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VOLUME 1
INFORMAÇÕES GERAIS
ESTUDO DE ALTERNATIVAS
ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
COMPATIBILIDADE COM PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS
COLOCALIZADOS
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
AGOSTO 2021
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES GERAIS ...........................................................................................................................17
VOLUME DE ANEXOS:
ANEXO I – PLANO DIRETOR IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO
LISTA DE FIGURA
FIGURA 1-1: INSERÇÃO DO PROJETO APOLO E DE OUTROS EMPREENDIMENTOS MINERÁRIOS NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO .......... 19
FIGURA 1-2: LOCALIZAÇÃO DO PROJETO APOLO - UMIDADE NATURAL ................................................................................. 21
FIGURA 2-1: RESTRIÇÕES DE USO DO TERRITÓRIO – ARRANJO 2009. ................................................................................... 28
FIGURA 2-2: RESTRIÇÕES DE USO DO TERRITÓRIO – ARRANJO 2020 .................................................................................... 29
FIGURA 2-3: PARÂMETROS – ARRANJOS 2009 E 2020 (FLS 1/9) ..................................................................................... 32
FIGURA 2-4: ARRANJOS PREVISTOS PARA A PDE A ........................................................................................................... 45
FIGURA 2-5: ARRANJOS PREVISTOS PARA A PDE B ........................................................................................................... 46
FIGURA 2-6: ARRANJOS PREVISTOS PARA A USINA E PERA .................................................................................................. 49
FIGURA 2-7: ESQUEMA DEMONSTRADO A DRAGAGEM DA CORTINA PARA O CASO DE ACÚMULO DE LODO NO FUNDO. ................... 58
FIGURA 2-8: ARRANJO DAS SOLUÇÕES ANALISADAS PARA REDUÇÃO DA TURBIDEZ NO PROJETO APOLO. ...................................... 59
FIGURA 4-1: OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PNM – 2030. .............................................................................................. 126
FIGURA 4-2: ÍNDICE DE SEGURANÇA HÍDRICA NOS MUNICÍPIOS DE CAETÉ E SANTA BÁRBARA, INTERCEPTADOS PELO
EMPREENDIMENTO; E RAPOSOS, RIO ACIMA E BARÃO DE COCAIS, LOCALIZADOS NO ENTORNO. ...................................... 130
FIGURA 4-3: INSERÇÃO DOS MUNICÍPIOS INTERCEPTADOS PELO EMPREENDIMENTO E MUNICÍPIOS DO ENTORNO NAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS DOS RIOS DAS VELHAS E PIRACICABA.............................................................................................. 137
FIGURA 4-4: MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A RMBH E O COLAR METROPOLITANO................................................................ 146
LISTA DE FOTO
FOTO 2-1: FLOCULADOR HIDRÁULICO DO TIPO CHICANA HORIZONTAL EM SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA.............................. 56
FOTO 2-2: BARREIRAS DE REDUÇÃO DE TURBIDEZ. ............................................................................................................ 57
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 5-1: HISTOGRAMA DE MOD/MOI-DO EMPREENDIMENTO................................................................................. 186
GRÁFICO 5-2: NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA MÃO DE OBRA NA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO. ........................................................ 187
GRÁFICO 5-3: PDE A – ANÁLISE DE ESTABILIDADE – CONDIÇÃO OPERACIONAL ................................................................... 221
GRÁFICO 5-4: PDE A – ANÁLISE DE ESTABILIDADE – CONDIÇÃO CRÍTICA ............................................................................ 221
GRÁFICO 5-5: MÉDIAS MENSAIS DE PRECIPITAÇÃO.......................................................................................................... 228
GRÁFICO 5-6: MÉDIAS MENSAIS DE EVAPORAÇÃO. ......................................................................................................... 228
GRÁFICO 5-7: MÉDIAS MENSAIS DE TEMPERATURA......................................................................................................... 229
GRÁFICO 5-8: MÉDIAS MENSAIS DE UMIDADE RELATIVA DO AR. ........................................................................................ 229
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA do Projeto Apolo Umidade Natural, denominado neste
estudo também de Projeto Apolo ou simplesmente Apolo, pretende subsidiar a análise do
órgão ambiental quanto à viabilidade ambiental do empreendimento de mineração, que a
Vale está propondo para os municípios de Caeté e Santa Bárbara, na Região Metropolitana
de Belo Horizonte/MG.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do Projeto Apolo foi organizado em cinco volumes,
distribuídos da seguinte forma:
VOLUME 1
APRESENTAÇÃO
1. INFORMAÇÕES GERAIS
2. ESTUDO DE ALTERNATIVAS
3. ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
4. COMPATIBILIDADE COM PLANOS, PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS
COLOCALIZADOS
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
VOLUME 2
VOLUME 3
VOLUME 4
9. ANÁLISE INTEGRADA
10. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE
INFLUÊNCIA
11. AÇÕES AMBIENTAIS
12. PROGNÓSTICO
13. CONCLUSÃO
14. EQUIPE TÉCNICA
O ramal ferroviário Capitão Eduardo Costa Lacerda, operado pela Estrada de Ferro Vitória-
Minas – EFVM, contribui para viabilizar a instalação de um empreendimento minerário de
grande porte na região do Gandarela.
A Vale vem envidando esforços para viabilizar o Projeto Apolo devido à importância da
jazida em questão para a produção de minério granulado. Com a redução da granulometria
natural dos minérios das minas que compõem o sistema minerador da empresa na região
Sudeste, tornou-se prioritário o desenvolvimento de projetos que apresentem potencial para
a produção de minério granulado, o chamado sinter feed. Neste seleto grupo de depósitos
minerais, tem destaque a jazida Apolo, a qual apresenta potencial para produção de cerca
de 14 Mta de sinter feed.
A Vale considera a produção do Projeto Apolo como a alternativa para substituir o minério
proveniente de minas da região como Gongo Soco, Córrego do Meio e Cauê.
A Figura 1-1 mostra a inserção da jazida do Projeto Apolo no Quadrilátero Ferrífero onde é
possível observar outros empreendimentos da Vale e diversos outros empreendimentos
minerários.
No Mercado Asiático, a Vale é capaz de se manter por duas razões principais, a saber: a
primeira se deve ao fato de que os produtores de aço normalmente procuram pelos tipos (ou
blendagens) de minério de ferro produzidos por ela que podem originar o produto final
pretendido, de maneira mais eficiente e econômica; a segunda, pelos níveis baixos de
impurezas e de outras propriedades danosas à qualidade do aço contidas no minério de
ferro da Vale, o que geralmente proporciona custos de processamento mais baixos.
Finalmente, cabe destacar que o Projeto Apolo, na versão umidade natural está
fundamentado nas seguintes premissas:
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Base Cartográfica (Fonte):
Várias são as vias rodoviárias existentes que dão acesso ao local do Projeto Apolo. Isto
decorre da existência de outras minas e de outras atividades econômicas importantes
(silvicultura de eucalipto) na região, bem como da demanda por ligação entre núcleos
urbanos e o escoamento da produção primária, além de madeira e carvão da citada fonte.
A partir de Belo Horizonte, para visitação, o acesso ao local do empreendimento, pode ser
feito pela MG 30 em direção à cidade de Nova Lima, tomando-se em seguida, a AMG 150
em direção à cidade de Raposos. A partir desta cidade, toma-se a estrada vicinal que passa
pelo distrito de Morro Vermelho, por 16 km, até o entroncamento com a estrada entre a
cidade de Caeté e a portaria Norte-Caeté. A partir do referido entroncamento, a estrada
existente constituirá o denominado acesso Norte-Caeté como se descreve no capítulo 3.2.1
deste EIA que trata dos acessos ao Projeto Apolo a serem utilizados para o transporte de
mão de obra, materiais e equipamentos na etapa de implantação do mesmo.
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Localidades/Referências
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Vias e Acessos
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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Localização do Projeto Apolo nos Municípios de Caeté e Santa Bárbara - Minas Gerais
1:300.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 5 10 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_Localizacao_Municipios_A3_v02
1.4 ANTECEDENTES HISTÓRICOS
A região onde está inserida a jazida mineral do Projeto Apolo possui características
geológicas que condicionaram a história da sua ocupação. A região do Gandarela ou
Sinclinal Gandarela apresenta uma vasta ocorrência de rochas dolomíticas, mármores e
minério de ferro que constituem uma província geológica bem conhecidas no Quadrilátero
Ferrífero.
Porém, o minério de ferro da região de inserção do Projeto Apolo não foi ainda foco de
aproveitamento em grande escala. Novas áreas têm sido requeridas e pesquisadas, assim
como antigos decretos estão sendo reavaliados e dimensionados para as novas condições
de aproveitamento. A Vale tem sido a precursora neste processo de exploração mineral,
com a aquisição de direitos minerários e reativação de minas paralisadas.
No âmbito desses processos, ao longo do ano de 2010, 7 (sete) audiências públicas foram
realizadas nos municípios da área de influência do empreendimento, a saber: Caeté, Santa
A partir das análises dos estudos ambientais apresentados e das Audiências Públicas
realizadas, foram solicitadas Informações Complementares pela SUPRAM, as quais foram
encaminhadas ao Órgão no período compreendido entre os meses de maio e agosto de
2010.
Registra-se que, em consonância com o que determina a Res. SEMAD 2479/2017, foi
definido por este órgão que cabe à Superintendência de Projetos Prioritários – SUPPRI, o
licenciamento ambiental do Projeto Apolo.
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Durante essas discussões técnicas, foram também elencadas algumas premissas definidas
por especialistas de meio ambiente consideradas imprescindíveis para a seleção de locais
para a implantação das estruturas de mineração citadas. Tais premissas foram definidas
frente à evidente constatação da relevância ambiental da área evidenciada pelo grau de
conservação e pela exuberância da paisagem na região de inserção do Projeto Apolo.
Nessa perspectiva, cabe destacar que uma importante premissa definida visava a
preservação do interior do Sinclinal Gandarela. Esta porção, contornada pelas cristas e
escarpas que modelam a “ferradura” que desenha o Sinclinal, mostra-se exuberante em
termos da ocorrência de densas e contínuas áreas de Floresta Atlântica, um bioma
fortemente ameaçado em Minas Gerais e no Brasil. Ao mesmo tempo, essa porção também
alojava bacias paleontológicas exclusivas em termos regionais, cursos de água classificados
como de classe especial, condições de declividades muito elevadas. Esse contexto
ambiental resultou em priorizar-se a locação das estruturas da mineração nas porções
externas ao sinclinal, de modo que esse arranjo ambiental evidenciado não fosse exposto às
pressões inerentes ao desenvolvimento de um grande empreendimento de mineração.
Outro aspecto relevante na ocasião da definição do arranjo do Projeto Apolo em 2009 foi a
premissa de agregar ao máximo as estruturas que compõem o arranjo de engenharia no
entorno imediato das cavas. Essa situação foi adotada como premissa com o propósito de
fragmentar o mínimo possível a paisagem, reduzir a necessidade de intervenções para
implantação de acessos em condições de declividades muito elevadas, de interferência
mínima em drenagens e em ambientes naturais e, por conseguinte, confinamento dos
impactos e sua gestão na menor área diretamente afetada possível.
Esse contexto é importante de ser considerado nesta introdução pois demonstra que o
contexto locacional do Projeto Apolo sempre foi objeto de grandes reflexões e exercícios
Tal empenho, conforme consta no EIA apresentado em 2009, resultou no arranjo então
submetido à devida avaliação técnica e foi apresentado nas audiências públicas.
A partir desse empenho, bem como após a criação do Parque Nacional da Serra do
Gandarela em 2014, ocorrido após a criação de um grupo de trabalho pelo governo do
estado para discutir os conflitos envolvidos no território, a Vale empenhou esforços
adicionais para desenvolver o projeto Apolo de modo a incorporar o novo cenário de
regulação do uso do território e alguns posicionamentos da sociedade em relação a
aspectos considerados indesejáveis para o desenvolvimento do empreendimento na região.
Nesta perspectiva, além dos critérios incorporados ao arranjo original do Projeto Apolo em
2009 como a manutenção da integridade do interior do Sinclinal Gandarela, agora também
imposta pela criação do Parque Nacional, do depósito paleontológico também no interior do
mesmo, da densa Floresta Atlântica, do enquadramento de cursos de água como de classe
especial, informações como a relevância de cavidades, a ocorrência e processo de
tombamento da Paleotoca, posição de cachoeiras, estágio sucessional da vegetação,
existência de mananciais de abastecimento público foram também incorporadas à análise
Como relatado, o arranjo locacional do Projeto Apolo se ateve a aspectos de natureza mais
geral que evidenciam a importância ambiental da região e, secundariamente, a critérios de
natureza pontual identificados a partir dos diagnósticos realizados.
De todo modo, com o objetivo de demonstrar outros aspectos relevantes para subsidiar o
entendimento do arranjo locacional do Projeto Apolo, comparou-se o arranjo de 2009 com o
arranjo atual, de 2020, de modo a demonstrar, em termos quantitativos, alguns importantes
atributos ambientais norteadores da tomada de decisão. A Figura 2-1 e Figura 2-2
apresentadas a seguir indicam o contexto de restrições ambientais nos arranjos de 2009 e
2020.
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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Unidade Conservação e Zona de Amortecimento (SEMAD, 2020), Cavidades
(CECAV,2021 & AMPLO,2021); Enquadramento Cursos D´água ( IGAM, Projeto Manuelzão- 2015); Matas Título:
Nativas, Quedas d´água,( AMPLO, 2021); Plano Diretor/Projeto (VALE, 2009). Interferências e Restrições Ambientais - Arranjo 2009
1:75.000
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_CE_RestricoesAmbientais_2009_A3_v02
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Limite Municipal
Unidades de Conservação
Proteção Integral (Parque Nacional
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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Unidade Conservação e Zona de Amortecimento (SEMAD, 2020), Cavidades (CECAV,2021 & AMPLO,2021);
Enquadramento Cursos D´água ( IGAM, Projeto Manuelzão- 2015); Matas Nativas, Quedas d´água,( AMPLO, 2021); ADA - Plano Diretor/ADA (VALE, Título:
2021). Interferências e Restrições Ambientais - Arranjo 2020
1:75.000
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_CE_RestricoesAmbientais_2020_A3_v02
Cabe ainda destacar que o arranjo ora apresentado para licenciamento ambiental do projeto
resulta de uma análise que supera os aspectos de natureza pontual ou específicos,
conforme demonstrado para cada temática analisada na sequência e de melhorias objetivas
postas por renúncia ao uso de barragens de água e rejeitos e o processamento de minério a
umidade natural, atendendo pressupostos importantes evidenciados no decorrer da análise
de viabilidade do Projeto Apolo. De qualquer forma, de modo a caracterizar as interferências
pontuais solicitadas no Termo de Referência da SEMAD em relação a ambos os arranjos,
apresenta-se na Tabela e nas Figuras a seguir os parâmetros solicitados que balizam
usualmente as análises de alternativas locacionais.
Tabela 2-1: Comparação entre parâmetros ambientais – Arranjos do Projeto Apolo 2009 e 2020
Estimativa de área total de O arranjo do projeto está sobre O arranjo do projeto está sobre
vegetação nativa a ser suprimida posto, em sua maior parte, com posto, em sua maior parte, com
(ha), destacando estágios áreas de vulnerabilidade da áreas de vulnerabilidade da
sucessionais e as áreas legalmente vegetação nativa classificada vegetação nativa classificada como
protegidas como muito alta a alta. muito alta e baixa.
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Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015) e Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Municípios do Projeto - 2009 X 2020
Projeção: Transverse Mercator
1:75.000
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_LimiteMunicipal_A3_v00a
625000 650000 625000 650000
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! Rodovias Demais vias e acessos do sistema viário Projeto Apolo Limite Municipal
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Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Rodovias do IBGE e Sistema Viário RMBH (IEDE-SISEMA, 2021) e Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Sistema Viário - Projeto 2009 X 2020
1:180.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_SistemaViario_A3_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020
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Grau de Vulnerabilidade da Vegetação Nativa: Muito Alta Alta Médio Baixa Muito Baixo Projeto Apolo Limite Municipal
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Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Vulnerabilidade da Vegetação Nativa (ZEE-MG; IEDE-SISEMA; 2021) e Plano Diretor/Projeto
(VALE,2009 e 2020). Título:
Grau de Vulnerabilidade da Vegetação Nativa - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_VegetacaoNativa_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020
Sabará
Sabará
Barão de Barão de
Cocais Cocais
Raposos Caeté
Raposos Caeté
Santa Bárbara
Santa Bárbara
Rio Acima
Rio Acima
Uso do Solo e Cobertura Vegetal Reflorestamento de Eucalipto / Floresta Semidecidual Campo Antrópico / Pastagem Reflorestamento de Eucalipto
Floresta Semidecidual - Primária Campo Rupestre sobre Canga Campo Limpo / Campo Sujo Sítios e Chacreamentos Cultivo
Floresta Semidecidual - Estágio médio / avançado Vegetação arbustiva sobre canga Campo de Várzea / Brejo Estrada e acessos Estrada de ferro
Floresta Semidecidual - Estágio inicial Campo Rupestre sobre Formação Quartzítica Campo Cerrado / Cerrado Solo exposto Corpo d' água
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Uso do Solo (AMPLO, 2021) ePlano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Uso do Solo e Cobertura Vegetal - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_UsoSolo_A3_v00
625000 650000 625000 650000
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. Sede de Município
! ( Vilas e Povoados
! Projeto Apolo Limite Municipal
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Núcleos Populacionais: Localidades, Vilas, Povoados e Aglomerado Rural (IEDE-SISEMA, 2021) e
Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Núcleos Populacionais - Projeto 2009 X 2020
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
1:210.000
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3,5 7 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_NucleosPopulacionais_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020
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Espeleologia Potencialidade de Ocorrência de Cavernas Projeto Apolo Limite Municipal
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®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Cavidades (CECAV,2021); potencialidade de Ocorrência de Cavernas (Jjansen et.al In: Revista
Brasileria de Espeleologia, 2012) e ADA - Plano Diretor (VALE,2009 e 2020). Título:
Cavidades Naturais e Potencial de Ocorrência de Cavidades - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_Cavidades_v00
635000 640000 635000 640000
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Enquadramento do Curso d'água: Potencialidade de Muito Alta Projeto Apolo Limite Municipal
Classe Especial Contaminação de Alta
Média
Classe 1 Aquífero: Baixa
Muito Baixa
Classe 2
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015);Enquadramento Cursos D´água (IGAM, Projeto Manuelzão- 2015); Potencialidade de Contaminação de
Aquífero (IEDE-SISEMA, 2021) Plano Diretor/Projeto (VALE,2009 e 2020).
Título:
Enquadramento dos Curso d'água e Potencial de Contaminação de Aqíferos - Projeto 2009 X 2020
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
1:75.000
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_Aquiferos_A3_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020
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Rio Acima
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Projeto Apolo Reserva Legal Área de Proteção Permanente - APP Limite Municipal
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Reserva Legal e Área de Proteção Permanente - APP (SINCAR, 2021) e Projeto (VALE, 2021).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
Reserva Lega e Área de Proteção Permanente - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_APPeRL_v00
Projeto Apolo 2009 Projeto Apolo 2020
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Raposos Caeté
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Rio Acima
Rio Acima
Depósito Paleontológico Gandarela Patamar e Depressão interna Sinclinal Gandarela Projeto Apolo Limite Municipal
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Geomorfologia (AMPLO, 2009) e Plano Diretor/Projeto(VALE,2009 e 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Sítio Paleontológico - Projeto 2009 X 2020
1:75.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ada_2009X2020_Paleotologico_v00
2.2 ESTUDO DE ALTERNATIVAS - EIA DE 2009 E
DESDOBRAMENTOS
O estudo de alternativas apresentado no EIA do Projeto Apolo concluído em 2009 são de
três naturezas:
▪ Alternativas Locacionais;
▪ Alternativas Tecnológicas;
▪ Alternativas Logísticas.
Destaca-se que os corpos d’água onde seriam implantadas as barragens citadas - ribeirão
da Prata e córrego Maquiné, são enquadrados na Classe I, segundo a Deliberação
Normativa COPAM nº 20, de 24 de junho de 1997, que dispõe sobre o enquadramento das
águas da bacia hidrográfica do rio das Velhas. Assim, os aspectos ambientais e os
potenciais impactos na qualidade da água desses cursos hídricos são questões
determinantes no detalhamento Projeto Apolo desde a sua concepção inicial.
Os estudos locacionais também foram norteados pela avaliação dos seguintes aspectos:
A Pilha de Estéril A do arranjo atual analisado neste EIA está projetada com altura máxima
de 238,8 metros, atingindo a El 1.520 m ao final da sua capacidade. O projeto da Pilha B
analisado neste EIA prevê uma altura máxima aproximada de 294 metros, com crista
localizada na El 1.415 m.
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Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Uso do Solo e Cobertura Vegetal - Evolução dos Arranjos da PDE-A
1:140.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2 4 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_UsoSolo_Arranjos_PDEa_A3_v05
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PDE-B - 2009 PDE-B - 2020
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®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2020).
Título:
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S Uso do Solo e Cobertura Vegetal - Evolução dos Arranjos da PDE - B
1:140.000 Projeção: Transverse Mercator
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 2 4 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_UsoSolo_Arranjos_PDEb_A3_v03
2.2.1.3 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS DA USINA DE BENEFICIAMENTO
A implantação desse tipo de estrutura demanda áreas extensas que devem ser
preferencialmente próximas às frentes de lavra e em elevação inferior, respeitando os
aspectos legais vigentes.
Do ponto de vista técnico e econômico não era a melhor opção por também apresentar
maior distância da cava e, porque sua posição mais elevada topograficamente em relação à
cava, não favorece o processo de alimentação da usina, implicando no transporte do ROM
em aclive e consequentemente maior custo operacional.
No arranjo do Projeto Apolo analisado na versão do EIA de 2009, o conjunto formado pela
usina de beneficiamento e pera ferroviária ocupava uma área de aproximadamente 155 ha.
Com a última revisão do arranjo, a usina de beneficiamento e a pera ferroviária/pátio de
produtos ocupam área de 22,5 ha. Desta forma, o arranjo final apresenta uma redução de
132,5 ha desde o EIA protocolado em 2009 (Figura 2-6).
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630000 635000 640000 635000 640000 645000 Bá
Estruturas Apolo Áreas de Vegetação Natural Campo rupestre sobre Áreas Antrópicas Pasto com árvores Proteção Integral Base Cartográfica (Fonte):
®
Projeto Apolo Floresta semidecidual - canga Reflorestamento de isoladas Uso Sustentavel
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018);
Unidade Conservação (SEMA, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE,2009,2017 e 2021).
1:75.000
Estágio médio / avançado Vegetação arbustiva Eucalipto Solo exposto / processos km
Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
sobre canga erosivos Limite Municipal Projeção: Transverse Mercator
0 0,5 1
Acesso
Projeto:
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Evolução do Uso do Solo nos Arranjos 2009-2020 nas áreas da Usina de beneficiamento, Pátio de Produtos e Pera Ferroviária.
Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_Uso_Patio_Pera_Usina_2009X2020_A3_v02
2.2.1.4 REDUÇÃO NAS ÁREAS TOTAL E DE INTERFERÊNCIA EM ÁREA
NATURAL
Comparando-se as ADAs de 2009 e a atual (2020), houve uma redução de 25% na área a
ser ocupada pelo empreendimento. Em relação à interferência em áreas naturais houve uma
redução de supressão em áreas naturais de 37%.
Destaca-se que no arranjo de 2009 esse quantitativo não considerava a área do ramal
ferroviário, que era licenciado em processo distinto, e a área de segurança, que passou a
ser incorporada no arranjo 2020.
Tabela 2-2: Redução (2009 x 2020) de áreas e naturais afetadas pelo projeto
Área Arranjo 2009 Redução percentual
Área Área Arranjo 2020 (ha)
(ha) aproximada
Área diretamente afetada 1.841,45 1.367,93 25,71
De todo modo, observa-se que o contexto geral do projeto aponta para um amadurecimento
no seu arranjo tecnológico com pleno alinhamento com as demandas apresentadas nas
discussões diversas que sempre pautaram o projeto, bem como como a plena observação
dos elementos impeditivos conforme os requisitos legais aplicáveis para a definição do seu
arranjo locacional com destaque para enquadramentos fluviais, a paleotoca, a matas de
máxima expressão local, o Parque Nacional, as cavidade de relevância máxima e suas
áreas de proteção.
Como se observa, muitas foram as questões que balizaram a proposição de um projeto que
alterou seus processos tecnológicos de produção de minério e o seu arranjo locacional
resguardando aspecto de rigidez locacional mas incorporando os preceitos de máxima
observância ao contexto ambiental local.
Esse amadurecimento num contexto temporal do projeto resultou num arranjo em que
questões de natureza mais pontual são menos relevantes visto a existência de aspectos
demandados por diferentes atores que diretamente ou indiretamente contribuíram para
evolução do projeto.
De todo modo, importante considerar que grandes extensões de terra em mãos de grandes
empresas do ramo da mineração podem ser vendidas ou submetidas a novas formas
produtivas caso a atividade ora proposta não venha a se materializar. Trata-se de uma
reserva de terrenos objetivamente adquirida com foco específico no desenvolvimento do
projeto.
As pilhas de estéril A e B do projeto Apolo (2009) contariam com dois diques de contenção
de sedimentos cada uma. Seriam os diques 1A e 2A para a PDE A, e os diques 1B e 2B
para a PDE B. Esses diques teriam a capacidade de armazenar 780 mil m3 de sedimentos.
(Fonte: EIA/2009)
A legislação brasileira passou por significativa evolução desde a criação da Política Nacional
de Segurança de Barragens (Lei n. 12.334/10) e outros diplomas legais federais e estaduais
que foram publicados após o rompimento da barragem de rejeitos da mina Córrego do
Feijão em Brumadinho. Em razão disso, o projeto do sistema de controle de sedimentos, do
qual fazem parte os diques, passou por modificações visando a sua adequação à legislação
atual e visando atingir uma eficiência de tratamento dos efluentes para que estes
apresentem características compatíveis com o que estabelece a legislação para o seu
lançamento nos corpos hídricos da região. O atual sistema de contenção de sedimentos
compreende os sistemas diques/sumps, conforme detalhado a seguir.
Para o presente arranjo, as vazões decorrentes das precipitações diretas na cava e entorno
que não são passíveis de serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para sumps
localizados no fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os canais de
drenagem mais próximos que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques de
contenção de sedimentos 1A, 2A, 2B e 3 e seus respectivos sumps associados (Tabela 2-4).
Como parte das melhorias pelas quais vem passando o Projeto Apolo, a Vale contratou uma
revisão do sistema de contenção de sedimentos a fim de melhorar a sua eficiência, o que se
resumiu no relatório técnico RL-9024MA-X-01977 elaborado pela empresa DF+ Engenharia
Geotécnica e Recursos Hídricos, que expressa conceitos dos dispositivos que integrarão as
estruturas de contenção de sedimentos, objetivando o controle de turbidez nos cursos
d’água existentes na área de inserção do Projeto Apolo.
▪ Floculação e Coagulação
Em virtude da limitação dos volumes dos reservatórios, por causa da restrição na altura dos
barramentos e pela própria topografia encaixada dos fundos de vale da região do Projeto
Apolo, os tempos de residência possíveis de serem alcançados não são suficientemente
longos para que ocorra a decantação dos sedimentos mais grosseiros naturalmente. Para
adequada sedimentação dos materiais coesivos, torna-se necessário o uso de coagulantes
e polímeros para floculação das partículas finas em suspensão, possibilitando alcançar o
nível de clarificação da água desejado.
Assim, além das estruturas de contenção projetadas (sumps e diques) para os sólidos em
suspensão das águas bombeadas da cava, propôs-se acelerar a sedimentação via
coagulação e floculação para fins de atendimento da classe 1 (40 UNT).
Na fase de projeto detalhado dos sistemas de tratamento de águas do Projeto Apolo, deve-
se observar alguns aspectos hidrológicos relevantes, como a magnitude das vazões
afluentes e o seu regime sazonal, tendo em vista que nos períodos de chuvas haverá um
volume bem maior de efluentes a serem tratados.
Estas estruturas serão aplicadas nos sumps, considerando um arranjo de instalação dentro
dos reservatórios à montante da área destinada a sedimentação. Estas chicanas serão
instaladas após o ponto (seção hidráulica) ou trecho (de tubulação ou canal aberto) de
aplicação dos produtos químicos na entrada do reservatório.
Foto 2-1: Floculador hidráulico do tipo chicana horizontal em sistema de tratamento de água.
As fotos apresentadas a seguir (Foto 2-2) são exemplos de aplicação em casos de obras
próximas a corpos d’água. Neste exemplo ilustrado nas fotos, num lago da província
canadense Colúmbia Britânica, a turbidez média nas águas retidas pelas cortinas varia de
100 UNT a 700 UNT. A jusante da segunda barreira de turbidez, nas águas azuladas, a
média dos valores de turbidez é de 4 UNT – o comprimento das barreiras é de cerca de 170
metros (BANTING e WONNACOTT, S.D.).
A limpeza de fundo dos diques que tiverem essas cortinas instaladas também deve ter a sua
frequência e inspeções adequadas, porque o acúmulo de lodo no fundo próximo a
ancoragem da cortina pode dragar o dispositivo flutuador (vide Figura 2-7), fazendo que a
barreira perca seu desempenho. As barreiras aplicadas em série, como será proposto,
também servem para que quando uma barreira sofrer algum dano, a subsequente garante a
redundância necessária.
O projeto prevê a implantação desta alternativa nos diques de jusante, como solução
redundante àquelas propostas nos sumps de montante. Instalação em sequências (série),
com variadas gramaturas, iniciando com gramaturas menores e seguindo para gramaturas
maiores, podem ser uma configuração que reduza a colmatação das cortinas. Projetos
modulares poderão facilitar a manutenção.
Será avaliado de forma mais específica o tipo de material (geotêxtil) das cortinas, gramatura,
dimensão da malha, e forma de fixação da mesma (estacas verticais, lastros, flutuadores).
▪ WETLANDS
Essa solução foi estudada para o Projeto Apolo, mas tendo em vista as vazões de pico bem
como a eficiência de tratamento necessária, demandou-se uma área para implantação do
sistema de wetlands que não se encontrou na região do Projeto Apolo. A topografia
Em virtude destas limitações, uma alternativa poderia ser estudar cenários de alagamentos
de áreas a montante e a jusante dos diques e sumps, onde for possível dentro da ADA. Tais
proposições ainda permitiriam que estas wetlands operassem em redundância, podendo-se
estimar a eficiência adicional pela área possível de alagamento.
A Figura 2-8 sintetiza a proposta geral para revisão do sistema de contenção de sedimentos
do Projeto Apolo, contemplando diques e sumps contendo chincanas e cortinas de turbidez,
bem estrutura para aplicação de coagulantes e floculantes para melhor eficiência do
tratamento. Medidas preventivas para minimizar a produção de sedimentos nas diferentes
áreas diretamente afetadas pelo Projeto Apolo, por bacia hidrográfica, são apresentadas no
capítulo 5 deste EIA - Caracterização do Empreendimento.
Figura 2-8: Arranjo das soluções analisadas para redução da turbidez no Projeto Apolo.
De acordo com o Relatório Técnico Final da SNC Lavalin (RL–0000MA-G-00004, rev 1), o
desenvolvimento da engenharia conceitual foi precedido de uma etapa inicial, que consistiu
no desenvolvimento de trade-off referente ao manuseio do ROM. Foram estudadas as
alternativas de transporte de ROM da cava até a usina através de um sistema de TCLDs ou
através de caminhões fora de estrada, sendo:
Após a elaboração dos estudos e levantamento dos quantitativos, foi possível determinar
que a alternativa de menor valor de implantação seria a alternativa 2, ou seja, transporte de
ROM da cava da mina até à usina, através de Caminhões fora de Estrada.
Entretanto, o relatório recomendou que fosse avaliado pela VALE o investimento inicial em
conjunto com os reinvestimentos e custos operacionais (OPEX) ao longo da vida útil do
projeto. Assim sendo, após análise do fluxo de caixa realizada pela Vale, foi escolhida a
alternativa 1 como a melhor opção, prevalecendo o transporte de ROM da cava da mina até
à usina, através de TCLDs.
Durante a evolução do projeto do TCLD também houve melhorias no próprio projeto desta
estrutura, entre as quais destaca-se a adoção de um túnel Armco para a passagem do
TCLD entre as estacas 37+2,00 e 47+16,00, portanto, tendo uma extensão de 214 m e
plataforma de 6,30m. Este túnel evitará a execução de cortes de grande vulto.
Apenas a pera ferroviária integrava o empreendimento cujo EIA foi submetido à SUPRAM
em 2009. O Ramal Ferroviário de Apolo analisado no EIA protocolado em 2009 no IBAMA,
apresentava 14,9 km de extensão dentre os quais 4,02 km em túneis e 0,73 km em
A Constituição Federal de 1988, inovou ao trazer capítulo específico (capítulo VI) para a
temática ambiental, tratando do princípio norteador até diretrizes para o seu cumprimento.
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.”
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
Dentre as principais leis ambientais brasileiras, destaca-se a Lei Federal 6.938, de 1981,
que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA.
Nos termos da Lei, a PNMA “tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana” (art. 2º), atendidos alguns princípios, dentre os quais
destacamos:
Nota-se que a PNMA não tem a intenção de tornar o Ambiente “intocável”. Ao contrário, a
política vista apontar as referências para atuação do estado no fomento e garantia de um
desenvolvimento sustentável. Para tanto, o equilíbrio entre uso e conservação dos recursos
ambientais, a definição e atendimento a parâmetros de qualidade ambiental e a
responsabilização dos “usuários” destes recursos, devem ser (e vem sendo) efetivados por
meio de normas e planos orientadores para a atuação dos órgãos públicos e da comunidade
brasileira.
Destaca-se aqui o art. 23 da CF que dispõe da competência comum entre União Estados e
Municípios, para proteção ambiental, instituindo o denominado federalismo cooperativo. Ou
seja, as atividades administrativas para proteção ambiental constituem-se um poder-dever
de todos os entes da federação:
“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
Para o atendimento ao parágrafo único do artigo 23 da CF, fora editada a Lei Complementar
140/2011, exatamente fixando as normas para a cooperação entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da
competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do
meio ambiente, ao combate à poluição e à preservação das florestas, da fauna e da flora.
Esta Lei Complementar tem, então, papel central na definição da competência administrativa
para atuação na fiscalização e controle das atividades que possam causar potencial ou
efetiva intervenção no meio ambiente.
Citada anteriormente, a Lei Complementar 140, de 2011, fixou normas para a interação
harmônica entre a União, Estados, Municípios e Distrito Federal no que tange as ações
administrativas relativas à proteção ambiental e combate à poluição.
Registra-se que, uma vez sendo comum a competência para cuidado da matéria, é
fundamental à coordenação das atividades estatais no sentido de não haver uma
Um dos principais pontos trazidos pela Lei Complementar 140, de 2011 é a competência
administrativa dos entes da federação na matéria ambiental. Cabe aqui o registro de que a
Política Nacional de Meio Ambiente é executada por diversos órgãos nas três esferas da
federação. Neste sentido, o projeto apresentado neste estudo é susceptível de aplicação de
normas Federais, Estaduais e Municipais.
Deve ser avaliado para cada tema ambiental sensível ao projeto, qual será a competência
administrativa para licenciamento, fiscalização e controle visando uma melhor apuração das
normas técnicas de referência a serem aplicadas ao empreendimento. Isto será feito na
sequência deste capítulo, quando abordados os principais temas ambientais. Entretanto,
importante seja salientado que a existência de Lei Estadual, sobre determinado tema, por
exemplo, não afasta automaticamente a aplicação de Lei Federal ou Municipal sobre o
mesmo assunto e vice e versa. Mais uma vez, o tema deve ser verificado, assim como os
próprios dispositivos legais a serem aplicados.
Os Estados e o Distrito Federal podem editar normas gerais em matéria ambiental se a lei
federal for omissa, o que também pode ocorrer com os Municípios se inexistir norma geral
federal ou estadual sobre o mesmo tema (CF, arts. 24, I, VI e VII, e 30, I e II). O resultado
disso é que o Estado e o Distrito Federal não podem contrariar as normas gerais editadas
pela União, da mesma forma que os Municípios devem harmonizar-se às normas gerais
editadas pela União e pelos Estados, no caso de omissão federal.
É importante dizer que as normas gerais editadas pela União podem ser complementadas
pelos Estados e pelo Distrito Federal visando a maior adequação e detalhamento quanto a
realidade regional. Aos Municípios resta a competência para legislar sobre assuntos de
Em caso de conflito entre normas municipais, estaduais e federais sobre o mesmo assunto
ligado à proteção ambiental, não existe um ‘princípio’ universal da prevalência da norma
mais restritiva. Cada caso deve ser resolvido com base no sistema constitucional de
competência. Entretanto, na prática, ainda restando dúvidas, não se dispensa, via de regra,
a análise de maior restrição normativa com um dos critérios para resolução do conflito. Nas
palavras do Professor Paulo José Leite Farias:
A Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal 6.938, de 1981, em seu artigo 14, §1º,
institui no ordenamento jurídico brasileiro que a responsabilidade civil por dano ambiental é
objetiva, ou seja, independe de culpa ou dolo:
“Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e
municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção
dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental
sujeitará os transgressores:
A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-1).
De acordo com a CF, art. 176, todos os recursos minerais pertencem à União, que possui
competência de organizar e administrar tais recursos, através da Agência Nacional de
Mineração - ANM, do Ministério de Minas e Energia – MME e pela Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais CPRM. O direito de aproveitamento será prioridade do requerente que
tenha por objeto área considerada livre na data da protocolização do pedido na ANM.
A NRM 19 prevê que a construção de depósitos de estéril, rejeitos e produtos deve ser
precedida de estudos geotécnicos, hidrológicos e hidrogeológicos devendo contar com
dispositivos de drenagem interna de forma que não permitam a saturação do maciço,
mantidos sob supervisão de profissional habilitado. Em caso de colapso dessas estruturas,
os fatores de segurança devem ser suficientes para que se possa intervir e corrigir o
problema, lembrando que a disposição de tais resíduos deve ser contemplada no plano de
lavra.
O empreendimento precisa adotar medidas para se evitar o arraste de sólidos para o interior
de rios, lagos ou outros cursos de água, bem como manter o monitoramento da percolação
de água, da movimentação, da estabilidade e do comprometimento do lençol freático. Caso
ocorra disposição de estéril ou rejeitos sobre drenagens, cursos d´água e nascentes, deverá
realizar estudo técnico que avalie o impacto sobre os recursos hídricos, tanto em quantidade
quanto na qualidade da água.
Nos termos da Portaria DNPM 237, de 2001, as Normas Reguladoras de Mineração – NRM
têm por objetivo disciplinar o aproveitamento racional das jazidas, considerando-se as
condições técnicas e tecnológicas de operação, de segurança e de proteção ao meio
ambiente, e seu cumprimento é obrigatório para o exercício de atividades minerárias,
cabendo a ANM fiscalização de suas aplicações.
Tais estruturas, com características próprias e comuns na interação com o meio ambiente,
devem ser consideradas, avaliadas e autorizadas no processo de licenciamento ambiental
da atividade minerária, visando que sua atividade esteja lastreada pela parâmetros técnicos
legais.
Desta forma, a legislação ambiental abordada neste capítulo para atividade minerária como
um todo, aplica-se, de forma geral, às estruturas componentes do empreendimento que, não
obstante, podem ter normas específicas para sua regulação.
TEMA: MINERAÇÃO
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
DECRETO-LEI Nº 227, DE Institui O Código de Mineração. Condiciona O Exercício da Atividade Minerária À Anuência da União e Ao Estabelecimento de
Federal
28-02-1967 Medidas Para Evitar A Poluição do Ar e da Água .
DECRETO Nº 9.406, DE 12- Regulamenta o Decreto-Lei nº 227, de 28-02-1967, a Lei nº 6.567, de 24-09-1978, a Lei nº 7.805, de 18-07-1989, e a Lei nº
Federal
06-2018 13.575, de 26-12-2017.
PORTARIA MME Nº 70.507,
Instruções técnicas para apresentação de Novo Plano de Aproveitamento Econômico PAE. Federal
DE 23-06-2017
DECRETO Nº 9.587, DE 27- Instala a Agência Nacional de Mineração e aprova a sua Estrutura Regimental e o seu Quadro Demonstrativo dos Cargos em
Federal
11-2018 Comissão.
PORTARIA DNPM Nº 155, Aprova a Consolidação Normativa do Departamento Nacional de Produção Mineral- DNPM e revoga os atos normativos
Federal
DE 12-05-2016 consolidados.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº
Define Normas Para O Licenciamento Ambiental de Extração Mineral das Classes I, Iii, Iv, V, Vi, Vii, Viii e Ix. Federal
09, DE 06-12-1990
RESOLUÇÃO ANA Nº
Estabelece obrigações e regras para as outorgas preventivas e de direito de uso de recursos hídricos. Federal
1.941, DE 30-10-2017
Estabelece o Regulamento da Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra,
DECRETO Nº 45.936, DE Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários - TFRM - e dispõe sobre o Cadastro Estadual de Controle,
Estadual
23-03-2012 Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários -
CERM.
DELIBERAÇÃO Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, bem como os critérios locacionais a serem
NORMATIVA COPAM 217, utilizados para definição das modalidades de licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades utilizadores de Estadual
DE 2017 recursos ambientais no Estado de Minas Gerais e dá outras providências.
DELIBERAÇÃO
Estabelece procedimentos e normas gerais para a outorga de direito de uso de recursos hídricos relativa a atividades
NORMATIVA CERH Nº 37, Estadual
minerárias, diretrizes para elaboração do Plano de Utilização da Água - PUA
DE 04 -07-2011
DELIBERAÇÃO Estabelece diretrizes e procedimentos para a paralisação temporária da atividade minerária e o fechamento de mina,
NORMATIVA COPAM Nº estabelece critérios para elaboração e apresentação do Relatório de Paralisação da Atividade Minerária, do Plano de Estadual
220, DE 21-03-2018 Recuperação de Áreas Degradadas PRAD e do Plano Ambiental de Fechamento de Mina PAFEM e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONJUNTA
SEMAD - IEF Nº 1.905, DE Dispõe Sobre Os Processos de Autorização Para Intervenção Ambiental No Âmbito do Estado de Minas Gerais. Estadual
12-08-2013
A Lei Federal 6.938, de 1981 dispõe em seu artigo 9º, diversos instrumentos da Política
Nacional de Meio Ambiente. Dentre tais instrumentos, certamente, o Licenciamento
Ambiental, previsto no inciso IV, foi o que ganhou maior efetividade, pelo poder público, e
aderência pelos empreendimentos.
Quanto ao tema, destaca-se a Resolução CONAMA 273, de 1997 que dispôs, de forma
geral, sobre o licenciamento ambiental. Tal resolução traz diversas regras ao processo de
licenciamento ambiental, em grande parte absorvidas pelas legislações estaduais e
municipais, das quais destacar-se-á a obrigatoriedade de (i) estudos prévios para atividade
efetiva ou potencialmente poluidoras, (ii) definição da competência para o licenciamento
ambiental (depois contemplada na citada Lei Complementar 140/2011 e no Decreto Federal
8.437, de 2015 – este último não aplicável ao presente projeto), (iii) as etapas do processo e
licenças a serem expedidas durante sua tramitação, (iv) as ações atribuídas ao órgão
licenciador, (v) a realização de audiência pública e demais itens que compõe a sistemática
basilar, procedimental e regulatória, deste importante instrumento da Política Nacional de
Meio Ambiente.
Em Minas Gerais, a legislação ambiental que trata do licenciamento ambiental passou por
recentes e importantes alterações, constituindo uma busca na evolução e eficácia da
sistemática do processo e adequação à realidade fática, que também evolui
constantemente.
A Lei Estadual 21.972, de 2016 dispõe sobre o Sistema Estadual do Meio Ambiente, que é o
conjunto de órgãos e entidades responsáveis pelas políticas de meio ambiente e de
recursos hídricos, com a finalidade de conservar, preservar e recuperar os recursos
ambientais e promover o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade ambiental
do Estado.
Já a Deliberação Normativa COPAM 213, de 2017, regulamenta o disposto no art. 9º, inciso
XIV, alínea “a” e no art. 18, § 2º da Lei Complementar Federal 140/20111, para estabelecer
as tipologias de empreendimentos e atividades cujo licenciamento ambiental será atribuição
dos Municípios.
1
“LC 140
Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: (...)
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
(...)
Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento e autorização ambiental iniciados a
partir de sua vigência. (...)
§ 2o Na hipótese de que trata a alínea “a” do inciso XIV do art. 9o, a aplicação desta Lei Complementar dar-se-á a partir
da edição da decisão do respectivo Conselho Estadual.”
No caso do projeto tratado neste estudo vislumbra-se, por suas características e assim,
subsunção às normas de referência, que o processo de licenciamento fluirá junto ao
Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais, em atendimento ao disposto no
art. 8º, XIV da Lei Complementar 140/2011. Entretanto, não será excluída a atuação de
órgãos federais e municipais quando pertinentes à determinado tema ou previsão legal,
conforme abordar-se-á em momento oportuno.
Tendo em vista o grande porte e potencial poluidor do projeto, a decisão sobre o processo
de licenciamento deverá ser realizada pelo COPAM, por meio de suas câmaras técnicas. Na
sequência do quadro de competências, que se apresenta a seguir (Tabela 3-4), abordar-se-
á os principais nuances do processo de licenciamento ambiental, aplicável ao projeto.
Em seu artigo 1º, este decreto estadual dispõe sobre a competência do COPAM, Conselho
Estadual de Recursos Hídricos – CERH-MG –, à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM –,
ao Instituto Estadual de Florestas – IEF – e ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas –
IGAM – a aplicação das principais normas estaduais que tratam da gestão ambiental no
estado. Tais normas e a competência dos órgãos citados, serão abordados nos temas
ambientais específicos.
Vale destacar que as peculiaridades relativas ao projeto objeto do presente estudo deverá
ser considerada na condução do mesmo pelos órgãos da administração.
Lei 13.199/1999: Dispõe Sobre a Política Estadual De Recursos Hídricos E Dá Outras Providências.
Lei Estadual 21.972/2016: Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sisema – e dá outras providências.
Lei Estadual 23.304/2019: Estabelece a estrutura orgânica do Poder Executivo do Estado e dá outras providências.
Decreto Estadual 41.578/ 2001: Regulamenta A Lei 13.199/99, Que Dispõe Sobre A Política Estadual de Recursos Hídricos.
Decreto Estadual 47.787/2019: Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Resolução Conjunta Semad-IEF 1.905/2013: Dispõe sobre os processos de autorização para intervenção ambiental no âmbito do Estado de Minas Gerais e dá outras
providências
Decreto Estadual 47.866/2020: Estabelece o Regulamento do Instituto Mineiro de Gestão das Águas e dá outras providências
A Lei Estadual 21.972, de 2016, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos -SISEMA, trouxe as modalidades de licenciamento ambiental
determinada de acordo com a conjugação de classe e critérios locacionais de
enquadramento. No caso do Projeto Apolo, o licenciamento ambiental é trifásico e a classe
do empreendimento é definida como classe 6.
Destacam-se alguns pontos trazidos pela referida resolução SEMAD no uso do SLA (Tabela
3-5:
Tabela 3-5: Resolução SEMAD 2.890 para as ações relativas à execução do licenciamento
ambiental
Os procedimentos administrativos referentes a atos diversos do licenciamento ambiental processado via SLA,
inclusive os referentes às outorgas de direito de uso de recursos hídricos e às intervenções ambientais
vinculadas ao licenciamento ambiental, bem como os procedimentos prévios ao requerimento ou posteriores à
licença, serão realizados via Sistema Eletrônico de Informações. Para solicitações via SEI de Autorização para
Intervenção Ambiental (AIA) ou de outorga de recursos hídricos, vinculadas a licenciamento ambiental,
forneça o número da sua solicitação em trâmite no SLA.
Quaisquer notificações efetuadas pelo órgão ambiental, nos processos administrativos formalizados e
tramitados via SLA , serão consideradas realizadas no dia e na hora do recebimento pelo requerente, devendo
o órgão ambiental enviar comunicação via e-mail.
O prazo para atendimento às notificações correrá em dias corridos.
Para tanto, há previsão legal de que serão emitidos termos de referência para elaboração
dos estudos técnicos a serem apresentados pelo empreendedor para subsidiar a análise da
viabilidade ambiental e a avaliação da extensão e intensidade dos impactos ambientais de
uma atividade ou empreendimento, bem como a proposição de medidas mitigadoras,
compensatórias e de monitoramento.
d) Prazos Administrativos
Ainda na esteira das disposições da legislação que trata da estrutura do SISEMA, no que se
refere aos prazos de análise nos processos de licenciamento ambiental, estes podem ser
estabelecidos de forma diferenciada para cada uma das suas modalidades, desde que
observado o prazo máximo de seis meses a contar da formalização do respectivo
requerimento, devidamente instruído, até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os
casos em que houver Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA-
Rima – ou audiência pública, quando o prazo será de até doze meses (art. 21 da Lei
Estadual 21.972, de 2016).
Nos termos do art. 22 da referida Lei Estadual, o prazo para conclusão do processo de
licenciamento ambiental será suspenso para o cumprimento de eventuais exigências de
complementação de informações, de documentos ou de estudos, pelo prazo máximo de
sessenta dias, admitida a prorrogação pelo mesmo período por uma única vez.
O Decreto Estadual 47.383, de 2018 dispõe de hipótese em que o prazo para apresentação
de informações complementares seja estendido, nos seguintes termos:
“Art. 23 – (...)
§ 2º – O prazo previsto no caput poderá ser sobrestado por até quinze meses,
improrrogáveis, quando os estudos solicitados exigirem prazos para elaboração
2
http://www.meioambiente.mg.gov.br/imprensa/noticias/1167-termos-de-referencia-para-elaboracao-de-estudo-de-
impactorelatorio-de-impacto-ambiental-eiarima (Consultado em 27/01/2021)
Ou seja, para que haja o fluxo do processo no menor prazo possível, importantíssimo que o
titular do projeto apresente os Estudos Ambientais da maneira mais completa possível.
Entretanto, ocorrendo a necessidade de complementação, esta deve ser feita, não se
esquecendo da qualidade das informações a serem apresentadas, de maneira bastante ágil.
Destaca-se que, esgotados os prazos previstos para análise, sem que o órgão ambiental
competente tenha se pronunciado, os processos de licenciamento ambiental serão incluídos
na pauta de discussão e julgamento da unidade competente do Copam, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos (art. 23 da Lei Estadual 21.972, de 2016).
Por fim, há expectativa que o Sistema de Licenciamento Ambiental - SLA permeie o fluxo do
processo de licenciamento ambiental com mais agilidade. Entretanto, para que haja
correspondência à expectativa, é fundamental que o Estado proporcione aos seus agentes
as condições adequadas para o exercício da importantíssima atividade que lhes cabe.
A legislação até o momento colecionada trata do tema e não cabe repeti-las neste momento.
Entretanto, destacar-se-á a norma mineira basilar para o procedimento de obtenção das
referidas licenças ambientais, o Decreto Estadual 47.383, de 2018.
Dentre as exigências do art. 225 da Constituição Federal, que compõe o capítulo destinado
ao meio ambiente na carta magna, tem-se a publicidade dos estudos ambientais prévios ao
licenciamento, o que pode ser estendido a todo processo de licenciamento. Dois métodos de
publicidade se destacam na legislação:
▪ Publicação
Em âmbito federal, a Resolução Conama 06, de 1996, traz os detalhes de como tal
publicação deve ser feita pelo empreendedor.
O artigo 30 desta resolução dispõe que a publicação deve ser feita tanto pelo órgão
ambiental, na Imprensa Oficial de Minas Gerais ou em meio eletrônico de comunicação,
bem como em periódico regional ou local de grande circulação pelo empreendedor.
A Lei Federal nº 10.650 de 16/04/02 e Lei Estadual nº 15.971 de 12/01/06 estabelecem que
os órgãos e entidades integrantes do SISNAMA e SISEMA são obrigados a permitir o
acesso público aos documentos, expedientes e processos administrativos que tratem de
matéria ambiental e a fornecer todas as informações ambientais que estejam sob sua
guarda.
▪ Audiência Pública
A Audiência Pública referida está prevista na RESOLUÇÃO CONAMA 01, de 1986, e tem
por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido
RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.
Ainda nos termos desta resolução, no caso de haver solicitação de audiência pública e na
hipótese do Órgão Estadual não a realizar, a licença eventualmente concedida não terá
validade.
A Resolução CONAMA 273, de 1997, dispôs em seu artigo 5º, dentre os documentos a
serem solicitados pelo órgão ambiental para emissão da Licença Prévia e de Instalação, a
declaração da Prefeitura Municipal ou do governo do Distrito Federal de que o local e o tipo
de empreendimento ou atividade está em conformidade com o Plano Diretor ou lei de uso e
ocupação do solo.
O Decreto Estadual 47.383, de 2018, trouxe com mais detalhes a obrigação, exigido que o
processo de licenciamento ambiental deverá ser obrigatoriamente instruído com a certidão
emitida pelos municípios abrangidos pela Área Diretamente Afetada – ADA – do
empreendimento, cujo teor versará sobre a conformidade do local de implantação e
operação da atividade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo.
Nos termos do referido decreto, a certidão deverá ser apresentada durante o trâmite do
processo administrativo e antes da elaboração do parecer único, sob pena de arquivamento
do processo.
IPHAN/IEPHA
IPHAN
IEPHA
O IEPHA/MG, instituído pela Lei Estadual 5.775, de 1971, tem por finalidade pesquisar,
proteger e promover o patrimônio cultural do Estado.
Art. 10 - A realização de obra ou projeto público ou privado que tenha efeito real ou
potencial, material ou imaterial, sobre área ou bem identificado como de interesse
histórico, artístico, arquitetônico ou paisagístico pelo Estado depende de estudo
prévio de impacto cultural e da aprovação, pelo Conselho Estadual de Cultura, do
respectivo relatório de impacto cultural.
Art. 2- (...)
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-7).
✓ Patrimônio Espeleológico
Nos termos do Decreto Federal 99.556, de 1990 a cavidade natural subterrânea será
classificada de acordo com seu grau de relevância em máximo, alto, médio ou baixo,
determinado pela análise de atributos ecológicos, biológicos, geológicos, hidrológicos,
paleontológicos, cênicos, histórico-culturais e socioeconômicos, avaliados sob enfoque
regional e local.
A cavidade natural subterrânea com grau de relevância máximo e sua área de influência não
podem ser objeto de impactos negativos irreversíveis, sendo que sua utilização deve fazer-
se somente dentro de condições que assegurem sua integridade física e a manutenção do
seu equilíbrio ecológico.
A cavidade natural subterrânea classificada com grau de relevância alto, médio ou baixo
poderá ser objeto de impactos negativos irreversíveis, mediante licenciamento ambiental e
ações de compensação. As definições de ações e compensações quanto ao patrimônio
arqueológico se dará em interlocução com ICMBio/CECAV.
Tanto esta Resolução CONAMA quanto o Decreto Federal 6.640/2008 dispõe que, havendo
impactos negativos irreversíveis em cavidades naturais subterrâneas pelo empreendimento,
a compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,
deverá ser prioritariamente destinada à criação e implementação de unidade de
conservação em área de interesse espeleológico, sempre que possível na região do
empreendimento.
Destaca-se, ainda, em âmbito federal, a Portaria Ibama 887/1990, dispondo que a área de
influência de uma cavidade natural subterrânea será definida por estudos técnicos
específicos, obedecendo as peculiaridades e características de cada caso. Entretanto, nos
termos desta portaria, a área de influência, até que se efetive os estudo específicos, deverá
ser identificada a partir da projeção em superfície do desenvolvimento linear da cavidade
considerada, no qual será somado um entorno adicional de proteção de, no mínimo, 250
(duzentos e cinquenta) metros.
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-8).
TEMA: ESPELEOLOGIA
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Decreto Nº 99.556 de 01-10-1990
Dispõe Sobre A Proteção das Cavidades Naturais Subterrâneas. Determina a obrigatoriedade de comunicar ao Ibama
(Alterada pelo Decreto Nº 6.640 de Federal
a ocorrência de grutas e caverna.
07-11-2008)
Portaria IBAMA Nº 887, de 15-06-
Dispõe Sobre A Realização de Diagnóstico da Situação do Patrimônio Espeleológico Nacional. Federal
1990
Instrução Normativa MAA Nº 02, de Define a metodologia para a classificação do grau de relevância das cavidades naturais subterrâneas, conforme
Federal
30-08-2017 previsto no art. 5º do Decreto no 99.556, de 1º de outubro de 1990.
Portaria MMA Nº 358, de 30-09- Institui O Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico, Que Tem Como Objetivo Desenvolver
Federal
2009 Estratégia Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Patrimônio Espeleológico Brasileiro.
Instrução Normativa ICMBIO Nº 01, Estabelece Procedimentos Administrativos e Técnicos Para A Execução de Compensação Espeleológica de Que Trata
Federal
de 24-01-2017 O Art. 4º, § 3º, do Decreto Nº 99.556, de 1º de Outubro de 1990.
Dispõe sobre os critérios para a compensação e a indenização dos impactos e danos causados em cavidades naturais
Decreto Nº 47.041, de 31-08-2016 Estadual
subterrâneas existentes no território do Estado.
Procedimentos para análise dos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos e de atividades efetiva ou
Instrução Serviço SISEMA nº Estadual
08/2017 potencialmente causadoras de impactos sobre cavidades naturais subterrâneas.
A autorização de que trata esta Resolução deverá ser solicitada pelo órgão ambiental
licenciador, antes da emissão da primeira licença prevista, ao órgão responsável pela
administração da unidade de conservação que se manifestará conclusivamente após
avaliação dos estudos ambientais exigidos dentro do procedimento de licenciamento
ambiental, no prazo de até 60 dias, a partir do recebimento da solicitação.
▪ APA Juca Vieira, prevista na Lei 2.496, de 2007 - Plano Diretor do município de
Caeté/MG;
▪ APA Sul RMBH, instituída pelo Decreto 35.624, de 1994, que contemplou os
municípios de Belo Horizonte, Ibirité, Brumadinho, Nova Lima, Caeté, Itabirito,
Raposos, Rio Acima e Santa Barbara. Posteriormente, com a Lei Estadual n.º
13.960, de 2001, foi declarada como área de proteção ambiental, além dos
municípios citados no Decreto Estadual 35.624, de 1994, as regiões situadas nos
municípios de Barão de Cocais, Catas Altas, Mário Campos e Sarzedo.
▪ PARNA da Serra do Gandarela, instituído pelo Decreto de 13/10/2014, que cria o
Parque Nacional da Serra do Gandarela, localizado nos Municípios de Nova Lima,
Raposos, Caeté, Santa Bárbara, Mariana, Ouro Preto, Itabirito e Rio Acima, Estado
de Minas Gerais.
Conforme já abordado em item anterior, a Lei Complementar 140, de 2011 fixou as normas
de cooperação entre os entes federativos nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum relativas à proteção do meio ambiente. No caso das
APAs, a definição do ente federativo responsável pelo licenciamento e autorização seguirá
os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7o, no inciso XIV
do art. 8o e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9o.
Desta forma, tanto a União, como os estados e os municípios, além do Distrito Federal,
poderão licenciar atividades dentro dos limites das APAs. A determinação vai depender do
impacto que a atividade gera, que se no caso concreto for local, caberá ao município, se
regional, caberá ao Estado e se nacional, ou internacional, caberá à União. Deve-se
observar que, quando se tratar de competência municipal e o município não possuir órgão
ambiental capacitado para o licenciamento a competência será do Estado.
Vale ressaltar que o valor da compensação ambiental estará limitado a 0,5% do valor de
referência.
3.9.2 OPERAÇÃO
a) Condicionantes Ambientais
O Decreto Estadual 47.383, de 2018 trouxe em seu artigo 28 que o gerenciamento dos
impactos ambientais e o estabelecimento de condicionantes nas licenças ambientais deve
atender à certa ordem de prioridade, aplicando-se em todos os casos a diretriz de
maximização dos impactos positivos, bem como de evitar, minimizar ou compensar os
impactos negativos da atividade ou empreendimento:
Por fim, para fins práticos, ressalta-se que a contagem do prazo para cumprimento das
condicionantes se iniciará a partir da data de publicação da licença ambiental.
O gerenciamento dos recursos hídricos no Brasil, tem como norte a Lei 9.433, de 1997, que
institui a Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH. Esta lei trata dos fundamentos,
objetivos, diretrizes, instrumentos e sistema do sistema de gerenciamento dos recursos
hídricos brasileiros.
Para a execução da PNRH e temas correlatos, foi criado pela Lei Federal 9.433, de 1997 o
sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos. Seus objetivos, nos termos do art.
32 da referida lei são:
“Art. 32 (...)
I - coordenar a gestão integrada das águas;
II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
III - implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV - planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos
hídricos;
V - promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.”
No âmbito do Estado de Minas Gerais, a referência legal para a gestão dos recursos
hídricos é a Lei 13.199, de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos
– PERH.
Importante observar que o gerenciamento integrado dos recursos hídricos deve observar e
respeitar os usos múltiplos, sem esquecer as funções ecossistemas desse essencial atributo
da natureza. Este ponto é de central entendimento pois, dentro de uma bacia hidrográfica,
deve ser respeitada a capacidade do aproveitamento da água, enquanto recurso, sem que
se comprometa funções ecológicas fundamentais. Ainda, dentro das possibilidades e
efetivos usos da água, deve haver balanço e atendimento às condições outorgadas pois, a
condição de uso de um pode afetar diretamente a condição de uso de outro, além de
comprometer a própria existência da água ou usabilidade do recurso.
A outorga do direito de uso dos recursos hídricos é ato inerente ao exercício do poder de
polícia administrativa, próprio das autoridades competentes da União, dos Estados ou do
Distrito Federal, conforme o artigo 14 da Lei 9.433, de 1997.
“Art. 20(...):
Vale dizer que, nos termos da Lei 9.433, de 1997, art. 14º §1º, o Poder Executivo Federal
poderá delegar aos Estados e ao Distrito Federal competência para conceder outorga de
direito de uso de recurso hídrico de domínio da União.
Assim, em se tratando de rio que flui unicamente em seu território, o Estado, através do
órgão atribuído, terá a competência administrativa de avaliar e decidir sobre os pedidos de
uso dos recursos hídricos.
Nos termos do artigo 2º desta resolução, são classificados como de grande porte e potencial
poluidor, os usos da água que se enquadram nos seguintes critérios, dentre outros:
“Art. 2º
I - solicitação de outorga para rebaixamento de nível de água necessário à
implantação e operação do empreendimento, quando:
a) o empreendimento for realizado através de baterias de poços tubulares ou galerias
de drenagem; ou,
b) a duração prevista do rebaixamento for igual ou superior a 10 (dez) anos.
II - localização do ponto de uso que possa comprometer o abastecimento público já
existente ou projetado;
III - localização do ponto de uso em curso de água a montante de Unidade de
Conservação que possa alterar o regime, a quantidade ou a qualidade dos recursos
hídricos no interior da Unidade de Conservação;
IV - localização do ponto de uso em corpo de água de Classe Especial; VII -
solicitação de outorga para:
a) barramento ou dique em curso de água para disposição de rejeitos;”
Nos termos do art.43, inciso V da Lei Estadual 13.199, de 1999 compete ao comitê de bacia
aprovar, em prazo fixado em regulamento, sob pena de perda da competência para o
Conselho Estadual de Recursos Hídricos, a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos
para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor. Assim, tendo em vista as
características do empreendimento ora apresentado, a participação do Comitê da Bacia será
central na avaliação e decisão pela outorga de direito de uso que se pretende. Para esses
casos, na falta do Comitê de Bacia Hidrográfica, será do CERH a competência para decisão
quanto a referida outorga, por meio de câmara a ser instituída com esta finalidade a qual
terá assessoramento técnico do IGAM.
Reitera-se, entre as principais competências do CBH Rio das Velha e CBH Rio Piracicaba,
àquelas com interface ao presente estudo:
Agência de Bacias
Já a Fundação Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí -
Fundação Agência PCJ recebeu delegação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos –
CNRH (Resolução CNRH 111 de 13/04/10) para exercer funções de competência das
Agências de Água da Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e firmou
contrato de gestão com a Agência Nacional de Águas, sendo o Comitê das Bacias
Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – Comitês PCJ, anuente do Contrato.
A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-12).
i) Outorga
Este decreto, em seu artigo 2º, dispõe sobre os usos dos recursos hídricos sujeitos a
outorga, dentre os quais destacam-se para este estudo:
A efetivação da outorga se dá por ato do IGAM embora, conforme já mencionado, nos casos
de empreendimentos de grande porte e potencial poluidor, o deferimento da mesma
dependerá de aprovação do Comitê de Bacia.
O IGAM poderá emitir outorgas preventivas de uso de recursos hídricos, com a finalidade de
declarar a disponibilidade de água para os usos requeridos.
A outorga preventiva que se enquadrar no critério definido para outorga de grande porte
deverá ser encaminhada para aprovação no respectivo Comitê de Bacia.
3.11.2 OPERAÇÃO
Destacam-se:
Nos termos da Lei 9.433, de 1997 (Política Nacional de Recursos hídricos), estão sujeitos a
outorga pelo Poder Público, as atividades que alterem o regime, a quantidade ou a
qualidade da água existente em um corpo de água. Inclusive constitui infração a derivação
ou a utilização de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, que implique alterações
no regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorização dos órgãos ou entidades
competentes.
A Bacia do Rio Piracicaba teve o enquadramento quanto à classe das águas com a
Deliberação Normativa COPAM 09, de 1994. Nesta norma, há o detalhamento dos corpos
hídricos componentes da bacia e a respectiva classificação.
Já a Bacia do Rio das Velhas, teve seu enquadramento instituído pela Deliberação
Normativa COPAM nº 20, de 1997
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-13).
DELIBERAÇÃO NORMATIVA Dispõe Sobre Critérios Para O Licenciamento Ambiental de Intervenções Em Cursos D'Água de Sistemas de
Estadual
COPAM Nº 95, DE 12-04-2006 Drenagem Urbana No Estado de Minas Gerais
DELIBERAÇÃO NORMATIVA
Dispõe Sobre A Classificação dos Corpos de Água e Diretrizes Ambientais Para O Seu Enquadramento, Bem Como
CONJUNTA COPAM - CERH Nº 01, Estadual
Estabelece As Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes, e Dá Outras Providências.
DE 05-05-2008
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD - Estabelece Os Procedimentos Para O Cadastramento Obrigatório de Usuários de Recursos Hídricos No Estado de
Estadual
IGAM Nº 1.844, DE 12-04-2013 Minas Gerais.
DECRETO Nº 47.705, DE 04-09- Estabelece normas e procedimentos para a regularização de uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas
Estadual
2019 Gerais.
Por meio da Resolução Conama 491, de 2018, foram definidos padrões de qualidade do ar
para cada substância, ou seja, limites máximos de concentração que, quando
ultrapassados, podem ser danosos. A divulgação dos dados do monitoramento é realizada
por meio do cálculo dos Índices de Qualidade do Ar (IQAr) – uma ferramenta matemática
utilizada para converter as concentrações dos poluentes nas escalas boa, regular,
inadequada, má, péssima e crítica.
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-14).
Em que pese haja uma atenção especial para o gerenciamento dos resíduos e rejeitos da
mineração (contemplados no item específico, quando se tratou de pilha de estéril), é de
grande relevância para o projeto atenção à PNRS, pois resíduos da construção civil, óleo
lubrificantes, baterias, lâmpadas, gerados no ambulatório médico, no laboratório devem ter
sua devida gestão para garantir a destinação final adequada.
A seguir, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-16).
A disposição de resíduos no solo dependerá de autorização do órgão ambiental. (Deliberação Normativa COPAM Nº 07, de 29-09 81).
Elaborar e enviar semestralmente, por meio do Sistema MTR-MG, a Declaração de Movimentação de Resíduos – DMR, informando as operações realizadas no período com os resíduos
sólidos e com os rejeitos gerados ou recebidos. (Deliberação Normativa COPAM Nº 232, de 2019)
O controle do transporte e da destinação dos resíduos sólidos e rejeitos deverá ser realizado por intermédio do Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). (Deliberação
Normativa COPAM Nº 232, de 27-02-2019).
O armazenamento temporário de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes pelo gerador ou por empresa de tratamento intermediário ou de transporte deverá
observar as normas NBR 12235 e NBR 11174.
Em função da natureza e do risco ambiental, o período de armazenamento temporário de resíduos não poderá ser superior a 150 (cento e cinquenta) dias para os resíduos da Classe I –
Perigosos e 180 (cento e oitenta) dias para os resíduos da Classe II-A - Não inertes. (Lei Nº 18.031, de 12-01-2009)
Para a geração de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes passíveis de reciclagem ou reutilização deverá apresentar plano de reciclagem ou reutilização do
resíduo com os prazos de 150 e 180 dias. (Lei Nº 18.031, de 12-01-2009)
Para a geração de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes não passíveis de reciclagem ou reutilização deverá, semestralmente, comprovar a destinação dos
resíduos. (Lei Nº 18.031, de 12-01-2009)
Observações:
Gerenciar a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos, realizada por empresas devidamente licenciadas.
A lei que regulamenta a utilização e proteção do bioma Mata Atlântica (Lei Federal 11.428,
de 2006) prevê que a supressão de vegetação secundária em estágio avançado e
médio de regeneração para fins de atividades minerárias somente será admitida mediante:
Ressalta-se que esta medida compensatória não exclui a obrigação de implantar e manter
unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, aplicável nos casos de
licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, conforme
prevê a Lei Federal 9.985, de 2000.
Em seu art. 14, a Lei Federal 11.428, de 2006 determina que os casos de supressão de
vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração somente poderá ser
autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio
médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade pública e interesse
social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento
proposto.
Dependerá de autorização do órgão ambiental estadual com anuência prévia, quando couber, do IBAMA ou
Conselho Municipal de meio ambiente. (Lei Federal nº 11.428, de 2006)
A já citada lei da Mata Atlântica, Lei Federal 11.428, de 2006, prevê que em casos de
supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado, será
necessária a compensação florestal em área equivalente dentro mesmo bioma.
▪ Minerária
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-18).
Abaixo, Tabela Resumo (Tabela 3-20) com as principais normas sobre o tema.
A Reserva Legal, que é regulamentada pela Lei 12.651, de 2012 e, em Minas Gerais,
abordada Lei 20.922, de 2013, é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e
da biodiversidade, abrigar a fauna silvestre e proteger a flora nativa.
A área de reserva legal deverá ser equivalente a no mínimo 20% (vinte por cento) da área
total do imóvel uso restrito, sendo vedados os cortes rasos, a alteração do uso do solo e a
exploração com fins comerciais. Ressalta-se que a área poderá ser utilizada de forma
O Cadastro Ambiental Rural – CAR, criado pela Lei 12.651, de 2012, é o registro público
eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que possui a
finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais,
formando uma base de dados estratégica para controle, monitoramento, planejamento
ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-21).
Não há impedimentos legais expressos para realização de intervenções nessas áreas desde
as mesmas sejam aprovadas pelo órgão ambiental competente acompanhada da anuência
do órgão gestor da Unidade de Conservação.
Essas áreas devem ser locais de excelência para trabalhos de pesquisa científica,
experimentação e demonstração de enfoques para conservação e desenvolvimento
sustentável na escala regional.
A Lei Complementar 140, de 2011, compartilhou a gestão da fauna silvestre entre a União e
os estados. Com a assinatura do Acordo de Cooperação entre o IBAMA/MG, a SEMAD e o
IEF, as atividades relacionadas à gestão, fiscalização, recebimento, manejo e destinação da
fauna silvestre em Minas Gerais passaram a ser realizadas também pelas Instituições
Estaduais.
O IEF é órgão responsável pela análise e concessão de autorizações para captura, coleta e
transporte da fauna silvestre, referente a etapa de inventariamento, através dos Escritórios
Regionais ou das Superintendências Regionais de Regularização Ambiental – SUPRAM.
O Instituto Estadual de Florestas – IEF por meio das suas Unidades Regionais de Florestas
e Biodiversidade – URFBio é responsável por analisar os requerimentos e emitir
autorizações de manejo de fauna silvestre terrestre e aquática vinculados a
empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de
impactos à fauna sujeitas ao licenciamento ambiental simplificado ou não passíveis de
licenciamento ambiental pelo Estado e em unidades de conservação de proteção integral,
incluindo as etapas de nventariamento, resgate/salvamento e monitoramento de fauna.
3.12.9.1 CITES
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-24).
Tabela 3-24: Tabela Resumo com as principais Normas – Fauna Terrestre e Aquática
TEMA: FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICA
Nível de Aplicação ao Projeto : Remoto Baixo Considerável Alto
Devem ser observadas as restrições durante o período de defeso (Piracema), sendo que
nas Unidades de Conservação estaduais é proibida qualquer modalidade de pesca, exceto
Pesquisa Científica devidamente autorizada.
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-25).
Abaixo, Tabela Resumo com as principais normas sobre o tema (Tabela 3-25).
• Santa Bárbara
Tabela 3-27: Tabela Resumo com as principais Normas Municipais– Santa Bárbara
TEMA: NORMATIVAS MUNICIPAIS - SANTA BARBARA
Potencial de Aplicação ao Projeto: Remoto Baixo Considerável Alto
Normas Pertinentes Sumário Origem
Dispõe sobre o registro, o acompanhamento e a fiscalização da
exploração de recursos minerais no território do Município de Santa
Bárbara-MG, de acordo com as competências definidas no art. 23, XI e
LEI Nº 1.683, DE no art. 30, I e II, da Constituição Federal, estabelece condições para o Municipal
19-04-2013 funcionamento das empresas que exploram recursos minerais e que Santa Bárbara
realizam pesquisas minerais no território do Município de Santa Bárbara-
MG, institui obrigações correlatas e impõe penalidades decorrentes do
respectivo descumprimento, dando outras providências.
LEI
Institui a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano do
COMPLEMENTAR Municipal –
Município de Santa Bárbara, em conformidade com o Plano Diretor, o
Nº 1.437, DE 27- Santa Bárbara
Estatuto da Cidade e a Lei Orgânica Municipal.
07-2007
Além de Caeté e Santa Bárbara, os municípios de Raposos, Rio Acima e Barão de Cocais
também foram considerados diante da localização e da proximidade com o
empreendimento, além da possibilidade de fornecimento de mão de obra, serviços e
insumos, mas receberam uma abordagem com base em informações secundárias visto que
não abrigarão estruturas do Projeto.
Na análise dos planos e programas governamentais nas esferas federal, estadual, regional e
municipal buscou-se selecioná-los em razão de aspectos relacionados ao empreendimento,
fosse por sua localização geográfica ou por temáticas atinentes à exploração minerária.
Diversos projetos estão sendo desenvolvidos através de investimentos das esferas públicas
principalmente no campo do desenvolvimento econômico sustentável e da preservação
hídrica e ambiental. No entanto, cabe ressaltar, que as informações disponíveis nos órgãos
responsáveis por tais intervenções são, em sua maioria, generalistas, o que impede ou
dificulta a espacialização destes projetos dentro das áreas de estudo do empreendimento.
Além disso, outro ponto que merece destaque são os aspectos relacionados às Unidades de
Conservação e Áreas de Proteção Especial, Reservas da Biosfera e Áreas Prioritárias para
Conservação. Como não foi possível espacializá-los na esfera Federal, Estadual ou
Municipal. e por considerar a relevância destes temas para o meio biótico, optou-se por
apresentá-los no referido Diagnóstico.
Diante da importância das atividades de mineração a nível nacional, o governo federal, por
meio do Ministério de Minas e Energia, publicou em 2011 o mais recente Plano Nacional de
Mineração 2030 (PNM – 2030). O Plano traz uma análise de todos os componentes do setor
mineral a nível nacional, aponta desafios e cenários futuros, prevê demandas e
investimentos, e estabelece objetivos estratégicos e ações de maior relevância no contexto
da mineração no país.
O objetivo do PNM – 2030 é nortear as políticas de médio e longo prazos que possam
contribuir para que o setor mineral seja um alicerce para o desenvolvimento sustentável do
Brasil nos próximos 20 anos.
3 O Quadrilátero Ferrífero é a mais importante província mineral do sudeste do Brasil. Localizado na região
centro sul do estado de Minas Gerais é o marco principal da interiorização da ocupação portuguesa no século
XVIII. Com cerca de 7.000 km² em área, é a região que mais se destaca em função das jazidas de ferro.
Estimativas do início do século XXI apontam que mais de 55 milhões de toneladas de minério de ferro eram
anualmente exploradas. Os municípios que compõem o Quadrilátero Ferrífero são: Caeté, Santa Bárbara,
Raposos, Rio Acima, Barão de Cocais, Belo Horizonte, Belo Vale, Betim, Brumadinho, Catas Altas,
Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Ibirité, Igarapé, Itabira, Itabirito, Itatiaiaçu, Itaúna, Jaceaba, João Monlevade,
Mariana, Mario Campos, Mateus Leme, Moeda, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto, Rio Manso, Rio
Piracicaba, Sabará, Santa Luzia, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Joaquim de Bicas, Sarzedo.
O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), estabelecido pela Lei nº 9.433 de 1997,
conhecida como Lei das Águas4, é um dos principais instrumentos que orientam a gestão
das águas no território nacional. O conjunto de diretrizes, programas e metas que
constituem o PNRH foi construído através de um grande processo de mobilização e
participação de atores sociais e institucionais coordenado pela Secretaria de Recursos
Hídricos do Ministério do Meio Ambiente.
O PNRH foi aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos em 2006 com horizonte
de implementação até 2020, com revisões periódicas das prioridades. O objetivo geral do
Plano é definir diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, em
4Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos e dá outras providências.
Apesar do ano de 2020 ter se encerrado, o PNRH contínua vigente por conta da Resolução
CNRH 216 de setembro de 2020, que ampliou sua validação até dezembro de 2021. Um
novo PNRH está em fase de elaboração através de uma parceria entre a Agência Nacional
de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Ministério do Desenvolvimento Regional e
deverá orientar a gestão das águas no Brasil entre 2022 e 2035.
Dentre as revisões periódicas das prioridades trazidas pelo Plano, as duas últimas (2012-
2015 e 2016-2020) apontam para priorização de ações relacionadas: (i) ao desenvolvimento
de estudos e mecanismos permanentes de acompanhamento dos impactos sobre os
recursos hídricos provenientes das ações previstas nos Estados para diversas atividades,
inclusive a mineração; (ii) desenvolvimento e implementação de novos mecanismos de
compensação financeira por consumo; e (iii) fomento à recuperação e compensação
socioambiental das áreas afetadas pelas atividades de mineração e demais atividades
industriais.
O Plano analisa os graus de segurança hídrica a partir de um único índice criado para
retratar suas diferentes dimensões. O índice de Segurança Hídrica (ISH) calculado para
todo o país estima os riscos de desabastecimento da população e de perdas econômicas
por falta de água e considera quatro dimensões indicadoras: humana, econômica,
ecossistêmica e de resiliência.
Com base no ISH, foi realizada uma análise integrada confrontando as propostas de solução
com os principais problemas de segurança hídrica do Brasil, resultando em diversas
proposições para o Programa de Segurança Hídrica (PSH). Este, por sua vez, é um
instrumento de planejamento executivo que reúne as intervenções recomendadas dividindo
os investimentos em três componentes: estudos e projetos, obras, e institucional, sendo que
o último engloba as ações de operação e manutenção da infraestrutura hídrica.
5 A Segurança Hídrica, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), ocorre quando há
disponibilidade de água em quantidade e qualidade suficientes para o atendimento das necessidades humanas,
da prática das atividades econômicas e da conservação dos ecossistemas aquáticos, acompanhada de um nível
aceitável de risco relacionado a secas e cheias, devendo ser consideradas estas quatro dimensões como
balizadoras do planejamento da oferta e do uso da água em um país (ANA, 2019).
A Figura 4-2 apresenta o grau de segurança hídrica nos municípios interceptados pelas
estruturas do Projeto Apolo Umidade Natural e os municípios do entorno imediato.
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Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Imóveis (VALE, 2020);
Área de Estudo (AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e ISH - Grau de Segurança Hídrica (ANA, 2020).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Índice de Segurança Hídrica (ISH)
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_ish_A3_v06
4.1.4 PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Governo Federal sancionou, em 2010, a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS). Regulamentada pelo Decreto nº 7.404 daquele mesmo ano, a
PNRS é um marco no Brasil no que se refere às normas, princípios, objetivos e diretrizes
que incentivam o tratamento e a disposição adequada dos resíduos sólidos, sejam eles
domésticos ou industriais.
A sua última revisão, realizada em 2020, é mais detalhada e constitui-se de 8 capítulos que
abordam desde um diagnóstico atualizado da situação dos resíduos no país, até a definição
de normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos, além de meios de controle e
fiscalização, perpassando por programas, projetos e ações para o atendimento de metas
previstas.
O Plano aponta, ainda, que os rejeitos da mineração são, quase que em sua totalidade,
dispostos em barragens. Por conta dos riscos associados a essa prática, promulgou-se a Lei
nº 12.334/2010, a qual estabelece a Política Nacional de Segurança das Barragens (PNSB),
a fim de garantir padrões de segurança para a redução de acidentes para as barragens
enquadradas dentro de uma determinada classe de risco.
De acordo com o governo estadual, a análise e compreensão dos desafios e dos cenários,
além da forma como estes podem impactar o setor minerário serão fundamentais para a
proposição de ações e políticas públicas mais acertadas para o planejamento e gestão da
atividade minerária. Ademais, o Plano deverá promover ações interinstitucionais e projetos
estruturantes em consonância com as normas regulamentais pretendidas no âmbito federal.
De acordo com os dados do Sumário Mineral Brasileiro de 2017, elaborado pela Agência
Nacional de Mineração (ANM) e utilizados como base pelo PEM-MG, Minas Gerais
concentrava, àquela época, cerca de 81% das 28,6 bilhões de toneladas de Fe presentes no
Brasil. Ademais, a produção de minerais metálicos do estado é uma das maiores de todo o
território nacional. Nesse contexto, o Quadrilátero Ferrífero possui um papel chave diante da
disponibilidade e do histórico já consolidado de exploração do mineral.
O Governo de Minas Gerais sancionou, em 1999, a Lei nº 13.199, que dispõe sobre a
Política Estadual de Recursos Hídricos e institui o Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos. Esta mesma Lei, em seu Capítulo II, constituiu e caracterizou os instrumentos da
Política Estadual de Recursos Hídricos, dentre os quais pode-se destacar o Plano Estadual
de Recursos Hídricos (PERH).
A versão mais recente do PERH teve início em 2006, a partir do levantamento das
características e da produção de um arcabouço documental e metodológico sobre os
recursos hídricos de Minas Gerais. Após o término dessa primeira parte, iniciou-se, de fato,
a confecção do Plano, concluído em 2010 e aprovado em 2011 pelo Conselho Estadual de
6 Para maiores detalhes, ver Seção Esfera Federal – Plano Nacional de Mineração.
Desde a sua primeira concepção, cinco novas versões foram elaboradas. A sua versão mais
recente, o PMDI 2019-2030, instituído pela Lei nº 23.577 de 15 de janeiro de 2010, é uma
revisão da versão 2016-2027 e estabelece medidas emergenciais e necessárias à
recuperação fiscal, além de definir objetivos, metas e diretrizes visando estabelecer um
ambiente favorável para o desenvolvimento sustentável do estado.
De modo geral, o PMDI 2019-2030 está estruturado em três partes: a primeira descreve
brevemente as características do estado, a segunda apresenta as estratégias, os objetivos e
as metas até 2030, enquanto a terceira traz as diretrizes estratégicas a serem seguidas por
área de Governo para o alcance dos objetivos e das metas definidas anteriormente.
O Plano definiu dez objetivos estratégicos, dos quais se destacam: proteger, recuperar e
promover o uso sustentável dos ecossistemas; e ser o estado mais competitivo e mais fácil
de se empreender no Brasil em agronegócio, indústria e serviços, propiciando ambiente
para mais geração de emprego e renda.
7 Saúde, educação, segurança, meio ambiente, economia, sociedade, indústria, turismo, etc.
Nesse sentido, o PMDI aponta como caminhos: fomento a cadeias produtivas de minerais
de maior valor agregado, como lítio, grafeno, nióbio e terras raras, e a potencialização da
verticalização das cadeias produtivas tradicionais. Ademais, define como diretriz estratégica
na área de desenvolvimento econômico a estimulação da diversificação econômica nos
municípios mineradores, calcada no desenvolvimento de serviços e produtos da própria
cadeia produtiva da mineração.
Lançado em 2016 com horizonte de implementação até 2026, o Plano Estratégico Para o
Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais estabelece diretrizes
estratégicas para a política estadual do turismo, fornecendo as bases para o
desenvolvimento de ações planejadas e coordenadas do setor, que é um dos mais
importantes para o desenvolvimento socioeconômico do estado.
Com base nas diretrizes da Organização Mundial do Turismo, do marco legal nacional e das
principais tendências para o setor, o Plano traz um diagnóstico dos principais atrativos e
segmentos turísticos do estado, dos serviços e equipamentos turísticos e do mercado de
trabalho formal do setor, das condições e gargalos relativos à infraestrutura, serviços
públicos básicos e instrumentos de gestão urbana, bem como dos riscos ambientais
associados aos destinos de maior potencial turístico. Ademais, apresenta metas, estratégias
e sistemas de monitoramento e avaliação de resultados.
De acordo com o Plano, ambos os municípios possuem estrutura, atrativos e vocação para
o turismo cultural religioso e de aventura/natureza. Dentre os principais atrativos, destacam-
se os roteiros relacionados às cidades históricas, com patrimônios artístico-religiosos e
naturais localizadas na região da Estrada Real. Esta, inclusive, dispõe de um programa
específico de incentivos estabelecido pela Lei nº 13.173 de janeiro de 1999.
Na esfera regional, boa parte dos planos e programas presentes em todos os municípios de
estudo estão ligados diretamente às bacias hidrográficas, tomadas como unidades de
planejamento conforme a Lei nº 9.433 de 1997, conhecida como Lei das Águas.
A Figura 4-3 apresenta a localização e a inserção dos municípios nas Bacias Hidrográficas
dos Rios das Velhas e Piracicaba, bem como nas respectivas Bacias Hidrográficas de
ordem superior, São Francisco e Doce.
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Base Cartográfica (Fonte):
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Hidrografia (IGAM, 2015), Projeto Apolo Umidade Natural (Vale, 2021), Limite de Bacias PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
(IGAM, 2010) Sub-bacias Hidrográficas (AMPLO,2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Bacias e Sub-bacias, Área de Estudo
1:255.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_ms_baciashidro_aer_A3_v05
De acordo com a localização do empreendimento em estudo, que possui a maior parte de
sua ADA pertencente ao território do município de Caeté, ressalta-se que a rede hidrográfica
de maior relação com o Projeto Apolo é a que pertence ao rio das Velhas. O diagnóstico do
meio físico traz maiores detalhes sobre a relação entre o Projeto e a referida bacia
hidrográfica.
De modo geral, os planos e programas para as bacias hidrográficas são elaborados pelos
órgãos federais e estaduais competentes8, juntamente com o apoio e a participação dos
comitês de bacias hidrográficas (CBHs), que conforme previsto pela legislação supracitada,
são de fundamental importância para a gestão regionalizada das bacias. Os CBHs são
fóruns em que: representantes dos municípios, do poder público estadual, dos usuários e da
sociedade civil das bacias se reúnem para discutir e planejar sobre um interesse comum, no
caso o uso da água em determinada bacia.
A seguir, um maior detalhamento sobre cada um destes planos, além de informações acerca
do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte
(PDDI-RMBH), região em que os municípios interceptados pelo empreendimento e
municípios do entorno imediato fazem parte.
O mais recente Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas
(PDRH Velhas) foi lançado em 2015 a partir de uma parceria entre o Governo do Estado de
Minas Gerais por intermédio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
8 Agencia Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e
Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espirito Santo (IEMA).
Seu objetivo é auxiliar o CBH Velhas e as demais instituições ligadas à gestão dos recursos
hídricos a atuarem de forma efetiva e sustentável sobre os recursos hídricos superficiais e
subterrâneos da Bacia, de modo a garantir o seu uso múltiplo, racional e sustentável em
benefício de uma melhoria da qualidade de vida das gerações presentes e futuras.
O PDRH de 2015 apresenta um diagnóstico da situação do rio das Velhas no que se refere
à qualidade e quantidade de suas águas, e aos instrumentos de gestão e organização do
sistema de gerenciamento de recursos hídricos. Além disso, o Plano traça um prognóstico a
partir de diferentes cenários, faz análises integradas, apresenta um plano de metas,
diretrizes estratégicas e um plano de ações. Ainda, o PDRH traz um orçamento e um roteiro
da implementação dos programas previstos, além de recomendar ações para a prevenção e
mitigação de eventos extremos.
A região do Alto rio das Velhas, na qual os municípios de Caeté, Rio Acima e Raposos estão
inseridos, compreende toda a área denominada Quadrilátero Ferrífero9. De acordo com o
PDRH, esta região apresenta o maior contingente populacional, com uma expressiva
atividade econômica, concentrada, principalmente, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte (RMBH). Ademais, é nesta região que se encontra o sistema de abastecimento
integrado Rio das Velhas com captação no rio homônimo e capacidade instalada de 9,0 m³/s
abastecendo cerca de 74% da cidade de Belo Horizonte além das cidades de Raposos,
Nova Lima, Sabará e Santa Luzia.
Em relação às atividades econômicas, o PDRH Velhas afirma que toda a Bacia, com
destaque para a região do Alto rio das Velhas, abriga importantes atividades ligadas à
agropecuária, indústria mineral e serviços. No que se refere às atividades minerárias, o
Plano identificou 2.652 processos, dos quais 31% estão justamente na região citada.
Nesse contexto, o PDRH lançou, através de seu Plano de Metas, diversos componentes e
eixos estratégicos10 ligados aos diferentes temas e atores que permeiam a gestão e o uso
dos recursos hídricos da Bacia.
9 Para maiores detalhes, ver Seção Esfera Federal – Plano Nacional de Mineração.
10Eixos estratégicos do PDRH Velhas: Gestão, Instrumentos de Gestão, Gestão da Oferta de Água,
Saneamento Ambiental, Mineração e Atividades Industriais, Manejo de Recursos Hídricos em Área Rural,
Conservação Ambiental, Educação Ambiental, Comunicação e Mobilização Social.
Por fim, o programa de uso racional de água objetiva indicar ações de conscientização para
o setor industrial e orientá-lo quanto à utilização racional de água, levando a experiência de
outros casos bem sucedidos de como otimizar a redução de volumes de água captada da
rede pública, mananciais superficiais e subterrâneos, consumo efetivo de água (volume de
água utilizada para uma determinada unidade de produção), e percentual de água de reuso.
Outro ponto que chama atenção é a ênfase dada pelo PDRH à gestão responsável,
sustentável e compartilhada dos recursos hídricos da Bacia do Rio das Velhas. Nesse
sentido, diversos programas e ações também são propostos e buscam, sobretudo,
identificar e articular os principais atores e usuários da água para uma melhor gestão do
recurso. Para isso, propõe, dentre outras medidas, o aprimoramento de instrumentos de
gestão como as outorgas e a cobrança pelo uso da água, e de monitoramento, como os
sistemas de controle e avaliação de águas subterrâneas e superficiais.
O Programa Revitaliza Velhas é uma parceria firmada entre o Comitê de Bacia Hidrográfica
do Rio das Velhas (CBH Velhas), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais
(COPASA), prefeituras integrantes da Bacia, Federação das Indústrias de Minas Gerais
(Fiemg), Instituto Espinhaço e o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e Instituto
Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), em prol da conservação e revitalização da Bacia
Hidrográfica do Rio das Velhas.
Os recursos financeiros que permitem as ações são provenientes da cobrança pelo uso dos
recursos hídricos. Até o ano de 2020, sob administração do CBH Velhas, foram investidos
no Programa cerca de R$ 50 milhões.
O Plano Plurianual de Aplicação dos recursos oriundos da cobrança pelo uso da água na
Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (PPA Velhas) é o instrumento de orientação dos
estudos, projetos e ações a serem executados. Sua versão mais recente foi instituída
através da Deliberação CBH Velhas nº 007 de 15 de dezembro de 2020, com vistas aos
exercícios de 2021 a 2023.
11
A Agência Peixe Vivo é uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado, criada em 2006 para exercer as
funções de Agência de Bacia para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. As agências de bacia são
entidades dotadas de personalidade jurídica própria, descentralizada e sem fins lucrativos e suas atuações fazem parte
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).
A previsão orçamentária oriunda dos recursos da cobrança pelo uso da água está em torno
dos R$ 66 milhões a serem investidos em programas e ações de gestão, planejamento e
estruturais. Conforme o PDRH, as ações possuem prioridades, das quais se destacam
aquelas relacionadas ao apoio e fortalecimento dos comitês integrantes da Bacia, estudos
sobre qualidade e quantidade de água, elaboração de projetos básicos e executivos,
implantação de sistemas isolados e/ou alternativos de abastecimento de água, drenagem
urbana e esgotamento sanitário, dentre outros.
Em relação às metas específicas para a Bacia do Rio Piracicaba, o PARH considera as que
podem ser efetivamente implantadas diretamente em seu território, com o controle e
acompanhamento do respectivo Comitê. Nesse sentido, destacam-se as metas ligadas à
melhoria da quantidade e qualidade da água, suscetibilidade a enchentes, universalização
do saneamento e incremento de áreas legalmente protegidas. Nesse ponto, vale a ressalva
12
O PIRH Doce, juntamente com o Planos de Ações Para as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos
Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce (PARH Doce) visam consolidar o planejamento de ações voltadas ao
enfrentamento dos principais problemas relacionados aos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Doce, que se
estende entre parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O objetivo geral é orientar os comitês de bacias, os
órgãos gestores dos recursos e demais componentes do Sistema de Gestão de Recursos Hídricos com
responsabilidade sobre a Bacia do Rio Doce, com vistas à gestão efetiva dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos, de modo a garantir o seu uso múltiplo, racional e sustentável em benefício das gerações presentes e
futuras.
13
Para maiores detalhes, ver Seção Esfera Federal – Plano Nacional de Mineração.
O PITE Piracicaba é gerido e elaborado pelo IGAM e pela Fundação Estadual de Meio
Ambiente (FEAM), respectivamente, e se propõe a levantar a situação do esgotamento
sanitário nos municípios integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, identificar as
principais demandas para a ampliação e melhoria desses serviços e elaborar diretrizes
gerais e específicas para a território.
14
Destaque para os programas: Qualidade da Água – Enquadramento, com diversos programas e ações ligados ao
saneamento e ao controle de atividades geradoras de impactos e sedimentos; Disponibilidade de Água – Balanços
Hídricos, com diversos programas e ações ligados ao incremento de disponibilidade hídrica, gestão de águas
superficiais e subterrâneas, incentivo ao uso racional e convivência com as secas; e Implementação dos Instrumentos
de Gestão de Recursos Hídricos – com programas e ações ligados ao monitoramento, acompanhamento e
implementação da gestão integrada dos recursos hídricos, cadastramento e manutenção dos usos e dos usuários,
revisão e harmonização das outorgas, entre outras.
De modo geral, o PAP está ligado ao PIRH Doce e ao PARH Piracicaba citados
anteriormente, e ao cronograma físico das ações que se deseja realizar na Bacia do
Piracicaba. Nesse ponto, é importante ressaltar que o PAP é um instrumento dinâmico e
passível de remanejamento de valores entre suas rubricas para atender demandas
relacionadas à atuação do Comitê de Bacias.
O atual PAP Doce, instrumento que traz orientações para toda a Bacia Hidrográfica do Rio
Doce, inclusive para a Bacia do Rio Piracicaba, uma de suas componentes, foi instituído
pela Deliberação Normativa nº 90 de 10 de dezembro de 2020 com vigência de 2021 a
2025. O documento prevê cerca de R$ 144 milhões para serem empregados em diversas
ações ligadas aos programas trazidos pelo PIRH e PARH para toda a Bacia do Rio Doce.
Em relação ao PAP Piracicaba, o mais recente documento encontrado foi instituído pela
Deliberação Normativa nº 29 de 21 de outubro de 2015 com vigência até 2020. Apesar do
término do ano de 2020, não foram encontradas novas atualizações que ampliem sua
vigência, tampouco um novo PAP com os indicativos para o próximo quinquênio15.
16
Municípios que compõem a RMBH (34): Belo Horizonte, Caeté, Raposos, Rio Acima, Betim, Contagem, Ibirité,
Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Brumadinho,
Esmeraldas, Igarapé, Mateus Leme, Juatuba, São José da Lapa, Florestal, Rio Manso, Confins, Mário Campos, São
Joaquim de Bicas, Sarzedo, Baldim, Capim Branco, Jaboticatubas, Taquaraçu de Minas, Itaguara, Matozinhos, Nova
União e Itatiaiuçu.
17
Municípios que compõem o Colar Metropolitano (16): Santa Bárbara, Barão de Cocais, Belo Vale, Bonfim, Fortuna
de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará de Minas, Prudente de Morais, São José da Varginha,
Sete Lagoas, Bom Jesus do Amparo e São Gonçalo do Rio Abaixo.
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MG4 2 M G232 CARMÉSIA
1
o
13
G8
tic
5 77
G7
LM
LM SANTO ANTÔNIO SP RJ
n
JEQUITIBÁ
tlâ
DO RIO ABAIXO FERROS A
BALDIM PR no
Oc e a
CAETANÓPOLIS
SÃO SEBASTIÃO
PARAOPEBA
DO RIO PRETO
M G3
7860000
7860000
23 PASSABÉM
FUNILÂNDIA
MG0 1 0 Projeto Apolo Umidade Natural
ITAMBÉ DO
MATO DENTRO Municípios Interceptados pelo
PAPAGAIOS SANTA MARIA Empreendimento
SETE LAGOAS MG PRUDENTE DE ITABIRA
42 4
MG2 38
DE MORAIS
Municípios do Entorno
MARAVILHAS INHAÚMA 20
JABOTICATUBAS
1
BR
CACHOEIRA CAPIM BRANCO
LM
G
DA PRATA
FORTUNA
MATOZINHOS
G1
2 790 Região Metropolitana de Belo
0
Horizonte
LMG776 M
DE MINAS
PEDRO
C
LEOPOLDO
7830000
7830000
M G4
2 3 CONFINS LAGOA SANTA
ITABIRA
Colar Metropolitano
PEQUI TAQUARAÇU
M
G 800 DE MINAS
L
SÃO JOSÉ DA BOM JESUS
LM VESPASIANO
VARGINHA 29
MG1
Capital Estadual (Belo Horizonte)
PITANGUI NOVA UNIÃO DO AMPARO
19 SÃO JOSÉ "
/
G8
2
BR35 2 32 G8 NOVA ERA
LM
DO PARÁ M G4 LM 33 SANTA LUZIA BR381 JOÃO
77
G
G4
M M MONLEVADE
9
M BELA VISTA
G 808 SÃO GONÇALO DE MINAS Rodovia Federal
L
LM
G4
G 818 DO RIO ABAIXO
35
NOVA SERRANA PARÁ DE MINAS
29
Rodovia Estadual
CAETÉ M G-1
7800000
7800000
FLORESTAL SABARÁ
20
BELO
43
7 LM
G8 Limite Municipal
M G 262
4 36
BR262 HORIZONTE
CONTAGEM RIO
MG
IGARATINGA JUATUBA MG050 BARÃO DE
MG
BETIM MG0 60 RAPOSOS PIRACICABA
3
MG2 5 2 G4 COCAIS
0
SANTA BÁRBARA
MATEUS LEME MG NOVA LIMA
M
SÃO GONÇALO 03 0
DO PARÁ
IBIRITÉ
SARZEDO
LM
MÁRIO CAMPOS
G821
ITAÚNA IGARAPÉ
CATAS ALTAS
SÃO JOAQUIM RIO ACIMA
DE BICAS
AM
G9 ALVINÓPOLIS
00
DIVINÓPOLIS MG 123
BRUMADINHO
7770000
7770000
CARMO DO DOM SILVÉRIO
CAJURU MG431
ITATIAIUÇU M G32
6
SÃO SEBASTIÃO
DO OESTE G 829
LM
82 5 BARRA
BONFIM LM G LONGA
MOEDA MG
4 40
ACAIACA
B R 3 56 MARIANA
MG040 CRUCILÂNDIA MG
LM
ITAGUARA 83 1 55
1 OURO PRETO
G
7740000
7740000
BELO VALE
M G 2 6 0 CLÁUDIO PIEDADE M G 4 42
B DOS GERAIS
R4
94
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Área de Estudo
(AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020); e RMBH (PDDI,2012).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Região Metropolitana de Belo Horizonte, Área de Estudo
1:700.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 10 20 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MS_RMBH_colar_A3_v04
Embora tenha sido lançado em 2011, o PDDI-RMBH ainda não foi implementado por força
de lei. O Projeto de Lei Complementar 74, que “institui o Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado da RMBH” foi enviado à Assembleia Legislativa em 2017, mas sequer chegou a
ser votado e atualmente se encontra arquivado.
Apesar de seu arquivamento, é notório o valor e a riqueza de seu conteúdo. Dessa forma,
optou-se aqui por abordá-lo brevemente diante da relevância de seus diagnósticos e
propostas nas áreas de mineração, meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico.
Ademais, apesar de arquivado, o Projeto de Lei ainda pode ser retomado, votado e
aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
De modo geral, o PDDI-RMBH está dividido em duas partes: a primeira se refere aos
estudos setoriais integrados que compõem um diagnóstico interdisciplinar e abrangente
sobre a RMBH. Nessa seção, temas como uso do solo, centralidades, mobilidade urbana,
comunicações, habitação, transporte, saúde, cultura, meio ambiente, entre outros são
analisados detalhadamente e servem para balizar as propostas de políticas e programas
trazidas pelo Plano. A segunda parte, por sua vez, é justamente o conjunto de propostas de
políticas setoriais, projetos e investimentos prioritários para toda a RMBH.
Nesse contexto, o PDDI-RMBH aponta para algumas tendências gerais, das quais se
destacam: a expansão da exploração minerária e dos setores metalúrgico e siderúrgico na
RMBH e no seu entorno, com impactos ambientais consideráveis; e manutenção dos
investimentos privados nos municípios já dotados de infraestrutura ou com base de recursos
naturais exploráveis.
Diante de tais tendências, o Plano, por meio das políticas setoriais, projetos e investimentos
prioritários elaborou uma proposta intitulada de Política Metropolitana Integrada para o
Desenvolvimento de Territórios Minerários. Esta política se justifica, de acordo com o PDDI-
RMBH, por conta da baixa efetividade observada na interlocução entre as mineradoras,
governos e sociedade.
Embora o ZEE seja válido para todo o território nacional, optou-se, neste documento, por
uma abordagem na esfera municipal diante da possibilidade de espacialização e foco
específico nos municípios interceptados e localizados no entorno do Projeto Apolo (Caeté e
Santa Bárbara). Os mapas apresentados nessa seção também contemplam o ZEE dos
municípios do entorno imediato do empreendimento (Rio Acima, Raposos e Barão de
Cocais), todavia, estes não são objeto de análise específica, pois o empreendimento está
localizado apenas nos municípios de Caeté e Santa Bárbara, e devem seguir as suas
diretrizes.
Por sua vez, a Potencialidade Social é o conjunto de condições atuais, medido pelas
dimensões produtiva, natural, humana e institucional que determina o ponto de partida de
um município para alcançar o desenvolvimento sustentável.
18
Integridade da flora; integridade da fauna; susceptibilidade dos solos à contaminação; susceptibilidade dos solos à
erosão; susceptibilidade geológica à contaminação das águas subterrâneas; disponibilidade natural de água; condições
climáticas.
co
NOVA
FERNANDES
nti
APARECIDA BOM JESUS
SOARES
M G434
L M G7
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SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ
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RIBEIRÃO DAS NEVES PR
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SÃO GONÇALO
79
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0 2 BARÃO DOMINGOS
0
7815000
7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG4 PIRACICABA
33 SANTA LUZIA NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
ES DOM SILVÉRIO
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS RIO
UNA DE CIMA BARRA
ITABIRITO OURO DOCE
PRETO MARIANA LONGA
Vulnerabilidade Natural
SÃO GONÇALO
Muito Alta
BORGES
DO RIO ABAIXO
CONDOMÍNIO
MG
DUAS PONTES
QUINTAS
Alta
43
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5
MESTRE GALVÃO
CAETANO B R381
Média
PENEDIA
POMPÉU
CARVALHO
29
Baixa
MG-1
DE BRITO VARGEM DA LUA
CAETÉ
Muito Baixa
6
MG
7800000
7800000
43
26 2
MG
GRANJAS DE SABARÁ HENRICH ROQUE Projeto Apolo Umidade Natural
FREITAS
TAQUARIL
G4
37 Municípios Interceptados pelo
Empreendimento
M
BARÃO DE
COCAIS
Municípios do Entorno
BR26
9 2
12
MG FLORÁLIA
RAPOSOS
BARRA FELIZ
SANTA BÁRBARA . Sede Urbana
!
SOCORRO (
! Distrito ou Povoado
NOVA LIMA BRUMAL
Rodovia Federal
G9
00
AM Rodovia Estadual
Limite Municipal
HONÓRIO
BICALHO
7785000
7785000
SANTA RITA
BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS
CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS
RIO ACIMA
MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000
7770000
FONSECA
0
03
G
M
SANTA RITA
MG326
BR 356 DURÃO
MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL
POTÕES
PORTÕES
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Imóveis (VALE, 2020);
Área de Estudo (AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e Potencialidade - Zonamento Ecológico-Econômico
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
de Minas Gerais (SISEMA; UFLA, 2008) Título:
Vulnerabilidade Natural
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_Vulnerabilidadenatural_A3_v05
620000 635000 650000 665000 680000
MT TO
BOM JESUS BA
BARRO BRANCO
DO AMPARO CHAPADA DOS GO DF ANTÔNIO DIAS
TANOEIROS TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
CANDIDÓPOLIS UNIÃO MINAS GERAISES
MG
co
NOVA
FERNANDES
nti
APARECIDA BOM JESUS
SOARES
M G434
L M G7
tlâ
SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ
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76
LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
G
LM
SÃO GONÇALO
79
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
0 2 BARÃO DOMINGOS
0
7815000
7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG4 PIRACICABA
33 SANTA LUZIA NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
ES DOM SILVÉRIO
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS RIO
UNA DE CIMA BARRA
ITABIRITO OURO DOCE
PRETO MARIANA LONGA
Potencialidade Social
SÃO GONÇALO
Precária
BORGES
DO RIO ABAIXO
CONDOMÍNIO
MG
DUAS PONTES
QUINTAS
Pouco Favorável
43
DA SERRA
5
MESTRE GALVÃO
CAETANO B R381
Favorável
PENEDIA
POMPÉU
CARVALHO
29
Muito Favorável
MG-1
DE BRITO VARGEM DA LUA
CAETÉ
Projeto Apolo Umidade Natural
6
MG
7800000
7800000
43
26 2
MG
GRANJAS DE SABARÁ HENRICH ROQUE Municípios Interceptados pelo
FREITAS
Empreendimento
37
G4
TAQUARIL
Municípios do Entorno
M
BARÃO DE
COCAIS
BR26
12
9 2
. Sede Urbana
!
MG FLORÁLIA
BARRA FELIZ
SANTA BÁRBARA (
! Distrito ou Povoado
RAPOSOS
SOCORRO
Rodovia Federal
NOVA LIMA BRUMAL
Rodovia Estadual
G9
00
AM Limite Municipal
HONÓRIO
BICALHO
7785000
7785000
SANTA RITA
BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS
CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS
RIO ACIMA
MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000
7770000
FONSECA
0
03
G
M
SANTA RITA
MG326
BR 356 DURÃO
MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL
POTÕES
PORTÕES
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Imóveis (VALE, 2020);
Área de Estudo (AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e Potencialidade - Zonamento Ecológico-Econômico
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
de Minas Gerais (SISEMA; UFLA, 2008) Título:
Potencialidade Social
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_Potencialidade_socio_A3_v05
620000 635000 650000 665000 680000
MT TO
BOM JESUS BA
BARRO BRANCO
DO AMPARO CHAPADA DOS GO DF ANTÔNIO DIAS
TANOEIROS TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
CANDIDÓPOLIS UNIÃO MINAS GERAISES
MG
co
NOVA
FERNANDES
nti
APARECIDA BOM JESUS
SOARES
M G434
L M G7
tlâ
SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ
oA
76
LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
G
LM
SÃO GONÇALO
79
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
0 2 BARÃO DOMINGOS
0
7815000
7815000
MG
DE COCAIS DO PRATA
ROÇAS NOVAS FELIPE
RAPOSOS RIO
MG4 PIRACICABA
33 SANTA LUZIA NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
ES DOM SILVÉRIO
RAVENA ANTÔNIO
DOS SANTOS RIO
UNA DE CIMA BARRA
ITABIRITO OURO DOCE
PRETO MARIANA LONGA
SÃO GONÇALO
Zona Ecológica-Econômica 1
BORGES
DO RIO ABAIXO
CONDOMÍNIO Zona Ecológica-Econômica 2
MG
DUAS PONTES
QUINTAS
43
DA SERRA
Zona Ecológica-Econômica 3
5
MESTRE GALVÃO
CAETANO PENEDIA
B R381
6
MG
Zona Ecológica-Econômica 6
7800000
7800000
43
26 2
MG
SABARÁ
Projeto Apolo Umidade Natural
GRANJAS DE HENRICH ROQUE
FREITAS
37
G4
TAQUARIL
Municípios Interceptados pelo
Empreendimento
M
BARÃO DE
COCAIS
Municípios do Entorno
BR26
29 2
M G1 FLORÁLIA
BARRA FELIZ
RAPOSOS
SANTA BÁRBARA
. Sede Urbana
!
NOVA LIMA
SOCORRO
BRUMAL
(
! Distrito ou Povoado
9
Rodovia Federal
00
G
AM
Rodovia Estadual
HONÓRIO
Limite Municipal
BICALHO
7785000
7785000
SANTA RITA
BARRETOS DE
ALVINÓPOLIS
CONCEIÇÃO DO
RIO ACIMA CATAS ALTAS
RIO ACIMA
MORRO
D'ÁGUA
QUENTE
7770000
7770000
FONSECA
0
03
G
M
SANTA RITA
MG326
BR 356 DURÃO
MARZAGÃO CLÁUDIO
ACURUÍ
MANUEL
POTÕES
PORTÕES
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Área Diretamente Afetada - ADA (VALE, 2020); Imóveis (VALE,
2020); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020) e Potencialidade - Zonamento
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Ecológico-Econômico de Minas Gerais (SISEMA; UFLA, 2008) Título:
Zonas Ecológica-Econômica
1:240.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 4 8 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_zee_A3_v05
4.4.2 PLANO DIRETOR DE CAETÉ
O Plano Diretor Participativo de Caeté foi instituído por meio da Lei Ordinária nº 2.496 de
2007. Seu objetivo geral, definido pelo Art. 4, é de orientar, promover e direcionar o
desenvolvimento do Município, mantendo as suas características naturais, dentro de um
desenvolvimento sustentável, priorizando a função social da propriedade, atendendo aos
princípios de justiça social, do direito à cidade e à moradia, proteção do ambiente natural,
participação popular, dentre outros de cunho socioambiental.
19
Lei Nacional nº. 10.257 de 2001, no § 3º do seu artigo 30, determina que, pelo menos, a cada 10 (dez) anos, os
planos diretores devem ser revistos.
20
Definido pela Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981.
Por sua vez, o Art. 88 afirma que será requisito para o deferimento de alvará de
funcionamento e localização para atividades minerais, o Plano de Recuperação Ambiental.
Ressalta-se que, apesar da requisição, o Plano Diretor não traz maiores detalhes sobre o
conteúdo mínimo, tampouco sobre as relações do Plano de Recuperação Ambiental com o
empreendimento mineral que terá requisição de alvará para localização e funcionamento.
t ico
10
BOM JESUS
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G0
SANTA DO AMPARO NOVA ERA
M
SP RJ
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BOM JESUS LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
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DO AMPARO SÃO GONÇ ALO
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
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DE COCAIS DO PRATA
RAPOSOS RIO
77
6 MG43 4 NOVA LIMA
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BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
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7815000
7815000
OURO BARRA DOCE
ITABIRITO MARIANA
PRETO LONGA
SANTA LUZIA
MG4 3
3
Posses
Zoneamento Rural- Plano Diretor
de Caeté/MG
APA- Antônio
BR38 1 Vias/Acessos
Descoberto dos Santos
Localidade Rural
MG4
Expansão Urbana
Zona Urbana
35
APA- Águas SÃO GONÇALO
Áreas de Interesse Turístico
DO RIO ABAIXO
Serra da
Piedade Penedia Área de Proteção Ambiental
Zona Rural
Quintas
da Ser ra Projeto Apolo Umidade Natural
APA - MG -1
29 . Sede Urbana
!
Rodovia Federal
CAETÉ
6
43
SABARÁ Ribeirão
7800000
7800000
MG
Bonito Rodovia Estadual
APA- Juca Limite Municipal
7 Vieira
MG43
BARÃO DE
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B R262
2 9
M G1
RAPOSOS
SANTA BÁRBARA
M G 26
NOVA LIMA 2
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MG
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G9
M
A
7785000
7785000
CATAS ALTAS
RIO ACIMA
M
G
32
6
®
Base Cartográfica (Fonte): Projeto:
Limite Municipal (IBGE, 2015); Localidades (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021); Área de Estudo
(AMPLO,2020); Localidades da AID - Área de Influência Direta (AMPLO 2020); e Plano Diretor Municipal (Arquivos Públicos da Prefeitura de Caeté).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Plano Diretor Municipal de Caeté, Área de Estudo
1:200.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
Projeção: Transverse Mercator
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_PlanoDiretor_Caete_A3_v09
Com base na Figura 4-8 percebe-se que parte da ADA do empreendimento em estudo está
localizada em zona rural e sobreposta à parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Juca
Vieira, assim como outros empreendimentos minerários. A APA apresenta plano de manejo,
e a viabilidade do Projeto Apolo Umidade Natural, assim como em outras unidades de
conservação, passa pela anuência de seu conselho.
Sendo assim, com base nas diretrizes e definições apontadas pelo Plano Diretor
Participativo de Caeté sobre atividades de mineração, o Projeto Apolo é compatível com a
legislação local. No entanto, é necessário que algumas exigências sejam atendidas para a
sua implementação, a exemplo da obtenção do licenciamento ambiental junto aos órgãos
competentes, da realização de ações compensatórias, da elaboração do Plano de
Recuperação Ambiental e da compatibilidade com o ZEE da área afetada, conforme versam
os Artigos 87, 88 e 91.
O Plano Diretor do Município de Santa Bárbara foi instituído, inicialmente, por meio da Lei
Complementar nº 1.436 de 2007. Todavia, treze anos mais tarde, o Plano foi revisto e
republicado com base na Lei Complementar nº 1.982 de 2020.
Em seu Art. 1, a atual Lei define o Plano Diretor como o instrumento básico da política de
desenvolvimento municipal de Santa Barbara, sob aspectos físico, ambiental, tecnológico,
social e econômico, a fim de promover o direito à cidade sustentável definido como o direito
à moradia, ao meio ambiente protegido, à infraestrutura urbana, aos serviços públicos, ao
trabalho e ao lazer para as presentes e futuras gerações, atendendo as aspirações da
sociedade e orientando as ações do poder público e da iniciativa privada.
No que se refere à mineração, o Plano a sugere como um potencial eixo estratégico para o
desenvolvimento do município. Logo em seu Art. 4 o Plano Diretor versa sobre a realização
e fortalecimento de parcerias entre os setores público e privado do ramo da mineração que
acarretem benfeitorias socioeconômicas e estruturais para a população municipal, bem
como no desenvolvimento ambiental, social e economicamente sustentável.
Mais adiante, um dos principais itens do Plano Diretor de Santa Bárbara trata do
ordenamento territorial, cuja finalidade é orientar o parcelamento, o uso e a ocupação do
solo a partir de zoneamentos com base na capacidade de suporte das diferentes porções
territoriais do município.
GO DF ANTÔNIO DIAS
TAQUARAÇU ITABIRA
LAGOA DE MINAS NOVA
CONFINS SANTA
.
! UNIÃO MINAS GERAISES
MG
co
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BOM JESUS
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SANTA DO AMPARO SP NOVA ERA
RJ
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LUZIA an
RIBEIRÃO DAS NEVES PR
O ce
SÃO GONÇALO
DO RIO ABAIXO
SABARÁ CAETÉ SÃO
BARÃO DOMINGOS
DE COCAIS DO PRATA
RAPOSOS RIO
PIRACICABA
NOVA LIMA SANTA CATAS
BÁRBARA ALTAS SEM-PEIXE
RIO ACIMA ALVINÓPOLIS
7800000
7800000
.
! ES DOM SILVÉRIO
(Macrozoneamento)
ZVA - Zona de Vulnerabilidade
SANTA BÁRBARA Ambiental
ZCA - Zona de Conservação
.
!
Ambiental
ZDES - Zona de
Desenvolvimento
ZRA - Zona de Recuperação
Ambiental
ZU - Zona Urbana
.
! Sede Municipal
Vias e Acessos
Rede Hidrográfica
Corpo d'água
7780000
7780000
CATAS ALTAS
.
!
Limite Municipal
®
Base Cartográfica (Fonte):
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021), Plano Diretor de Santa
Bárbria (Prefeitura de Santa Bárbara, 2021)
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Plano Diretor Municipal de Santa Bárbara - Minas Gerais
1:180.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 27/08/2021 A3 AP_MS_PlanoDiretor_SantaBarbara_A3_v05
O Art. 11 do Plano Diretor define dez diretrizes para a ZCA:
V. garantia da produção de água para abastecimento público por meio da proteção dos
mananciais, incluindo o ribeirão do Caraça, responsável pelo abastecimento da sede;
VII. manejo da mata de candeia com exploração dos subprodutos como extração de
essências medicinais, do óleo de candeia e mel;
Com base nas diretrizes e definições da ZCA apresentadas pelo Plano Diretor de Santa
Bárbara, fica claro o caráter mais restritivo e protecionista desta Zona. Todavia, o Parágrafo
Único do Art. 11 deixa claro também a possibilidade de instalação de empreendimentos e
atividades de exploração mineral desde que haja licenciamento ou autorização ambiental
dos órgãos governamentais competentes em consonância com as leis vigentes.
Dessa forma, apesar das restrições, o Plano Diretor prevê a possibilidade de instalação de
empreendimentos minerários na ZCA. No entanto, para isso, caberá ao empreendedor obter
as licenças e as permissões ambientais junto aos órgãos competentes.
Sendo assim, esforços foram realizados em busca de planos, programas ou projetos ligados
a essas comunidades nos municípios interceptados pelas estruturas do Projeto Apolo. No
entanto, não foram identificadas comunidades indígenas, remanescentes quilombolas ou
povos tradicionais reconhecidos, certificados ou titulados considerando um raio de 8 km22 do
empreendimento. Da mesma forma, nenhum plano, programa ou projeto especial foi
encontrado. Maiores informações são descritas no capítulo de Patrimônio Natural e Cultural
deste EIA.
21
O Art. 29 do Plano Diretor Municipal de Santa Bárbara considera como empreendimento de impacto, dentre diversos
outros, aqueles que realizam extração, beneficiamento e tratamento mineral.
22
Portaria Interministerial nº 60, de 24 de Março de 2015.
BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Águas para o
futuro: Cenários para 2020. Volume 2. Brasília, 2006.
MINAS GERAIS. Plano Estadual da Mineração – Diagnóstico do Setor Mineral de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2020.
AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÂO (ANM). Sumário Mineral Brasileiro 2017. Brasília, 2017.
BRASIL, MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Relação Anual de Informações Sociais 2018. Brasília, 2018.
MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Relatório Final. Belo
Horizonte, 2006.
MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Volume I Aspectos
Estratégicos para a Gestão de Recursos Hídricos de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2011.
MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Volume II Instrumentos de
Gestão de Recursos Hídricos. Belo Horizonte, 2011.
MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – Volume III Avaliação do
Sistema Estadual de Gerenciamento de Minas Gerais (SEGRH/MG). Belo Horizonte, 2011.
MINAS GERAIS. Plano Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais - Volume IV Relatório Sobre
Intervenções Estruturais e/ou Estratégicas para Minas Gerais: Propostas de Programas, Projetos e
Ações. Belo Horizonte, 2011.
MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 1: Diagnóstico. Belo Horizonte, 2016.
MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 2: Objetivos, Metas, Estratégias e Sistema de Monitoramento e Avaliação. Belo Horizonte,
2016.
MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 3: Apêndices e Anexo. Belo Horizonte, 2016.
MINAS GERAIS. Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo em Minas Gerais
– Volume 4: Síntese. Belo Horizonte, 2016.
MINAS GERAIS. Lei nº 13.173, de 20 de janeiro de 1999. Dispõe sobre o Programa de Incentivo ao
Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real. Belo Horizonte, 1999.
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS. Projeto de Lei 74 de 2017. Institui o Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Belo Horizonte, 2017.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETÉ. Lei Ordinária nº 2.496 de 2007. Dispõe sobre o Plano Diretor
Participativo de Caeté/MG e dá Outras Providências. Caeté, 2007.
BRASIL. Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
Brasília-DF, 2001.
INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM); CONSÓRCIO ECOPLAN – LUME. Plano
de Ação de Recursos Hídricos da Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos
Piracicaba (PARH Piracicaba). Minas Gerais, 2010.
COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE (CBH DOCE). Deliberação Normativa CBH
Doce nº 90, de 10 de dezembro de 2020. Institui o Plano de Aplicação Plurianual da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce para o período de 2021 a 2025. Governador Valadares, 2020.
COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Programa Revitaliza
Velhas. Disponível em: < https://cbhvelhas.org.br/programarevitaliza/>. Acesso em: 30 mar. 2021.
COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VELHAS). Deliberação CBH
Velhas nº 007, de 15 de dezembro de 2020. Aprova o Plano Plurianual de Aplicação dos recursos da
cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do Rio das Velhas, referente aos
exercícios 2021 a 2023 e dá outras providências. Belo Horizonte, 2020.
BRASIL. Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF. 2010.
No Plano Diretor, podem ser observadas as áreas de intervenção de todas as estruturas que
irão integrar o projeto durante as etapas de implantação e operação (Anexos do Volume 1 -
Anexo I). A Figura 5-1 a seguir apresenta o arranjo do Projeto com a identificação das
principais estruturas.
Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
MG262 MG262 União Bom Jesus
do Amparo MINAS
NovaGERAISES
Santa
co
Era
nti
Luzia
tlâ
SP Bela Vista RJ
oA
ACESSO Barão de São Gonçalo PR
de Minas
O ce
an
NORTE/BARÃO Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo
Raposos Rio
7795000
7795000
Piracicaba
Nova
Lima
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis
é
et
Ca
rá
ba
Itabirito Mariana Barra
Ouro Preto
ESTOQUE MATERIAIS
Sa
Longa
ADME-3
LENHOSOS 01
ACESSO
NORTE/CAETÉ
Estruturas do Plano Diretor
Cava
é
et
RAMAL Pilha de Estéril
EF
Ca
VM
FERROVIÁRIO
ESTOQUE MATERIAIS Ramal Ferroviário
LENHOSOS 02
Pêra Ferroviária
ESTOQUE MATERIAIS
DIQUE 2B
LENHOSOS 03
Acessos e Estruturas Associadas
Ba r ã o i s
de
Dique, SUMP e Sala de Bomba
a
PORTARIA NORTE CAETÉ PÁTIO
Coc
PÊRA FERROVIÁRIA
os
7790000
po
é
Ra
et
Área de Segurança
Ca
ra
PDE B
LENHOSOS 05
a
Projeto Apolo Umidade Natural
á rb
aB
nt
Sa
PONTO DE TCLD Rodovia
CAPTAÇÃO
PC5 SUMP 2A Vias/Acessos Externos
DEPÓSITO DE PAIOL
EXPLOSIVOS Ferrovia
DIQUE 2A USINA 1
ACESSO AOS DIQUES
PDE A Limite Municipal
ESTOQUE
MATERIAIS ESTOQUE MATERIAIS
LENHOSOS 08 SUMP LENHOSOS 06
7785000
7785000
ACESSO DIQUE 1 1A-II
ADME-2
DIQUE 1A
ACESSO AO
DUIQUE 3 SALA DE
BOMBAS
SUMP PORTARIA SUL
1A-I
CAVA
SUMP 3-II
ACESSO AO SUMP
DIQUE 3 ESTOQUE
MATERIAIS
LENHOSOS 07
a
im
SUMP 3-I
Ac o
Ri
7780000
7780000
630000 635000 640000 645000
®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Unidade Conservação (SEMA, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Projeto Apolo - Estruturas do Plano Diretor
1:70.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_PlanoDiretor_A3_v04
5.1 ETAPA DE PLANEJAMENTO
Parte das atividades inerentes à Etapa de Planejamento já haviam sido concluídas embora
estejam sendo revisitadas de modo a promover o adequado alinhamento com revisões e
atualizações do projeto.
Frente 1 - Mina
Mobilização 1 3 1 3 0%
Infraestrutura 3 18 3 18 0%
Supressão Vegetal 3 4 3 4 0%
Pavimentação-drenagem 8 14 8 14 0%
Civil 12 18 12 18 0%
Montagem 15 20 15 20 0%
Comissionamento 32 6 32 6 0%
Frente 2 - Usina (Incluí canal de proteção da mata
primária)
Mobilização 1 3 1 3 0%
Infraestrutura 4 10 4 10 0%
Supressão Vegetal 4 2 4 2 0%
Pavimentação-drenagem 9 11 9 11 0%
Civil 12 15 12 15 0%
Montagem 15 23 15 23 0%
Comissionamento 33 8 33 8 0%
Mobilização 1 3 1 3 0%
Infraestrutura 4 6 4 6 0%
Supressão Vegetal 4 1 4 1 0%
Pavimentação-drenagem 6 7 6 7 0%
Mobilização 1 3 1 3 0%
Infraestrutura 4 6 4 6 0%
Supressão Vegetal 4 1 4 1 0%
Pavimentação-drenagem 6 10 6 10 0%
Mobilização 1 3 1 3 0%
Infraestrutura 4 10 4 10 0%
Supressão Vegetal 4 2 4 2 0%
Pavimentação-drenagem 7 9 7 9 0%
Pre-stripping
Pre-stripping 25 14 25 14 0%
Drenagem da Cava
Infraestrutura 25 6 25 6 0%
Pavimentação-drenagem 28 10 28 10 0%
Ferrovia
Mobilização 1 3 1 3 0%
Infraestrutura 4 15 4 15 0%
Supressão Vegetal 4 4 4 4 0%
Pavimentação-drenagem 7 17 7 17 0%
Civil/Ferrovia 12 7 12 7 0%
Start up - Operação
Start up 41 1 41 1 0%
PDE B 70 18 70 18 0%
Nota: a desmobilização da mão de obra acontecerá gradativamente durante toda a Etapa de implantação, conforme o avanço das fases construtivas demande alteração dos contratos, finalizando com a conclusão da etapa de implantação propriamente dita.
O transporte de equipamentos importados será feito por via marítima até o porto de Vila
Velha (ES). Eventualmente, serão utilizados os portos do Rio de Janeiro e de Santos. A
partir do porto, o transporte será rodoviário, em caminhões convencionais ou caminhões
especiais com peso de eixo entre 12 e 28 t.
O transporte aéreo de equipamentos será utilizado para cargas com peso de até 5 t, via
aeroporto de Confins (MG).
Embora o trajeto anterior - BR 381/MG 436/MG 262 - seja mais longo, o traçado da MG 262
é muito sinuoso e, utilizá-lo para acesso ao Projeto, implicará na circulação de caminhões
de grande porte atravessando a cidade de Caeté.
O acesso pela Portaria Norte do Projeto Apolo poderá ser feito de duas formas, a saber:
A partir de Caeté, pode-se acessar o Projeto Apolo pelo denominado Acesso Norte Caeté,
percorrendo-se cerca de 8 km pela estrada que leva ao distrito de Morro Vermelho. No
ponto situado a cerca de 1 km antes de Morro Vermelho, há um entroncamento onde,
tomando-se a esquerda, segue-se por cerca de 7 km até a Portaria Norte Caeté.
O acesso terá seu uso limitado em função das suas dimensões, por isso será utilizado
exclusivamente por ônibus para o transporte da mão de obra e para fornecedores locais de
materiais e equipamentos que demandem veículos utilitários ou caminhões de menor porte.
O segundo acesso ao norte do Projeto Apolo se dará a partir da MG-262, em local entre as
cidades de Caeté e Barão de Cocais que dista 5 km de Caeté e 24 km de Barão de Cocais.
A partir dessa rodovia, toma-se o acesso denominado Acesso Norte Barão no sentido
Msol. Percorrendo-se cerca de 12 km até a rotatória do Acesso Norte Caeté, chega-se ao
local onde os dois acessos se reúnem em um único, em local próximo à portaria Norte do
projeto.
Serão necessárias adequações no trecho do Acesso Norte Caeté, por meio de alargamento
da via para garantir segurança ao tráfego de ônibus, veículos utilitários e caminhões de
pequeno porte.
O Acesso Norte Barão servirá à circulação de caminhões de maior porte (12 a 28 t). Parte
deste acesso já existe e parte será implantado. Nos trechos existentes deste acesso, serão
necessárias adequações no traçado e o alargamento da via, de forma a garantir segurança
no tráfego de ônibus, veículos utilitários e caminhões de maior porte.
A Portaria Norte Caeté atenderá a ambos os acessos localizados a norte do projeto - Norte
Caeté e Norte Barão - que se juntam antes dessa portaria formando um único acesso.
A Figura 5-2 mostra o arranjo espacial dos acessos externos aqui descritos.
Portanto, está previsto que, para o transporte de mão de obra serão utilizados os seguintes
acessos externos: i) estrada existente interligando a cidade de Caeté ao projeto (Acesso
Norte Caeté); ii) estrada existente interligando a cidade de Raposos e a intercessão ao
Acesso Norte Caeté; iii) e, o novo Acesso Norte Barão, chegando ao Projeto Apolo pela
Portaria Norte Caeté.
Estrutura l 1911
Caldeiraria l 610
Tubulação Aço Carbono l 465
Total Geral 7944 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23 48 79 150
% de Distribuição Mês a Mês 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,01 0,01 0,02
Caminhões Mês 662 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 4 7 13
ELÉTRICA
TOTAL GERAL DE CARRETAS (28, 18 e 12 ton)/Mês 0 0 0 35 184 399 661 878 1061 1195 1245 1169 939 652
TOTAL GERAL DE CARRETAS (28, 18 e 12 ton)/Dia 0 0 0 2 8 18 30 40 48 54 57 53 43 30
TOTAL GERAL DE CARRETAS (28, 18 e 12 ton)/Hora 0 0 0 0 1 2 4 5 6 6 7 6 5 4
Efetivo Geral da obra 138 162 217 355 683 1166 1624 1876 2015 2111 2123 2051 1818 1613 1701
Efetivo Sem os alojados 25 30 40 77 161 255 377 435 463 487 473 437 404 396 411
ÔNIBUS
Efetivo que vai transitar Geral 113 132 177 278 523 911 1246 1441 1552 1625 1649 1614 1414 1217 1290
Efetivo que vai transitar AC. Principal B.C (40%) 45,2 53 71 111 209 364 499 576,4 620,8 649,93 659,8 645,6 565,6 487 516
Quantidade de ônibus dia 1 1 2 3 5 9 12 14 16 16 16 16 14 12 13
Quantidade de ônibus hora 0 0 0 0 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2
pequeno
Carro
TOTAL GERAL DE TRÂNSITO NO ACESSO PRINCIPAL BARÃO DE COCAIS/DIA 49 49 50 52 62 75 90 102 111 119 121 117 105 90
TOTAL GERAL DE TRÂNSITO NO ACESSO PRINCIPAL BARÃO DE COCAIS/HORA 6 6 6 7 8 9 11 13 14 14 15 14 13 11
FERNANDES Lagoa
(APARECIDA
Taquaraçu DF
Santa de Minas Nova GO
SOARES
! Itabira
União Bom Jesus
(
! Santa do Amparo MINAS GERAIS Nova
ES
Era
co
Luzia
nti
Bela Vista
tlâ
SP de
RJ Minas
oA
Barão de
o
PR João e a n
tic
Sabará Caeté Cocais Oc
Belo Monlevade
n
tlâ
Horizonte
oA
an
Rio O ce
ROÇAS NOVAS FELIPE Raposos
SANTA LUZIA
Piracicaba
(
! (
!
!
. Santa Bárbara
Nova Lima Catas Altas
Rio Acima
Alvinópolis
SÃO BENEDITO
ANTÔNIO
(
!
RAVENA Itabirito
Ouro Preto
Mariana Barra
(
! DOS SANTOS Longa
(
!
( Portaria
!
Acesso Norte Barão
Acesso Norte Caeté
!
(
BORGES
DUAS PONTES ! Principais Acessos à Sedes
CONDOMÍNIO PENEDIA Municipais do Entorno
(
VENDA NOVA
(
! MESTRE QUINTAS !
( (
! (
!
DA SERRA GALVÃO
(
!
CAETANO Rodovia
COCAIS
POMPÉU (
!
CARVALHO (
!
DE BRITO Acesso Norte/Barão Projeto Apolo Umidade Natural
(
!
SABARÁ ( CAETÉ
7800000
7800000
!
.
!
!
. HENRICH Localidades/Referências
GRANJAS DE ROQUE
FREITAS (
! / Capital Estadual (Belo Horizonte)
"
TAQUARIL !
(! CONDOMÍNIO . Sede Municipal
(
!
CAMPRESTRE
JUCA VIEIRA Localidade
Acesso Norte/Caeté BARÃO DE
(
! (
!
RANCHO NOVO
(
!
COCAIS
/ BELO
"
HORIZONTE
!
.
MORRO Limite Municipal
VERMELHO
RAPOSOS
(
!
!
( BARRA FELIZ
!
. !
(
LOTEAMENTO NOSSA
SENHORA DO Portaria
PERPÉTUO SOCORRO SOCORRO
Norte Caeté
!
(
NOVA LIMA !
(
BRUMAL !
!
. ANDRÉ DO MATO DENTRO (
(
! (NÚCLEO PRINCIPAL)
ANDRÉ DO MATO DENTRO
( (CABURÉ)
!
HONÓRIO
BICALHO
!
(
CRUS DOS PEIXOTOS
(
!
CONCEIÇÃO DO
7780000
7780000
RIO ACIMA
(
!
!
.
VALE DO SOL
RIO ACIMA
!
.
( ÁGUA LIMPA
!
620000 640000 660000
®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015). Limite Estadual e Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso
(AMPLO, 2019); Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Mapa Localização e Principais Acessos ao Projeto Apolo
1:180.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 3 6 Geoprocessamento Amplo 26/07/2021 A3 AP_CE_PrincipaisAcessos_A3_v04
5.2.1.3 ACESSOS INTERNOS
Além das estradas existentes, os seguintes acessos estão previstos para as obras do
empreendimento:
▪ Acessos às áreas da Usina, das Estruturas de Apoio e do Dique 2B: para acessar
essas estruturas poderá ser utilizado tanto o Acesso Norte Caeté e o Acesso Norte
Barão descrito anteriormente, quanto o acesso a partir da Portaria Sul, que atravessa
a área prevista para a futura cava e pode também ser visualizado na Figura 5-3.
Nesse acesso (Acesso aos Diques) está prevista a adequação do acesso existente e
a construção de novos trechos onde a via não atender os requisitos técnicos para o
tráfego dos caminhões que transportarão os materiais e equipamentos da obra.
Ressalta-se que por esse também, é previsto o acesso às áreas destinadas para o
decapeamento inicial na cava;
▪ Acesso às áreas da PDE A e respectivo Dique 2A de contenção de sedimentos: a
pilha será provida, inicialmente de um acesso construtivo provisório com 10m de
largura e declividade longitudinal máxima de 11%, iniciando nas proximidades da
cava da mina e percorrendo o trecho que será ocupado futuramente pela pilha a fim
de evitar impactar novas áreas e otimizar a DMT. O acesso provisório é substituído
pelo acesso definitivo à medida que a pilha é formada, intercalando a largura de 7 e
30 m e declividade longitudinal máxima de 10%. Esse acesso receberá canal de
drenagem superficial e servirá para a manutenção da pilha. As bermas foram
concebidas com inclinação transversal de 5% e longitudinal de 1%, de acordo com o
projeto de drenagem superficial;
▪ Acesso à área dos Paióis de Explosivos e Acessórios: constituirá um novo trecho de
estrada a partir do acesso que se inicia na Portaria Sul descrita anteriormente;
▪ Acesso ao Ramal Ferroviário: para alcançar diferentes trechos do ramal, será
priorizada a adequação das estradas existentes (cerca de 10 km), estando prevista a
construção de novos trechos (cerca de 3,5 km) onde as vias não atendem os
requisitos técnicos para tráfego de caminhões que transportarão os materiais de obra
e equipamentos. Ressalta-se que essas estradas serão utilizadas também para
acesso ao Alojamento;
▪ Acesso às áreas dos Diques 3 e 1A de contenção de sedimentos da cava e do Ponto
de Captação PC5: em função do sequenciamento da lavra, as águas pluviais na área
da cava irão drenar para esses diques por volta dos anos 5 e 10 de lavra,
respectivamente. Por isso, essas estruturas e os respectivos acessos serão
prioritariamente construídos na etapa de operação. O trecho até o ponto de captação
de água PC5 deverá ser executado ainda durante a etapa de implantação;
▪ Acessos existentes internos a Cava: acessos existentes na região da cava serão
utilizados para a instalação dos poços profundos e do canteiro para montagem dos
equipamentos de mina. Todos esses acessos começarão no acesso que se inicia na
Portaria Sul. Conforme informado, espera-se que por volta do ano 10 da operação
essa estrutura seja remanejada conforme o avanço da lavra para uma posição
Ressalta-se que o acesso construtivo do ramal ferroviário será o Acesso Norte Barão, que
possuirá traçado paralelo ao traçado do ramal.
MG262
de Minas
MG262 União Itabira
Bom Jesus
Santa do Amparo MINAS GERAIS Nova
co
ES
Luzia Era
nti
Bela Vista
ACESSO NORTE/BARÃO
t lâ
SP de
RJ Minas
oA
Barão de an
PR
O ce
João
Belo Sabará Caeté Cocais Monlevade
Horizonte
Rio
Raposos
Piracicaba
Santa Bárbara
Nova Lima Catas Altas
EF
Rio Acima
Alvinópolis
VM
Ca
té
cai e
et
Sa
d
Itabirito Mariana Barra
Cae
s
é
Ouro Preto
ão
ba
Longa
rá
Bar
ACESSO NORTE/CAETÉ
Co
rá Acessos Internos
ba
Sa
os Implantação
os
R ap
Implantação e Operação
Operação
DIQUE
2B
ACESSO
AO DIQUE 2B Projeto Apolo Umidade Natural
PORTARIA NORTE CAETÉ (
!
s
so
7790000
7790000
ACESSO PDE B Portaria
po
et é
(
!
Ra
Ca
et é r
Ca ba Rodovia
S a nt
a
Ba
ár
Co
rão s
B
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nt Acessos Externos
c
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Sa
ár b
ACESSO PDE A PDE B Ferrovia
ara
E DIQUE 2A
Ac
im
a
Ri o A ci
Caet
é
a m
CAVA
(
! PORTARIA SUL
7780000
7780000
630000 640000
®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Unidade Conservação (SEMA, 2020), ADA - Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Acessos de Implantação e Operação do Projeto
1:70.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 19/07/2021 A3 AP_CE_Acesso_ImplantacaoOperacao_A3_v01
5.2.1.4 TIPOS DE PAVIMENTO
▪ Pavimento asfáltico:
− CBUQ - revestimento com espessura de 4,0 cm;
− Camada de base: solo estabilizado granulometricamente (cascalho) - espessura de
20,0 cm;
− Camada de sub-base: solo estabilizado granulometricamente (cascalho) - espessura
de 20,0 cm;
Cerca de 97% das áreas a serem impermeabilizadas são acessos revestidos. Na Tabela
5-3, apresenta-se uma síntese dos tipos de pavimentos a serem utilizados e respectivas
áreas ocupadas.
Ao longo do traçado do Acesso Norte Barão, especificamente na altura da estaca 337, foi
prevista a instalação de um viaduto sobre a Estrada de Ferro Vitória Minas - EFVM.
O viaduto tem como objetivo dar continuidade do Acesso Norte Barão às áreas do
empreendimento, bem como preservar os caminhos rurais existentes no entorno do futuro
ramal, assim como garantir o acesso para manutenção, aos dois lados da plataforma
ferroviária.
Além desses dispositivos, no acesso da instalação que se inicia na Portaria Sul e atravessa
a futura área da cava até a britagem primária e platô da oficina (Desenhos 4010MA-B-
00010, 4010MA-B-00011, 4010MA-B-00012, 4010MA-B-00013, 4010MA-B-00014, 4010MA-
B-00015, 4010MA-B-00016, 4010MA-B-00017 e 4010MA-B-00018 – Anexos do Volume 1 -
Anexo II) e no acesso aos paióis de explosivos foi previsto também:
Esse canal de proteção, que evitará que qualquer sedimento proveniente dessa estrutura se
deposite na região de mata primária situada a jusante da mesma, terá seção trapezoidal e
revestimento em concreto com largura de base de 1,20 altura de 1,20 e declividade de
parede de 1H:1V.
O canal deverá apresentar declividade mínima de 0,5% e nos trechos em que a declividade
de fundo exceder a 10%, deverá ser implantada em degraus, garantido o assim escoamento
torrencial no decorrer da estrutura.
Borda
Q Base Altura Decliv. Coef. de Profund. Velocidade
Canal XH:1V Livre
(m³/s) (m) Parede (m) Mínima (%) Manning (m) (m/s)
(m)
CANAL 9,60 2,00 1,20 1,5 1,5 0,015 0,96 0,24 5,07
O volume de detenção necessário para sedimentação das partículas foi determinado a partir
da verificação da eficiência de retenção dos reservatórios. Essa avaliação foi realizada
comparando os tempos de queda das partículas com os tempos de residência médio das
vazões referentes a um evento com tempo de retorno (TR) de 02 anos e duração de 24
horas, conforme metodologia proposta por Haan (1993).
Apresentam-se na Tabela 5-6 e na Tabela 5-7 os tempos de queda das partículas sólidas
para regimes de escoamento permanente laminar em função dos diâmetros dos grãos e o
tempo de residência da cheia de TR 02 anos e duração de 24 horas nos reservatórios das
estruturas de contenção, respectivamente.
Estrutura Áreas de Drenagem (ha) Vazão Afluente (m³/s) Tempo de Residência (h)
5.2.2 PORTARIAS
Eventualmente, poderá ser usada a Portaria Sul para acesso ao Projeto, utilizando-se a
estrada existente que liga área do projeto às cidades de Rio Acima e Itabirito. Esta portaria
estará localizada na ADA da futura cava. A citada estrada atravessa o PARNA Gandarela e
não passará por adequações, comportando, portanto, apenas o tráfego de veículos de
pequeno porte.
A Portaria Norte (Desenho 7030MA-A-00001 – Anexos do Volume I - Anexo II) foi projetada
para recebimento e controle da entrada e saída da mão de obra, de fornecedores, de
máquinas e equipamentos. Será composta por recepção, sala para vigilância, sanitários,
estacionamento para veículos leves e caminhões, parada de ônibus, balança rodoviária,
cancelas e catracas para controle de entrada e saída de pessoal, instalações sanitárias com
tanque de acumulação de efluente sanitário, área para geradores de energia. A instalação
atenderá as etapas de implantação e de operação do empreendimento.
A Vale prevê que cerca de 2.600 pessoas serão contratadas durante a implantação do
projeto e que virão, prioritariamente, dos municípios vizinhos ao empreendimento (Caeté,
Santa Bárbara, Barão de Cocais, Raposos e Rio Acima). Cerca de 2100 contratados, pela
proximidade e facilidade de acessos ao projeto, realizarão deslocamentos diários em ônibus.
A proporção de mão de obra oriunda de cada município será equivalente ao porte
populacional de cada um deles. Nesse caso, Caeté será o principal fornecedor de mão de
obra, Barão de Cocais e Santa Bárbara, com porte populacional um pouco menor que o
primeiro município (mas equivalente entre si) virão a seguir. Raposos e Rio Acima terão
menor representatividade no computo geral dos contratados. O restante da mão de obra
será de trabalhadores oriundos de territórios mais distantes. Para um contingente previsto
de 480 pessoas, há previsão de alojamento na área do projeto.
Para prover o projeto de mão de obra qualificada oriunda dos municípios abrangidos, será
realizado levantamento de mão de obra desempregada no SINE (Sistema Nacional de
Empregos) dos municípios vizinhos, a partir da qual deverá ser estruturado um programa de
qualificação a ser operacionalizado com foco na realização de cursos voltados para as
demandas das obras. Este programa de qualificação, em princípio, objetivará à qualificação
de auxiliares de obras (construção civil, mecânica e elétrica), carpinteiros, armadores e
operadores de máquinas.
5.2.4 CONSTRUÇÃO
O prazo para execução das obras considerando todas as perdas em função do período
chuvoso / demais improdutividades é de 39 + 1 mês de Start Up (exceto testes operação
assistida).
Por meio do carregamento de recursos foram gerados os histogramas de mão de obra, onde
o maior volume ocorrerá entre o primeiro e o segundo ano de obra, sendo que o pico de
mão de obra é de aproximadamente 2.600 colaboradores.
Não foi aplicado o nivelamento de recursos visto que implicaria numa análise de folga total
ou mudança no plano de ataque apresentado no cronograma. Também não foi feito cálculo
para verificação da super alocação de recursos. Dessa forma, esses procedimentos serão
realizados em uma próxima etapa, de forma a não haver uma diferenciação muito grande na
alocação de recursos entre os meses, incluindo a utilização do calendário de chuvas que
impactam sobremaneira nas obras de infraestrutura.
Para cálculo da Mão de Obra Indireta, foi considerado um percentual de 20% sobre a mão
de obra direta.
3000
2560
2500
2393 2383
2336
2133 2149
2101
2052 2045
1994 1986
2000 1931 1947
1838 1829
1776 1791
1751
1710 1704 1711
1606 1609
1532 1524
1480
1500 1426
1338
1141
1046
1000 928951 905
872 859
844
773 754 773
716 732
703
644 628
610 612 610
559 565
514 510508 510 530 523
466 471 473
500 428 425 427 422 422
399 389 397 394
352 358 350 342 341 343
296 322 306 305 285
268 286
190 185
155 151 129 141 174 143 154 163 148
150136
125
122 105 123 100
120
86 85 102 70 93 102 88 94 79 7691
57 31
25530 25 27 25 20 15 32638
0
Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
Quanto ao nível de escolaridade é esperado que 83% do pessoal tenha primeiro grau
completo ou incompleto (ensino fundamental), 15%, tenha segundo grau ou curso de
formação profissional completo (ensino médio) e 2% tenha nível superior (Gráfico 5-2).
2 TERRAPL/OBRAS CIVIS/DREN/PAVIM 23 405 418 493 1295 1186 1096 1128 1050 1024 946 1 1 1 1 1 514 514 491 422 311 307 174 1 1
9 COMPRESSOR 750 PCM 322 298 276 281 261 256 234 119 119 113 98 72 70 39
ESCAVADEIRA HIDRÁULICA -
10 82 76 70 71 66 65 59 30 30 29 25 18 18 10
HYDRAULIC EXCAVATOR
11 MOTONIVELADORA - MOTOR GRADER 46 45 43 47 44 43 41 28 28 27 22 16 16 10
12 MOTOSSERRA GASOLINA 1 4 4 4 1 1
PERFURATRIZ SOBRE ESTEIRAS -
13 322 298 276 281 261 256 234 119 119 113 98 72 70 39
CRAWLER DRILL
14 ROLO COMPACTADOR - COMPACTOR 24 31 29 31 29 28 28 25 25 24 20 17 17 11
ROLO COMPACTADOR DE PNEUS
15 1 1 1 1 1
AUTOPROPELIDO 21 T - 97 KW
TRATOR AGRÍCOLA COM GRADE -
16 12 15 14 16 15 14 15 13 13 12 11 9 9 6
TRACTOR WITH DISC PLOUGH
18 MONTAGEM 1 1 1 1 3 5 6 13 23 35 48 83 92 114
CAMINHÃO TIPO MUNCK - TRUCK
19 1 1 1 1 1 2 2 3 3 3 4 4 4 5
LOADING CRANE
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
20 1 1 1 1 1 2 2 5 8 12 16 27 31 38
CRANE - 025 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
21 1 1 1 1 1 2 2 5 8 12 16 28 31 38
CRANE - 030 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
22 1 1 1 3 6 9 13 25 27 34
CRANE - 090 TON
Continua...
Equipamentos Mês 26 Mês 27 Mês 28 Mês 29 Mês 30 Mês 31 Mês 32 Mês 33 Mês 34 Mês 35 Mês 36 Mês 37 Mês 38 Mês 39 Mês 40 Mês 41
12 MOTOSSERRA GASOLINA
PERFURATRIZ SOBRE ESTEIRAS -
13 45 37 8 1
CRAWLER DRILL
14 ROLO COMPACTADOR - COMPACTOR 10 8
ROLO COMPACTADOR DE PNEUS
15
AUTOPROPELIDO 21 T - 97 KW
TRATOR AGRÍCOLA COM GRADE -
16 5 4
TRACTOR WITH DISC PLOUGH
17 TRATOR DE ESTEIRA - BULLDOZER 6 5 2 1
18 MONTAGEM 80 56 60 56 48 54 33 24 16 3
CAMINHÃO TIPO MUNCK - TRUCK LOADING
19 2 1 1 1 1 3 3 3 2 1
CRANE
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
20 27 19 20 19 16 18 11 9 6 1
CRANE - 025 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
21 27 19 21 20 17 18 11 8 5 1
CRANE - 030 TON
GUINDASTE HIDRÁULICO - HYDRAULIC
22 25 18 20 19 16 16 9 6 5 1
CRANE - 090 TON
Tabela 5-9: Estimativa dos materiais e insumos previstos para a etapa de implantação.
Forma de
Materiais e Insumos Quant. Unid. Origem Transporte
Acondicionamento
Aço para concreto 2.500 t Brasil Rodoviário Carga seca
Estruturas Metálicas 1.911 t Brasil Rodoviário Carga seca
Areia 12.000 m³ Brasil Rodoviário Carga seca
Brita / Pedra de Mão 101.052 m³ Brasil Rodoviário Carga seca
Tinta 10.000 m³ Brasil Rodoviário Tambor / galão
CBUQ 3.000 t Brasil Rodoviário Carga seca
Caminhão Tanque
Óleo Diesel 3.300 m³/ano Brasil Rodoviário
Petroleiro
Cabos de energia 350.855 m Brasil Rodoviário Carga seca
Tubulação 270 t Brasil Rodoviário Carga seca
5.2.6.2 CONCRETO
Está prevista a instalação de duas Centrais de Concreto com capacidade de 30 m³/h para
atender ao pico de consumo de 1.333 m³. Para chegar-se a esta capacidade considerou-se
aproximadamente 190 h/mês de trabalho (22 dias/mês e 8,8 h/dia) e um fator de eficiência
de 70%. O consumo estimado de água é de aproximadamente 0,30 m³ para cada m³ de
concreto, ou seja, estima-se o consumo total de aproximadamente 5.693m³ de água (18.976
m³ de concreto x 0,30 m³ de água/m³ de concreto).
Os caminhões betoneiras serão lavados a cada nova mistura para garantir a qualidade do
concreto a ser produzido e para retirar o acúmulo de incrustações na superfície interna do
balão. Para conter a água de lavagem e os resíduos (lastro), será construída uma bacia de
decantação. A limpeza dessa bacia será realizada periodicamente, sendo os resíduos
destinados para a área da ADME 3 e o efluente será reutilizado na produção do concreto ou
na aspersão das vias. Estima-se que o lastro gerado seja de 1,0 a 2,0% do volume total
preparado, ou seja, cerca de 250 a 500m³ de resíduos sólidos de concreto.
O revestimento com CBUQ está previsto na área compreendida entre a portaria Norte e os
platôs da usina, administrativos e das oficinas. O CBUQ será fornecido por empresas
terceirizadas em caminhões basculantes apropriados.
Para o Projeto Apolo Umidade Natural foi previsto, no pico da etapa de implantação, a
demanda de 93,2 m³/h de água bruta que será captada no córrego Cachoeira (captação
superficial) e em dois poços profundos (captações subterrâneas). As localizações dos poços
e do ponto de captação no córrego Cachoeira podem ser observadas no Plano Diretor da
Etapa de Operação (Desenho 0000MA-L-00927, Anexo ao Volume I - Anexo I).
A demanda de água tem os seguintes usos previstos: compactação de aterro, umectação
das vias de acesso e nas obras civis para a cura de concreto (60 m3/h); alimentação das
Estações de Tratamento de Água – ETA (capacidade conjunta de 15,5 m3/h); para serviços
dos canteiros (17,7 m³/h) e reserva para combate a incêndio.
A Tabela 5-10 relaciona os pontos de captação ao volume de água que será captado para
atender a Etapa de implantação.
Coordenadas Demanda
Ponto
X Y (m³/h)
PC 5 (Córrego Cachoeira) 636.328 7.787.362 39,6
Poço 3 638.353 7.784.990
53,6
Poço 7 638.905 7.786.357
Cada um dos 3 pontos de captação será interligado a um reservatório de água bruta (pond)
por linhas adutoras. Esses reservatórios se constituirão em tanques escavados no solo
providos de revestimento com manta de PEAD para garantir a impermeabilização do
terreno.
▪ ETA no Alojamento;
▪ ETA Mina definitiva da operação. Ressalta-se que essa ETA terá maior
capacidade de tratamento de água na etapa de implantação em função do
maior número de empregados nessa fase. Quando da etapa de operação, essa
ETA será adequada por meio da redução do número de módulos que a
compõem. A localização dessa ETA pode ser observada no Plano Diretor
(Desenho 0000MA-L-00927 – Anexo ao Volume I - Anexo I).
A Tabela 5-11 apresenta a relação das referidas ETA e as edificações que serão atendidas.
A água tratada nas ETAs será armazenada em reservatórios elevados do tipo taça e a partir
desses, redes de distribuição e/ou caminhões pipa suprirão os pontos consumidores.
Ressalta-se que as ETAs estarão de acordo com o padrão ABNT - NBR 12.216/1992 e
conforme a Resolução CONAMA 357/2005 do Ministério do Meio Ambiente e Portaria n°
2.914/2014 do Ministério da Saúde. Visto que a água proveniente dos poços será tratada
para torná-la potável, o método a ser utilizado para tratamento da água compõe-se das
seguintes etapas: filtração e desinfecção.
A demanda necessária de energia para a obra será de até 4 MW. A energia elétrica será
fornecida por geradores a diesel que serão instalados junto às estruturas de apoio
(canteiros, alojamentos, áreas de montagem e estocagem de materiais, insumos e
equipamentos) e frentes de obra. Com a conclusão da instalação da rede de energia
elétrica, alguns desses geradores poderão ser desmobilizados e mantidos como reserva
para os casos de queda de energia.
A energia elétrica do empreendimento será fornecida pela linha de transmissão (LT) de 138
kV da CEMIG, com extensão aproximada de 22 km, que ligará a subestação elétrica SE-
Para apoiar as atividades de implantação do Projeto Apolo, estão previstas edificações que
abrigarão as equipes da empresa gerenciadora de obras, da Vale e das empresas
contratadas para as obras:
As áreas de canteiros de obras destinam-se ao trabalho das equipes das empreiteiras que
executarão os serviços de instalação do empreendimento. Está sendo prevista a instalação
dos canteiros de obras relacionados a seguir.
5.2.7.3 ALOJAMENTO
O alojamento terá capacidade para acomodar até 480 colaboradores das obras de
implantação. Seu arranjo pode ser visualizado na Figura 5-12.
Na área para treinamentos, contida na mesma edificação, estão previstos auditórios, copa e
instalações sanitárias. Nessa área são previstas, ainda, instalações para o pessoal ligado a
segurança do trabalho, composta por salas de apoio, depósito, copa e instalações
sanitárias.
Ressalta-se que os demais empregados, envolvidas nas obras do TCLD, PDE A e de mina
serão atendidos pelos ambulatórios dos canteiros de obras.
A área contará com uma grande cobertura para estacionamento dos ônibus e vans, onde
será feito o embarque e desembarque de passageiros. Para isto estão previstas 05 vagas
de ônibus e 04 vagas de vans.
Na parte destinada aos serviços existirão áreas para higienização e guarda de louças,
higienização de panelas e vasilhas, recebimento, lavagem de alimentos, depósito de caixas,
despensa, câmaras frias para carnes, laticínios e hortifruti e antecâmara.
Existirão ainda depósito para produtos químicos, depósito para material de limpeza, lixo
climatizado, sala de equipamentos, sala elétrica, sala para nutricionista e administração e
vestiários para os funcionários.
Serão preparadas até 192 refeições no horário de almoço para serem servidas no refeitório.
No restaurante também serão preparados e entregues 527 lanches diários para o pessoal
de turno.
Externa ao prédio, haverá doca para carga e descarga que facilitará o recebimento de
produtos.
Além das áreas de cozinha estão previstas também sala de nutricionista, lixo, depósito de
caixas, depósito de material de limpeza, depósito de GLP e DIR tipo caçambas.
Como já foi descrito anteriormente também, o efluente do restaurante será direcionado por
gravidade para a ETE nessa fase de operação.
Os paióis de explosivos, portanto, serão instalados para serem utilizados desde a etapa de
implantação do empreendimento e serão compostos por dois depósitos, sendo um para o
armazenamento dos explosivos, boosters e cordéis e outro para o armazenamento de
acessórios iniciadores como espoletas e estopins (Figura 5-13).
Ressalta-se que esses mesmos galpões serão utilizados na etapa de operação, para
atender a demanda do desmonte com explosivos na atividade de lavra do minério/estéril.
Os paióis foram dimensionados para atender uma massa média detonada de 14 Mta, com
as seguintes capacidades:
Fonte: Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (R-105) – Anexo XV – Tabela 2.
Fonte: Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (R-105) – Anexo XV – Tabela 3.
Na entrada do platô haverá uma guarita para controle de acesso, contando com segurança
na área durante 24 horas por dia. Ainda será previsto sistema de Circuito Fechado de
Televisão – CFTV para monitoramento de todas as estruturas do paiol de explosivos.
Os limites das áreas de supressão deverão ser demarcados por serviço de topografia, tanto
nas áreas de vegetação florestal como nas áreas de vegetação aberta, em acordo com a
licença emitida pelo Órgão. O sentido da supressão deverá favorecer o afugentamento da
fauna e, portanto, deverá ocorrer em direção às áreas de remanescentes vegetacionais
existentes na região.
Estas foram alocadas em oito áreas, que serão dotadas de sistema de drenagem e bacias
para contenção de sedimentos.
A localização dessas áreas pode ser visualizada no Plano Diretor (Desenho 0000MA-L-
00928).
A utilização prevista para este material será para a reabilitação das áreas expostas,
inclusive da ADMEs.
5.2.9 TERRAPLENAGEM
9 Dique 2A e Sump 2A-I 202.861 4.324 0 198.537 Volume Total p/ PDE-A 198.537 198.537
TOTAL 11.566.226 8.005.405 1.365.384 4.569.541 - 253.711 167.815 60.353 342.337 1.860.940 1.008.720 356.664 519.000 4.569.541
Para a geometria dos taludes, de corte e aterro, foram adotados os seguintes valores:
O material considerado inadequado para emprego como material de aterro, seja por
qualidade ou por excesso, e o material resultante da limpeza do terreno deverão ser
encaminhados para as ADMEs, conforme informado. Os locais foram escolhidos em função
das distâncias em relação as frentes de terraplenagem, observando e dando maior ênfase
aos impactos ambientais, evitando-se as nascentes e cursos d’água, áreas de vegetação
naturais em melhores condições ecológicas em relação à ocupação do empreendimento,
sítios arqueológicos, entre outras restrições.
Para isso, é prevista a intervenção inicialmente na porção norte da cava, objetivando abrir
frentes suficientes para iniciar a lavra, conforme pode ser observada no Plano Diretor de
Implantação - Desenho 0000MA-L-00928 no Anexos ao Volume 1 - Anexo I.
Nas atividades de decapeamento, cerca de 70% das rochas saprolíticas serão lavradas sem
o uso de explosivos, utilizando escavadeiras hidráulicas e tratores de esteira. Nas áreas
onde o material apresentar resistência maior, serão utilizados explosivos: ANFO (nitrato de
amônio e óleo) e emulsões conforme descritos anteriormente no Item 5.2.7.5.
Parte do material gerado no decapeamento poderá ser utilizado para revestimento das vias
de acesso internas do empreendimento e os pátios. Ressalta-se também que o serviço de
decapeamento será realizado por empresa especializada, sob fiscalização da Vale.
A PDE A foi projetada para atender a disposição do estéril a ser gerado nos primeiros 5
anos de operação.
O nível d’água na seção estudada nas análises de estabilidade foi estimado e assumiu-se
que os drenos irão drenar toda água do interior da pilha, tendo assim, um nível máximo que
seria o topo do dreno.
Parâmetros de Resistência
Material
(kN/m3) c’ (kN/m2) ’ (º)
Estéril 18 10 28
Colúvio 18 10 26
Sólido Residual de Quartizito 18 10 30
Saprólito de Quartzito 19 15 27
Quartzito 25 250 42
▪ Simulações
Será implantando um sistema de drenagem interna composto por drenos de fundo que têm
a função de coletar as contribuições provenientes do desaguamento subterrâneo e também
do aporte das águas oriundas da recarga aplicada ao material da pilha.
As vazões de projeto são determinadas por meio de balanço hídrico, aplicado nas áreas de
contribuição para cada linha de dreno. A seção drenante mínima é calculada segundo
regime de fluxo turbulento, equação de Wilkins (1956).
Equação 4-1
Na qual:
P = Precipitação (mm);
ES = Escoamento superficial (mm);
ETR = Evapotranspiração real (mm);
R = Recarga (mm).
No balanço hídrico adotou-se o intervalo de tempo mensal, uma vez que em intervalos
inferiores a premissa de que o balanço hídrico é nulo não é necessariamente válida.
Para determinar as vazões de projeto foi realizado o balanço hídrico a partir dos dados de
precipitação média mensal, conforme descrito no item adiante 5.2.12.6 no qual se apresenta
o Gráfico 5-4. Médias mensais de precipitação, e, considerando os coeficientes de
escoamento superficial iguais a 0,45 e 0,30 para as áreas de PDE e áreas naturais,
respectivamente.
A Tabela 5-19 e na Tabela 5-20 mostram os resultados dos balanços aplicados às áreas da
futura PDE A.
Os drenos de fundo deverão apresentar seção suficiente para escoar a vazão produzida em
todos os anos de operação da estrutura. Assim, será verificada a seção mínima que o dreno
deverá apresentar para escoar as vazões produzidas. Dessa forma, a seção adotada será
aquela que atender a todos os anos de operação a fim de garantir o pleno funcionamento da
pilha, evitando a saturação do maciço que poderia levar a desestabilização da estrutura.
O material a ser utilizado para as seções do dreno de fundo da pilha de estéril deverá
apresentar D50 (diâmetro efetivo) igual a 80 mm. Os trechos do talvegue natural que serão
preenchidos por este material deverão apresentar as declividades e áreas especificadas. O
dimensionamento hidráulico para a determinação da área mínima do dreno de fundo para a
pilha de estéril deverá ser calculado considerando a utilização do Método de Wilkins.
Em que:
Rh = raio hidráulico médio (m), definido como a razão entre o volume dos vazios e a área
superficial das partículas, valor aproximado:
(Equação 4.3)
Em que:
Em que:
Para evitar a colmatação dos drenos pelo carreamento do material fino do maciço, o projeto
buscou atender aos seguintes critérios:
Para atender a esses critérios, o filtro entre o corpo do maciço do aterro e o dreno será
composto por uma transição de materiais com gradação granulométrica: areia, brita 0 e
brita 3.
350,0
300,0 292
274
250,0 242
206
200,0
Chuva (mm)
100,0
55,8
50,0 39,2
28,8
11,5 15,3 14,8
0,0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Para definição das chuvas de projeto, foi utilizada a referência definida e apresentada na
publicação “Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e Hidráulicos em Obras de
Mineração” (PINHEIRO, 2011). Na Tabela 5-23 são apresentadas as chuvas de projeto
utilizadas para o desenvolvimento deste estudo.
Essa norma indica os seguintes critérios para projetos de sistemas de drenagem superficial:
“[...] a) dispositivos de pequenas vazões, tais como canaletas de berma e descidas d’água:
considerar as vazões calculadas para tempos mínimos de recorrência de 100 anos; e b)
dispositivos de grandes vazões, tais como canais de coleta e condução d’ água: considerar
as vazões calculadas para tempos mínimos de recorrência de 500 anos.”
Cit ,T A
Qp = 3, 6
Equação 5.5
Em que:
É importante ressaltar que esse método é aplicável para bacias de contribuição com até
1,00 km², conforme recomendado por Pinheiro (2011). Entretanto, existem adaptações para
aplicações em bacias com áreas até 10,00 km², multiplicando-se a Equação 5.5 por um
coeficiente de retardo , apresentado pela Equação 5.6 a seguir:
= n
1
A
Equação 5.6
Em que:
O tempo de contenção foi calculado usando o Método Cinemático, obtido pela seguinte
expressão:
Equação 5.7
Em que:
Para o cálculo da vazão de projeto das bermas considerou-se como referência a estrutura
de maior área de contribuição.
1 2 1
Qadm = A ( A ) 3 I 2 Equação 5.8
n 2P
Em que:
*Batista, Márcio Benedito – Fundamentos de engenharia hidráulica / Márcio Benedito Baptista, Márcia Maria
Lara Pinto Coelho. – 3. ed. rev. e ampl. – Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. 480p. – (Ingenium)
5.2.12.8.3 BUEIROS
Para o dimensionamento hidráulico dos bueiros, foi considerada uma declividade de fundo
que garantisse o seu funcionamento em regime supercrítico, funcionando como canal.
Dessa forma, o dimensionamento foi efetuado limitando-se a vazão admissível à vazão
correspondente ao regime crítico, com altura característica da energia específica igual à sua
altura. Assim para bueiros tubulares a vazão admissível é calculada pela Equação 5.9, a
seguir:
Em que:
Já para bueiros celulares a vazão admissível pode ser calculada pela Equação 5.10:
(0,8 B H )5
1/ 3
I 1/ 2
Qadm = 2
(B + 1,6 H )
Equação 5.10
n
Em que:
Vale ressaltar que essas equações já apresentam implicitamente uma folga de 20% no
dimensionamento, ou seja, o bueiro trabalha com uma profundidade de fluxo de 80% de
diâmetro / altura, garantindo a premissa de funcionamento como conduto livre.
As bermas da PDE A terão largura mínima igual a 7,0 m. Para a drenagem das bermas,
optou-se por utilizar a geometria das mesmas que serão executadas em solo laterítico.
Destaca-se que solução semelhante já foi adotada em projetos da VALE, como exemplo a
drenagem superficial da PDE Cata Branca na Mina do Pico em Itabirito.
Dessa maneira, para concentrar o escoamento, a berma deverá ter declividade transversal
em direção ao talude de 5% e declividade longitudinal de 1% para o direcionamento até os
canais periféricos, conforme desenho esquemático mostrado na Figura 5-15 a seguir:
A altura disponível para o fluxo de água será de 0,27 m, atendendo ao critério de borda livre
mínima de 20% como aplicado a equação de Manning. Esta adoção permite aumentar o
nível de segurança da estrutura, mediante aumento da capacidade de vazão, evitando fuga
de água e ocorrência de processos erosivos na face dos taludes de jusante. Também são
previstas leiras de proteção na extremidade externa das bermas, em solo compactado, com
altura mínima de 0,50 m.
Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas foi de
1,12 m/s, também estando dentro dos padrões de segurança.
▪ Canaletas de Topo
▪ Canaletas de Acesso
▪ Canais Periféricos
Para a PDE A foram dimensionados os canais periféricos que receberão toda contribuição
proveniente dos outros dispositivos de drenagem superficial. Para o dimensionamento
também foi utilizada a equação de Manning. A Tabela 5-28 apresenta a síntese destes
dimensionamentos.
Nos estudos foi utilizada a metodologia de Manning para o trecho com declividade inferior a
10%, considerando o fluxo em regime uniforme. E para os trechos com regime
gradualmente variado (trecho em degraus), verificou-se o fluxo no regime tipo “Skimming
Flow”, por meio do software SISCCOH.
A Tabela 5-29 apresenta o dimensionamento dos trechos em degraus das descidas de água
e canais periféricos, com declividades acima de 10%.
▪ Bueiros
Tubular
Bueiro 1 0,60 - - 0,70 1,50 Concreto Canal 0,63
Simples
Celular
Bueiro 2 8,632 2,00 2,00 - 1,50 Concreto Canal 9,65
Simples
Celular
Bueiro 3 12,62 2,30 2,30 - 1,50 Concreto Canal 13,7
Simples
Tubular
TP01 2,24 - - 1,20 1,50 Concreto Canal 2,42
Simples
Tubular
TP02 4,63 - - 1,30 1,50 Concreto Canal 5,61
Duplo
As vazões efluentes das drenagens internas deverão ser monitoradas durante todo o ano,
nos períodos de estiagem e de chuvas, por meio da placa de leitura de vazões, a ser
instalada a jusante da saída da drenagem interna.
De forma geral, as principiais atividades que compõem suas etapas de construção são
descritas abaixo:
Ano 0:
Ano 1:
Ano 2:
Ano 3:
Ano 4:
Ano 5:
Observações:
Estima-se que será necessário realizar limpeza de 1,0 m nas ombreiras esquerda e direita,
1,0 m da fundação e 1,0 m no leito da drenagem do dique, com a finalidade de eliminar todo
material solto e a cobertura vegetal.
O Dique 2A foi dimensionado para crista na El. 1.279,00 m e a soleira do extravasor na El.
1.278,00 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 18 m e talude (inclinação da parede) de 2(H):1(V).
O Gráfico 5-10 e o Gráfico 5-11 ilustram a relação cota x descarga dos sistemas
extravasores do Dique 2A e do Sump 2A-I, respectivamente.
1.278,96
Elevação (m)
1.278,72
1.278,48
1.278,24
1.278,00
0,00 7,00 14,00 21,00 28,00 35,00
Vazão (m³/s)
1.308,20
1.307,96
Elevação (m)
1.307,72
1.307,48
1.307,24
1.307,00
0,00 3,60 7,20 10,80 14,40 18,00
Vazão (m³/s)
As relações Curva Cota x Volume são apresentadas na sequência no Gráfico 5-12 e Gráfico
5-13, respectivamente para o Dique 2A e Sump 2A-I.
1.278,96
Elevação (m)
1.278,72
1.278,48
1.278,24
1.278,00
0,00 0,34 0,68 1,02 1,36 1,70
Volume (1.000 m³)
1.308,20
1.307,96
Elevação (m)
1.307,72
1.307,48
1.307,24
1.307,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Volume (1.000 m³)
A base da PDE B será instalada na etapa de operação, pois, a disposição de estéril só será
iniciada após exaustão da PDE A, prevista para o 5º ano de lavra.
Contudo, o Dique 2B e o Sump 2B-I, que tem como função principal a Contenção de
Sedimentos da PDE B, serão construídos e operados na etapa de implantação, pois nessa
etapa atuarão na contenção de sedimentos gerados durante as atividades de terraplenagem
nas áreas da pêra ferroviária e dos platôs da usina e das estruturas e apoio.
Estima-se que deverá ser realizada limpeza de 1,0 m nas ombreiras esquerda e direita, 1,0
m da fundação e 1,0 m no leito da drenagem do dique, com a finalidade de eliminar todo
material solto e de cobertura vegetal.
O Dique 2B foi dimensionado para crista na El. 1.022,0 m e a soleira do extravasor na El.
1.021,0 m. O emboque do sistema extravasor a ser verificado, foi projetado em seção
trapezoidal com largura de 32 m e talude (inclinação da parede) de 2(H):1(V). O Gráfico
5-14 e Gráfico 5-14 apresentam a relação cota x descarga do extravasores do Dique 2B e
Sump 2B-I, respectivamente.
1.022,20
1.021,96
Elevação (m)
1.021,72
1.021,48
1.021,24
1.021,00
0,00 11,00 22,00 33,00 44,00 55,00
Vazão (m³/s)
1.021,96
Elevação (m)
1.021,72
1.021,48
1.021,24
1.021,00
0,00 11,00 22,00 33,00 44,00 55,00
Vazão (m³/s)
A curva Cota x volume consideradas no trânsito de cheia do Dique 2B e Sump 2B-I, são
apresentadas no Gráfico 5-16 e Gráfico 5-17, respectivamente.
1.022,20
1.021,96
Elevação (m)
1.021,72
1.021,48
1.021,24
1.021,00
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00
Volume (1.000 m³)
1.029,86
Elevação (m)
1.029,52
1.029,18
1.028,84
1.028,50
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00
Volume (1.000 m³)
Para escoamento do produto do projeto até o Porto de Tubarão será implantado um Ramal
Ferroviário que será conectado na existente Estrada de Ferro Vitória à Minas – EFVM em
seu km 45+070,4m.
Na Pera Ferroviária será realizado o carregamento do produto nos trens e a inversão das
composições durante a etapa de operação. O produto será carregado por 04 pás
carregadeiras que farão a carga dos vagões ferroviários. Em seu km 5+800, está previsto
um rabicho de 240 metros para estacionamento de vagões avariados. No Desenho 2623MA-
B-00101 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI) é possível verificar esses segmentos.
As seções transversais do Ramal do Projeto Apolo terão largura variável ao longo do seu
eixo. As variações na plataforma da via irão ocorrer de acordo com as características físicas
do local, com as condições de fundação, com a existência de drenagem e com a presença
de curva no traçado.
A faixa de domíno considerada para foi definida como sendo uma faixa demarcada de 15
metros de largura para cada lado à partir do eixo. Nas áreas onde irão existir mais de uma
linha, foi considerado o eixo mais externo da plataforma. Quando esta faixa não
compreender completamente as estruturas do ramal, irá prevalecer uma distância de 10
metros além dos offsets do projeto. Nas regiões de corte e aterro considerou-se
offset +5,0 m.
▪ Sublastro;
▪ Lastro;
Tabela 5-34: Estimativa de material a ser utilizado por quilômetro de ferrovia implantada.
5.2.14.3.3 SUBLASTRO
Desta forma, entre a camada de lastro e o subleito haverá uma camada de sublastro, com
espessura igual a 20 cm. A função do sublastro é, dentre outras, absorver e transmitir, de
forma homogênea e mais distribuída, os esforços da camada superior (lastro) e impedir a
contaminação do lastro com finos. O grau de compactação desta camada será de 100% do
Proctor Normal.
Esta camada será lançada sobre o sublastro, sendo devidamente regularizada, nivelada e
compactada. O nivelamento da ferrovia é garantido ao longo do tempo com restituição desta
camada, que é feito com equipamentos de manutenção.
O lastro tem a função de drenagem e, para garantir esta função, deve ser constituído com
material (brita) com faixa granulométrica adequada (uniforme) e é necessário proceder à
manutenção adequadamente.
5.2.14.3.5 DORMENTES
5.2.14.3.6 TRILHOS
Serão utilizados trilhos longos e soldados (TLS) de 216 metros, do tipo TR-68, com massa
igual a 67,6 kg/m. A Figura 5-17 ilustra a seção típica dos trilhos que serão utilizados.
São dispositivos que permitem a passagem dos trens de uma via à outra, adjacente. Estes
dispositivos serão construídos com trilhos tipo TR-68 e para o Ramal do Projeto Apolo serão
utilizados com configuração de abertura 1:20.
A Tabela 5-35 apresenta os AMV que serão instalados identificando a sua configuração de
abertura e localização relativa ao eixo da estrada de ferro.
Os AMV serão apoiados em dormentes de madeira desde as agulhas até a junta da mesma.
A partir daí são utilizados dormentes especiais, com uma escala crescente dos
comprimentos até alcançarem o comprimento de dois dormentes menos a escala do
crescimento. Constituem, pois, um conjunto que se denomina jogo de dormentes especiais
ou comumente jogo de vigotas.
A fixação dos trilhos aos dormentes será elástica e auto-retensora, o que possibilitará o
emprego de trilhos contínuos, eliminando-se as juntas consideradas como ponto fraco da
linha.
5.2.14.3.9 SINALIZAÇÃO
Ao longo das obras, serão instaladas telas-tapume provisórias (tela trançada plástica de
isolamento, na cor laranja) para a sinalização das áreas de risco, canteiros de obras e etc.
Próximo ao km 3+200, sobre a plataforma da via, será construída uma torre de controle.
Esta estrutura será composta por dois pavimentos e ocupará uma área igual a 104 m². A
edificação será construída em concreto armado, fechamento em alvenaria e fundação feita
com sapatas de concreto armado.
O segundo andar desta edificação irá contar com área para o controle operacional da via
férrea, vestiários e copa (Figura 5-19). A copa será equipada com fogão para o preparo de
refeições, geladeira e pia. O fogão será alimentado por dois cilindos de gás liquefeito de
petróleo (GLP), que serão instalados na parte externa do primeiro pavimento.
No interior do bueiro a adutora será apoiada sobre blocos de ancoragem de altura variável,
de tal forma que a inclinação original da adutora seja mantida e a sua manutenção
possibilitada. A Figura 5-20 apresenta, de forma esquemática, a solução adotada para a
interferência na adutora.
O processo construtivo para o bueiro de proteção e inspeção da adutora terá como base a
não interrupção do fornecimento da água. Desse modo, a mesma deverá ser construída
considerando as seguintes etapas: suportação da adutora existente, escavação sob a
adutora, construção do piso, construção das paredes e teto.
Ao longo do traçado do ramal foi prevista a instalação de uma passagem inferior à via férrea
(Figura 5-21).
A respectiva passagem será executada em concreto armado, com 4,5 m x 6,0 m de seção
transversal.
De uma forma geral, as ações para controle da geração desses sedimentos se resumem na
execução das obras potencialmente geradores de maior quantidade de sedimentos
prioritariamente durante o período de seca e a instalação de estruturas de drenagens
superficiais provisórias no entorno das áreas de escavações, direcionadas para estruturas
de contenção de sedimentos (sumps ou diques) que atuarão desde o início e durante todo o
ciclo de vida do empreendimento.
Ressalta-se também que conforme descrito nos itens anteriores referentes à caracterização
de cada uma dessas estruturas, todas foram dimensionadas de modo a atender ou em
alguns casos, conforme informado, a exceder os parâmetros e coeficientes de segurança
normativos e recomendados, de modo a garantir que durante a instalação do
empreendimento não ocorra qualquer possibilidade de falha de tais controles.
Em geral, são estruturas relativamente de pequeno porte, com vida útil de curta duração,
requerendo a manutenção (limpeza) com uma frequência média anual, especialmente após
a ocorrência de eventos chuvosos de alta intensidade (PINHEIRO, 2011).
Assim, considerando a efetivação destas medidas, é esperada uma certa retenção das
partículas sólidas, transportadas no escoamento superficial, reduzindo o aporte de
sedimentos nas estruturas de tratamento à jusante (sumps e diques), aumentando a vida
útil, periodicidade de limpeza, e eficiência das mesmas.
➢ Sistema 1A
O uso e ocupação do sistema 2A, ilustrado na Figura 5-24, apresenta duas sub-bacias em
sua área de contribuição. A sub-bacia do Dique 2A é composta pela vegetação densa a ser
preservada, e uma parcela de área (12,5%) da PDE A. A outra sub-bacia, do Sump 2A,
receberá uma maior contribuição proveniente de uma área industrial projetada e cerca de
87,5% da área da pilha A, além de uma parcela coberta por vegetação densa a ser
preservada.
O sistema 3 contempla duas sub-bacias de contribuição: Dique 3 e Sump 3-I (Figura 5-28),
sendo que ambas apresentam vegetação nativa, a ser preservada, conforme previsto no
plano diretor do Projeto Apolo.
Os dispositivos de drenagem têm como objetivo captar e conduzir para local adequado toda
a água que sob qualquer forma venha a atingir a área em estudo. Seguem abaixo a relação
dos dispositivos de drenagem projetados.
Têm o objetivo captar as águas que se precipitam sobre a plataforma e taludes de corte e
conduzi-las longitudinalmente à plataforma. O local de desague é o ponto de transição entre
o corte e o aterro, de forma a permitir a saída lateral para o terreno natural ou para a valeta
de aterro ou, então, para a caixa coletora de um bueiro de greide.
São previstas para instalação nas banquetas de cortes e bermas de aterros escalonados,
em seção trapezoidal de base igual a 0,20 m, abertura de 0,60 m e altura de 0,20 m, nos
trechos onde o greide possui declividade. Nos trechos com o greide em nível (0%), as
canaletas deverão ser construídas em seção retangular com base de 0,40 m, e altura
variável, conforme a indicação do projeto.
As descidas d’água destinam-se ao alívio das canaletas, quando estas excedem a sua
capacidade, em banquetas, ou nos casos em que pequenos talvegues desembocam em
pontos intermediários de um corte. Normalmente, esses são conectados às caixas coletoras
dos bueiros.
Nos locais onde é prevista a descarga dos dispositivos de drenagem superficial de maior
porte, cujas vazões são mais elevadas, e/ou onde a descarga é efetuada em terrenos de
elevada declividade, focos potenciais de ocorrência de processos erosivos, tornou-se
conveniente a previsão de canais para condução do fluxo d’água até os fundos dos
talvegues.
Essas estruturas foram projetadas com a utilização de degraus, que além de ajudarem no
vencimento dos desníveis, atuam também como elementos eficientes de dissipação de
energia. Para o dimensionamento foram fixadas as alturas da parede e do degrau e
definidas as larguras do canal para diversos valores de vazões afluentes.
São indicados nos pontos terminais das sarjetas e valetas, quando estas deságuam no
terreno natural, e nos pontos de descarga das descidas d’água em aterros e bueiros,
objetivando a prevenção da ocorrência de erosões. Serão utilizados os dissipadores padrão
DNIT.
As caixas coletoras têm por finalidade coletar e destinar as águas oriundas dos sistemas de
drenagem superficiais e talvegues, conduzindo-as para fora do corpo da plataforma por
meio dos bueiros de greide ou bueiros de grota.
O sistema de drenagem subterrânea objetiva o controle das águas sub superficiais para
manutenção do lençol freático a níveis que não comprometam a capacidade de suporte das
camadas finais da terraplenagem, ou causem erosões e escorregamento de taludes.
No interior da pera ferroviária foi indicado um canal trapezoidal em pedra argamassada com
declividade de 1%, com dimensões 9,00X7,00X1,00m. Este direciona o fluxo d'água
provenientes do bueiro do Km 7+270 que receberá, dentre as várias drenagens naturais, a
contribuição da futura PDE B, até o bueiro do Km 7+860. A partir do referido bueiro do Km
7+860 será implantado canal para direcionar o fluxo d’água para o reservatório a ser
formado pelo Dique 2B. Pode-se observar essa seção transversal na Figura 5-30 e a planta
no Desenho 2083MA-B-00001 (Anexos do Volume 1 - Anexo VI) mostrada anteriormente.
Os bueiros são estruturas hidráulicas que objetivam permitir a passagem das águas sob as
obras de terraplenagem. Essas estruturas são também denominadas obras de arte
correntes e são compostas por três partes: a boca de entrada a montante, o corpo da obra e
a boca de saída a jusante.
Para o projeto em estudo as obras de arte corrente foram estudadas com as condições de
escoamento livre, obedecendo ao período de retorno de 25 anos para as bacias menores
que 1 Km2 e 50 anos para as bacias de 1 a 10 Km2 .
▪ Matozinhos;
▪ Aterro Sanitário de Betim (Privado - Essencis);
▪ Aterro municipal de Itabirito (Prefeitura);
▪ Aterro Sanitário Macaúbas (Privado – Grupo Odebrecht);
▪ Aterro municipal de Barão de Cocais.
▪ Portaria Sul;
▪ Central de Concreto;
▪ ETA Central definitiva;
▪ Canteiro Central de Infraestrutura e Vale/Gerenciadora de Obra
▪ Canteiro Central de Montagem Eletromecânica
▪ Canteiro Central de Obras Civis
▪ Canteiro avançado de Infraestrutura
▪ Canteiro avançado de montagem eletromecânica
▪ Canteiro avançado de obras civis
▪ Canteiro de apoio à instalação do Ramal Ferroviário
▪ Canteiro de Obras para apoio as atividades de pequeno porte
▪ Área para estocagem e montagem dos equipamentos de Mina;
▪ Alojamento;
▪ Escritório Central;
▪ Restaurante Central (Refeitório e Cozinha);
▪ Ambulatório/Brigada de Incêndio;
A CMD da etapa de implantação será a mesma central a ser utilizada na etapa de operação
Para pesagem, controle de entrada e saída de resíduos da CMD, será utilizada balança
rodoviária instalada na Portaria Norte.
Para tratamento dos efluentes sanitários gerados durante a etapa de implantação, estão
previstas quatro estações de tratamento de esgoto – ETE do tipo compactas que serão
instaladas no Alojamento, no Canteiro de Obras do Ramal Ferroviário, no platô da mina e no
platô da usina. Ressalta-se que essas duas últimas ETEs serão mantidas para utilização na
etapa de operação, enquanto que as duas primeiras serão desmobilizadas após a etapa de
implantação do empreendimento.
Todo efluente sanitário gerado no empreendimento será tratado nas ETEs definitivas, com
exceção daqueles gerados no Alojamento e no Canteiro do Ramal Ferroviário, uma vez que
essas estruturas terão ETE exclusivas para a fase de obras. A Tabela 5-39 apresenta essas
estruturas com suas respectivas capacidades de tratamento previstas.
O Canteiro de Montagem de Equipamentos de mina e para atividades que ocorrem, por sua
natureza, distantes das instalações sanitárias, as quais apresentam grande mobilidade tais
como serviços de topografia, supressão de vegetação e terraplenagem, terão banheiros
químicos, enquanto os demais canteiros de obras terão tanques de acumulação de esgoto
instalados em suas estruturas. Os efluentes contidos nesses tanques e nos banheiros
químicos serão coletados por caminhões sugadores e transportados até as ETEs definitivas
para tratamento. Para os casos de utilização dos sanitários químicos, serão previstos um
para cada 20 trabalhadores lotados nessas frentes de trabalho.
As ETE compactas serão dotadas de tratamento até etapa terciária (reator anaeróbio de
fluxo ascendente e manta de lodo, reator aeróbio com filtro biológico percolador ou lodos
ativados e desinfecção com cloro) possibilitando o reaproveitamento dos efluentes tratados.
Para tal, reservatórios de acumulação impermeáveis serão implantados à jusante das ETE
de modo a permitir que caminhões pipa utilizem o efluente tratado para usos do tipo:
aspersão de estradas e irrigação de áreas em revegetação, assim não está previsto
lançamento do efluente tratado em nenhum corpo receptor diretamente, e sim o reuso total
dos mesmos.
A construção dessas ETEs será priorizada de acordo com o início das atividades em cada
frente de obra atendida, entretanto, no período em que ainda não estiverem operando,
haverá o acondicionamento dos efluentes gerados em tanques de acumulação e sua
destinação periódica às estações de tratamento externas, devidamente licenciadas. Neste
período, é preconizado pelo Plano de Gestão de Recursos Hídricos que ocorrerá a
fiscalização desta destinação através da apresentação, por parte de cada empresa
responsável pela geração do efluente, dos manifestos de coleta/destinação dos efluentes
que permitam a rastreabilidade do mesmo. Após a instalação das ETEs e início de suas
operações, as mesmas serão monitoradas para garantia da manutenção da conformidade
legal dos parâmetros do efluente tratado.
Para gestão dos efluentes oleosos a serem gerados na etapa de implantação, está prevista
Estação de Tratamento de Efluentes Oleosos – ETEO, a ser alocada no canteiro central de
infraestrutura.
As ETEOs irão operar em circuito fechado, ou seja, o efluente tratado será reutilizado nos
processos de pré-lavagem de equipamentos, não sendo previsto, portanto, qualquer
lançamento desse sistema.
Os caminhões betoneiras serão lavados a cada nova mistura para garantir a qualidade do
concreto a ser produzido e para retirar o acúmulo de incrustações na superfície interna do
balão.
Para conter a água de lavagem e os resíduos (lastro), será construída uma bacia de
decantação. A limpeza dessa bacia será realizada periodicamente, sendo os resíduos
destinados para a área da ADME 3 e o efluente será reutilizado na produção do concreto ou
na aspersão das vias. Estima-se que o lastro gerado seja de 1,0 a 2,0% do volume total
preparado, ou seja, cerca de 250 a 500m³ de resíduos sólidos de concreto.
Para as emissões geradas pela combustão dos motores de equipamentos e veículos, será
realizada manutenção preventiva. Também está previsto um programa de monitoramento
das emissões veiculares com a utilização da Escala Ringelmann, de modo geral, nesse
programa ocorre a verificação prévia, de todos os veículos e equipamentos que serão
utilizados em atividades do empreendimento, tanto nas fases de instalação como de
operação, além das verificações periódicas dos mesmos durante a execução das atividades.
O atendimento aos padrões exigidos de emissão de fumaça, é uma das condições para a
liberação do veículo ou equipamento para ser utilizado no empreendimento.
Se necessário, para assegurar a saúde dos funcionários que irão trabalhar próximo às
fontes de poeira, em atendimento ao estabelecido na legislação trabalhista, serão utilizados
Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC),
bem como outros dispositivos adequados a cada ambiente de trabalho tais como máscaras,
abatimento de pó (aspersão de água), entre outros.
Para assegurar a saúde dos funcionários que irão trabalhar próximo às fontes de ruídos e,
em atendimento ao estabelecido na legislação trabalhista, serão utilizados Equipamentos de
Proteção Individuais (EPI) ou Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), bem como outros
dispositivos adequados a cada ambiente de trabalho tais como abafadores, silenciosos,
isolamentos acústicos, entre outros.
Juntamente com o start up do projeto está previsto que uma parte da equipe, a qual tem
como função principal apoiar os testes e comissionamento dos equipamentos e estruturas,
seja consequentemente desmobilizada, espera-se, contudo, que parte dessa mão de obra
seja aproveitada no quadro de efetivo da Etapa de Operação do empreendimento.
Na etapa de operação do Projeto Apolo, cujo tempo de vida é de 29 anos, são previstas as
atividades listadas a seguir, as quais encontram-se descritas nos próximos itens.
Assim, estima-se que serão mobilizados 740 trabalhadores conforme Tabela 5-41 a seguir.
Quanto à qualificação profissional necessária para a realização das atividades de operação,
90% dos funcionários terão até nível técnico e 10% deverá ter curso superior completo.
5.3.2 LAVRA
O Projeto Apolo prevê a lavra de 14 Mta de ROM, considerando uma vida útil de 29 anos da
mina.
A Tabela 5-42 a seguir, mostra o sequenciamento de lavra obtido para a cava do Projeto
Apolo, enquanto na Figura 5-33 verifica-se a conformação prevista para a cava final. Na
Figura 5-34 exibe-se o sequenciamento de lavra operacional em intervalos mais
significativos que abrange do ano 01 ao 20, considerando os mesmos parâmetros
operacionais da cava final.
Massas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 A 10 Ano 11 A 20 Ano 21 A 29
Minério (Mt) 5,1 13,6 14,0 14,0 14,0 14,0 56,00 139,90 116,8
Estéril (Mt) 0,2 6,2 6,2 5,4 7,0 6,9 31,8 188,4 197,20
Relação Estéril/Minério - REM (t/t) 0,0 0,5 0,4 0,4 0,5 0,5 0,6 1,3 1,7
Obs: A massa de estéril dos acessos às PDEs não consta na tabela, considerando que poderão ser utilizados
para a realização de aterros durante a construção dos acessos.
Assim como na etapa de implantação, a lavra poderá ser executada de duas formas: pelo
método de desmonte mecânico, utilizando-se escavadeiras, pás carregadeiras ou tratores
de esteiras, e pelo método de desmonte com explosivos, quando a frente de lavra for
composta por rochas mais resistentes.
No caso do desmonte com explosivos, para execução da perfuração serão utilizados dois
tipos de perfuratrizes no empreendimento. As perfuratrizes rotativas de grande diâmetro (9”)
direcionada para grandes desmontes e perfuratriz rotopercussiva de menor diâmetro (4”)
direcionada à abertura de mina, acertos de praça e pequenas detonações. A furação
primária será feita por perfuratrizes com diâmetro de 9 7/8”. Na furação secundária serão
utilizadas perfuratrizes de pequeno porte com diâmetro da ordem de 2” a 6”. A malha de
furação e a razão de carregamento variam conforme a rocha seja compacta ou não. Na
furação haverá injeção de água para resfriar a broca, fato que contribui para eliminar ou
reduzir a formação de poeira.
Conforme descrito no item 5.2 da Etapa de implantação, dois tipos de explosivos serão
utilizados: ANFO (mistura de nitrato de amônia e óleo queimado) a ser fornecido pela fábrica
da Mina de Itabira e explosivos encartuchados para os furos que apresentarem surgência de
água. Acessórios como booster, retardos de tempo, cordel detonante, espoleta e estopim
Os projetos dos paióis para armazenamento dos explosivos e acessórios são apresentados
no capítulo da etapa de implantação, em função de sua utilização iniciar na atividade de
decapeamento para preparação da lavra. Portanto, como já informado naquele item que os
paióis de explosivos serão mantidos para a operação, sendo dois depósitos, um para o
armazenamento dos explosivos, boosters e cordéis (Desenho 1080MA-A-00003 - Anexos do
Volume 1 - Anexo III), e outro para o armazenamento de acessórios iniciadores como
espoletas e estopins (Desenho 1080MA-A-00003 – Anexos do Volume 1 - Anexo III).
O acesso para os caminhões fora de estrada da cava até PDE B terá cerca de 4,8 km a
partir da britagem primária. Internamente à cava, os acessos são periodicamente alterados
em função do avanço da lavra.
Com o objetivo de se estimar a vazão a ser bombeada para realizar o rebaixamento de nível
freático para as atividades de mineração foi desenvolvido um modelo hidrogeológico
conceitual e numérico da área de interesse, em que foi representado o entendimento da
dinâmica de circulação hídrica subterrânea (Hidrovia, 2021).
Tabela 5-46: Resumo dos impactos simulados nos cursos d’água x vazões de
desaguamento (m3/h)
Córrego
Ribeirão do Córrego Ribeirão Córrego Impacto Vazão de
Tempo Maria
Prata Cachoeirinha Preto São João total desaguamento
Casimira
Ano 01 0 0 0 -1 0 -1 0
Ano 02 0 0 0 -1 0 -1 30
Ano 03 0 -3 0 -1 0 -4 84
Ano 04 -1 -6 0 -1 -1 -9 44
Ano 05 -1 -6 0 -1 -2 -10 39
Ano 06 -1 -8 0 -2 -2 -13 37
Ano 07 -2 -8 0 -2 -3 -15 36
Ano 08 -2 -8 0 -2 -5 -17 36
Ano 09 -2 -8 0 -3 -6 -19 35
Ano 10 -4 -10 0 -3 -6 -23 36
Ano 11 -4 -10 0 -5 -7 -26 73
Ano 12 -5 -10 0 -9 -8 -32 102
Ano 13 -8 -10 0 -16 -9 -43 128
Ano 14 -12 -10 0 -26 -9 -57 152
Ano 15 -15 -10 -1 -34 -9 -69 174
Ano 16 -18 -10 -1 -44 -10 -83 196
Ano 17 -24 -11 -1 -53 -10 -99 217
Ano 18 -29 -11 -2 -63 -10 -115 238
Ano 19 -34 -12 -3 -72 -10 -131 260
Ano 20 -39 -12 -4 -82 -10 -147 280
Ano 21 -42 -12 -4 -87 -12 -157 248
Ano 22 -46 -12 -5 -91 -12 -166 241
Ano 23 -49 -12 -6 -94 -12 -173 236
Ano 24 -52 -12 -7 -96 -12 -179 234
Ano 25 -54 -12 -8 -98 -13 -185 256
Ano 26 -57 -12 -8 -100 -13 -190 269
Ano 27 -59 -13 -9 -103 -13 -197 277
Ano 28 -62 -14 -9 -104 -13 -202 285
O lançamento será feito diretamente no talvegue natural, que será protegido por uma cama
composta por pedras de mão, para evitar processos erosivos na drenagem natural.
A Figura 5-37 apresenta de forma esquemática essa estrutura descrita para o sistema de
recarga conforme previsto.
PONTOS DEDE
PONTOS
LANÇAMENTO
LANÇAMENTO
TANQUES
TANQUES DE DE
REEBIMENTO COM
RECEBIMENTO CANAIS DE
BOMBAS
BOMBAS COM BOMBEAMENTO CANAIS DE
SUBMERSÍVEIS
SUBMERSÍVEIS BOMBEAMENTO ENROCAMENTO
ENROCAMENTO
PARAPARA PREVINIR
PREVENIR
EROSÕES
EROSÕES
TANQUES
TANQUES
INTERMEDIÁRIOS
INTERMEDIÁRIOS COM
COM BOMBEAMENTO
BOMBEAMENTO
TUBULAÇÕES
TUBULAÇÕES
POÇOS
POÇOS
Cit ,T A
Qp = 3, 6
Equação 4.11
Onde:
it,T é a intensidade média da chuva para uma duração t e um tempo de retorno T (mm/h);
Foi considerado nos estudos, para dimensionamento dos dispositivos, o período de retorno
de 100 anos para as canaletas de berma, canais de drenagem e descidas de água;
Os tempos de concentração foram obtidos por meio do método cinemático. Nas áreas das
bermas e platôs, dos canais periféricos e das descidas de água admitiu-se velocidade de
escoamento de 1,0 m/s e 5,0 m/s. respectivamente.
Os valores dos coeficientes de escoamento adotados para o cálculo das vazões de projeto
foram ponderados segundo as áreas de drenagem para cada tipo identificado acima. Os
coeficientes de escoamento admitidos foram:
Onde:
Q é a vazão em m³/s;
n é o coeficiente de rugosidade de Manning;
A é área molhada em m²;
Rh é o raio hidráulico da seção molhada (m);
I é a declividade longitudinal (m/m).
As bermas da cava foram projetadas com largura mínima de 7,70 metros visando garantir
sua estabilidade, a fim de evitar a utilização de estruturas rígidas no desenvolver das
bermas, as mesmas foram projetadas de forma a operar como canaletas para interceptação
e condução dos escoamentos provenientes dos taludes das bancadas superiores. Deverão
ser implantadas com inclinação longitudinal mínima de 0,5% e transversal de 3,0%.
Tendo em vista que a largura típica mínima da berma será de 7,70 m, a declividade
transversal de 3,0 % e longitudinal de 0,50 %, a altura disponível para o fluxo de água será
de 0,20 m. Como pode ser verificada nos resultados apresentados na Tabela 5-54, a
Quanto à velocidade máxima permissível, YANG (1996) sugere que não supere a 1,95 m/s
para os canais em solo, o resultado máximo obtido no dimensionamento das bermas de
0,90 m/s, também está dentro dos padrões de segurança.
Da Tabela 5-55 a Tabela 5-61 são apresentadas as sínteses dos dimensionamentos das
descidas de água.
Tabela 5-59: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 10º Ano.
Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA05-01 3,30 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-02 0,96 4,46 1,50 1,00 0,011 0,015 0,80 0,20
DA05-03 3,98 4,46 1,50 1,00 0,011 0,015 0,80 0,20
DA05-04 0,52 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-05 0,30 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-06 2,53 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-07 1,53 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-08 1,14 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-09 3,30 4,25 1,50 1,00 0,010 0,015 0,80 0,20
DA05-10 4,87 7,17 1,50 1,50 0,010 0,015 1,20 0,30
DA05-11 0,04 11,65 1,80 1,80 0,010 0,015 1,44 0,36
Tabela 5-60: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 20º Ano.
Altura
Q Base Declividade Coef. de Profund. Borda Velocidade
Tipos Parede
(m³/s) (m) (%) Manning (m) Livre (m) (m/s)
(m)
DA06-01 2,07 7,17 1,50 1,50 0,010 0,015 1,20 0,30
DA06-02 4,28 15,43 2,00 2,00 0,010 0,015 1,60 0,40
DA06-03 2,55 8,51 1,60 1,60 0,010 0,015 1,28 0,32
DA06-04 0,90 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-05 3,67 11,65 1,80 1,80 0,010 0,015 1,44 0,36
DA06-06 1,73 5,96 1,40 1,40 0,010 0,015 1,12 0,28
DA06-07 3,49 11,65 1,80 1,80 0,010 0,015 1,44 0,36
DA06-08 1,16 3,95 1,20 1,20 0,010 0,015 0,96 0,24
DA06-09 2,00 7,17 1,50 1,50 0,010 0,015 1,20 0,30
Tabela 5-61: Síntese do dimensionamento hidráulico das descidas de água – 29º Ano.
Altura Borda
Q Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Parede Livre
(m³/s) (m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
DA20-A-I 4,54 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
DA20-A-II 8,44 9,52 1,90 1,90 0,005 0,015 1,52 0,38
DA20-B-
4,15 4,22 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28
INICIO
DA20-C-
2,60 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
INICIO
DA20-D-
1,82 2,22 1,10 1,10 0,005 0,015 0,88 0,22
INICIO
DA20-E-
1,03 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA20-F-
1,24 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA20-G-
6,01 6,02 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32
INICIO
DA20-H-
4,60 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
INICIO
DA20-I-INICIO 5,36 6,02 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32
DA20-J-INICIO 4,52 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
DA20-K-I 1,17 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
DA20-K-II 2,63 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
DA20-K-III 7,78 8,24 1,80 1,80 0,005 0,015 1,44 0,36
DA20-L-INICIO 3,96 4,22 1,40 1,40 0,005 0,015 1,12 0,28
DA20-M-
2,50 2,79 1,20 1,20 0,005 0,015 0,96 0,24
INICIO
DA29-A-
1,44 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-B-
0,60 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-C-
1,51 1,72 1,00 1,00 0,005 0,015 0,80 0,20
INICIO
DA29-D-I 4,41 5,07 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30
DA29-D-II 5,16 6,02 1,60 1,60 0,005 0,015 1,28 0,32
DA29-E-
7,82 8,24 1,80 1,80 0,005 0,015 1,44 0,36
INICIO
DA29-F-
3,40 3,46 1,30 1,30 0,005 0,015 1,04 0,26
INICIO
Tabela 5-66: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 10º Ano.
Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede xH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP05-01 0,31 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,06 0,50
CP05-02 0,31 0,50 0,50 0,151 0,015 0,40 0,10 7,43 0,50
CP05-03 0,06 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35 0,50
CP05-04 0,42 1,00 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,73 1,00
CP05-05 0,04 0,50 0,50 0,304 0,015 0,03 0,47 3,05 0,50
CP05-06 0,45 1,00 1,00 0,001 0,015 0,80 0,20 0,96 1,00
CP05-07* 0,97 0,50 0,50 0,591 0,015 0,17 0,33 11,21* 0,50
CP05-08 0,14 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35 0,50
CP05-09 0,32 0,50 0,50 0,174 0,015 0,40 0,10 7,99 0,50
CP05-10 0,32 0,50 0,50 0,651 0,015 0,08 0,42 8,20 0,50
CP05-11 0,84 0,50 0,50 0,166 0,015 0,40 0,10 7,79 0,50
Tabela 5-67: Síntese do dimensionamento hidráulico dos canais de drenagem – 20º Ano.
Altura Borda
Base Declividade Coef. de Profund. Velocidade
Tipos Q (m³/s) Parede xH:1V Livre
(m) (%) Manning (m) (m/s)
(m) (m)
CP06-01 0,43 0,50 0,50 0,802 0,015 0,09 0,41 9,70 0,50
CP06-02 0,37 0,50 0,50 0,190 0,015 0,40 0,10 8,34 0,50
CP06-03 0,71 0,50 0,50 0,278 0,015 0,32 0,18 9,47 0,50
CP06-04 1,50 0,50 0,50 0,204 0,015 0,40 0,10 8,65 0,50
CP06-05 4,14 1,50 1,50 0,005 0,015 1,20 0,30 2,82 1,50
CP06-06* 2,24 0,50 0,50 0,377 0,015 0,38 0,12 11,64* 0,50
CP06-07 0,72 0,50 0,50 0,201 0,015 0,40 0,10 8,58 0,50
CP06-08 0,01 0,50 0,50 0,005 0,015 0,40 0,10 1,35 0,50
CP06-09 0,37 0,50 0,50 0,300 0,015 0,11 0,39 6,62 0,50
CP06-10 0,53 0,50 0,50 0,139 0,015 0,40 0,10 7,15 0,50
CP06-11 1,04 1,0 0,50 0,053 0,015 0,40 0,10 5,61 1,0
CA06-01 4,00 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-02 1,07 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
CA06-03 4,68 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-04 5,21 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-05 5,50 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-06* 9,58 1,10 1,10 0,100 0,015 0,86 0,24 10,17* 1,10
CA06-07 2,81 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-08 4,07 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-09 8,40 1,10 1,10 0,100 0,015 0,77 0,33 9,89 1,10
CA06-10* 16,72 1,40 1,40 0,100 0,015 1,02 0,38 11,73* 1,40
CA06-11 1,54 1,00 1,00 0,100 0,015 0,80 0,20 9,61 1,00
CA06-12 0,83 0,50 0,50 0,100 0,015 0,40 0,10 6,05 0,50
5.3.2.5.4.4 BUEIROS
As vazões decorrentes das precipitações diretas na cava e entorno que não são passíveis
de serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para sumps estrategicamente
localizados no fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os canais de
drenagem mais próximos que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques de
Contenção de Sedimentos 1A, 2A, 2B e 3 e seus respectivos sumps associados.
O volume previsto para armazenamento dos sedimentos foi determinado considerando uma
frequência de limpeza de, no mínimo 06 meses e uma taxa de produção média de
Para o cálculo do volume de água referente à precipitação direta da Cava, adotou-se uma
chuva com período de retorno de 10 anos e 24 horas de duração e um coeficiente de
escoamento superficial igual a 0,60.
Tabela 5-86: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps – 20º ano.
Volume de
Área de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
sedimentos
Estrutura contribuição TR 10 anos e 24 necessário reservatório
semestral
(m2) horas (m3) (m3)
(m3)
S06-01 83.401 1.668 6.255 7.923 8.933
S06-02 189.131 3.783 14.185 17.967 19.096
S06-03 524.980 10.500 27.215 37.715 41.168
S06-04 133.250 2.665 9.994 12.659 13.746
S06-05 101.220 2.024 7.592 9.616 10.178
S06-06 160.900 3.218 12.068 15.286 18.255
S06-07 199.799 3.996 14.985 18.981 20.910
S06-08 874.838 17.497 65.613 83.110 84.208
S06-09 76.986 1.540 5.774 7.314 9.286
S06-10 42.665 853 3.200 4.053 4.351
S06-11 103.902 2.078 7.793 9.871 9.994
S06-12 77.677 1.554 5.826 7.379 8.688
S06-13 109.317 2.186 8.199 10.385 13.077
S06-14 64.233 1.285 4.817 6.102 8.723
Tabela 5-87: Síntese do Dimensionamento dos Reservatórios dos Sumps. – 29º ano.
Área de Volume de Volume de água (m3) Volume total Capacidade do
Estrutura contribuição sedimentos TR 10 anos e 24 necessário reservatório
(m2) semestral (m3) horas (m3) (m3)
SUMP 20-A 325.585 6.512 16.878 23.390 25.526
SUMP 20-B 712.582 14.252 36.940 51.192 51.747
SUMP 29-A 385.512 7.263 18.320 25.583 26.673
SUMP 29-B 134.369 2.687 6.966 9.653 10.808
SUMP 29-C 120.879 2.313 6.266 8.579 9.949
SUMP 29-D 525.124 10.502 27.222 37.725 40.206
SUMP 29-E 394.059 7.855 20.428 28.283 31.328
SUMP 29-F 130.383 2.608 6.759 9.367 9.367
Tabela 5-88: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (1º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S01-A 172,84
S01-B 118,81
S01-C 82,12
Tabela 5-89: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (2º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S02-A 157,32
S02-B 50,82
S02-C 62,54
S02-D 55,23
Tabela 5-90: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (3º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S03-A 113,97
S03-B 91,09
S03-C 54,73
S03-D 79,46
S03-E 302,98
Tabela 5-91: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (4º Ano).
Tabela 5-93: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (20º Ano).
Sump Vazão (m³/h)
S06-01 86,88
S06-02 197,01
S06-03 377,99
S06-04 138,80
S06-05 105,44
S06-06 167,60
S06-07 208,12
S06-08 911,29
S06-09 80,19
S06-10 44,44
S06-11 108,23
S06-12 80,91
S06-13 113,87
S06-14 66,91
Tabela 5-94: Vazão de Bombeamento para o período de esgotamento de 3 dias (29º Ano).
Conforme descrito no item anterior, as vazões decorrentes das precipitações diretas na cava
e entorno que não são passíveis de serem retiradas por gravidade, serão conduzidas para
sumps localizados no fundo das cavas, para posteriormente serem bombeadas para os
canais de drenagem mais próximos que, por sua vez, conduzirão as vazões para os Diques
de contenção de sedimentos 1A, 2A. 2B e 3 e seus respectivos sumps associados.
Neste item são listadas as características gerais do Dique 1A e seus respectivos sumps
(Sump 1A-I e Sump 1A-II):
Dique
247,79 516 1.063,00 25.025 171.244 1.075,00 48 39,5
1A
Sump
140,64 3.516 1.461,00 49.651 29.990 1.464,00 14 32,0
1A-I
Sump
52,85 1.321 1.442,00 17.521 30.755 1.446,00 13 65,7
1A-II
Para o Dique 1A, o uso de enrocamento e a declividade indicada para o talude de jusante
visam maximizar a estabilidade global do dique, sendo considerado 3(H):1(V).
A Figura 5-39, Figura 5-40, Figura 5-41, ilustram o arranjo geral do Dique 1A e Sump 1A – I
e II.
A seguir, no Gráfico 5-19, Gráfico 5-20, Gráfico 5-21 é apresentado a relação cota x
descarga do sistema extravasor do Dique 1A, Sump I e Sump II, respectivamente.
1.075,96
Elevação (m)
1.075,72
1.075,48
1.075,24
1.075,00
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00
Vazão (m³/s)
1.465,20
1.464,96
Elevação (m)
1.464,72
1.464,48
1.464,24
1.464,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Vazão (m³/s)
1.446,96
Elevação (m)
1.446,72
1.446,48
1.446,24
1.446,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Vazão (m³/s)
Quanto a chegada ao Sump 1A-I e Sump 1A-II, serão utilizadas derivações dos acessos
internos de mina. Já o acesso fixo de ligação entre os sumps possui cerca de 600 m com
largura de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% (vide Desenho 0000MA-L-00927 -
Plano Diretor de Operação).
Neste item são listadas as características gerais do Dique 3 e seus respectivos sumps
(Sump 3-I e Sump 3-II):
As estruturas de contenção de sedimento (Dique 3, Sump 3-I e Sump 3-II) estão localizados
a sudoeste da Cava do Projeto Apolo. O Dique 3 trata-se de uma estrutura em enrocamento,
galgável, e as outras estruturas (Sump 3-I e Sump 3-II) foram escavadas em solo, estes são
responsáveis por conter sedimentos gerados na parte central da Cava do Projeto Apolo. No
desenho 9024MA-X-02028, podem ser visualizados os arranjos gerais das estruturas de
contenção de sedimentos. Para o Dique 3, o uso de enrocamento e a declividade indicada
para o talude de jusante visam maximizar a estabilidade global do dique, sendo considerado
3(H):1(V).
A Figura 5-42 e Figura 5-43, ilustra o arranjo geral do Dique 3 e Sump 3 – I e II.
A seguir, no Gráfico 5-22, Gráfico 5-23, abaixo são apresentadas a relação cota x descarga
do sistema extravasor do Dique 1A, Sump I e Sump II, respectivamente.
1.169,96
Elevação (m)
1.169,72
1.169,48
1.169,24
1.169,00
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00
Vazão (m³/s)
Gráfico 5-22: Curva de Descarga do Extravasor do Dique 3
1.182,20
1.181,96
Elevação (m)
1.181,72
1.181,48
1.181,24
1.181,00
0,00 1,60 3,20 4,80 6,40 8,00
Vazão (m³/s)
Gráfico 5-23: Curva de descarga do extravasor do Sump 3-I.
1.519,96
Elevação (m)
1.519,72
1.519,48
1.519,24
1.519,00
0,00 1,40 2,80 4,20 5,60 7,00
Vazão (m³/s)
Gráfico 5-24: Curva de descarga do extravasor do Sump 3-II.
As análises de estabilidade do dique 3 e dos Sumps 3-I e 3-II são apresentadas nos Anexos
do Volume 1 – Anexo V.
O acesso para a realização da manutenção do Dique 3 e Sump 3-I possui cerca de 10,6 km
com largura de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% que sai da ombreira esquerda
e vai até a bifurcação do acesso aos diques, próximo ao estoque de materiais lenhosos 8 e
a derivação do acesso ao Dique 1A. O referido acesso pode ser observado também no
Desenho 0000MA-L-00927 - Plano Diretor de Operação (Anexos do Volume 1 - Anexo I).
Quanto a chegada ao Sump 3-II, serão utilizadas derivações dos acessos internos de mina.
A partir da mina é previsto um acesso fixo que possui cerca de 120 m de comprimento,
largura de 8 m e declividade longitudinal máxima de 15% (vide Desenho 0000MA-L-00927 -
Plano Diretor de Operação).
A PDE A será instalada para atendimento ao decapeamento que acontecerá naquela fase, e
também aos primeiros cinco anos de operação da cava do empreendimento. Os dados
geométricos e detalhes da estrutura estão apresentado no Item 5.2.12 da Etapa de
Implantação.
O estéril deverá ser disposto pelo método ascendente, com altura de lançamento de
aproximadamente 2 metros, e os bancos deverão ser finalizados com altura de 10 metros e
largura de berma de 7 metros. Os taludes finalizados/rebatidos deverão apresentar a
inclinação de 1V:2H, 26,6° de inclinação, devendo ser revegetados imediatamente após a
adequação geométrica.
Após a conformação dos taludes e bermas à condição final de projeto será implantada
cobertura superficial vegetal para proteção dos taludes contra possíveis efeitos do
escoamento superficial desordenado e da concentração das águas superficiais.
Para a realização das inspeções e monitoramentos será implantado acesso sobre a PDE A,
para viabilizar o acesso aos bancos e pé das pilhas de estéril.
O nível d’água utilizado nas análises de estabilidade foram estimados, com base na
capacidade de drenabilidade do dreno de fundo. Considerou-se o gradiente hidráulico de
10% para dimensionamento do dreno de fundo da PDE B.
Parâmetros de Resistência
Material
(kN/m3) c’ (kN/m2) ’ (º)
Estéril 18 10 28
Solo Residual 18 10 26
Saprolito 19 15 27
Maciço Rochoso (Xisto e Filitos Nova Lima) 24 80 30
5.3.6.2.3 RESULTADOS
Para preparação da fundação, considerou-se uma limpeza de 0,5 m em toda a área da pilha
com a finalidade de eliminar todo material solto e a cobertura vegetal.
Para a PDE B será implantado um sistema de drenagem interna composto por drenos de
fundo que têm a função de coletar as contribuições provenientes do desaguamento
subterrâneo e também do aporte das águas oriundas da recarga aplicada ao material da
pilha.
As vazões de projeto são determinadas por meio de balanço hídrico, aplicado nas áreas de
contribuição para cada linha de dreno. A seção drenante mínima é calculada segundo
regime de fluxo turbulento, equação de Wilkins (1956).
As vazões de projeto (recarga) foram dimensionadas via balanço hídrico entre precipitação e
evaporação. Os valores de evaporação e precipitação foram retirados da publicação
normais climatológicas (1961 – 1990) do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária
(estação de Belo Horizonte MG).
ETP 88,1 81,2 93,5 92,3 90,8 89,5 103,3 132,9 143,6 117,6 90,8 82,4 1.206
ES 82,23 61,89 42,81 16,74 8,64 3,45 4,59 4,44 11,76 42,51 72,48 87,6 -
ETR 61,67 56,84 65,45 64,61 63,56 62,65 72,31 93,03 100,52 82,32 63,56 57,68 -
BALANÇO 130,2 87,57 34,44 -25,6 -43,4 -54,6 -61,6 -82,67 -73,08 16,87 105,56 146,72 -
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL ANUAL
P 274,1 206,3 142,7 55,8 28,8 11,5 15,3 14,8 39,2 141,7 241,6 292 1.464
ETP 88,1 81,2 93,5 92,3 90,8 89,5 103,3 132,9 143,6 117,6 90,8 82,4 1.206
ES 123,345 92,835 64,215 25,11 12,96 5,175 6,885 6,66 17,64 63,765 108,72 131,4 -
ETR 61,67 56,84 65,45 64,61 63,56 62,65 72,31 93,03 100,52 82,32 63,56 57,68 -
BALANÇO 89,1 56,6 13,0 -33,9 -47,7 -56,3 -63,9 -84,9 -79,0 -4,39 69,3 103 -
R (mm/mês) 89,085 56,625 13,035 0 0 0 0 0 0 0 69,32 102,92 330,9
Máxima Recarga (mm/mês) 102,9
Nota 1: Não foi adotado fator de segurança no dimensionamento da vazão, o fator de segurança foi incorporado
ao dimensionamento do dreno de fundo.
A seção drenante para os drenos será em blocos de rocha (enrocamento), envoltos por uma
camada de transição de material grosseiro e outra de areia média a fina.
Em que:
Rh = raio hidráulico médio (m), definido como a razão entre o volume dos vazios e a área
superficial das partículas, valor aproximado:
(Equação 4-14)
Em que:,
A Tabela 5-106 apresentada às dimensões obtidas para seção em enrocamento dos drenos
trapezoidais.
Para evitar a colmatação dos vazios do enrocamento pelo material fino carreado da pilha de
estéril, buscou-se atender as seguintes condições:
As bermas da PDE B apresentam largura mínima igual a 7,0 m. Para a drenagem das
bermas, optou-se por utilizar a geometria das mesmas que serão executadas em solo
laterítico.
Tendo em vista que a pilhas possui largura típica mínima da berma de 7,0 m, a declividade
transversal de 5% e longitudinal de 1%, foi adotado essas dimensões das canaletas de
berma para a PDE B. A altura disponível para o fluxo de água será de 0,27 m, atendendo ao
critério de borda livre mínima de 20% como aplicado a equação de Manning. Esta adoção
permite aumentar o nível de segurança da estrutura, mediante aumento da capacidade de
vazão, evitando fuga de água e ocorrência de processos erosivos na face dos taludes de
jusante. Também é prevista leiras de proteção na extremidade externa das bermas, em solo
compactado, com altura mínima de 0,50 m.
Para a PDE B, foram dimensionados os canais periféricos que receberá toda contribuição
proveniente dos outros dispositivos de drenagem superficial. Para o dimensionamento
também foi utilizada a equação de Manning. A Tabela 5-111 apresenta a síntese destes
dimensionamentos.
Nos estudos foi utilizada a metodologia de Manning (Equação 5.) para o trecho com
declividade inferior a 10%, considerando o fluxo em regime uniforme. E para os trechos com
regime gradualmente variado (trecho em degraus), verificou-se o fluxo no regime tipo
“Skimming Flow”, por meio do software SISCCOH.
5.3.6.3.6 BUEIROS
Abaixo está representada de forma geral a sequência construtiva da Pilha de Estéril PDE B
com as principiais atividades que compõem as etapas de construção.
Etapa 2
Etapa 4
O estéril deverá ser disposto pelo método ascendente, com altura de lançamento de
aproximadamente 2 metros, e os bancos deverão ser finalizados com altura de 10 metros e
largura de berma de 7 metros. Os taludes finalizados/rebatidos deverão apresentar a
inclinação de 2H:1V, 26,6° de inclinação, devendo ser revegetados imediatamente após a
adequação geométrica.
Após a conformação dos taludes e bermas à condição final de projeto será implantada
cobertura superficial vegetal para proteção dos taludes contra possíveis efeitos do
escoamento superficial desordenado e da concentração das águas superficiais.
Para a realização das inspeções e monitoramentos será implantado acesso sobre a PDE B,
para viabilizar o acesso aos bancos e pé das pilhas de estéril.
5.3.7 BENEFICIAMENTO
O minério lavrado (ROM) será basculado em um pátio para a formação de uma pilha pulmão
a ser implantada próxima a moega de alimentação da britagem primária. A capacidade do
circuito de beneficiamento será de 14Mtpa.
A planta será alimentada por caminhões fora de estrada (190 t) em dois pontos de
basculamento na moega, que será dotada de grelha fixa, onde matacões maiores que 1.000
mm serão retidos e fragmentados via rompedor hidráulico.
A partir dessa moega, o ROM será transferido através de alimentador de correia para a
grelha vibratória e o retido nesta grelha alimentará o britador primário e posteriormente o
britador secundário, por meio de um pequeno transportador de correia.
O passante dos britadores secundários, junto com a descarga da grelha, será transferido
para correias transportadoras que irão compor o TCLD, que alimentará o peneiramento
terciário. Ressalta-se que os finos retidos no alimentador de correia da grelha vibratória
também serão direcionados para fluxo do passante dos britadores secundários.
5.3.7.2 TCLD
Está prevista uma pilha de emergência, próxima à moega da britagem primária, com
capacidade de 14.016 t correspondente a uma autonomia de 6 horas a ser retomada com pá
carregadeira / caminhão.
Estão previstas áreas para auxílio à troca de correia na região da descarga ou retorno, de
forma a possibilitar o esfoliamento da correia e emenda de vários trechos de uma só vez
com estruturas e ou dispositivos auxiliares.
Trocador de correia
Virador de
correia
O material retido no primeiro e segundo deck das peneiras será descarregado nos
transportadores de correia TR-2015MA-02/03, que irão operar em paralelo e descarregarão
o material nos transportadores de correia TR-2015MA-04/05 e posteriormente no
transportador de correia TR-2015MA-06.
O passante das peneiras terciárias, sinter feed, será descarregado nos transportadores de
correia TR-2015MA-07 a 10, e descarregado no transportador de correia TR-2015MA-11,
equipado com balança BL-2015MA-03. O material proveniente do transportador de correia
TR-2015MA-011 irá passar pelo amostrador vezin AM-2015MA-01 e descarregar no
transportador de correia TR-2015MA-13. O material recolhido pelo amostrador AM-2015MA-
01 será descarregado no alimentador de placas AL-2015MA-07 e posteriormente no
Etapa que será composta por 4 peneiras do tipo vibratórias, onde o material retido seguirá à
britagem terciária, enquanto o material passante (Finos Comum <150mm) seguirá para o
pátio de produto.
O material retido nas peneiras vibratórias do peneiramento terciário será britado nesta etapa
de britagem terciária e seu passante retornará para peneiramento terciário, fechando o
circuito.
No pátio de produtos será formada uma pilha de estoque do produto final denominado Finos
Comum e terá capacidade útil de 192.000 toneladas, com autonomia para 5 dias de
carregamento. Nessa pilha haverá aspersão de inibidores de poeiras por meio de formação
de película selante.
O produto será recuperado por pás carregadeiras que farão a carga dos vagões ferroviários.
Este item descreve as principais atividades que irão ocorrer durante a operação do Ramal
Ferroviário.
Para escoar plenamente a produção da mina, o ramal irá operar com uma capacidade de
carregamento de duas composições ao dia. Os trens serão compostos por três locomotivas
do tipo dash 9, acopladas à um número de vagões que terá no máximo 252. Com a
capacidade útil de cada vagão igual a 80 t, o ramal terá a capacidade máxima de transportar
até 40 mil toneladas de minério ao dia.
As locomotivas do tipo dash 9 utilizarão o óleo diesel como combustível e irão carregar em
seus tanques com volumes entre 9 e 15 mil litros nos postos de abastecimento em operação
na EFVM. Estas locomotivas são equipadas com injeção eletrônica de combustível, o que
A torre de controle irá operar em três turnos por dia, cada um com duração de 08 horas. O
contingente máximo que irá operar a torre será de 10 funcionários por turno; composto por
operadores de AMV, operadores de rádio, secretária, funcionários do setor de limpeza e
maquinistas que estejam em troca de turno.
Para a limpeza manual poderão ser utilizados carrinho de mão, picareta, garfo ou gadanho,
pá e enxada. Para a limpeza mecanizada poderão ser utilizadas máquina retroescavadeira,
mini-carregadeira, pá-carregadeira, escavadeira, caminhões.
Para isso, é utilizado um check list a partir do qual é registrado o problema e indicada a
solução para a recuperação ou a necessidade de inspeção mais detalhada. A gerência de
manutenção da via permanente encaminha a solução diretamente ou contrata equipe
especializada para aprofundar os estudos sobre o problema e especificar a solução
adequada.
▪ Renovação da linha;
▪ Verificação do lastro;
▪ Substituição de trilhos;
▪ Substituição de dormentes;
▪ Poda e supressão de vegetação.
O Canteiro de apoio à instalação dos drenos de fundo da Pilha de Estéril B será composto
pelas estruturas listadas a seguir e podem ser visualizadas no layout que consta no Plano
Diretor da Etapa de Operação (Desenho 0000MA-L-00927 – Anexos do Volume 1 - Anexo I)
(Tabela 5-115).
Esta oficina está dimensionada basicamente para atender a frota de equipamentos fora de
estrada do Projeto com capacidade de produção de 14 Mtpa. O Desenho 1060MA-L-22008
(Anexos do Volume 1 - Anexo III) apresenta o arranjo dessa estrutura no platô das
estruturas de apoio de mina.
Bombas anfíbias serão instaladas nas caixas coletoras para a transferência dos efluentes
oleosos coletados até a ETEO.
Com vistas na redução dos efluentes contaminados com óleo, a limpeza do piso da oficina
será realizada, preferencialmente, a seco.
Todas as atividades de lubrificação/troca de óleos serão feitas nos boxes com a utilização
de sistema de distribuição de óleos lubrificantes e carreteis de mangueiras devidamente
dimensionados para esta finalidade. Outros lubrificantes e ou outros fluidos de menor
consumo, serão manuseados com a utilização de tambores e bombas pneumáticas.
O prédio terá estrutura metálica e altura suficiente para que a caçamba do caminhão fora de
estrada possa ser içada ao máximo. O piso será apropriado ao peso dos equipamentos e
trilhos serão utilizados como caminho de rolamento para acesso dos equipamentos sobre
esteira aos boxes. Chapas de aço chumbadas ao piso serão previstas para descanso de
caçambas e componentes dos equipamentos. O piso externo será pavimentado com
material apropriado para suportar o trânsito dos equipamentos pesados.
Está prevista uma área para lavagem de peças, que também contará com sistema de
drenagem que direcionará todo o efluente oleoso para a ETEO. O manuseio das peças
poderá ser feito através de ponte rolante e ou por empilhadeiras.
Em frente à oficina está prevista área para manobra dos equipamentos fora de estrada e em
área entre a borracharia e o depósito de óleos lubrificantes está prevista uma área para
estacionamento dos respectivos equipamentos.
Em áreas contíguas aos boxes haverá ferramentaria para a guarda e controle de todas as
ferramentas necessárias à manutenção dos equipamentos, ainda haverá áreas com
bancadas em aço para apoiar os trabalhos de manutenção e salas com estações de
trabalhos para auxiliar os executores e supervisores. Peças de reposição e consumo, bem
como subconjuntos dos equipamentos serão armazenados nos fundos da oficina, também
áreas contíguas aos boxes. Estes materiais chegarão e sairão em carretas/caminhão e
serão transferidos para esta área com auxílio de empilhadeira de capacidade até 7,5
toneladas ou paleteiras hidráulicas/elétricas.
O fosso terá bandeja para coleta de óleo usado, para que seja possível sua transferência
para o tanque de óleo usado, para posteriormente ser recolhido por empresas
especializadas. A Figura 5-49 a seguir mostra o detalhe do arranjo destes boxes.
Nestes boxes haverá também um braço giratório com sistema de içamento para auxiliar a
manutenção dos equipamentos de esteira.
Também os caminhões fora de estrada, bem como equipamentos sobre pneus poderão
acessar estes boxes em caso de necessidade e disponibilidade dos mesmos para eventuais
manutenções preventivas ou de oportunidade.
Estes boxes também serão devidamente equipados para que as atividades de lubrificação
possam ser feitas.
5.3.9.2.3 CALDEIRARIA
Nos Boxes de Caldeiraria terá um pórtico móvel com capacidade de 45 toneladas para
içamento de caçambas de caminhão fora de estrada.
Nesta área coberta estão previstos uma rampa e um sistema trava quedas para entrada de
caminhões tanque para descarga de lubrificantes. A Figura 5-51, abaixo, mostra o arranjo
desta área.
Todos os óleos serão transportados por sistema hidráulico, bombas e tubulação até os
pontos de lubrificação instalados nas colunas dos diversos box de manutenção, podendo
atender até 02 equipamentos simultaneamente.
Está prevista também uma área para depósito de tambores de graxa e óleos especiais de
menor consumo, os quais serão manuseados com bombas pneumáticas. Possíveis
vazamentos de lubrificantes serão drenados para a Estação de Tratamento de Efluentes
Oleosos (ETEO).
Ressalta-se que esses caminhões serão abastecidos com diesel S500 no posto de
abastecimento e abastecidos com lubrificantes e graxa na área de lubrificação da oficina,
podendo excepcionalmente serem abastecidos no posto.
Esta estrutura será composta por dois boxes para atender os equipamentos fora de estrada
da mina. A Figura 5-53, abaixo, mostra o arranjo desta área.
Para as atividades na borracharia está prevista uma empilhadeira acoplada com garra (tire
handler), com capacidade de 16 toneladas para movimentação dos pneus. Haverá
dispositivos e ferramental necessário para montar e desmontar os pneus dos equipamentos
de mina.
Está prevista uma área para geração de Nitrogênio a ser usado na calibragem de pneus fora
de estrada.
Existirão áreas abertas e descobertas para estocagem de pneus novos e usados, dispostos
de maneira a evitar acúmulo de água de chuva e de fácil acesso pelo tire handler.
Está prevista uma instalação para enchimento de pneus, a qual será protegida em concreto
armado, com portão e grade superior, de forma a garantir a segurança desta atividade. Esta
área protegida suportará o impacto de um aro de um pneu com 150% (cento e cinquenta por
cento) da pressão máxima especificada.
Os equipamentos de esteira virão da mina em carreta até o lavador, onde terá uma pista de
rolamentos sobre trilhos com boleto aparente para o trânsito destes.
Nas laterais terão passarelas metálicas com aproximadamente 4,5 metros de altura e
cobertura para proteção do operador. Nestas passarelas serão instalados canhões
monitores móveis e articulados para lavagem dos equipamentos e ao nível do piso serão
instaladas bombas de alta pressão e baixa vazão, com água quente e fria.
Está prevista uma edificação próxima ao lavador contendo: sala de apoio ao pessoal do
posto de lavagem; sala para guarda de produtos químicos e sala para depósito de material.
Após a preparação da mistura, esta vai por gravidade até os pontos de consumo ao redor do
lavador leve e pesado e, portanto, bombeado nos equipamentos pelas bombas de alta
pressão.
O detergente biodegradável não será diluído, mas deverá ser deslocado por gravidade para
os pontos de consumo e será utilizado da mesma forma que a mistura com desengraxante.
O lavador das básculas dos caminhões fora de estrada será alocada próximo a moega da
britagem primária e terá como objetivo reter as partículas maiores de material evitando,
desta maneira, sobrecarregar a ETEO quando do envio do caminhão para a lavador de
veículos de mina, pois a água oriunda desta pré-lavagem não tem contaminação por óleo,
podendo ser reaproveitada após decantação na caixa especifica da lavagem das básculas.
A bacia de decantação do lavador de báscula será dotada de uma “Stop Log”, que
possibilitará a regulagem do nível da água para decantação do material mais pesado. A
água que alcançar a “Stop Log” será reutilizada para lavagem das básculas.
A capacidade útil da bacia deverá ser de 49 m³. Essa capacidade foi determinada
considerando que cada lavagem de báscula desprende aproximadamente 6,0 m³ de matéria
(Figura 5-55).
Estão previstos 2 (dois) boxes, sendo 1 (um) deles com fosso para lubrificação e
manutenção dos veículos.
Para a lavagem dos equipamentos é previsto uma baia munida de sistema de coleta e
drenagem dos efluentes, cujo direcionamento será para a ETEO da Oficina de
Equipamentos de Mina.
A cobertura será projetada com altura suficiente para possibilitar o levantamento da báscula
dos caminhões leves e será prevista uma área para recursos, tais como: sala para
manutenção/supervisão, depósito de óleos especiais e de graxas, ferramentaria e
instalações sanitárias.
Está prevista área para apoio que possuirá: sala para armazenagem de componentes de
perfuração; área coberta para afiação de bits com disponibilidade de ar comprimido e água;
área para armazenagem de componentes para perfuração e sanitário.
Essa unidade atenderá os veículos pesados da mina e será composto pelas estruturas
listadas e descritas a seguir.
Todos os tanques são atendidos por sistema de drenagem para a coleta de qualquer
eventual vazamento que direcionará para um tanque de contenção (tanque de sobras), que
deverá ser coletado para o tratamento na ETEO da Oficina de Equipamentos de Mina. Os
tanques de armazenamento de óleo diesel são ainda munidos de baias de contenção.
Não está considerado um box dedicado para abastecimento de caminhões comboio. Estes
serão ser abastecidos no mesmo box dos caminhões fora de estrada.
Conforme já citado, todas as praças e áreas dos tanques serão munidas de sistemas de
canaletas que captarão todas as drenagens oleosas, que serão direcionadas para o tanque
de contenção (tanque de sobras). O seu esgotamento se dará por caminhão a vácuo e o
efluente será enviado para tratamento na ETEO das Oficinas.
Já nas áreas dos tanques de diesel, as águas de chuva ficarão retidas na bacia de
contenção dos mesmos e seu esgotamento será controlado pela equipe de operação,
através da abertura de válvula de bloqueio da saída da bacia. De forma geral, esta água
será drenada para a rede pluvial, porém, em caso de presença de óleo, o resíduo será
destinado para o tanque de contenção e posteriormente recolhido por caminhão vácuo e
enviado para tratamento na ETEO das Oficinas.
Para a manutenção do caminhão comboio foi previsto uma edificação independente com
aproximadamente 80 m².
▪ Escritório de Mina;
▪ Refeitório Satélite e Área de Convivência;
▪ Terminal Rodoviário e Central de Ponto;
▪ Vestiários Masculino e Feminino.
O Escritório da Mina esta locado no platô da oficina de apoio a mina e será construído em 1
pavimento, totalizando 715,00 m². Este prédio abrigará a equipe responsável pelo controle
das operações da mina, e contará com hall de entrada, salas de escritórios, duas salas de
reuniões, sala de EPI, arquivo, copa e instalações sanitárias.
Os efluentes sanitários a serem gerados nesta edificação serão direcionados por gravidade
para a ETE alocada a jusante do platô da mina.
A edificação possuirá uma área de 425,00 m² e foi dimensionado para servir 114 refeições
durante o turno de maior movimento, em três etapas de revezamento. O pessoal de turno
receberá lanche e não fará as refeições no refeitório.
O salão de refeições contará com área para 38 lugares, área para os balcões de
distribuição, área de devolução e café.
O terminal rodoviário no platô da mina será composto de área de parada para até dois
ônibus e paralelamente de área de embarque e desembarque coberto.
O Vestiário foi dimensionado para atender a um total 322 pessoas, sendo 74 pessoas no
turno de maior movimento, ou seja, turno administrativo.
Essa instalação será composta por um galpão como estrutura, dividida em duas partes,
sendo o Kanban destinado ao recebimento, expedição e estocagem de materiais e peças a
serem utilizados na usina e outra parte para atividades de vulcanização.
Os resíduos gerados nessas estruturas serão encaminhados ao DIR (Tipo 1) desse platô,
antes de ser encaminhado ao CMD. Mais adiante no item 5.3.11 é possível ver o arranjo do
DIR Tipo 1.
O Escritório está alocado no platô das instalações de apoio administrativo e será construído
em um pavimento, totalizando 617,50m². Será composto de hall de entrada, salas de
escritório, sala de reunião, sala de TI, sala de servidores/C.P.D., arquivo, sala de baterias,
sala de servidores, copa, D.M.L., e instalações sanitárias.
Todo empreendimento será operado via sala de controle, na qual serão instalados os
sistemas de supervisão/controle e circuito fechado de TV (CFTV). O sistema de supervisão
e controle irá comunicar com os controladores lógicos programáveis (CLP) via rede Ethernet
TCP/IP.
O efluente do sanitário será transportado por gravidade para a ETE alocada a jusante do
referido platô da usina.
O vestiário está dimensionado para atender 53 pessoas no horário de pico e um total de 188
pessoas.
O efluente dos vestiários será direcionado por gravidade para a ETE alocada a jusante do
referido platô da usina.
5.3.9.9.5 LABORATÓRIO
O Laboratório que tem o objetivo de centralização das análises das amostragens realizadas
durante do processo de beneficiamento para garantir o controle de qualidade do minério,
será implantado próximo ao ambulatório e brigada de incêndio e na sua adjacência terá será
alocada a ETE Química (cujo processo encontra-se detalhado no item referente aos
Sistemas de Controle Ambiental). A localização do laboratório pode ser verificada no
Desenho 0000MA-L-00927 (Anexos do Volume 1 - Anexo I), já apresentada anteriormente
com as demais estruturas de apoio ao beneficiamento.
Existirão 05 vagas para ônibus e 04 vagas para vans. O controle de ponto estará distribuído
ao longo do terminal, na parte central da área de embarque e desembarque de passageiros,
sob a cobertura.
O consumo anual estimado para estes insumos encontra-se apresentado na Tabela 5-116.
É importante ressaltar que a soma das vazões estimadas de consumo totaliza uma vazão
maior à estimada para outorga, pois as utilizações não serão concomitantes.
Nota: Estima-se que as vazões em cada um dos poços poderão variar de 10 a 40 m3/h.
Tabela 5-118: Vazões de água subterrânea do desaguamento da cava previstas para uso
(Hidrovia, 2021)
Vazões (m³/h) Ano 03 Ano 10 Ano 20 Ano 28
Vazões totais de reposição 4 23 147 202
Vazões de Desaguamento da Cava 84 36 280 285
Vazões disponíveis para uso no empreendimento 80 13 133 83
Nos ponds que serão abastecidos com água dos poços de abastecimento, serão instalados
sistemas de bombeamento para operar um “tomador d’água” que abastecerá os caminhões
pipa para aspersão nas vias de acesso da mina e distribuição para uso geral no platô das
estruturas de apoio operacional e administrativas de mina. Especificamente em relação a
atividade de aspersão, serão empregados três caminhões (dois caminhões fora de estrada
de 75.000 litros e um caminhão de 20.000 litros), que farão as viagens de aspersão ao longo
de 24 horas.
O referido reservatório estocará água bruta para atender as demandas dos sistemas de
lavagem de equipamentos e uso geral, como por exemplo da lavagem de equipamentos,
peças e pisos e da ETA. Ressalta-se que parte da água desse tanque será reservada para
combate a incêndio.
Quanto a captação no Córrego Cachoeira, a água captada será direcionada para ponds e
posteriormente através de um sistema de bombeamento (bomba operacional e bomba
reserva) e adutoras encaminhará a água até um reservatório de água bruta, localizado
próximo à Estação de Tratamento de Água – ETA alocada no platô do beneficiamento.
O sistema de combate a incêndio por hidrantes será composto por dois circuitos
independentes, ambos abastecidos pelos reservatórios de água bruta. Um sistema será
pressurizado por bombas para alimentar a rede de hidrantes nas instalações da Oficina
Mecânica de Equipamentos da Mina, Posto de Combustíveis e do Platô da Usina. O outro
circuito utilizará a força gravitacional para pressurização da rede de hidrantes do Pátio de
Estocagem de Produtos, Embarque no Ramal, Portarias e CMD.
Para a potabilização da água bruta foram previstas duas Estações de Tratamento de Água
(ETA) compactas.
Para definição da capacidade de tratamento das ETAs (6,2 m3/h) foram considerados os
seguintes valores de consumo de água potável, além do regime operacional de 16 horas e
fator de projeto de 10%:
A água tratada nas ETAs deverá ser estocada em reservatórios metálicos do tipo taça.
Estes reservatórios deverão ser alocados próximo às respectivas ETAs e deverão ter altura
suficiente para abastecer por gravidade os pontos de consumo situados no Platôs da Mina e
Usina.
Para as estruturas afastadas da ETA, tais como Portarias Norte-Caeté e Sul, CMD e Paiol
de Explosivos deve ser considerado um reservatório tipo taça com volume útil de 3 m³ em
cada área que serão abastecidos por caminhões pipa com bomba embarcada.
Ressalta-se que as ETAs estarão de acordo com o padrão ABNT - NBR 12.216/1992 e
conforme a Resolução CONAMA 357/2005 do Ministério do Meio Ambiente e Portaria n°
2.914/2014 do Ministério da Saúde. O método a ser utilizado para tratamento da água na
ETA alocada no Platô da Mina compõe-se basicamente das etapas filtragem e desinfecção,
visto que as águas para potabilização serão subterrâneas, enquanto que o método a ser
utilizado para tratamento da água na ETA alocada no Platô da Usina compõe-se das etapas
de coagulação/floculação, decantação, filtragem e desinfecção, visto que as águas para
potabilização serão superficiais.
Ressalta-se que a configuração dos mesmos varia de acordo com o tipo e quantidade de
resíduo a ser armazenado: gaiolas, caçambas, tambores e bombonas, conforme
especificado na Tabela 5-119.
A CMD da etapa de operação será a mesma central utilizada na etapa de implantação e seu
arranjo encontra-se apresentado no Desenho 9080MA-A-58001, já citado na etapa de
implantação. A CMD será composta por:
Para pesagem, controle de entrada e saída de resíduos da CMD, será utilizada balança
rodoviária instalada na Portaria Norte.
Para tratamento de todo efluente sanitário gerado durante a etapa de operação, está
prevista a continuidade da operação das ETEs compactas alocadas a jusante dos platôs da
mina e usina, sendo a ETE da Mina localizada próxima ao refeitório satélite e a ETE da
Usina localizada próxima ao CMD. Ressalta-se que esses dispositivos de tratamento
iniciarão sua operação na etapa de implantação conforme já informado e descrito no item
5.2.15.4.1.
Essas ETEs compactas, que terão capacidade para tratar aproximadamente 50 m3/dia,
serão dotadas de tratamento do tipo terciário (reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta
de lodo, reator aeróbio com filtro biológico percolador ou lodos ativados e desinfecção com
cloro) possibilitando o reaproveitamento do efluente tratado.
Para tratar os efluentes sanitários da Torre de Controle do Ramal Ferroviário será instalado
um sistema tanque séptico/sumidouro.
Para as edificações mais remotas onde a geração de efluentes for inferior a 5 m³/dia, serão
admitidas a instalação de caixas coletoras estanques para acondicionamento e destinação
periódica para as ETEs.
O controle dos efluentes oleosos nas Oficinas de Manutenção será realizado com a
impermeabilização do piso das áreas onde serão realizadas as atividades, construção de
canaletas para direcionamento dos efluentes gerados para a Estação de Tratamento de
Efluentes Oleosos – ETEO, locada contígua às oficinas e lavador.
Os efluentes oleosos a serem gerados na oficina de usina serão direcionados para uma
caixa de acumulação. A caixa será coberta com tampa metálica para evitar contribuição de
água pluvial. Está previsto medição de nível e detector de presença de óleo. O seu
esgotamento se dará por caminhão a vácuo e o efluente será enviado para tratamento na
ETEO das Oficinas. De forma geral, a água tratada será utilizada na lavagem de pisos.
A ETEO terá capacidade para tratar 10,0 m³/h. O sistema de tratamento de efluentes
oleosos está baseado inicialmente em fenômenos físicos para separação de sólidos
grosseiros e óleo não solubilizado e, posteriormente, em fenômenos físico-químicos de
separação de sólidos em suspensão (coagulação, floculação), outros contaminantes por
processos flotação do ar dissolvido – FAD e filtração em areia e em carvão ativado
granulado (CAG).
A ETEO irá operar em circuito fechado, ou seja, o efluente tratado será reutilizado nos
processos de pré-lavagem de equipamentos, não sendo previsto, portanto qualquer
lançamento desse sistema.
Na ETE Química, os efluentes serão tratados por meio de processo de precipitação dos
metais dissolvidos, sedimentação da lama e neutralização do efluente decantado antes de
serem encaminhados para a Estação de Tratamento de Efluentes – ETE compacta.
Assim, toda a superfície dos platôs nas áreas administrativas e de apoio operacional e dos
acessos terá inclinação permitindo o escoamento das águas pluviais do centro para as
bordas. Esse escoamento será realizado através da instalação de sarjetas, valetas e
canaletas revestidas em concreto, com o objetivo de coletar e direcionar as águas pluviais
incidentes para locais de deságue adequado a jusante.
Nos lançamentos das drenagens, principalmente nos locais de maior declividade, serão
implantadas descidas d’águas rápidas ou em degraus, revestidas em concreto.
Para melhorar a eficiência dos dispositivos de drenagem todos os taludes de corte e aterro e
as áreas remanescentes não ocupadas serão revegetadas, conforme programa
estabelecido pela Vale.
As sarjetas são os primeiros coletores de águas pluviais funcionando como canais abertos.
Nas cristas dos taludes de aterro ou corte serão implantadas valetas de proteção de forma a
receber e direcionar o escoamento das águas pluviais, protegendo e conduzindo a água
para pontos a jusante de tais dispositivos.
As descidas d’água têm o objetivo de receber toda a água captada nas estruturas de
drenagem e conduzi-las até os locais de dissipação protegendo o corpo dos taludes dos
processos erosivos.
Esta estrutura deverá ser feita em degraus de concreto armado. Na parte superior deverá
ser feita uma ala com objetivo de receber e conduzir a água proveniente das estruturas de
No caso das descidas que farão o deságue das sarjetas, ou valetas de proteção, elas serão
em calhas de concreto. Já no caso dos lançamentos dos bueiros e/ou redes tubulares nos
taludes, estes deverão ser feitos através das descidas d’água em degraus.
Estas estruturas, feitas em concreto, são dispositivos que têm por finalidade coletar as
águas drenadas pelas canaletas, sarjetas ou valetas e descidas d’água e dissipá-las
diminuindo sua energia onde logo em seguida o efluente é lançado para fora da área dos
platôs e dos acessos, até locais onde não haverá mais risco de erosão.
Nas estradas de veículos leves serão utilizados caminhões-pipa com capacidades que
variam de 15.000 a 20.000 litros de água. Já nas áreas operacionais da mina serão
utilizados 2 caminhões-pipa do tipo fora-de-estrada com capacidade para 120.000 litros para
o controle de poeira.
Aspersão de Vagões
As bombas tipo parafuso BQ-2610MA-02/03 (uma operacional e uma reserva), irão transferir
o aglomerante para o tanque TQ-2610MA-02, com volume útil de 19,2 m3, passando pelo
misturador MI-2610MA-01 onde haverá adição de água para diluição. A solução diluída à
concentração de 1,0% p/p alimentará o sistema de aspersão dos vagões (braços
aspersores) através das bombas centrífugas de reagentes BQ-2610MA-04/05 (uma
operacional e uma reserva) para a aspersão dos vagões (Figura 5-57).
Braços de Aspersão
Estocagem de
aglomerante
O excesso de aglomerante que eventualmente escoar dos vagões, será recuperado por
meio de sistema de drenagem construído de concreto sob a linha férrea (piso e canaletas
inclinadas). O material recolhido alimentará por gravidade a caixa de sedimentação CX-
2610MA-01. O transbordo desta caixa, praticamente isento de sólidos, será transferido
através da bomba centrífuga submersível BQ-2610MA-06 para o tanque de aglomerante
Para eventuais vazamentos dos tanques e bombas, está previsto um dique de contenção na
área de recebimento e preparação de aglomerante. O aglomerante que eventualmente se
depositar no dique, será recuperado através de caminhão vácuo.
O empilhamento do material no pátio será em linha com pilha de apenas um tipo de material
(Figura 5-58). Essa pilha é projetada para ter 15 (quinze) metros de altura e distância do
bordo da pilha até o centro da linha férrea de carregamento com 18 metros.
Recebimento/Estocagem de Aglomerante
Figura 5-58: Pátio de produtos (sínter feed) sendo retomada para o embarque em vagões
O desmonte será preferencialmente mecânico. Nos locais onde for necessário desmonte por
explosivos será adotado um plano de fogo mais restritivo, de forma prevenir danos às
cavidades. Nos Anexos do Volume 1 - Anexo III é apresentada as especificações para lavra
controlada na área de cavidades.
Assim, toda a superfície dos platôs da plataforma ferroviária e dos acessos terá inclinação
permitindo o escoamento das águas pluviais do centro para as bordas. Esse escoamento
será realizado através da instalação de sarjetas, valetas e canaletas revestidas em concreto,
com o objetivo de coletar e direcionar as águas pluviais incidentes para locais de deságue
adequado a jusante.
Na base dos taludes de corte e aterro serão implantadas sarjetas permitindo o escoamento
das águas superficiais. Nas saídas destas sarjetas serão implantadas caixas de dissipação
de energia, que correspondem a pequenas bacias em concreto revestidas com pedras de
mão argamassadas, objetivando a diminuição da energia das águas superficiais.
Nos lançamentos das drenagens, principalmente nos locais de maior declividade, serão
implantadas descidas d’águas rápidas ou em degraus, revestidas em concreto.
Durante a operação do Ramal Ferroviário, a gestão dos resíduos será incorporada ao Plano
de Gestão de Resíduos da EFVM. Os resíduos produzidos corresponderão, basicamente,
àqueles de manutenção da via permanente e àqueles gerados na torre de controle.
Para o controle das emissões atmosféricas durante a operação será realizada a aspersão
de polímeros sobre o minério carregado nos vagões, durante as operações de carregamento
do minério. O controle dos gases de combustão será realizado pela manutenção periódica
dos motores e averiguada pelas inspeções com auxílio da escala Ringelmann.
O sistema de distribuição de água para combate a incêndio no platô da Mina tem início no
reservatório TQ-5023MA-02 (volume 415m3), o qual apresenta reserva técnica exclusiva
para este sistema. Para o platô do Beneficiamento, o sistema tem início no tanque TQ-
5023MA-03 (volume 275m3), o qual também conta com reserva para incêndio.
O planejamento para desativação do Projeto Apolo visa orientar para que sejam
estabelecidos processos sustentáveis nas dimensões econômica, social, ambiental e
institucional na curva de tempo do fechamento do Projeto Apolo, garantindo assim os
valores corporativos e o legado positivo no fechamento.
Parte das atividades de desativação serão implementadas após o fim da vida útil do
empreendimento minerário. Entretanto, pode haver situações em que as ações de
fechamento serão aplicáveis antes do término da produção mineral. Nesse sentido, a
atualização do plano de fechamento durante a etapa de operação servirá para direcionar as
ações, além de ser um importante subsídio para o provisionamento de recursos financeiros
para descomissionamento de ativos.
A partir da avaliação das condições de operação dos ativos, é possível iniciar as atividades
de fechamento que deverão ser realizadas por tipologia de ativo integrante do Projeto Apolo,
com a elaboração dos respectivos projetos. O objetivo é adequá-los às condições de
segurança para o fechamento.
➢ Fechamento da Cava
Ao início do Programa de Fechamento para o Projeto Apolo, será avaliada a situação atual
da cava, perante o que havia sido previsto em projeto, bem como as condições gerais de
drenagem e estabilidade de taludes. Ao longo dos cinco anos antes do encerramento das
atividades minerárias a operação da cava deverá ser orientada para a configuração
esperada no cenário de fechamento da mina.
Nesse sentido, a situação das pilhas de estéril será avaliada no início do Programa de
Fechamento Apolo, visando identificar a necessidade de correções pontuais nos taludes e
na vegetação, além de eventual necessidade de pequenas intervenções no sistema de
drenagem superficial. As condições geotécnicas das estruturas devem ser monitoradas por
meio de instrumentação específica. As atividades concebidas para o descomissionamento
estão apresentadas, de forma sucinta, na Tabela 5-121 a seguir apresentada.
Tabela 5-121: Resumo das atividades para descomissionamento das pilhas de estéril do
Projeto Apolo.
Com o fim das atividades minerárias na área, torna se desnecessária a manutenção das
pontes, viadutos e sistemas de drenagem associadas aos acessos. As pistas de trânsito
deverão ser subsoladas com escarificador e grade para facilitar a revegetação. As estruturas
em concreto armado, quando possível, deverão ser demolidas de forma a estabelecer uma
condição onde o risco ambiental seja reduzido. As drenagens associadas à pista deverão
ser readequadas em função da nova condição de reabilitação proposta. No final do processo
de estabilização biológica e geotécnica, deverão ser revistos os acessos de manutenção e
monitoramento, permanecendo apenas aqueles mais relevantes.
➢ Monitoramento e Manutenção
Os usos futuros para uma região são propostos com base em estudos de aptidão,
considerando-se as diversas variáveis envolvidas, como aspectos socioeconômicos,
planejamento ambiental, aspectos paisagísticos e topográficos, recursos hídricos, planos
diretores, legislação urbana e ambiental. Para as propostas de uso futuro, na etapa
conceitual, são estabelecidas diretrizes que se apoiam nos resultados da análise de
perspectivas e tendências, de acordo com as variáveis consideradas. Para o
estabelecimento dessas tendências, foram admitidos alguns atributos no âmbito da mina e
no âmbito regional, apresentadas na Tabela 5-125 a seguir.
▪ Conservação Ambiental
▪ Turismo
7795000
7795000
MT TO
BA
Lagoa Itabira
Taquaraçu GO DF
Santa de Minas Nova
União Bom Jesus
do Amparo MINAS
NovaGERAISES
Santa
co
Era
nti
Luzia
tlâ
SP Bela Vista RJ
oA
Sabará an
de Minas
Barão de São Gonçalo PR O ce
Sabará Caeté Cocais do Rio Abaixo
Raposos Rio
Ramal
Piracicaba
Nova
Ferroviário
Lima
!
Catas Altas
Rio Acima Santa Bárbara
Alvinópolis
EF
VM
Itabirito Mariana Barra
Ouro Preto
Barão de
Longa
Cocais
Limite do Projeto - Uso
Dique 2B Conservacionista
!
7790000
!
Raposos Limite Municipal
PDE B
!
Dique 2A
!
PDE A
!
Dique 1A
7785000
7785000
Santa Bárbara
!
Cava
!
Rio Acima
Dique -3
!
®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019); Unidade Conservação
(SEMA, 2020), Projeto - Uso Conservacionista (VALE, 2021). Título:
Proposta de Uso Futuro - Conservacionista
1:60.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_ApoloUsoFuturo_A3_v00
5.4.4 CRONOGRAMA
Figura 5-61: Sequência das ações previstas e necessárias para o fechamento do Projeto Apolo.
Informações Prazo
Vida útil do empreendimento 29 anos
Valor de referência do empreendimento (R$),
conforme definido no Decreto Estadual n. 45.175, 4 bilhões de reais
de 17 de setembro de 2009
Não há estudos que comprovem o tempo necessário à
completa estabilização da área após o encerramento
Estimativa de tempo para recuperação da
das atividades, entretanto, admite-se que é superior a
estabilidade ambiental da área após
20 anos, ainda mais se considerado que o tempo
encerramento das atividades
necessário à estabilização dos lagos da cava é
estimado em 21 anos, conforme Hidrovia (2021).
A jazida de minério de ferro a ser explotada no Projeto Apolo está inserida nos títulos
minerários listados na Tabela 5-126 e mostrados na Figura 5-62.
União Itabira
Bom Jesus
Santa do Amparo MINAS GERAIS Nova
ES
co
Luzia Era
nti
Bela Vista
tlâ
SP de
RJ Minas
oA
Barão de an
PR
O ce
João
Belo Sabará Caeté Cocais Monlevade
Horizonte
Rio
Raposos
832610/1983
Piracicaba
Santa Bárbara
Nova Lima Catas Altas
Rio Acima
Alvinópolis
Títulos Minerários
(Fase, Empresa, Nº Processo)
830134/1984
7785000
7785000
Concessão de Lavra
Vale, 4099/1967
4099/1967 Vale, 7182/1960
Vale, 800299/1975
Minerações Brasileiras Reunidas,
3071/1962
Mineração Nossa Senhora do Sion
1362/1940 Ltda, 1362/1940
Requerimento de Lavra
830263/1983
Vale 830134/1984
7182/1960
Vale, 832610/1983
Vale, 832610/1983
800299/1975
Limite Municipal
3071/1962
635000 640000
®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Rodovias (DER, 2011); Ferrovia (ANTT Edit AMPLO, 2018); Vias e Acesso (AMPLO, 2019);
Unidade Conservação (SEMA, 2020),Hidrografia (IGAM Edit. AMPLO, 2020), Plano Diretor/Projeto (VALE, 2021). Título:
Títulos Minerários na Área de Lavra do Projeto Apolo
1:25.000 Imagem: Ortoimagem 27/08/2019 (VALE, 2019) e WorldView (2018).
km Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 0,4 0,8 Geoprocessamento Amplo 22/08/2021 A3 AP_CE_TitulosMinerarios_A3_v01
5.6.2 PROPRIEDADES AFETADAS E STATUS DAS AQUISIÇÕES
A área atual prevista para a implantação do Projeto Apolo Umidade Natural é composta por
46 propriedades, sendo 17 imóveis de propriedade da Vale e 29 imóveis de terceiros, os
quais se encontram relacionados na Figura 5-63.
2
1 6
3 5
10 45
4
9 87
7795000
7795000
11
13 44 7
7 12 7
14
17
Caet é
a rá 18 ca is
Sa
b 15 Barão de Co
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7790000
7790000
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27
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33 34
R
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35
40
7785000
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38
39
41
42
Propriedades interceptadas pelo projeto Projeto Apolo Umidade Natural
36
Propriedades de terceiros
Propriedades Vale S/A Limite municipal
Propriedades não interceptadas pelo projeto
43 Propriedades de terceiros
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Rio
limite da propriedade
7780000
7780000
635000 640000 645000
®
Base Cartográfica (Fonte):
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015); Projeto Apolo Umidade Natural (VALE, 2021) e Área de Estudo (AMPLO, 2020).
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Título:
Propriedades Interceptadas pelo Plano Diretor
1:70.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MS_Propriedades_v11
5.6.3 RESERVA LEGAL
A área a ser afetada pela instalação do Projeto Apolo, como abordado no item anterior, é
composta por um mosaico de 46 propriedades, sendo 17 da Vale e 29 de terceiros. Entre as
17 propriedades da Vale, 16 possuem suas reservas legais devidamente regularizadas e
cadastradas no sistema CAR - Cadastro Ambiental Rural, desde 2016 (matrículas MG-
3157203-91EA.1DEF.55D0.4959.8277.30F7.AA57.EABE e MG-3110004-
14D1.6376.88B0.47CD.AF28.AA61.1E9F.3DC1).
As propriedades de terceiros (29) não possuem a situação verificada para essa etapa de
planejamento de demanda, ficando sob a responsabilidade de regularização e registro no
CAR se for o caso, para as mesmas, antecipadamente à sua inserção na área a ser de fato
interferida pelo Projeto (na ocasião da aquisição das propriedades pela Vale). A exceção é
para a propriedade 39 que possui Reserva Legal regularizada.
De forma geral, a definição das áreas de Reserva Legal utilizou como critérios para a
delimitação: presença de cobertura vegetal natural que seja representativa das
fitofisionomias que ocorrem na área onde se localizam as propriedades; proximidade de
áreas voltadas à conservação como, por exemplo, de preservação permanente, reservas
legais vizinhas, unidades de conservação e suas zonas de amortecimento, além de
fragmentos naturais expressivos com o objetivo de consolidar áreas mais contíguas,
evitando fragmentos isolados, cercado por pressão antrópica.
Dessa maneira, algumas propriedades da Vale foram regularizadas com suas Reservas
Legais registradas em blocos de propriedades conjuntas, amplificando assim os ganhos
ambientais da conservação das áreas com afinidades ecológicas. Portanto, a Figura 5-64
apresenta essas informações pertinentes aos documentos que certificam a regularidade de
tais blocos de propriedades (quando aplicável) e seus respectivos registros no CAR como se
apresentam atualmente.
MQ 36 e MQ 64 1 5 6
3
14 10 45
4
9 87
11
7795000
7795000
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MQ51 39 MQ04
36
41
MQ09
42
MQ 01 e
MQ 61 Projeto Apolo Umidade Natural
43 Limite municipal
Ca
Rio
Reserva Legal
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MQ 08 e MQ 62
im
Propriedades de terceiros
a
7780000
630000 635000 640000 645000
®
Base Cartográfica (Fonte):
PROJETO APOLO UMIDADE NATURAL
Limite Municipal (IEDE, 2015); Localidade (IBGE,2015);
Plano Diretor/Projeto, Propriedades e Reserva Legal (VALE, 2020) e Área de Estudo (AMPLO, 2020). Título:
Reserva Legal das Propriedades Interceptadas pelo Plano Diretor
1:70.000 Sistema de Coordenadas: SIRGAS 2000 UTM Zone 23S
km Projeção: Transverse Mercator Elaboração: Data: Formato: Arquivo:
0 1 2 Geoprocessamento Amplo 21/08/2021 A3 AP_MB_ReservaLegal_Propriedades_v03
5.7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DF+ ENGENHARIA GEOTÉCNICA E RECURSOS HÍDRICOS. 2020. Projeto Conceitual. Proteção
Ambiental – Contenção de Finos - Revisão do Sistema de Contenção de Sedimentos – Projeto Apolo
- Relatório Técnico – Projeto Apolo. RL-9024MA-X-01977. 45 p.
VALE S/A. 2020. Plano Integrado de Aproveitamento Econômico. Projeto Apolo. Processos
007.182/1960; 003.071/1962. 004.099/1967; 800.299/1975; 832.610/1983; 830.134/1984. 130p.
VALE S/A. 2020. Projeto Conceitual Geral. Relatório Técnico / Plano de Fechamento de Mina –
Projeto Apolo. RL-0000MA-G-00105. 26 p.