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Sábado, 9 de janeiro

Quando nosso mundo desmorona

Como o povo voltou aos seus maus caminhos, o Senhor permitiu ainda que fosse oprimido por seus
poderosos inimigos, os filisteus. Por muitos anos os israelitas foram constantemente perseguidos, e por vezes
completamente subjugados, por aquela nação cruel e violenta. Haviam se misturado com esses idólatras, unindo-se
com eles nos prazeres e no culto, até que se tornassem idênticos, com os mesmos interesses e atitudes. Então,
aqueles que se diziam amigos de Israel se tornaram seus piores inimigos e procuraram de todas as formas conseguir
sua destruição.
Assim como Israel, com bastante frequência os cristãos se rendem à influência do mundo e se conformam
com seus princípios e costumes, a fim de obter a amizade dos ímpios. Contudo, no fim se perceberá que esses que se
dizem amigos são os mais perigosos adversários. A Bíblia claramente ensina que não pode haver harmonia entre o
povo de Deus e o mundo. “Irmãos, não se admirem se o mundo odeia vocês” (1Jo 3:13). Nosso Salvador declara:
“Saibam que, antes de odiar vocês, odiou a Mim” (Jo 15:18). Satanás atua por intermédio dos ímpios, sob a capa de
uma suposta amizade, para induzir o povo de Deus ao pecado e poder separá-lo de Cristo. E, quando a defesa dos
cristãos é removida, o diabo leva seus agentes a se voltarem contra o povo de Deus e efetuar sua destruição
(Patriarcas e Profetas, p. 558, 559).
Somos advertidos pelo apóstolo: “O amor seja sem hipocrisia. Odeiem o mal e apeguem-se ao bem. Amem
uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros” (Rm 12:9,10). Paulo
desejava que distinguíssemos entre o amor puro, abnegado, que é induzido pelo espírito de Cristo, e a pretensão
sem sentido e enganosa, que é abundante no mundo. Essa vil falsificação tem desviado muitas pessoas. Pretendia
apagar a distinção entre o certo e o errado, concordando com o transgressor, em vez de fielmente mostrar-lhe seus
erros. Tal procedimento nunca provém da verdadeira amizade. O espírito pelo qual é induzido só habita no coração
carnal. Conquanto o cristão seja sempre bondoso, compassivo e perdoador, não pode sentir-se em harmonia com o
pecado. Aborrecerá o mal e se apegará ao que é bom, mesmo com sacrifício da associação ou amizade com os
ímpios. O espírito de Cristo nos levará a odiar o pecado, ao mesmo tempo que estaremos dispostos a fazer qualquer
sacrifício para salvar o pecador (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 171).
Quão sincera era a amizade do Salvador para com Pedro! Quão compassiva a Sua advertência! Mas essa
advertência não foi bem recebida. Com autossuficiência, Pedro declarou presunçosamente que jamais faria aquilo de
que Cristo o advertira. Disse ele: – “Estou pronto a ir com o Senhor, tanto para a prisão como para a morte” (Lc
22:33). Sua confiança em si mesmo tornou-se sua ruína. Ele induziu Satanás a tentá-lo, e caiu nas artimanhas do
astuto inimigo. Quando Cristo mais necessitava dele, estava do lado do adversário, e negou abertamente a seu
Senhor. […]
Os que compreendem sua debilidade confiam num poder superior ao próprio eu. E, enquanto olham para
Deus, Satanás não tem poder contra eles. Mas os que confiam em si mesmos são derrotados com facilidade.
Lembremo-nos de que, se não atendermos às advertências que Deus nos faz, há uma queda diante de nós. Cristo
não evitará os ferimentos daquele que se coloca espontaneamente no terreno do inimigo. Ele deixa que o
presunçoso, que age como se conhecesse mais do que seu Senhor, prossiga em sua pretensa força. Então vem o
sofrimento e uma vida mutilada, ou talvez a derrota e a morte (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 257)

Domingo, 10 de janeiro

Perigo vindo do norte (Is 7:1-9)

Se Acaz e os principais homens de seu reino tivessem sido leais ao Altíssimo, nenhum temor manifestariam a
respeito de uma aliança tão antinatural como a que se havia formado contra eles. Mas a repetida transgressão os
havia destituído de força. Tomados por um medo enorme dos juízos de um Deus ofendido, “o coração de Acaz e o
coração do seu povo ficaram agitados, como se agitam as árvores do bosque com o vento” (Is 7:2). Nessa crise, a
palavra do Senhor veio a Isaías, ordenando-lhe que fosse ao encontro do rei amedrontado e dissesse:
“Tenha cuidado e fique calmo. Não tenha medo nem fique desanimado […]. Porque a Síria, Efraim e o filho
de Remalias resolveram acabar com você, dizendo: ‘Vamos atacar e amedrontar o reino de Judá. Vamos conquista-lo
para nós e fazer reinar no meio dele o filho de Tabeal.’ Assim diz o Senhor Deus: ‘Isso não tem nenhuma chance de
acontecer’” (v. 4-7). O profeta declarou que o reino de Israel, bem como o da Síria, chegaria logo ao fim. “Se vocês
não crerem”, concluiu, “certamente não permanecerão” (v. 9). […]
Como teria sido bom para o reino de Judá se Acaz tivesse recebido essa mensagem como vinda do Céu! No
entanto, escolhendo apoiar-se no poder humano, buscou ajuda de pagãos. Em desespero, ele enviou uma
mensagem a Tiglate-Pileser, rei da Assíria: “Eu sou seu servo e seu filho. Venha me livrar do poder do rei da Síria e do
poder do rei de Israel, que se levantam contra mim” (2Rs 16:7). O pedido foi acompanhado de um valioso presente
tirado do tesouro do rei e das reservas do templo.
O auxílio pedido foi enviado, e o rei Acaz recebeu um alívio temporário, mas Judá pagou um alto preço por
isso (Profetas e Reis, p. 328, 329).
No verão, ao olharmos para as árvores de distante floresta, todas vestidas de um lindo manto verde, não
podemos distinguir as árvores sempre verdes das outras. Mas, quando se aproxima o inverno e o gelo as envolve,
despojando as outras árvores de sua bela folhagem, as sempre verdes são prontamente discernidas. Assim será com
todos os que andam em humildade, desconfiados de si mesmos, mas apegados, trementes, à mão de Cristo.
Enquanto aqueles que confiam em si mesmos e se fiam da perfeição de seu próprio caráter perdem seu falso manto
de justiça quando submetidos às tempestades da prova, os verdadeiramente justos, que sinceramente amam e
temem a Deus, cobrem-se do manto da justiça de Cristo tanto na prosperidade como na adversidade (Santificação,
p. 11).
Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar não nos vêm num instante. Essas
graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os
filhos de Deus […] [selam] seu destino (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 213).

Segunda, 11 de janeiro

Tentativa de interceptação (Is 7:3-9)

Há uma ciência do cristianismo a ser dominada – ciência tão mais profunda, vasta e alta que qualquer ciência
humana, como os céus são mais elevados do que a terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois
nos cumpre fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com nossa inclinação inata. As
tendências hereditárias e cultivadas para o mal devem ser vencidas. Muitas vezes, a educação e as práticas de toda
uma existência devem ser rejeitadas para que a pessoa se possa tornar um aprendiz na escola de Cristo. Nosso
coração deve ser educado em se firmar em Deus. Cumpre-nos formar hábitos de pensamento que nos habilitem a
resistir à tentação. Devemos aprender a olhar para cima. Os princípios da Palavra de Deus – princípios tão elevados
como o céu e que abrangem a eternidade – cumpre-nos compreendê-los em sua relação para com nossa vida diária.
Cada ato, cada palavra, cada pensamento deve estar de acordo com esses princípios. Tudo deve ser posto em
harmonia com Cristo, e a Ele sujeito (A Ciência do Bom Viver, p. 453, 454).
Toda verdadeira obediência vem do coração. E do coração procedia também a obediência de Cristo. E, se
permitirmos, Ele Se identificará de tal forma com nossos pensamentos e propósitos, moldará de tal maneira nosso
coração e mente em conformidade com Sua vontade, que, quando Lhe obedecermos, estaremos apenas seguindo
nossos próprios impulsos. A vontade, renovada e santificada, encontrará seu maior prazer em fazer Seu serviço.
Quando conhecermos a Deus como temos o privilégio de conhecê-Lo, nossa vida será de contínua obediência. Por
meio do reconhecimento do caráter de Cristo, mediante a comunhão com Deus, o pecado se tornará abominável
para nós (O Desejado de Todas as Nações, p. 668).
Aqueles que estão tentando tranquilizar a consciência culpada com a ideia de que podem mudar sua má
conduta quando quiserem, de que não precisam dar tanta importância aos convites da misericórdia e, mesmo assim,
ser continuamente impressionados, estão trilhando um caminho perigoso. Colocam-se completamente ao lado do
grande rebelde e depois acham que, no momento de maior dificuldade, quando o perigo os cercar, conseguirão
tranquilamente trocar de líder. Isso não é tão fácil assim. A experiência, a educação e a prática de uma vida de
satisfação pecaminosa moldaram o caráter de maneira tão completa que não conseguem mais ter a imagem de
Jesus. Depois que durante muito tempo a luz foi rejeitada e desprezada, ela é enfim retirada (Patriarcas e Profetas,
p. 269).
Deus gostaria que Seus servos se familiarizassem com seu próprio coração. A fim de levá-los ao verdadeiro
conhecimento de sua condição, Ele permite que o fogo da aflição os atinja, para que sejam purificados. As provações
da vida são obreiras de Deus. […] O fogo não nos consumirá, mas somente removerá a escória, e sairemos sete vezes
purificados, tendo a semelhança do Divino (Minha Consagração Hoje [MM 1953, 1989], p. 92).
Terça, 12 de janeiro

Outra oportunidade (Is 7:10-13)

Dirijamo-nos à Palavra de Deus em busca de guia. Procuremos um “Assim diz o Senhor”. Temos tido bastante
de métodos humanos. A mente educada apenas na ciência mundana deixará de compreender as coisas de Deus;
mas a mesma mente, convertida e santificada, verá o poder divino na Palavra. Unicamente a mente e o coração
purificados pela santificação do Espírito podem discernir as coisas celestiais.
Irmãos, em nome do Senhor eu lhes peço que despertem para seu dever. Submetam o coração ao poder do
Espírito Santo, e ele se tornará suscetível aos ensinos da Palavra. Então vocês estarão aptos a discernir as coisas
profundas de Deus.
Possa o Senhor levar Seu povo a sentir a profunda operação de Seu Espírito! Que Ele o desperte para ver o
perigo e preparar-se para o que está a sobrevir à Terra! (Obreiros Evangélicos, p. 310).
“O ser humano vê o exterior, porém o Senhor vê o coração” – o coração humano, com suas emoções de
alegria e tristeza sempre conflitantes; o coração volúvel e sem rumo, onde reside tanta impureza e tantos enganos
(1Sm 16:7). Ele conhece suas razões, intenções e propósitos. Vá até Ele com seu coração manchado, do jeito que se
encontra agora. Como o salmista, abra os compartimentos do coração para o olho que tudo vê, e diga: “Sonda-me, ó
Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e
guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23,24). […]
Ao ver a gravidade do pecado, ao perceber como você realmente é, não fique desesperado. Foi para salvar
os pecadores que Cristo veio. Não temos que reconciliar Deus conosco, mas – que amor maravilhoso! – Deus, em
Cristo, está “reconciliando Consigo o mundo” (2Co 5:19). Através do Seu terno amor, Ele está procurando conquistar
o coração dos Seus filhos desviados. Nenhum pai deste mundo é tão paciente com as falhas e os erros dos seus filhos
como Deus é com aqueles a quem Ele quer salvar. Ninguém insiste tão amorosamente com o transgressor. Lábios
humanos jamais pronunciaram palavras tão carinhosas com o perdido como Ele pronunciou. Todas as Suas
promessas e admoestações são manifestações de um amor indescritível (Caminho a Cristo, p. 33, 34).
Somos naturalmente egocêntricos e opiniosos. Mas, ao aprendermos as lições que Cristo nos deseja ensinar,
tornamo-nos participantes de Sua natureza. Daí em diante, vivemos a Sua vida. O maravilhoso exemplo de Cristo, a
incomparável ternura com que compreendia os sentimentos dos outros, chorando com os que choravam e Se
regozijando com os que se regozijavam, deve exercer profunda influência sobre o caráter de todos quantos O
seguem em sinceridade. Mediante palavras e atos bondosos, procurarão facilitar o trilho aos pés cansados. […]
Todos quantos nos cercam são pessoas aflitas. Aqui e ali, por toda parte, podemos encontrá-las. Procuremos
esses sofredores e demos-lhes uma palavra a seu tempo para lhes confortar o coração. Sejamos sempre condutos
por onde fluam as refrigerantes águas da compaixão (A Ciência do Bom Viver, p. 157, 158).

Quarta, 13 de janeiro
O sinal de um filho (Is 7:14)
O objetivo de Satanás era causar uma eterna separação entre a humanidade e Deus. Entretanto, em Cristo
ficamos em união mais íntima com Ele do que se nunca tivéssemos pecado. Ao assumir nossa natureza, o Salvador
Se ligou à humanidade por um laço que jamais se romperá. Ele estará ligado a nós por toda a eternidade. “Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito” (Jo 3:16). Não O deu somente para levar os nossos
pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à humanidade decaída. Para assegurar Seu imutável conselho de paz,
Deus deu Seu Filho unigênito para que Se tornasse membro da família humana, mantendo para sempre Sua natureza
humana. Essa é a garantia de que Deus cumprirá Sua palavra. “Um Menino nos nasceu, um Filho Se nos deu. O
governo está sobre os Seus ombros” (Is 9:6). […] Em Cristo, estão ligadas a família da Terra e a do Céu. Cristo
glorificado é nosso Irmão. O Céu está abrigado na humanidade, e ela, envolvida no coração do Amor infinito (O
Desejado de Todas as Nações, p. 25, 26).
“Emanuel, […] ‘Deus conosco’”, isto significa tudo para nós (Mt 1:23). Que ampla base é lançada para nossa
fé! Que esperança sublime, com imortalidade, é apresentada diante do que crê! Deus conosco em Cristo Jesus, para
nos acompanhar cada passo na jornada para o Céu! O Espírito Santo conosco, como Consolador, um Guia em nossas
perplexidades, para amenizar nossos sofrimentos e nos amparar na tentação. “Ó profundidade da riqueza, tanto da
sabedoria, como da ciência de Deus!” (Rm 11:33). […]
Desde que Cristo veio habitar entre nós, sabemos que Deus está relacionado com as nossas provações e Se
compadece de nossas dores. Todo filho e filha de Adão pode compreender que nosso Criador é o Amigo dos
pecadores […] (Minha Consagração Hoje [MM 1953, 1989], p. 290).
Quanto mais pensamos sobre o ato de Cristo tornar-Se bebê aqui na Terra, tanto mais admirável isso parece
ser. Como pode suceder que a indefesa criancinha na manjedoura de Belém ainda era o divino Filho de Deus? […]
(Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 128).
Ao contemplar a encarnação de Cristo em humanidade, ficamos desconcertados diante de um mistério
insondável, que a mente humana não pode compreender. Quanto mais refletimos sobre ela, mais maravilhosa ela se
afigura. Quão amplo é o contraste entre a divindade de Cristo e a criança indefesa na manjedoura de Belém! Como
podemos medir a distância entre o poderoso Deus e uma criança desamparada? E, apesar disso, o Criador dos
mundos, Aquele em Quem habitava corporalmente a plenitude da divindade, foi manifesto na indefesa Criança da
manjedoura. Muito maior do que qualquer dos anjos, igual ao Pai em dignidade e glória, e ainda vestindo a
roupagem da humanidade! A divindade e a humanidade misteriosamente combinaram-se, o homem e Deus se
tornaram um. É nessa união que encontramos a esperança para nossa humanidade caída (Questões Sobre Doutrina,
p. 435).

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