Você está na página 1de 42

DOCENTES

Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva, 13, 18, 28, 35


Ana Patrícia Dias Sales, 17
Anderson Cristopher dos Santos, 22
Cláudio Roberto de Jesus, 7, 33
Fábio Fonseca Figueiredo, 6
Joana Tereza Vaz de Moura, 8, 21
José Gomes Ferreira, 19
Lindijane de Souza Bento Almeida, 2, 20
Márcio Moraes Valença, 36
Maria do Livramento Miranda Clementino, 32
Maria Dulce Picanço Bentes Sobrinha, 9
Rodrigo Suassuna, 4
Sandra Cristina Gomes, 1, 15, 25, 26
Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros, 5, 23, 24
Winifred Knox, 11, 29
Zoraide Souza Pessoa, 3, 12, 16, 27, 31
DISCENTES

Aline Juliete de Abreu Feliciano............................................................................................................... 1


Ana Célia Baía Araújo .............................................................................................................................. 3
Ana Vitória Araújo Fernandes.................................................................................................................. 2
Bárbara Bruna Araújo Bezerra ................................................................................................................. 4
Beatriz Medeiros Fontenele .................................................................................................................... 5
Bismarck Oliveira da Silva ........................................................................................................................ 6
Caio César Carvalho Cavalcante .............................................................................................................. 8
Carina Aparecida Barbosa Mendes Chaves ........................................................................................... 24
Cícero Wildemberg Matias Gomes ........................................................................................................ 10
Danilo Ferreira Chaves .......................................................................................................................... 25
Edilza Paula Queiroz Alves ..................................................................................................................... 31
Elaine Cristina dos Santos...................................................................................................................... 11
Eric Mateus Soares Dias ........................................................................................................................ 12
Érica Milena Carvalho Guimarães Leôncio ............................................................................................ 14
Francymonni Yasmim Marques de Melo ............................................................................................... 15
Gabriel Rodrigues da Silva ..................................................................................................................... 33
Gabriela Baesse Iglesias Alves Pereira ................................................................................................... 18
Herbert Emmanuel Lima de Oliveira ..................................................................................................... 20
João Victor Moura Lima......................................................................................................................... 21
José de Arimatéia Silva .......................................................................................................................... 22
Karoline de Oliveira ............................................................................................................................... 23
Lidiane Alves Uchôa............................................................................................................................... 26
Marcos Aurélio Freire da Silva Júnior ...................................................................................................... 9
Marília Cláudia Lemos Monteiro Ferreira .............................................................................................. 16
Matheus Oliveira de Santana ................................................................................................................ 27
Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira .................................................................................................... 28
Samara Sayonara Cândida da Silva ........................................................................................................ 29
Victorya Elizabete Nipo Teixeira de Carvalho ........................................................................................ 30
Virna Maria Benevides Alves ................................................................................................................. 34
Viviane Gomes Medeiros....................................................................................................................... 36
Wagner de Sousa Fonseca..................................................................................................................... 17
Yuri de Souza Duarte ............................................................................................................................. 37
AS DESIGUALDADES RACIAIS NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA: A INFLUÊNCIA DO ACUMULO DE DESVANTAGENS NO E O
PAPEL DAS POLÍTICAS ESCOLARES NOS RESULTADOS OBTIDOS

Aline Juliete de Abreu Feliciano


alinejuliete@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sandra Cristina Gomes

Os desdobramentos sociais da educação escolar pública são concebidos não apenas por ações
executadas no cotidiano escolar, na relação professor-aluno, nas práticas pedagógicas ou na
relação social estabelecida com os outros atores que compõem o ambiente escolar, mas
também por fatores externos ao ambiente institucional, os quais se originam da história de
vida dos próprios estudantes ali matriculados. Nesse sentido, a experiência educativa de
crianças e adolescentes negros no Brasil tem revelado a presença de desvantagens que se
acumulam e se expressam em problemas numericamente detectados, como índices elevados
de evasão escolar, menos anos de estudo, maior distorção idade-série, quando se compara os
grupos sociais de brancos, situações que requerem políticas educacionais que considerem os
contextos subjetivos da vida de estudantes em vulnerabilidade social. O estudo da literatura
que investiga o conceito do acúmulo de desvantagens, portanto, mostra-se fundamental para
compreender qual o peso das condições socioeconômicas e da raça na conformação das
desigualdades sociais que evidenciam a presença dos negros de forma massiva nos contextos
de problemas com o curso regular da vida educacional formal. Um ponto de partida para
investigar quais fatores presentes na sociedade contemporânea têm agido para a conformação
desse contexto prejudicial à equidade entre os estudantes, é a análise sistemática desenvolvida
por James S. Coleman (1966) acerca dos resultados desiguais dos alunos considerando a
questão racial nos Estados Unidos, trazendo à tona o alcance da segregação vivenciada por
cada grupo étnico-racial naquele contexto e as diferenças detectadas a partir da realização de
testes de aprendizado entre os alunos das escolas públicas avaliadas. Do ângulo da sociologia
da educação do francês Pierre Bourdieu (2007), os retornos distintos da escola a depender do
grupo social do estudante são baseados em uma teoria questionadora da visão ultrapassada
da escola enquanto instituição neutra que selecionaria os melhores alunos com critérios
meritocráticos e objetivos, uma vez que os diferentes capitais sociais, econômicos e culturais
de cada família demarcam as expectativas de ascensão educacional do indivíduo.

Página 1 de 42
Palavras-chave: Acúmulo de desvantagens. Educação. Desigualdades raciais.
¶¶

CAPACIDADES ESTATAIS E POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO: O CASO DO GOVERNANÇA INOVADORA NO RN


Ana Vitória Araújo Fernandes
avitoriaaf@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Lindijane de Souza Bento Almeida

No Rio Grande do Norte, recentemente, houve grandes esforços governamentais no sentido


de modernizar a gestão pública com vistas a fomentar o planejamento governamental. Nesse
sentido, uma das estratégias criadas pelo governo estadual foi o projeto Governança
Inovadora. O principal objetivo desse projeto consiste em fortalecer a capacidade de governo
para a adoção de um novo padrão de desenvolvimento para o estado. Nesse projeto são
contempladas 4 áreas de resultados: a) Desenvolvimento Sustentável; b) Infraestrutura; c)
Rede Integrada de Serviço e transversal a eles, o eixo d) Governança Pública. Diante disso, a
presente pesquisa busca analisar, dentro da Rede Integrada de Serviços, como as ações
previstas para fortalecer a capacidade do governo influenciaram na implementação dos
serviços das áreas de educação, saúde, assistência e segurança. O modelo de análise utilizado
será com base em Pires e Gomide (2015), o qual permitirá compreender em que sentido a
capacidade estatal é preponderante para o resultado das ações governamentais. A abordagem
metodológica dada a pesquisa será eminentemente qualitativa. Seus procedimentos
metodológicos serão: a) a pesquisa bibliográfica com autores que versam sobre as temáticas
da capacidades estatais, implementação de políticas públicas e governança colaborativa; b) a
pesquisa documental com base nos relatórios do Governança Inovadora produzidos pela
SEPLAN, a legislação vigente, os relatórios do Banco Mundial e dos órgãos de controle
estaduais; c) entrevistas semiestruturadas com os gestores responsáveis e usuários dos
serviços prestados pelo eixo Rede Integrada de Serviços; d) grupos focais e/ou murais
interativos para estabelecer diálogo com os usuários dos serviços elencados. Por fim, a
pesquisa busca contribuir para o debate das capacidades estatais, políticas de
desenvolvimento refletindo a relação Estado e Sociedade nas políticas públicas.

Palavras-chave: Capacidades Estatais; Governança Colaborativa; Governança Inovadora.

Página 2 de 42
CIDADES SUSTENTÁVEIS E DESENVOLVIMENTO URBANO-METROPOLITANO NO NORDESTE
Ana Célia Baía Araújo
araujo.acba@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa

As regiões metropolitanas concentram populações, poder político, atividades econômicas e


áreas urbanas. Esses territórios transformam-se com o avanço do desenvolvimento urbano-
metropolitano, com as demandas econômicas e com as decisões políticas. Contudo, neles se
concretizam e se intensificam os efeitos negativos oriundos desses avanços, atingindo
especialmente o meio ambiente e as populações mais vulneráveis através de danos
ambientais, riscos, desastres. O país é composto por regiões, e considerá-las em suas questões
particulares é essencial para que o desenvolvimento como um todo seja profícuo. Assim, como
mitigar as causas das questões ambientais, socioeconômicas e climáticas para que o
desenvolvimento passe a ser mais sustentável, resiliente e adaptável às mudanças climáticas?
Usar esses princípios/conceitos como estratégias urbano-metropolitanas corroboram com o
desenvolvimento regional? Refletindo nesses questionamento e para promover relacionar os
conceitos e discussões sobre os impactos ambientais e efeitos das mudanças climáticas
associados às alternativas urbanas sustentáveis, o objetivo desta pesquisa é investigar como
princípios de Cidades Sustentáveis influenciam positivamente as dinâmicas urbano-
metropolitanas para o desenvolvimento regional. O campo empírico escolhido é composto
pelas cidades das regiões metropolitanas (RM) de Fortaleza/CE, Natal/RN, Recife/PE e
Salvador/BA como recorte representativo da região Nordeste do Brasil. Essas RMs foram
escolhidas tendo em vista a questão das disparidades regionais brasileiras, sobretudo no
Nordeste, que ainda desigual padece com as condições de vulnerabilidade socioambiental e
climáticas encontradas. Ademais, Frente ao compromisso de cumprimento das metas e
objetivos da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações
Unidas (ONU) pelo Governo brasileiro desde 2015, a situação socioeconômica e ambiental do
Nordeste é um fator desafiador para a concretização dessas diretrizes, com destaque para a
perspectiva do ODS 11-Cidades e Comunidades Sustentáveis. Por isso, a presente pesquisa, de

Página 3 de 42
natureza quantitativa, se utilizará de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados
secundários para, em um estudo de caso comparativo entre as quatro RM supramencionadas,
construir os procedimentos metodológicos de um índice que mensure o desenvolvimento
regional e a internalização dos princípios de Cidades Sustentáveis. Espera-se construir uma
metodologia de um índice sintético eficaz na mensuração da sustentabilidade, resiliência e
adaptação climáticas e nas suas relações com o desenvolvimento regional no Nordeste
brasileiro. Ainda em desenvolvimento do índice, acredita-se que a análise dos resultados
obtidos com a aplicação da metodologia do índice no campo empírico poderá fornecer dados
e informações interessantes à compreensão das dinâmicas metropolitanas ante ao
desenvolvimento regional e às propostas do ODS 11.

Palavras-chave: Desenvolvimento Regional. Cidades Sustentáveis. Regiões Metropolitanas.


Nordeste. Índice.

NAS TERRAS DE HORTIGRANJEIRA BROTOU ALCAÇUZ: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA PENITENCIÁRIA NO


TERRITÓRIO AO SEU REDOR.

Bárbara Bruna Araújo Bezerra


babiibruna@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Suassuna

Para construir este trabalho será necessário contar a história de dois ambientes: a
Penitenciária Estadual de Alcaçuz e a Comunidade de Hortigranjeira. Ambas estão localizadas
no município de Nísia Floresta/RN, mas suas criações remetem a décadas e contextos
diferentes. Seguindo a ordem cronológica, na década de 80, o Governo do Estado criou o
projeto “Cidade de Hortigranjeira”, uma vez que os preços de alguns produtos alimentícios
estavam acima da taxa de inflação, e o estado enfrentava uma carência de leguminosas –
importando cerca de 85% desse produto. Dessa forma, foram criados assentamentos de
agricultura familiar, investindo-se nas novas plantações para que elas suprissem as
necessidades da população e do mercado. Atualmente, a comunidade ainda possui algumas
plantações, uma unidade de saúde, uma praça com igreja e alguns comércios, como
mercearias. Já a Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi construída com o objetivo de reestruturar

Página 4 de 42
o sistema prisional do estado, sendo atualmente a mais importante e populosa penitenciária
do Rio Grande do Norte. Desde sua criação a penitenciária foi criticada, visto que foi construída
sob dunas, a qual facilitaria a escavação de túneis e fugas de presos. Sua inauguração foi no
ano de 1998, sob o governo de Garibaldi Alves Filho. No início de 2017, devido a disputa entre
duas facções rivais, ocorreu a maior e mais violenta rebelião da história do sistema prisional
potiguar, como também o maior massacre da penitenciária. Segundo alguns dados do governo,
cerca de 26 pessoas morreram no confronto, e muitas outras fugiram. Salienta-se que a Força
Nacional foi convocada para intervir na situação. Dessa forma, ambos os ambientes tentam
coexistir e, portanto, o presente trabalho busca analisar como Alcaçuz influenciou a
Comunidade, seja na ocupação do espaço, no cotidiano da população, nas relações entre os
moradores, bem como o fluxo entre o fora e dentro da prisão realizado pelos familiares dos
presos que moram no lugar – os quais chamaremos de vasos comunicantes.

Palavras-chave: Prisão. Comunidade de Hortigranjeira. Vasos Comunicantes. Alcaçuz.


A CASA COMO ATIVO: OS RESIDENCIAIS DO PMCMV-FAIXA 1 NA RMNATAL


Beatriz Medeiros Fontenele
beatrizfontenele@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros

Para manter-se vivo, o ser humano precisa suprir determinadas necessidades básicas que
auxiliarão sua inserção e reprodução na sociedade. A população de baixa renda insere-se nesse
cenário como aquela que luta diariamente para se manter no sistema e ter acesso às
mercadorias que irão promover sua sobrevivência e consequentemente sua reprodução social.
É nesse sentido que a mercadoria casa se destaca, pois, a habitação é a estrutura física de
consumo cotidiano, o espaço inerente à vivencia e convivência dos indivíduos e que, em
contextos de crise, pode proporcionar um sentimento de segurança social e econômica para a
classe de baixa renda ao se tornar um ativo socioeconômico no qual possibilita a melhoria de
vida, inserção social e econômica. Inúmeras são as estratégias de acesso à casa e de
transformação desta em ativo. Ressalta-se, aqui, que as mudanças na estrutura da habitação
por meio de reformas, construções e novas formas de uso da propriedade possibilitam novas

Página 5 de 42
apropriações de renda e/ou diminuição de riscos. No Brasil, a partir de 2009, o acesso à casa
pela classe trabalhadora de renda mais baixa é promovido por meio do Programa Minha Casa
Minha Vida – Faixa 1, e algumas pesquisas relatam a existência de diferentes formas de utilizar
a casa nos conjuntos produzidos pelo programa. Assim, o objetivo deste estudo é compreender
os diferentes usos e ocupações dos imóveis, construídos pelo Programa Minha Casa Minha
Vida (PMCMV) - Faixa 01, na Região Metropolitana de Natal, de acordo com as estratégias dos
moradores em relação à utilização da habitação como um ativo promotor de sua reprodução
social. Os procedimentos metodológicos contam com a organização de um banco de dados,
com informações obtidas a partir de análise documental e investigação in loco, referentes às
características dos condomínios, seus moradores e aos diferentes usos e ocupações dos lotes
eapartamentos. Foram realizadas 883 entrevistas por questionário em todos os 23
empreendimentos do PMCMV – Faixa 01, localizados na RMNatal.

Palavras-chave: Reprodução social; casa; ativo; população de baixa renda; Programa Minha
Casa Minha Vida – Faixa 01.

OS DESAFIOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS À POPULAÇÃO DAS PRAIAS URBANAS DE NATAL-RN


Bismarck Oliveira da Silva
bismarck.oliveirasilva@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Fábio Fonseca Figueiredo

A pesquisa abarca o contexto da crise ambiental e suas consequências para as populações que
usam o espaço das praias urbanas, analisando os impactos das mudanças climáticas que se
dividem em diretos – aumento do nível do mar, forçando a retirada/recuo das habitações
costeiras e infraestruturas locais, a consequente erosão costeira, inundação por transposição
de ondas e tsunamis; e indiretos – gerando a obstrução das desembocaduras de canais,
intrusão salina em corpos hídricos de água doce interiores e sua consequente escassez.
Ademais, estuda os mecanismos de enfretamento da resolução dessa problemática por parte
do Estado, mercado e sociedade civil. Hoje, os problemas básicos no Rio Grande do Norte,
consistem no atraso de soluções de saneamento básico e no despreparo para os eventos das
mudanças climáticas, configurando duas ameaças socioambientais e consequências para as

Página 6 de 42
famílias que vivem de atividades econômicas nesse ambiente e frequentadores. O objetivo
geral é analisar como o fenômeno das mudanças climáticas são sentidos pela população das
praias urbanas de Natal/RN. Os objetivos específicos são: a) realizar o diagnóstico das
vulnerabilidades derivadas das mudanças climáticas nas praias urbanas de Natal/RN; b)
entender como os atores sociais estão se adaptando às mudanças climáticas no espaço
praiano; e c) verificar se estão sendo implementadas estratégias para proteção e fiscalização
das praias de Natal/RN. A abordagem da pesquisa é de cunho qualitativo e caráter exploratório,
sendo realizada através de pesquisa documental e de campo, com entrevistas
semiestruturadas e aplicação de questionários por amostragem com os atores sociais que
interferem na dinâmica praiana. O estudo de caso abrange duas praias de Natal/RN (Ponta
Negra e Redinha), escolhidas por serem praias que constantemente apresentam índices de
balneabilidade acima do permitido, sofrem com os processos das mudanças climáticas e por
serem utilizadas estrategicamente por diversos atores socioeconômicos como fonte de renda.
O estudo poderá desvelar a realidade atual, buscando compreender a dinâmica da questão
socioambiental e subsidiar ações do poder público no aprimoramento da gestão e participação
pelos órgãos competentes quanto à preservação do espaço praiano.

Palavras-chave: Questão socioambiental; Mudanças climáticas; Vulnerabilidade ambiental;


Gestão costeira; Praias urbanas.

OS EFEITOS DA CRIMINALIDADE NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS AGENTES DE POLÍCIA CIVIL EM DELEGACIAS DE
POLÍCIA DE NATAL/RN.

Caio César Carvalho Cavalcante


cesarcaio@yahoo.com.br
Orientador: Prof. Dr. Cláudio Roberto de Jesus

Página 7 de 42
A preocupação com a segurança pública vem ganhando atenção na mídia e dos estudiosos da
área tendo em vista os crescentes índices de criminalidade por todo o país, especialmente na
cidade do Natal. A capital potiguar tem se destacado pelo elevado aumento das práticas
criminosas, sobretudo quanto aos CVLI's - condutas violentas letais intencionais, consagrando-
se entre as cidades mais violentas do país e com notoriedade internacional. Por outro lado, o
órgão responsável pela investigação e resolução dos crimes, a Polícia Civil, não alcança o êxito
em oferecer resposta à sociedade na maioria dos casos por decorrência da falta de
investimento na instituição, carência de efetivo e ausência de estrutura adequada para o
exercício do trabalho o que, consequentemente, inviabiliza a obtenção dos resultados
inerentes de combate ao crime. Nesse contexto, sem o devido aparato tecnológico e estrutural
interno, os servidores policiais permanecem em condições laborais insalubres, com
equipamentos ultrapassados e defeituosos, rotinas desordenadas, um quantitativo
desproporcional de procedimentos concentrados a um número irrisório de servidores e, em
contrapartida, a constante cobrança por produtividade em suas respectivas delegacias. Dessa
forma, o presente trabalho tem por escopo analisar de que modo a evolução da criminalidade
pode estar relacionada às condições de trabalho dos policiais em diferentes regiões da cidade
e em que medida cada uma delas é afetada.

JUVENTUDE RURAL E PODER: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE PODER EM BEBIDA VELHA/RN
Marcos Aurélio Freire da Silva Júnior
marcosaureliojunior@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Joana Tereza Vaz de Moura

Página 8 de 42
A dinâmica do meio rural é carregada por fortes costumes e culturas, as quais interferem
intrinsecamente no tecido social e na vida dos jovens, sejam eles envolvidos nas atividades
agrícolas ou não, o fato de viverem no meio rural, já os insere em uma realidade altamente
diversificada e plural. Com o surgimento de juventude como categoria analítica, os estudos
sobre essa parcela da população ganhou força na academia, porém, segundo Castro (2009) os
estudos acerca da juventude rural possuem, em sua maioria, um foco na questão do êxodo
rural. Portanto, a fim de compreender a juventude rural para além do êxodo rural,
analisaremos as relações presentes no espaço social onde os jovens rurais estão inseridos. Tal
espaço é marcado por relações de poder simbólico, historicamente presente. O poder
simbólico é um poder invisível exercido através de comportamentos baseados em estruturas
socialmente construídas (Bourdieu, 1989). Ainda de acordo com o Bourdieu (1989) essas
relações de poder produzem maneiras de pensar, agir ou executar uma atividade seguindo
sempre os mesmos padrões de processo (modus operandi). A fim de compreender as relações
de poder que permeiam as dinâmicas da juventude rural em suas principais matrizes de
sociabilidade na comunidade de Bebida Velha localizada no município de Pureza, Rio Grande
do Norte, este trabalho se desenvolverá através de uma metodologia qualitativa a partir de
pesquisa etnográfica com uso de entrevistas em profundidade e observação participante.

Palavras-chave: Juventude rural. Relações de poder. Dominação.


AGENTES, AGENDA E TERRITÓRIO À LUZ DOS REGIMES URBANOS: EXPANSÃO DO PORTO DE NATAL E
REASSENTAMENTO DA COMUNIDADE DO MARUIM

Cícero Wildemberg Matias Gomes


arq.wmatias@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Maria Dulce Picanço Bentes Sobrinha

Página 9 de 42
A pesquisa apresenta como tema a reestruturação em áreas portuárias urbanas e a habitação
social, com foco nas relações de poder estabelecidas em um território em disputa. Dessa
forma, de modo empírico, é apresentado o caso do Porto de Natal que – há décadas –
disputava uma fração do território às margens do Rio Potengi, provocando a desocupação da
área onde se constituiu a comunidade do Maruim e o consequente reassentamento da
comunidade para o residencial São Pedro, em 2016. Esta pesquisa encontra-se vinculada ao
projeto “Caracterização dos Regimes Urbanos das Metrópoles Brasileiras”, desenvolvido pelo
INCT Observatório das Metrópoles através do programa “As Metrópoles e o Direito à Cidade:
conhecimento, inovação e ação para o desenvolvimento urbano - 2015-2020”. Dessa forma,
conforme referencial teórico-conceitual discutido pelo grupo que compõe o Núcleo RMNatal
do Observatório das Metrópoles, a ideia dos Regimes Urbanos apresenta-se aqui como a
vertente de análise desta pesquisa, revelando que há possibilidades de atuação da população
afetada, permitindo algum grau de articulação ou arranjo modificador do processo final.
Considera-se como objeto de estudo a ação dos grupos que conduziram o projeto de expansão
do porto de Natal e o reassentamento da comunidade do Maruim e, nesse sentido, o objetivo
geral consiste em compreender as diferentes estratégias desses grupos de pressão que
conduziram o projeto de expansão do porto e reassentamento do Maruim, visando
caracterizar as coalizões envolvidas e as transformações territoriais decorrentes, abrangendo,
principalmente, as Zonas Histórica e Portuária de Natal. Esta pesquisa caracteriza-se como
estudo qualitativo e utiliza, como método, o estudo de caso como estratégia de investigação.
Para isso, como universo de estudo foi delimitada a experiência da comunidade do Maruim e
do Porto de Natal no período entre 1997 (início das solicitações de regularização de áreas de
interesse do Porto de Natal pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte) e 2016 (quando
ocorre o reassentamento da comunidade do Maruim para o residencial São Pedro, localizado
no bairro Ribeira, Natal/RN).

Palavras-chave: Porto de Natal. Reassentamento Urbano. Comunidade do Maruim. Região


Metropolitana de Natal. Regimes Urbanos.

Página 10 de 42
SUCESSÃO FAMILIAR NO CAMPO: PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA JUVENTUDE RURAL DE PEDRO VELHO/RN
Elaine Cristina dos Santos
elainepedagog@yahoo.com.br
Orientadora: Profª Drª Winifred Knox

Vários estudos realizados na região sul do país sobre sucessão familiar rural vêm evidenciando
que a transição demográfica, o envelhecimento no campo, o intenso processo migratório, as
possibilidades de escolarização no meio urbano, maior integração cidade-campo, a
instabilidade econômica nas atividades agropecuárias, fatores que implicam diretamente no
esvaziamento do meio rural. As transformações ocorridas nas ultimas décadas no espaço rural
são relevantes e consequentemente implicaram nas relações sociais estabelecidas no
ambiente, de trabalho, econômicas e culturais. Considerando essa problemática, a proposta
de pesquisa para a elaboração da dissertação de mestrado consiste em investigar a dinâmica
da sucessão familiar no campo, em relação às perspectivas e desafios da juventude rural do
município de Pedro Velho/RN. Como objetivos específicos, estabelecemos a) identificar as
perspectivas e desafios dos jovens rurais em relação ao futuro do exercício da atividade
agrícola; b) analisar a visão desses jovens, em relação à sucessão familiar e; c) refletir a
construção do oficio a partir do habitus de agricultor e a sucessão desse ofício, e; d)
compreender as perspectivas e expectativas do futuro das famílias pesquisadas. A reprodução
social envolve além da produção material da vida, a produção cultural e sócio-jurídica dos
processos e relações sociais, constituindo-se por um conjunto de práticas, nessa perspectiva o
habitus do agricultor se revela como uma construção (in) consciente de um conjunto de
saberes que é transmitido de pais para filhos no processo sucessório do oficio. Quanto aos seus
objetivos, a pesquisa se configura como qualitativa e quantitativa. As narrativas orais foram
construídas a partir dos relatos e depoimentos de historias de vida, ponderando sobre os
elementos pujantes das trajetórias de vidas das famílias entrevistadas. A investigação
qualitativa, de origem fenomenológica, empreende valores, crenças, hábitos, atitudes,
representações, conceitos e imprime o aprofundamento da complexidade nas relações
humanas. O percurso metodológico está circunscrito pelas etapas: 1) pesquisa bibliográfica e
documental para composição do referencial teórico e legislacional alusivo à problemática; 2)
pesquisa de campo, na qual far-se-á a inserção empírica para levantamento de perfil dos jovens

Página 11 de 42
do município (através da aplicação de questionário com perguntas fechadas), identificação das
perspectivas e desafios na visão dos jovens e dos pais (através de entrevistas individuais com
5 famílias de agricultores familiares); 3) Análise dos dados produzidos durante a pesquisa de
campo. Espera-se que essa pesquisa contribua para a compreensão das condições materiais e
simbólicas e as dinâmicas e fluidos do processo sucessório da agricultura familiar, como
também, possibilitar alternativas de sua reprodução social, econômica e cultural presente e
futura.

Palavras-chave: Sucessão familiar, juventude rural, Pedro Velho


ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: UMA ANÁLISE DA GESTÃO HÍDRICA NO RN


Eric Mateus Soares Dias
erickmateus_sd@hotmail.com
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa

A adaptação já é um termo recorrente na literatura e na agenda política sobre mudanças


climáticas. Desde a década de 1980, são identificadas pesquisas sobre adaptação às mudanças
climáticas, principalmente, com o avanço no monitoramento do clima e das projeções
climáticas, que permitem análises mais consistentes sobre impactos futuros e adaptações
necessárias. No Brasil, uma região focal do debate sobre adaptação, é o semiárido nordestino,
caracterizado por uma intensa variabilidade climática, com chuvas irregulares, longos períodos
de estiagens e secas recorrentes, tornando-se uma área de risco (hotspot) e mais vulnerável
às alterações climáticas futuras. Os relatórios do IPCC, alertam que o semiárido tenderá a
tornar-se mais árido e aumentarão a frequência e intensidade das secas e a disponibilidade
hídrica ficará ainda mais comprometida. É nesse panorama, que esta pesquisa pretende se
inserir, tentando dar respostas ao seguinte questionamento: Como o RN está internalizando a
problemática global das mudanças climáticas na elaboração e implementação de políticas
voltadas para o gerenciamento de recursos hídricos, tendo em vista os cenários de extremos
climáticos de seca? Esse questionamento, suscita na hipótese de que as mudanças climáticas
ainda não é um fator que explica as decisões tomadas para elaboração de políticas e ações na
gestão de recursos hídricos e na resposta a impactos associados a seca. Dessa forma, a

Página 12 de 42
deficiência e/ou ausência de critérios de decisão para definir medidas de mitigação e
adaptação comprometem a garantia dos recursos hídricos para atender as demandas futuras.
O objetivo geral é avaliar se a gestão de recursos hídricos no estado do RN incorpora medidas
que contribuem para adaptação climática em cenários de extremos de seca. Os objetivos
específicos são: (1) identificar os principais riscos e vulnerabilidades no RN relacionadas às
projeções climáticas para regiões semiáridas; (2) analisar a percepção dos atores
governamentais do RN acerca das mudanças climáticas; (3) avaliar a estrutura político-
institucional voltada para a gestão dos recursos hídricos e quais suas contribuições para
adaptação em cenários de extremos de seca, identificando possibilidades e desafios e, (4)
propor medidas de adaptação aos efeitos dos extremos de seca sobre os recursos hídricos.
Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória-descritiva e quanto a natureza do problema, a
pesquisa é qualitativa. Os objetivos da pesquisa serão alcançados mediante a triangulação na
coleta de dados, por meio da realização de entrevistas estruturadas e semiestruturas,
pesquisas documental e bibliográfica.

Palavras-chave: Mudanças Climáticas; Extremos de Seca; Gestão dos Recursos Hídricos; e


Adaptação Climática.

O TRIBUTO DA CIDADE: O IPTU COMO INSTRUMENTO DE RECUPERAÇÃO DE MAIS-VALIAS FUNDIÁRIAS EM


PARNAMIRIM-RN
Érica Milena Carvalho Guimarães Leôncio
erica_guima@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva

Página 13 de 42
A política urbana brasileira estabelece o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) como um
instrumento que os Municípios podem utilizar nos processos de planejamento e gestão urbana
e territorial, estando entre as suas funções a distribuição de ônus e benefícios da urbanização
de forma justa, a recuperação de investimentos públicos que resultam em valorização de
imóveis privados, o combate a especulação imobiliária e a promoção do desenvolvimento
econômico. Contudo, a partir da análise da literatura sobre as experiências das cidades
brasileiras, percebe-se que as prefeituras reclamam permanentemente da ausência de
recursos próprios, dependendo de transferências governamentais para levar adiante seus
projetos. Por outro lado, a maioria dos municípios não costumam implementar e gerir
adequadamente os instrumentos de recuperação de mais-valia urbana, deixando de arrecadar
valores que além de necessários, deveriam, por direito, retornar à cidade. Nesse contexto,
percebe-se que o município de Parnamirim-RN, que faz parte da Região Metropolitana de
Natal, recolhe o IPTU aquém da sua capacidade determinada legalmente, havendo dificuldades
em efetivá-lo pela gestão municipal, por outro lado, a maioria das obras de infraestrutura
realizadas no município tem grande participação dos demais entes federativos (União e
Estado). Diante disso, questiona-se: o IPTU vem sendo implementado efetivamente pela
Gestão Municipal de Parnamirim - RN, de forma a garantir a recuperação pública dos benefícios
decorrentes da implementação de infraestrutura urbana no Município? Assim, o objeto dessa
pesquisa é o estudo da gestão do IPTU na sua relação com a recuperação de mais-valias
fundiárias e à ampliação dos benefícios em infraestrutura urbana. Para tanto, foi feito estudo
bibliográfico contemplando as conceituações pertinentes e a literatura correlata, uma análise
documental sobre a legislação do Município, além disso, foi realizada de uma pesquisa de
campo onde coletou-se dados nos bairros de Nova Parnamirim (contíguo a Natal), Passagem
de Areia, Rosa dos Ventos, Santa Tereza, Vale do Sol, Monte Castelo, Nova Esperança e Boa
Esperança (localizados ao sudoeste de Parnamirim) sobre arrecadação municipal do IPTU em
2017 e sobre avaliação de imóveis no município entre 2007 e 2017, em seguida realizou-se um
levantamento sobre obras recentes de infraestrutura nesses bairros, objetivando
compreender se há relação entre essas obras e a valorização dos imóveis que estão no seu
entorno e, ainda, se arrecadação do IPTU acompanha uma possível valorização imobiliária
nessas regiões da cidade. Por fim, serão feitas entrevistas com representantes do Poder

Página 14 de 42
Executivo Municipal e da comunidade local, bem como o acompanhamento de audiência
pública, visando perceber como esses atores compreendem o papel do IPTU para dinâmica
urbana local.

Palavras-chave: IPTU. Recuperação de mais-valias urbanas. Política Urbana. Parnamirim-RN.


FEDERALISMO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: UMA ANÁLISE DA IGUALDADE DE


OPORTUNIDADE EDUCACIONAL NOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO NORTE
Francymonni Yasmim Marques de Melo
francymonni@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sandra Cristina Gomes

O ensino público foi idealizado na Europa e na América, por volta do século XIX, tanto como
resposta para a demanda de qualificação motivada pela Revolução Industrial como também
para promover a igualdade de oportunidades educacionais a partir da inserção de crianças de
diferentes classes na escola. Contudo, a ampliação do acesso da população a serviços
educacionais não foi suficiente, de acordo com Coleman (1966) e Bourdieu e Passeron (1970),
para neutralizar os efeitos das desigualdades sociais e para promover efetivamente a igualdade
de oportunidade educacional. Por outro lado, Crahay (2000) afirma que a igualdade de
conhecimentos adquiridos só pode ser atingida se houver monitoramento da implementação
e dos resultados da política pública educacional, além de foco na aprendizagem. Dubet (2009)
defende também que a equidade pode ser atingida a partir de um olhar mais atento sobre a
distribuição e os resultados da distribuição dos serviços educacionais. Diante disso, este estudo
objetiva investigar se existe igualdade ou equidade na rede estadual do Rio Grande do Norte,
tomando como objeto de análise o Ensino Médio. Para isso, serão coletados e analisados dados
relacionados ao desempenho acadêmico (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica -
IDEB e Taxa de Rendimento escolar) e ao aspecto socioeconômico (Indicador de Nível
Socioeconômico - INSE) dos alunos, bem como dados relacionados à infraestrutura, obtidos
por meio do Censo Escolar, e localização da escola, buscando identificar padrões espaciais na
oferta de serviço educacional. Após a coleta e a análise desses dados quantitativos, serão
escolhidas escolas com resultados diferentes para estudo de caso.

Página 15 de 42
Palavras-chave: Implementação de políticas públicas. Política educacional. Igualdade de
oportunidades educacionais.

A EXPANSÃO DA GERAÇÃO CENTRALIZADA DE ENERGIA SOLAR-FOTOVOLTAICA NO BRASIL: UMA


ANÁLISE DA POLÍTICA REGULATÓRIA DO SETOR ELÉTRICO E DE SEUS REFLEXOS NA QUESTÃO AMBIENTAL DOS
PROGRAMAS E PROJETOS IMPLANTADOS NO RN
Marília Cláudia Lemos Monteiro Ferreira
marilialemos@tjrn.jus.br
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa

A sustentabilidade ambiental é uma preocupação mundial ante a noção de que os recursos do


planeta são esgotáveis e as sociedades atuais necessitam cada vez mais de meios para suprir
suas demandas. Dentro desse quadro a busca por novas fontes de energias renováveis é um
primado que tem que ser observado como instrumento de adaptação às mudanças climáticas
em curso, visando tanto à mitigação dos efeitos ambientais negativos dos combustíveis fósseis,
geradores de gases de efeito estufa (GEE), como na procura de modelos de fornecimento que
proporcionem a segurança energética. Neste cenário, a produção de energia solar se destaca
dentro da política energética nacional, tanto como uma alternativa de baixo impacto
ambiental, como estratégia do setor elétrico para incrementar a matriz energética nacional,
em consequência dos investimentos em tecnologias fotovoltaicas, o que culminou em um
barateamento dos equipamentos, e, por conseguinte, em uma crescente aceitação do
mercado consumidor, promovendo uma transformação nos telhados e terrenos das
residenciais, bem como de instituições públicas e privadas, com as instalações de painéis
solares para geração de energia elétrica, fomentado por diversos incentivos governamentais
existentes, que figuram como atrativos, através de estímulos fiscais e econômicos. A partir
dessa realidade, o presente trabalho, por meio de uma abordagem científica de natureza
exploratória, busca investigar se o crescimento da produção de energia solar foi fruto de uma
política regulatória do setor, e se tais medidas trouxeram um incremento nas discussões que
envolvam as questões ambientais dos projetos implantados no Rio Grande do Norte. A
metodologia que será aplicada contemplará a pesquisa bibliográfica e documental, além de

Página 16 de 42
entrevistas em setores estratégicos, visando caracterizar a expansão da energia solar no Brasil,
e sua aplicabilidade no Rio Grande do Norte.

Palavras-chave: Políticas Regulatórias. Regulação Ambiental. Energia Solar-Fotovoltaica.


O TRABALHO POR PLATAFORMAS DIGITAIS E OS SEUS NOVOS EXPLORADOS


Wagner de Sousa Fonseca
paguedez@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Ana Patrícia Dias Sales

Com os choques no preço do petróleo, a crise estrutural do capital, entre outros, a década dos
anos de 1970 do século XX ficou marcada por inaugurar grandes transformações no modo de
produção e da acumulação capitalista. A reestruturação produtiva que se seguiu foi
acompanhada de uma nova concepção hegemônica sobre o papel do Estado no mundo
capitalista. O neoliberalismo ganhou proeminência, defendendo um Estado minimalista que
retirou do rol de suas atribuições uma série de serviços que eram de sua responsabilidade. Nas
relações produtivas, a flexibilidade substituiu a rigidez do padrão de acumulação fordista e
alterou profundamente o mundo do trabalho. As legislações trabalhistas acompanharam essa
tendência histórica, flexibilizando não somente as relações trabalho, como também as formas
de contratações, um exemplo dessa realidade é a prestação de serviços de transporte privado
de passageiros urbanos intermediados por plataformas digitais, popularmente conhecido
como Uber. Assim, o presente estudo tem como objetivo maior analisar como os motoristas
prestadores de serviços intermediados por plataformas digitais percebem as mudanças
recentes no mundo do trabalho a partir da emergência de um novo padrão de organização
trabalhista, como a uberização dos aplicativos de transporte privado urbano no município de
Natal nos anos entre 2016 e 2019. Parte-se do pressuposto de que neste momento em que se
convive com uma intensa crise do capital, manifestada por um alto índice de desemprego e a
institucionalização das formas precárias de trabalhos, os motoristas prestadores de serviços
por plataformas digitais reificaram o discurso do empreendedorismo ao ponto de se
perceberem donos do seu próprio negócio e não mais empregados explorados, uma vez que
eles têm a flexibilidade de planejar o seu dia de trabalho e horário. Para o desenvolvimento da

Página 17 de 42
pesquisa utilizaremos do recurso técnico da entrevista semiestruturada para coletar dados
primários junto aos motoristas de Uber, que serão os sujeitos da pesquisa e, também, nos
embasaremos em dados secundários, como uma vasta bibliografia de autores clássicos e
contemporâneos que discutem as metamorfoses do mundo do trabalho, assim como artigos,
resultados de pesquisas, dissertações e teses que contemplem esta temática.

Palavras-chave: Acumulação Flexível. Plataforma Digital. Uberização. Precarização do


Trabalho.

A MOBILIDADE URBANA AOS OLHOS DOS SUJEITOS PARTICIPANTES: A GOVERNANÇA NA IMPLEMENTAÇÃO DA


POLÍTICA PÚBLICA LOCAL

Gabriela Baesse Iglesias Alves Pereira


gbaesse@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva

O deslocamento de pessoas e mercadorias dentro do perímetro urbano é uma característica


inerente às cidades. A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi criada em 2012 como
desdobramento do Estatuto da Cidade, com o intuito de clarificar as diretrizes necessárias para
a melhoria do transporte nos centros urbanos, tendo em vista que o setor passa por uma crise
permanente, onde um planejamento tardio ou inexistente exacerbou a dificuldade de realizar
as viagens cotidianas, ampliando os congestionamentos e horas gastas no trânsito. Este é um
problema que impacta todos os habitantes, principalmente aqueles mais vulneráveis, que
moram em áreas mais distantes e dependem do transporte público ou transporte não
motorizado para deslocarem-se, consequência de um elevado e contínuo investimento em
políticas públicas para o transporte motorizado individual. A política pública é construída
localmente por meio da interação entre diferentes atores e agentes, a isto, damos o nome de
governança. No município de Natal-RN é possível identificar a presença de diversos atores
envolvidos com a questão da mobilidade urbana, entretanto de que forma isto acontece?
Quais são as perspectivas e objetivos que possuem na implementação da política? Partimos da
hipótese de que, embora os atores relacionados com a política de mobilidade urbana,
reconheçam a importância e urgência da temática para as cidades, há fatores de ordem

Página 18 de 42
ideológica ou simbólica que impedem uma governança efetiva da política. O objetivo geral da
dissertação é analisar o padrão de governança da política de mobilidade urbana do município
de Natal a partir da ótica e percepção dos atores que a compõe, desdobrando-se nos seguintes
objetivos específicos: realizar o mapeamento dos atores envolvidos; identificar como os
principais atores e agentes percebem a mobilidade urbana e quais são seus objetivos; entender
de que maneira acontece possíveis articulações e cooperações entre eles; e, por fim, analisar
sua permeabilidade na definição da agenda local. Para isto, será realizada uma pesquisa
exploratória da mobilidade urbana de Natal no período de 2015 a 2018, utilizando uma
investigação documental, coletando dados por meio de entrevistas e interpretando-os com o
estudo do caso. Isto será feito através da aplicação de entrevistas semiestruturadas com os
principais atores e agentes e posteriormente uma análise das falas através de uma matriz de
análise. Acreditamos que a partir disto poderemos identificar o modelo de governança
presente no processo de construção das políticas públicas em Natal, produzindo uma análise
de como se dá a organização da política de mobilidade urbana local, podendo auxiliar na
organização da agenda local, colaborando para a inserção de novos atores ao processo.

Palavras-chave: Mobilidade urbana; Governança; Atores e agentes; Natal-RN.


ENERGIA EÓLICA EM CONFLITO: EFEITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO SETOR ENERGÉTICO E DISPUTAS TERRITORIAIS NA
CONSTRUÇÃO DE PARQUES EÓLICOS EM COMUNIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE (BRASIL).

Herbert Emmanuel Lima de Oliveira


herberteloliveira@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. José Gomes Ferreira

O estado do Rio Grande do Norte (Brasil), nos últimos dez anos, vivenciou o processo de
diversificação e da expansão do setor energético brasileiro. A partir da adoção do Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas - PROINFA, empreendimentos de energia eólica passaram a
fazer parte da paisagem local, tornando o Rio Grande do Norte o principal estado em potência

Página 19 de 42
instalada. Os principais atores do setor atribuem à geografia favorável e em especial aos ventos
alísios constantes o desempenho do estado nesse segmento de energias renováveis. Soma-se
a isso o discurso e esforços políticos para que a atividade possa ser a promotora do
desenvolvimento local e regional a partir de uma lógica de geração de ocupação, emprego e
renda. Todavia a literatura produzida sobre a instalação dos parques eólicos na região nordeste
do país sinaliza para a ocorrência de efeitos negativos locais, na construção dos parques
eólicos, acarretando o acirramento de disputas e fazendo emergir ou em alguns casos
revelando a presença de conflitos de natureza socioambiental no território. São conflitos de
diversas dimensões, quer sejam, pela incompatibilidade da existência de outras atividades
econômicas, pelos efeitos paisagísticos ou de degradação causados diretos às comunidades
localizadas próximas às obras ou pela articulação de grupos populares e de atores sociais
influentes pela efetivação da construção do parque nesta ou naquela região. Sob a ótica teórica
dos conflitos se organiza esta proposta de pesquisa, objetivando analisar a especificidade dos
conflitos socioambientais causados pela construção de parques eólicos no Rio Grande do
Norte, atento, desta forma, a algumas inquietações principais. A identificação dos atores
participes desse cenário de conflitos que envolvem os parques eólicos percebendo a
participação destes. Compreender a capacidade que esses atores, na arena decisória, possuem
para efetivação de suas vontades. Perceber as diferenças entre os conflitos desencadeados em
parques eólicos das duas microregiões mais impactadas no estado. Por fim a visibilidade desses
conflitos com a entrada desta temática na esfera pública e na mídia. A sustentabilidade, o
clientelismo, o território e o conflito serão categorias de analise que vão nortear o
desenvolvimento dessa pesquisa qualitativa que lança mão de composição de dados
estatísticos técnicas de aplicação de entrevistas e analise documental para execução deste
trabalho.

Palavras-chave: Energia eólica, conflitos socioambientais e políticas públicas


ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS: ARRANJOS E CAPACIDADES INSTITUCIONAIS NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS


FEDERAIS NA RMNATAL

João Victor Moura Lima

Página 20 de 42
joaovictormlima@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Lindijane de Souza Bento Almeida

Ao longo das últimas décadas, muitas têm sido as transformações políticas e sociais no Brasil.
Grande parte dessas transformações se deve à Constituição Federal de 1988, que, além da
ampliação das garantias individuais, apresenta, em seu artigo 6º, os direitos sociais
fundamentais, dentre os quais, o direito à moradia. A CF/88 trouxe também muitas mudanças
no tocante à Gestão Pública, considerando o caráter descentralizador e participativo que
passou a assumir o novo pacto federativo. Os municípios e estados, que outrora eram meros
executores do planejamento nacional, passaram a ter autonomia administrativa. Diante deste
contexto, o presente estudo tem por objetivo compreender como se dá e quais são os atores
envolvidos nos processos de implementação e gestão de políticas públicas habitacionais nos
municípios de alta, média e baixa integração com o pólo da Região Metropolitana de Natal,
explorando os impactos desse processo nas capacidades institucionais. Como procedimentos
metodológicos serão realizadas pesquisas bibliográficas, documentais e quantitativas, sendo a
coleta de dados primários realizada por meio da técnica survey, a partir da aplicação de
entrevistas de ordem semiestruturada com atores políticos e sociais envolvidos no processo
de implementação das políticas, bem como seus beneficiários. Considerando a importância de
uma abordagem participativa para compreender a visão da sociedade acerca dos problemas e
potencialidades das políticas, será utilizado o método da construção de murais didáticos,
elaborados coletivamente pelos beneficiários a partir de oficinas. O resultado deste estudo
permitirá a compreensão da forma como atuam os municípios nos processos de planejamento
e gestão das políticas habitacionais federais na Região Metropolitana de Natal, bem como das
condições urbanas dos empreendimentos resultantes de tais políticas.

Palavras-chave: Políticas Públicas. Arranjos institucionais. Gestão Pública. Capacidades


Estatais.

PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE): O QUE MOSTRAM OS NÚMEROS DE SUA EXECUÇÃO
NOS MUNICÍPIOS DO TERRITÓRIO DA CIDADANIA DO MATO GRANDE/RN

José de Arimatéia Silva

Página 21 de 42
arimateia71@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Joana Tereza Vaz de Moura

O objetivo deste trabalho é analisar a importância socioeconômica do Programa Nacional de


Alimentação Escolar (PNAE), como mercado inclusivo dos produtos da agricultura familiar,
principalmente após a abertura comercial brasileira inicio dos anos 90, privilegiando ainda mais
a produção de larga escala no segmento agroindustrial. Assim como na geração de renda e
como fonte para o fomento do desenvolvimento local - através da comercialização – como
alternativa includente da agricultura familiar, nos municípios do Território da Cidadania do
Mato Grande/RN. Para tanto, utiliza dados referentes aos repasses de recursos em (R$) ao
estado do Rio Grande do Norte e municípios, disponíveis no site do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), sendo analisado os dados referentes aos anos de 2012
à 2016. Após apresentar um breve balanço dos números do PNAE, quanto a aquisição de
alimentos da agricultura familiar, segundo a lei 11.947/09 e as resoluções nº 26/2013 e
04/2015 do FNDE, discutir as suas especificidades à luz da literatura sobre o tema, o trabalho
procura demonstrar que a agricultura familiar, ainda é um dos setores que sofre com a pouca
atenção dos gestores públicos municipais, quanto a execução do programa. O estudo aponta
que alguns municípios ainda não compram da agricultura familiar e entre os que compram, em
sua maioria, não atingem o percentual obrigatório dos 30% mínimos previstos na lei. Além
disso, os dados analisados, indicam que a agricultura familiar, nos municípios pesquisados, vem
sendo paulatinamente negligenciada, do ponto de vista da execução desta política pública, que
apesar de não ter elevado grau de complexidade para sua execução, pois depende
fundamentalmente de vontade política em superar alguns obstáculos burocráticos. Os
resultados também mostram como avançar na compreensão das multiplas dimensões que
envolvem o contexto histórico e atual da agricultura familiar no Brasil.

Palavras-chave: PNAE; Política Pública; Agricultura Familiar; Comercialização;


Desenvolvimento territorial.

REPRODUÇÃO DE DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO TERRITÓRIO: UM OLHAR SOBRE OS


DOCENTES NO ENSINO MÉDIO EM NATAL/RN

Página 22 de 42
Karoline de Oliveira
karoline.deoliveira2@gmail.com>
Orientador: Prof. Dr. Anderson Cristopher dos Santos

O presente trabalho busca discutir o tema da reprodução das desigualdades educacionais, a


partir da premissa de que os diferentes acessos à política educacional seria um dos fatores que
transformaria desvantagens de acesso em exclusão social, cultural e econômica. Nesse
sentido, o objeto do estudo serão os professores do ensino médio público em Natal, uma vez
que a própria distribuição dos docentes entre as escolas do ensino médio pode interagir com
os padrões de segregação e de desigualdade de acesso no território urbano. Para tanto, tem
o objetivo de compreender se a alocação de professores tem seguido padrões de desigualdade
socioespacial contribuindo para para reproduzir desigualdades educacionais. A metodologia
utilizada será quantitativa, com uso de dados e indicadores secundários como: Censo escolar
da educação básica (2017), Indicador de adequação da formação docente (2017), perfil
socioeconômico das escolas (2015), notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica -
IDEB (2017) e o Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB (2015). Para compreender se
existem padrões específicos de alocação de docentes nas escolas do ensino médio, a utilização
da cartografia será desenvolvida por um Sistema de Informações geográficas (SIG) em que os
dados analisados terão informações de estatística espacial, com escolas georreferenciadas por
endereço. O estudo busca como resultados traçar um perfil dos docentes no ensino médio em
Natal e compreender se a alocação deles no território é um dos fatores que contribuem para
a reprodução de desigualdades educacionais.

Palavras-chave: Formação docente; Desigualdades educacionais; Ensino médio.


COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS DO MINHA CASA MINHA VIDA, FAIXA 1, NA REGIÃO


METROPOLITANA DE NATAL
Carina Aparecida Barbosa Mendes Chaves
carinabmchaves@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros

Página 23 de 42
O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) – criado em 2009 – consta com uma parcela
dos seus recursos dirigida às famílias com renda entre zero a três salários mínimos, a faixa 1.
Esses imóveis recebem subsídios diretos de até 95% e são financiados sem juros no prazo de
120 meses, período em que deve servir exclusivamente para a moradia das famílias
beneficiadas. A Região Metropolitana (RM) de Natal foi contemplada pelo programa em nove
de seus quatorze municípios, com 51 empreendimentos em 21 localidades, totalizando 11.876
unidades habitacionais. Contudo, foi observado por meio de pesquisa de campo e anúncios
em classificados online, práticas de venda e locação nos imóveis do faixa1. O objetivo desse
trabalho é verificar onde, como e por que se dão as vendas e as locações de imóveis, entregues
nas fases I e II na RM de Natal. Busca-se assim, verificar onde estão inseridos os
empreendimentos que mais possuem imóveis à venda e locação, quais são os agentes
envolvidos na comercialização, quais os motivos que incentivam a prática e o perfil
habitacional e dos moradores. Os procedimentos metodológicos utilizados contaram com
pesquisa bibliográfica, coleta de anúncios de locação e venda, tabulação e padronização de
dados e pesquisa de campo realizada em todos os empreendimentos entregues até o ano de
2017 da RM de Natal. Os resultados da pesquisa de campo demonstram que 82% dos
moradores do programa são os proprietários e 9% são locatários, sendo os residenciais com
maior número de imóveis alugados localizados nos municípios de Parnamirim e Macaíba. Dos
moradores que declararam ser proprietários 90% afirmaram ter realizado o contrato junto à
Caixa Econômica Federal e 5% assumiram tê-lo realizado com terceiros. Quando questionados
se tinham conhecimento de imóveis do PMCMV para alugar ou vender 60% responderam de
forma positiva. Os anúncios coletados confirmam os resultados da pesquisa de campo. A
localidade com maior número de anúncios online é Parnamirim com 70,5% e Natal, a segunda,
com 23,5%. A maioria dos anúncios são referentes à venda (83%) e a tipologia mais
comercializada é de apartamentos perfazendo 98% deles.

Palavras-chave: Programa Minha Casa Minha Vida. Habitação Popular; Comercialização de


Imóveis. Região Metropolitana de Natal.

A INFLUÊNCIA DAS VILAS MILITARES NA URBANIZAÇÃO DE PARNAMIRIM-RN

Página 24 de 42
Danilo Ferreira Chaves
daniloferchaves@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros

A cidade de Parnamirim tem sua origem e desenvolvimento relacionados à criação da Base


Aérea de Natal (BANT), unidade da Força Aérea Brasileira situada em seu território. A
implantação da BANT no distrito de Natal trouxe grande deslocamento de pessoas à procura
de oportunidades, surgindo assim, as primeiras aglomerações e contribuindo para melhorias
em seu entorno. O primeiro edital para construção das primeiras 50 casas para “fixar” os
sargentos e suboficiais na região data do mês de janeiro de 1945, no princípio da instalação da
BANT (1942-1946) no campo de Parnamirim, base para fundação da futura cidade que ocorreu
em 1958. Desde o início da construção destas primeiras casas até os dias atuais, a BANT aloca
grande contingente de militares e suas respectivas famílias que são movimentados para essa
região. Atualmente, as vilas militares da Aeronáutica em Parnamirim estão situadas em
localidades privilegiadas, bem servidas de equipamentos e serviços públicos. O objetivo desta
pesquisa é, através de levantamento e sistematização de dados, compreender como as vilas
militares influenciaram na urbanização de Parnamirim-RN. A metodologia a ser utilizada
consiste em um resgate histórico com pesquisa documental no acervo do Museu da Ala10 e
Prefeitura de Aeronáutica de Natal (PANT), bem como a sistematização em banco de dados
(planilhas) e mapas. A pesquisa objetiva analisar a influência da Aeronáutica na urbanização do
município de Parnamirim/RN, e quais os processos sociais e espaciais relacionados à presença
dessa instituição na cidade.

Palavras-chave: Vilas militares. Urbanização. Moradia. Parnamirim-RN


POLÍTICAS PÚBLICAS, TERRITÓRIO E MICROCEFALIA: UM ESTUDO SOBRE O RIO GRANDE DO NORTE –


2014 A 2018
Lidiane Alves Uchôa
lidishala@hotmail.com
Orientadora: Profª Drª Sandra Cristina Gomes

Página 25 de 42
De acordo com o Ministério da Saúde, de novembro de 2015 até 30 de julho de 2018, foram
confirmados no Brasil, 3226 casos de crianças com microcefalia causada pelo vírus da Zika. No
Rio Grande do Norte, de acordo com a SESAP- Secretaria de Saúde do Estado, foram
confirmados até 09 de outubro de 2018, 151 casos. Estudos realizados, confirmam que o
crescimento dos casos está associado ao vírus da Zika que é uma doença transmitida pelo
mosquito Aedes aegypti. Em 11 de maio de 2017, em virtude de uma redução de 95%, se
comparando ao ano de 2016, o governo federal decretou o fim da emergência em saúde
pública por zica e microcefalia. Se tratando de uma geração de crianças marcadas pela grande
vulnerabilidade econômica, os entraves burocráticos e a dificuldade do atendimento contínuo
são sentidos, o que acabam proporcionando a angústia, a dor, entre a família e a criança.
59,3% dessas crianças estão localizadas na região nordeste. Ciente da relevância, a presente
pesquisa busca realizar um estudo para investigar a localização territorial com maior evidência
desses casos no estado, bem como apreciar os aspectos sociais e econômicos que permeiam
essas famílias, buscando durante as investigações, analisar as políticas de assistência
fornecidas pelo Estado e a liberação do BPC – Benefício de Prestação Continuada. Além disso,
procurar identificar as causas que promovem a região nordeste como a região que possui o
maior número de casos. Cabe destacar que as articulações das políticas públicas são
imprescindíveis para sanar ou ao menos atenuar um cenário como este vivenciado por esta
parte da população. Dessa forma, para o sucesso do estudo, uma ampla revisão bibliográfica
será feita em cima do tema de políticas públicas no intuito de abranger esta problemática, bem
como a aplicação de entrevistas e questionários

Palavras-chave: Microcefalia, Políticas Públicas, Território


CAPACIDADES ESTATAIS DOS ÓRGÃOS GESTORES DA EDUCAÇÃO: UM ESTUDO SOBRE AS CAPACIDADES


ADMINISTRATIVAS DAS SECRETARIAS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO

Matheus Oliveira de Santana


matheusoliveiraufrn@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sandra Cristina Gomes

Página 26 de 42
Este projeto de mestrado busca fazer um estudo sobre os principais aspectos presentes nas
secretariais estaduais de educação em termos de capacidades estatais, sobretudo, com
relação aos seus atributos técnicos e políticos. A discussão do conceito na realidade brasileira
em relação a organização burocrática e o seu papel na gestão das políticas públicas conquistou
notoriedade nos últimos anos com a publicação de diversos estudos a exemplo dos já
apresentados por Batista (2014), Pires e Gomide (2014), Souza (2016), Souza (2017) e Oliveira
e Lotta (2017). Entretanto, apesar da presença de produções voltadas para o âmbito nacional,
ainda existe a necessidade de voltar a discussão para o contexto dos entes subnacionais
(estados e municípios). A Constituição de 1988 teve papel importante ao aumentar a
importância dos entes federados na proposição e implementação das políticas, mudando
assim, os aspectos de sua organização burocrática. Desta forma, o objetivo central desta
dissertação é o de elaborar um perfil acerca da composição destes órgãos em termos de
recursos humanos e das ações adotadas por estes para a manutenção das políticas e
instrumentos relacionados com a área. Tratando-se de uma pesquisa com viés quantitativo,
para fins de análise em primeiro lugar, planeja-se, como eventual possibilidade, a leitura e
organização de dados utilizando as bases nacionais de dados disponíveis como a plataforma
ESTADIC do IBGE e o Censo Escolar. Em segundo lugar, busca-se fazer a análise desses dados
utilizando como modelo de análise a estratégia utilizada por Pires e Gomide (2016) em relação
a aferição das capacidades técnico-administrativas e político-relacionais ou o método criado
por Evans e Rauch (1999) no que se refere ao uso da escala weberiana com base no
recrutamento meritocrático e oferecimento de carreiras estruturadas. Esta pesquisa ainda se
encontra na fase de planejamento quanto a uso e análise dos dados, Ademais, espera-se para
além dos resultados, discutir se as mudanças no espectro político-administrativo das últimas
décadas colaborou em mudar o panorama da organização burocrática da gestão estadual da
educação como também observar, de forma comparativa, quais são as diferenças presentes
entre esses órgãos gestores no seu perfil.

Palavras-chave: capacidades estatais, estados, burocracia, capacidades administrativas.


Página 27 de 42
PLANEJAMENTO URBANO E ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA: UM ESTUDO DAS CIDADES DE NATAL/RN E CURITIBA/PR
Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira
pontesrylanneive@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa

Na sociedade contemporânea, as mudanças climáticas configuram-se em uma problemática


socioambiental urbana na medida em que representam vários desafios para as cidades, como
impactos severos para as populações que habitam em áreas de riscos ambientais. Como
alternativa, planejadores urbanos e formuladores de políticas devem identificar, elaborar e
implementar estratégias locais para responder aos efeitos das mudanças climáticas, buscando
reduzir a vulnerabilidade socioambiental. É a partir dessa breve problematização que
indagamos: cidades, cujo ordenamento territorial leva em consideração a gestão de riscos
socioambientais, têm maior capacidade de adaptação às mudanças climáticas, tornando-se
menos vulneráveis?. Sendo assim, o objetivo central deste estudo de dissertação de mestrado
é compreender como o planejamento urbano pode contribuir com a construção de uma
capacidade adaptativa às mudanças climáticas nas cidades de Natal/RN e Curitiba/PR. Para
tanto, os caminhos metodológicos desta dissertação seguem as orientações de uma pesquisa
com abordagem de natureza qualitativa, adotando duas perspectivas de método de pesquisa:
estudo de casos e campo com aplicação de questionários. Quanto aos resultados e discussão,
esta pesquisa versa em três eixos principais: i. identificação e análise das principais iniciativas
locais de planejamento urbano e gestão urbana voltados às mudanças climáticas; ii. análise das
conexões dos planos diretores municipais das cidades em estudo com as questões do meio
ambiente e do clima; e iii. investigação do atual potencial de adaptação das duas cidades aos
efeitos das mudanças climáticas.

Palavras-chave: Adaptação climática. Cidades. Planejamento urbano. Vulnerabilidade e risco


socioambientais.

AS LINHAS DA MORADIA PRECÁRIA EM NATAL: ESTUDO SOBRE HABITAÇÕES EM FAIXAS DE DOMÍNIO DA LINHA
FÉRREA.

Samara Sayonara Cândida da Silva


samarasayo@gmail.com

Página 28 de 42
Orientador: Prof. Dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva

Dentre os vários problemas urbanos, a persistência da precariedade habitacional na cidade –


como solução de moradia ao grande contingente populacional – é um dos mais graves. A
devida interpretação dessa realidade (quantitativa e qualitativa) é um primeiro passo à tomada
de decisões, no campo das Políticas Públicas, até o adequado tratamento dessas áreas,
incorporando-as ao padrão adequado de oferta habitacional e de serviços. O desafio dessa
interpretação decorre das múltiplas formas de manifestação de tal precariedade, seja em sua
mensuração (a depender de bancos de dados nacionais), seja pela especificidade do local – e
a definição de escalas de leitura da cidade. A precariedade assume formas e feições
características a depender do histórico da ocupação urbana, como um todo. No caso de Natal
(RN), destacamos as moradias precárias situadas às margens da linha férrea, que revelam uma
face pouco conhecida desse desafio, isto é, a precariedade habitacional e sua associação ao
risco e das condições gerais de necessidades urbanas e condições específicas do tipo de área
dominial envolvida. A histórica ocupação das faixas de domínio ferroviário, dentro da área
estabelecida como não-edificável, é um fenômeno presente na construção do urbano em
Natal, embora pouco compreendida enquanto Área Especial de Interesse Social, em sua
diversidade locacional, fato que demonstra a necessidade de discussão dos riscos os quais as
populações que as ocupam podem estar expostas. O objetivo do estudo concentra-se no
reconhecimento espacial e socioeconômico das áreas ocupadas próximo aos eixos da linha
férrea na área de abrangência do modal em Natal, além da identificação da dimensão física e
territorial também será executada uma tipologia destas áreas, a fim de diferencia-las e
mensurar individualmente os riscos oferecidos por essa relação, intentando-se trazer uma
interpretação acerca da vulnerabilidade envolvida no ato de habitar nos territórios em
questão, para assim apresentar parâmetros de atuação sobre cada área. Para isso, deve-se
fazer uso de ferramentas de geoprocessamento, a consulta a banco de dados que possuam
informações referentes a realidade socioeconômica do território em análise, visitas em loco,
além da revisão da literatura sobre o assunto.

Palavras-chave: Ocupação irregular; moradia precária; domínio ferroviário; risco.


Página 29 de 42
DINÂMICAS TERRITORIAIS E EMPODERAMENTO FEMININO EM COMUNIDADES PESQUEIRAS
Victorya Elizabete Nipo Teixeira de Carvalho
carvalhovictorya11@hotmail.com
Orientadora: Profª Drª Winifred Knox

A pesca artesanal é uma atividade praticada de forma autônoma ou em regime de economia


familiar, com embarcações de pequeno porte e meios de produção próprios, envolvendo todos
os processos da atividade (pré e pós captura do pescado), em que o mar é, para esses
trabalhadores, considerado um espaço inapropriavel, indivisível e masculino. A distinção de
espaços entre homens e mulheres é antiga, naturalizada e reproduzida por símbolos e
costumes que reforçam a dominação do homem sobre a mulher, constatada principalmente
em comunidades tradicionais pesqueiras, nas quais, dado o modo de vida peculiar, não há clara
distinção entre os espaços da família, do trabalho e do lazer. Contudo, as mulheres pescadoras
resistem a essa estrutura social na medida em que exercem uma atividade historicamente
masculina e passam a ocupar os espaços de representação locais dos pescadores, não estando
restritas a esfera do espaço privado. Esse contexto pode ser entendido na perspectiva do
empoderamento feminino, compreendido como um processo de construção de autonomia e
poder de decisão, relacionado ao protagonismo social. Nesse sentido, o presente trabalho
objetiva compreender o que influencia o processo de empoderamento das mulheres
pescadoras, no âmbito individual e coletivo, buscando entender de que maneira as dinâmicas
territoriais contribuem para esse processo. Para tanto, a metodologia segue as orientações de
uma pesquisa com abordagem qualitativa, visando o estudo em profundidade e detalhando as
particularidades do fenômeno observado. O método utilizado será o estudo de caso, porém
a(s) unidade(s) de observação serão definidas posteriormente entre as comunidades de
pescadores do Rio Grande do Norte que possuam mulheres em posições de comando e
liderança nas associações locais. Dessa forma, pretende-se utilizar como instrumentos de
coleta de dados entrevistas em profundidade, com foco nas histórias de vida das mulheres
pescadoras, e oficinas com a comunidade local, juntamente com observação participante,
aspirando entender a rotina e as vivências da comunidade, tais como as problemáticas
emergidas do processo de empoderamento das pescadoras e suas potencialidades para área

Página 30 de 42
de estudo. Para análise dos dados serão utilizadas técnicas qualitativas e quantitativas, como
a técnica de análise de conteúdo e de discurso e a construção de sociogramas a partir da
análise das redes sociais locais.

Palavras-chave: Dinâmicas territoriais; Empoderamento Feminino; Pesca Artesanal.


DINÂMICA METROPOLITANA E SUA INTERFACE COM A ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA NO CASO DA


RMN
Edilza Paula Queiroz Alves
edilzapaula20@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa

A Região Metropolitana de Natal foi marcada por grandes transformações urbanas. A expansão
das cidades trouxe consigo a problemática da desordem nos centros urbanos, provocados pelo
processo de urbanização e crescimento populacional, que refletiram na sua organização
socioespacial, marcada por níveis de desigualdades sociais e territórios segregados, causando
impactos no solo, diante do mau uso e ocupação desse. Dessa forma a organização do espaço,
as atividades econômicas, a forma de viver e morar nos espaços urbanos, a degradação do
solo, evidenciam fatores que podem provocar alterações as mudanças climáticas. Nesse
sentido a proposta de dissertação tem como objetivo, compreender como os aspectos da
organização socioespacial da RMN podem interferir no contexto das mudanças climáticas e se
os municípios metropolitanos integram a perspectiva de adaptação climática através da gestão
de risco. Para a realização do trabalho, os procedimentos metodológicos utilizados seguem as
orientações de uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa, visando compreender
as dinâmicas metropolitanas, assim como, os impactos ambientais e climáticos através de
revisões bibliográficas em artigos, livros, documentos e instrumentos de coletas de dados.
Tendo isso em vista nessa pesquisa, os dados quantitativos tiveram como fonte os microdados
do Censo Demográfico de 2010 e da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC-
2017), ambos do IBGE, respectivamente esses dados fornecem informações demográficas e
socioeconômicas da população e dos impactos ambientais e dos riscos das mudanças
climáticas. O resultado obtido até o momento mostra que a organização socioespacial da RMN,

Página 31 de 42
apresenta uma distribuição territorial desigual, resultado de fatores socioeconômicos, que
refletem nas alterações urbanas e climáticas, resultando em um contexto de vulnerabilidade.
Conclui-se que é preciso construir mecanismos de adaptação nas cidades, reduzindo o
contexto da vulnerabilidade e acrescentando o ordenamento do território que apresentam
instrumentos capazes de orientar o uso do solo de forma sustentável, no sentido de reduzir os
efeitos das mudanças climáticas.

Palavras-chave: Adaptação, Mudanças climáticas, Organização socioespacial, Região


Metropolitana de Natal – RMN, Vulnerabilidade.

EXPANSÃO URBANA NA RIDE DA GRANDE TERESINA: METROPOLIZAÇÃO E DINÂMICA


INTRAMETROPOLITANA
Gabriel Rodrigues da Silva
bielc72@hotmail.com
Orientadora: Profª Drª Maria do Livramento Miranda Clementino

O processo de urbanização na contemporaneidade contempla diversas questões, dentre elas


o processo de metropolização, a expansão da macha urbana e as dinâmicas metropolitanas.
Com isso, no Brasil observa-se novas configurações territoriais daí decorrentes, como pode ser
observado nas aglomerações urbanas, onde, muitas vezes os limites municipais são
ultrapassados, causando assim uma mudança na dinâmica do território. Neste sentido, o
objetivo geral da pesquisa consiste em compreender a expansão da mancha urbana na Ride
(Região Integrada de Desenvolvimento) da Grande Teresina, considerando como elemento
norteador a localização dos conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida
(PMCMV) faixa 1 distribuídos nesse território. Como objetivos específicos são considerados:

Página 32 de 42
(a) Identificar e mapear as direções e/ou eixos que se relacionam com a expansão da mancha
urbana; (b) Identificar e mapear os empreendimentos imobiliários do PMCMV na Ride da
Grande Teresina; (c) Analisar a densidade demográfica e o nível de integração da Ride Teresina
para que se possa entender a dinâmica intrametropolitana; (d) Analisar a intensidade dos
fluxos e movimentos pendulares no aglomerado urbano na Ride da Grande Teresina. Levando
em consideração o exposto, questiona-se: de que forma a inserção do PMCMV permitiu a
expansão da mancha urbana na Ride de Teresina? Quais são as áreas eixos (objetos e ações),
que evidenciam essa expansão da mancha? Quais as dinâmicas causadas no território devido
a possível expansão dessa macha? O PMCMV teve realmente um significado importante para
essa expansão? Primeiramente, para realização da pesquisa foi feito um levantamento
bibliográfico a respeito dos subsídios teóricos e conceituais considerados pertinentes ao
desenvolvimento do tema, para que se possa dar embasamento à pesquisa. Posteriormente,
foi utilizado técnicas de sensoriamento remoto, através dos sistemas de informações
geográficas (SIG) fazendo o uso do software ArcGis10.5, sob licença Do Grupo de Pesquisa
Observatório das Metrópoles núcleo Natal/RN para a confecção de material cartográfico. Os
resultados parciais da pesquisa, revelam uma tendência a expansão urbana a partir da
localização dos conjuntos habitacionais do PMCMV e uma possível alteração na dinâmica
metropolitana na Ride da Grande Teresina.

Palavras-chave: habitação; expansão urbana; dinâmica metropolitana


GAIOLA EM DECOMPOSIÇÃO: O EDIFÍCIO SÃO PEDRO E AS QUESTÕES PATRIMONIAIS EM FORTALEZA


Virna Maria Benevides Alves
virnamariabenevides@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Cláudio Roberto de Jesus

O Edifício São Pedro, símbolo de uma elite da década de 1950, protagoniza agora, talvez, um
dos piores cenários do descaso com o patrimônio no Ceará. O prédio que foi a primeira
construção da orla alencarina, foi tombado em 2016 como patrimônio público da cidade de
Fortaleza, mas ainda assim, persegue a ruína e o esquecimento no calçadão mais movimentado
da cidade provocando sentimentos diversos, heterogêneos e antagônicos em transeuntes

Página 33 de 42
desavisados, profissionais do meio urbano, pesquisadores e integrantes de movimentos de
preservação. Apesar das diferentes convicções acerca do futuro que o prédio deve seguir, um
verbo parece ser comumente conjugado pelos bens patrimoniais não só cearenses, como
também brasileiros: resistir. Dessa forma, apresenta-se como necessária a definição, a
elucidação, o que de fato quer dizer Patrimônio Público. Quais valores estão imbuídos, quais
relevâncias apresentam para a sociedade para que sejam verdadeiramente merecedores de
investimentos e projetos de políticas públicas e como essas definições contribuem ou não para
o estado de preservação do Edifício São Pedro.

Daí, nasce uma discussão sobre o restaurar e o conservar, da qual pretendo ir mais fundo para
defender a ideia de que o Edifício São Pedro não deve – e não merece – sofrer uma intervenção
que o descaracterize completamente e que lhe tire a potência de incomodar e denunciar a
problemática da modernização em Fortaleza. No entanto, analisando por esta ótica, como fugir
da vertente que torna possível que o Edifício São Pedro seja julgado como um impedidor do
desenvolvimento? Como escapar da perspectiva negativa que coloca a resistência da
construção como uma força que se opõe ao movimento de modernização? Diante deste
cenário, Tatiana Roque traz uma divertida e potente discussão acerca do sentido afirmativo da
ideia de resistência. Primeiro, é necessário abandonar a premissa de que RESISTIR significa
somente se opor ou lutar contra, é preciso assimilar que a resistência é um processo em curso,
com uma iminente força revolucionária, capaz não somente de barrar, como também de criar.
A questão é que essa resistência se contrapõe à modernidade. Uma modernidade que
esteriliza e equaliza os antagonismos urbanos, tentando fazer desaparecer as notórias
angústias e os desesperos, proporcionando um show de aparências que é importunado, por
exemplo, por construções discrepantes do padrão. Uma ideia de progresso que constrói as
cidades com fins de produção, transformando intensamente a paisagem urbana. Aí, a
verticalização e a especulação imobiliária criaram novas edificações e forjaram um significativo
processo de desconstrução da memória e do patrimônio coletivo.

Essa avidez pela novidade é típica do progressismo funcionalista que fundamenta essas
construções e reformas urbanas baseadas não nos afetos ou nas relações pessoais, mas nas
dinâmicas monetárias que perpetuam as contradições, desigualdades e o poder da classe

Página 34 de 42
financeiramente dominante. É sobre questões como essas que minha pesquisa se propõe a
refletir.

Palavras-chave: Patrimônio; Fortaleza; Modernidade.


ESPAÇOS REIVINDICADOS OU ESPAÇOS INSURGENTES? AS NOVAS FORMAS DE USO DO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE
DO NATAL-RN

Viviane Gomes Medeiros


arq.vivianemedeiros@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva

O acirramento recente de práticas urbanísticas voltadas à lógica do consumo e a crescente


individualização das relações pessoais tem contribuído para um tipo de fissura da ideia de
comum ou coletivo na sociedade urbana contemporânea. Tal “crise”, de fato, não é nova; mas
suas relações espaciais e sociais articuladas (sócio espaciais) assumem configurações novas, a
depender da forma que os agentes envolvidos na fruição desse espaço urbano tomam posição.
De modo concreto, as manifestações de contestação, de reivindicação ou protestos nos
últimos anos, tiveram como “cenário” a ocupação de espaços públicos e sua reutilização como
proposta de “insurgências urbanas”. Mas, insurgência em relação a quê? O político e o social
articularam-se em torno de uma percepção de certos grupos sociais de que a ocupação de

Página 35 de 42
espaços (praças, ruas, prédios públicos, etc.) por si só representava uma agenda de
reivindicações quanto a uma nova forma de convivência; do preço de passagens de ônibus a
uma crítica difusa ao capitalismo, esses espaços foram reapropriados por um novo tipo de
movimento social. Nesse sentido, perguntamos, da reivindicação dos espaços passamos às
insurgências urbanas? Quais os efeitos desse novo movimento contestatório – para além do
político, na redefinição dos espaços públicos? Desse modo, não é possível estreitar esses
movimentos apenas nos seus aspectos políticos; atualmente são, sobretudo, culturais,
artísticos, datados ou performáticos, reveladores de lógicas sociais fugidias e
comportamentos, de certa forma, desviantes– que se encontram em uma dada localização.
Logo, a fim de compreender de maneira adequada os novos movimentos sociais urbanos em
um panorama geral e de que maneira estes se materializam – mesmo de que de maneira
temporária - na cidade de Natal (RN), pretende-se fazer um mapeamento e caracterização
desses novos coletivos (abertos ou direcionados, políticos ou artísticos, comerciais ou anti-
comerciais, etc.) e analisar as relações entre a formação de novas espacialidades e a agenda
de insurgência manifesta. Onde estão? Como se organizam? Qual relação existente entre
práticas de reivindicação espacial e insurgências sociais? Dentre as suas diversas formas de
organização e agentes, há algum eixo mínimo que os conecte? Considera-se aqui que as
intervenções temporárias - que podem tomar a forma de apropriações (in)comuns ao
cotidiano e sem grandes pretensões declaradas, como batalhas de rap e de hip-hop - fazem
parte de um contexto maior e podem carregar uma simbologia (e uma possível intenção) ainda
a ser desvendada.

Palavras-chave: sociedade urbana contemporânea; insurgências urbanas; novas


espacialidades; intervenções temporárias.

ARQUITETURA PORTUGUESA: DA ESCOLA DO PORTO À ARQUITETURA DO SIZA?


Yuri de Souza Duarte
yurisd@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Márcio Moraes Valença

Página 36 de 42
A produção do movimento modernista em Portugal ocorreu de maneira singular, a partir de
uma postura de resistência a modelos pré-concebidos. Denominada Escola do Porto e
reconhecida a partir da década de 1950, foi um movimento que produziu ecos identificáveis
nas produções arquitetônicas até a contemporaneidade. Dentre outras características,
apresenta como condicionantes de projeto a harmonia entre a inserção do edifício e o
ambiente pré-existente, proporcionando melhor qualidade de uso, de conforto e estética do
espaço da cidade. Com foco na arquitetura portuguesa, o estudo possui como ponto de partida
a contribuição dos principais expoentes do movimento: Fernando Távora, Álvaro Siza Vieira e
Eduardo Souto de Moura. Primeiramente, apresenta as transformações sociais e pedagógicas
ocorridas na Escola de Belas Artes do Porto (ESBAP) no contexto político ditatorial do Estado
Novo, assim como uma apreciação das repercussões dos principais eventos ocorridos entre a
década de 1930 e a atualidade. Em seguida, expõe a análise da produção arquitetônica de dois
grupos de arquitetos reconhecidos em Portugal, a fim de estabelecer uma abordagem
projetual comum entre eles, a partir de aspectos como a formação e trajetória profissional,
bem como a linguagem arquitetônica adotada em suas obras. O primeiro composto por
arquitetos supracitados, e o segundo grupo formado por: João Carrilho da Graça; os irmãos
Nuno e José Mateus (escritório ARX); os irmãos Manuel e Francisco Nuno Aires Mateus; e Nuno
Brandão Costa. Por fim, apresenta-se uma análise de edifícios contemporâneos, localizados
em Portugal e concebidos por este grupo, considerando diversos aspectos, tais como: inserção
no entorno, suas formas de utilização e seu processo de concepção.

Palavras-chave: Arquitetura portuguesa; Escola do Porto; Arquitetura Contemporânea;


Espaço público.

Página 37 de 42

Você também pode gostar