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Modulo 1
Modulo 1
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Módulo 1
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de carbono extra-baixo com 0,015% < %C < 0,05% e aços de ultrabaixo carbono
com %C < 0,015 %. Os aços carbono são também definidos como contendo me-
nos que 1,65% Mn, 0,6 %Si e 0,6% Cu, com o teor total dos outros elementos não
excedendo 2%.
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Módulo 1
Os aços de baixa-liga contêm elementos de liga (Cr, Ni, Mn, V, Mo, etc.) em
teores totais menores que 8%. Aços com teores totais de elementos de liga maiores
que esse são considerados aços de alta liga. Cerca de 20 elementos de liga, além do
carbono, são utilizados na composição química dos aços com o intuito de melhorar
suas propriedades. São eles: manganês, silício, alumínio, níquel, cromo, cobalto, molib-
dênio, vanádio, tungstênio, nióbio, titânio, chumbo e outros. Muitos desses elementos
são adicionados simultaneamente para alcançar propriedades específicas.
Tipos de
aço e sua classificação
Os vários tipos de aço utilizados na indústria da construção mecânica podem ser
classificados de acordo com o sistema de codificação SAE/AISI que usa em geral quatro
algarismos na forma ABXX onde A e B são números que identificam os principais ele-
mentos de liga presentes no aço e seus teores, dados em porcentagem em peso. Já os
algarismos XX indicam a porcentagem em peso de carbono do aço multiplicado por 100.
Assim um aço 1045 é um aço carbono (10XX) contendo 0,45% em peso de carbono em
sua composição química. Os aços carbono de médio carbono são utilizados na fabricação
de eixos, engrenagens, girabrequins e forjados em geral. Aços de alto teor de carbono
(p.e. 1070) são utilizados na fabricação de molas e arames de alta resistência.
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Um aço 5160 é um aço ao cromo contendo de 0,8 a 1,05% Cr e 0,6 % de carbo-
no. Aços ao cromo da série 51XX são utilizados na fabricação de molas, barras de torção,
parafusos, prisioneiros e necessitam tratamento térmico para alcançar os níveis de resis-
tência desejados.
A tabela abaixo mostra o sistema de codificação SAE/AISI para os aços de cons-
trução mecânica. Algumas vezes aparece a letra B entre os dois primeiros números e os
dois últimos o que indica que o aço tem um teor de boro de no mínimo 0,0005% em
peso (o boro, quando presente no aço em teores muito baixos, facilita a têmpera do aço,
aumentando sua resistência).
Quando o teor de carbono excede 1% o sistema admite a utilização de cinco
algarismos; por exemplo, o aço comercialmente denominado aço prata tem codificação
52100 o que corresponde a 1,5% Cr e 1% de carbono. O aço prata se destina à fabricação
de anéis, esferas e roletes de rolamentos, pois apresenta dureza muito elevada e quando
corretamente tratado apresenta elevada resistência à fadiga de contacto.
Elementos Fator
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Fabricação do aço
Ferro e aço na antiguidade
A produção de ferro teve início
na Anatólia cerca de 2000 AC tendo
sido a idade do ferro plenamente
estabelecida por volta de 100AC.
Nessa época a tecnologia de fabri-
cação de ferro se espalhou pelo
mundo; cerca de 500 AC chegou às
fronteiras orientais da Europa e por
volta de 400 AC chegou à China. Os
minérios de ferro eram facilmente encontrados e a outra matéria prima importante para a
fabricação do aço, o carvão era bastante disponível. O ferro era produzido em pequenos fornos
poço na forma de torrões ou pedaços sólidos, denominado tarugos. Esses eram em seguida
forjados a quente na forma de barras de ferro trabalhado, possuindo maleabilidade, contendo,
entretanto pedaços de escória e carvão.
O teor de carbono destes primeiros aços variava de 0,07% até 0,8% sendo so-
mente este último considerado, de fato, um aço. Quando o teor de carbono do aço
supera 0,3%, o material se torna muito duro e frágil caso seja temperado (resfriado brus-
camente em água) de uma temperatura acima de 850° a 900°C. A fragilidade pode ser
evitada ou minimizada por reaquecimento do aço a uma temperatura entre 350ºC e
500ºC, tratamento térmico denominado revenido.
Esse tipo de tratamento térmico era conhecido dos egípcios por volta de 900 AC
e constituía a base de uma indústria siderúrgica que produzia um material ideal para
fabricação de espadas e facas.
Os chineses produziam aços tratados termicamente por volta de 200 AC e os
japoneses aprenderam a arte da produção de artefatos em metal dos chineses, embora
a indústria japonesa de aço somente tenha aparecido em épocas muito posteriores.
Os romanos não introduziram grandes inovações técnicas no processo, embora tenham
ajudado a espalhar o conhecimento da tecnologia de fabricação de aços, aumentando
muito a produção de ferro trabalhado no mundo romano.
Com o declínio do Império Romano, a produção de aço ou ferro trabalhado se estabilizou
na Europa até que, no começo do século XV, começou-se a utilizar quedas d’água para insuflar ar
nos fornos de fusão. Em conseqüência a temperatura no interior dos fornos passou a ser maior
que 1200 ºC, de forma que, ao invés de se formarem torrões sólidos de ferro, obtinha-se por go-
tejamento, um líquido rico em carbono: o ferro fundido. Para se obter ferro trabalhado e reduzir o
teor de carbono deste ferro fundido, o mesmo era solidificado e em seguida fundido em atmosfe-
ra oxidante, utilizando carvão como combustível. Esse processo retirava o carbono do ferro dando
origem a um tarugo semi-sólido que após resfriamento era martelado até chegar na forma final.
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O alto forno
No início do século 18 começou-se a utilizar coque em lugar do carvão como
combustível para o alto-forno e o ferro fundido foi se tornando mais barato e de uso
mais generalizado. A Revolução Industrial aumentou muito a demanda por ferro tra-
balhado, que era o único material disponível para suportar cargas e esforços de tração.
Um dos maiores problemas é que a produção era feita em pequenos lotes. No final do
século 18 este problema foi resolvido com a utilização dos primeiros alto-fornos.
O alto-forno é basicamente um trocador de calor e de oxigênio em con-
tracorrente no qual a corrente ascendente de gases de combustão perde a maior
parte do calor, durante sua trajetória, sain-
do pela parte superior na forma de fumos a
temperaturas de aproximadamente 200 ºC.
Os óxidos de ferro, por sua vez, descem em
contracorrente sendo totalmente converti-
dos para ferro metálico.
O princípio geral de funcionamento do
alto forno é que a carga fria (mistura de mi-
nério de ferro e coque) entra por cima e é co-
locada no topo do empilhamento. À medida
que a carga desce, é aquecida pela corrente
de ar (pré-aquecido em temperaturas entre
900 ºC e 1350 ºC), enriquecido às vezes, com
cerca de 25 % de oxigênio. Próximo à saída
inferior do alto forno, na região mais quente,
ocorre fusão do ferro e gotejamento de gusa
líquido, na saída do forno. Dois subprodutos
são formados: escória e gás. A escória e o
gusa acumulam no cadinho
e se separam por diferença
de densidade, a escória so-
brenadando o banho de gusa
líquido.
O gás que sai pelo topo do
forno é composto de mo-
nóxido de carbono (CO), di-
óxido de carbono (CO2) e
principalmente nitrogênio
(N2) e após mistura com gás
de coqueria é utilizado para
pré-aquecer o ar insuflado
no alto-forno.
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Reação químicas
O coque queima na presença de oxigênio (contido no ar insuflado) segundo uma
reação de combustão que ocorre próximo da base do alto forno, bem em frente aos so-
pradores.
2C + O2 2CO + calor
O calor gerado pela reação é levado para cima, pelos gases ascendentes e
transferido para a carga fria. O CO reage com o óxido de ferro da carga, produzindo
ferro metálico e CO2:
Fe2O3 + 3CO 2Fe + 3CO2
Como a temperatura no interior do forno atinge 1.500ºC, o metal produzido
está no estado fundido e desce até a base do forno onde é coletado o gusa.
Nem todo o oxigênio é removido através da reação com o CO e algum oxigênio
reage diretamente com o carbono em temperaturas mais altas, na parte mais baixa do
forno, acima das ventaneiras, segundo a reação:
FeO + C Fe + CO
Refino do gusa
Matérias primas
As principais matérias primas fonte de ferro, para fabricação do aço, são o
gusa líquido, sucata de aço e ferro obtido por redução. O gusa líquido contém entre
3,8 e 4,5 %C, 0,4 a 1,2 % Si, 0,6 a 1,2% Mn, até 0,2% P e até 0,04% S. A temperatura
do gusa situa-se entre 1400ºC e 1500ºC. O teor de fósforo depende do minério uti-
lizado já que o fósforo não é removido no alto-forno. Já o enxofre é incorporado ao
aço a partir do coque metalúrgico utilizado no processo de redução. O ferro obtido
por redução direta do minério no estado sólido contém cerca de 3 % de óxido de fer-
ro e 4% de outras impurezas, na forma de óxidos e sulfetos. Geralmente é fornecido
na forma de briquetes e carregado no alto forno juntamente com a sucata. A sucata
é constituída por ferro metálico contendo impurezas como cobre, estanho, cromo,
etc, dependendo de sua origem.
Existem dois processos principais de fabricação de aço – em conversor a
oxigênio ou em forno elétrico. Ambos estão indicados no fluxograma de operações
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Processo de Refino
2C + O2 2CO
Si + O2 SiO2
2Mn + O2 2MnO
2P + 5/2 O2 P2O5
Entretanto, não há como evitar a perda por oxidação de ferro, simultânea a essas reações:
2Fe + O2 2FeO
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Os produtos das reações acima (SiO2, MnO, P2O5 e FeO) junto com a cal (CaO) adi-
cionada como fluxante formam a escória.
A presença da cal é importante para a desfosforação do aço, pois o fósforo
vindo do minério de ferro e do calcáreo pode ser removido por reação com a cal:
% C x % O2 = 0,0025
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Forno elétrico
As reações que controlam o processo de refino dos
aços em forno elétrico são as mesmas indicadas ante-
riormente para o conversor a oxigênio. Utiliza-se o arco
elétrico de elevada corrente para fundir a escória e obter
aço líquido. O forno elétrico permite um controle mais
acurado da temperatura do banho, quando comparado
com o processo de sopro de oxigênio (onde o aqueci-
mento ocorre devido à liberação de calor das reações de
oxidação). Isso permite adicionar teores mais elevados de
elementos de liga. Entretanto o forno elétrico não é tão
oxidante e a mistura escória-banho não ocorre tão inten-
samente. Em conseqüência o teor de carbono é sempre
maior que 0,05%. Os aços fabricados em forno elétrico
têm, geralmente teores mais elevados de nitrogênio, de
40 a 120 ppm. O nitrogênio, elemento que fragiliza o aço,
é absorvido da atmosfera em contato com a superfície
do banho metálico, na zona de abertura do arco elétrico.
Sua eliminação pode ser conseguida com operações adi-
cionais de injeção de CO ou argônio, ou através da apli-
cação de vácuo nas operações de refino secundário.
A maior parte da carga dos fornos elétricos é constituída de sucata de aço.
Dependendo da conjuntura de mercado utiliza-se de 18 a 25% de gusa sólido no
volume da carga fria. A qualidade da sucata tem influência direta na qualidade do
aço produzido. Para se obter aços de alta ductilidade deve-se trabalhar com sucata
de composição química controlada contendo teores totais máximos de residuais
(cobre, estanho, cromo, níquel e molibdênio) da ordem de 0,2%.
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Metalúrgica Secundária do ferro
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Ligotamento
Lingotamento convencional
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Lingotamento contínuo
Cerca de 80% da produção mundial de aço é obtida através de lingotamen-
to contínuo. O lingotamento contínuo consiste no vazamento do aço líquido em
um pequeno molde vertical de cobre refrigerado e na extração simultânea da cas-
ca solidificada que contém aço líquido em seu interior. Os tarugos, barras e placas
assim obtidos são, após operação de corte e re-enfornamento, laminados.
O molde, onde ocorre a solidificação do aço, é feito de cobre - metal de
alta condutividade térmica – refrigerado com água e oscila verticalmente para
evitar adesão da casca solidificada ao molde. O tarugo é suportado por vários
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Conformação do aço
Os processos de conformação transformam o aço solidificado em produtos
para construção mecânica. A conformação plástica tem por objetivo, não somente
obter uma forma geométrica especifica, mas também, condicionar melhores pro-
priedades mecânicas: a estrutura bruta de fusão dos aços apresenta propriedades
mecânicas geralmente inadequadas para a maior parte das aplicações. Durante a
conformação plástica os cristais grandes e direcionados, presentes na estrutura
do aço fundido são quebrados e transformados em milhares de pequenos cristais,
fazendo com que o fundido, geralmente frágil, passe a ser dúctil e tenaz. Para con-
seguir isso é necessário reduzir a seção transversal do fundido para menos de 1/6
da seção original.
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A redução de seção transversal pode ser calculada subtraindo a seção
transversal de saída S2 da seção transversal de entrada S1 e dividindo o resultado
pela seção de entrada S1:
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Módulo 1
Os componentes básicos de um
laminador estão mostrados na figura
ao lado. Consiste de uma estrutura pe-
sada denominada gaiola na qual estão
montados os cilindros laminadores. A
distância entre os cilindros de lamina-
ção (luz) é regulada por meio de um
parafuso que movimenta os cilindros
verticalmente, possibilitando variar o
grau de redução. Existem também uni-
dades de laminação compactas (C) que
não possuem gaiolas, freqüentemente
utilizadas em laminadores “tandem”. Têm a vantagem de permitir troca rápida de
cilindros para reparos ou devido à mudança de programação de laminação.
Os cilindros são movimentados por um ou mais motores elétricos acopla-
dos a redutores e engrenagens. Dependendo do produto laminado existem cadei-
ras de laminação com dois, três, quatro e mais cilindros chamados de cadeira de
dois, de três, de quatro cilindros e cadeira planetária.
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A obtenção de diferentes perfis em operações de laminação pode ser con-
seguida através da combinação de laminadores horizontais e verticais obtendo-se
perfis quadrados e redondos, como mostra as figuras acima.
Os fluxogramas que seguem mostram o fluxo de fabricação de chapas, tu-
bos, barras e perfis a partir de blocos, tarugos e placas e o detalhamento, corres-
pondente ao ciclo de produção específico para obtenção de barras, a partir de
tarugos lingotados continuamente, em aciaria de forno elétrico.
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Propriedades
Mecânicas
e ensaios
O desempenho em serviço dos aços depende de suas pro-
priedades mecânicas. Cada aço, em função da sua composi-
ção química e da forma como foi processado, possui proprie-
dades mecânicas características. O conjunto de propriedades
mecânicas de um aço irá definir como esse material irá se
comportar sob as solicitações mecânicas especificadas em
projeto para aquele componente.
As propriedades mecânicas dos aços dependem de sua mi-
croestrutura, que é condicionada pela composição química e pela seqüência de
tratamentos termomecânicos e tratamentos térmicos utilizados. Essa interdepen-
dência entre Processamento, Estrutura, Propriedades e Desempenho do Produto
pode ser representada por um tetraedro que mostra estas ligações.
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As propriedades mecânicas dos aços podem ser avaliadas por meio
de diferentes ensaios: tração, compressão, dureza, ensaio de impacto, etc.
De todos os ensaios usados para avaliar as propriedades mecânicas
dos aços, o mais útil é o ensaio de tração simples, em que um corpo-de-
prova é tracionado até a fratura em um intervalo de tempo pequeno. Nesse
ensaio a amostra é alongada sob tração uniaxial a uma velocidade constan-
te. A carga necessária para alongar o corpo-de-prova é registrada em função
do tempo e do alongamento, obtendo-se, desta forma, uma curva carga-
alongamento, característica do material ensaiado.
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=
P
A
onde F é a força e Ao é a sua área inicial.
A deformação é definida por:
=
li - lo = l
lo lo
onde l0 é o comprimento inicial e li o comprimento em um determinado instante do
ensaio, sendo l a diferença entre o comprimento final e comprimento inicial.
Inicialmente o material se deforma elasticamente. Se a carga aplicada ao corpo de
prova for retirada, o mesmo volta ao seu comprimento original.
O carregamento do corpo-de-
prova e o descarregamento seguem a
lei de Hook, em que a tensão aumenta
linearmente com a defromação. O co-
eficiente E é chamado de módulo de
elasticidade.
= E
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Quando a carga ultrapassa um certo valor o aço começa a se de-
formar plasticamente, o que significa que, mesmo após descarregamen-
to, fica com uma deformação residual denominada deformação plástica.
A curva tensão-deformação obtida, pode ter as características apresenta-
das na figura abaixo. Na curva são definidos Limite de Escoamento, Limite
de Resistência, alongamento uniforme e alongamento total.
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Como exemplo, podemos determinar a partir da curva abaixo os valores de LE, LR,
alongamento uniforme e alongamento total, onde LE = 30000 psi = 210 MPa, LR =
60000 psi = 420MPa, EU = 14%, ET = 22%.
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Tenacidade
Pode-se comparar o comportamento de dois materiais, um dútil e o outro
frágil avaliando a área debaixo da curva tensão-deformação correspondente à ener-
gia absorvida até a fratura do material. Esta energia é definida como tenacidade à
fratura. Pode-se observar, na Figura, que a energia absorvida no ensaio do material
frágil é muito menor que a energia absorvida no ensaio do material dútil. Diz-se,
nesse caso, que o material A é mais tenaz.
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Os aços apresentam uma forte variação de tenacidade com a
temperatura tornando-se frágeis em temperaturas sub-zero.
Aumentando o teor de carbono do aço aumenta a tempera-
tura de transição: para um aço com 0,01% de carbono essa
temperatura é de -70ºC, para um aço com 0,43% de C a tem-
peratura sobe para 0º C e para um aço com 0,63% de C a
temperatura de transição chega a 90 ºC.
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Dureza
De todos os ensaios mecânicos de materiais o
ensaio de dureza é o mais simples de ser realizado.
Consiste na aplicação de uma carga conhecida atra-
vés de um penetrador de geometria conhecida e na
medição da profundidade de penetração. Existem
máquinas que fornecem a dureza diretamente no
mostrador. Nas máquinas em que a leitura não é
feita diretamente no mostrador é necessário fazer
a impressão e medir através de uma lupa ou um mi-
croscópio o diâmetro de impressão, para calcular a
profundidade de penetração.
Há várias escalas de dureza que utilizam geo-
metrias de penetradores diferentes e cargas aplica-
das diferentes. O quadro a seguir mostra as diferen-
tes escalas de dureza usualmente utilizadas.
Ensaio de dureza
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Embora a dureza, ao contrário do limite de escoamento e da tenacidade à
fratura, não seja um parâmetro característico do material (depende da máquina,
da carga, do tipo de penetrador, etc…) o ensaio de dureza tem grande importância
tecnológica, principalmente no controle de qualidade de rotina.
Existem relações empíricas entre a dureza, medida na escala Brinell e o Limi-
te de Resistência do aço expresso em MPa, de acordo com a fórmula abaixo:
LR (MPa) = 3,45 x HB
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Fadiga
Os componentes mecânicos de máquinas e equipamentos, veículos e gran-
des estruturas, trabalham sob cargas dinâmicas, que variam ao longo do tempo,
podendo trabalhar em regime de variação de carga do tipo tração-tração, tração-
compressão, flexão-rotativa, etc. Geralmente estes componentes se rompem sob
a atuação de cargas bem menores que o Limite de Escoamento e tanto menores
quanto maior for o número de ciclos a que o material foi submetido.
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Os aços, como outras ligas metálicas, apresentam curvas tensão para rup-
tura em fadiga X número de ciclos decrescentes, sendo que a partir de um certo
número (entre 106 e 107) a curva se estabiliza em torno de um valor denomina-
do Limite de Fadiga. Isso quer dizer que quando o corpo-de-prova é submetido a
tensões menores que o limite de fadiga o corpo-de-prova nunca rompe. Esse valor
é freqüentemente utilizado como parâmetro no projeto mecânico de máquinas
e equipamentos. Já os metais e ligas não ferrosos como por exemplo, o alumínio
2014-T6, não apresentam estabilização nítida da curva Tensão X nº de ciclos e a
prática comum é adotar o valor de tensão para ruptura correspondente a 107 ci-
clos como limite de fadiga desse grupo de materiais.
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Biografia
do autor
Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin
Atividades didáticas:
Cursos ministrados - Metalografia e Tratamentos Térmicos, Aços ferramentas, Aços
e ferros fundidos resistentes ao desgaste, Metalurgia Física, Ciência dos Materiais.
Publicações:
Livro publicado - Metalografia dos Aços - Associação Brasileira de Metalurgia e
Materiais, ABM.
Autor de mais de cento e cinquenta trabalhos técnicos e científicos publicados em
revistas e anais de congressos nacionais e internacionais.
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