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FACULDADE DO SERTÃO CENTRAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
GESTÃO ESCOLAR

FAMÍLIA E ESCOLA: AUSÊNCIA DOS


PAIS NAS REUNIÕES ESCOLARES

ARACOIABA-CE
2020
ELIANA DE OLIVEIRA TEIXEIRA

FAMÍLIA E ESCOLA: AUSÊNCIA DOS


PAIS NAS REUNIÕES ESCOLARES

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


apresentado à Faculdade do Sertão Central
(FASEC) como um dos pré-requisitos para a
obtenção do grau de Especialista em Gestão
Escolar.

Orientador (a): Professor Mst. José Aírton Araújo

ARACOIABA-
CE 2020
FAMÍLIA E ESCOLA: AUSÊNCIA DOS
PAIS NAS REUNIÕES ESCOLARES

Eliana de Oliveira Teixeira

RESUMO

Este trabalho denominado de artigo com o tema: família e escola: ausência dos pais nas
reuniões escola tem relevância com relação no aprendizado, discorrerá sobre a grande
importância que é para a criança a relação da família com a escola principalmente nas reunião
de pais e mestre . Como essa parceria pode ajudar no desempenho escolar da criança, não só
nos aspectos escolares e na aprendizagem mais como também nos aspectos, emocionais, da
criança e no que diz respeito ao seu desenvolvimento como um todo. A falta de diálogo com
os filhos, a falta dos pais nas reuniões da escola, a falta de ajuda nas atividades escolares é um
fator negativo que não deveria ocorrer. Quero de mostrar através desse trabalho que a
aproximação da família com a escola é o começo para um bom trabalho da escola
principalmente no rendimento escolar e aprendizado da criança Com a elaboração deste
trabalho percebemos o valor que tem as uma Família participativa com a vida escolar de seus
filhos no desenvolvimento global das crianças que tem esse suporte efetivo de sues pais.tema
e também apresentar um panorama atual a partir de observações em, verificando como é
trabalha em parceria e importância no cotidiano escolar.

Palavras-Chave: , Aprendizagem, Educação, Familia, Ciança. Escola.

ABSTRACT
This research work with the theme: Family / School: the importance of this relationship in
learning, will discuss the great importance that the relationship between family and school is
for the child. How this partnership can help the child's school performance, not only in the
school and learning aspects but also in the emotional aspects of the child and its development
as a whole. Lack of dialogue with children, lack of parents in school meetings, lack of help in
school activities is a negative factor that should not occur. I want to demonstrate through this
work that the approach of the family with the school is the beginning for a good work of the
school mainly in the school performance and learning of the child. With the elaboration of
this work we realize the value that has a participative Family with the school life of its
children in the overall development of children who have this effective support from their
parents. The theme is also to present a current overview from observations in, checking how it
works in partnership and importance in everyday school.

Keywords:, Learning, Education, Family, Children. School


1 INTRODUÇÃO

Este trabalho com o tema família/escola: a importância dessa relação no


aprendizado tem como finalidade demonstrar o quanto o relacionamento família e escola
contribui significativamente para o bom funcionamento da escola, facilitando o elo entre as
crianças, mais como também para o desempenho escolar dos aprendestes.
O Estudo tem como principal objetivo Demonstrar a importância de uma parceria
entre Família e escola para melhores resultados educacionais dos filos os principais fatores
que ocasionam a ausência dos pais na vida escolar dos filhos. Conceituar o termo Família
quais os arranjos e a tipologia de Família e sues benefício sua presença nas escolas. Definir a
importância da Família e escola no processo de ensino-aprendizagem dos educados. Relatar as
inúmeras dificuldades e estratégia de aproximação da Família e a escola que os alunos
enfrentam por falta de um acompanhamento na vida escolar e como a escola reage a essa
situação.
O quanto a relação família e escola é fundamental para o desenvolvimento da
criança na sua fase escolar. Durante o trabalho feito por pesquisa em vários artigos que citarei
ao decorrer do trabalho, pude observar que se a família não tiver uma boa estrutura dificultará
e muito essa relação. Sendo cabível destacar as dificuldades enfrentadas nesse processo que é
a relação família e escola.
A relevância desta pesquisa contribui, diretamente como fonte de estudo e suporte
pedagógico, para compreender que um dos meios para se alcançar uma aprendizagem
satisfatória se faz a partir da parceria Família e escola.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O que é Família

A família (do termo latino família) é um agrupamento humano formado por duas
ou mais pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afetivas que, geralmente,
vivem ou viveram na mesma casa. Pode ser formada por pessoas solteiras, casais
heterossexuais, casais homossexuais, entre outras constituições presentes em diferentes
contextos sociais. como esclarecem CAMPOS/CARVALHO (1983, p.19):

a palavra família, na sociedade ocidental contemporânea tem ainda para a maioria


das pessoas, conotação altamente impregnada de carga afetiva. Os apologistas do
ambiente da família como ideal para a educação dos filhos, geralmente evidenciam o
calor materno e o amor como contribuição para o estabelecimento do elo afetivo
mãe-filho, inexistente no caso de crianças institucionalizadas.

A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por


outras pessoas e instituições. É formado por pessoas, ou um número de grupos domésticos
ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum,
matrimonio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com clã. Dentro de uma família,
existe, sempre, algum grau de parentesco. Membros de uma família, geralmente pai, mãe e
filhos e seus descendentes, costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos
ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros
moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.
Família substituta é aquela nascida dos institutos jurídicos da guarda, tutela e
adoção. É uma situação excepcional, podendo ser a adoção, que é definitiva ou guarda e tutela
que são transitórias.
No interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, formados pela
geração, gênero, interesse e função, havendo diferentes níveis de poder, e onde os
comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. A família como
unidade social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo a nível dos
parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais
2.2 A função da família

Ao longo do tempo e das constantes modificações do cotidiano, a família continua


a mesma não muda. o vinculo afetivo faz parte do processo de humanização do ser humano.
Um lar bem estruturado, afetivo e harmonioso contribui para que a criança tenha um bom
desempenho na escola, no seu comportamento e na sua aprendizagem. Logo se em casa as
coisas não vão bem com certeza afetará negativamente seu desempenho na escola. Uma vez
que uma das principais causas das dificuldades da criança na escola como indisciplina, falta
de interesse nas aulas se dar por conta dos problemas enfrentados na Família.

Por falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas caóticas


e desordenadas, que se reflete em casa e quase sempre, também na escola em
termos de indisciplina e de baixo rendimento escolar”. (MALDONADO, 1997,
p. 11)

A família é indispensável na relação com seus filhos na vida escolar. está sempre
acompanhando o rendimento do seu filho na escola, no comportamento, participar nas
atividades de casa, demonstrar sempre para a criança que está ali envolvido, com sua rotina
escolar, é um ato de amor e que fortalece a relação afetiva, pois a criança perceberá a
importância desse afeto e assim, desempenhará um bom papel nas atividades da escola. E com
certeza um bom rendimento escolar.
É importante que essa relação de harmonia seja também com a escola, pois uma
vez que a escola conta com o apoio da família as responsabilidades ficam mais equilibradas e
facilita o desempenho escolar.

Essa erosão do apoio familiar nãos se expressa só na falta de tempo para ajudar
as crianças nos trabalhos escolares ou para acompanhar sua trajetória escolar.
Num sentido mais geral e mais profundo, produziu-se um a nova dissolução
entre família, pela qual as crianças chegam à escola com um núcleo básico de
desenvolvimento da personalidade caracterizado seja pela debili dade dos
quadros de referência, seja por quadros de referência que diferem dos que a
escola supõe e para os quais se preparou. (TE DESCO, 2002, p. 36).
Como podemos ver na citação a cima a família precisa está presente em todas as
situações da vida de seus filhos, principalmente na vida escolar. Papel esse que os pais devem
desempenhar ao longo da vida, pois requer paciência e dedicação. Mais para que seus filhos
sejam cidadão críticos, cheios de sabedoria, deve-se complementar ao trabalho da escola para
garantir sucesso em sua vida.

De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal,[...] a educação, direito de


todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.(BRAS
IL, 1998).

2.3 A Função da Escola

Diante das mudanças na sociedade, das tecnologias e informações, houveram


alguns impactos na vida do ser humano, mais o papel da escola não mudou e ainda continua
sendo o mesmo que é transmitir conhecimento científicos. Embora a escola transmita saberes
é desde sempre que a família cobra da escola o papel que é da família. Delegando um papel
muito difícil para a escola que por sua vez também é cobrado pela sociedade.

É um desafio para a escola li dar com essa situação e é a partir dai que se vê a
importância da colaboração e conscientização da família com a escola, para melhor
desempenhar seu papel e objetivos escolares. Essa parceria é importante para que a família
tenha confiança na escola e a escola desempenhe um bom trabalho. Afirma TORRES: [...]
uma das funções sociais da escola é preparar o cidadão para o exercício da cidadania vivendo
como profissional e cidadão. (TORRES, 2008. p. 29).

Ou seja a função da escola além de transmitir, conhecimento, valores, e


aprendizado, tem papel também de transformar o ser, cidadão dono de sua essência, mais que
contempla o seu mais alto grau de sabedoria.
2.4 A importância da relação família/escola

A importância do fortalecimento da relação família e escola deixa claro que, uma


depende da outra, e que os seus objetivos são os mesmos, melhorar o rendimento escolar dos
seus filhos enquanto a aprendizagem e a formar cidadão para o mundo, capazes de agir com
princípios e valores formados.
Essa parceria facilitará para que haja uma facilidade na aprendizagem da criança e
no que diz respeito a sua formação pessoal e social.

[...]tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças


para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a
diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma
instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança,
no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo.
(PAROLIM, 2003, p. 99)

A escola busca trabalhar junto com a família e com os demais da escola, fazendo
com que cada um contribua de forma significativa, para um bom desempenho escolar das
crianças. É notável que se faça presente uma boa relação dos filhos com a escola e a escola
com eles, pois eles veem também a escola como sua segunda família. Sem dúvida para o
professor é essa relação de harmonia com a escola que faz com que desempenhe seu trabalho
com mais dedicação, tornando o seu trabalho mais produtivo, onde todos saem ganhando. A
família é a base onde os filhos aprendem sobre valores, esses que irão determinar seus
objetivos na vida inteira.
É importante que a família se sinta a vontade e valorizada, ao fazer parte das
propostas escolares e projetos. Conhecer as famílias e proporcionar momentos onde possam
conhecer mais o convívio da família e da criança. Sempre com diálogo buscando a melhor
maneira de resolver os problemas, e apontados soluções.
O diálogo é um fator importante na relação família/escola (PARO,2007).
Entretanto, para que isto aconteça é necessário que os pais e/ou responsáveis sintam-se
valorizados pela escola
2.5 A Visão afetiva entre escola e família

Desde os primeiros instantes de nascido o homem recebe a influência e a


afetividade da atmosfera familiar.
Consequentemente, a vida afetiva de uma pessoa tem uma longa trajetória pela
educação nos convívios familiar e social. Sabe-se que a educação não formal
constitui-se num dos pilares essenciais na construção do eu. O desenrolar desta
implicará num desenvolvimento harmônico ou não do indivíduo (KUPFER,
1989, p.46).
A educação da criança deve primar a dominação dos instintos, uma vez que tem que inibir, proibir,
reprimir. Sabe-se que a ausência de restrições e de orientações pode a repressão excessiva dos
deseducar em vez de promover uma educação saudável. As angústias são inevitáveis, mas
impulsos pode originar distúrbios neuróticos.
O problema, portanto, é encontrar um equilíbrio entre proibições e permissão – eis indivíduo
fortuitamente. A educação do contexto familiar influencia no desenvolvimento da autoconfiança da a
questão fundamental da educação. Percebe-se ser impossível o desenvolvimento do criança,
formando-a e constituindo-a, enquanto ser humano completo.
Os anseios, os desejos e as expectativas familiares que envolvem a criança, promovem bem-
estar e equilíbrio quando dosados e colocados à disposição de maneira correta. Todo educador
sabe que o apoio da família é crucial no desempenho escolar.
Segundo um estudo publicado no Journal of Family Psychology, da Associação Americana de
Psicologia, as crianças que frequentam festas e reuniões familiares têm mais saúde, melhor
desempenho escolar e maior estabilidade emocional.
E mesmo o SAEB/99 (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), apontou
que nas escolas que contam com a parceria dos pais, onde há troca de informações com o
diretor e os professores, os alunos aprendem melhor. Diversos educadores brasileiros
também defendem que a família realize um acompanhamento da escola, verificando se seus
objetivos estão sendo devidamente alcançados. Essa atuação dos pais ainda é bem rara, de
acordo com os resultados de pesquisa realizada pelo Observatório do Universo Escolar. Essa
instituição ouviu mais de cem pais e educadores da rede pública e privada de todo país e
constatou que só 13% das escolas públicas mantêm um relacionamento próximo com a
família. Por outro lado, 43,7% dos pais de alunos da rede pública acreditam que, se fossem
promovidos mais encontros e palestras interessantes, haveria maior integração com a escola.
Por que pais e professores ainda não conseguem se entender? Segundo a
mesma pesquisa, a maior parte dos educadores atribui aos pais a origem dos
problemas de disciplina e apontam como fatores o novo modelo familiar, no
qual os adultos permanecem pouco tempo em casa, ou ainda aquele que
apresenta uma organização diferente da tradicional. Assim, muitas crianças vão
à escola para ser educadas e algumas, para ser criadas. Com, Oliveira e
Oliveira (1999, p.87), assim falam a respeito:
A consciência de que a fase decisiva é a que antecede a escola obrigatória tem levado com
única solução para compensar as desvantagens que atingem as crianças mais pobres, um
número crescente de estudiosos a propor que a criança seja atendida mais cedo, dando-lhes melhores
chances de sucesso quando mais tarde entrarem na escola.
O cruzamento de dados do SAEB revela que a nota dos alunos é melhor quando pais e professores se
conhecem. Foi comprovado que a nota dos alunos é mais alta quando os pais possuem maior
escolaridade ou são mais atuantes na vida acadêmica de seus filhos.

Na quarta série, por exemplo, a nota média de Português dos estudantes, cujos
pais não conhecem o professor e o diretor é de 165,24. Quando o pai participa da
vida escolar do filho, a nota sobe para 174,14. O mesmo acontece em
Matemática, 178,11 contra 184,80.

As dificuldades de aprendizagem, segundo Rogers (1988), podem significar uma alteração no


prendizado específico da leitura e escrita, ou alterações genéricas do processo de
aprendizagem, onde outros aspectos, além da leitura e escrita, podem estar comprometidos
(orgânico, motor, intelectual, social e emocional). Conforme consta em Polity (1998, p.73),

o termo Dificuldade de Aprendizagem é definido pelo Instituto Nacional de


Saúde Mental (EUA) da seguinte forma: Dificuldade de Aprendizagem é uma
desordem que afeta as habilidades pessoais do sujeito em interpretar o que é
visto, ouvido ou relacionar essas informações vindas de diferentes partes do
cérebro. Essas limitações podem aparecer de diferentes formas: dificuldades
específicas no falar, no escrever, coordenação motora, autocontrole, ou atenção.
Essas dificuldades abrangem os trabalhos escolares e podem impedir o aprendizado da leitura,
da escrita ou da matemática. Essas manifestações podem ocorrer durante toda a vida do
sujeito, afetando várias facetas: trabalhos escolares, rotina diária, vida familiar, amizades e
diversões. Em algumas pessoas as manifestações dessas desordens são aparentes. Em outras,
aparece apenas um aspecto isolado do problema, causando impacto em outras áreas da vida.
Segundo a autora, esse termo é definido de várias maneiras, por diferentes autores,
diferindo-se quanto à origem: orgânica, intelectual/cognitiva e emocional (incluindo-se
aí a familiar). O que se observa na maioria dos casos é um entrelaçamento desses aspectos.

Para a compreensão das possíveis alterações no processo de aprendizagem é


necessário considerar-se tanto as condições internas do organismo (aspecto
anátomo-funcional e cognitivo), quanto as condições externas (estímulos
recebidos do meio-ambiente) ao indivíduo. Fatores como linguagem,
inteligência, dinâmica familiar, afetividade, motivação e escolaridade, devem
desenvolver-se de forma integrada para que o processo se efetive (ROGERS,
1988.p76.).
Este trabalho refere-se ao papel da família no desenvolvimento da aprendizagem da
criança quanto ao aspecto psicológico, emocional, social e de estimulação dos aspectos
cognitivos. Sabe-se que as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem,
geralmente, possuem uma baixa auto-estima em função de seus fracassos e que esses sentimentos
podem estar vinculados aos comportamentos de desinteresse por determinadas atividades, tempo de
atenção diminuído, falta de concentração e outros.

A família, desconhecendo as necessidades da criança e a maneira apropriada de lidar com


esses aspectos, muitas vezes, necessita de orientações que lhe dê suporte e lhe possibilite
ajudar seu filho.
Fatores como motivação, formas de comunicação, estresses existentes no
lar,influenciam o desempenho da criança no processo de aprendizagem, e os psicopedagogos,
muitas vezes, sentem-se limitados quanto às orientações a serem dadas pela falta de
conhecimento aprofundado sobre os diversos aspectos familiares que podem contribuir para
um resultado mais desejável.
Vários comportamentos manifestados pelas mães também levam a questionar a respeito
da influência familiar sobre a aprendizagem. Segundo Marturano (1999), há mães que
demonstram excessiva ansiedade quanto a superação da dificuldade da criança; outras que se
mostram impacientes quanto ao desempenho insatisfatório que o filho apresenta; mães que
atribuem todo o problema à criança e a caracterizam como “preguiçosa”, “lerda”, “distraída”;
mães que negam a dificuldade que a criança demonstra; mães que não acompanham as
atividades de seu filho e mães que punem a criança pela seu fracasso nas atividades escolares.
Isso acontece pelo fato de os pais desconhecerem como ocorre a aprendizagem e, portanto,
necessitam de orientações específicas a esse respeito. Sabe-se, também, que, muitas vezes, os
conflitos familiares estão associados a essas manifestações e que as relações familiares são
relevantes no desenvolvimento da criança, havendo, portanto, a necessidade de maior compreensão
desse processo, por parte dos profissionais, para que possam intervir de forma mais abrangente diante
da problemática.

Em muitos casos, em um trabalho especializado com crianças apresentando


dificuldade de aprendizagem, não é suficiente transmitir aos pais as atividades específicas a
serem realizadas; outros aspectos ligados à família, à escola ou relacionados a
dificuldades em outras áreas do desenvolvimento também estão presentes, e é
necessário
ouvir os pais, analisar a situação e buscar caminhos que facilitem o desenvolvimento
global da criança.
Alguns pais confiam seus filhos com dificuldade de aprendizagem aos
professores acreditando que o mau desempenho da criança seja proveniente
apenas de si mesma, sem questionar sua possível participação nessas alterações.
A importância da participação da família no processo de aprendizagem é
inegável e a necessidade de se esclarecer e instrumentalizar os pais quanto as suas
possibilidades em ajudar seus filhos com dificuldades de aprendizagem é
evidenciada ao manifestarem suas dúvidas, inseguranças e falta de conhecimento
em como fazê-lo.
Conforme Martins (2001, p.28),

“essa problemática gera nos pais sentimentos de angústia e ansiedade por se


sentirem impossibilitados de lidar de maneira acertada com a situação”.
Acredita-se que um programa de intervenção familiar seja de fundamental
importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.

O relacionamento familiar, a disponibilidade e interesse dos pais na orientação


educacional de seus filhos, são aspectos indispensáveis de ajuda à criança. Em um
trabalho de orientação a pais, de acordo com Polity (1998), é possível despertar a
sensibilidade dos mesmos para a importância destes aspectos, dando-lhes a oportunidade
de falar sobre seus sentimentos, expectativas, e esclarecendo-lhes quanto às necessidades
da criança e estratégias que facilitam o seu desenvolvimento. Através das experiências e
relações interpessoais, a família pode promover o desenvolvimento intelectual, emocional
e social da criança.
Ela pode criar situações no dia-a-dia que estimularão esses aspectos, desde que
esteja desperta para isso. Além disso, a participação da criança nas atividades rotineiras
do lar e a formação de hábitos também são importantes na aquisição dos requisitos
básicos para a aprendizagem, pois estimulam a organização interna e a habilidade para o
‘fazer’, de maneira geral (MARTURANO, 1998).
A família tem um papel central no desenvolvimento da criança, pois é dentro dela
que se realizam as aprendizagens básicas necessárias para o desenvolvimento na
sociedade, como a linguagem, sistema de valores, controle da impulsividade. As
características da criança também são determinadas pelos grupos sociais que freqüenta e
pelas características
próprias, como temperamento. As crianças possuem uma tendência natural, instintiva que
as direciona ao desenvolvimento de suas potencialidades.
Os pais devem ter conhecimento desse processo para que não dificultem ou
impeçam o crescimento espontâneo da criança.
Pela falta de compreensão da natureza e necessidades básicas do ser humano, os pais,
muitas vezes, prejudicam a busca do próprio desenvolvimento, pela criança. O modo
como os pais lidam com seus filhos pode ajudá-los no desenvolvimento das suas
potencialidades e no relacionamento com o mundo, possibilitando-lhes o enriquecimento
pessoal através das experiências que o meio lhes proporciona.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho realiza um levantamento bibliográfico, sobre família/escola: a


importância dessa relação no aprendizado, com a finalidade de melhorar a qualidade do
ensino e ajudar no processo de aprendizagem da educação. O quando essa relação contribui
para uma boa educação para a criança. Tanto a escola como a família determinam o quanto é
importante para o bom desempenho escolar, provando o quando essa relação, família/escola,
deve sempre existir contando sempre como pontos positivos na vida escolar.
Vale ressaltar a importância de uma parceria democrática com a participação
efetiva da Família e de seus membros colegiados na tomada de decisões, nas
responsabilidades das ações compartilhdas e principalmente com a participação da Família
que favorece uma melhoria na qualidade de educação e desempenho nas competencias e
habilidades dos educandos, na resolução dos problemas e priorizando dessa forma uma visão
de mundo e homem que se pretende formar para uma sociedade futura.
Com base na pesquisa realizada pode-se concluir que é imprescindível uma
abertura para uma paceria efetiva democratica para que possa haver reflexões, discussões e
uma avaliação na perspectiva de uma parceria que pretende melhorar e aprimorar a sua
atuação junto a Família escolar. para finaliza esperamos que novos estudos seja realizado pois
o assunto e muito pertinente e importante para todos.
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