990
42,4
Poço 4 637.789 7.783.755
Poço 7 638.905 7.786.357

Nota: Estima-se que as vazões em cada um dos poços poderão variar de 10 a 40 m3/h.

A seguir apresenta-se o balanço hídrico da etapa de operação (Figura 5-56).

Figura 5-56: Balanço Hídrico da Etapa e Operação


Fonte: Vale

Ressalta-se que além dos poços de abastecimento, a água gerada no desaguamento da


cava também poderá ser utilizada. A Tabela 5-118 apresenta as vazões que poderão ser
utilizadas no projeto considerando os cenários estudados (Anos 3, 10, 20 e cava final),
descontados os valores de reposição de água calculados pelo modelo numérico. Essa
vazão excedente poderá substituir parcialmente as captações previstas nos poços de
abastecimento ou no córrego Cachoeira.

Tabela 5-118: Vazões de água subterrânea do desaguamento da cava previstas para uso
(Hidrovia, 2021)
Vazões (m³/h) Ano 03 Ano 10 Ano 20 Ano 28
Vazões totais de reposição 4 23 147 202
Vazões de Desaguamento da Cava 84 36 280 285
Vazões disponíveis para uso no empreendimento 80 13 133 83

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 377


5.3.10.3.1 SISTEMA DE FORNECIMENTO DA ÁGUA BRUTA

Nos ponds que serão abastecidos com água dos poços de abastecimento, serão instalados
sistemas de bombeamento para operar um “tomador d’água” que abastecerá os caminhões
pipa para aspersão nas vias de acesso da mina e distribuição para uso geral no platô das
estruturas de apoio operacional e administrativas de mina. Especificamente em relação a
atividade de aspersão, serão empregados três caminhões (dois caminhões fora de estrada
de 75.000 litros e um caminhão de 20.000 litros), que farão as viagens de aspersão ao longo
de 24 horas.

Um sistema de bombeamento (bomba operacional e bomba reserva) será instalado em um


dos ponds, bem como uma adutora, para transportar água até um reservatório de água
bruta, locado próximo à Estação de Tratamento de Água – ETA alocada no platô da mina.

O referido reservatório estocará água bruta para atender as demandas dos sistemas de
lavagem de equipamentos e uso geral, como por exemplo da lavagem de equipamentos,
peças e pisos e da ETA. Ressalta-se que parte da água desse tanque será reservada para
combate a incêndio.

Quanto a captação no Córrego Cachoeira, a água captada será direcionada para ponds e
posteriormente através de um sistema de bombeamento (bomba operacional e bomba
reserva) e adutoras encaminhará a água até um reservatório de água bruta, localizado
próximo à Estação de Tratamento de Água – ETA alocada no platô do beneficiamento.

O referido reservatório estocará água bruta para atender as demandas do sistema de


aspersão do minério nas pilhas de produto e nos vagões; da lavagem de equipamentos,
peças e pisos da oficina de usina; água do SPCI do TCLD; e da ETA. Ressalta-se que parte
da água desse tanque será reservada para combate a incêndio.

O sistema de combate a incêndio por hidrantes será composto por dois circuitos
independentes, ambos abastecidos pelos reservatórios de água bruta. Um sistema será
pressurizado por bombas para alimentar a rede de hidrantes nas instalações da Oficina
Mecânica de Equipamentos da Mina, Posto de Combustíveis e do Platô da Usina. O outro
circuito utilizará a força gravitacional para pressurização da rede de hidrantes do Pátio de
Estocagem de Produtos, Embarque no Ramal, Portarias e CMD.

5.3.10.3.2 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA

Para a potabilização da água bruta foram previstas duas Estações de Tratamento de Água
(ETA) compactas.

Para definição da capacidade de tratamento das ETAs (6,2 m3/h) foram considerados os
seguintes valores de consumo de água potável, além do regime operacional de 16 horas e
fator de projeto de 10%:

▪ Água potável para uso pessoal: 75 litros per capita/dia;


▪ Consumo para preparação de refeição e lavagem de louças/bandejas: 25 litros por
refeição;

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 378


▪ Consumo para preparação de lanches: 10 litros por refeição.

A água tratada nas ETAs deverá ser estocada em reservatórios metálicos do tipo taça.
Estes reservatórios deverão ser alocados próximo às respectivas ETAs e deverão ter altura
suficiente para abastecer por gravidade os pontos de consumo situados no Platôs da Mina e
Usina.

Para as estruturas afastadas da ETA, tais como Portarias Norte-Caeté e Sul, CMD e Paiol
de Explosivos deve ser considerado um reservatório tipo taça com volume útil de 3 m³ em
cada área que serão abastecidos por caminhões pipa com bomba embarcada.

Ressalta-se que as ETAs estarão de acordo com o padrão ABNT - NBR 12.216/1992 e
conforme a Resolução CONAMA 357/2005 do Ministério do Meio Ambiente e Portaria n°
2.914/2014 do Ministério da Saúde. O método a ser utilizado para tratamento da água na
ETA alocada no Platô da Mina compõe-se basicamente das etapas filtragem e desinfecção,
visto que as águas para potabilização serão subterrâneas, enquanto que o método a ser
utilizado para tratamento da água na ETA alocada no Platô da Usina compõe-se das etapas
de coagulação/floculação, decantação, filtragem e desinfecção, visto que as águas para
potabilização serão superficiais.

Eventualmente ocorrerá a formação de lodo nos tanques durante o tratamento e reservação


da água, que por sua vez coletado nas limpezas e acondicionado em geobags para
secagem. Quando o bag estiver cheio, o lodo seco será removido e armazenado em
tambores no DIR, de onde será coletado por empresa especializada que fará seu transporte
até um aterro sanitário licenciado da região. A água drenada do geobag será enviada para
novo tratamento na ETA.

5.3.11 SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL NA OPERAÇÃO

Neste item são apresentados de forma integrada, os sistemas de controle da qualidade


ambiental descritos ao longo da caracterização da etapa de operação, que visam garantir a
conformidade legal dos aspectos ambientais inerentes às atividades dessa etapa.

Alguns sistemas de controle previstos no projeto já foram apresentados em descritivos


específicos, tais como o sistema de drenagem e de contenção de sedimentos da lavra e da
PDE B, para facilitar o entendimento.

5.3.11.1 CONTROLE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Assim como na etapa de implantação, todos os resíduos gerados durante a etapa de


operação deverão ser previamente segregados e classificados com base nas suas
características químicas e/ou biológicas.

Para destinação temporária dos resíduos estão previstos Depósitos Intermediários de


Resíduos (DIR), onde os resíduos serão devidamente segregados e acondicionados. A
partir desses depósitos, os resíduos serão destinados à Central de Materiais Descartáveis
(CMD), com exceção daqueles relacionados aos serviços de saúde que têm como

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 379


destinação final a incineração em empresa especializada e, também, aqueles destinados à
aterros sanitários.

Conforme já informado na etapa de implantação, os resíduos destinados a Aterros


Sanitários continuarão na etapa de operação a serem direcionados para os aterros
existentes na região de inserção do empreendimento, conforme já citados no item 5.2.15.3.

A relação de resíduos que serão gerados na etapa de operação, os locais de estocagem


temporária e as destinações finais encontra-se na Tabela 5-119.

Tabela 5-119: Classificação, tipos de estocagem e destinação dos resíduos.


CLASSIFICAÇÃO ESTOCAGEM E
RESÍDUO DESTINAÇÃO FINAL
ABNT ACONDICIONAMENTO
• Filtros e estopas
contaminados com óleo ou
graxa;
• Solução desengraxante
gerada nas manutenções;
Co-processamento
• Óleo lubrificante usado; Classe I -
DIR/CMD em Tambores (queima controlada em
• Borra de tinta; Perigoso
fornos cimenteiros)
• Resíduos de varrição de
postos e oficinas;
• Borra oleosa gerada no
tratamento de efluentes
oleosos (SAO e ETEO).
Resíduos originários de serviços
Classe I - Incineração em empresa
de saúde tais como seringas, DIR (bombonas)
Perigoso especializada
curativos, entre outros.
Descontaminação e
Lâmpadas fluorescentes e com
reciclagem dos
vapor metálico e iodo geradas Classe I -
DIR/CMD em Tambores elementos constituintes
nas instalações de apoio Perigoso
em empresa
operacional.
especializada
Venda para empresa
Bateria chumbo ácida
Classe I - especializada em
(automotiva) gerada nas DIR/CMD em Tambores
Perigoso reciclagem de bateria
manutenções
chumbo ácida
Pilhas e baterias diversas (de
Venda para empresa
lanternas, de rádios
Classe I - especializada em
comunicadores, de telefone DIR/CMD em Pallets
Perigoso reciclagem de Pilhas e
celular e de equipamentos
baterias diversas
eletrônicos)
Correias transportadoras geradas Pátio de Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
nas manutenções Industriais no CMD reciclagem
Sucatas de borracha
(mangueiras, mangotes sem nip’s Pátio de Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
e tubos) gerada nas Industriais no CMD reciclagem
manutenções de equipamentos
Pneus veículos leves gerado nas Pátio de Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
manutenções Industriais no CMD reciclagem
Pneus caminhões fora-de- Pátio de Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
estrada gerado nas manutenções Industriais no CMD reciclagem
Roletes gerados nas Pátio de Resíduos Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte
manutenções Industriais no CMD reciclagem
Pátio de Resíduos
Sucata de ferro e manganês Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Industriais no CMD em
gerada nas manutenções reciclagem
caçambas
Pátio de Resíduos
Sucata de alumínio gerada nas Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Industriais no CMD em
manutenções reciclagem
caçambas

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 380


CLASSIFICAÇÃO ESTOCAGEM E
RESÍDUO DESTINAÇÃO FINAL
ABNT ACONDICIONAMENTO
Sucata de cobre gerada nas Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Galpão do CMD
manutenções reciclagem
Pátio de Resíduos
Sucata de bronze e cromo Venda para empresa de
Classe IIB - Inerte Industriais no CMD em
gerada nas manutenções reciclagem
caçambas
Doação para
Embalagens, vasilhame plástico
associações da região
não contaminado com produto Classe IIB - Inerte DIR (gaiola)/CMD
que encaminham para
perigoso;
indústrias de reciclagem
Doação para
associações da região
Papel e papelão Classe IIB - Inerte DIR (gaiola)/CMD
que encaminham para
indústrias de reciclagem
Filtro de Ar constituído com parte
metálica não contaminado com Disposição em aterro
Classe IIB - Inerte DIR (caçamba)
resíduo perigoso, sucatas sanitário licenciado
metálicas, cabos de rede elétrica.
Resíduos Sanitários (papel
toalha, papel higiênico, Disposição em aterro
Classe IIB - Inerte DIR (gaiola)
absorventes higiênicos) gerados sanitário licenciado
nas instalações sanitárias.
Disposição em aterro
Placas e pedaços de vidro. Classe IIB - Inerte DIR (caçamba)
sanitário licenciado
Embalagens de madeira,
Classe IIA – não Disposição em aterro
resíduos de madeira não DIR (caçamba) /CMD
inerte sanitário licenciado
contaminados.
Lodo das Estações de
Tratamento de Efluente - ETE e Classe IIA – não Disposição em aterro
DIR (tambor)
da Estação de Tratamento de inerte sanitário licenciado
Água – ETA.
Madeiras não recicláveis
(cavacos, madeira podre, ciscos,
Classe IIA – não Disposição em aterro
lascas, pequenos pedaços) DIR (tambor) /CMD
inerte sanitário licenciado
geradas nas obras e
manutenções.
Resíduo de limpeza/manutenção
de áreas verdes (folhas, galhos, Classe IIA – não Disposição em aterro
DIR (tambor)
troncos, resíduo varrição de rua) inerte sanitário licenciado
gerados na poda, capina.
Resíduo de alimentação (restos
de preparo de refeições, sobras
de alimentos das bandejas, Classe IIA – não Disposição em aterro
DIR (tambor)
sobras de legumes, verduras, inerte sanitário licenciado
frutas e carnes) gerado nos
refeitórios e cozinha.
Óleos e gorduras vegetais
Classe IIA – não Disposição em aterro
(refeitórios e cozinha) e Resíduo DIR (sala refrigerada)
inerte sanitário licenciado
de caixa de gordura.

5.3.11.1.1 DEPÓSITOS INTERMEDIÁRIOS DE RESÍDUOS – DIR

Os Depósitos Intermediários Resíduos – DIR são estruturas dedicadas ao acondicionamento


temporário dos resíduos gerados nas instalações do empreendimento. Estes depósitos
serão instalados nas áreas geradoras relacionadas a seguir.

Ressalta-se que a configuração dos mesmos varia de acordo com o tipo e quantidade de
resíduo a ser armazenado: gaiolas, caçambas, tambores e bombonas, conforme
especificado na Tabela 5-119.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 381


Há então três tipos de DIRs, o DIR Tipo 1 que é composto por contenedor metálico e terá
módulos em tela metálica com cobertura e piso em chapa metálica, divididos em três
espaços para resíduos de plástico, de papel / papelão e outros, o DIR Tipo 2 que é
composto por 07 caçambas e área coberta para depósito de resíduos com óleo e reagentes
e o DIR Tipo 3 que é composto por 05 caçambas para o recolhimento de resíduos inertes
como borracha, plástico, madeira, ferro e outros conforme pode ser visto no Desenho
9000MA-A-00001 –e localização dos mesmos – Desenho 9000MA-A-00006 (Anexos do
Volume 1 - Anexo III).

Em todos os arranjos, os DIR serão cobertos para preservação dos resíduos.

As localizações e áreas de atendimento, dos 11 DIRs do empreendimento que funcionarão


na etapa de operação são:

▪ Oficina de Equipamentos de Mina (DIR Tipo 2) - Platô da Mina. Serão


consideradas duas estruturas, uma cada em cada extremidade da área da
oficina;
▪ Refeitório Satélite (DIR Tipo 3) - Platô da Mina;
▪ Estruturas Administrativas (DIR Tipo 1) - Platô da Mina;
▪ Oficina de Usina (DIR Tipo 2) - Platô da Usina;
▪ Restaurante Central (DIR Tipo 3) - Platô da Usina;
▪ Escritório Central (DIR Tipo 1) - Platô da Usina;
▪ Ambulatório e Brigada de Incêndio (DIR Tipo 1) - Platô da Usina;
▪ Laboratório (DIR Tipo 3) - Platô da Usina;
▪ Guarita dos Paióis de Explosivos e Acessórios (DIR Tipo 3);
▪ Portaria Sul (DIR Tipo 1).

Ressalta-se ainda que os resíduos gerados na Portaria Norte, serão recolhidos e


encaminhados diariamente para o CMD, em função da sua proximidade com essa estrutura.

5.3.11.1.2 CENTRAL DE MATERIAIS DESCARTÁVEIS – CMD

A CMD da etapa de operação estará localizada próximo à Portaria Norte.

A CMD destina-se ao recebimento e armazenamento de resíduos gerados nas atividades de


instalação do empreendimento, com o objetivo de garantir a segregação e
acondicionamento temporário, a adoção dos controles ambientais necessários à gestão dos
resíduos e a rastreabilidade da destinação dos mesmos.

A CMD da etapa de operação será a mesma central utilizada na etapa de implantação e seu
arranjo encontra-se apresentado no Desenho 9080MA-A-58001, já citado na etapa de
implantação. A CMD será composta por:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 382


▪ Galpão de resíduos Classe I (resíduos perigosos). No galpão haverá baias para
estocagem de resíduos em recipientes apropriados, área para porta pallets e
local para descarte de baterias. Todo o piso terá inclinação para canaletas
internas direcionadas para uma caixa de contenção de água de lavagem e de
vazamentos eventuais.
▪ Galpão para armazenar embalagens de madeira, resíduos de madeira não
contaminados e não recicláveis (Classe IIA – não inerte); e sucata de cobre,
embalagens/vasilhames plásticos e papel/papelão não contaminados (Classe
IIB – Inerte). O galpão será dividido em partes distintas, destinadas a cada tipo
de resíduo.
▪ Pátio descoberto para armazenamento de sucatas, madeiras, pneus, roletes e
correias;
▪ Pátio descoberto para veículos e equipamentos inservíveis/disponíveis;
▪ Escritório composto por sanitários feminino e masculino, duas estações de
trabalho, copa;
▪ Estacionamento.

Para pesagem, controle de entrada e saída de resíduos da CMD, será utilizada balança
rodoviária instalada na Portaria Norte.

5.3.11.2 CONTROLE DE EFLUENTES LÍQUIDOS

5.3.11.2.1 EFLUENTES SANITÁRIOS

Para tratamento de todo efluente sanitário gerado durante a etapa de operação, está
prevista a continuidade da operação das ETEs compactas alocadas a jusante dos platôs da
mina e usina, sendo a ETE da Mina localizada próxima ao refeitório satélite e a ETE da
Usina localizada próxima ao CMD. Ressalta-se que esses dispositivos de tratamento
iniciarão sua operação na etapa de implantação conforme já informado e descrito no item
5.2.15.4.1.

As estruturas que serão atendidas na etapa de operação se referem ao restaurante,


vestiário e sanitários do Escritório Central, Ambulatório e Brigada de incêndio, instalações
industriais e edificações de apoio operacional.

Essas ETEs compactas, que terão capacidade para tratar aproximadamente 50 m3/dia,
serão dotadas de tratamento do tipo terciário (reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta
de lodo, reator aeróbio com filtro biológico percolador ou lodos ativados e desinfecção com
cloro) possibilitando o reaproveitamento do efluente tratado.

Para tal, um reservatório de acumulação impermeável será implantado à jusante de cada


ETE de modo a permitir que caminhões pipa utilizem o efluente tratado para usos do tipo:
aspersão de estradas e irrigação de áreas em revegetação.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 383


Para transporte dos efluentes sanitários até cada ETE, será implantada uma rede coletora
de efluentes sanitários (esgoto) gerados nas instalações hidrossanitárias dos prédios de
apoio administrativo e industrial. O efluente será conduzido por tubulações de PEAD.

Para tratar os efluentes sanitários da Torre de Controle do Ramal Ferroviário será instalado
um sistema tanque séptico/sumidouro.

Para as edificações mais remotas onde a geração de efluentes for inferior a 5 m³/dia, serão
admitidas a instalação de caixas coletoras estanques para acondicionamento e destinação
periódica para as ETEs.

Conforme já informado, os efluentes sanitários gerados no platô dos postos de


abastecimentos serão tratados em sistema de fossa séptica e filtro anaeróbio e dispostos
em sumidouro.

5.3.11.2.2 EFLUENTES OLEOSOS

Os efluentes oleosos serão gerados, principalmente, nas atividades de lavagem de


equipamentos, peças e veículos e de manutenções nas Oficinas de Equipamentos Leves e
Pesados e na incidência das águas pluviais na área do Posto de Abastecimento de
Combustíveis. Prevê-se que os efluentes serão compostos basicamente por água, óleos e
graxas, sedimentos e produtos de limpeza e desengraxantes diversos.

O controle dos efluentes oleosos nas Oficinas de Manutenção será realizado com a
impermeabilização do piso das áreas onde serão realizadas as atividades, construção de
canaletas para direcionamento dos efluentes gerados para a Estação de Tratamento de
Efluentes Oleosos – ETEO, locada contígua às oficinas e lavador.

Para contenção e tratamento dos efluentes oleosos gerados no Posto de Abastecimento de


Combustível e nas áreas dos tanques de armazenamento de diesel, está previsto o
direcionamento dos efluentes para a ETEO.

Os efluentes oleosos a serem gerados na oficina de usina serão direcionados para uma
caixa de acumulação. A caixa será coberta com tampa metálica para evitar contribuição de
água pluvial. Está previsto medição de nível e detector de presença de óleo. O seu
esgotamento se dará por caminhão a vácuo e o efluente será enviado para tratamento na
ETEO das Oficinas. De forma geral, a água tratada será utilizada na lavagem de pisos.

A ETEO terá capacidade para tratar 10,0 m³/h. O sistema de tratamento de efluentes
oleosos está baseado inicialmente em fenômenos físicos para separação de sólidos
grosseiros e óleo não solubilizado e, posteriormente, em fenômenos físico-químicos de
separação de sólidos em suspensão (coagulação, floculação), outros contaminantes por
processos flotação do ar dissolvido – FAD e filtração em areia e em carvão ativado
granulado (CAG).

Integrarão cada sistema a ser fornecido, no mínimo, os seguintes componentes/ unidades:

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 384


▪ Caixas separadoras de sólidos e óleos;
▪ Medidor de vazão;
▪ Unidade de hidráulica, para geração dos coágulos dos contaminantes;
▪ Unidade de floculação mecânica com mistura lenta para geração de flocos;
▪ Unidade de flotação com raspador mecânico para lodo;
▪ Filtro de areia;
▪ Leito de secagem do lodo;
▪ Tanque de acumulação e bombeamento;
▪ Sistema de bombeamento, de alimentação, de reciclo, vaso saturador e sistema de
distribuição de fluxo e geração de bolhas, com respectivos motores elétricos;

A ETEO irá operar em circuito fechado, ou seja, o efluente tratado será reutilizado nos
processos de pré-lavagem de equipamentos, não sendo previsto, portanto qualquer
lançamento desse sistema.

5.3.11.2.3 EFLUENTES DO LABORATÓRIO

Serão gerados efluentes no laboratório, provenientes de análises via úmida, e lavagem


vidrarias analíticas. Estes efluentes serão encaminhados a uma Estação de tratamento de
efluente químico - ETE Química, localizada junto ao laboratório.

Na ETE Química, os efluentes serão tratados por meio de processo de precipitação dos
metais dissolvidos, sedimentação da lama e neutralização do efluente decantado antes de
serem encaminhados para a Estação de Tratamento de Efluentes – ETE compacta.

5.3.11.3 CONTROLE DE SEDIMENTOS CARREADOS PELAS ÁGUAS PLUVIAIS

As águas pluviais têm o potencial de promover o carreamento de partículas sólidas. O


controle deste aspecto será feito com a instalação de um sistema de drenagem para coleta
e direcionamento do fluxo de águas para drenagens naturais.

Assim, as áreas industriais serão dotadas de dispositivos de captação e condução das


águas pluviais como leira, sarjeta, valeta, canaleta, descidas d’água, caixas coletoras.

Os dispositivos de drenagem serão projetados levando-se em consideração a proteção


ambiental, principalmente para se evitar erosões e procurando-se implantar medidas
preventivas tais como declividade adequada evitando velocidade excessiva a jusante das
obras e correto posicionamento dos dispositivos de drenagem.

Assim, toda a superfície dos platôs nas áreas administrativas e de apoio operacional e dos
acessos terá inclinação permitindo o escoamento das águas pluviais do centro para as
bordas. Esse escoamento será realizado através da instalação de sarjetas, valetas e
canaletas revestidas em concreto, com o objetivo de coletar e direcionar as águas pluviais
incidentes para locais de deságue adequado a jusante.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 385


Na base dos taludes de corte e aterro serão implantadas sarjetas com inclinação de 1% do
centro para as bordas permitindo o escoamento das águas superficiais. Nas saídas destas
sarjetas, serão implantadas caixas de dissipação de energia, que correspondem a pequenas
bacias em concreto revestidas com pedras de mão argamassadas, objetivando a diminuição
da energia das águas superficiais.

Nos lançamentos das drenagens, principalmente nos locais de maior declividade, serão
implantadas descidas d’águas rápidas ou em degraus, revestidas em concreto.

Para melhorar a eficiência dos dispositivos de drenagem todos os taludes de corte e aterro e
as áreas remanescentes não ocupadas serão revegetadas, conforme programa
estabelecido pela Vale.

Serão previstas limpezas e manutenções periódicas dos sistemas de drenagem, visando


retirar os sedimentos retidos e mantê-los com eficiência máxima.

Os dispositivos de drenagem serão projetados de acordo com padrão do Departamento


Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT conforme detalhado a seguir.

5.3.11.3.1 SARJETAS DE CONCRETO

As sarjetas são os primeiros coletores de águas pluviais funcionando como canais abertos.

Captam as águas que se precipitam e as conduzem longitudinalmente até o ponto de


transição entre o corte e o aterro, para que saiam lateralmente no terreno natural, na
descida d’água de aterro, ou na caixa coletora de um bueiro de greide.

5.3.11.3.2 CANALETAS DE CONCRETO

As canaletas de concreto deverão apresentar dimensões de 0,60 x 0,30 x 0,30 m. O


concreto deverá apresentar traço 3:1 (areia/cimento) e serão implantadas de forma a
conduzir o fluxo d’água para esses dispositivos que efetuarão as descargas nas descidas
d’água.

Nas cristas dos taludes de aterro ou corte serão implantadas valetas de proteção de forma a
receber e direcionar o escoamento das águas pluviais, protegendo e conduzindo a água
para pontos a jusante de tais dispositivos.

5.3.11.3.3 DESCIDAS D’ÁGUA

As descidas d’água têm o objetivo de receber toda a água captada nas estruturas de
drenagem e conduzi-las até os locais de dissipação protegendo o corpo dos taludes dos
processos erosivos.

Esta estrutura deverá ser feita em degraus de concreto armado. Na parte superior deverá
ser feita uma ala com objetivo de receber e conduzir a água proveniente das estruturas de

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 386


drenagem, protegendo suas laterais e direcionando o fluxo de forma adequada até a
descida d’água.

No caso das descidas que farão o deságue das sarjetas, ou valetas de proteção, elas serão
em calhas de concreto. Já no caso dos lançamentos dos bueiros e/ou redes tubulares nos
taludes, estes deverão ser feitos através das descidas d’água em degraus.

Estas estruturas, feitas em concreto, são dispositivos que têm por finalidade coletar as
águas drenadas pelas canaletas, sarjetas ou valetas e descidas d’água e dissipá-las
diminuindo sua energia onde logo em seguida o efluente é lançado para fora da área dos
platôs e dos acessos, até locais onde não haverá mais risco de erosão.

5.3.11.4 CONTROLE DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Na etapa de operação as atividades que contribuem para emissões atmosféricas,


principalmente sob a forma de material particulado em suspensão são provenientes de
detonação e escavação dos bancos de lavra, carregamento dos caminhões, transporte dos
materiais em vias não pavimentadas, formação de pilhas, depósitos de estéreis, arraste
eólico de superfícies expostas e das instalações de beneficiamento, principalmente
britagem, peneiramento, pontos de transferência de minério, pátio de homogeneização,
pátio de estocagem de produtos e transporte ferroviário de minério.

Nas etapas de beneficiamento como britagem, peneiramento e nas áreas de transferências


onde o minério será manuseado, a umidade natural minimiza a geração de material
particulado.

Para a minimização da geração de material particulado proveniente da


movimentação/trânsito de equipamentos, máquinas e veículos em vias não pavimentadas,
será realizada a utilização de revestimento primário com cascalho laterítico e a umectação
destas por meio de caminhão pipa.

Nas estradas de veículos leves serão utilizados caminhões-pipa com capacidades que
variam de 15.000 a 20.000 litros de água. Já nas áreas operacionais da mina serão
utilizados 2 caminhões-pipa do tipo fora-de-estrada com capacidade para 120.000 litros para
o controle de poeira.

A periodicidade da aspersão será em função das condições meteorológicas, considerando-


se o grau de insolação, ventos, umidade do ar e precipitação. Na estiagem, o procedimento
prevê a aspersão de vias em menores intervalos de tempo se comparado com os períodos
chuvosos, que praticamente não exigem umectação por aspersão de água.

Na etapa de operação, ocorrerão também emissões gasosas provenientes da combustão


dos motores de equipamentos e veículos movidos a óleo diesel. Apesar de não possuir um
caráter corretivo, a manutenção preventiva será considerada como um controle, pois irá
atuar nas fontes de emissão, ainda que indiretamente. Um programa de monitoramento das
emissões veiculares será realizado com a utilização da Escala Ringelmann.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 387


Para evitar perda de produtos depositados nos vagões por arraste eólico, é prevista a
implantação de um sistema de aspersão de aglomerante após o carregamento, composto
por braços aspersores com acionamento mecânico pneumático, de forma a garantir a
“plastificação” da superfície do minério, reduzindo-se significativamente a emissão de
poeiras por arraste eólico no percurso da ferrovia.

O projeto do sistema de aspersão de vagões será detalhado futuramente, com a instalação


de todos os tanques no piso. Para os braços de aspersão, está sendo previsto um sistema
pneumático para levantar/abaixar durante a passagem das locomotivas. O sistema
pneumático possui um compressor dedicado. Alguns aspectos do projeto do sistema são
descritos a seguir.

Aspersão de Vagões

O aglomerante será recebido à concentração de 20% p/p em caminhões tanque de 15 m³, e


será transferido para o tanque de estocagem através da bomba tipo parafuso BQ-2610MA-
01. Este tanque terá volume útil de 37,3 m³, equivalente a 20 dias de autonomia.

As bombas tipo parafuso BQ-2610MA-02/03 (uma operacional e uma reserva), irão transferir
o aglomerante para o tanque TQ-2610MA-02, com volume útil de 19,2 m3, passando pelo
misturador MI-2610MA-01 onde haverá adição de água para diluição. A solução diluída à
concentração de 1,0% p/p alimentará o sistema de aspersão dos vagões (braços
aspersores) através das bombas centrífugas de reagentes BQ-2610MA-04/05 (uma
operacional e uma reserva) para a aspersão dos vagões (Figura 5-57).

Braços de Aspersão

Estocagem de
aglomerante

Figura 5-57: Modelo 3D – sistema de aspersão de vagões com aglomerante

O excesso de aglomerante que eventualmente escoar dos vagões, será recuperado por
meio de sistema de drenagem construído de concreto sob a linha férrea (piso e canaletas
inclinadas). O material recolhido alimentará por gravidade a caixa de sedimentação CX-
2610MA-01. O transbordo desta caixa, praticamente isento de sólidos, será transferido
através da bomba centrífuga submersível BQ-2610MA-06 para o tanque de aglomerante

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 388


diluído TQ-2610MA-03, com volume útil de 20 m3. A solução do TQ-2610MA-03 será
transferida pelas bombas centrífugas de reagentes BQ-2610MA-07/08 (uma operacional e
uma reserva) para um caminhão tanque que irá aspergir a solução de aglomerante nas
estradas/vias de acesso.

Para eventuais vazamentos dos tanques e bombas, está previsto um dique de contenção na
área de recebimento e preparação de aglomerante. O aglomerante que eventualmente se
depositar no dique, será recuperado através de caminhão vácuo.

Para a minimização da geração de material particulados proveniente da pilha de produto


Fino Comum, será previsto um sistema de abatimento de pó que deverá ser realizado por
meio de canhões aspersores, rede de distribuição hidráulica, válvulas e conjunto moto-
bomba. Será previsto ainda um sistema de aspersão de inibidores de poeira nos vagões,
quando do embarque do produto. O sistema será constituído de aspersores, tanques de
preparo de solução, agitadores, dosadores, rede de distribuição hidráulica, válvulas e
conjunto moto-bomba.

O empilhamento do material no pátio será em linha com pilha de apenas um tipo de material
(Figura 5-58). Essa pilha é projetada para ter 15 (quinze) metros de altura e distância do
bordo da pilha até o centro da linha férrea de carregamento com 18 metros.

A aspersão de aglomerante da pilha de estocagem de produtos para abatimento de poeira


será feita por canhão aspersor. Serão adotados SUMPs para coleta de finos provenientes
da drenagem do pátio.

Pilha de sínter feed/


Pátio de embarque

Recebimento/Estocagem de Aglomerante

Figura 5-58: Pátio de produtos (sínter feed) sendo retomada para o embarque em vagões

5.3.11.5 RUÍDOS E VIBRAÇÃO

Considerando que, à exceção dos transportadores de correia, máquinas de pátio, britadores,


peneiras, equipamentos e veículos móveis, a maioria dos equipamentos estará locada em

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 389


áreas fechadas, não é esperada a geração significativa de ruídos ambientais. A modelagem
e ruído e vibração considerando as fontes emissoras da etapa de operação é apresentada
na Avaliação de Impactos do presente EIA.

A minimização dos ruídos se dará através da manutenção e regulagem adequada dos


equipamentos e veículos. Além destas medidas, prevê-se a utilização de isolamentos
acústicos nos equipamentos de processo e áreas de manutenção, com o objetivo de
minimizar os ruídos.

As operações de detonação para extração do minério serão geradoras de vibrações. Por


isso, serão adotados Plano de Fogo controlados. Especificamente em relação às cavidades
naturais, as fontes emissoras de vibração capazes de afetar a integridade física das
cavidades caracterizam-se essencialmente por: (a) detonações por explosivos e (b) tráfego
e operação de equipamentos de mineração.

O desmonte será preferencialmente mecânico. Nos locais onde for necessário desmonte por
explosivos será adotado um plano de fogo mais restritivo, de forma prevenir danos às
cavidades. Nos Anexos do Volume 1 - Anexo III é apresentada as especificações para lavra
controlada na área de cavidades.

5.3.11.6 SISTEMAS DE CONTROLE AMBIENTAL DO RAMAL FERROVIÁRIO

Durante a etapa de operação as águas pluviais terão o potencial de promover o


carreamento de partículas sólidas. O controle destas águas será feito com a instalação de
um sistema de drenagem para coleta e direcionamento do fluxo de águas para drenagens
naturais. Para tal, serão implantados dispositivos de captação e condução das águas
pluviais como leira, sarjeta, valeta, canaleta, descidas d’água e caixas coletoras.

Os dispositivos de drenagem serão projetados levando-se em consideração a proteção


ambiental, principalmente para se evitar erosões e procurando-se implantar medidas
preventivas tais como declividade adequada evitando velocidade excessiva a jusante das
obras e o correto posicionamento dos dispositivos de drenagem.

Assim, toda a superfície dos platôs da plataforma ferroviária e dos acessos terá inclinação
permitindo o escoamento das águas pluviais do centro para as bordas. Esse escoamento
será realizado através da instalação de sarjetas, valetas e canaletas revestidas em concreto,
com o objetivo de coletar e direcionar as águas pluviais incidentes para locais de deságue
adequado a jusante.

Na base dos taludes de corte e aterro serão implantadas sarjetas permitindo o escoamento
das águas superficiais. Nas saídas destas sarjetas serão implantadas caixas de dissipação
de energia, que correspondem a pequenas bacias em concreto revestidas com pedras de
mão argamassadas, objetivando a diminuição da energia das águas superficiais.

Nos lançamentos das drenagens, principalmente nos locais de maior declividade, serão
implantadas descidas d’águas rápidas ou em degraus, revestidas em concreto.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 390


Para melhorar a eficiência dos dispositivos de drenagem todos os taludes de corte e aterro e
as áreas remanescentes não ocupadas serão revegetadas, conforme programa
estabelecido pela Vale. Serão previstas limpezas e manutenções periódicas dos sistemas
de drenagem, visando retirar os sedimentos retidos e mantê-los com eficiência máxima.

Ao longo da fase de operação do Ramal Ferroviário a geração de efluentes líquidos estará


restrita à torre de controle, onde serão gerados efluentes sanitários no vestiário, copa e área
de serviço. Para tratar estes efluentes será instalado um sistema tanque séptico/filtro
anaeróbio/sumidouro.

Durante a operação do Ramal Ferroviário, a gestão dos resíduos será incorporada ao Plano
de Gestão de Resíduos da EFVM. Os resíduos produzidos corresponderão, basicamente,
àqueles de manutenção da via permanente e àqueles gerados na torre de controle.

Para o controle das emissões atmosféricas durante a operação será realizada a aspersão
de polímeros sobre o minério carregado nos vagões, durante as operações de carregamento
do minério. O controle dos gases de combustão será realizado pela manutenção periódica
dos motores e averiguada pelas inspeções com auxílio da escala Ringelmann.

5.3.11.7 SISTEMA DE COMBATE À INCÊNDIO

Conforme determinação legal, o empreendimento contará com brigada de incêndio. As


instalações físicas de combate a incêndio são descritas a seguir.

O sistema de distribuição de água para combate a incêndio no platô da Mina tem início no
reservatório TQ-5023MA-02 (volume 415m3), o qual apresenta reserva técnica exclusiva
para este sistema. Para o platô do Beneficiamento, o sistema tem início no tanque TQ-
5023MA-03 (volume 275m3), o qual também conta com reserva para incêndio.

A reserva técnica, os diâmetros da rede de distribuição, as vazões e pressões requeridas


em cada hidrante, foram calculadas mediante classificação de área e de risco segundo as
IT’s do Corpo de Bombeiros do estado de Minas Gerais.

Um sistema de bombeamento é considerado no projeto exclusivamente para atendimento


do platô da britagem primária, posto de combustíveis, área administrativa, oficinas e casas
de transferência ao longo do TCLD, e outro para o platô do beneficiamento, britagens, área
administrativa e pátio de produtos. Estes sistemas de bombeamento deverão ser compostos
por bomba elétrica, bomba jockey e bomba diesel, fornecidas em skid como unidade única,
incluindo inclusive o tanque diesel.

Ao longo da rede de combate a incêndio serão instalados instrumentos para medição de


pressão e variação da vazão na rede, os quais terão comunicação com o supervisor da
planta. A figura a seguir apresenta a imagem de referência de skid de combate a incêndio.

O combate a incêndio por extintores segue as exigências normativas, levando em conta a


padronização dos tipos de extintores, onde aplicável.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 391


Figura 5-59: Imagem ilustrativa de skid de combate a incêndio

Para memória de cálculo e memorial descritivo do sistema de combate a incêndio, ver


documentos VALE MC-5040MA-T-74002 e MD-5040MA-T-74002, respectivamente (Anexos
do Volume 1 - Anexo VIII).

5.4 ETAPA DE DESATIVAÇÃO

O planejamento para desativação do Projeto Apolo visa orientar para que sejam
estabelecidos processos sustentáveis nas dimensões econômica, social, ambiental e
institucional na curva de tempo do fechamento do Projeto Apolo, garantindo assim os
valores corporativos e o legado positivo no fechamento.

O processo de planejamento do fechamento teve início junto ao planejamento da operação,


e o seu desenvolvimento acompanhará o desenvolvimento do Projeto Apolo.

Parte das atividades de desativação serão implementadas após o fim da vida útil do
empreendimento minerário. Entretanto, pode haver situações em que as ações de
fechamento serão aplicáveis antes do término da produção mineral. Nesse sentido, a
atualização do plano de fechamento durante a etapa de operação servirá para direcionar as
ações, além de ser um importante subsídio para o provisionamento de recursos financeiros
para descomissionamento de ativos.

As diretrizes a seguir constam do documento denominado Plano de Fechamento de Mina


(RL-0000MA-G-00105, de março de 2020), elaborado pela Vale.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 392


5.4.1 DIRETRIZES PARA DESCOMISSIONAMENTO E
MONITORAMENTO

As atividades minerárias causam diversas modificações topográficas de caráter permanente,


que obedecem a critérios específicos quanto ao sistema de drenagem de águas pluviais,
aos preceitos geotécnicos contra escorregamentos e rompimento de taludes, dentre outras
medidas preventivas relacionadas aos riscos ambientais.

O planejamento para o fechamento é a antevisão dos processos que buscam garantir um


cenário propício no longo prazo com foco na sustentabilidade. Este planejamento visa
garantir a utilização da região frente as potencialidades de uso futuro. Esta garantia é
inerente ao desenvolvimento dos processos de descomissionamento, traduzido no seu
aspecto chave que é a segurança da área, representado nos três temas apresentadas a
seguir:

▪ Estabilização física: estabilização geotécnica e hidráulica das estruturas;


▪ Estabilização química: investigação de áreas contaminadas e remediação;
▪ Estabilização biológica: revegetação e medidas para reabilitação/recuperação
ambiental da área.

A estabilidade física refere-se às diretrizes e proposições de engenharia que visam garantir


que as estruturas, e a mina como um todo, sejam encerradas dentro dos preceitos das
melhores práticas na mineração, evitando principalmente processos associados à erosão,
geração de sedimentos, assoreamento de fundo de talvegues e perda de geometrias de
projeto que poderá repercutir em custos adicionais e impactos ao meio ambiente no longo
prazo.

A estabilidade química de uma dada região é fortemente associada às características


intrínsecas dos materiais presentes no local, mas também às atividades que se desenvolve
ao longo dos anos. Em determinadas situações, para a promoção da estabilidade química
no longo prazo, são necessárias ações de identificação das áreas afetadas e das
intervenções necessárias para a garantia dos parâmetros preconizados nas boas práticas e
legislações pertinentes.

A estabilidade biológica trata da diversidade e resiliência das espécies em determinado


ambiente no que tange o desenvolvimento ecológico da região. Com intuito de propiciar este
desenvolvimento, deverá ser apresentado, em momento oportuno, a definição das unidades
fisionômicas e da cobertura vegetal da área, identificando os componentes da vegetação os
quais serão aplicados no processo de revegetação. A presença de cobertura vegetal, além
de contribuir com o controle de erosões e prevenir o carreamento de sólidos, é capaz de
atenuar os impactos visuais, integrando às estruturas ao ecossistema do entorno. O
desenvolvimento de vegetação é também fator preponderante para a
recuperação/reabilitação da área, orientado de acordo com a utilização pretendida.

Os objetivos fundamentais do plano de fechamento de um empreendimento minerário são a


definição dos conceitos e as diretrizes que deverão ser seguidos ao longo do tempo,
buscando estabelecer de forma global um adequado desempenho das estruturas e preparar

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 393


a região para o cenário de uso futuro mais provável. Para tanto, é de fundamental
importância que estes três aspectos de estabilidade sejam alcançados e mantidos ao longo
dos anos no período pós-descomissionamento com acompanhamento e cuidados
necessários.

Este período de acompanhamento/cuidado varia de acordo com características particulares


de cada estrutura. As atividades no pós-descomissionamento podem ser de caráter
permanente, como no caso de barragens ou podem ser temporárias, feitas até o momento
em que se tenha garantia da estabilidade geotécnica, como acontece em pilhas de estéril,
por exemplo, culminando na condição em que não há necessidade de intervenções ou
manutenções, denominados pelo termo walk away.

A confirmação da estabilidade física se dá por meio de inspeções visuais e leitura de


instrumentos a serem instalados na estrutura (ex.: marcos topográficos, piezômetros e
indicadores de nível d’água). A integridade física do sistema de drenagem superficial
também é um aspecto comumente verificado em inspeção. Caso sejam identificados danos
ou não conformidades, são previstas atividades de manutenção corretiva.

Em função do rebaixamento do aquífero para a lavra, haverá alteração da disponibilidade


hídrica regional durante a operação. O excedente do volume total bombeado deverá ser
destinado aos cursos d’água naturais, próximos à cava, conforme necessidade de
reposição. Portanto, no cenário de fechamento, além do acompanhamento do nível freático
na cava, se faz necessário também o acompanhamento da dinâmica hidrológica da região
no entorno da mina em termos de vazão até a constatação do retorno às condições
anteriores à operação. Esse aspecto é importante visando não mascarar a disponibilidade
hídrica regional, visto que, após o encerramento da operação e do rebaixamento na cava
não ocorrerá mais o aporte nos cursos d´água.

Ressalta-se, no entanto, que, dado ao dinamismo das atividades minerárias, é prematuro a


indicação de ações específicas de descomissionamento em etapas muito preliminares, pois
para este tipo de análise deve-se incorporar no estudo todo o histórico de eventos,
informações e mudanças de projeto que venham a ocorrer.

5.4.2 ATIVIDADES DE FECHAMENTO

A primeira etapa dos Programas de Fechamento prevê um diagnóstico da situação atual da


área como um todo, bem como o levantamento da trajetória do projeto concebido ao longo
dos anos. Dessa forma, é possível rever o planejamento para o fechamento de acordo com
a realidade em que, de fato, a mina se encontrará dado o encerramento das operações,
adequando as atividades anteriormente propostas conforme for necessário.

A partir da avaliação das condições de operação dos ativos, é possível iniciar as atividades
de fechamento que deverão ser realizadas por tipologia de ativo integrante do Projeto Apolo,
com a elaboração dos respectivos projetos. O objetivo é adequá-los às condições de
segurança para o fechamento.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 394


As soluções apresentadas são de cunho conceitual e deverão evoluir à medida que a vida
útil das minas se aproximarem de sua exaustão e os projetos de descomissionamento sejam
detalhados, mediante a implantação do Programa de Fechamento Apolo. As revisões
subsequentes deverão se orientar diante das mudanças de premissas que possam
condicionar as soluções.

A seguir estão descritas as atividades previstas para o descomissionamento dos ativos


previsto no Projeto Apolo, no âmbito do processo de fechamento. A partir das características
gerais das diferentes tipologias de ativos, bem como do processo de implantação e
operação é possível estabelecer as atividades de fechamento específicas para cada tipo,
com o objetivo de adequá-los aos padrões de segurança, de acordo com o uso futuro
planejado para a área.

➢ Fechamento da Cava

Ao início do Programa de Fechamento para o Projeto Apolo, será avaliada a situação atual
da cava, perante o que havia sido previsto em projeto, bem como as condições gerais de
drenagem e estabilidade de taludes. Ao longo dos cinco anos antes do encerramento das
atividades minerárias a operação da cava deverá ser orientada para a configuração
esperada no cenário de fechamento da mina.

As necessidades de retaludamento serão definidas por meio de análise setorial (setorização


geológico-geotécnica), vistoria de campo e interpretação do plano de lavra existente,
considerando a previsão de configuração final da cava. Será reavaliado o estudo
hidrogeológico nas condições de cava final, visando entender o contexto de enchimento dos
lagos e a cota do nível de água esperada. Essas análises subsidiarão a elaboração dos
projetos básicos, conceituais e executivos para o descomissionamento da cava.

De forma geral, para a cava são previstas como atividades de fechamento o


acompanhamento do comportamento do nível do lençol freático e o rebatimento dos taludes
finais, caso estes ainda não apresentem o ângulo necessário ao cenário de fechamento, de
forma a contribuir com a melhoria das condições de segurança, estabilidade e favorecer a
fixação da vegetação. Será realizada uma análise para verificar a necessidade de
adequação da drenagem superficial, revegetação dos taludes remanescentes em solo e
instalação de instrumentos para monitoramento, garantindo assim estabilidade da cava
dentro do fator de segurança compatível.

Com o encerramento da operação se torna necessária também a implantação de barreiras


de segurança no entorno da área do lago que se formará, de forma a isolar o local. As
atividades concebidas para o descomissionamento estão apresentadas, de forma sucinta,
na Tabela a seguir (Tabela 5-20).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 395


Tabela 5-120: Resumo das atividades para descomissionamento para a cava do Projeto Apolo.
Tipologia Estruturas Atividades
Levantamento topográfico;
Adequação pontual do sistema de monitoramento geotécnico;
Adequação pontual dos taludes;
Adequação pontual da drenagem superficial;
Cava Cava Final
Acompanhamento da elevação do NA (até restabelecimento do nível
freático);
Revegetação dos taludes remanescentes em solo (acima da cota do lago);
Implantação de barreiras de segurança (cercamento).

➢ Encerramento da Operação das Pilhas de Disposição de Estéril (PDE)

Em função das características dos materiais lançados, da dinâmica operacional e o tempo


de formação do maciço, na Vale é adotada a prática de rebatimento e revegetação dos
taludes tão logo se alcance a elevação de projeto dos bancos em Pilhas de Estéril (PDE’s).
Desta forma, o processo de descomissionamento de pilha segue concomitante ao processo
de lançamento de estéril. À medida que se avança na formação da pilha torna-se necessária
a implantação dos dispositivos de drenagem superficial. Ao final do processo de
desenvolvimento da pilha, praticamente todas as ações de descomissionamento já foram
realizados.

Nesse sentido, a situação das pilhas de estéril será avaliada no início do Programa de
Fechamento Apolo, visando identificar a necessidade de correções pontuais nos taludes e
na vegetação, além de eventual necessidade de pequenas intervenções no sistema de
drenagem superficial. As condições geotécnicas das estruturas devem ser monitoradas por
meio de instrumentação específica. As atividades concebidas para o descomissionamento
estão apresentadas, de forma sucinta, na Tabela 5-121 a seguir apresentada.

Alcançar a condição de walk away é um dos objetivos para o descomissionamento dessas


estruturas. Condição essa confirmada através da verificação de desenvolvimento satisfatório
da vegetação e performance adequada da drenagem superficial, durante o período de
manutenção e monitoramento no pós-obra.

Ao final do processo de fechamento, encerrado o monitoramento e manutenção das


estruturas, os acessos deverão ser avaliados para definição de quais permanecerão. Os
demais deverão ser descaracterizados por meio de preparação do terreno para plantio e
revegetação.

Tabela 5-121: Resumo das atividades para descomissionamento das pilhas de estéril do
Projeto Apolo.

Tipologia Estruturas Atividades


- Levantamento topográfico;
- Adequação pontual do sistema de monitoramento geotécnico;
Pilhas de Estéril PDE A e PDE B - Adequação pontual dos taludes;
- Adequação pontual da drenagem superficial e periférica
- Reforço da vegetação dos taludes e bermas.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 396


➢ Descomissionamento do Sistema de Contenção de sedimentos.

A descaracterização desses ativos será realizada após a comprovação do efetivo


estabelecimento da vegetação, bem como da performance adequada da drenagem no
entorno das estruturas. As pilhas e cavas passarão por um período de monitoramento e
manutenção pós-obra, no qual será possível comprovar a performance das ações de
descomissionamento.

Dessa forma, os diques poderão ser descomissionados, mediante a comprovação da


estabilização da taxa de geração de sedimento. O monitoramento e a manutenção serão
mantidos até a realização da descaracterização. O início do processo de
descomissionamento se dará com o desmonte do maciço até a cota na qual se encontram
os sedimentos, eliminando a configuração das estruturas como barramentos.

Toda a área deverá ser revegetada e a drenagem superficial adequada, de forma a


favorecer o progressivo desenvolvimento ecológico e a incorporação das estruturas à
dinâmica regional.

No caso de sumps, é de se esperar que os reservatórios destas estruturas sejam


naturalmente preenchidos de sedimentos e vegetação, visto que não será mais necessário
realizar desassoreamento. Como atividades de fechamento estão previstas a adequação da
drenagem superficial e a revegetação da área.

As atividades concebidas para o descomissionamento estão apresentadas, de forma


sucinta, na Tabela 5-122 abaixo.

Tabela 5-122: Atividades para descomissionamento para o sistema de contenção de


sedimentos do Projeto Apolo.

Tipologia Estruturas Atividades


- Levantamento topográfico;
- Remoção parcial do maciço;
Dique 1A, Dique 2A, Dique 2B - Implantação de canal para desativação da estrutura;
Dique 3 e Diques em gabião* - Adequação pontual da drenagem superficial;
Sistema de
contenção de - Remoção do vertedouro;
sedimentos - Revegetação da área remanescente.

Sump 1A-I, Sump 1A-II, Sump 2A- - Adequação da drenagem superficial;


I, Sump 2B-I, Sump 3-I, Sump 3-II
e Sumps de drenagem superficial - Revegetação.

*Não possuem a etapa de remoção de vertedouro associada.

➢ Instalações Industriais e Infraestrutura de Apoio

A permanência das infraestruturas de apoio e instalações industriais ao fim das atividades


minerárias deve ser avaliada mediante o uso futuro pretendido para à área. No caso do
Projeto Apolo, é vislumbrado um uso futuro conservacionista, no qual a manutenção de tais
estruturas torna-se desnecessária. Diante disso, no escopo inicial do Programa de
Fechamento Apolo serão levantadas e avaliadas ambientalmente todas as infraestruturas e

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 397


instalações industriais que compõe o cenário do último ano da mina, para que, em seguida,
sejam programadas as ações necessárias para o fechamento.

De uma maneira geral, o descomissionamento relativo à essa tipologia de ativo inclui a


investigação de áreas com potencial de contaminação e eventual reabilitação; atividades de
desmobilização de equipamentos, demolição e remoção de edificações; adequação pontual
da drenagem superficial e revegetação da área.

Com o fim das atividades minerárias na área, torna se desnecessária a manutenção das
pontes, viadutos e sistemas de drenagem associadas aos acessos. As pistas de trânsito
deverão ser subsoladas com escarificador e grade para facilitar a revegetação. As estruturas
em concreto armado, quando possível, deverão ser demolidas de forma a estabelecer uma
condição onde o risco ambiental seja reduzido. As drenagens associadas à pista deverão
ser readequadas em função da nova condição de reabilitação proposta. No final do processo
de estabilização biológica e geotécnica, deverão ser revistos os acessos de manutenção e
monitoramento, permanecendo apenas aqueles mais relevantes.

As atividades concebidas para o descomissionamento estão apresentadas a seguir, na


Tabela 5-123.

Tabela 5-123: Atividades para descomissionamento das instalações industriais e infraestrutura


do Projeto Apolo.
Tipologia Estruturas Atividades
Ramal ferroviário, usina de beneficiamento, restaurante, - Investigação de áreas com
escritórios e centro de treinamento, portarias, vestiários, potencial de contaminação;
ambulatório médico, oficinas mecânica e de manutenção,
depósitos, borracharia, posto de abastecimento de - Desativação de sistemas e
combustível, lavadores, pátios de estocagem, brigada de desmontagem de estruturas;
Instalações
incêndio, terminal rodoviário, subestações, DIR, CMD, - Adequação dos sistemas de
Industriais e
ETA, SAO, ETEO, ETE, laboratórios, acessos, galpão de drenagem;
Infraestrutura
testemunho, sala de controle, áreas de apoio operacional,
calderaria, vulcanização, área de convivência, central de - Preparação em campo para o
preparo e armazenamento dos insumos para diques e plantio;
sumps, salas de bombas, central de afiação/bits, galpão de - Revegetação.
kanban e paiol de explosivos

➢ Monitoramento e Manutenção

Ressalta-se ainda a necessidade de realização de monitoramento geotécnico e ambiental,


assim como manutenção na etapa de pós-fechamento, conforme listado na Tabela 5-124. A
partir dessas ações é possível medir a eficiência das atividades propostas para todos os
ativos e para a área de forma geral.

Tabela 5-124: Monitoramento e manutenção no pós-fechamento.

Atividade Pontos de atenção


- Desenvolvimento ecológico das áreas revegetadas;
Monitoramento e Manutenção no pós- - Estabilidade geotécnica das estruturas;
fechamento - Qualidade das águas superficiais e subterrâneas;
- Vazões nos cursos d’água no entorno da área.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 398


➢ Controle Ambiental

O descomissionamento de estruturas para o processo de fechamento de mina pressupõe


impactos em diferentes elementos ambientais na área do Projeto Apolo e seu entorno. Para
a realização das obras de fechamento haverá a demanda por equipes e equipamentos em
campo e, para isso, será necessário mobilizar canteiros, transportar material e movimentar
máquinas e veículos na área. Os aspectos identificados nesse contexto incluem a geração
de ruído, vibração e sedimentos; emissão de gases da combustão e material particulado;
geração de resíduos, efluentes líquidos, sanitários e oleosos, porém em uma escala mais
reduzida do que na etapa de operação. Os sistemas de controle irão atuar durante toda a
etapa de desativação até a completa estabilização dessas estruturas. Incluem-se nesse rol:
manutenção dos diques de contenção de sedimentos, atividades de manutenção de
veículos e equipamentos, aspersão de água com caminhão pipa, SAO e destinação
adequada de resíduos sólidos e efluentes líquidos sanitários (fossa ou banheiro químico).

5.4.3 PROPOSTA DE USO FUTURO

Um projeto de fechamento de uma mina deve, necessariamente, considerar alternativas de


uso futuro viáveis para a área. A definição dessas alternativas exige um exercício de
antevisão que deverá ser feito com prudência, já que a dinâmica espacial no entorno pode
vir a impor ajustes e adequações. Esse exercício deve ser constante, para incorporar novas
informações capazes de alterar as fundamentações anteriores a respeito do tema. Portanto,
a estratégia mais adequada é desenvolver um conjunto de alternativas em graus crescentes
de detalhamento conforme se aproxime a data prevista de encerramento das atividades e
quando das revisões periódicas dos planos de fechamento.

Os usos futuros para uma região são propostos com base em estudos de aptidão,
considerando-se as diversas variáveis envolvidas, como aspectos socioeconômicos,
planejamento ambiental, aspectos paisagísticos e topográficos, recursos hídricos, planos
diretores, legislação urbana e ambiental. Para as propostas de uso futuro, na etapa
conceitual, são estabelecidas diretrizes que se apoiam nos resultados da análise de
perspectivas e tendências, de acordo com as variáveis consideradas. Para o
estabelecimento dessas tendências, foram admitidos alguns atributos no âmbito da mina e
no âmbito regional, apresentadas na Tabela 5-125 a seguir.

Tabela 5-125: Atributos do Meio Físico, Biótico e Socioeconômico.


Atributos
A área de inserção do projeto compreende a porção centro-norte do Quadrilátero
Ferrífero, na estrutura geológica conhecida como Sinclinal Gandarela;
Físicos
O Quadrilátero Ferrífero constitui uma das mais importantes unidades geomorfológicas de
Minas Gerais.
O Projeto está localizado no limite noroeste de uma Unidade de Conservação de
Proteção Integral: o Parque Nacional da Serra do Gandarela;
Bióticos Grande diversidade biológica;
Presença de importante remanescentes de Mata Atlântica e de Cerrado, consideradas
áreas prioritárias para conservação da natureza mundial.
Economia dos municípios é desenvolvida com base no setor de serviços e industrial;
Socioeconômicos Região tem grande atratividade turística, principalmente ligada ao setor de turismo
ecológico.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 399


➢ APTIDÕES DE USO FUTURO

O estabelecimento de aptidões de uso futuro deve avaliar estrategicamente as possíveis


abordagens a serem seguidas: reabilitação ambiental pura; finalidade econômica específica;
utilização pública; ou mesmo considerar uma situação na qual coexistam duas ou mais
dessas abordagens. A identificação de tendências não elimina outras possibilidades de uso
da terra, mas apenas apontam perspectivas preliminares. Desta forma para o Projeto Apolo
existem aptidões para o uso futuro em:

▪ Conservação Ambiental

No entorno da região existem áreas preservadas sob a forma de unidades de conservação.


Áreas de conservação da natureza promovem a conexão de fragmentos de vegetação já
preservados e favorecem a construção de habitats para grupos faunísticos diversos, o que
possibilitaria a ocorrência de biodiversidade de flora suficiente para oferecer importantes
fontes de propágulo vegetal e posteriores esforços de recuperação de ecossistemas
degradados.

Unidades de conservação, somadas às atuais reservas legais da Vale, configuram uma


oportunidade de consolidação de corredores ecológicos, imprescindíveis para preservar a
biodiversidade e endemismos locais. Nesse sentido, visando a ampliação das áreas de
preservação existentes na região, identifica-se para o Projeto Apolo uma aptidão para o
conservacionismo.

▪ Turismo

O turismo é uma força econômica de grande importância na atualidade, da qual decorrem


fenômenos de consumo, geração de renda e empregos.

As atividades turísticas na região se apoiam na grande beleza paisagística local (matas


preservadas, serras, cachoeiras e monumentos naturais). Considerando-se a perspectiva do
esgotamento das atividades de mineração, a atividade turística de vertente ecológica pode
representar relevante alternativa econômica, assim como as atividades comerciais, de
serviços e industriais associadas ao turismo.

➢ Cenário Final de Recuperação

A configuração final do empreendimento após a recuperação das áreas é apresentada na


Figura a seguir.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 400


630000 635000 640000 645000

7795000

7795000
MT TO
BA

Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
União Bom Jesus
do Amparo MINAS
NovaGERAISES
Santa

co
Era

nti
Luzia

tlâ
SP Bela Vista RJ

oA
Sabará an
de Minas
Barão de São Gonçalo PR O ce
Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo

Raposos Rio

Ramal
Piracicaba
Nova

Ferroviário
Lima
!
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis

EF
VM
Itabirito Mariana Barra
Ouro Preto
Barão de
Longa

Cocais
Limite do Projeto - Uso
Dique 2B Conservacionista
!

Usina Vias/Acessos Externos


Caeté
Ferrovia
7790000

7790000
!
Raposos Limite Municipal

PDE B
!

Dique 2A
!

PDE A
!

Dique 1A
7785000

7785000
Santa Bárbara
!

Cava
!

Rio Acima

Dique -3
!

630000 635000 640000 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019); Unidade Conservação
(SEMA, 2020), Projeto - Uso Conservacionista (VALE, 2021). Título:
Proposta de Uso Futuro - Conservacionista
1:60.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ApoloUsoFuturo_A3_v00
5.4.4 CRONOGRAMA

O cronograma e o sequenciamento das ações de fechamento constituem o principal critério


a ser seguido para a realização das etapas necessárias ao fechamento de uma mina.

O fechamento de uma mina não é realizado em apenas uma etapa. O processo de


planejamento do fechamento se inicia junto ao da operação e o seu desenvolvimento
acompanha o desenvolvimento da mina. Grande parte das atividades são implementadas
dado o fim da vida útil do empreendimento minerário. Entretanto, há situações em que as
ações de fechamento são aplicáveis antes do término da produção mineral.

Nesse sentido, um dos objetivos do Plano de Fechamento é escalonar no tempo todas as


ações identificadas como necessárias ao fechamento da mina em questão. As atividades
são sequenciadas conforme a tipologia de ativo e posteriormente, há a consolidação em um
cronograma geral. O cronograma geral tem a função de agregar o processo de fechamento
das diferentes tipologias de ativos, identificar sinergia entre as obras e controlar o progresso
do fechamento da mina como um todo até o seu encerramento.

A Figura 5-61 apresenta a sequência e o encadeamento das ações previstas e necessárias


para o fechamento do Projeto Apolo, com vida útil prevista de 29 anos a partir do início de
sua operação. O Programa de Fechamento Apolo tem o início previsto cinco anos antes do
encerramento das operações (ano 24).

Figura 5-61: Sequência das ações previstas e necessárias para o fechamento do Projeto Apolo.

5.5 INFORMAÇÕES PARA O CÁLCULO DE COMPENSAÇÃO


AMBIENTAL

Informações Prazo
Vida útil do empreendimento 29 anos
Valor de referência do empreendimento (R$),
conforme definido no Decreto Estadual n. 45.175, 4 bilhões de reais
de 17 de setembro de 2009
Não há estudos que comprovem o tempo necessário à
completa estabilização da área após o encerramento
Estimativa de tempo para recuperação da
das atividades, entretanto, admite-se que é superior a
estabilidade ambiental da área após
20 anos, ainda mais se considerado que o tempo
encerramento das atividades
necessário à estabilização dos lagos da cava é
estimado em 21 anos, conforme Hidrovia (2021).

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 402


5.6 INFORMAÇÕES SOBRE TÍTULOS MINERÁRIOS,
PROPRIEDADES E ÁREAS DE RESERVA LEGAL

5.6.1 TÍTULOS MINERÁRIOS - DNPM

A jazida de minério de ferro a ser explotada no Projeto Apolo está inserida nos títulos
minerários listados na Tabela 5-126 e mostrados na Figura 5-62.

Tabela 5-126: Títulos minerários do Projeto Apolo Umidade Natural

Número Processo Ano Situação Titular Área (ha)


7.182 1960 Concessão de Lavra VALE 465,63
3.071 1962 Concessão de Lavra MBR com arrendamento para a Vale* 1.235,35
4.099 1967 Concessão de Lavra VALE 26,19
800.299 1975 Concessão de Lavra VALE 177,49
832.610 1983 Requerimento de Lavra VALE 756,30
830.134 1984 Requerimento de Lavra VALE 251,92

*publicado no DOU de 28/05/2014.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 403


635000 640000
MT TO
BA
Lagoa Taquaraçu DF
Santa de Minas Nova GO

União Itabira
Bom Jesus
Santa do Amparo MINAS GERAIS Nova
ES

co
Luzia Era

nti
Bela Vista

tlâ
SP de
RJ Minas

oA
Barão de an
PR
O ce
João
Belo Sabará Caeté Cocais Monlevade
Horizonte

Rio
Raposos
832610/1983
Piracicaba

Santa Bárbara
Nova Lima Catas Altas
Rio Acima
Alvinópolis

Itabirito Mariana Barra


Ouro Preto
Longa

Títulos Minerários
(Fase, Empresa, Nº Processo)
830134/1984
7785000

7785000
Concessão de Lavra
Vale, 4099/1967
4099/1967 Vale, 7182/1960
Vale, 800299/1975
Minerações Brasileiras Reunidas,
3071/1962
Mineração Nossa Senhora do Sion
1362/1940 Ltda, 1362/1940
Requerimento de Lavra
830263/1983
Vale 830134/1984
7182/1960
Vale, 832610/1983
Vale, 832610/1983
800299/1975

Área de Lavra - Cava

Projeto Apolo Umidade Natural

Limite Municipal

3071/1962

635000 640000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Unidade Conservação (SEMA, 2020),Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Títulos Minerários na Área de Lavra do Projeto Apolo
1:25.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 0,4 0,8 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_TitulosMinerarios_A3_v01
5.6.2 PROPRIEDADES AFETADAS E STATUS DAS AQUISIÇÕES

A área atual prevista para a implantação do Projeto Apolo Umidade Natural é composta por
46 propriedades, sendo 17 imóveis de propriedade da Vale e 29 imóveis de terceiros, os
quais se encontram relacionados na Figura 5-63.

No que tange às propriedades de terceiros, foram concedidos à Vale Termos de Acordo de


parte das propriedades, nos quais ficou permitido o acesso aos imóveis para fins inerentes
às etapas do licenciamento ambiental e prevê-se que, após a obtenção da Licença Prévia,
serão iniciadas as negociações para as devidas aquisições ou contratos de servidão das
áreas necessárias às etapas de implantação e operação do Projeto Apolo, antecedendo,
portanto, à etapa de implantação do empreendimento.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 405


635000 640000 645000

2
1 6
3 5
10 45
4
9 87
7795000

7795000
11
13 44 7
7 12 7
14
17
Caet é
a rá 18 ca is
Sa
b 15 Barão de Co

Cae
Sab
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os 19 16


p
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á
18 7

20
s

46
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Ca

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21

b
C

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28 22

B
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23

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Sa
7790000

7790000
24 25
26
27

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30

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29

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32

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31

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33 34
R

A Rio
a
m
ci

37
35
40
7785000

7785000
38

39

41
42
Propriedades interceptadas pelo projeto Projeto Apolo Umidade Natural
36
Propriedades de terceiros
Propriedades Vale S/A Limite municipal
Propriedades não interceptadas pelo projeto
43 Propriedades de terceiros
Ca
Rio

Propriedades Vale S/A


et é
Ac

Área de servidão de estradas e acessos


im

Áreas não cadastradas ou com informidade de


a

limite da propriedade
7780000

7780000
635000 640000 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):

Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021) e Área de Estudo (AMPLO, 2020).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Propriedades Interceptadas pelo Plano Diretor
1:70.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MS_Propriedades_v11
5.6.3 RESERVA LEGAL

A área a ser afetada pela instalação do Projeto Apolo, como abordado no item anterior, é
composta por um mosaico de 46 propriedades, sendo 17 da Vale e 29 de terceiros. Entre as
17 propriedades da Vale, 16 possuem suas reservas legais devidamente regularizadas e
cadastradas no sistema CAR - Cadastro Ambiental Rural, desde 2016 (matrículas MG-
3157203-91EA.1DEF.55D0.4959.8277.30F7.AA57.EABE e MG-3110004-
14D1.6376.88B0.47CD.AF28.AA61.1E9F.3DC1).

As propriedades de terceiros (29) não possuem a situação verificada para essa etapa de
planejamento de demanda, ficando sob a responsabilidade de regularização e registro no
CAR se for o caso, para as mesmas, antecipadamente à sua inserção na área a ser de fato
interferida pelo Projeto (na ocasião da aquisição das propriedades pela Vale). A exceção é
para a propriedade 39 que possui Reserva Legal regularizada.

De forma geral, a definição das áreas de Reserva Legal utilizou como critérios para a
delimitação: presença de cobertura vegetal natural que seja representativa das
fitofisionomias que ocorrem na área onde se localizam as propriedades; proximidade de
áreas voltadas à conservação como, por exemplo, de preservação permanente, reservas
legais vizinhas, unidades de conservação e suas zonas de amortecimento, além de
fragmentos naturais expressivos com o objetivo de consolidar áreas mais contíguas,
evitando fragmentos isolados, cercado por pressão antrópica.

Dessa maneira, algumas propriedades da Vale foram regularizadas com suas Reservas
Legais registradas em blocos de propriedades conjuntas, amplificando assim os ganhos
ambientais da conservação das áreas com afinidades ecológicas. Portanto, a Figura 5-64
apresenta essas informações pertinentes aos documentos que certificam a regularidade de
tais blocos de propriedades (quando aplicável) e seus respectivos registros no CAR como se
apresentam atualmente.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 407


630000 635000 640000 645000

MQ 36 e MQ 64 1 5 6
3
14 10 45
4
9 87
11
7795000

7795000
44
19 13 7
7 12
7

17 Caet é
Sa MQ38
ba 18 ca is
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15 Barão de Co

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MQ 49 A 20
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7790000

7790000
MQ 40 e MQ 66 24
25
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MQ 40 e MQ 66

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MQ 30, 31,
32, 33, 35

33 MQ27 34
MQ 30, 31,
32, 33, 35
ap
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35 MQ05
a MQ 30, 31,
40
7785000

7785000
32, 33, 35 38

MQ51 39 MQ04
36
41
MQ09
42

MQ 01 e
MQ 61 Projeto Apolo Umidade Natural
43 Limite municipal
Ca
Rio

Reserva Legal
et é

Propriedades interceptadas pelo projeto


Ac

MQ 08 e MQ 62
im

Propriedades de terceiros
a

Propriedades Vale S/A


7780000

7780000
630000 635000 640000 645000

®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);
Plano Diretor/Projeto, Propriedades e Reserva Legal (VALE, 2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Reserva Legal das Propriedades Interceptadas pelo Plano Diretor
1:70.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MB_ReservaLegal_Propriedades_v03
5.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DF+ ENGENHARIA GEOTÉCNICA E RECURSOS HÍDRICOS. 2020. Projeto Conceitual. Proteção
Ambiental – Contenção de Finos - Revisão do Sistema de Contenção de Sedimentos – Projeto Apolo
- Relatório Técnico – Projeto Apolo. RL-9024MA-X-01977. 45 p.

HIDROVIA Hidrogeologia para sustentabilidade. 2021. Modelo Hidrogeológico Conceitual e Numérico


– Projeto Apolo. 127p.

VALE S/A. 2020. Plano Integrado de Aproveitamento Econômico. Projeto Apolo. Processos
007.182/1960; 003.071/1962. 004.099/1967; 800.299/1975; 832.610/1983; 830.134/1984. 130p.

VALE S/A. 2020. Projeto Conceitual Geral. Relatório Técnico / Plano de Fechamento de Mina –
Projeto Apolo. RL-0000MA-G-00105. 26 p.

VOLUME 1 – PROJETO APOLO – UMIDADE NATURAL | 409

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