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DESENVOLVIMENTO
ENFERMAGEM NEUROPSIQUIATRICA
PROF. PAULA REIS
RETARDO MENTAL
• De maneira geral, um indivíduo pode ser definido como tendo retardo mental baseado
nos seguintes três critérios:
• nível de funcionamento intelectual (QI) abaixo de 70 - 75,
• presença de limitações significativas em duas ou mais áreas de habilidades adaptativas,
• a condição está presente antes dos 18 anos de idade.
DEFINIÇÃO DE RETARDO MENTAL
• Alguns estudos têm estimado que o retardo mental afeta 2,5 a 3% da população.
• Alguns autores, como Batshaw(1997), calculam que o retardo mental é 10 vezes mais
freqüente do que a paralisia cerebral, 28 vezes mais prevalente do que os defeitos do
tubo neural, tais como a espinha bífida, e 25 vezes mais comum do que a cegueira.
• O retardo mental não parece ter preferência por raça; contudo, aproximadamente 60%
dos afetados são homens.
QUADRO CLÍNICO
• Os efeitos do retardo mental variam consideravelmente de pessoa para pessoa, assim como as habilidades
individuais variam entre as pessoas que não tem retardo mental.
• Das pessoas com retardo mental, aproximadamente 87% serão afetadas de maneira bastante leve, e serão
somente um pouco mais lentas na aquisição de novas habilidades e informações. Quando crianças, seu retardo
mental não é facilmente identificável, podendo não ser evidente até que elas entrem para a escola. Muitas delas,
quando adultas, conseguirão levar uma vida independente na comunidade e não serão mais vistas como tendo
retardo mental.
• Os restantes 13% da população afetada, aqueles com QI abaixo de 50, terão sérias limitações de
funcionamento. Contudo, com intervenções precoces, educação funcional e com suporte adequado, quando
adultos, todos poderão levar vidas satisfatórias na sua comunidade.
DIAGNÓSTICO
• O terceiro passo exige uma equipe multidisciplinar para determinar o apoio necessário
nas quatro dimensões mencionadas. Cada apoio identificado é classificado em um de
quatro níveis de intensidade - intermitente, limitado, extensivo, intensivo.
• Apoio intermitente
• refere-se a um suporte oferecido quando necessário. Um exemplo seria o apoio
necessário para que a pessoa procure um novo emprego na eventualidade de ficar
desempregada. O apoio intermitente pode ser necessário ocasionalmente por um
indivíduo durante sua vida, mas nunca de maneira contínua.
• Apoio limitado
• é aquele necessário durante um período determinado de tempo. Um exemplo seria na
transição da escola para o trabalho ou durante o treinamento para uma função específica.
• Apoio extensivo
• é aquela assistência que a pessoa necessita diariamente e sem limite de tempo. Pode
incluir apoio em casa e/ou no trabalho.
• Apoio intensivo
• refere-se ao apoio constante, em todas as áreas, com base diária, podendo incluir
medidas para o suporte de vida.
CAUSAS DO RETARDO MENTAL
• O retardo mental pode ser causado por qualquer condição que prejudique o
desenvolvimento cerebral antes do nascimento, durante o nascimento ou nos anos de infância.
Várias centenas de causas têm sido descobertas, mas a causa permanece indefinida em
aproximadamente um terço dos casos.
• As três principais causas identificadas de retardo mental são:
• a Síndrome de Down,
• a Síndrome alcoólico-fetal e
• a Síndrome do X frágil.
AS CAUSAS PODEM SER DIVIDIDAS EM CATEGORIAS.
• Condições genéticas
• Resultam de anormalidades nos genes herdadas dos pais, devidas a erros de combinação genética ou de
outros distúrbios dos genes ocorridos durante a gestação. Centenas de distúrbios genéticos associam-se
ao retardo mental. Alguns exemplos são a fenilcetonúria, a Síndrome de Down e a Síndrome do X frágil.
• Alguns estudos também sugerem que a pouca estimulação, que ocorre em áreas muito
desprovidas das experiências culturais e ambientais normalmente oferecidas às crianças,
pode surgir como causa de retardo mental.
PREVENÇÃO
• Nos últimos 30 anos, vários avanços científicos têm ajudado a prevenir muitos casos de retardo mental. Estima-se que nos
Estados Unidos são prevenidos a cada ano:
• 250 casos de retardo mental por fenilcetonúria, graças ao teste do pezinho e ao conseqüente tratamento dietético adequado.
• 1.000 casos de retardo mental por hipotireoidismo, graças ao teste do pezinho e ao conseqüente tratamento hormonal
adequado.
• 1.000 casos de retardo mental pelo uso de imunoglobulina anti-Rh, que previne a doença por incompatibilidade Rh entre mãe e
feto, reduzindo a icterícia severa no recém-nascido.
• 5.000 casos de retardo mental causados por infecção pelo Haemophilus influenzae tipo B, graças ao uso rotineiro de vacina
contra Haemophilus nas crianças.
• 4.000 casos de retardo mental devidos à encefalite pelo sarampo, graças à vacinação das crianças.
• Um número desconhecido de casos de retardo mental devidos à rubéola congênita, graças à vacinação das crianças.
• Outras medidas têm contribuído para a redução do número de casos de retardo mental.
• Todas estas medidas são exemplos de ações que ajudam a diminuir o número de pessoas com
retardo mental na comunidade.