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PLANO DE GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vila Velha (IFES-VV), caracteriza-se por
ser uma instituição que tem como atividades fins o ensino a pesquisa e a extensão e
neste contexto se enquadra nos pequenos geradores de resíduos.
O Campus em questão desenvolve atividades relacionadas à área de química tanto no
ensino médio quanto no superior, bem como a área de biotecnologia associada ao
ensino médio.
Este Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) tem como objetivo apresentar a
forma de gestão dos resíduos sólidos adotada pela Instituição, além de atender o
cumprimento da condicionante de número 2.10 do termo de compromisso ambiental
referente à Licença Municipal Ambiental de Regularização de N° 022/2014 Classe III.
Conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o gerenciamento
dos resíduos apresentados neste documento contemplam os aspectos que descreve as
ações relativas à minimização na geração, segregação, acondicionamento,
identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, tratamento
interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e
disposição final.
2. DISPOSIÇÕES GERAIS
2.3. RESPONSABILIDADES
Aterro industrial – técnica de destinação final de resíduos químicos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando
procedimentos específicos de engenharia para o confinamento destes.
Aterro sanitário – técnica de destinação final de resíduos sólidos urbanos no solo, por
meio de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas
específicas, a fim de evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os
impactos ambientais.
Reciclagem: Ainda de acordo com a Lei 12305 de 2010, que trata da Política Nacional
de Resíduos Sólidos, reciclagem é o processo de transformação dos resíduos sólidos
que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas,
com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições
e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do
SNVS e do Suasa.
Rejeitos: De acordo com a mesma Lei citada acima, resíduos sólidos são os que,
depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por
processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
Veículo coletor – veículo utilizado para a coleta externa e o transporte dos resíduos
sólidos e dos serviços de saúde.
Tabela 1: Levantamento das atividades e serviços prestados, com destaque para os pontos de geração.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12305 de 2010, define resíduos sólidos
como material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas
em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Nos termos desta
Lei, os resíduos obedecem a seguinte classificação:
Quanto a Categoria:
a) Resíduos domiciliares – Os originários de atividades domésticas em residências
urbanas;
b) Resíduos de varrição – Os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias
públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) Resíduos sólidos urbanos – Provenientes de residências ou qualquer outra atividade
que gere resíduos com características domiciliares, bem como os resíduos de limpeza
pública urbana;
d) Resíduos industriais – Provenientes de atividades de pesquisa e produção de bens,
bem como os provenientes das atividades de mineração e aqueles gerados em áreas
de utilidades e manutenção dos estabelecimentos industriais;
e) Resíduos de serviços de saúde – Provenientes de qualquer unidade que execute
atividade de natureza médico-assistencial às populações humana ou animal, centros
de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde,
bem como os medicamentos vencidos ou deteriorados;
f) Resíduos de atividades rurais – São os provenientes da atividade agrossilvopastoril,
inclusive os resíduos dos insumos utilizados nestas atividades;
g) Resíduos de serviços de transportes – Decorrentes da atividade de transportes e os
provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários, ferroviários e portuários e,
postos de fronteira;
h) Resíduos/Rejeitos Radioativos – Constituem-se de materiais radioativos ou
contaminados com radionuclídeos, em quantidades superiores aos limites
estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
Quanto a Natureza:
Para a determinação da classe dos resíduos, segundo a sua natureza, foi utilizada a
ABNT-NBR 10.004 – 2004, que classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados
adequadamente. Os resíduos sólidos ficam assim classificados:
a) Resíduos classe I – Perigosos
b) Resíduos classe II – Não perigosos
- Resíduos classe II A – Não inertes
- Resíduos classe II B – Inertes
5. GERAÇÃO DE RESÍDUOS
O Ifes - Campus Vila Velha é gerador de resíduos comuns (grupo D - papel, papelão,
plástico), uma pequena quantidade de resíduos químicos (grupo B - reagentes,
saneantes, lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias), uma pequena quantidade de
resíduos com a possível presença de agentes biológicos (grupo A – placas, lâminas,
tubos de coleta de sangue, luvas) e uma pequena quantidade de materiais
perfurocortantes (grupo E – agulhas, escalpes, lancetas).
a) Salas de aula;
b) Laboratórios;
c) Salas administrativas;
d) Limpeza e manutenção predial.
Além da adoção das atitudes acima citadas, os efluentes gerados em laboratório que
não podem ser neutralizados e descartados na rede pública são armazenados como
resíduos, conforme preconiza a ABNT NBR 10004/2004, sendo posteriormente
encaminhados para tratamento e destinação final adequados.
Tabela 2: Geração de Resíduos no Ifes Campus Vila Velha, classificação e quantidade estimada
Geração de Resíduos
Local Descrição Classificação Quantidade
estimada (kg/dia)
Luvas, tubo de coleta, lâminas A1 5,0
Reagentes, lâmpadas
B 10,0
Laboratórios Fluorescentes, pilhas, baterias
Papel, plásticos D 25,0
Agulhas, escalpes, lancetas E 1,0
Salas Papel, plástico D 50,0
Administrativas Lâmpadas fluorescentes B 0,5
Salas professores Papel, plásticos D 50,0
Geração de Resíduos
Lâmpadas fluorescentes B 0,5
Copa Alimentos, papel, plásticos D 40,0
Sanitários Papel D 30,0
Biblioteca Papel D 10,0
Produção diária total (kg/dia) 222,0
Produção mensal (kg) 5500,0
O transporte interno consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até o
abrigo de resíduos destinados à apresentação para a coleta externa.
GRUPO A
Os resíduos do grupo A são recolhidos diariamente por profissional capacitado e
paramentado (luvas, óculos de proteção, touca e máscara).
GRUPO B
Os resíduos do grupo B são retirados da área de uso e são encaminhados para uma
área segregada e identificada.
GRUPO D
Os resíduos do grupo de D são recolhidos diariamente pelo auxiliar de serviços gerais.
GRUPO E
Os recipientes que acondicionam os resíduos do Grupo E são descartados quando o
preenchimento atinge 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar a 5 cm
de distância da boca do recipiente, sendo proibido o seu esvaziamento ou
reaproveitamento.
7.3. TRATAMENTO
O Ifes – Vila Velha realiza o tratamento dos resíduos do Grupo A, a fim de minimizar os
riscos biológicos. O tratamento é realizado por autoclavagem por profissional
capacitado e paramentado (luvas, máscara, óculos de proteção).
7.4. DISPOSIÇÃO FINAL
GRUPO A, B, E
Os resíduos são coletados e destinados ao aterro sanitário classe I pela prefeitura
municipal de Vila Velha.
GRUPO D
Resíduos comuns são dispostos em aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos.
10. CAPACITAÇÃO
Levando-se em conta que uma parte dos resíduos sólidos gerados no Ifes apresentam-
se em quantidade reduzida, unificar tais volumes gerados com outros provenientes de
demais empresas e instituições do entorno tem o objetivo de otimizar a coleta e o
transporte por parte da Prefeitura Municipal. Assim, com essa atitude, é possível
reduzir custos envolvidos no processo. Portanto é de interesse da instituição buscar
esse tipo de parceria no futuro.
De acordo a Lei 12.305 que institui a Politica nacional de Resíduos Sólidos, a respon-
sabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o conjunto de atribuições in-
dividualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comercian-
tes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos
gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade
ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da referida Lei.
Portanto, é consenso entre a comunidade acadêmica que sua contribuição para as
boas práticas, as quais visem a redução dos impactos ambientais, faz-se necessária.
Dessa forma, considerando a viabilidade técnica e econômica preconizadas no
Pilhas e baterias.
Lâmpadas Fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
Produtos eletrônicos e seus componentes.
BRASIL. Lei 12.305 de agosto de 2010. Política nacional de resíduos sólidos. 2ª Ed.
Brasília, Câmaras dos deputados. Série legislação.
BRAGA. B. et. al. Introdução à engenharia ambiental, 2 ed. Editora Pearson Prentice.
São Paulo, 2005.
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/1482/passivo-ambiental acesso em
14/10/2016.