Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila de Microbiologia Geral2
Apostila de Microbiologia Geral2
MICROBIOLOGIA GERAL
Pombal
2010
1
2
MÓDULO I
Microbiologia Médica
Microbiologia Aquática
Microbiologia do Ar
Microbiologia do Leite
2
3
ANIMALLES – animais
VEGETALLES – vegetais
3
4
CONCEITO DOS CINCO REINOS – outro sistema de classificação foi proposto por
Whittaker em 1969.
4
5
Célula - Corresponde à unidade fundamental do ser vivo. Uma única célula corresponde
a uma entidade, separada das outras células por uma membrana, contendo uma
variedade de compostos químicos e estruturas sub-celulares em seu interior.
De acordo com a estrutura celular os seres vivos se dividem em duas categorias:
PROCARIONTES E EUCARIONTES. Esta divisão se baseia nas diferenças na
organização da máquina celular.
5
6
3. Núcleo – parte central da célula. Estrutura chave onde a informação genética (DNA)
é armazenada.
6
7
5 COMPONENTES DA CÉLULA
7
8
2) SAIS MINERAIS – São encontrados nos seres vivos sob duas formas básicas:
insolúvel e solúvel.
Insolúvel – acham-se imobilizados como componentes do arcabouço esquelético.
Solúvel – acham-se dissolvidos na água em forma de íons – Ca ++ ; Mg++; Fé++; PO4- - -;
K+; Na+; Cl - - Os sais minerais desempenham um importante papel biológico nos seres
vivos, agindo como ativadores de enzimas, como componentes estruturais de
moléculas orgânicas fundamentais e participando da manutenção do equilíbrio
osmótico.
Monossacarídeo – são carboidratos simples que não sofrem hidrólise, de fórmula geral
Cn(H2O)n, onde n varia de 3 a 7(trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses.
8
9
5.2.2 LIPÍDIOS – (do grego lipo – gordura) são moléculas orgânicas que resultam da
associação entre ácidos graxos e álcool. Insolúveis em água. Solúveis em solventes
orgânicos como benzena, éter e álcool.
Função:
São reservas alimentares
Fornecem energia
Protegem mecanicamente
São isolantes térmicos
Auxiliam a absorção de vitaminas e outras substâncias lipossolúveis.
9
10
10
11
5.2.4 ENZIMAS: São substâncias de natureza protéica, elaborada pelos seres vivos,
funcionando como agente catalítico que acelera a velocidade da reação química e não
são consumidoras durante a reação que catalisam.
E + S ES .E + P
TEMPERATURA
– Devido a sua
natureza protéica a
desnaturação
enzimática diminui
a concentração efetiva e conseqüentemente, decresce a velocidade da reação.
11
12
Nos seres vivos existem dois grandes tipos de ácidos nucléicos: ácido
desoxirribonucléicos (DNA ou ADN) e o ácido ribonucléico (RNA ou ARN).
12
13
Fórmulas estruturais das cinco bases nitrogenadas que podem ser encontradas nos
ácidos nucléicos.
5.2.7 VITAMINAS
13
14
► Hidrossolúveis
As vitaminas solúveis em água são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo
sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O grau de solubilidade varia
de acordo com cada vitamina e influi no caminho que essa substância percorre no
organismo. Quando ingeridas em excesso, as vitaminas hidrossolúveis são
14
15
armazenadas até uma quantidade limitada nos tecidos orgânicos, mas a maior parte é
secretada na urina.
► Lipossolúveis
15
16
AUTOTRÓFICO
16
17
HETEROTRÓFOS
O2 + 4H+ + 4 e- 2H2O
2HNO3 + 10 H+ + 4 e- N2 + 6 H2O
17
18
18
19
CARACTERÍSTICAS CULTURAIS
CARACTERÍSTICAS MOFOLÓGICAS
CARACTERÍSTICAS METABÓLICAS
CARACTERÍSTICAS ANTIGÊNAS
CARACTERISTICAS GENÉTICAS
19
20
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
20
21
1 2 22 23 24 25 ..... 2n
O tempo necessário para que a célula se divida ou seja, que a população duplique é
conhecido como “TEMPO DE GERAÇÃO”
21
22
COLORAÇÃO DE GRAM
22
23
CIANOBACTÉRIAS
23
24
24
25
25
26
26
27
27
28
28
29
29
30
São microrganismos muito pequenos (em media 0,1 micra). Não possuem
estrutura celular, são construídos por ácido nucléico (DNA ou RNA) circundado por
uma camada protéica e são incapazes de produzir ATP, ou seja, energia necessária
para as atividades de uma célula ou organismo superior. Assim precisam de uma célula
viva para se replicar, da qual utilizam as estruturas celulares que lhes faltam e o ATP
da célula parasitada. São inativos nos alimentos. Nos alimentos provocam problemas
na fabricação de iogurtes e queijos, pois os bacteriófagos destroem as células das
culturas starter. Os vírus patogênicos como o da hepatite A, da poliomelite e os
causadores da gastroenterite (rotavirus e vírus Norwalk) podem ser veiculados ao
homem por água e alimentos.
30
31
31
32
TIPOS DE MEIOS
32
33
TÉCNICAS DE LAVAGEM
15.1.1 -TEMPERATURA
a) Calor seco
Flambagem em chama direta ( bico de Busen, lâmpada
germicida
Ar quente – estufas, forno de Paster
b) Calor úmido
33
34
O calor úmido é mais eficiente, pois tem um poder de penetração maior que o
calor seco. O calor seco age, promovendo uma oxidação violenta de
componentes do protoplasma, enquanto que o calor úmido age promovendo a
desnaturação das proteínas e dissolução de lipídios.
c) Congelamento
34
35
MICROBIOLOGIA SANITÁRIA
1- SAÚDE E SANEAMENTO
35
36
36
37
4.0 POLUIÇÃO
37
38
38
39
De varias maneiras a água pode afetar a saúde do homem: pela ingestão direta,
na preparação de alimentos; na higiene pessoal, na agricultura, na higiene do ambiente,
nos processos industriais ou nas atividades de lazer.
As doenças relacionadas com a água podem ser agrupadas em duas categorias:
Compostos Orgânicos
Pesticidas
Trihalometanos
Hidrocarbonos Polinucleares aromáticos
Compostos Inorgânicos
Antimônio, Arsênico (0,10 mg/L); Bário (1,0mg/L); Cádmio (0,001mg/L);
Cobalto, Chumbo (0,03mg/L); Mercúrio (0,002mg/L); Molibdeno, Selênio
(0,01mg/L); Urânio.
Flúor em concentrações de 2 a 4 mg/L causa mancha no esmalte dos dentes,
rigidez e dores nas articulações e deformação do esqueleto. A concentração
sugerida para águas é de 1,0 mg/L.
Também podem ser consideradas doenças de origem hídrica aquelas causadas
pela carência de alguns elementos na água. Assim, a ausência de iodo é
responsável pelo bócio e consequentemente pelo cretinismo. Da mesma forma a
falta de flúor causa crescimento debilitado de dentes e ossos.
39
40
Todos esses patógenos seguem a via oral-fecal, isto é são eliminadas com as fezes
do doente e penetram pela boca da pessoa susceptível que se tornará novo doente
A água é apenas a via de transmissão.
40
41
41
42
Diarréia e vômitos
Calicivirus -
Salmonella
42
43
43
44
44
45
Os indicadores de poluição fecal são grupos de bactérias que pela sua origem e
ecologia demonstram a contaminação por fezes ou esgotos.
Os requisitos básicos que deve reunir um bom indicador estão indicados a
seguir:
Ser um componente normal da flora intestinal de indivíduos sadios;
Estar ausente no meio ambiente e em animais
Estar presente sempre que microrganismos patogênicos intestinais estiverem
presentes;
Apresentar números mais elevados que os patógenos intestinais;
Não se reproduzir fora do intestino
Apresentar taxa de morte igual ou levemente menor que os patógenos intestinais
Ter resistência igual ou maior aos fatores ambientais que os patógenos fecais
Fáceis de detectar e quantificar
Não serem patogênicos.
45
46
8.1 Coliformes
46
47
Aplicação:
o Avaliação da contaminação fecal em águas superficiais, de estuários e marinas.
o Monitoramento de águas recreacionais como piscinas, praias e lagos. É um
indicador fundamental para avaliar as condições de balneabilidade, de acordo
com os padrões nacionais.
o Avaliação da qualidade bacteriológica de águas destinadas à irrigação,
descendentação de animais, criação de ostras e mariscos.
o Avaliação da eficiência dos sistemas de tratamento de ETE’S
o Monitoramento da qualidade de água para consumo humano, da rede de
distribuição, de águas minerais, poços, etc.
Gêneros: Citrobacter,
Escherichia, Enterobacter e
Klebsiella
Citrobacter, Enterobacter e
Klebsiella: coliformes ambientais
47
48
Aplicação:
o As mesmas que para os coliformes
o Confirmação contaminação de origem fecal, quando os resultados de
coliformes são duvidosos;
o Avaliação da qualidade de águas subterrâneas (devido à maior resistência no
solo que os coliformes, tornam-se indicadores confiáveis).
Aplicação:
o Avaliação da qualidade da água de novas fontes de abastecimentos.
o Detecção da contaminação em sedimentos marinos e resíduos industriais.
o Análises da qualidade de águas recicladas e fontes reconhecidamente poluídas.
o Avaliação da qualidade de águas minerais.
48
49
Aplicação:
o Avaliação da qualidade bacteriológica de águas recreacionais, águas industriais
e corpos receptores de esgotos domésticos, hospitalares e industriais.
o Avaliação da qualidade bacteriológica de águas potáveis e minerais.
o Monitoramento da rede de abastecimento, quando esta bactéria é detectada em
testes prévios.
8.7 Colifagos
Aplicação
o Indicadores da qualidade sanitária de águas doces, salobras e salinas.
o Indicadores da provável presença de enterovirus
49
50
Há uma forte ligação entre a falta d’água e altos índice de mortalidade infantil
A água de chuva, ao cair, é quase pura; ao atingir o solo seu poder de dissolver e
carrear substâncias altera suas qualidades.
Dentre o material dissolvido encontram-se as mais variadas substâncias tais
como: substancias calcarias e magnesianas que tornam a água dura; substancias
ferruginosa que dão cor r sabor; partículas finas que dão durbidez; e também
organismos patógenos resultantes das atividades humana. Em conseqüência da sua
grande atividade, a água pura não é encontrada na natureza.
50
51
Água potável é aquela que é própria para o consumo humano, pelas suas qualidades
organolepticas, físicas, químicas e biológicas. Em outras palavras é aquela que não
contem germes patogênicos, nem substâncias químicas alem do limite de tolerância.
Água poluída - é aquela que contem substancias que modificam suas características e a
tornam impróprias para consumo.
51
52
52
53
53
54
54
55
55
56
56
57
COLORAÇÃO DE GRAM
PROCEDIMENTO
METODOLOGIA:
1. Lavar a lâmina com água e sabão e/ou álcool e éter. Secar a lâmina e verificar se
toda gordura foi removida.
2. Colocar uma ou duas gotas do liquido contendo a suspensão na lâmina. Espalhar
sobre uma área de cerca de 1,5 cm de diâmetro.
3. Deixar o esfregaço secar à temperatura ambiente ou em estufa.
4. Passar o esfregaço 3 vezes sobre a chama do bico de Bunsen para fixação do
mesmo.
57
58
OBSERVAÇÕES:
1. Quando o material a ser analisado for viscoso, deve-se proceder à diluição
usando-se uma gota de água destilada.
2. A fixação do esfregaço faz-se necessária para manter o microrganismo
aderido à lâmina.
3. O Lugol é uma substancia mordente empregada com o objetivo de fixar o
corante à célula.
4. O álcool é agente descorante que remove o corante de certas bactérias.
5. Cultivos antigos de algumas bactérias Gram positivas podem perder a
propriedade de reter o Cristal violeta, e, conseqüentemente, poderão se corar
com a safranina.
(a) (B)
Figura 1: Técnica para identificar as bactérias Gram – e Gram+.
58
59
- Vibrão Colérico
- Colibacilo;
- Salmonelas.
59
60
INTRODUÇÃO
MEIOS DESIDRATADOS
A maior parte dos meios de cultura pode ser obtida na forma desidratada e neste
caso alguns aspectos devem ser obtidos:
1. ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO
Anotar em livro próprio a data da recepção dos meios de cultura e ingredientes
empregados na formulação.
Armazená-lo de acordo com as especificações contidas no rotulo, em uma área
de pouca umidade, afastada da luz direta do sol, das autoclaves, estufa de
secagem e qualquer outra fonte de calor.
Quando especificado no rotulo, manter sob refrigeração.
Após o uso assegurar-se de que o frasco esta bem fechado e armazena-lo em
local próprio.
Descartar o meio caso o pó não esteja fluindo facilmente ou se houver alterações
na cor e/ou consistência.
2. PESAGEM
Ao preparar meios e cultura deve-se usar primeiro o estoque mais velho. Não se
deve abrir um novo lote de meio ate que o anterior tenha esgotado.
60
61
3. DISSOLUÇÃO
Usar vidros bem lavados e enxaguados. Não usar água suspeita de conter cloro,
cobre ou detergentes. Usar água deionizada ou destilada.
Antes a aplicar calor dissolver meios desidratados deve-se ler o rotulo. Alguns
meios não devem ser submetidos a temperaturas acima de 55ºC, (Caldo urea, Agar
urea) enquanto que outros meios desidratados devem ser aquecidos a fim de garantir
a completa dissolução e distribuição uniforme dos ingredientes.
O aquecimento deve ser feito sob agitação continua e suave, evitando que o
mesmo se queime no fundo do frasco. A agitação do meio durante o aquecimento
deve ser feita com cautela porque alguns meios, especialmente os que contém Agar,
podem formar espuma e transbordar.
Os meios que contém Agar devem permanecer, em geral durante 5 a 10 minutos
em repouso na água, antes de serem aquecidos, para permitir que as partículas de
Agar se reidratem adequadamente, elevando a solubilidade do Agar resultando em
gel mais uniforme.
O meio preparado deve ser distribuído em frasco ou tubo (permitindo uma
pequena folga da tampa) apropriado e levado para esterilização.
Ao distribuir o meio em recipientes adequados, não devemos colocar mais de 2/3
da capacidade do mesmo.
ESTERILIZAÇÃO
Alguns meios não devem ser esterilizados em autoclave. Em alguns casos, os
meios devem ser esterilizados por filtração, outros são tão seletivos que não
necessitam de calor nem de filtro (Agar Salmonella-shiguella, Agar citrato
desoxicolato, Caldo de tetrationato, Caldo de selenito). A atividade seletiva destes
meios é destruída durante a autoclavação.
O microbiologista dispõe de numerosos filtros de diferentes tipos e poros de
tamanhos variáveis. Os filtros de membrana (Millipore, Belford, Mass) são
61
62
62