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O FUTURO DO SANEAMENTO NO PARANÁ

Soluções do novo marco do saneamento


para os municípios

Dezembro 2020
MSc. Yuri Schmitke A. Belchior Tisi: Presidente Executivo da ABREN
Presidente do WtERT Brasil e sócio da Girardi & Schmitke Advogados
SOBRE A ABREN

A ABREN integra o Global Waste to Energy Research and


Technology Council (GWC), instituição de tecnologia e pesquisa
proeminente que atua em diversos países, com sede na cidade
de Nova York, Estados Unidos, tendo por objetivo promover as
melhores práticas de gestão integrada e sustentável de
resíduos por meio da sua recuperação energética, conhecida
como Waste-to-Energy (WTE) ou Energy from Waste (EfW). O
Presidente Executivo da ABREN é também o Presidente do
WtERT Brasil, representando desta forma o Conselho Global do
WtERT (GWC).
SOBRE A ABREN

A ABREN é associada da Associação Internacional de Resíduos


Sólidos ou International Solid Waste Association (ISWA) e da
Federação da Indústria Alemã de Gerenciamento de Resíduos,
Água e Matérias-primas ou Bundesverband der Deutschen
Entsorgungs-, Wasser- und Rohstoffwirtschaft e. V. (BDE), o que
permite à ABREN receber informações relevantes sobre o
mercado de resíduos internacional, participar de eventos,
integrar grupos técnicos de trabalho e buscar a troca de
conhecimento para o desenvolvimento do mercado brasileiro.
ASSOCIADOS
O PROBLEMA DA GESTÃO DE RSU NO BRASIL
Após 2 décadas de tramitação no congresso e 1 década de vigência da PNRS, a quantidade de RSU
destinada a lixões e aterros controlados (que deveriam ter sido extintos em 2014), aumentou em
10% , passando de 74-mil t/d em 2010 (40% do total) a 81-mil t/d em 2018 (42% do total)

Evolução Destinação de RSU 2010-2018 Evolução Destinação de RSU 2010-2018


(t/dia) (%)

58% 60%
118.631
99.919

80.680 42% 40%


73.664

2.010 2.018 2.010 2.018

Lixão e Aterro Controlado Aterro Sanitario


Fonte: Elaboração própria, dados SNIS 5
O PROBLEMA DA GESTÃO DE RSU NO BRASIL
Aceitação de aterro como “tratamento” pelos poderes públicos, o que é uma equivocada interpretação
sobre a definição da PNRS de tratamento de resíduos e destinação de rejeitos. Por lei somente rejeitos
poderiam ser destinados aos aterros, historicamente não respeitado nem fiscalizado.

FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O “STATUS QUO” POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS, LEI 12.305/2010
§ Aceitação de aterro como tratamento pelos poderes públicos, o que
§ VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição
é uma equivocada interpretação sobre a definição da PNRS de
ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
tratamento de resíduos e destinação de rejeitos.
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
§ Falta de rigor em se fazer cumprir a lei, sem consequências jurídicas segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
para os gestores publicos que a desrespeitaram.
§ XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
§ Falta de instrumentos econômicos para efetivar a aplicação da PNRS possibilidades de tratamento e recuperação por processos
§ Incapacidade de investimento do poder público e Dificuldades para tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
que os investimentos privados sejam devidamente remunerados apresentem outra possibilidade que não a disposição final
para a prestação um serviço de qualidade à população ambientalmente adequada;
o Mas quem realiza os “pareceres de viabilidade”?
§ Falta de capacitação de funcionários públicos em gestão de RSU
§ Limitação do custo de tratamento de soluções ambientalmente § Somente rejeitos podem ser destinados aos aterros: independência
sustentáveis ao baixo teto cobrado atualmente por aterros, que entre os custos das usinas de tratamento e os dos aterros, ainda que
varia entre R$ 60,00 a R$ 120,00 por tonelada qualquer aumento de cobrança possa ser entendido como custo
político, mesmo para a melhoria da qualidade de vida.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
6
NOVO MARCO DO SANEAMENTO

Ø Obrigatoriedade de contrato de concessão por PPP;

Ø Possibilidade de cobrança de tarifa na conta de consumo;

Ø Regionalização com formação de consórcios públicos;

Ø Regulação por meio da Agência Nacional de Águas e Saneamento – ANA;

Ø Obrigatoriedade de cobrança de tarifa integral sob pena de renúncia de receita;

7
O PROBLEMA DA GESTÃO DE RSU NO BRASIL
Estratégias eficazes para promover o desenvolvimento de projetos de tratamento de RSU como
alternativa a aterros, e que foram implementadas pelos países com melhor desempenho em termos de
gestão de RSU a nível mundial

§ Promoção da hierarquia de resíduos como facilitadora de políticas


sólidas de gestão de resíduos;
§ Implementação de metas eficazes de desvios de aterro sanitário de RSU;
§ Introdução de taxa sobre o aterro sanitário para viabilizar soluções
ambientalmente mais adequadas, conforme hierarquia de tratamento
de resíduos. As taxas podem ser revertidas em programas de incentivos
para adoção de soluções ambientalmente sustentáveis;
§ Incentivos fiscais para desenvolver projetos de gestão de resíduos
sustentáveis;
§ Promoção do papel de Waste-to-Energy como a opção preferida para
tratamento de resíduos não recicláveis, em detrimento de aterros,
conforme estabelecido pela PNRS;
§ Desenvolvimento de mercados para matérias-primas secundárias,
incluindo regulamentação para reciclagem de minerais à partir de
escorias, como agregado em obras de construção.
§ Incentivos financeiros similares aos créditos de carbono para projetos
que permitam redução de GEE e apoiar o país a cumprir seus Fonte: ABREN
compromissos do acordo de Paris. 8
GESTÃO INTEGRADA SUSTENTAVEL DE TRATAMENTO DE RSU PARA GRANDES
AGLOMERAÇÕES URBANAS
O lugar certo das usinas WTE num sistema de gestão integrado: tratamento térmico dos rejeitos da
coleta seletiva, da triagem de recicláveis e de tratamento orgânico

METAIS
PLÁSTICO PAPEL VIDROS METAIS
2-3% RSU

COLETA SELETIVA PAVIMENTAÇÃO, CONSTRUÇÃO

Escorias

RESIDUOS LIMPOS E SECOS TRIAGEM/ COOPERATIVAS 10-15% RSU ATERROS SANITÁRIOS


Rejeitos

Rejeitos 3-4% RSU

Cinzas Volantes
OUTROS RESIDUOS TRATAMENTO TÉRMICO
Rejeitos

RESIDUOS ORGÂNICOS BIODIGESTÃO/COMPOSTAGEM ENERGIA

COLETA SELETIVA

COMPOSTO
Fonte: Elaboração própria 9
BENEFÍCIOS DAS USINAS WASTE-TO-ENERGY

Os RSU emitem de 3 a 5% das emissões totais de gases de efeito estufa;


O metano emitido (CH4) é 25x mais nocivo do que o CO2;
5º Relatório do IPCC: Usinas WTE reduzem em até 8x as emissões de GEE;
Aterro sanitários: um novo a cada 5 ou 10 anos;
Traz risco de contaminação da água potável disponível no planeta.

10
O FIM DA VIDA ÚTIL DOS ATERROS E A FALTA DE NOVAS AREAS DISPONIVEIS
Os aterros sanitários estão atingindo seus limites de capacidade, principalmente nos estados do Rio de
Janeiro e São Paulo, onde a maioria ira colapsar dentro de 3 a 5 anos, exigindo que caminhões de
coleta percorram distâncias cada vez maiores para o descarte (aumento de custos e poluição)

Vida útil Remanescente de Aterros sanitários no Estado de São Paulo

Vida útil > 5 anos


Vida útil entre 2 - 5 anos
Vida útil < 2 anos

Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, 2018, CETESB 15


O FIM DA VIDA ÚTIL DOS ATERROS E A FALTA DE NOVAS AREAS DISPONIVEIS
Em 2018, o Supremo Tribunal Federal proibiu a construção e/ou ampliação de aterros sanitários em
áreas de proteção ambiental, o que deveria implicar numa necessidade de busca por soluções
alternativas de disposição para 13 milhões de t/a de RSU devido à indisponibilidade de nova áreas

§ “No que se refere à autorização para intervir


em área de preservação permanente para a
gestão de resíduos, os riscos de
contaminação do solo, lençóis freáticos e
cursos d'água impõem a declaração de
inconstitucionalidade da permissiva em tela,
considerando o uso de contaminantes
biológicos e químicos inerentes ao instalação
e operação de aterros. "
§ “A autorização para intervir na Área de
Preservação Permanente - APP para
instalação de aterros sanitários não é
cabível, devendo ser buscados outros locais
para a instalação”

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/03/04/aterros-sanitarios-de-onze-capitais-podem-se-tornar-ilegais.ghtml+&cd=2&hl=en&ct=clnk&gl=fr;
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750504737
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NOVAS NECESSIDADES DE TRATAMENTO DE ACORDO COM O PLANARES, 2020
De acordo com o Planares 2020 pretende-se eliminar completamente a disposição final de RSU em
lixões e aterros controlados, bem como desviar-se 20% total de orgânicos dos aterros até o ano de
2024, gerando necessidade de novas destinações/tratamentos para quase 100 mil t/d de RSU
Cenário 2024 « Status Quo » Cenário 2024 « Metas Atingidas»
Situação Atual 2018
(Sem Metas Planares) (Metas Planares)
Aterro Sanitario;
Lixão e Aterro Controlado; Lixão e Aterro Controlado; 125.150 ; 56%
80.680 ; 40% 87.649 ; 39%

Metas
Status Quo Atingidas
Atual 2018 =
2024 2024
199 k t/d 97 000 t/d
222 k t/d 222 k t/d

Aterro Sanitario; Aterro Sanitario; Nova Destinação;


118.631 ; 60% 139.490 ; 61% 97.369 ; 44%
Fonte: Elaboração própria, dados SINIS 2019 e PLANARES 2020
17
NOVAS NECESSIDADES DE TRATAMENTO DE ACORDO COM O PLANARES, 2020
De acordo com a Comissão Europeia “a recuperação energética de 10 mil t/a de RSU pode criar até 40
postos de trabalho” . De acordo com SNIS existem cerca de 27 mil integrantes de entidades associativas
de catadores de materiais recicláveis em todo o Brasil . Se todos estes trabalhadores fossem qualificados
para trabalhar em usinas WTE eles atenderiam a somente 9 % do total de postos de trabalho gerados.

Potencial de Geração de postos de trabalho para catadores em usinas WTE

Quantidade de integrantes de Cooperativas e Associações de Catadores Postos de Trabalho WTE % Catadores / Postos de Trabalho WTE

70.000 40 %

60.000 35% 35 %

300.799

29%
30 %

50.000
25 %

40.000

19%
20 %

30.000
14% 15% 15 %

20.000 12%
10% 9% 9% 10% 10 %
9%
8% 8% 8%
10.000 6% 6% 6% 7% 27.073
4% 4% 4% 4% 4%
5%

3%
2% 1%
- 0%

SP RJ MG BA CE PE PR PA RS MA GO SC AM PB PI RN ES DF MS AL MT SE TO RO AC Brasil
Fonte: Elaboração própria com base em dados disponiveis em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/HTML/?uri=CELEX:52005DC0666&from=EN;
http://www.snis.gov.br/downloads/diagnosticos/rs/2018/Diagnostico_RS2018.pdf
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POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
48% da população Brasileira (equivalente a 100 milhões de pessoas em 2019) reside em uma das 28 Regiões
Metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, com potencial de tratar 97 mil t/d de RSU via WTE

População e Geração de RSU nas 28 Regiões Metropolitanas Brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes
2 5 2 0

19,1

Regiões
População 2019 t/d RSU x 1000

Milhões
Metropolitanas > 21,7 14,6
1 5

1M hab.; 2 0

97k; 46%
206 mil 1 0

t/d RSU 1 5

5,6
4,9 4,5 4,4
5

Outras; 113; 54% 12,8 4,1


3,4 3,0 2,9 3,3
2,4 2,2 2,7
1 0

1,9 1,8 1,6 1,5 1,7 1,8 1,3 1,4 1,5


1,2 1,2 1,0 0,9 0,9 -

Regiões
Metropolitanas >
5

6,0 ( 5)

1M hab.; 4,6 4,3 4,1 4,1 3,9 3,7 3,3


210 100M; 48% 2,7 2,6 2,6 2,5 2,1 2,0 1,9 1,7 1,6 1,6 1,5 1,4 1,3 1,3 1,2 1,2 1,1 1,0
Milhões -

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Fonte: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 19
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
28% da população Brasileira (equivalente a 59,6 milhões de pessoas em 2019) reside em um dos 35
municípios com mais de 600 mil habitantes, com potencial de tratar 60,5 mil t/d de RSU via WTE

População e Geração de RSU nos 35 municípios Brasileiros com mais de 600 mil habitantes
1 4 2 0,

Municipios >
600k hab.;
60k; 29%
1 2

12,3
206 mil População 2019 t/d RSU x 1000
1 5,0

t/d RSU
Milhões
1 0

10,8 1 0,

Outras; 147; 71%


8
7,7

5 ,0

3,9
6
6,7 3,6 3,0 2,7
2,1 1,6 1,8 1,4 1,6 1,2 1,2 1,1 1,2 1,2
1,0 1,0 1,1 1,0 1,1 0,7 0,9 0,8 0,6 0,6 0,6 0,8 0,6 0,6 0,6 0,5 0,7 0,6 0,5
Municipios > -

600k hab.; 4

210 60M; 28%


3,0 2,9
Milhões 2,7 2,5
-5 ,0

2,2 1,9
habitantes 1,6 1,5 1,5 1,5
1,4 1,2 1,1 1,1 1,0 0,9 0,9 0,9 0,9 0,8 0,8 0,8 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6
Outras; 152; 72%
- -1 0, 0

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Fonte: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 2019 20
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
A composição gravimétrica média dos RSU coletados no Brasil com base em mais de 90 cidades Brasileiras permite
calcular o PCI médio dos RSU, que seriam da ordem de 7000-8000 kJ/kg (cálculo próprio com base na composição),
viariando em função do teor de umidade.

Composição gravimétrica média dos RSU coletados no Brasil

Aço Aluminio
Outros 2,3% 0,6%
16,7% Papel, Papelão e Tetrapack
13,1%

Plastico
13,5%

Vidro
2,4%
Matéria Orgânica
51,4%

Fonte: IPEA/ ICLEI-MMA 2012 21


POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
Com base em valores médios de PCI de 7500 kJ/kg, rendimento elétrico bruto da planta WTE de 28% e
disponibilidade anual de 8000 horas, obtêm-se um potencial de geração de energia à partir de RSU de 18.9
TWhe por ano ( e 2.358 MWe de potência instalada) nas 28 regiões metropolitanas
Potencial de Recuperação Energética à partir de RSU nas 28 Regiões Metropolitanas Brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes
4 .0 0
50 0

Regiões 465
Metropolitanas GWh/Ano MWe
> 1M hab.;
3 .50 0

40 0

2.358; 47% 3.719354


5 000 3 .0 0

30 0

MWe 2 .50 0 2.829


20 0

119 136
Outras;
2 .0 0

2.649; 53% 110 107 99 10 0


83 73 70 79 59
55 66 46 45 40 37 42 43
1 .50 0

1.089 32 29 30 34 37 25 22 23
951 878 857 795
-

Regiões
1 .0 0

667 583 559 635


Metropolitanas >
473 437 527
1M hab.; 367 358 319 294 337 343 (100 )
256 235 240 268 295 200 177 180
5 0

18.866; 47%
40 060 -
(200 )

GWh/ano o e o e e r a s s l… a s l a e ó a a s a )
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Fonte: Calculo próprio com base em dados IBGE, SNIS, e premissa de 800h/ano de disponibilidade, PCI médio de 7,5 MJ/kg, 28% rendimento elétrico bruto 22
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
Com base em valores médios de PCI de 7500 kJ/kg, rendimento elétrico bruto da planta WTE de 28% e
disponibilidade anual de 8000 horas, obtêm-se um potencial de geração de energia à partir de RSU de 11.75
TWhe por ano ( e 1.469 MWe de potência instalada) nos 35 municípios > 600 k hab.
Potencial de Recuperação Energética à partir de RSU nos 35 municípios Brasileiros com mais de 600 mil habitantes
2 .50 0, 0 3 0 ,0

Municipios > 262


GWh/ano MWe
2 50 ,0

600k hab.;
2.096
1.469; 29%
186
2 .0 0, 0 2 0 ,0

5 000 1 50 ,0

MWe 1.489
89 94
1 .50 0, 0 1 0 ,0

73 65
Outros; 3.539; 71% 50 39 43 35 39 28 29
5 0,

26 28 30 23 25 27 24 26 18 23 20 15 15 15 18 15 14 15
1 .0 0, 0
13 16 16 13 -

709 753
581
-5 0, 0

Municipios > 518


600k hab.; 401
308 346 280 313
5 0 ,0 -1 0 ,0

11.752; 228 236 206 227 240 186 204 218 189 209
144 182 162 124 123 120 147 120 110 116 106 130 124 106 -1 50 ,0

29%
40 060 - -2 0 ,0

GWh/ano o o a r a e s a e a e s s s o o s e l a o u a s e o s o a a a a
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Fonte: Calculo próprio com base em dados IBGE, SNIS, e premissa de 800h/ano de disponibilidade, PCI médio de 7,5 MJ/kg, 28% rendimento elétrico bruto 23
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
Se os RSU das 28 RM fossem convertidos em energia instantaneamente a partir do tratamento térmico, a
geração corresponderia a cerca de 3% do total nacional. Se considerarmos somente os 35 municípios > 600k
hab. geração WTE corresponderia a cerca de 2% do total nacional.

Potencial de Geração de Potencial de Capacidade


Potencial Técnico de Geração Bruta à partir de RSU no Eletricidade, TWh/ano Instalada (GWe)
Brasil
BR / 28 RM/ 35M BR / 28 RM/ 35M

WTE (1) 40 (BR) / 19 (28 RM) / 12 (35M) 5 (BR) / 2,35 (28 RM) / 1,5 (35M)

Biodigestão (2) 9.4 (BR) 1,22 (BR)

Geração Brasil, 2019 (BNE 2020) (3) 626 170

% WTE (1) / Total Brasil (3) 6,4% (BR) / 3% (28 RM) / 2% (35M) 3% (BR) / 1,4% (28 RM) / 1% (35M)

% Biodigestão (2) / Total Brasil (3) 1,5% (BR) 0,7% (BR)

% Recuperação Energética (1+2)/ Total Brasil (3) 7,9% (BR) 3,7% (BR)

Potencial de Unidades WTE de 20 MWe 250 (BR) / 118 (28 RM) / 73 (35M)

Potencial de Investimento WTE (1), bilhões de R$ 160 (BR) / 75 (28 RM) / 47 (35M)

Fonte: Calculo próprio com base em dados IBGE, SNIS, e premissa de 800h/ano de disponibilidade, PCI médio de 7,5 MJ/kg, 28% rendimento elétrico bruto, investimento de 1,5m€/MWt 24
ATRATIVIDADE DA TARIFA DE ENERGIA A PARTIR DE WTE
De acordo com os cálculos realizados pela consultoria Engenho (2020), considerando valores
atualizados, os custos evitados com a instalação de uma WTE seriam da ordem de 487 R$/MWh,
resultando em um valor real da energia para a população de cerca de 113 R$/MWh

Balanço econômico da geração WTE: custo de


§ Economia em Transporte do RSU equivalente a
produção x custo evitado
cerca de 300 R$/MWh, evitando-se o transporte
para locais mais distantes dos pontos de coleta;

113 § Economia em saúde pública equivalente a


cerca de 150 R$/MWh . Segundo estudos da
Associação Internacional de Resíduos Sólidos
150 (ISWA), o custo do atendimento médico à
população afetada pela má gestão dos RSU é
600 37
calculado entre 10 e 20 $/T de RSU,
correspondendo a uma média de 75 R$/t (para
uma taxa de câmbio de 5 R$/US$);
300
§ Economia em custos de transmissão
equivalente a cerca de 37 R$/MWh. As WTE estão
localizadas próximas às cargas, não utilizando a
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Transmissão de Energia Saude Custo Final Custo Real rede de transmissão.

Fonte: ENGENHO 2020, adaptado pelo autor 25


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