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PGRS

PLANO DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Vila Velha, outubro / 2016.


Revisão 01
1. INTRODUÇÃO

O Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vila Velha (IFES-VV), caracteriza-se por
ser uma instituição que tem como atividades fins o ensino a pesquisa e a extensão e
neste contexto se enquadra nos pequenos geradores de resíduos.
O Campus em questão desenvolve atividades relacionadas à área de química tanto no
ensino médio quanto no superior, bem como a área de biotecnologia associada ao
ensino médio.
Este Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) tem como objetivo apresentar a
forma de gestão dos resíduos sólidos adotada pela Instituição, além de atender o
cumprimento da condicionante de número 2.10 do termo de compromisso ambiental
referente à Licença Municipal Ambiental de Regularização de N° 022/2014 Classe III.
Conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o gerenciamento
dos resíduos apresentados neste documento contemplam os aspectos que descreve as
ações relativas à minimização na geração, segregação, acondicionamento,
identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, tratamento
interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e
disposição final.
2. DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1. IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR DE RESÍDUOS

RAZÃO SOCIAL: Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo


NOME FANTASIA: Ifes - Campus Vila Velha
ENDEREÇO: Av. Ministro Salgado Filho, 1000. Bairro Soteco. CEP: 2910-010.
CNPJ: 10838653/0003-60
TELEFONE: (27) 3149-0700
E – MAIL : dipex.vv@ifes.edu.br
TIPO DE ESTABELECIMENTO: Instituição de Ensino, Pesquisa e Extensão. Autarquia
Federal
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: 2ª a 6ª de 7:00 às 21:50h. Sáb de 8:00 às 18:00h.
RESPONSÁVEIS PELA REVISÃO PGRS: Marcella Porto Tavares, Hugo Leonardo
André Genier, Ariel Horta Sperandio, Renderson Albino Silva, Thiago de Melo Costa
Pereira, Marsele Machado Isidoro.

Figura 1: Croqui de localização do IFES, com destaque para o Prédio de ensino


(1) e Prédio administravo (2). (Fonte: Google Earth, adaptado 2014).
2.2. REVISÃO E APROVAÇÃO:

Elaborador por: Cargo: Visto: Data:


Marcella Porto Tavares Professora ____/____/____
Hugo Leonardo André Genier, Professor
Ariel Horta Sperandio Técnica
Renderson Albino Silva, Técnico
Thiago de Melo Costa Pereira Professor
Marsele Machado Isidoro Professora
Aprovado por: Cargo: Visto Data:
Diretor ____/____/____

2.3. RESPONSABILIDADES

Cargo Responsabilidades Responsável

Assegurar que os resíduos sejam


Denise Rocco
manuseados de forma a garantir
Direção Ana Raquel S. de Medeiros
segurança do pessoal, comunidade
Garcia
acadêmica e do meio ambiente.

Marcella Porto Tavares


Implantar, implementar e assegurar Hugo Leonardo André Genier
Responsáveis a manutenção do PGRS e a Ariel Horta Sperandio
pelo PGRS aplicação das respectivas normas Renderson Albino Silva,
de segurança. Thiago de Melo Costa Pereira
Marsele Machado Isidoro
2.4. DEFINIÇÕES

Armazenamento temporário: guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos


já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o
ponto destinado à apresentação para coleta externa.

Aterro industrial – técnica de destinação final de resíduos químicos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando
procedimentos específicos de engenharia para o confinamento destes.

Aterro sanitário – técnica de destinação final de resíduos sólidos urbanos no solo, por
meio de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas
específicas, a fim de evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os
impactos ambientais.

Carros coletores – são os carros destinados à coleta e transporte interno de resíduos


sólidos.

Coleta externa: consiste na remoção dos resíduos sólidos do abrigo de resíduos


(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela
utilização de técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente. Deve estar de acordo com as regulamentações dos órgãos de limpeza
urbana.

Disposição final ambientalmente adequada – Com base na lei 12305 de 2010, é a


distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos. É a prática de dispor os resíduos sólidos
no solo previamente preparado para recebê-los, de acordo com critérios técnico-
construtivos e os operacionais adequados, em consonância com as exigências dos
órgãos ambientais competentes.
Equipamento de proteção individual – EPI –dispositivo de uso individual, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, atendidas as peculiaridades de
cada atividade profissional ou funcional.

Estabelecimento – denominação dada a qualquer edificação destinada à realização de


atividades de prevenção, produção, recuperação e pesquisa na área de saúde ou que
estejam a ela relacionadas.

Materiais Perfuro Cortantes – materiais pontiagudos ou que contenham fios de corte


capazes de causar perfurações ou cortes.

Patogenicidade – capacidade de um agente infeccioso causar doenças em indivíduos


normais suscetíveis.

Reciclagem: Ainda de acordo com a Lei 12305 de 2010, que trata da Política Nacional
de Resíduos Sólidos, reciclagem é o processo de transformação dos resíduos sólidos
que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas,
com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições
e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do
SNVS e do Suasa.

Rejeitos: De acordo com a mesma Lei citada acima, resíduos sólidos são os que,
depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por
processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Resíduos sólidos: O material, substância, objeto ou bem descartado resultante de


atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como
gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível, são denominados resíduos sólidos, segundo a Lei 12305 de Agosto de
2010.

Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjunto de


atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007.

Veículo coletor – veículo utilizado para a coleta externa e o transporte dos resíduos
sólidos e dos serviços de saúde.

3. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

3.1. DESCRIÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES


Visando uma melhor identificação dos resíduos gerados na Instituição, foi executado
mapeamento das atividades principais, bem como a separação em setores geradores
de resíduos sólidos.

3.2. MAPEAMENTO DAS ATIVIDADES, COM DESTAQUE PARA PONTOS


DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.

Tabela 1: Levantamento das atividades e serviços prestados, com destaque para os pontos de geração.

Setor Pontos de Geração


Ensino Salas de Aula
Laboratórios
Biblioteca
Administrativo Salas administrativas
Instalações Sanitárias
Limpeza e manutenção predial

4. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12305 de 2010, define resíduos sólidos
como material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas
em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Nos termos desta
Lei, os resíduos obedecem a seguinte classificação:

 Quanto a Categoria:
a) Resíduos domiciliares – Os originários de atividades domésticas em residências
urbanas;
b) Resíduos de varrição – Os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias
públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) Resíduos sólidos urbanos – Provenientes de residências ou qualquer outra atividade
que gere resíduos com características domiciliares, bem como os resíduos de limpeza
pública urbana;
d) Resíduos industriais – Provenientes de atividades de pesquisa e produção de bens,
bem como os provenientes das atividades de mineração e aqueles gerados em áreas
de utilidades e manutenção dos estabelecimentos industriais;
e) Resíduos de serviços de saúde – Provenientes de qualquer unidade que execute
atividade de natureza médico-assistencial às populações humana ou animal, centros
de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde,
bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados;
f) Resíduos de atividades rurais – São os provenientes da atividade agrossilvopastoril,
inclusive os resíduos dos insumos utilizados nestas atividades;
g) Resíduos de serviços de transportes – Decorrentes da atividade de transportes e os
provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários, ferroviários e portuários e,
postos de fronteira;
h) Resíduos/Rejeitos Radioativos – Constituem-se de materiais radioativos ou
contaminados com radionuclídeos, em quantidades superiores aos limites
estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

 Quanto a Natureza:
Para a determinação da classe dos resíduos, segundo a sua natureza, foi utilizada a
ABNT-NBR 10.004 – 2004, que classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados
adequadamente. Os resíduos sólidos ficam assim classificados:
a) Resíduos classe I – Perigosos
b) Resíduos classe II – Não perigosos
- Resíduos classe II A – Não inertes
- Resíduos classe II B – Inertes

Primeiramente, definem-se resíduos sólidos como o conjunto dos produtos não


aproveitados das atividades humanas (domésticas, comerciais, industriais, de serviços
de saúde) ou aqueles gerados pela natureza, como folhas, galhos, terra, areia, que são
retirados das ruas e logradouros pela operação de varrição e enviados para os locais
de destinação ou tratamento. De acordo coma norma NBR-10 004 da ABTN
(Associação Brasileira de Normas Técnica) estes resíduos são classificados em:
 Classe I – Perigosos: são os que apresentam riscos ao meio ambiente e exigem
tratamento e disposição especiais, ou que apresentam riscos à saúde pública.
 Classe IIA – Não-Inertes: são basicamente os resíduos com as características
do lixo doméstico.
 Classe IIB – Inertes: são os resíduos que não se degradam ou não se
decompõem quando dispostos no solo, são resíduos como restos de construção,
os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.

5. GERAÇÃO DE RESÍDUOS

O Ifes - Campus Vila Velha é gerador de resíduos comuns (grupo D - papel, papelão,
plástico), uma pequena quantidade de resíduos químicos (grupo B - reagentes,
saneantes, lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias), uma pequena quantidade de
resíduos com a possível presença de agentes biológicos (grupo A – placas, lâminas,
tubos de coleta de sangue, luvas) e uma pequena quantidade de materiais
perfurocortantes (grupo E – agulhas, escalpes, lancetas).

 Os resíduos comuns são acondicionados em lixeiras revestidas com sacos


plásticos pretos.
 Os resíduos químicos são acondicionados em caixas e bombonas em local
separado e devidamente identificado.
 Os resíduos biológicos são acondicionados em sacolas brancas devidamente
identificadas, recebem tratamento por autoclavagem e posterior
acondicionamento em coletor identificado.
 Os materiais perfurocortantes são acondicionados, separadamente, no local de
sua geração, em recipiente rígido contendo a simbologia, resistente a punctura e
vazamentos.

A coleta dos resíduos é realizada pela Prefeitura Municipal de Vila Velha.


O Ifes - Campus Vila Velha almeja minimizar a geração de resíduos dos Grupos A, B e
E com a elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde.

5.1. RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO INSTITUTO

Os resíduos sólidos gerados na Instituição são referentes aos setores:

a) Salas de aula;
b) Laboratórios;
c) Salas administrativas;
d) Limpeza e manutenção predial.

5.2. RESÍDUOS SÓLIDOS DE SALA DE AULA, SALAS ADMINISTRATIVAS,


LIMPEZA E MANUTENÇÃO PREDIAL

O gerenciamento ambiental da Instituição abrange todos os resíduos gerados, inclusive


os de classe II A e II B da ABNT, mesmo sendo gerado em áreas administrativas. A
seleção desses resíduos facilita na reciclagem ou mesmo na reutilização de material.
Os resíduos sólidos gerados nestes setores possuem características bem similares e
são em sua maioria: papel, papelão, plástico, lâmpadas, cartuchos de tinta, matéria
orgânica, sucata metálica, pilhas e baterias.
5.3. RESÍDUOS SÓLIDOS DE LABORATÓRIOS

Os principais resíduos sólidos gerados no setor de laboratórios têm características de


resíduos químicos, e como tal, devem ter tratamento diferenciado e detalhado tendo
em vista seu potencial poluidor-degradador. No caso específico de laboratórios que
geram resíduos químicos na sua rotina, a minimização contempla fundamentalmente
duas atividades visando reduzir em mais de 50% a geração de resíduos do setor. Estas
duas atitudes são:
a) Mudança de macro (escala convencional) para microescala;
b) A substituição de reagentes e mudanças nos procedimentos.

Além da adoção das atitudes acima citadas, os efluentes gerados em laboratório que
não podem ser neutralizados e descartados na rede pública são armazenados como
resíduos, conforme preconiza a ABNT NBR 10004/2004, sendo posteriormente
encaminhados para tratamento e destinação final adequados.

5.4. DEMONSTRATIVO E CLASSIFICAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS


SÓLIDOS

A tabela abaixo apresenta os resíduos gerados, suas respectivas classificações e suas


quantidades estimadas.

Tabela 2: Geração de Resíduos no Ifes Campus Vila Velha, classificação e quantidade estimada

Geração de Resíduos
Local Descrição Classificação Quantidade
estimada (kg/dia)
Luvas, tubo de coleta, lâminas A1 5,0
Reagentes, lâmpadas
B 10,0
Laboratórios Fluorescentes, pilhas, baterias
Papel, plásticos D 25,0
Agulhas, escalpes, lancetas E 1,0
Salas Papel, plástico D 50,0
Administrativas Lâmpadas fluorescentes B 0,5
Salas professores Papel, plásticos D 50,0
Geração de Resíduos
Lâmpadas fluorescentes B 0,5
Copa Alimentos, papel, plásticos D 40,0
Sanitários Papel D 30,0
Biblioteca Papel D 10,0
Produção diária total (kg/dia) 222,0
Produção mensal (kg) 5500,0

6. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O gerenciamento dos resíduos sólidos no IFES é executado conforme tabela a seguir:

Tabela 3: Gerenciamento de resíduos Classe I gerados no Ifes - Vila Velha.

Item Resíduo de Classe I Armazenamento Trans. Interno Destinação final


1. Lâmpadas fluorescentes Caixas de papelão Manual Aterro industrial
2. Pilhas e Baterias Caixas de papelão Manual Aterro industrial
3. Reciclagem ou
Latas de tinta Manual
Aterro industrial
4. Cartuchos de
Sacolas plásticas Manual Aterro industrial
impressoras e Tonner
5. Líquidos de laboratórios Bombonas Manual Aterro industrial

Tabela 4: Gerenciamento de resíduos Classe II gerados no Ifes – Vila Velha.

Item Resíduo de Classe II Armazenamento Trans. Interno Destinação final


1. Luvas Sacola plástica Manual Aterro sanitário
Reciclagem ou
2. Papéis de escritório Sacola plástica Manual
Aterro sanitário
Reciclagem ou
3. Sacolas plásticas Sacola plástica Manual
Aterro sanitário
Reciclagem ou
4. Papelão Sacola plástica Manual
Aterro sanitário
5. Sucata metálica Sacola plástica Manual Reciclagem
6. Matéria orgânica Sacola plástica Manual Aterro sanitário
7. Plásticos Sacola plástica Manual Aterro sanitário
8. Papéis sanitários Sacola plástica Manual Aterro sanitário
6.1. ETAPAS INTERNAS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

6.1.1. SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO

Os resíduos do grupo A são segregados e acondicionados em sacolas brancas leitosas


contendo a simbologia (risco biológico). Para a segregação é necessária a utilização de
EPI´s (luvas, máscara e óculos de proteção). Os sacos para acondicionamento dos
resíduos do grupo A devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente
à punctura, ruptura e vazamento, impermeável, com tampa provida de sistema de
abertura sem contato manual, com cantos arredondados. Devem ser resistentes a
tombamento e devem ser respeitados os limites de peso de cada envólucro. É proibido
o esvaziamento dos sacos ou seu reaproveitamento.
Os resíduos do grupo B são acondicionados com base nas recomendações específicas
do fabricante para acondicioná-los e descartá-los. Elas se encontram nas etiquetas de
cada produto.
Os resíduos do grupo D são acondicionados em sacos impermeáveis (pretos), de
acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana.
Para os resíduos cortantes ou perfurantes, o pré-acondicionamento deve ser em
recipiente rígido, estanque, resistente à punctura, ruptura e vazamento, impermeável,
com tampa, contendo a simbologia da substância.

6.1.2. TRANSPORTE INTERNO

O transporte interno consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até o
abrigo de resíduos destinados à apresentação para a coleta externa.

 GRUPO A
Os resíduos do grupo A são recolhidos diariamente por profissional capacitado e
paramentado (luvas, óculos de proteção, touca e máscara).
 GRUPO B
Os resíduos do grupo B são retirados da área de uso e são encaminhados para uma
área segregada e identificada.
 GRUPO D
Os resíduos do grupo de D são recolhidos diariamente pelo auxiliar de serviços gerais.
 GRUPO E
Os recipientes que acondicionam os resíduos do Grupo E são descartados quando o
preenchimento atinge 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 cm
de distância da boca do recipiente, sendo proibido o seu esvaziamento ou
reaproveitamento.

6.1.3. ARMAZENAMENTO INTERNO TEMPORÁRIO

Os resíduos gerados são armazenados temporariamente em recipientes identificados


de acondicionamento de acordo com sua classificação.
Os resíduos Classe I gerados no Campus são armazenados em área de
armazenamento temporário (Figura 2), com exceção dos líquidos não passíveis de
serem descartados na rede pública, que ficam armazenados em depósito de resíduos
específico, identificado e de acesso restrito.

Figura 2: Local de armazenamento temporário de resíduos classe I.


A separação e identificação são feitas conforme o diagrama de Hommel (Figura 3).

Figura 3: Diagrama de Hommel

Os resíduos classe II gerados no Instituto, tanto os inertes quanto os não inertes


atualmente são coletados dos setores e dispostos em caixa estacionária (Figura 4),
para coleta e destinação final em aterro dada pela Prefeitura Municipal de Vila Velha.

Figura 4: Caixa estacionária para armazenamento de resíduos classe II.


7. ETAPAS EXTERNAS DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

7.1. ARMAZENAMENTO EXTERNO

Não há armazenamento externo para os resíduos dos grupos A, B e E. Os resíduos do


Grupo D ficam acondicionados em sacos de lixos pretos, impermeáveis, na área
externa da instituição, aguardando o serviço de coleta municipal.

7.2. COLETA E TRANSPORTE EXTERNO

Consiste na remoção dos resíduos do abrigo / armazenamento externo até a


disposição final.

• GRUPO A: A coleta externa dos resíduos biológicos é realizada semanalmente


pela prefeitura municipal de Vila Velha.
• GRUPO B: A coleta externa dos resíduos químicos é realizada após solicitação
por contato telefônico com a prefeitura municipal de Vila Velha. O Ifes – Vila
Velha elabora e relaciona os produtos a serem coletados a fim de ser emitida
uma declaração de descarte pela empresa coletora.
• GRUPO D: O funcionário da empresa terceirizada (auxiliar de serviços gerais)
recolhe os resíduos em todos os pontos de geração e encaminha estes resíduos
para a área externa da instituição, onde será realizada a coleta e o transporte
externo pela Prefeitura de Vila Velha.
• GRUPO E: A coleta externa dos materiais perfurocortantes é realizada
semanalmente pela prefeitura municipal de Vila Velha.

7.3. TRATAMENTO

O Ifes – Vila Velha realiza o tratamento dos resíduos do Grupo A, a fim de minimizar os
riscos biológicos. O tratamento é realizado por autoclavagem por profissional
capacitado e paramentado (luvas, máscara, óculos de proteção).
7.4. DISPOSIÇÃO FINAL

Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,


obedecendo a critérios técnicos e com licenciamento ambiental.

 GRUPO A, B, E
Os resíduos são coletados e destinados ao aterro sanitário classe I pela prefeitura
municipal de Vila Velha.
 GRUPO D
Resíduos comuns são dispostos em aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.

7.5. MEDIDAS PREVENTIVAS E CORRETIVAS DE CONTROLE DE


VETORES

Como medida preventiva, a Instituição terceiriza as atividades de desinsetização e


desratização com empresa qualificada e licenciada pelos órgãos ambientais e
sanitários realizando-as semestralmente. Como medida corretiva, na ocorrência de
vestígios de vetores, solicita-se os serviços de combate aos vetores, imediatamente.

7.6. HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA


Os serviços de higienização e limpeza são terceirizados por empresa contratada. Todas
as instalações são frequentemente higienizadas e fiscalizadas.

8. AÇÕES ADOTADAS EM CASO DE EMERGÊNCIA E ACIDENTES

Em caso de emergência e acidentes, o profissional técnico é imediatamente informado


para que o mesmo avalie a situação e tome as providências necessárias.

9. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

O Ifes – Vila Velha acompanha a saúde e segurança de seus colaboradores através de


exames médicos admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de
função e demissional. Ainda, a empresa contratada para o serviço de limpeza do
Campus atende as normas de contratação, estabelecidas no Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho e
Emprego.

10. CAPACITAÇÃO

Os funcionários envolvidos diretamente ou não com o gerenciamento de resíduos, são


treinados continuamente atendendo ao disposto no Capítulo VII – item 20 da
Resolução RDC306/04 nos itens aplicáveis à Instituição.

11. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PGRS

O Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos é monitorado e avaliado em intervalos


planejados conforme os indicadores abaixo relacionados:

a) Variação da geração de resíduos


b) Variação da proporção de resíduo Grupo A
c) Variação da proporção de resíduo Grupo B
d) Variação da proporção de resíduo Grupo D
e) Variação da proporção de resíduo Grupo E

12. PASSIVO AMBIENTAL

De acordo com a definição de Kraemer, 2006, os passivos ambientais normalmente


são contingências formadas em longo período, sendo despercebido às vezes pela
administração da própria empresa, envolvendo conhecimento específico. Portanto, os
resíduos que se encontraram temporariamente armazenados, sem destinação final
definida. Contudo, no Ifes – Vila Velha, a maioria dos resíduos gerados são somente
armazenados temporariamente. No entanto, foram identificados resíduos sem
destinação final, tais como: mobiliário e equipamentos os quais não foram baixados do
patrimônio e etc. Vale destacar que esse Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
gerados no Ifes – Vila Velha não contempla a investigação de passivos ambientais os
quais possam contaminar o solo ou águas subterrâneas.
13. SOLUÇÕES CONSORCIADAS

Levando-se em conta que uma parte dos resíduos sólidos gerados no Ifes apresentam-
se em quantidade reduzida, unificar tais volumes gerados com outros provenientes de
demais empresas e instituições do entorno tem o objetivo de otimizar a coleta e o
transporte por parte da Prefeitura Municipal. Assim, com essa atitude, é possível
reduzir custos envolvidos no processo. Portanto é de interesse da instituição buscar
esse tipo de parceria no futuro.

14. RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

De acordo a Lei 12.305 que institui a Politica nacional de Resíduos Sólidos, a respon-
sabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o conjunto de atribuições in-
dividualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comercian-
tes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos
gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade
ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da referida Lei.
Portanto, é consenso entre a comunidade acadêmica que sua contribuição para as
boas práticas, as quais visem a redução dos impactos ambientais, faz-se necessária.
Dessa forma, considerando a viabilidade técnica e econômica preconizadas no

parágrafo 2° do Artigo 33, será implantada a logística reversa, considerando:

 Pilhas e baterias.
 Lâmpadas Fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
 Produtos eletrônicos e seus componentes.

15. QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Após um ano de implementação deste PGRS será encaminhado ao órgão ambiental o


inventário dos resíduos gerados bem sua quantificação visando junto a este órgão uma
melhoria contínua na gestão dos resíduos sólidos gerados da Instituição.
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido às características relativas a uma instituição dedicada ao ensino, pesquisa e


extensão, o Instituto Federal do Espírito Santo enquadra-se como um gerador
diferenciado de uma organização cuja atividade-fim seja, por exemplo, a produção de
bens de consumo. Contudo, tais características não isentam o Ifes de suas
responsabilidades legais e sociais, enquanto gerador de resíduos sólidos. Pelo
contrário, como formador e disseminador de conhecimento deve buscar, sempre que
possível, a excelência em suas práticas. No entanto, devido às diversas limitações de
ordem logística, técnica e de recursos humanos e financeiros, propor um Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos fora de nossa realidade seria irresponsável.
Assim sendo, esse PGRS não tem a pretensão de esgotar o assunto, formulando de
maneira definitiva um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos hermético,
inflexível. Ele se apresenta como um Plano embrionário, o qual deve ser, com o passar
do tempo e com o aumento das demandas, aperfeiçoado visando atender à legislação,
às boas práticas ambientais, bem como à comunidade acadêmica.
17. BIBLIOGRAFIA

ABNT-NBR 10.004 DE 2004. Resíduos sólidos classificação.

ABNT- NBR10.007 DE 2004. Amostragem de resíduos sólidos.

BRASIL. Lei 12.305 de agosto de 2010. Política nacional de resíduos sólidos. 2ª Ed.
Brasília, Câmaras dos deputados. Série legislação.

BRAGA. B. et. al. Introdução à engenharia ambiental, 2 ed. Editora Pearson Prentice.
São Paulo, 2005.

http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/1482/passivo-ambiental acesso em
14/10/2016.

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