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Os desdobramentos sociais da educação escolar pública são concebidos não apenas por ações
executadas no cotidiano escolar, na relação professor-aluno, nas práticas pedagógicas ou na
relação social estabelecida com os outros atores que compõem o ambiente escolar, mas
também por fatores externos ao ambiente institucional, os quais se originam da história de
vida dos próprios estudantes ali matriculados. Nesse sentido, a experiência educativa de
crianças e adolescentes negros no Brasil tem revelado a presença de desvantagens que se
acumulam e se expressam em problemas numericamente detectados, como índices elevados
de evasão escolar, menos anos de estudo, maior distorção idade-série, quando se compara os
grupos sociais de brancos, situações que requerem políticas educacionais que considerem os
contextos subjetivos da vida de estudantes em vulnerabilidade social. O estudo da literatura
que investiga o conceito do acúmulo de desvantagens, portanto, mostra-se fundamental para
compreender qual o peso das condições socioeconômicas e da raça na conformação das
desigualdades sociais que evidenciam a presença dos negros de forma massiva nos contextos
de problemas com o curso regular da vida educacional formal. Um ponto de partida para
investigar quais fatores presentes na sociedade contemporânea têm agido para a conformação
desse contexto prejudicial à equidade entre os estudantes, é a análise sistemática desenvolvida
por James S. Coleman (1966) acerca dos resultados desiguais dos alunos considerando a
questão racial nos Estados Unidos, trazendo à tona o alcance da segregação vivenciada por
cada grupo étnico-racial naquele contexto e as diferenças detectadas a partir da realização de
testes de aprendizado entre os alunos das escolas públicas avaliadas. Do ângulo da sociologia
da educação do francês Pierre Bourdieu (2007), os retornos distintos da escola a depender do
grupo social do estudante são baseados em uma teoria questionadora da visão ultrapassada
da escola enquanto instituição neutra que selecionaria os melhores alunos com critérios
meritocráticos e objetivos, uma vez que os diferentes capitais sociais, econômicos e culturais
de cada família demarcam as expectativas de ascensão educacional do indivíduo.
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Palavras-chave: Acúmulo de desvantagens. Educação. Desigualdades raciais.
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CIDADES SUSTENTÁVEIS E DESENVOLVIMENTO URBANO-METROPOLITANO NO NORDESTE
Ana Célia Baía Araújo
araujo.acba@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa
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natureza quantitativa, se utilizará de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados
secundários para, em um estudo de caso comparativo entre as quatro RM supramencionadas,
construir os procedimentos metodológicos de um índice que mensure o desenvolvimento
regional e a internalização dos princípios de Cidades Sustentáveis. Espera-se construir uma
metodologia de um índice sintético eficaz na mensuração da sustentabilidade, resiliência e
adaptação climáticas e nas suas relações com o desenvolvimento regional no Nordeste
brasileiro. Ainda em desenvolvimento do índice, acredita-se que a análise dos resultados
obtidos com a aplicação da metodologia do índice no campo empírico poderá fornecer dados
e informações interessantes à compreensão das dinâmicas metropolitanas ante ao
desenvolvimento regional e às propostas do ODS 11.
Para construir este trabalho será necessário contar a história de dois ambientes: a
Penitenciária Estadual de Alcaçuz e a Comunidade de Hortigranjeira. Ambas estão localizadas
no município de Nísia Floresta/RN, mas suas criações remetem a décadas e contextos
diferentes. Seguindo a ordem cronológica, na década de 80, o Governo do Estado criou o
projeto “Cidade de Hortigranjeira”, uma vez que os preços de alguns produtos alimentícios
estavam acima da taxa de inflação, e o estado enfrentava uma carência de leguminosas –
importando cerca de 85% desse produto. Dessa forma, foram criados assentamentos de
agricultura familiar, investindo-se nas novas plantações para que elas suprissem as
necessidades da população e do mercado. Atualmente, a comunidade ainda possui algumas
plantações, uma unidade de saúde, uma praça com igreja e alguns comércios, como
mercearias. Já a Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi construída com o objetivo de reestruturar
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o sistema prisional do estado, sendo atualmente a mais importante e populosa penitenciária
do Rio Grande do Norte. Desde sua criação a penitenciária foi criticada, visto que foi construída
sob dunas, a qual facilitaria a escavação de túneis e fugas de presos. Sua inauguração foi no
ano de 1998, sob o governo de Garibaldi Alves Filho. No início de 2017, devido a disputa entre
duas facções rivais, ocorreu a maior e mais violenta rebelião da história do sistema prisional
potiguar, como também o maior massacre da penitenciária. Segundo alguns dados do governo,
cerca de 26 pessoas morreram no confronto, e muitas outras fugiram. Salienta-se que a Força
Nacional foi convocada para intervir na situação. Dessa forma, ambos os ambientes tentam
coexistir e, portanto, o presente trabalho busca analisar como Alcaçuz influenciou a
Comunidade, seja na ocupação do espaço, no cotidiano da população, nas relações entre os
moradores, bem como o fluxo entre o fora e dentro da prisão realizado pelos familiares dos
presos que moram no lugar – os quais chamaremos de vasos comunicantes.
Para manter-se vivo, o ser humano precisa suprir determinadas necessidades básicas que
auxiliarão sua inserção e reprodução na sociedade. A população de baixa renda insere-se nesse
cenário como aquela que luta diariamente para se manter no sistema e ter acesso às
mercadorias que irão promover sua sobrevivência e consequentemente sua reprodução social.
É nesse sentido que a mercadoria casa se destaca, pois, a habitação é a estrutura física de
consumo cotidiano, o espaço inerente à vivencia e convivência dos indivíduos e que, em
contextos de crise, pode proporcionar um sentimento de segurança social e econômica para a
classe de baixa renda ao se tornar um ativo socioeconômico no qual possibilita a melhoria de
vida, inserção social e econômica. Inúmeras são as estratégias de acesso à casa e de
transformação desta em ativo. Ressalta-se, aqui, que as mudanças na estrutura da habitação
por meio de reformas, construções e novas formas de uso da propriedade possibilitam novas
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apropriações de renda e/ou diminuição de riscos. No Brasil, a partir de 2009, o acesso à casa
pela classe trabalhadora de renda mais baixa é promovido por meio do Programa Minha Casa
Minha Vida – Faixa 1, e algumas pesquisas relatam a existência de diferentes formas de utilizar
a casa nos conjuntos produzidos pelo programa. Assim, o objetivo deste estudo é compreender
os diferentes usos e ocupações dos imóveis, construídos pelo Programa Minha Casa Minha
Vida (PMCMV) - Faixa 01, na Região Metropolitana de Natal, de acordo com as estratégias dos
moradores em relação à utilização da habitação como um ativo promotor de sua reprodução
social. Os procedimentos metodológicos contam com a organização de um banco de dados,
com informações obtidas a partir de análise documental e investigação in loco, referentes às
características dos condomínios, seus moradores e aos diferentes usos e ocupações dos lotes
eapartamentos. Foram realizadas 883 entrevistas por questionário em todos os 23
empreendimentos do PMCMV – Faixa 01, localizados na RMNatal.
Palavras-chave: Reprodução social; casa; ativo; população de baixa renda; Programa Minha
Casa Minha Vida – Faixa 01.
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A pesquisa abarca o contexto da crise ambiental e suas consequências para as populações que
usam o espaço das praias urbanas, analisando os impactos das mudanças climáticas que se
dividem em diretos – aumento do nível do mar, forçando a retirada/recuo das habitações
costeiras e infraestruturas locais, a consequente erosão costeira, inundação por transposição
de ondas e tsunamis; e indiretos – gerando a obstrução das desembocaduras de canais,
intrusão salina em corpos hídricos de água doce interiores e sua consequente escassez.
Ademais, estuda os mecanismos de enfretamento da resolução dessa problemática por parte
do Estado, mercado e sociedade civil. Hoje, os problemas básicos no Rio Grande do Norte,
consistem no atraso de soluções de saneamento básico e no despreparo para os eventos das
mudanças climáticas, configurando duas ameaças socioambientais e consequências para as
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famílias que vivem de atividades econômicas nesse ambiente e frequentadores. O objetivo
geral é analisar como o fenômeno das mudanças climáticas são sentidos pela população das
praias urbanas de Natal/RN. Os objetivos específicos são: a) realizar o diagnóstico das
vulnerabilidades derivadas das mudanças climáticas nas praias urbanas de Natal/RN; b)
entender como os atores sociais estão se adaptando às mudanças climáticas no espaço
praiano; e c) verificar se estão sendo implementadas estratégias para proteção e fiscalização
das praias de Natal/RN. A abordagem da pesquisa é de cunho qualitativo e caráter exploratório,
sendo realizada através de pesquisa documental e de campo, com entrevistas
semiestruturadas e aplicação de questionários por amostragem com os atores sociais que
interferem na dinâmica praiana. O estudo de caso abrange duas praias de Natal/RN (Ponta
Negra e Redinha), escolhidas por serem praias que constantemente apresentam índices de
balneabilidade acima do permitido, sofrem com os processos das mudanças climáticas e por
serem utilizadas estrategicamente por diversos atores socioeconômicos como fonte de renda.
O estudo poderá desvelar a realidade atual, buscando compreender a dinâmica da questão
socioambiental e subsidiar ações do poder público no aprimoramento da gestão e participação
pelos órgãos competentes quanto à preservação do espaço praiano.
OS EFEITOS DA CRIMINALIDADE NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS AGENTES DE POLÍCIA CIVIL EM DELEGACIAS DE
POLÍCIA DE NATAL/RN.
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A preocupação com a segurança pública vem ganhando atenção na mídia e dos estudiosos da
área tendo em vista os crescentes índices de criminalidade por todo o país, especialmente na
cidade do Natal. A capital potiguar tem se destacado pelo elevado aumento das práticas
criminosas, sobretudo quanto aos CVLI's - condutas violentas letais intencionais, consagrando-
se entre as cidades mais violentas do país e com notoriedade internacional. Por outro lado, o
órgão responsável pela investigação e resolução dos crimes, a Polícia Civil, não alcança o êxito
em oferecer resposta à sociedade na maioria dos casos por decorrência da falta de
investimento na instituição, carência de efetivo e ausência de estrutura adequada para o
exercício do trabalho o que, consequentemente, inviabiliza a obtenção dos resultados
inerentes de combate ao crime. Nesse contexto, sem o devido aparato tecnológico e estrutural
interno, os servidores policiais permanecem em condições laborais insalubres, com
equipamentos ultrapassados e defeituosos, rotinas desordenadas, um quantitativo
desproporcional de procedimentos concentrados a um número irrisório de servidores e, em
contrapartida, a constante cobrança por produtividade em suas respectivas delegacias. Dessa
forma, o presente trabalho tem por escopo analisar de que modo a evolução da criminalidade
pode estar relacionada às condições de trabalho dos policiais em diferentes regiões da cidade
e em que medida cada uma delas é afetada.
JUVENTUDE RURAL E PODER: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE PODER EM BEBIDA VELHA/RN
Marcos Aurélio Freire da Silva Júnior
marcosaureliojunior@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Joana Tereza Vaz de Moura
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A dinâmica do meio rural é carregada por fortes costumes e culturas, as quais interferem
intrinsecamente no tecido social e na vida dos jovens, sejam eles envolvidos nas atividades
agrícolas ou não, o fato de viverem no meio rural, já os insere em uma realidade altamente
diversificada e plural. Com o surgimento de juventude como categoria analítica, os estudos
sobre essa parcela da população ganhou força na academia, porém, segundo Castro (2009) os
estudos acerca da juventude rural possuem, em sua maioria, um foco na questão do êxodo
rural. Portanto, a fim de compreender a juventude rural para além do êxodo rural,
analisaremos as relações presentes no espaço social onde os jovens rurais estão inseridos. Tal
espaço é marcado por relações de poder simbólico, historicamente presente. O poder
simbólico é um poder invisível exercido através de comportamentos baseados em estruturas
socialmente construídas (Bourdieu, 1989). Ainda de acordo com o Bourdieu (1989) essas
relações de poder produzem maneiras de pensar, agir ou executar uma atividade seguindo
sempre os mesmos padrões de processo (modus operandi). A fim de compreender as relações
de poder que permeiam as dinâmicas da juventude rural em suas principais matrizes de
sociabilidade na comunidade de Bebida Velha localizada no município de Pureza, Rio Grande
do Norte, este trabalho se desenvolverá através de uma metodologia qualitativa a partir de
pesquisa etnográfica com uso de entrevistas em profundidade e observação participante.
AGENTES, AGENDA E TERRITÓRIO À LUZ DOS REGIMES URBANOS: EXPANSÃO DO PORTO DE NATAL E
REASSENTAMENTO DA COMUNIDADE DO MARUIM
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A pesquisa apresenta como tema a reestruturação em áreas portuárias urbanas e a habitação
social, com foco nas relações de poder estabelecidas em um território em disputa. Dessa
forma, de modo empírico, é apresentado o caso do Porto de Natal que – há décadas –
disputava uma fração do território às margens do Rio Potengi, provocando a desocupação da
área onde se constituiu a comunidade do Maruim e o consequente reassentamento da
comunidade para o residencial São Pedro, em 2016. Esta pesquisa encontra-se vinculada ao
projeto “Caracterização dos Regimes Urbanos das Metrópoles Brasileiras”, desenvolvido pelo
INCT Observatório das Metrópoles através do programa “As Metrópoles e o Direito à Cidade:
conhecimento, inovação e ação para o desenvolvimento urbano - 2015-2020”. Dessa forma,
conforme referencial teórico-conceitual discutido pelo grupo que compõe o Núcleo RMNatal
do Observatório das Metrópoles, a ideia dos Regimes Urbanos apresenta-se aqui como a
vertente de análise desta pesquisa, revelando que há possibilidades de atuação da população
afetada, permitindo algum grau de articulação ou arranjo modificador do processo final.
Considera-se como objeto de estudo a ação dos grupos que conduziram o projeto de expansão
do porto de Natal e o reassentamento da comunidade do Maruim e, nesse sentido, o objetivo
geral consiste em compreender as diferentes estratégias desses grupos de pressão que
conduziram o projeto de expansão do porto e reassentamento do Maruim, visando
caracterizar as coalizões envolvidas e as transformações territoriais decorrentes, abrangendo,
principalmente, as Zonas Histórica e Portuária de Natal. Esta pesquisa caracteriza-se como
estudo qualitativo e utiliza, como método, o estudo de caso como estratégia de investigação.
Para isso, como universo de estudo foi delimitada a experiência da comunidade do Maruim e
do Porto de Natal no período entre 1997 (início das solicitações de regularização de áreas de
interesse do Porto de Natal pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte) e 2016 (quando
ocorre o reassentamento da comunidade do Maruim para o residencial São Pedro, localizado
no bairro Ribeira, Natal/RN).
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SUCESSÃO FAMILIAR NO CAMPO: PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA JUVENTUDE RURAL DE PEDRO VELHO/RN
Elaine Cristina dos Santos
elainepedagog@yahoo.com.br
Orientadora: Profª Drª Winifred Knox
Vários estudos realizados na região sul do país sobre sucessão familiar rural vêm evidenciando
que a transição demográfica, o envelhecimento no campo, o intenso processo migratório, as
possibilidades de escolarização no meio urbano, maior integração cidade-campo, a
instabilidade econômica nas atividades agropecuárias, fatores que implicam diretamente no
esvaziamento do meio rural. As transformações ocorridas nas ultimas décadas no espaço rural
são relevantes e consequentemente implicaram nas relações sociais estabelecidas no
ambiente, de trabalho, econômicas e culturais. Considerando essa problemática, a proposta
de pesquisa para a elaboração da dissertação de mestrado consiste em investigar a dinâmica
da sucessão familiar no campo, em relação às perspectivas e desafios da juventude rural do
município de Pedro Velho/RN. Como objetivos específicos, estabelecemos a) identificar as
perspectivas e desafios dos jovens rurais em relação ao futuro do exercício da atividade
agrícola; b) analisar a visão desses jovens, em relação à sucessão familiar e; c) refletir a
construção do oficio a partir do habitus de agricultor e a sucessão desse ofício, e; d)
compreender as perspectivas e expectativas do futuro das famílias pesquisadas. A reprodução
social envolve além da produção material da vida, a produção cultural e sócio-jurídica dos
processos e relações sociais, constituindo-se por um conjunto de práticas, nessa perspectiva o
habitus do agricultor se revela como uma construção (in) consciente de um conjunto de
saberes que é transmitido de pais para filhos no processo sucessório do oficio. Quanto aos seus
objetivos, a pesquisa se configura como qualitativa e quantitativa. As narrativas orais foram
construídas a partir dos relatos e depoimentos de historias de vida, ponderando sobre os
elementos pujantes das trajetórias de vidas das famílias entrevistadas. A investigação
qualitativa, de origem fenomenológica, empreende valores, crenças, hábitos, atitudes,
representações, conceitos e imprime o aprofundamento da complexidade nas relações
humanas. O percurso metodológico está circunscrito pelas etapas: 1) pesquisa bibliográfica e
documental para composição do referencial teórico e legislacional alusivo à problemática; 2)
pesquisa de campo, na qual far-se-á a inserção empírica para levantamento de perfil dos jovens
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do município (através da aplicação de questionário com perguntas fechadas), identificação das
perspectivas e desafios na visão dos jovens e dos pais (através de entrevistas individuais com
5 famílias de agricultores familiares); 3) Análise dos dados produzidos durante a pesquisa de
campo. Espera-se que essa pesquisa contribua para a compreensão das condições materiais e
simbólicas e as dinâmicas e fluidos do processo sucessório da agricultura familiar, como
também, possibilitar alternativas de sua reprodução social, econômica e cultural presente e
futura.
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deficiência e/ou ausência de critérios de decisão para definir medidas de mitigação e
adaptação comprometem a garantia dos recursos hídricos para atender as demandas futuras.
O objetivo geral é avaliar se a gestão de recursos hídricos no estado do RN incorpora medidas
que contribuem para adaptação climática em cenários de extremos de seca. Os objetivos
específicos são: (1) identificar os principais riscos e vulnerabilidades no RN relacionadas às
projeções climáticas para regiões semiáridas; (2) analisar a percepção dos atores
governamentais do RN acerca das mudanças climáticas; (3) avaliar a estrutura político-
institucional voltada para a gestão dos recursos hídricos e quais suas contribuições para
adaptação em cenários de extremos de seca, identificando possibilidades e desafios e, (4)
propor medidas de adaptação aos efeitos dos extremos de seca sobre os recursos hídricos.
Esta pesquisa caracteriza-se como exploratória-descritiva e quanto a natureza do problema, a
pesquisa é qualitativa. Os objetivos da pesquisa serão alcançados mediante a triangulação na
coleta de dados, por meio da realização de entrevistas estruturadas e semiestruturas,
pesquisas documental e bibliográfica.
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A política urbana brasileira estabelece o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) como um
instrumento que os Municípios podem utilizar nos processos de planejamento e gestão urbana
e territorial, estando entre as suas funções a distribuição de ônus e benefícios da urbanização
de forma justa, a recuperação de investimentos públicos que resultam em valorização de
imóveis privados, o combate a especulação imobiliária e a promoção do desenvolvimento
econômico. Contudo, a partir da análise da literatura sobre as experiências das cidades
brasileiras, percebe-se que as prefeituras reclamam permanentemente da ausência de
recursos próprios, dependendo de transferências governamentais para levar adiante seus
projetos. Por outro lado, a maioria dos municípios não costumam implementar e gerir
adequadamente os instrumentos de recuperação de mais-valia urbana, deixando de arrecadar
valores que além de necessários, deveriam, por direito, retornar à cidade. Nesse contexto,
percebe-se que o município de Parnamirim-RN, que faz parte da Região Metropolitana de
Natal, recolhe o IPTU aquém da sua capacidade determinada legalmente, havendo dificuldades
em efetivá-lo pela gestão municipal, por outro lado, a maioria das obras de infraestrutura
realizadas no município tem grande participação dos demais entes federativos (União e
Estado). Diante disso, questiona-se: o IPTU vem sendo implementado efetivamente pela
Gestão Municipal de Parnamirim - RN, de forma a garantir a recuperação pública dos benefícios
decorrentes da implementação de infraestrutura urbana no Município? Assim, o objeto dessa
pesquisa é o estudo da gestão do IPTU na sua relação com a recuperação de mais-valias
fundiárias e à ampliação dos benefícios em infraestrutura urbana. Para tanto, foi feito estudo
bibliográfico contemplando as conceituações pertinentes e a literatura correlata, uma análise
documental sobre a legislação do Município, além disso, foi realizada de uma pesquisa de
campo onde coletou-se dados nos bairros de Nova Parnamirim (contíguo a Natal), Passagem
de Areia, Rosa dos Ventos, Santa Tereza, Vale do Sol, Monte Castelo, Nova Esperança e Boa
Esperança (localizados ao sudoeste de Parnamirim) sobre arrecadação municipal do IPTU em
2017 e sobre avaliação de imóveis no município entre 2007 e 2017, em seguida realizou-se um
levantamento sobre obras recentes de infraestrutura nesses bairros, objetivando
compreender se há relação entre essas obras e a valorização dos imóveis que estão no seu
entorno e, ainda, se arrecadação do IPTU acompanha uma possível valorização imobiliária
nessas regiões da cidade. Por fim, serão feitas entrevistas com representantes do Poder
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Executivo Municipal e da comunidade local, bem como o acompanhamento de audiência
pública, visando perceber como esses atores compreendem o papel do IPTU para dinâmica
urbana local.
O ensino público foi idealizado na Europa e na América, por volta do século XIX, tanto como
resposta para a demanda de qualificação motivada pela Revolução Industrial como também
para promover a igualdade de oportunidades educacionais a partir da inserção de crianças de
diferentes classes na escola. Contudo, a ampliação do acesso da população a serviços
educacionais não foi suficiente, de acordo com Coleman (1966) e Bourdieu e Passeron (1970),
para neutralizar os efeitos das desigualdades sociais e para promover efetivamente a igualdade
de oportunidade educacional. Por outro lado, Crahay (2000) afirma que a igualdade de
conhecimentos adquiridos só pode ser atingida se houver monitoramento da implementação
e dos resultados da política pública educacional, além de foco na aprendizagem. Dubet (2009)
defende também que a equidade pode ser atingida a partir de um olhar mais atento sobre a
distribuição e os resultados da distribuição dos serviços educacionais. Diante disso, este estudo
objetiva investigar se existe igualdade ou equidade na rede estadual do Rio Grande do Norte,
tomando como objeto de análise o Ensino Médio. Para isso, serão coletados e analisados dados
relacionados ao desempenho acadêmico (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica -
IDEB e Taxa de Rendimento escolar) e ao aspecto socioeconômico (Indicador de Nível
Socioeconômico - INSE) dos alunos, bem como dados relacionados à infraestrutura, obtidos
por meio do Censo Escolar, e localização da escola, buscando identificar padrões espaciais na
oferta de serviço educacional. Após a coleta e a análise desses dados quantitativos, serão
escolhidas escolas com resultados diferentes para estudo de caso.
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Palavras-chave: Implementação de políticas públicas. Política educacional. Igualdade de
oportunidades educacionais.
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entrevistas em setores estratégicos, visando caracterizar a expansão da energia solar no Brasil,
e sua aplicabilidade no Rio Grande do Norte.
Com os choques no preço do petróleo, a crise estrutural do capital, entre outros, a década dos
anos de 1970 do século XX ficou marcada por inaugurar grandes transformações no modo de
produção e da acumulação capitalista. A reestruturação produtiva que se seguiu foi
acompanhada de uma nova concepção hegemônica sobre o papel do Estado no mundo
capitalista. O neoliberalismo ganhou proeminência, defendendo um Estado minimalista que
retirou do rol de suas atribuições uma série de serviços que eram de sua responsabilidade. Nas
relações produtivas, a flexibilidade substituiu a rigidez do padrão de acumulação fordista e
alterou profundamente o mundo do trabalho. As legislações trabalhistas acompanharam essa
tendência histórica, flexibilizando não somente as relações trabalho, como também as formas
de contratações, um exemplo dessa realidade é a prestação de serviços de transporte privado
de passageiros urbanos intermediados por plataformas digitais, popularmente conhecido
como Uber. Assim, o presente estudo tem como objetivo maior analisar como os motoristas
prestadores de serviços intermediados por plataformas digitais percebem as mudanças
recentes no mundo do trabalho a partir da emergência de um novo padrão de organização
trabalhista, como a uberização dos aplicativos de transporte privado urbano no município de
Natal nos anos entre 2016 e 2019. Parte-se do pressuposto de que neste momento em que se
convive com uma intensa crise do capital, manifestada por um alto índice de desemprego e a
institucionalização das formas precárias de trabalhos, os motoristas prestadores de serviços
por plataformas digitais reificaram o discurso do empreendedorismo ao ponto de se
perceberem donos do seu próprio negócio e não mais empregados explorados, uma vez que
eles têm a flexibilidade de planejar o seu dia de trabalho e horário. Para o desenvolvimento da
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pesquisa utilizaremos do recurso técnico da entrevista semiestruturada para coletar dados
primários junto aos motoristas de Uber, que serão os sujeitos da pesquisa e, também, nos
embasaremos em dados secundários, como uma vasta bibliografia de autores clássicos e
contemporâneos que discutem as metamorfoses do mundo do trabalho, assim como artigos,
resultados de pesquisas, dissertações e teses que contemplem esta temática.
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ideológica ou simbólica que impedem uma governança efetiva da política. O objetivo geral da
dissertação é analisar o padrão de governança da política de mobilidade urbana do município
de Natal a partir da ótica e percepção dos atores que a compõe, desdobrando-se nos seguintes
objetivos específicos: realizar o mapeamento dos atores envolvidos; identificar como os
principais atores e agentes percebem a mobilidade urbana e quais são seus objetivos; entender
de que maneira acontece possíveis articulações e cooperações entre eles; e, por fim, analisar
sua permeabilidade na definição da agenda local. Para isto, será realizada uma pesquisa
exploratória da mobilidade urbana de Natal no período de 2015 a 2018, utilizando uma
investigação documental, coletando dados por meio de entrevistas e interpretando-os com o
estudo do caso. Isto será feito através da aplicação de entrevistas semiestruturadas com os
principais atores e agentes e posteriormente uma análise das falas através de uma matriz de
análise. Acreditamos que a partir disto poderemos identificar o modelo de governança
presente no processo de construção das políticas públicas em Natal, produzindo uma análise
de como se dá a organização da política de mobilidade urbana local, podendo auxiliar na
organização da agenda local, colaborando para a inserção de novos atores ao processo.
ENERGIA EÓLICA EM CONFLITO: EFEITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO SETOR ENERGÉTICO E DISPUTAS TERRITORIAIS NA
CONSTRUÇÃO DE PARQUES EÓLICOS EM COMUNIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE (BRASIL).
O estado do Rio Grande do Norte (Brasil), nos últimos dez anos, vivenciou o processo de
diversificação e da expansão do setor energético brasileiro. A partir da adoção do Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas - PROINFA, empreendimentos de energia eólica passaram a
fazer parte da paisagem local, tornando o Rio Grande do Norte o principal estado em potência
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instalada. Os principais atores do setor atribuem à geografia favorável e em especial aos ventos
alísios constantes o desempenho do estado nesse segmento de energias renováveis. Soma-se
a isso o discurso e esforços políticos para que a atividade possa ser a promotora do
desenvolvimento local e regional a partir de uma lógica de geração de ocupação, emprego e
renda. Todavia a literatura produzida sobre a instalação dos parques eólicos na região nordeste
do país sinaliza para a ocorrência de efeitos negativos locais, na construção dos parques
eólicos, acarretando o acirramento de disputas e fazendo emergir ou em alguns casos
revelando a presença de conflitos de natureza socioambiental no território. São conflitos de
diversas dimensões, quer sejam, pela incompatibilidade da existência de outras atividades
econômicas, pelos efeitos paisagísticos ou de degradação causados diretos às comunidades
localizadas próximas às obras ou pela articulação de grupos populares e de atores sociais
influentes pela efetivação da construção do parque nesta ou naquela região. Sob a ótica teórica
dos conflitos se organiza esta proposta de pesquisa, objetivando analisar a especificidade dos
conflitos socioambientais causados pela construção de parques eólicos no Rio Grande do
Norte, atento, desta forma, a algumas inquietações principais. A identificação dos atores
participes desse cenário de conflitos que envolvem os parques eólicos percebendo a
participação destes. Compreender a capacidade que esses atores, na arena decisória, possuem
para efetivação de suas vontades. Perceber as diferenças entre os conflitos desencadeados em
parques eólicos das duas microregiões mais impactadas no estado. Por fim a visibilidade desses
conflitos com a entrada desta temática na esfera pública e na mídia. A sustentabilidade, o
clientelismo, o território e o conflito serão categorias de analise que vão nortear o
desenvolvimento dessa pesquisa qualitativa que lança mão de composição de dados
estatísticos técnicas de aplicação de entrevistas e analise documental para execução deste
trabalho.
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joaovictormlima@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Lindijane de Souza Bento Almeida
Ao longo das últimas décadas, muitas têm sido as transformações políticas e sociais no Brasil.
Grande parte dessas transformações se deve à Constituição Federal de 1988, que, além da
ampliação das garantias individuais, apresenta, em seu artigo 6º, os direitos sociais
fundamentais, dentre os quais, o direito à moradia. A CF/88 trouxe também muitas mudanças
no tocante à Gestão Pública, considerando o caráter descentralizador e participativo que
passou a assumir o novo pacto federativo. Os municípios e estados, que outrora eram meros
executores do planejamento nacional, passaram a ter autonomia administrativa. Diante deste
contexto, o presente estudo tem por objetivo compreender como se dá e quais são os atores
envolvidos nos processos de implementação e gestão de políticas públicas habitacionais nos
municípios de alta, média e baixa integração com o pólo da Região Metropolitana de Natal,
explorando os impactos desse processo nas capacidades institucionais. Como procedimentos
metodológicos serão realizadas pesquisas bibliográficas, documentais e quantitativas, sendo a
coleta de dados primários realizada por meio da técnica survey, a partir da aplicação de
entrevistas de ordem semiestruturada com atores políticos e sociais envolvidos no processo
de implementação das políticas, bem como seus beneficiários. Considerando a importância de
uma abordagem participativa para compreender a visão da sociedade acerca dos problemas e
potencialidades das políticas, será utilizado o método da construção de murais didáticos,
elaborados coletivamente pelos beneficiários a partir de oficinas. O resultado deste estudo
permitirá a compreensão da forma como atuam os municípios nos processos de planejamento
e gestão das políticas habitacionais federais na Região Metropolitana de Natal, bem como das
condições urbanas dos empreendimentos resultantes de tais políticas.
PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE): O QUE MOSTRAM OS NÚMEROS DE SUA EXECUÇÃO
NOS MUNICÍPIOS DO TERRITÓRIO DA CIDADANIA DO MATO GRANDE/RN
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arimateia71@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Joana Tereza Vaz de Moura
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Karoline de Oliveira
karoline.deoliveira2@gmail.com>
Orientador: Prof. Dr. Anderson Cristopher dos Santos
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O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) – criado em 2009 – consta com uma parcela
dos seus recursos dirigida às famílias com renda entre zero a três salários mínimos, a faixa 1.
Esses imóveis recebem subsídios diretos de até 95% e são financiados sem juros no prazo de
120 meses, período em que deve servir exclusivamente para a moradia das famílias
beneficiadas. A Região Metropolitana (RM) de Natal foi contemplada pelo programa em nove
de seus quatorze municípios, com 51 empreendimentos em 21 localidades, totalizando 11.876
unidades habitacionais. Contudo, foi observado por meio de pesquisa de campo e anúncios
em classificados online, práticas de venda e locação nos imóveis do faixa1. O objetivo desse
trabalho é verificar onde, como e por que se dão as vendas e as locações de imóveis, entregues
nas fases I e II na RM de Natal. Busca-se assim, verificar onde estão inseridos os
empreendimentos que mais possuem imóveis à venda e locação, quais são os agentes
envolvidos na comercialização, quais os motivos que incentivam a prática e o perfil
habitacional e dos moradores. Os procedimentos metodológicos utilizados contaram com
pesquisa bibliográfica, coleta de anúncios de locação e venda, tabulação e padronização de
dados e pesquisa de campo realizada em todos os empreendimentos entregues até o ano de
2017 da RM de Natal. Os resultados da pesquisa de campo demonstram que 82% dos
moradores do programa são os proprietários e 9% são locatários, sendo os residenciais com
maior número de imóveis alugados localizados nos municípios de Parnamirim e Macaíba. Dos
moradores que declararam ser proprietários 90% afirmaram ter realizado o contrato junto à
Caixa Econômica Federal e 5% assumiram tê-lo realizado com terceiros. Quando questionados
se tinham conhecimento de imóveis do PMCMV para alugar ou vender 60% responderam de
forma positiva. Os anúncios coletados confirmam os resultados da pesquisa de campo. A
localidade com maior número de anúncios online é Parnamirim com 70,5% e Natal, a segunda,
com 23,5%. A maioria dos anúncios são referentes à venda (83%) e a tipologia mais
comercializada é de apartamentos perfazendo 98% deles.
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Danilo Ferreira Chaves
daniloferchaves@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Sara Raquel Fernandes Queiroz de Medeiros
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De acordo com o Ministério da Saúde, de novembro de 2015 até 30 de julho de 2018, foram
confirmados no Brasil, 3226 casos de crianças com microcefalia causada pelo vírus da Zika. No
Rio Grande do Norte, de acordo com a SESAP- Secretaria de Saúde do Estado, foram
confirmados até 09 de outubro de 2018, 151 casos. Estudos realizados, confirmam que o
crescimento dos casos está associado ao vírus da Zika que é uma doença transmitida pelo
mosquito Aedes aegypti. Em 11 de maio de 2017, em virtude de uma redução de 95%, se
comparando ao ano de 2016, o governo federal decretou o fim da emergência em saúde
pública por zica e microcefalia. Se tratando de uma geração de crianças marcadas pela grande
vulnerabilidade econômica, os entraves burocráticos e a dificuldade do atendimento contínuo
são sentidos, o que acabam proporcionando a angústia, a dor, entre a família e a criança.
59,3% dessas crianças estão localizadas na região nordeste. Ciente da relevância, a presente
pesquisa busca realizar um estudo para investigar a localização territorial com maior evidência
desses casos no estado, bem como apreciar os aspectos sociais e econômicos que permeiam
essas famílias, buscando durante as investigações, analisar as políticas de assistência
fornecidas pelo Estado e a liberação do BPC – Benefício de Prestação Continuada. Além disso,
procurar identificar as causas que promovem a região nordeste como a região que possui o
maior número de casos. Cabe destacar que as articulações das políticas públicas são
imprescindíveis para sanar ou ao menos atenuar um cenário como este vivenciado por esta
parte da população. Dessa forma, para o sucesso do estudo, uma ampla revisão bibliográfica
será feita em cima do tema de políticas públicas no intuito de abranger esta problemática, bem
como a aplicação de entrevistas e questionários
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Este projeto de mestrado busca fazer um estudo sobre os principais aspectos presentes nas
secretariais estaduais de educação em termos de capacidades estatais, sobretudo, com
relação aos seus atributos técnicos e políticos. A discussão do conceito na realidade brasileira
em relação a organização burocrática e o seu papel na gestão das políticas públicas conquistou
notoriedade nos últimos anos com a publicação de diversos estudos a exemplo dos já
apresentados por Batista (2014), Pires e Gomide (2014), Souza (2016), Souza (2017) e Oliveira
e Lotta (2017). Entretanto, apesar da presença de produções voltadas para o âmbito nacional,
ainda existe a necessidade de voltar a discussão para o contexto dos entes subnacionais
(estados e municípios). A Constituição de 1988 teve papel importante ao aumentar a
importância dos entes federados na proposição e implementação das políticas, mudando
assim, os aspectos de sua organização burocrática. Desta forma, o objetivo central desta
dissertação é o de elaborar um perfil acerca da composição destes órgãos em termos de
recursos humanos e das ações adotadas por estes para a manutenção das políticas e
instrumentos relacionados com a área. Tratando-se de uma pesquisa com viés quantitativo,
para fins de análise em primeiro lugar, planeja-se, como eventual possibilidade, a leitura e
organização de dados utilizando as bases nacionais de dados disponíveis como a plataforma
ESTADIC do IBGE e o Censo Escolar. Em segundo lugar, busca-se fazer a análise desses dados
utilizando como modelo de análise a estratégia utilizada por Pires e Gomide (2016) em relação
a aferição das capacidades técnico-administrativas e político-relacionais ou o método criado
por Evans e Rauch (1999) no que se refere ao uso da escala weberiana com base no
recrutamento meritocrático e oferecimento de carreiras estruturadas. Esta pesquisa ainda se
encontra na fase de planejamento quanto a uso e análise dos dados, Ademais, espera-se para
além dos resultados, discutir se as mudanças no espectro político-administrativo das últimas
décadas colaborou em mudar o panorama da organização burocrática da gestão estadual da
educação como também observar, de forma comparativa, quais são as diferenças presentes
entre esses órgãos gestores no seu perfil.
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PLANEJAMENTO URBANO E ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA: UM ESTUDO DAS CIDADES DE NATAL/RN E CURITIBA/PR
Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira
pontesrylanneive@gmail.com
Orientadora: Profª Drª Zoraide Souza Pessoa
AS LINHAS DA MORADIA PRECÁRIA EM NATAL: ESTUDO SOBRE HABITAÇÕES EM FAIXAS DE DOMÍNIO DA LINHA
FÉRREA.
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Orientador: Prof. Dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva
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DINÂMICAS TERRITORIAIS E EMPODERAMENTO FEMININO EM COMUNIDADES PESQUEIRAS
Victorya Elizabete Nipo Teixeira de Carvalho
carvalhovictorya11@hotmail.com
Orientadora: Profª Drª Winifred Knox
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de estudo. Para análise dos dados serão utilizadas técnicas qualitativas e quantitativas, como
a técnica de análise de conteúdo e de discurso e a construção de sociogramas a partir da
análise das redes sociais locais.
A Região Metropolitana de Natal foi marcada por grandes transformações urbanas. A expansão
das cidades trouxe consigo a problemática da desordem nos centros urbanos, provocados pelo
processo de urbanização e crescimento populacional, que refletiram na sua organização
socioespacial, marcada por níveis de desigualdades sociais e territórios segregados, causando
impactos no solo, diante do mau uso e ocupação desse. Dessa forma a organização do espaço,
as atividades econômicas, a forma de viver e morar nos espaços urbanos, a degradação do
solo, evidenciam fatores que podem provocar alterações as mudanças climáticas. Nesse
sentido a proposta de dissertação tem como objetivo, compreender como os aspectos da
organização socioespacial da RMN podem interferir no contexto das mudanças climáticas e se
os municípios metropolitanos integram a perspectiva de adaptação climática através da gestão
de risco. Para a realização do trabalho, os procedimentos metodológicos utilizados seguem as
orientações de uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa, visando compreender
as dinâmicas metropolitanas, assim como, os impactos ambientais e climáticos através de
revisões bibliográficas em artigos, livros, documentos e instrumentos de coletas de dados.
Tendo isso em vista nessa pesquisa, os dados quantitativos tiveram como fonte os microdados
do Censo Demográfico de 2010 e da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC-
2017), ambos do IBGE, respectivamente esses dados fornecem informações demográficas e
socioeconômicas da população e dos impactos ambientais e dos riscos das mudanças
climáticas. O resultado obtido até o momento mostra que a organização socioespacial da RMN,
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apresenta uma distribuição territorial desigual, resultado de fatores socioeconômicos, que
refletem nas alterações urbanas e climáticas, resultando em um contexto de vulnerabilidade.
Conclui-se que é preciso construir mecanismos de adaptação nas cidades, reduzindo o
contexto da vulnerabilidade e acrescentando o ordenamento do território que apresentam
instrumentos capazes de orientar o uso do solo de forma sustentável, no sentido de reduzir os
efeitos das mudanças climáticas.
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(a) Identificar e mapear as direções e/ou eixos que se relacionam com a expansão da mancha
urbana; (b) Identificar e mapear os empreendimentos imobiliários do PMCMV na Ride da
Grande Teresina; (c) Analisar a densidade demográfica e o nível de integração da Ride Teresina
para que se possa entender a dinâmica intrametropolitana; (d) Analisar a intensidade dos
fluxos e movimentos pendulares no aglomerado urbano na Ride da Grande Teresina. Levando
em consideração o exposto, questiona-se: de que forma a inserção do PMCMV permitiu a
expansão da mancha urbana na Ride de Teresina? Quais são as áreas eixos (objetos e ações),
que evidenciam essa expansão da mancha? Quais as dinâmicas causadas no território devido
a possível expansão dessa macha? O PMCMV teve realmente um significado importante para
essa expansão? Primeiramente, para realização da pesquisa foi feito um levantamento
bibliográfico a respeito dos subsídios teóricos e conceituais considerados pertinentes ao
desenvolvimento do tema, para que se possa dar embasamento à pesquisa. Posteriormente,
foi utilizado técnicas de sensoriamento remoto, através dos sistemas de informações
geográficas (SIG) fazendo o uso do software ArcGis10.5, sob licença Do Grupo de Pesquisa
Observatório das Metrópoles núcleo Natal/RN para a confecção de material cartográfico. Os
resultados parciais da pesquisa, revelam uma tendência a expansão urbana a partir da
localização dos conjuntos habitacionais do PMCMV e uma possível alteração na dinâmica
metropolitana na Ride da Grande Teresina.
O Edifício São Pedro, símbolo de uma elite da década de 1950, protagoniza agora, talvez, um
dos piores cenários do descaso com o patrimônio no Ceará. O prédio que foi a primeira
construção da orla alencarina, foi tombado em 2016 como patrimônio público da cidade de
Fortaleza, mas ainda assim, persegue a ruína e o esquecimento no calçadão mais movimentado
da cidade provocando sentimentos diversos, heterogêneos e antagônicos em transeuntes
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desavisados, profissionais do meio urbano, pesquisadores e integrantes de movimentos de
preservação. Apesar das diferentes convicções acerca do futuro que o prédio deve seguir, um
verbo parece ser comumente conjugado pelos bens patrimoniais não só cearenses, como
também brasileiros: resistir. Dessa forma, apresenta-se como necessária a definição, a
elucidação, o que de fato quer dizer Patrimônio Público. Quais valores estão imbuídos, quais
relevâncias apresentam para a sociedade para que sejam verdadeiramente merecedores de
investimentos e projetos de políticas públicas e como essas definições contribuem ou não para
o estado de preservação do Edifício São Pedro.
Daí, nasce uma discussão sobre o restaurar e o conservar, da qual pretendo ir mais fundo para
defender a ideia de que o Edifício São Pedro não deve – e não merece – sofrer uma intervenção
que o descaracterize completamente e que lhe tire a potência de incomodar e denunciar a
problemática da modernização em Fortaleza. No entanto, analisando por esta ótica, como fugir
da vertente que torna possível que o Edifício São Pedro seja julgado como um impedidor do
desenvolvimento? Como escapar da perspectiva negativa que coloca a resistência da
construção como uma força que se opõe ao movimento de modernização? Diante deste
cenário, Tatiana Roque traz uma divertida e potente discussão acerca do sentido afirmativo da
ideia de resistência. Primeiro, é necessário abandonar a premissa de que RESISTIR significa
somente se opor ou lutar contra, é preciso assimilar que a resistência é um processo em curso,
com uma iminente força revolucionária, capaz não somente de barrar, como também de criar.
A questão é que essa resistência se contrapõe à modernidade. Uma modernidade que
esteriliza e equaliza os antagonismos urbanos, tentando fazer desaparecer as notórias
angústias e os desesperos, proporcionando um show de aparências que é importunado, por
exemplo, por construções discrepantes do padrão. Uma ideia de progresso que constrói as
cidades com fins de produção, transformando intensamente a paisagem urbana. Aí, a
verticalização e a especulação imobiliária criaram novas edificações e forjaram um significativo
processo de desconstrução da memória e do patrimônio coletivo.
Essa avidez pela novidade é típica do progressismo funcionalista que fundamenta essas
construções e reformas urbanas baseadas não nos afetos ou nas relações pessoais, mas nas
dinâmicas monetárias que perpetuam as contradições, desigualdades e o poder da classe
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financeiramente dominante. É sobre questões como essas que minha pesquisa se propõe a
refletir.
ESPAÇOS REIVINDICADOS OU ESPAÇOS INSURGENTES? AS NOVAS FORMAS DE USO DO ESPAÇO PÚBLICO NA CIDADE
DO NATAL-RN
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espaços (praças, ruas, prédios públicos, etc.) por si só representava uma agenda de
reivindicações quanto a uma nova forma de convivência; do preço de passagens de ônibus a
uma crítica difusa ao capitalismo, esses espaços foram reapropriados por um novo tipo de
movimento social. Nesse sentido, perguntamos, da reivindicação dos espaços passamos às
insurgências urbanas? Quais os efeitos desse novo movimento contestatório – para além do
político, na redefinição dos espaços públicos? Desse modo, não é possível estreitar esses
movimentos apenas nos seus aspectos políticos; atualmente são, sobretudo, culturais,
artísticos, datados ou performáticos, reveladores de lógicas sociais fugidias e
comportamentos, de certa forma, desviantes– que se encontram em uma dada localização.
Logo, a fim de compreender de maneira adequada os novos movimentos sociais urbanos em
um panorama geral e de que maneira estes se materializam – mesmo de que de maneira
temporária - na cidade de Natal (RN), pretende-se fazer um mapeamento e caracterização
desses novos coletivos (abertos ou direcionados, políticos ou artísticos, comerciais ou anti-
comerciais, etc.) e analisar as relações entre a formação de novas espacialidades e a agenda
de insurgência manifesta. Onde estão? Como se organizam? Qual relação existente entre
práticas de reivindicação espacial e insurgências sociais? Dentre as suas diversas formas de
organização e agentes, há algum eixo mínimo que os conecte? Considera-se aqui que as
intervenções temporárias - que podem tomar a forma de apropriações (in)comuns ao
cotidiano e sem grandes pretensões declaradas, como batalhas de rap e de hip-hop - fazem
parte de um contexto maior e podem carregar uma simbologia (e uma possível intenção) ainda
a ser desvendada.
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A produção do movimento modernista em Portugal ocorreu de maneira singular, a partir de
uma postura de resistência a modelos pré-concebidos. Denominada Escola do Porto e
reconhecida a partir da década de 1950, foi um movimento que produziu ecos identificáveis
nas produções arquitetônicas até a contemporaneidade. Dentre outras características,
apresenta como condicionantes de projeto a harmonia entre a inserção do edifício e o
ambiente pré-existente, proporcionando melhor qualidade de uso, de conforto e estética do
espaço da cidade. Com foco na arquitetura portuguesa, o estudo possui como ponto de partida
a contribuição dos principais expoentes do movimento: Fernando Távora, Álvaro Siza Vieira e
Eduardo Souto de Moura. Primeiramente, apresenta as transformações sociais e pedagógicas
ocorridas na Escola de Belas Artes do Porto (ESBAP) no contexto político ditatorial do Estado
Novo, assim como uma apreciação das repercussões dos principais eventos ocorridos entre a
década de 1930 e a atualidade. Em seguida, expõe a análise da produção arquitetônica de dois
grupos de arquitetos reconhecidos em Portugal, a fim de estabelecer uma abordagem
projetual comum entre eles, a partir de aspectos como a formação e trajetória profissional,
bem como a linguagem arquitetônica adotada em suas obras. O primeiro composto por
arquitetos supracitados, e o segundo grupo formado por: João Carrilho da Graça; os irmãos
Nuno e José Mateus (escritório ARX); os irmãos Manuel e Francisco Nuno Aires Mateus; e Nuno
Brandão Costa. Por fim, apresenta-se uma análise de edifícios contemporâneos, localizados
em Portugal e concebidos por este grupo, considerando diversos aspectos, tais como: inserção
no entorno, suas formas de utilização e seu processo de concepção.
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