Você está na página 1de 2

Funcionamento de feiras livres e mercados públicos exigem plano de

regulamentação

O decreto que instituiu o Estado de Emergência em Alagoas, para dar combate a Covid-
19, doença provocada pelo novo coronavírus, preservou as feiras livres e os mercados
públicos como atividade essencial. Mas a medida vai, inevitavelmente, impactar na
propagação da pandemia nas cidades alagoanas. O argumento de que as feiras e os
mercados estão localizados em ambientes abertos é, a princípio, correto, mas é
preciso conter a aglomeração que já vem sendo criticada em vídeos nas redes sociais,
em cidades do interior.

Feiras tradicionais, como as de Arapiraca, São Miguel dos Campos, Teotênio Vilela,
Mercado Público de Maceió, a feira de animais de Dois Riachos, a maior do sertão
alagoano, podem ser consideradas mega eventos populares. São pontos de
concentração de milhares de pessoas, onde o contato é mantido com proximidade não
recomendada pelos médicos e sem proteção de máscaras. São, por isso, ambientes
favoráveis à propagação do coronavírus.

É urgente que o governador Renan Filho se reúna com a AMA para disciplinar o
funcionamento das feiras e dos mercados públicos. As populações do interior têm nas
feiras e nos mercados públicos o seu ponto de abastecimento. Por esse motivo as
medidas devem ser tomadas ouvindo os prefeitos para se encontrar uma saída segura
e que garanta maior proteção à saúde de todos. Nenhuma medida restritiva será
tomada sem vozes contrárias, mas nesse momento o que é imprescindível é a saúde e
a vida.

Medida necessária

O Estado de Emergência em Alagoas foi decretado na sexta-feira, dia 20, pelo


governador Renan Filho. Os estabelecimentos comerciais e prédios públicos ficarão
fechados durante 10 dias como estratégia de prevenção ao coronavírus. O isolamento
social da população é o mecanismo para conter a expansão do coronavírus,
principalmente para proteger os idosos, diabéticos, hipertensos, cardiopatas e pessoas
com doenças crônicas, que formam grupos de risco.

O fechamento de lojas e de estabelecimentos comerciais, templos religiosos e igrejas,


museus, cinemas, shoppings, bares, restaurantes e galerias, foram medidas recebidas
como positiva e necessárias pelas lideranças do comércio e do setor de serviços de
Alagoas.

Dirigentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de


Alagoas (Fecomércio-AL), Gilton Lima, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
(ABIH) de Alagoas, André Santos; do Maceió Convention & Visitors Bureau (MC&VB),
Glênio Cedrim; da Associação Comercial de Maceió, Kennedy Calheiros; Costa dos
Corais Convention & Visitors Bureau (CCC & VB), Luiz Cláudio Gonçalves, e da
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), prefeita Pauline Pereira, manifestaram
apoio às medidas preventivas e de enfrentamento ao novo coronavírus.

Você também pode gostar