Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dezembro 2020
MSc. Yuri Schmitke A. Belchior Tisi: Presidente Executivo da ABREN
Presidente do WtERT Brasil e sócio da Girardi & Schmitke Advogados
SOBRE A ABREN
58% 60%
118.631
99.919
FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O “STATUS QUO” POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS, LEI 12.305/2010
§ Aceitação de aterro como tratamento pelos poderes públicos, o que
§ VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição
é uma equivocada interpretação sobre a definição da PNRS de
ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
tratamento de resíduos e destinação de rejeitos.
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
§ Falta de rigor em se fazer cumprir a lei, sem consequências jurídicas segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
para os gestores publicos que a desrespeitaram.
§ XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
§ Falta de instrumentos econômicos para efetivar a aplicação da PNRS possibilidades de tratamento e recuperação por processos
§ Incapacidade de investimento do poder público e Dificuldades para tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
que os investimentos privados sejam devidamente remunerados apresentem outra possibilidade que não a disposição final
para a prestação um serviço de qualidade à população ambientalmente adequada;
o Mas quem realiza os “pareceres de viabilidade”?
§ Falta de capacitação de funcionários públicos em gestão de RSU
§ Limitação do custo de tratamento de soluções ambientalmente § Somente rejeitos podem ser destinados aos aterros: independência
sustentáveis ao baixo teto cobrado atualmente por aterros, que entre os custos das usinas de tratamento e os dos aterros, ainda que
varia entre R$ 60,00 a R$ 120,00 por tonelada qualquer aumento de cobrança possa ser entendido como custo
político, mesmo para a melhoria da qualidade de vida.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
6
NOVO MARCO DO SANEAMENTO
7
O PROBLEMA DA GESTÃO DE RSU NO BRASIL
Estratégias eficazes para promover o desenvolvimento de projetos de tratamento de RSU como
alternativa a aterros, e que foram implementadas pelos países com melhor desempenho em termos de
gestão de RSU a nível mundial
METAIS
PLÁSTICO PAPEL VIDROS METAIS
2-3% RSU
Escorias
Cinzas Volantes
OUTROS RESIDUOS TRATAMENTO TÉRMICO
Rejeitos
COLETA SELETIVA
COMPOSTO
Fonte: Elaboração própria 9
BENEFÍCIOS DAS USINAS WASTE-TO-ENERGY
10
O FIM DA VIDA ÚTIL DOS ATERROS E A FALTA DE NOVAS AREAS DISPONIVEIS
Os aterros sanitários estão atingindo seus limites de capacidade, principalmente nos estados do Rio de
Janeiro e São Paulo, onde a maioria ira colapsar dentro de 3 a 5 anos, exigindo que caminhões de
coleta percorram distâncias cada vez maiores para o descarte (aumento de custos e poluição)
Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/03/04/aterros-sanitarios-de-onze-capitais-podem-se-tornar-ilegais.ghtml+&cd=2&hl=en&ct=clnk&gl=fr;
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750504737
16
NOVAS NECESSIDADES DE TRATAMENTO DE ACORDO COM O PLANARES, 2020
De acordo com o Planares 2020 pretende-se eliminar completamente a disposição final de RSU em
lixões e aterros controlados, bem como desviar-se 20% total de orgânicos dos aterros até o ano de
2024, gerando necessidade de novas destinações/tratamentos para quase 100 mil t/d de RSU
Cenário 2024 « Status Quo » Cenário 2024 « Metas Atingidas»
Situação Atual 2018
(Sem Metas Planares) (Metas Planares)
Aterro Sanitario;
Lixão e Aterro Controlado; Lixão e Aterro Controlado; 125.150 ; 56%
80.680 ; 40% 87.649 ; 39%
Metas
Status Quo Atingidas
Atual 2018 =
2024 2024
199 k t/d 97 000 t/d
222 k t/d 222 k t/d
Quantidade de integrantes de Cooperativas e Associações de Catadores Postos de Trabalho WTE % Catadores / Postos de Trabalho WTE
70.000 40 %
60.000 35% 35 %
300.799
29%
30 %
50.000
25 %
40.000
19%
20 %
30.000
14% 15% 15 %
20.000 12%
10% 9% 9% 10% 10 %
9%
8% 8% 8%
10.000 6% 6% 6% 7% 27.073
4% 4% 4% 4% 4%
5%
3%
2% 1%
- 0%
SP RJ MG BA CE PE PR PA RS MA GO SC AM PB PI RN ES DF MS AL MT SE TO RO AC Brasil
Fonte: Elaboração própria com base em dados disponiveis em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/HTML/?uri=CELEX:52005DC0666&from=EN;
http://www.snis.gov.br/downloads/diagnosticos/rs/2018/Diagnostico_RS2018.pdf
18
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
48% da população Brasileira (equivalente a 100 milhões de pessoas em 2019) reside em uma das 28 Regiões
Metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes, com potencial de tratar 97 mil t/d de RSU via WTE
População e Geração de RSU nas 28 Regiões Metropolitanas Brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes
2 5 2 0
19,1
Regiões
População 2019 t/d RSU x 1000
Milhões
Metropolitanas > 21,7 14,6
1 5
1M hab.; 2 0
97k; 46%
206 mil 1 0
t/d RSU 1 5
5,6
4,9 4,5 4,4
5
Regiões
Metropolitanas >
5
6,0 ( 5)
l
( 10)
r
ulo ir o nt e t orno legre aleza ec ife ad o ritib a p inas nau s iân ia ort e elém cab a it ória t ist a Pret o Lu ís Nat a ic aba ens e aceió sso a esina po lis drina á (4)
habitantes ão P a Jane rizo
o E n
rto
A r t
Fo M de
R
Salv C u a m M a G o al N
e B o ro e V S an
ão S ão de ira
c
t ar
in e M P e Ter
r ia
nó Lon
Cu
iab
d
e
e S io d elo H ral e P o M de R de M de de C M de M de Lit or R M d de S rand ad a ib eir nd e RM de P e Ca RM d ão
Jo an de e Flo M de R io
R B e e M R R R e M G i x R r a t e
RM do de Fe
d d R R RM ba R da a
a B M de da G n a rd es d Gr d R do
RM RM raí RM RM d rba RM E da RM le
R M st rit o Pa R RM o U rte/N
o
ID o Va
Outras; 110; 52% i o ç ã R d
oD al e
d
er a o N o RM
Ed oV lo m R M d
R ID d Ag
RM
Fonte: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 19
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
28% da população Brasileira (equivalente a 59,6 milhões de pessoas em 2019) reside em um dos 35
municípios com mais de 600 mil habitantes, com potencial de tratar 60,5 mil t/d de RSU via WTE
População e Geração de RSU nos 35 municípios Brasileiros com mais de 600 mil habitantes
1 4 2 0,
Municipios >
600k hab.;
60k; 29%
1 2
12,3
206 mil População 2019 t/d RSU x 1000
1 5,0
t/d RSU
Milhões
1 0
10,8 1 0,
5 ,0
3,9
6
6,7 3,6 3,0 2,7
2,1 1,6 1,8 1,4 1,6 1,2 1,2 1,1 1,2 1,2
1,0 1,0 1,1 1,0 1,1 0,7 0,9 0,8 0,6 0,6 0,6 0,8 0,6 0,6 0,6 0,5 0,7 0,6 0,5
Municipios > -
600k hab.; 4
2,2 1,9
habitantes 1,6 1,5 1,5 1,5
1,4 1,2 1,1 1,1 1,0 0,9 0,9 0,9 0,9 0,8 0,8 0,8 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6
Outras; 152; 72%
- -1 0, 0
a r a e s e a e s s s s e l a o a s e o s o a a a
a ulo ei ro s il i ado l ez on t au iti ba eci f ian i lem egr lh o in a Lui cal o c eio xi a nd a ta sin mp acu ss o p o n dr ret a pe asc nd ia cab gem c aju t an i ab
n
P an Bra l v r ta ri z a ur R o B A aru mp ao on Ma C Gre l a a N r e a Igu Pe am A P r s l a o ta r a n u
a O er o r n A Sa C
o
Sa de
J Sa Fo Ho M C G
r to Gu Ca S
o
G de p o Te d o C va ao s C n to ir ao uar b S Co e
lo o a e o o o o
N J e d S ib s a e G U d
Ri
o
Be
P S qu Cam rd R do ir a
Du rna J os o Fe
Be Sa
o ta
a o b oa
S Ja
Fonte: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 2019 20
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
A composição gravimétrica média dos RSU coletados no Brasil com base em mais de 90 cidades Brasileiras permite
calcular o PCI médio dos RSU, que seriam da ordem de 7000-8000 kJ/kg (cálculo próprio com base na composição),
viariando em função do teor de umidade.
Aço Aluminio
Outros 2,3% 0,6%
16,7% Papel, Papelão e Tetrapack
13,1%
Plastico
13,5%
Vidro
2,4%
Matéria Orgânica
51,4%
Regiões 465
Metropolitanas GWh/Ano MWe
> 1M hab.;
3 .50 0
40 0
30 0
119 136
Outras;
2 .0 0
1.089 32 29 30 34 37 25 22 23
951 878 857 795
-
Regiões
1 .0 0
18.866; 47%
40 060 -
(200 )
GWh/ano o e o e e r a s s l… a s l a e ó a a s a )
aul ei ro o nt o rn l egr leza ec if ad o i tib i na nau i ânia t ora el ém c aba tó ri ti sta r eto Luí ata c ab en s cei sso sin p ol i ri n á (4
P a n iz t A t a R lv u r p a o L i B o V i n P o N c i i n a e r e ó n d b
o J r En o r e a C m M G e e r a o ã e a r M P e n o ia
e S ã de o H o al e o rt e Fo M d d e S d e e Ca d e d e íb a M d e S o n de d a S ei rã de S RM d Pi r Cat a d e o ão d e T or ia d e L o Cu
Outras; d Ri o l P d R M d ra a b n e M J l i
e er e RM R RM
M d RM R ra R M x i a d te R de an F
RM do R
21.194; 53% R M d o d e B F ed M d RM Pa R d a G Bai d e R a Gr ana d es M G r M de
R o a b r R a le
RM RM tri to le
d RM M d RM RM d U r /N o DE
d R
Va
s a R o te I o
Di do
V ã
aç o r
R d
do M er o N RM
DE R m
lo M d
RI Ag R
Fonte: Calculo próprio com base em dados IBGE, SNIS, e premissa de 800h/ano de disponibilidade, PCI médio de 7,5 MJ/kg, 28% rendimento elétrico bruto 22
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
Com base em valores médios de PCI de 7500 kJ/kg, rendimento elétrico bruto da planta WTE de 28% e
disponibilidade anual de 8000 horas, obtêm-se um potencial de geração de energia à partir de RSU de 11.75
TWhe por ano ( e 1.469 MWe de potência instalada) nos 35 municípios > 600 k hab.
Potencial de Recuperação Energética à partir de RSU nos 35 municípios Brasileiros com mais de 600 mil habitantes
2 .50 0, 0 3 0 ,0
600k hab.;
2.096
1.469; 29%
186
2 .0 0, 0 2 0 ,0
5 000 1 50 ,0
MWe 1.489
89 94
1 .50 0, 0 1 0 ,0
73 65
Outros; 3.539; 71% 50 39 43 35 39 28 29
5 0,
26 28 30 23 25 27 24 26 18 23 20 15 15 15 18 15 14 15
1 .0 0, 0
13 16 16 13 -
709 753
581
-5 0, 0
11.752; 228 236 206 227 240 186 204 218 189 209
144 182 162 124 123 120 147 120 110 116 106 130 124 106 -1 50 ,0
29%
40 060 - -2 0 ,0
GWh/ano o o a r a e s a e a e s s s o o s e l a o u a s e o s o a a a a
aul eir sili ado lez ont nau itib ecif iani lem eg r lho ina Lui ca l cei xia and ata sin mp uac sso po ndr ret ape a sc ndi cab g em caju ta n ia b
P n a a z e l
r R o B A ru p ao on M C a a e
N r Ca Ig Pe a m A P ar Os rla ro ta ra an Cu
o Ja Br Salv ort ori Ma Cu G to Gua Cam S o G e oG
r
Te do va ao s C nto irao uar n A S
Sa de F H o r a e d p o o o a e Ube So Co de
Outros; 28.309; 71% o l o P S u am o N J d S ib s G
Ri Be q rd se R o i r a
Du C rn
a
Jo o
d Fe
Be o t a
o Sa bo
a
Sa Ja
Fonte: Calculo próprio com base em dados IBGE, SNIS, e premissa de 800h/ano de disponibilidade, PCI médio de 7,5 MJ/kg, 28% rendimento elétrico bruto 23
POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA REGIÕES METROPOLITANAS E
CONSÓRCIOS DE MUNICÍPIOS
Se os RSU das 28 RM fossem convertidos em energia instantaneamente a partir do tratamento térmico, a
geração corresponderia a cerca de 3% do total nacional. Se considerarmos somente os 35 municípios > 600k
hab. geração WTE corresponderia a cerca de 2% do total nacional.
WTE (1) 40 (BR) / 19 (28 RM) / 12 (35M) 5 (BR) / 2,35 (28 RM) / 1,5 (35M)
% WTE (1) / Total Brasil (3) 6,4% (BR) / 3% (28 RM) / 2% (35M) 3% (BR) / 1,4% (28 RM) / 1% (35M)
% Recuperação Energética (1+2)/ Total Brasil (3) 7,9% (BR) 3,7% (BR)
Potencial de Unidades WTE de 20 MWe 250 (BR) / 118 (28 RM) / 73 (35M)
Potencial de Investimento WTE (1), bilhões de R$ 160 (BR) / 75 (28 RM) / 47 (35M)
Fonte: Calculo próprio com base em dados IBGE, SNIS, e premissa de 800h/ano de disponibilidade, PCI médio de 7,5 MJ/kg, 28% rendimento elétrico bruto, investimento de 1,5m€/MWt 24
ATRATIVIDADE DA TARIFA DE ENERGIA A PARTIR DE WTE
De acordo com os cálculos realizados pela consultoria Engenho (2020), considerando valores
atualizados, os custos evitados com a instalação de uma WTE seriam da ordem de 487 R$/MWh,
resultando em um valor real da energia para a população de cerca de 113 R$/MWh