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regulamentação
O decreto que instituiu o Estado de Emergência em Alagoas, para dar combate a Covid-
19, doença provocada pelo novo coronavírus, preservou as feiras livres e os mercados
públicos como atividade essencial. Mas a medida vai, inevitavelmente, impactar na
propagação da pandemia nas cidades alagoanas. O argumento de que as feiras e os
mercados estão localizados em ambientes abertos é, a princípio, correto, mas é
preciso conter a aglomeração que já vem sendo criticada em vídeos nas redes sociais,
em cidades do interior.
Feiras tradicionais, como as de Arapiraca, São Miguel dos Campos, Teotênio Vilela,
Mercado Público de Maceió, a feira de animais de Dois Riachos, a maior do sertão
alagoano, podem ser consideradas mega eventos populares. São pontos de
concentração de milhares de pessoas, onde o contato é mantido com proximidade não
recomendada pelos médicos e sem proteção de máscaras. São, por isso, ambientes
favoráveis à propagação do coronavírus.
É urgente que o governador Renan Filho se reúna com a AMA para disciplinar o
funcionamento das feiras e dos mercados públicos. As populações do interior têm nas
feiras e nos mercados públicos o seu ponto de abastecimento. Por esse motivo as
medidas devem ser tomadas ouvindo os prefeitos para se encontrar uma saída segura
e que garanta maior proteção à saúde de todos. Nenhuma medida restritiva será
tomada sem vozes contrárias, mas nesse momento o que é imprescindível é a saúde e
a vida.
Medida necessária