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Físico-Química
C. Produto
Físico-Química 9 9
Físico-Química
Componentes do projeto:
Manual do aluno Isabel Pires e Sandra Ribeiro
9
Caderno de atividades e avaliação contínua Consultores científicos: Adriano Sampaio e Sousa,
Livromédia Clara Magalhães e Rui Jorge Agostinho
o
Conforme o novo
Acordo Ortográfico
da língua portuguesa
1
Movimentos de um corpo
1.1 p. 8
Gráficos posição-tempo
1.2 p. 13
Rapidez média
1.3 p. 17
Velocidade e movimentos
1.4 p. 19
Aceleração média
1.5 p. 23
Movimento retilíneo uniformemente variado
1.6 p. 26
Distância de segurança
1.7 p. 33
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 38
2
Forças
2.1 p. 44
Lei da Ação-Reação
2.2 p. 47
Resultante de um sistema de forças
2.3 p. 50
Lei Fundamental da Dinâmica
2.4 p. 53
Lei da Inércia
2.5 p. 57
Força de colisão
2.6 p. 60
Pressão
2.7 p. 63
Segurança num automóvel
2.8 p. 66
Forças de atrito
2.9 p. 70
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 74
3
Tipos fundamentais de energia
3.1 p. 80
Energia potencial gravítica
3.2 p. 84
Energia cinética
3.3 p. 86
Transformações de energia:
3.4
energia potencial gravítica energia cinética p. 88
Trabalho e uma força
3.5 p. 93
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 96
4
Impulsão
4.1 p. 100
Lei de Arquimedes
4.2 p. 103
Flutuação
4.3 p. 105
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 108
5
5.1 A eletricidade p. 118
5.2 Circuitos elétricos p. 121
5.3 Tensão ou diferença de potencial p. 125
5.4 Corrente elétrica p. 130
5.5 Resistência elétrica p. 133
5.6 Lei de Ohm p. 136
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 138
6
6.1 Efeitos da corrente elétrica p. 144
6.2 Potência e energia em recetores elétricos p. 147
6.3 Eletricidade e segurança p. 150
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 154
7
7.1 Evolução dos modelos atómicos: de Demócrito a Bohr p. 162
7.2 Modelo da nuvem eletrónica p. 165
7.3 Isótopos p. 168
7.4 Massa atómica relativa p. 171
7.5 Distribuição eletrónica e iões p. 174
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 178
8
8.1 Evolução da Tabela Periódica p. 184
8.2 Estrutura e organização da Tabela Periódica p. 188
8.3 Metais e não metais p. 193
Propriedades químicas e estrutura atómica dos metais alcalinos
8.4 p. 196
Propriedades químicas e estrutura atómica dos metais alcalinoterrosos
8.5 p. 199
Propriedades químicas e estrutura atómica dos halogéneos
8.6
e dos gases nobres p. 202
8.7 Elementos químicos no corpo humano p. 205
Tabela Periódica: elementos que existem naturalmente na Terra
8.8
versus elementos produzidos artificialmente p. 206
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 208
9
9.1 Ligação covalente p. 212
9.2 Ligação iónica e ligação metálica p. 217
9.3 Tipos de substâncias p. 220
9.4 Compostos de carbono e os seres vivos p. 224
Hidrocarbonetos
9.5 p. 228
AVALIAÇÃO FORMATIVA p. 232
Glossário p. 238
Abertura de unidade
Texto e imagem relacionados com o tema
abordado na unidade.
As tuas metas…
aqui são apresentados os objetivos a atingir.
Os conceitos-chave estão
destacados para facilitar o estudo.
Páginas
de conteúdos
Texto expositivo, claro,
acessível e rigoroso.
Os termos e ideias
principais estão
destacados a negrito.
As imagens e os
esquemas são auxiliares
para a compreensão
dos conteúdos.
Avaliação
formativa
No fim da unidade,
são apresentados um
esquema para comple-
tares e relacionares os
conteúdos abordados
na unidade e ativida-
des para avaliares os
teus conhecimentos.
Atividades
de integração
Para relacionares os conteú-
dos dos blocos, são propos-
tas atividades de integração,
que te permitirão consolidar
os conhecimentos.
MOVIMENTOS NA TERRA
A velocidade
nas nossas vida s
U
nto altera a sua
m corpo em movime
posição em relação a um referencial.
O tempo que o corpo demora a ir de
dez a que
uma posição para outra determina a rapi
se desloca.
procu-
Ao longo dos tempos, o Homem tem
o núm ero de siste mas
rado desenvolver um vast -
-se cada vez mai s rapi
que lhe permitam deslocar
damente.
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. O
comboio está parado ou em movimento?
Por que razão?
Interpretar
3. Porque se afirma que os transportes estão
cada vez mais rápidos?
Refletir
5. O que significa afirmar que um corpo está
a acelerar?
AS TUAS METAS
• Definir posição de um corpo e concluir que esta • Classificar movimentos retilíneos no sentido
depende de um referencial. positivo em uniformes, acelerados ou retardados
• Distinguir movimento e repouso e concluir e interpretar gráficos velocidade-tempo.
que são conceitos relativos. • Definir aceleração média, determinar valores
• Definir trajetória de um corpo e classificá-la da aceleração média e caracterizá-la por um
em retilínea ou curvilínea. vetor, para movimentos retilíneos sem inversão
• Definir distância percorrida. do sentido.
• Distinguir instante de intervalo de tempo • Distinguir, numa travagem de um veículo,
e determinar intervalos de tempo. tempo de reação de tempo de travagem,
• Interpretar gráficos posição-tempo para trajetórias indicando os fatores de que depende cada
retilíneas com movimentos realizados no sentido um deles.
positivo da trajetória. • Determinar distâncias de reação, de travagem
• Definir rapidez média e caracterizar a velocidade e de segurança a partir de gráficos velocidade-
num dado instante por um vetor, com o sentido -tempo, indicando os fatores de que
do movimento, direção tangente à trajetória dependem.
e valor, que traduz a rapidez com que o corpo
se move.
-30
20
-20
10
-10
0
10
20 x/m
U1P9H1A
0
0
10
0
20
30
40
50 x/m
A posição de um corpo depende do referencial escolhido. No primeiro caso,
Fig. 2
xA = 10 m [A] e, no segundo, xA = 40 m [B].
U1P9H2
Assim, a posição de um corpo depende do referencial escolhido A posição de um corpo
e, neste caso, é definida pela abcissa x medida no eixo coordenado, depende do referencial.
relativamente à origem escolhida.
Estados de movimento ou de repouso Os estados de movimento
de um corpo ou de repouso de um cor-
po dependem do referen-
Também os estados de movimento ou de repouso de um corpo depen-
cial escolhido.
dem do referencial e são conceitos relativos.
Quando a posição de um corpo se altera relativamente a um referencial, esse corpo está em movimento nesse
referencial.
Quando a posição de um corpo não se altera relativamente a um referencial, esse corpo está em repouso nesse
referencial. U1P9H3
9
Trajetória
As sucessivas posições que um corpo ocupa ao longo do tempo determi-
nam a sua trajetória. Esta pode ser retilínea (Fig. 3A) ou curvilínea
(Figs. 3B e 3C).
A B C
10
U1P10H4
564829 006-041.indd 10 05/06/15 14:47
BLOCO 1 MOVIMENTOS E FORÇAS
Distância percorrida
Um corpo move-se em relação a um dado referencial quando a sua posi-
ção se altera, ao longo do tempo, nesse referencial.
A
B
C
0 D
10 E
20
30
40
50
60 x/m
11
IDEIAS-CHAVE
Para conhecer a posição de um corpo, é necessário saber qual é o referencial.
O movimento de um corpo traduz a alteração da posição desse corpo ao longo do tempo, em relação a
um determinado referencial.
Os estados de movimento ou de repouso de um corpo dependem do referencial e são conceitos relativos.
As sucessivas posições que um corpo ocupa ao longo do tempo, em relação a um determinado
referencial, determinam a sua trajetória. Esta pode ser retilínea ou curvilínea.
A diferença entre dois instantes (tf - ti) define-se como intervalo de tempo (Dt), e exprime-se
no Sistema Internacional de Unidades em segundos (s).
A distância percorrida ou espaço percorrido por um corpo é o comprimento da trajetória entre duas
posições. A unidade de distância no Sistema Internacional de Unidades é o metro (m).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1.1 RESOLUÇÃO:
condutor está em movimento relativamente ao ponto A, pois a sua posição varia ao longo
O
do tempo.
1.2 RESOLUÇÃO:
O condutor está parado em relação a qualquer ponto no interior do automóvel.
ATIVIDADES
2. O
bserva a figura, que representa uma pista circular com um diâmetro
igual a 50 m.
2.1
Identifica o tipo de trajetória de um corpo que circule na pista 50 m
representada na figura.
2.2
Determina a distância percorrida por um corpo que efetua duas voltas
completas à pista.
12
U1P12H3
Posição de um corpo e distância
percorrida
Um corpo move-se em relação a um dado referencial se a sua posição,
relativamente a esse referencial, se alterar ao longo do tempo. Na ima-
gem da figura 5 da página 11, o automóvel inicia o seu movimento na
posição inicial x = 0 m, coincidente com a origem das posições. Ao fim
de 5 segundos, o automóvel encontra-se na posição x = 20 m, tendo
percorrido uma distância de 20 m. Nos 10 segundos seguintes, percorre
uma distância de 20 m, entre as posições x = 20 m e x = 40 m, sendo
a sua posição no instante t = 15 s igual a x = 40 m. Neste caso, o auto-
móvel está a deslocar-se numa trajetória retilínea, sem inversão do sen-
tido da marcha.
A
Tabela 2 Abcissas das posições
ocupadas pelo
automóvel da figura 6
10 B em diferentes instantes.
20 Posição t/s
C x/m
30 D
A 0 0
40 E
B 5 20
55
x/m C 10 30
D 15 40
Fig. 6 Coordenadas xx das posições ocupadas por um corpo (automóvel)
em diferentes instantes. E 20 55
U1P13H1
Neste caso, o automóvel parte da origem das posições (x = 0 m) e,
ao fim de 5 s e de 15 s, também se encontra nas posições de abcissas
x = 20 m e x = 40 m, respetivamente. No entanto, no caso em que o
automóvel descreve uma trajetória curvilínea (Fig. 6), a distância percor-
rida é maior do que no caso em que o automóvel se desloca numa traje-
tória retilínea (Fig. 5).
13
x/m
Posição-tempo
60
Conhecendo as posições que um corpo ocupa em diferentes instantes
relativamente a um dado referencial, pode traçar-se o gráfico posição-
-tempo. Utilizando os dados da tabela 1, pode traçar-se o gráfico posi-
40
ção-tempo para o automóvel representado na figura 5 (Fig. 7).
U1P15H1
Com os dados da tabela 3, traçou-se o gráfico posição-tempo (Fig. 9).
Neste caso, no instante t = 0 s, o automóvel encontrava-se na posição
x = 15 m.
90
75
60
x/m
45
30
15
0
0 5 10 15 20 25
t /s
Fig. 9 Gráfico posição-tempo para o movimento de um automóvel, numa trajetória
U1P15H2
retilínea, cuja posição no instante inicial não é coincidente com
a origem das posições.
14
IDEIAS-CHAVE
Num movimento retilíneo, a posição de um corpo, num certo instante, é a abcissa relativamente à origem
do referencial.
A distância percorrida corresponde ao comprimento da trajetória entre duas posições, desde que não
haja inversão de sentido do movimento.
Um gráfico posição-tempo traduz as diferentes posições que um corpo ocupa em diferentes instantes
e não contém informação explícita sobre a trajetória do corpo.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. A
tabela ao lado traduz a posição de um corpo em diferentes instantes,
Posição t/s x/m
durante um movimento retilíneo sem inversão do sentido de movimento.
1.1 Indica a posição inicial. A 0 5
1.2 Determina a distância percorrida durante todo o trajeto. B 5 20
1.1 RESOLUÇÃO: C 10 30
P
ela análise da tabela, pode verificar-se que, no instante inicial, D 15 35
t = 0 s, o corpo ocupava a posição x = 5 m.
E 20 55
1.2 DADOS:
xA = 5 m; xE = 55 m
RESOLUÇÃO:
distância percorrida corresponde ao comprimento da trajetória entre duas posições. Neste caso, como
A
a trajetória é retilínea sem inversão do sentido de marcha, a distância percorrida corresponde a:
d = 55 - 5 = 50 m
RESPOSTA:
Foram percorridos durante todo o trajeto 50 m.
ATIVIDADES
1. As casas da Maria e do Aníbal estão situadas numa rua direita, no fim da qual se encontra a escola que os dois
amigos frequentam. A distância entre a casa da Maria e do Aníbal é de 300 m. A escola dista 250 metros
da casa do Aníbal.
A Maria sai de casa às 8:00 e percorre 150 m em 3 minutos, tendo o cuidado de percorrer distâncias iguais
em intervalos de tempo iguais. Nos dois minutos seguintes, chega à casa do Aníbal e espera 30 segundos que
o amigo chegue, para seguirem juntos para a escola. Enquanto conversam, percorrem os 50 m seguintes em
3 minutos e, olhando para o relógio, começam a correr para chegar a tempo de ouvirem o toque de entrada
às 8:10, altura em que chegam ao portão da escola.
Escola
Casa do Aníbal
Casa da Maria
300 m 250 m
1.1
Esboça o gráfico posição-tempo para o movimento que a Maria efetuou, considerando que a origem
das posições é a casa da Maria.
1.2
Esboça o gráfico posição-tempo para o movimento do Aníbal, admitindo que a origem das posições
é a casa da Maria e o instante inicial coincide com o instante em que o Aníbal inicia o movimento.
1.3
Determina a distância que cada um dos alunos percorre.
U1P17H1 15
90
75
60
Posição/m
45
30
15
0
0 3 6 9 12 15
Tempo/s
2.1
Refere a posição inicial do corpo.
Refere a posição que o corpo ocupa ao fim deu1p17h2
2.2 12 segundos de movimento.
2.3
Determina um intervalo de tempo em que o corpo tenha percorrido uma distância de 30 metros.
2.4 Determina a distância que o corpo percorreu durante o intervalo de tempo em que foi estudado o seu
movimento.
3. A
s posições que um atleta ocupa, em diferentes instantes, numa prova de 100 m, são as que se indicam
na tabela.
Tempo/s 0 4 8 12 16 20
Posição/m 0 10 25 55 80 100
4. S
eleciona a opção correta.
A. A distância percorrida por um corpo corresponde à abcissa que o corpo ocupa, num dado instante.
B. Um gráfico posição-tempo traduz a trajetória do corpo.
C. A distância percorrida corresponde ao comprimento da trajetória.
E
labora uma tabela onde registes os valores obtidos. Com esses dados,
constrói gráficos posição-tempo e interpreta-os.
Sugestão: Considera situações em que a origem das posições coincida com a posição no instante inicial e outras situações
em que tal não se verifique. Podes também estudar uma situação em que o corpo se movimente no sentido negativo
da trajetória.
U1P16H1
16
A B
Fig. 10 Um atleta ou um automobilista é mais rápido do que outro quando percorre
a mesma distância num intervalo de tempo menor.
ATIVIDADE PRÁTICA
17
IDEIA-CHAVE
A rapidez média (rm) é uma grandeza que relaciona a distância (d) percorrida e o intervalo de tempo (Dt)
que demora a percorrer essa distância:
d
rm =
Dt
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. O
bserva a imagem, que representa uma pista
de atletismo em torno de um campo de futebol. 3m
1.1
Determina a distância percorrida:
40 m
a) por um atleta (A), que dá uma volta completa ao campo
de futebol;
3m
b) por um atleta (B), que dá uma volta completa à pista,
100 m
correndo pelo exterior da mesma.
1.2
Determina a rapidez média dos dois atletas, sabendo que ambos demoraram 2,0 minutos para completar
a volta. Apresenta o resultado em unidades do Sistema Internacional.
DADOS:
Comprimento do campo = 100 m; diâmetro da parte circular da pista = 46 m; d = ?
b) CÁLCULOS:
Perímetro da circunferência = 2r r & P = 2 ◊ r ◊ 23 . 145 m
d = 100 + 100 + 145 = 345 m
RESPOSTA:
O atleta percorreu uma distância de cerca de 345 metros.
1.2 DADOS:
dA = 280 m; dB = 345 m; Dt = 2,0 ◊ 60 = 120 s
RESOLUÇÃO:
d 280
Atleta A: rm = & rm = = 2,33 m/s
Dt 120
d 345
Atleta B: rm = & rm = = 2,9 m/s
Dt 120
RESPOSTA:
A rapidez média dos atletas é, respetivamente, 2,33 m/s e 2,9 m/s.
ATIVIDADES
1. Um automóvel percorre a distância de 2,000 km com uma rapidez média de 120 km/h.
1.1 Exprime a rapidez média do automóvel em unidades do Sistema Internacional.
1.2 Determina o intervalo de tempo que o automóvel demora a percorrer a distância de 2 km.
18
Velocidade
Muitas vezes, em linguagem corrente, o termo «velocidade» é utilizado
para designar rapidez média, pois refere-se à distância que um corpo
percorre num determinado intervalo de tempo. No entanto, são grande-
zas diferentes, pois a velocidade é uma grandeza vetorial; para ficar
completamente caracterizada é necessário conhecer a intensidade ou
módulo (comprimento do vetor velocidade), a direção, o sentido e o
ponto de aplicação. A unidade de velocidade do Sistema Internacional é
o metro por segundo (m/s).
A rapidez média é, como já foi referido, uma grandeza escalar que tra-
duz a distância que um corpo percorre, em média, num intervalo de
tempo unitário.
A vA (40 km/h)
B
vB (40 km/h)
Direção: este-oeste vC
Sentido: para este (40 km/h) C
Direção: norte-sul
Sentido: para norte
19
Movimentos
Quando um corpo se desloca numa trajetória retilínea, em relação a um
determinado referencial, está animado de movimento retilíneo relativa-
Fig. 14 Velocímetro de um mente a esse referencial. Caso o corpo se mova sempre no mesmo sen-
automóvel.
tido (convencionado como positivo), numa trajetória retilínea, tem movi-
mento retilíneo no sentido positivo.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 x (m)
10 m
20 m
30 m
40 m
O automóvel percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais, o que se traduz num vetor velocidade cons-
tante em cada instante. O corpo está animado de movimento retilíneo uniforme.
Situação B U1P22H2
t=0s t=2s t=4s t=6s
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 x (m)
5m
20 m
45 m
O automóvel percorre distâncias diferentes no mesmo intervalo de tempo. O vetor velocidade varia ao longo do tempo.
Neste caso, o módulo da velocidade vai aumentando, pelo que o automóvel possui movimento retilíneo acelerado.
Se o módulo da velocidade fosse diminuindo e o corpo continuasse a mover-se numa trajetória retilínea, o corpo
estaria animado de movimento retilíneo retardado.
U1P22H3
20
Posição/m
movimento uniforme, movimento acelerado ou movimento retardado. 40
30 B
Nos três casos, para que o corpo esteja animado de movimento retilíneo, 20
é necessário que se movimente numa trajetória retilínea. 10
0
0 2 4 6 8
Caso o corpo tenha movimento uniforme, existe proporcionalidade Tempo/s
direta entre a distância percorrida pelo corpo e o intervalo de tempo B
necessário para a percorrer. Neste caso, a constante de proporcionali- 40 u1p23h1
B
dade coincide com o valor da velocidade. 30 A
Distância/m
No caso do movimento acelerado ou retardado, não se verifica esta pro- 20
Tempo/s Tempo/s
4 A=ℓ◊c
calcula-se determinando o valor da área do polígono subjacente ao grá- A = 5 ◊ 8 = 40
3
fico, no intervalo de tempo considerado (Fig. 16). Admitindo que um corpo d = 40 m
0
A área assim determinada não corresponde à área métrica. As unidades 0 2 4 6 8
Tempo/s
são determinadas recorrendo às unidades que figuram nos eixos do grá-
Fig. 16 Determinação gráfica
fico. Assim, e relativamente à área determinada através do gráfico da
m da distância percorrida
figura 16, a unidade correspondente é metro: # Ys = m. poru1p24h3
um corpo.
Ys
21
IDEIAS-CHAVE
A velocidade é uma grandeza vetorial.
Alterações da direção, do sentido ou da rapidez do movimento implicam uma variação na velocidade com
que um corpo se desloca.
Em cada instante, o vetor velocidade é caracterizado por ter o sentido do movimento, direção tangente
à trajetória e módulo, que traduz a rapidez com que o corpo se move.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS A
vel
Mó
el B
1. O
bserva o gráfico, que traduz o movimento de dois corpos numa 30 Móv
Posição/m
trajetória retilínea, e responde às questões. 20
1.1
Justifica que os dois corpos estão animados de movimento 10
retilíneo uniforme.
0
1.2
Determina a rapidez média de cada um dos corpos nos dez 0 5 10 15 20 25
Tempo/s
primeiros segundos de movimento.
1.3
Caracteriza a velocidade de cada um dos corpos no instante t = 20 s.
1.1
RESOLUÇÃO: u1p25h1
A trajetória dos corpos é retilínea e estes movem-se no sentido positivo da trajetória, pelo que a direção
e o sentido da velocidade não se alteram. Existe proporcionalidade direta entre a distância percorrida
pelos corpos e os respetivos intervalos de tempo, pelo que o valor da velocidade se mantém constante
em cada caso, sendo o movimento uniforme.
1.3
RESOLUÇÃO:
A velocidade, em cada caso, tem a direção da trajetória e o sentido do movimento. O módulo da velocidade
em cada instante coincide com a rapidez do movimento e é igual a 2,0 m/s no caso do corpo A e 1,0 m/s
no caso do corpo B.
ATIVIDADES
60
animado.
45
1.2 Caracteriza a velocidade do móvel em cada instante. 30
1.3
Traça o gráfico velocidade-tempo, para o mesmo intervalo de tempo. 15
0
1.4 Determina, recorrendo ao gráfico velocidade-tempo, a distância 0 3 6 9 12 15
percorrida pelo corpo durante os 12 segundos de movimento. Tempo/s
22
u1p25h2
A aceleração média, am, traduz a variação da velocidade num intervalo Fig. 17 Um dos automóveis mais
de tempo unitário (um segundo, no SI) e é dada por: potentes do Mundo
demora 2,2 s a atingir
a velocidade
Dv v f - vi de 100 km/h.
am = + am =
Dt tf - ti
A aceleração média é uma grandeza vetorial, pelo que, para ficar com-
pletamente definida, é necessário conhecer a intensidade ou módulo,
a direção e o sentido.
23
A B
Fig. 18 Corpo com movimento retilíneo acelerado [A]; corpo com movimento retilíneo retardado [B].
vA < vB vA > vB
A B A B
aA aB aA aA
vA vB vA vB
24
IDEIAS-CHAVE
A aceleração média, am, é uma grandeza vetorial que traduz a variação da velocidade num intervalo
de tempo unitário (um segundo, no SI) e é dada por:
Dv v f - vi
am = + am =
Dt tf - ti
No movimento retilíneo acelerado, os vetores velocidade _v i e aceleração _a i têm a mesma direção
e o mesmo sentido (valores com o mesmo sinal). O módulo da velocidade aumenta.
No movimento retilíneo retardado, os vetores velocidade _v i e aceleração _a i têm a mesma direção
e sentidos opostos (valores com sinais contrários). O módulo da velocidade diminui.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. U
m automobilista entrou numa localidade onde o limite de velocidade é de 50 km/h, com uma velocidade de
110 km/h. Quando o condutor avistou a sinalização de limite de velocidade, iniciou a travagem, tendo conseguido
atingir a velocidade permitida em 5,5 segundos. Caracteriza a aceleração média adquirida pelo automóvel.
1. DADOS:
110 000 m 50 000 m
vi = 110 km/h + vi = + vi = 30,6 m/s; vi = 50 km/h + vi = + vi = 13,9 m/s;
3600 s 3600 s
Dt = 5,5 s; am = ?
CÁLCULOS:
Dv vf - vi 13,9 - 30,6
am = + am = & am = + am = -3,0 m/s2
Dt tf - ti 5,5
(O valor da aceleração média e o da velocidade têm sinais contrários, porque o módulo da velocidade do corpo
está a diminuir.)
RESPOSTA: O módulo da aceleração média adquirida pelo automóvel foi de 3,0 m/s2, a direção da aceleração
média corresponde à do movimento e o sentido é o oposto (sinal negativo da aceleração, contrário ao sinal
da velocidade).
2. O
bserva o gráfico, que traduz o movimento de um móvel numa trajetória
Velocidade/(m/s)
ATIVIDADES
1. Um corpo move-se com uma velocidade constante, quando subitamente começa a travar e para ao fim
de 5 s. Determina o valor da velocidade inicial do corpo sabendo que a aceleração, durante a travagem, tem um
valor constante de -10 m/s2.
Velocidade/(m/s)
Movimento retilíneo uniformemente
acelerado
A figura 19 traduz o movimento de um automóvel numa trajetória retilí-
nea, durante um certo intervalo de tempo.
t=0s t=5s t = 10 s t = 15 s
v5 v10 v15
U1P30H1
Com base nos dados da figura 19, pode traçar-se o gráfico velocidade-
-tempo no intervalo de tempo indicado (Fig. 20). Através do gráfico,
é possível verificar que o módulo da velocidade do automóvel aumenta
uniformemente durante o intervalo de tempo considerado.
50
45
40
35
v/(m/s)
30
25
20
15
10
5
0
0 5 10 15
t/s
Fig. 20 Gráfico velocidade-tempo para o movimento ilustrado na figura 19.
U1P30H2
26
Movimento retilíneo uniformemente
retardado
Neste caso, o gráfico velocidade-tempo é uma reta de declive positivo,
cujo valor coincide com o valor da aceleração média.
t=0s t=5s t = 10 s t = 15 s
v0 v5 v10
U1P31H1
Neste caso, a aceleração é constante em qualquer instante considerado:
-3,0 m/s2. Através do gráfico velocidade-tempo para a situação descrita
(Fig. 22), pode verificar-se que o automóvel diminui uniformemente o
módulo da sua velocidade. A representação gráfica dos valores da velo-
cidade em função do tempo é uma reta de declive negativo, cujo valor
coincide com o valor da aceleração do movimento.
27
45
30
v/(m/s)
15
0
0 5 10 15
t /s
Fig. 22 Gráfico velocidade-tempo para o movimento ilustrado na figura 21.
U1P32H1
Como no movimento retilíneo uniformemente variado, a aceleração é cons-
tante, o gráfico aceleração-tempo para este tipo de movimento é uma reta
paralela ao eixo do tempo (eixo das abcissas). Os gráficos velocidade-tempo
e aceleração-tempo que descrevem o movimento retilíneo uniformemente
acelerado e o movimento retilíneo uniformemente retardado têm diferentes
aspetos, como se mostra na tabela que se segue. Note-se que os gráficos
apresentados apenas traduzem o movimento no sentido positivo da traje-
tória (os valores da velocidade são sempre positivos).
Velocidade/(m/s)
0 Tempo/s 0 Tempo/s
A variação do valor da velocidade de um corpo é diretamente proporcional ao intervalo de tempo, sendo a constante
u1p32h2
de proporcionalidade o valor u1p32h3
da aceleração. Este tipo de gráfico permite conhecer o sentido do movimento,
a velocidade do corpo em cada instante, a aceleração média e a distância percorrida pelo corpo num determinado
intervalo de tempo.
Aceleração/(m/s²)
Aceleração/(m/s²)
Tempo/s
Tempo/s
A a e a v têm o mesmo sentido (valores com o mesmo A a e a v têm sentidos opostos (valores com sinais
sinal). u1p32h4 contrários).
u1p32h5
O valor da aceleração mantém-se constante ao longo do tempo. No caso de o movimento ser acelerado no sentido
positivo da trajetória, a aceleração tem um valor positivo. Caso o movimento seja retardado no sentido positivo
da trajetória, a aceleração tem um valor negativo.
28
Análise de gráficos e distância percorrida
20
A distância percorrida por um corpo com movimento retilíneo uniforme-
mente variado pode ser determinada recorrendo aos gráficos velocidade-
Velocidade/(m/s)
15
-tempo. A distância percorrida corresponde à área do polígono subja-
cente ao gráfico velocidade-tempo, no intervalo de tempo considerado. 10
Por exemplo, para determinar a distância percorrida por um corpo que d = Afigura
5
descreve o movimento traduzido pelo gráfico da figura 23, é necessário
determinar a área assinalada na figura. Esta é um triângulo de base b
0
e altura h. 0
Tempo/s
5
Quadrado Retângulo
ℓ ℓ
c
ℓ
A=ℓ◊ℓ A=ℓ◊c
Triângulo Trapézio
u1p33h2 u1p33h3
b
h h
B
b
b#h b+B
A= A= ◊h
2 2
u1p33h4 u1p33h5
29
IDEIAS-CHAVE
Numa trajetória retilínea, se o valor da aceleração média for sempre constante, no intervalo de tempo
considerado, a aceleração, em cada instante, é constante e tem o mesmo valor da aceleração média.
O corpo está animado de movimento retilíneo uniformemente variado.
A distância percorrida por um corpo pode ser determinada pela área do polígono subjacente ao gráfico
velocidade-tempo, no intervalo de tempo considerado.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
t/s v/(m/s)
1. C
onsidera um corpo que parte do repouso e percorre uma trajetória retilínea.
0 0
A sua velocidade aumenta de forma linear, como se mostra na tabela.
1.1
Constrói o gráfico velocidade-tempo para o movimento considerado. 5 20
1.1 RESOLUÇÃO:
Tendo em conta os dados da tabela, pode construir-se o gráfico. 80
Velocidade/(m/s)
60
40
20
1.2 DADOS: 0
0 5 10 15 20
vi = 20 m/s; vf = 60 m/s; ti = 5 s; tf = 15 s; am = ? Tempo/s
CÁLCULOS:
Dv vf - vi 60 - 20
am = + am = & am = + am = 4,0 m/s2 u1p34h1
Dt tf - ti 15 - 5
RESPOSTA:
valor da aceleração média adquirida pelo corpo foi de 4,0 m/s2, e a direção e o sentido da aceleração
O
média são os mesmos do movimento (sinal positivo da aceleração, igual ao da velocidade).
1.3 RESOLUÇÃO:
corpo adquiriu movimento retilíneo uniformemente acelerado, pois a variação do valor da velocidade
O
é diretamente proporcional ao intervalo de tempo e a aceleração e velocidade têm o mesmo sentido (são
ambas positivas).
1.4 RESOLUÇÃO:
distância percorrida vai ser determinada com recurso ao gráfico traçado na questão 1.1 e corresponde
A
à área assinalada:
80
Velocidade/(m/s)
60 b#h
d = Afig =
40 2
20 # 80
20 d= + d = 800 m
2
0
0 5 10 15 20
Tempo/s
RESPOSTA:
u1p35h2
O corpo percorreu uma distância de 800 m.
30
2. Observa o gráfico, que descreve o movimento de um móvel durante 30 segundos, numa trajetória retilínea.
20
Velocidade/(m/s)
15
10
5
0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo/s
2.1 a) RESPOSTA:
[ 25, 30] s, pois o módulo da velocidade diminui uniformemente e a aceleração e a velocidade
têm sentidos opostos (sinais contrários).
b) RESPOSTA:
[10, 25] s, pois a velocidade é constante em todo o intervalo de tempo.
c) RESPOSTA:
[0, 10] s e [25, 30] s, pois o valor da velocidade altera-se.
2.2
DADOS:
vi = 0 m/s; vf = 15 m/s; ti = 0 s; tf = 10 s; am = ?
CÁLCULOS:
Dv vf - vi 15 - 0
am = + am = & am = + am = 1,5 m/s2
Dt tf - ti 10 - 0
RESPOSTA:
O valor da aceleração média adquirida pelo móvel foi de 1,5 m/s2.
2.3
RESPOSTA:
A aceleração média no intervalo de tempo [10, 20] s foi nula, o que significa que o corpo manteve
a sua velocidade constante (corpo animado com movimento retilíneo uniforme).
2.4
RESPOSTA:
distância percorrida vai ser determinada recorrendo ao gráfico velocidade-tempo e corresponde
A
à área assinalada:
20
Velocidade/(m/s)
15
b+B
10 d = Afig = #h
2
5 15 + 30
d = Afig = # 15 + d = 338 m
0 2
0 5 10 15 20 25 30
Tempo/s
RESPOSTA: u1p36h1
O corpo percorreu uma distância de 338 m.
31
ATIVIDADES
1. Analisa os valores da tabela, que correspondem à variação da velocidade de um corpo que se desloca numa
trajetória retilínea.
t/s 0 10 20 30
Velocidade/(m/s)
2.1 Determina o valor da aceleração média. 60
2.3
Determina a distância percorrida pelo corpo ao fim 20
de 12 segundos. 0
0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo/s
3.1
Refere o tipo de movimento adquirido pelo corpo nos percursos A, 30
B e C.
A C
3.2
Determina o valor da aceleração adquirida pelo corpo nos
percursos A, B e C.
0
3.3
Determina a rapidez média do corpo durante os primeiros 18 0 3 6 9 12 15 18 21 24
ATIVIDADES Tempo/s
segundos de movimento.
u1p36h3 retilíneo
4. Observa os gráficos e seleciona aquele que pode corresponder à situação de um corpo em movimento
uniformemente retardado.
A x C x
t t
B v D v
t t
32
Condutor
(utente da via)
Via Veículo
Fig. 24 Triângulo de segurança rodoviária.
U1P37H2
U1P37H4
A distância de segurança é entendida como a distância que se deve
manter relativamente ao veículo da frente para evitar colisões, em caso
de travagem brusca, ou outro acidente.
Alguns fatores que au-
Tempo de reação mentam o tempo de rea-
ção de um condutor são:
O intervalo de tempo que decorre entre o instante de perceção de uma
• cansaço;
situação em que se deve agir imediatamente e o instante em que, de
• preocupação;
facto, se age denomina-se tempo de reação. Todos os indivíduos demo-
• ingestão de bebidas
ram um certo intervalo de tempo a reagir. Este intervalo de tempo pode
alcoólicas ou de estu-
ser maior ou menor conforme as condições físicas e psicológicas em que
pefacientes.
a pessoa se encontra.
33
ATIVIDADE PRÁTICA
Determinação do tempo de reação
MATERIAL
• Régua de 50 cm
PROCEDIMENTO
1. P U1P38H1
ede a um colega que segure uma régua junto à extremidade com
a marca 50 cm.
2. Sem tocar na régua, coloca dois dedos (polegar e indicador), um
de cada lado da régua, junto da marca de 0 cm.
3. Sem te avisar, o teu colega deixa cair a régua para que a apanhes.
4. Procura apanhar, com os dois dedos, a régua e lê a distância
percorrida pela mesma até ao instante em que a seguraste.
5. Observa a tabela, com valores do tempo de queda livre da régua,
e estima o teu tempo de reação.
d/cm 5 10 15 20 25 30 35 40 45
t/s 0,10 0,14 0,17 0,20 0,23 0,25 0,27 0,29 0,30
Tempo de travagem
A distância de travagem Quando o condutor inicia a travagem, o veículo não se imobiliza instan-
depende: taneamente, decorrendo um intervalo de tempo — tempo de travagem
• do valor da velocidade — durante o qual a velocidade do veículo vai diminuindo desde o valor
de circulação; inicial até o automóvel ficar em repouso. Neste intervalo de tempo,
• d as condições do veí- o veículo percorre uma distância designada por distância de travagem.
culo;
Esta distância depende do valor da velocidade de circulação, das condi-
• das condições de ade-
ções do veículo, das condições de aderência à estrada e da inclinação
rência à estrada.
longitudinal da estrada.
34
Distâncias de travagem
Distância de paragem
A distância de paragem (dp) corresponde à soma da distância de reação
(dr) com a distância de travagem (dt):
dp = dr + dt
d r _ Distância
v /velocidade
de reação
d t _ Distância
de travagem
dr
dt
IDEIAS-CHAVE
O intervalo de tempo que decorre entre o instante de perceção de uma situação em que se deve agir
imediatamente e o instante em que de facto se age denomina-se tempo de reação.
Para o mesmo tempo de reação, a distância percorrida é tanto maior quanto maior for a velocidade
de circulação.
A distância de travagem depende do valor da velocidade de circulação, das condições do veículo,
das condições de aderência à estrada e da inclinação longitudinal da estrada.
A distância de paragem mínima (dp) corresponde à soma da distância de reação (dr) com a distância
de travagem (d t): dp = dr + dt
A distância de segurança é a distância que se deve manter em relação ao veículo da frente de forma
a evitar a colisão ou outro acidente.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. U
m automóvel desloca-se, numa estrada retilínea, à velocidade de 90 km/h.
Subitamente, o condutor vê um obstáculo à distância de 80 m e inicia uma travagem com aceleração constante.
O tempo de reação do condutor é de 0,8 s e o tempo de travagem é de 4,2 s.
Responde às questões:
1.1
Determina a distância de reação.
1.2 Traça o gráfico velocidade-tempo para este movimento.
1.3 Determina graficamente a distância de paragem.
1.4 Refere, justificando, se o condutor vai embater no obstáculo.
1.1 DADOS:
90 000 m
vi = 90 km/h =
ATIVIDADES = 25 m/s; tr = 0,8 s
3600 s
RESOLUÇÃO:
Como em cada segundo o automóvel percorre 25 m, que distância percorrerá em 0,8 s?
25 m x 25 # 0,8
= + x= + x = 20 m
1s 0,8 s 1
RESPOSTA:
A distância de reação é igual a 20 m.
1.2 RESOLUÇÃO:
Velocidade/(m/s)
25
b+B 20
d = Afig = #h A1
2 15
0,8 + 5 10 A2
d= # 25 + d = 72,5 m 5
2 0
Em alternativa, pode determinar-se A1 + A2. 0 0,8 1 2 3 4 5
Tempo/s
36 u1p41h2
RESPOSTA:
A distância de paragem do automóvel é de cerca de 73 m.
1.4
RESOLUÇÃO:
condutor não vai bater no obstáculo que se encontra a 80 metros, pois a distância de paragem tem
O
um valor inferior (cerca de 73 m).
2. Ao aproximar-se, e depois, de entrar numa localidade, um condutor avista sucessivamente os seguintes sinais:
Ao passar no 1.º sinal e no 2.º sinal, o condutor observou o velocímetro, que marcava, respetivamente, 90 km/h
e 40 km/h. O veículo percorreu os 150 m que separavam os dois sinais em 9,0 s.
2.1
Calcula, em quilómetros por hora, a rapidez média do veículo no percurso entre os dois sinais.
2.2
Considerando o resultado da questão 2.1, será possível afirmar que o condutor não excedeu os limites
de velocidade permitidos? Justifica a tua resposta.
2.1 DADOS:
d = 150 m = 0,150 km; Dt = 9,0 s
RESOLUÇÃO:
9,0
Dt = 9,0 s + Dt = = 0,0025 h
3600
d 0,150
rm = & rm = = 60 km/h
Dt 0,0025
RESPOSTA: A rapidez média do veículo entre os dois primeiros sinais foi de 60 km/h.
ATIVIDADES
2.2
RESOLUÇÃO:
O resultado da questão 2.1 refere-se à rapidez média no percurso entre os dois sinais, a qual tem um
valor inferior ao valor máximo de velocidade permitido em cada instante naquele troço de estrada.
No entanto, não é possível afirmar que o condutor não excedeu os limites de velocidade, pois o valor
máximo de velocidade permitido pelo primeiro sinal era de 70 km/h e o valor da velocidade do veículo
no momento em que passou esse sinal era superior (90 km/h).
ATIVIDADES
1. Um veículo desloca-se numa estrada retilínea, com uma velocidade constante de valor igual a 20 m/s, quando
o condutor se apercebe de uma situação de perigo. O tempo de reação do condutor é de 0,40 s.
Durante o tempo de travagem do condutor, a aceleração tem um valor constante de -4 m/s2.
1.1
Justifica o tipo de movimento que o automóvel adquiriu durante a travagem.
1.2
Determina a distância que o automóvel percorreu desde o instante em que o condutor se apercebe
da situação de perigo e o instante em que inicia a travagem.
1.3
Determina o tempo de travagem.
1.4
Traça o gráfico velocidade-tempo que descreve o movimento.
1.5
Determina, graficamente, a distância de paragem.
37
ESQUEMATIZAR
MOVIMENTO
A
Rapidez Velocidade E F
definindo uma
relaciona-se mede Retilíneo
com a variação de
Trajetória uniformemente
variado
pode ser
Intervalo
C pode ser
de tempo
VERIFICAR
2. C
omenta a afirmação: Um corpo pode estar simultaneamente em repouso e em movimento.
3. D
ois automóveis, A e B, descrevem uma trajetória retilínea, com uma rapidez média de 80 km/h. O automóvel A
desloca-se de Lisboa para Castelo Branco, e o automóvel B dirige-se de Castelo Branco para Lisboa.
3.1
Refere, justificando, se os dois automóveis têm a mesma velocidade.
3.2
Se os dois automóveis demorarem o mesmo tempo a efetuar os seus percursos, justifica o facto de a rapidez
média ser igual nos dois casos.
3.3
Determina o tempo que demorou a viagem, sabendo que a distância entre Lisboa e Castelo Branco
é 210 km.
4. Copia a tabela seguinte para o teu caderno e completa-a, apresentando todos os cálculos que tiveres de efetuar.
A 100 100
B 37,5 1500
C 100 1250
38
5. O
bserva os gráficos que se seguem, que descrevem movimentos no sentido positivo com trajetórias retilíneas.
A B C D E
a/(m/s²)
v/(m/s)
v/(m/s)
v/(m/s)
x/m
u1p43h1 u1p43h2
5.1 Indica o(s) gráfico(s) que u1p43h3
descreve(m) um movimento: u1p43h4 u1p43h5
a) retilíneo uniforme;
b) retilíneo uniformemente variado;
c) retilíneo uniformemente retardado;
d) retilíneo uniformemente acelerado.
5.2 Justifica as respostas dadas na questão 5.1.
6. Um corpo, inicialmente em repouso, atingiu ao fim de 10 s uma velocidade de 25 m/s. Responde às questões
seguintes.
6.1 Caracteriza a aceleração média adquirida pelo corpo, admitindo que se desloca numa trajetória retilínea.
6.2 Refere que tipo de movimento adquiriu o corpo. Justifica a tua resposta.
APLICAR
8. N
a aula de Educação Física, o professor pediu aos alunos que percorressem uma
Aluno Dt/s
distância de 200 m, em linha reta. O professor ficou na linha de partida, junto
a uma árvore. Pediu a um aluno que registasse os intervalos de tempo que Ana 20
os colegas da turma demoravam a percorrer os 200 m.
Luís 25
Na tabela, estão registados os valores obtidos por quatro alunos da turma.
8.1
Explica por que razão o professor, em relação à árvore junto da linha de Rui 18
partida, está em repouso. Cátia 22
8.2 Identifica o aluno que foi mais rápido a percorrer a distância de 200 m.
8.3 Calcula a rapidez média com que o Rui percorreu os 200 m.
2 min
B C
1 min
D
2 min
AB = 40 m BC = 50 m CD = 10 m
39
11. A Rita sai de casa às 15 horas e 15 minutos e dirige-se para a escola, que dista x/m t/min
da sua casa 500 m. Na tabela ao lado, estão registadas as posições que a Rita ocupa 0 0
em determinados instantes e que são indicativas do seu movimento.
100 1
11.1 Indica a posição inicial da Rita.
11.2 Traça o gráfico posição-tempo que melhor descreve o movimento da Rita. 200 3
11.3 Refere a hora a que a Rita chegou à escola. 300 6
11.4 Refere, justificando, o intervalo de tempo em que a Rita foi mais rápida. 400 9
11.5 Determina a rapidez média, expressa em unidades do Sistema Internacional,
500 10
no intervalo de tempo [0, 10] min.
12. Observa o gráfico, que traduz o movimento de um ciclista, numa trajetória retilínea.
2000
1500
Posição/m
1000
500
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo/min
13. Observa o gráfico, que descreve o movimento de um corpo que se desloca numa trajetória retilínea, durante
120 s.
13.1 Refere em que intervalo de tempo o corpo esteve
em repouso. Justifica a tua resposta.
25
13.2 Caracteriza a aceleração média nos intervalos de tempo:
[0, 20] s, [20, 40] s e [100, 120] s.
Velocidade/(m/s)
20
13.3 Classifica, justificando, para cada intervalo de tempo
considerado na alínea anterior, o tipo de movimento 15
adquirido pelo corpo.
10
13.4 Determina a distância percorrida pelo corpo durante todo
o movimento. 5
13.5 Admitindo que o corpo no instante inicial se encontrava 0
na posição x = 1000 m, indica a posição em que o corpo 0 20 40 60 80 100 120
se encontra no instante t = 60 s. Tempo/s
u1p45h1
40
14. O
bserva o gráfico, que traduz a variação do valor da velocidade de três corpos que se deslocam numa trajetória
retilínea, durante 5 s.
14.1
Refere se é possível conhecer através do gráfico 12
a posição inicial de cada um dos corpos. lB
ve
14.2
Móvel C Mó
Velocidade/(m/s)
Refere, justificando, o tipo de movimento adquirido 9
por cada um dos corpos.
Móvel A
6
14.3 Determina:
a) o valor da aceleração média dos três corpos; 3
b) a distância percorrida por cada um dos corpos.
0
0 1 2 3 4 5
Tempo/s
15. O
gráfico traduz a variação de velocidade de um motociclo, cujo condutor se apercebe de uma situação
de perigo.
u1p45h2
15.1 Indica: 30
Velocidade/(m/s)
b) o tempo de travagem. 20
15.2 Determina:
15
a) o valor da velocidade inicial do condutor expressa
em km/h; 10
b) a distância de paragem. 5
15.3
Caracteriza a aceleração média adquirida pelo motociclo 0
durante a travagem. 0 0,5 1 2 3 4 4,2 5 6
Tempo/s
u1p45h3
1.
Defino posição de um corpo e concluo que depende de um referencial. pp. 9-10 2 1 0
2.
Defino trajetória de um corpo e classifico-a em retilínea ou curvilínea. p. 10 2 1 0
3.
Distingo movimento e repouso e concluo que são conceitos relativos. p. 9 2 1 0
4.
Defino distância percorrida, distingo instante de intervalo de tempo e determino 2 1 0
intervalos de tempo. pp. 11-12
5.
Interpreto gráficos posição-tempo para trajetórias retilíneas com movimentos realizados 2 1 0
no sentido positivo da trajetória. pp. 13-14
6.
Defino rapidez média e caracterizo a velocidade num dado instante por um vetor, com 2 1 0
sentido do movimento, direção tangente à trajetória e valor, que traduz a rapidez com
que o corpo se move. pp. 17-21
7.
Classifico movimentos retilíneos no sentido positivo em uniformes, acelerados 2 1 0
ou retardados e interpreto gráficos velocidade-tempo. pp. 26-29
8.
Defino aceleração média, determino valores da aceleração média e caracterizo-a por um 2 1 0
vetor, para movimentos retilíneos sem inversão do sentido. pp. 24-25
9.
Distingo, numa travagem de um veículo, tempo de reação de tempo de travagem, 2 1 0
indicando os fatores de que depende cada um deles. pp. 33-35
10. Determino distâncias de reação, de travagem e de segurança, a partir de gráficos 2 1 0
velocidade-tempo, indicando os fatores de que dependem. pp. 33-37
0-9 — Tenho de me esforçar mais. 10-15 — Sou capaz de fazer melhor. 16-20 — Tenho de continuar assim!
41
FORÇAS E MOVIMENTOS
42
A
s leis do movimento de
a tendência dos objetos para resistir a
A 1.ª Lei de Newton descreve a inércia,
que uma bola em repouso só se movi-
alterações de movimento. É a razão por a vaguear pelo
por que um veículo espacial continua
menta se lhe for aplicada uma força e
todo o combustível.
Sistema Solar mesmo depois de gastar objeto e a
entre a força necessária para mover um
A 2.ª Lei de Newton descreve a relação qua ndo dois obje tos intera-
a lei explica o que sucede
aceleração adquirida por este. A últim sim étric a no prim eiro .
e este exerce uma força
gem: um corpo exerce uma força noutro o Saber,
Quer setem bro de 2014 (adap tado)
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. C
omo podes caracterizar a força que o nadador
exerce na água? E a força que a água exerce
no nadador, quando este a empurra?
Interpretar
2. N
o texto apresentam-se as leis do movimento
de Newton. Quantas são?
3. O que é a inércia?
Refletir
5. Será que para manter um corpo em movimento
é necessário que sobre ele atue uma força?
AS TUAS METAS
• Caracterizar forças e identificá-las como • Definir a força de atrito como a força que se opõe
o resultado da interação entre corpos. ao deslizamento ou à tendência para esse
• Enunciar e interpretar as três leis de Newton. movimento, que resulta da interação do corpo
• Definir resultante das forças e determinar a sua com a superfície em contacto, e representá-la por
intensidade em sistemas de forças com a mesma um vetor num deslizamento.
direção (sentidos iguais ou opostos) ou com • Dar exemplos de situações do dia a dia em que
direções perpendiculares. se manifestam forças de atrito, avaliar se são
• Identificar as forças sobre um veículo que colide úteis ou prejudiciais, assim como o uso
e usar a Lei Fundamental da Dinâmica no cálculo de superfícies rugosas ou superfícies polidas
da força média que o obstáculo exerce sobre ele. e lubrificadas, justificando a obrigatoriedade
• Justificar a utilização de apoios de cabeça, cintos da utilização de pneus em bom estado.
de segurança, airbags, capacetes e materiais • Concluir que um corpo em movimento no ar está
deformáveis nos veículos com base nas leis sujeito a uma força de resistência que se opõe
da dinâmica. ao movimento.
• Definir pressão, indicar a sua unidade SI,
determinar valores de pressões e interpretar
situações do dia a dia com base na sua definição,
designadamente nos cintos de segurança.
43
A D
B E
C F
Fig. 1 Situações do dia a dia em que se aplicam forças. Essas forças resultam de interações entre dois corpos que podem
ocorrer à distância [A, B e C] ou por contacto [D, E e F].
44
A B
F1 F2
U2P49H4 U2P49H5
F3
F4
45
IDEIAS-CHAVE
A força resulta de uma interação entre dois corpos que pode ser de contacto ou à distância.
Por aplicação de uma força pode alterar-se o estado de movimento ou de repouso de um corpo.
A força F é uma grandeza vetorial que, para ficar completamente caracterizada, implica o conhecimento
do seu ponto de aplicação, direção, sentido e intensidade.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. E
squematiza duas forças verticais, F 1 e F 2, com uma intensidade de 200 N mas com sentidos opostos; escolhe
uma escala adequada.
RESOLUÇÃO:
Para representar uma força vertical com a intensidade de 200 N pode utilizar-se a seguinte escala:
0,5 cm x 0,5 # 200
0,5 cm = 50 N, então: = +x= + x = 2 cm
50 N 200 N 50
Se a força tem sentido de cima para baixo a sua representação é:
F1
Como F 2 tem as mesmas intensidade e direção, mas sentido oposto, a sua representação é:
F2
ATIVIDADES
1. Observa a figura, onde se representam vetorialmente quatro forças aplicadas em quatro corpos distintos.
Responde às questões.
1.1 Caracteriza as forças F 2 e F 3. F2
2. U U2P50H1
ma força F 1 tem direção horizontal, sentido da esquerda para a direita e a sua intensidade é de 30 N. Utilizando
a escala 1 cm = 10 N, representa:
a) a força F 1;
b) a força F 2, com a mesma direção e o mesmo sentido de F 1, mas com metade da intensidade;
c) a força F 3, com a mesma intensidade de F 1 e direção diferente.
3. Desenvolve um projeto para a construção de um dinamómetro. Com o dinamómetro que construíste, planifica
uma atividade laboratorial que te permita medir a intensidade de diferentes forças.
Sugestão: Podes utilizar uma mola em hélice, uma régua graduada e massas marcadas.
46
Estas forças são simétricas e constituem um par, em que cada uma das
forças é exercida sobre um dos corpos entre os quais existe interação.
Por exemplo, quando dois patinadores deslizam (Fig. 4), a força que a
patinadora A exerce sobre o patinador B aF A/Bk é simétrica da força que
o patinador B exerce sobre a patinadora A aF B/A k:
F A/B = -F B/A
B
A
F A/B F B/A
47
N (F mesa/livro ) F Terra/corpo
F corpo/Terra F jogador/bola
A (F livro/mesa )
F bola/jogador
F livro/mesa: Força que o livro exerce F corpo/Terra: Força que o corpo exerce F jogador/bola: Força que o jogador
sobre a mesa. sobre a Terra. exerce sobre a bola.
F mesa/livro: Força que a mesa exerce F Terra/corpo: Força que a Terra exerce F bola/jogador: Força que a bola exerce
sobre o livro.
u2p55h1
sobre o corpo.
u2p55h2
U2P52H3
sobre o jogador.
F livro/mesa = -F mesa/livro F corpo/Terra = -F Terra/corpo F jogador/bola = -F bola/jogador
As forças que constituem um par ação-reação têm a mesma direção, a mesma intensidade e sentidos opostos.
São sempre aplicadas em corpos diferentes.
Quando um corpo exerce uma força sobre outro, este reage, exer-
cendo uma força sobre o primeiro, a qual se caracteriza por ter a
mesma direção e a mesma intensidade, mas sentido oposto.
48
IDEIAS-CHAVE
As forças resultam de interações e atuam sempre aos pares.
A 3.ª Lei de Newton ou Lei da Ação-Reação estabelece que quando um corpo exerce uma força sobre
outro, este reage, exercendo uma força sobre o primeiro, a qual se caracteriza por ter a mesma direção
e a mesma intensidade, mas sentido oposto.
As forças que constituem um par ação-reação são sempre aplicadas em corpos diferentes e, por isso,
nunca se anulam mutuamente.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. R
epresenta, para a situação sugerida na imagem, interações que se
estabelecem entre a mola e a mão.
RESOLUÇÃO:
Quando se estica uma mola, deformando-a, a mão exerce uma força
sobre a mola: F 1. No entanto, a mola também exerce uma força sobre
a mão: F 2. As forças F 1 e F 2 constituem um par ação-reação, de tal
forma que:
F 1 = -F 2 F2
u2p53h1
F1
ATIVIDADES
u2p53h2
1. Observa as figuras e identifica, justificando, os pares ação-reação que se evidenciam em cada caso.
A F1 F2 B C
F6
F7
F3 F5 F8
FF
99
F4
F10
2. A
figura representa uma menina a passear o seu cão pela trela. Considera apenas os corpos: menina, trela, cão
e chão. Identifica e representa os pares ação-reação.
U2P53H4
U2P53H3 U2P53H5
49
De uma forma geral, sobre um corpo atua mais do que uma força (Fig. 6).
Assim, diz-se que sobre o corpo atua um sistema de forças.
No jogo da corda, sobre a corda atua mais do que uma força, atua um
Fig. 6
sistema de forças.
F4 F1
F2
F3
F2
F3
U2P54H3
F4
F1
FR = F1 + F 2 + F 3 + F 4 + …
Assim, quando um corpo está em repouso (Fig. 9), não significa que sobre
ele não atuem forças. Quando um corpo está em repouso, significa que
é nula a resultante das forças que nele atuam.
Resultante de um sistema de forças que atuam na mesma direção, mas em sentidos opostos
51
U2P56H1
564829 042-077.indd 51 05/06/15 14:54
2.3 Resultante de um sistema de forças
IDEIAS-CHAVE
Num corpo pode atuar mais do que uma força (sistema de forças); estas forças, no seu conjunto, produzem
o mesmo efeito que seria produzido se uma única força atuasse nesse corpo — força resultante aF Rk.
A direção, o sentido e a intensidade da resultante das forças dependem das características das forças
aplicadas.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
RESOLUÇÃO:
As duas forças, F 1 e F 2, têm a mesma direção mas sentidos F3
opostos, pelo que a sua resultante tem a mesma direção
e o mesmo sentido da força F 2 (força com maior intensidade).
A intensidade da resultante das forças
F1
F 1 e F 2 é FR1,2 = F2 - F1 = 5 - 2 = 3 N.
F2
A direção e o sentido da resultante das forças F R e F 3 podem
1, 2
u2 p43 h5
FR
F3
FR, 1, 2
ATIVIDADES
U2P56H3
1. Copia para o teu caderno as frases que se seguem e completa-as, de forma a obteres afirmações verdadeiras.
A. Duas forças F 1 e F 2 com a mesma direção e o mesmo sentido estão aplicadas no mesmo corpo.
A força resultante tem a direção das forças (1) e o (2) sentido. A intensidade da força resultante
é (3) à (4) das intensidades das forças aplicadas.
B. Duas forças F 3 e F 4 com a mesma direção e sentido oposto são aplicadas no mesmo corpo.
A força resultante tem a direção das forças (5) e o (6) da força componente de maior intensidade.
A intensidade da força resultante é igual à (7) das intensidades das forças aplicadas.
5N
52
U2P56H4
564829 042-077.indd 52 05/06/15 14:54
2.4 Lei Fundamental da Dinâmica
F F
F F
Fig. 11
Para a mesma massa, a aceleração será tanto maior, quanto maior for
a força aplicada.
U2P58H1 U2P58H2 53
Assim, para a mesma massa, quanto maior é a resultante das forças apli-
cadas num corpo aF Rk, maior é a aceleração ^ah adquirida por esse corpo.
A força resultante aF Rk e a aceleração do corpo ^ah são duas grandezas
diretamente proporcionais. Esta relação é descrita pela expressão:
FR = m ◊ a
O valor da força que é necessário aplicar a um corpo de massa 1 kg, para lhe
F1
provocar uma aceleração de valor igual a 1 m/s2, corresponde a 1 N, ou seja:
1 N = 1 kg ◊ 1 m/s2
A força resultante aF Rk e a aceleração ^ah são duas grandezas vetoriais,
a1 a2 a3 a /(m/s2)
Fig. 12 P
roporcionalidade direta
pelo que, quando num corpo a resultante das forças é não nula, ele
U2P58H3
entre a intensidade
da força resultante (FR) adquire uma aceleração que tem a mesma direção e o mesmo sentido
e o valor da aceleração (a). que a força resultante.
sentido.
54
U2P59H2
564829 042-077.indd 54 05/06/15 14:55
BLOCO 1 MOVIMENTOS E FORÇAS
ATIVIDADE LABORATORIAL
MATERIAL
• 3 corpos com diferentes massas (por exemplo: 100 g, 200 g e 300 g)
• 1 balança
• 1 dinamómetro
PROCEDIMENTO
1. A nalisa a escala do dinamómetro que vais usar e regista o alcance
e a menor divisão da escala.
2. Utilizando a balança, determina a massa (m) de cada um dos corpos
e regista o seu valor.
3. Mede com o dinamómetro o peso (P) de cada um dos corpos e regista
o seu valor.
OBSERVAÇÕES
100 g
1. C
onstrói uma tabela com os valores da massa, do peso e do quociente 200 g
entre o peso e a massa para os três corpos. 300 g
CONCLUSÕES
1. O que podes concluir relativamente ao quociente entre os valores do peso e da massa dos corpos?
2. Qual é a relação entre a massa e o peso de um corpo? u2p60h1
P=m×g
g
O peso do corpo depende da aceleração gravítica e esta varia de local
para local e de planeta para planeta. Para o planeta Terra, g = 9,8 m/s2,
a expressão que permite determinar o valor do peso de um corpo quando P
IDEIAS-CHAVE
Corpos com diferentes massas adquirem acelerações diferentes sob ação de forças de igual intensidade.
O módulo da aceleração de um corpo é inversamente proporcional à sua massa, para a mesma intensidade
da força aplicada.
A força resultante aF Rk e a aceleração ^ah são duas grandezas diretamente proporcionais.
De acordo com a Lei Fundamental da Dinâmica, a força resultante do sistema de forças que atuam num
corpo produz nele uma aceleração com a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante, que
é tanto maior, quanto maior for a intensidade da força resultante: F R = m ◊ a.
A expressão P (N) = m (kg) ◊ 9,8 (ou em aproximação P = m × 10) permite calcular o peso de um
corpo na Terra, quando se conhece a sua massa, e é uma aplicação da 2.ª Lei de Newton.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. A
um corpo com 3000 g de massa é aplicada uma força F constante
com uma intensidade de 12 N. Sabendo que no corpo também atua
uma força aF ak com sentido contrário ao
do movimento e com a intensidade de 3 N, determina:
a)
o valor do peso do corpo à superfície do planeta Terra; F
b)
o valor da aceleração adquirida pelo corpo;
Fa
c) a variação da velocidade do corpo ao fim de 2,0 s de movimento.
a)
DADOS: m = 3000 g = 3,000 kg; g = 10 m/s2
CÁLCULOS: P = m ◊ g & P = 3,000 ◊ 10 + P = 30 N
RESPOSTA: A intensidade do peso do corpo é 30 N.
b)
DADOS: F = 12 N; Fa = 3 N; m = 3,000 kg
CÁLCULOS: FR = F - Fa (a força F a tem sentido contrário ao do movimento)
FR = 12 - 3 = 9 N
U2P62H1
Aplicando a 2.ª Lei de Newton: FR = m ◊ a
9
9 = 3,000 ◊ a + a = + a = 3 m/s2
3,000
RESPOSTA: O valor da aceleração é de 3 m/s2.
c)
DADOS: a = 3 m/s2; Dt = 2,0 s; Dv = ?
Dv Dv
CÁLCULOS: am = &3= + Dv = 6 m/s
Dt 2,0
RESPOSTA: O valor da variação da velocidade é igual a 6 m/s.
ATIVIDADES
1. Determina a intensidade da força resultante aplicada a um corpo de massa 1,5 kg que adquire uma aceleração
de valor igual a 4 m/s2.
2. A um corpo com 200 g de massa, inicialmente em repouso, é aplicado um sistema de forças cuja resultante tem
uma intensidade tal que o corpo em 5 s adquire uma velocidade de 20 m/s.
2.1 D
etermina o valor do peso do corpo.
2.2 Determina o valor da aceleração adquirida pelo corpo.
2.3 Caracteriza a força resultante que atua no intervalo de tempo considerado.
2.4 Representa os vetores P, F R, a e v .
2.5 Refere o tipo de movimento adquirido pelo corpo. Justifica a tua resposta.
56
A B
U2P63H1 U2P63H2
Todos os corpos têm tendência para manter o seu estado de repouso ou
de movimento. Um corpo em repouso continuará indefinidamente em
repouso (Fig. 16), se a resultante das forças que atuam nesse corpo for
nula (Fig. 17).
A resultante das forças qua atuam num corpo também é nula quando o
corpo está animado de movimento retilíneo uniforme (velocidade cons- N
Fig. 17
A resultante das forças
que atuam num corpo
em repouso é nula.
Fig. 18 A resultante das forças que atuam num corpo com movimento retilíneo
uniforme é nula.
57
F2
F1
Fig. 19 A inércia do automóvel é maior, pelo que a força a aplicar para movimentar
a bicicleta é menor do que a força necessária para movimentar o automóvel.
58
IDEIAS-CHAVE
A inércia é uma propriedade física de todos os corpos que traduz a oposição que estes oferecem
à alteração do seu estado de repouso ou de movimento.
A 1.ª Lei de Newton ou Lei da Inércia estabelece que todo o corpo permanecerá em repouso ou com
movimento retilíneo uniforme (velocidade constante), se a resultante das forças que atuam no corpo for
nula.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
RESOLUÇÃO:
O corpo, de acordo com a Lei da Inércia,
tem tendência para manter o seu estado
de repouso ou de movimento retilíneo uniforme.
Neste caso, a garrafa está em repouso em cima
de uma mesa. De acordo com a 1.ª Lei de Newton,
a garrafa tem tendência a manter-se em repouso
em relação à mesa, pelo que, quando se puxa
a toalha, a garrafa permanece imóvel em cima
da mesa.
ATIVIDADES
3. O
bserva as figuras e refere em que situação a inércia é maior. Justifica a tua resposta.
A B
U2P65H2
59
564829 042-077.indd 59
U2P65H3 U2P65H4 05/06/15 14:55
2.6 Força de colisão
Durante a colisão, o carro exerce uma força sobre o obstáculo, mas este
também exerce uma força sobre o veículo (Fig. 21). Estas duas forças
constituem um par ação-reação. Define-se força de colisão aF colisãok como
a força que o obstáculo exerce no veículo que com ele colide.
Fcolisão Fcarro/parede
Assim:
vi
Fcolisão = -m ◊
Dt
60
61
IDEIAS-CHAVE
Define-se força de colisão _F colisãoi como a força que o obstáculo exerce no corpo que colide.
Quanto maior é o intervalo de atuação da força de colisão, isto é, quanto maior é o tempo de colisão,
menor é a intensidade da força de colisão.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. D
ois automóveis com a mesma massa circulam a diferentes velocidades: um circula a 45 km/h e o outro
a 60 km/h, quando embatem no mesmo obstáculo. Refere em qual dos automóveis é maior a intensidade
da força de colisão. Justifica a tua resposta.
RESPOSTA:
ara veículos com a mesma massa, a intensidade da força de colisão é, de acordo com a 2.ª Lei de Newton,
P
tanto maior quanto maior for o valor da velocidade de circulação no instante em que ocorreu o choque.
Assim, a intensidade da força de colisão é maior na situação em que o automóvel circula com uma
velocidade de 60 km/h, supondo que o tempo de colisão é igual.
ATIVIDADES
1. Transcreve as frases seguintes para o teu caderno e completa-as utilizando as palavras «maior» ou «menor».
A. Quanto maior é a massa do corpo, (1) é a intensidade da força
de colisão.
B. Quanto (2)
é a velocidade inicial, (3) é a intensidade da força de colisão.
C. Quanto (4)
é o intervalo de atuação da força de colisão, isto é, quanto maior é o tempo de colisão, (5)
é a intensidade da força de colisão.
2. U
m automóvel com 0,9 ton de massa circula com velocidade de 60 km/h, quando colide com um muro.
Determina a intensidade da força de colisão, admitindo que o tempo de colisão foi de 0,2 s.
3. D
ois corpos, A e B, com massas iguais deslocam-se a velocidades com diferentes módulos quando colidem num
obstáculo. Sabendo que o tempo de colisão do corpo A é o dobro do tempo de colisão do corpo B e que
as forças de colisão são iguais nos dois casos, determina a relação entre os módulos das velocidades dos corpos.
4. S
eleciona a opção correta.
A. A força de colisão tem o mesmo sentido do movimento do veículo.
B. Quanto maior é a massa do corpo, maior é a intensidade da força de colisão.
C. Quanto maior é a velocidade de circulação, menor é a intensidade da força de colisão.
D. Quanto menor é o tempo de colisão, menor é a intensidade da força de colisão.
62
A B
Marcas deixadas na neve por uma mesma pessoa que caminha com
Fig. 26
calçado normal [A] e com esquis [B].
ATIVIDADE PRÁTICA
MATERIAL
• 2 recipientes com areia
• 2 tijolos com massa igual
PROCEDIMENTO
1. C
oloca cada um dos tijolos, lado a lado, sobre a areia, um com
a superfície de maior área em contacto com a areia, e o outro com
a superfície de menor área.
2. R
etira ambos os tijolos da posição inicial.
OBSERVAÇÃO
1.
Observa as marcas
deixadas pelos dois
tijolos na superfície
da areia.
63
ATIVIDADE PRÁTICA
MATERIAL
• 2 recipientes com areia
• 3 tijolos com massa igual
PROCEDIMENTO
1. C oloca dois dos tijolos, um sobre o outro, e apoia-os na areia sobre
a superfície de maior área.
2. Coloca, ao lado, o terceiro tijolo, também apoiado na areia sobre
a superfície de maior área.
3. Retira os tijolos destas posições.
OBSERVAÇÃO
1.
Observa as marcas deixadas pelos tijolos na superfície da areia.
F
p=
A
1 Pa = 1 N/m2
Fig. 27 Blaise Pascal A unidade pascal usada para a pressão é uma homenagem a Blaise Pas-
(1623-1662). cal (Fig. 27), físico e matemático francês, que viveu no século xvii.
64
IDEIAS-CHAVE
A pressão (p) é uma grandeza escalar que traduz a intensidade da força (F ) exercida numa superfície
de contacto por unidade de área (A):
F
p=
A
A pressão será tanto maior, quanto maior for a intensidade da força exercida na superfície de contacto
e quanto menor for a área da superfície de contacto.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. Observa as imagens e explica cada uma das situações recorrendo ao conceito de pressão.
A B
RESOLUÇÃO:
Figura A: O cinto de segurança permite diminuir a pressão que é exercida sobre os passageiros, devido
ao aumento da área em que a força se exerce.
Figura B: A mesma pessoa quando calça sapatos de salto alto exerce força numa superfície muito pequena,
pelo que a pressão no chão é maior do que quando a mesma pessoa calça uns ténis.
ATIVIDADES
1. Observa as imagens e explica cada uma das situações recorrendo ao conceito de pressão.
A B
2. Um elefante e uma senhora exercem sobre o solo uma força com uma intensidade igual a 40 000 N
e 600 N, respetivamente. Admite que cada pata do elefante tem uma área de 0,1 m2 e que os sapatos
da senhora têm uma área de 5 cm2. Justifica, apresentando os cálculos, qual dos dois — o elefante
ou a senhora — exerce uma pressão maior no solo.
65
Cintos de segurança
Os passageiros seguem à mesma velocidade a que o veículo se desloca.
Se este trava bruscamente, os passageiros, de acordo com a 1.ª Lei de
Newton, continuam o seu movimento, podendo ser projetados contra o
para-brisas (Fig. 28).
Capacetes
A função dos capacetes é aumentar a área da superfície de contacto,
quando, em caso de acidente, se exerce uma força na cabeça do utiliza-
dor. A pressão diminui quando a força se exerce numa área maior, o que
atenua os efeitos da força de colisão.
A forma e o tamanho dos capacetes (Fig. 29) são pensados para diminuir
a pressão que se exerce na cabeça em caso de acidente.
Airbag
Em caso de colisão ou travagem brusca, a bolsa do airbag enche-se de
gás, o que permite que a colisão com este dispositivo demore mais
tempo, diminuindo assim a intensidade da força de impacto. Atualmente,
todos os veículos motorizados possuem airbags (Fig. 30), que podem ser
de tipo frontal ou lateral.
Fig. 30 O airbag tem como função diminuir a força de impacto em caso de acidente.
67
Célula de proteção:
Zonas de deformação:
zona sólida ao redor dos passageiros que
zonas dianteira e traseira não se deforma. Esta zona também
do veículo, que se deformam apresenta alguns materiais
facilmente e que atenuam deformáveis, para aumentar
a força de colisão. o tempo de colisão.
Coluna de direção:
deforma-se em caso
de acidente, evitando
lesões no condutor.
Airbags laterais,
frontais, de cabeça
e de joelhos:
complementam
os cintos de
segurança,
protegendo os
passageiros
em caso de
acidente.
Porta e capot:
apresentam um sistema
de fecho seguro para que
não se abram acidentalmente.
Sistemas e componentes
Vidro temperado:
elétricos: bem isolados,
para evitar acidentes. Vidro laminado: é mais resistente do que o vidro
ajuda a diminuir os normal e em caso de se quebrar
Cintos de segurança: não estilhaça nem apresenta
ferimentos no caso de o
reguláveis, com extremidades pontiagudas.
vidro se quebrar e a
pré-tensores, e podem
Apoios de cabeça: manter os ocupantes do Todos os elementos cortantes
possuir três pontos
com altura e inclinação veículo no seu interior. passíveis de provocar ferimentos
de fixação.
reguláveis e com estão devidamente protegidos.
amortecimento
eficaz.
Depósito
de gasolina:
em caso da
acidente, o
abastecimento Tablier:
de combustível é
apresenta um
automaticamente
Bancos traseiros: Bancos da frente: revestimento
cortado.
equipados com cintos de segurança, devem ter uma estrutura flexível e sem
apoios de cabeça, airbags laterais. que impeça o corpo de estruturas rígidas.
Se forem rebatíveis possuem um deslizar para a frente em
sistema de fixação lateral. caso de colisão.
68
IDEIAS-CHAVE
Quando um veículo trava bruscamente, os passageiros sentem a pressão que o cinto de segurança exerce.
Esta depende de três fatores: da área do cinto, da velocidade a que o veículo se desloca e da duração da
travagem.
Existem vários elementos num automóvel que permitem minimizar as consequências para os ocupantes
de um veículo em caso de acidente.
Quanto maior for a área do cinto de segurança, menor será a pressão que este exerce no passageiro.
Os cintos de segurança apresentam alguma elasticidade, o que permite diminuir a intensidade da força
de contacto entre o passageiro e o cinto e, por consequência, a pressão que o cinto de segurança exerce
sobre o passageiro.
O capacete aumenta a área da superfície de contacto onde a força de colisão atua. As consequências
são atenuadas em caso de acidente, pois a pressão diminui.
A intensidade da força de colisão pode ser reduzida aumentando o tempo de colisão, o que se consegue
se no veículo existirem materiais deformáveis.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
RESPOSTA:
Devido à inércia, os ocupantes de um veículo
que trava bruscamente sentem-se projetados
para a frente em relação ao automóvel. Caso
os ocupantes dos bancos da frente não
estejam a utilizar os cintos de segurança,
poderão ser projetados pelo para-brisas.
Por outro lado, devido ao aumento da área
de contacto, a pressão exercida sobre
o corpo dos passageiros diminui.
ATIVIDADES
69
F1
F2
A experiência do dia a dia mostra que apenas a partir Quando o caixote já está a movimentar-se, a força
de uma determinada intensidade da força aplicada resultante é não nula, pelo que a força aplicada pelo
o rapaz consegue que o caixote deslize. Inicialmente, rapaz tem intensidade superior à da força de atrito,
U2P72AH3
o corpo está em repouso, a força resultante é nula. U2P72AH2
e o corpo adquire aceleração. Ao iniciar o movimento,
Por aplicação de uma força de baixa intensidade, a força de atrito torna-se menos intensa, mas continua
de direção horizontal, o corpo continua em repouso, a atuar — força de atrito cinético.
pelo que entre o caixote e a superfície de contacto A intensidade da força de atrito cinético é tipicamente
existe uma força que contraria o movimento e é inferior à intensidade da força de atrito estático.
simétrica à força aplicada. Assim, para fazer deslizar
o caixote, a força aplicada pelo rapaz terá de ter uma
intensidade superior à força de atrito que se opõe
ao movimento enquanto o corpo está parado — força
de atrito estático.
70
ATIVIDADE LABORATORIAL A
MATERIAL
• 2 blocos iguais F1
• Tira de alcatifa F2
• Dinamómetro
PROCEDIMENTO
1. P
rende o dinamómetro a um dos blocos.
B
2. C
oloca o bloco sobre a mesa (superfície lisa).
3. P
uxa o dinamómetro até provocar o deslizamento do bloco
e lê o valor indicado no aparelho [A]. F1
4. C
oloca agora o bloco sobre a tira de alcatifa (superfície rugosa),
puxa o dinamómetro até provocar o deslizamento do bloco e lê
u2p73ah1 F2
o valor indicado no aparelho [B].
5. C
oloca dois blocos iguais, um em cima do outro, e prende
o conjunto ao dinamómetro.
C
6. C
oloca o conjunto sobre a mesa e repete o procedimento 3 [C].
7. P
rende os dois blocos lado a lado e repete o procedimento
3 [D]. F1
u2p73ah2 F2
OBSERVAÇÕES
1.
Em que situação, A ou B, foi maior a força aplicada?
2.
Na situação C, a força aplicada foi maior, menor ou igual D
à da situação A?
3.
As forças aplicadas nas situações C e D são iguais?
F1
Conclusões u2p73ah3 F2
1.
Que fatores influenciam a intensidade da força de atrito?
2.
A força de atrito depende da área de contacto?
P P
IDEIAS-CHAVE
As forças de atrito opõem-se ao deslizamento entre superfícies ou à tendência para esse movimento.
A força de atrito caracteriza-se por ter a mesma direção do movimento, mas sentido oposto
ao movimento de deslizamento.
Quanto mais rugosas forem as superfícies de contacto, maior será a intensidade da força de atrito.
Quanto maior for a intensidade da força normal, maior será a intensidade da força de atrito.
Um corpo em movimento num fluido (líquido ou gás) está sujeito a uma força de resistência que se opõe
a esse movimento.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
RESOLUÇÃO:
Não se deve circular com pneus carecas, em especial em dias de chuva, pois estes não escoam a água,
potenciando a formação de uma película de água entre o pneu e a estrada, o que faz diminuir a intensidade
da força de atrito. Por outro lado, num pneu careca, a superfície de contacto está mais polida, o que diminui
a força de atrito, mesmo na ausência de chuva.
ATIVIDADES
2. Observa as figuras e explica por que razão o valor de força da atrito é igual nas três situações.
A B C F
F
F
Fa Fa Fa
3. U
m corpo com 400 g de massa adquiriu, por aplicação de uma força de 3 N, uma aceleração de 5 m/s2.
U2P75AH1
Determina a intensidade da força de atrito. U2P75AH2 U2P75AH3
4. Observa a figura, que representa um paraquedista que está prestes
a abrir o paraquedas.
4.1 Representa as forças que atuam no paraquedista.
4.2 O que acontece à resistência do ar quando o paraquedista Rar
abre o paraquedas? P
73
ESQUEMATIZAR
FORÇAS
B Prejudicial D F
Ponto
de aplicação
VERIFICAR
2. O
bserva a imagem, onde estão representadas algumas forças, e responde às questões.
F2
F1
F3
F4
F5
2N
2.1 Indica:
a) todas as forças que têm a mesma intensidade;
b) duas forças com a mesma direção;
U2P76AH2
c) duas forças com a mesma direção e sentidos opostos;
d) duas forças com a mesma intensidade e diferentes direções;
e) uma força que tenha intensidade tripla da força F 2;
f) uma força que possa representar o peso de um corpo.
3. Copia para o teu caderno as frases que se seguem, completando-as com as palavras «maior», «menor»
ou «igual».
A. Quanto mais polidas forem as superfícies de contacto, (1) será a intensidade da força de atrito entre
os dois corpos.
B. A intensidade da força de atrito será tanto menor, quanto (2) for a força normal entre o corpo
e a superfície.
74
4. Observa as imagens e representa, para cada caso, duas forças que possam constituir um par ação-reação.
5. C
lassifica as afirmações que se seguem como verdadeiras (V) ou falsas (F) e corrige no teu caderno as falsas.
A. A inércia de um corpo é uma propriedade de todos os corpos e traduz a resistência que o corpo tem para
alterar o seu estado de movimento.
B. De acordo com a Lei Fundamental da Dinâmica, se a resultante das forças que atuam no corpo for nula,
este permanece em repouso ou com movimento retilíneo uniforme.
C. Quando um autocarro trava bruscamente, os passageiros sentem-se projetados para trás devido à sua inércia.
D. Um corpo em movimento de queda no vazio está apenas sujeito à força gravítica.
E.
A força resultante e a aceleração que um corpo adquire têm sentidos opostos.
F.
No movimento retilíneo uniformemente acelerado, a força resultante e a velocidade têm o mesmo sentido.
G. Ao triplicar a intensidade da força resultante aplicada num corpo, o valor da sua aceleração diminui para um
terço.
H. Se a força resultante aplicada num corpo for nula é porque sobre ele não atuam forças.
7. Considera três automóveis, A, B e C. Os automóveis A e C têm uma massa de 1500 kg e circulam a uma
velocidade igual a 60 km/h e 35 km/h, respetivamente. O automóvel B tem uma massa de 2 ton e circula numa
autoestrada a 90 km/h. Enumera, por ordem decrescente de intensidades das forças de colisão, os automóveis,
supondo que cada um deles colide na mesma parede, com igual tempo de colisão.
9. Dá dois exemplos do dia a dia em que o atrito seja útil e duas situações em que o atrito seja prejudicial.
10. Dois homens têm a mesma massa e deslocam-se na neve. O homem A usa patins de gelo e o homem B, esquis.
Das afirmações seguintes, seleciona a opção correta.
A. A pressão que o homem A exerce sobre a neve é menor do que a pressão que o homem B exerce sobre
a neve.
B. A pressão que o homem A exerce sobre a neve é maior do que a pressão que o homem B exerce sobre
a neve.
C. A pressão não se relaciona com a área da superfície de apoio.
D. A força que o homem A exerce na neve é maior do que a força que o homem B exerce na neve.
75
11. Observa os esquemas, que representam um bloco com 4,0 kg de massa, no qual está aplicado um sistema
de forças.
A B
B C
F1 F1
F1
F3
F3
F2 F2 F2
F1 = 2 N F2 = 4 N F3 = 1 N F1 = 2 N F2 = 4 N F1 = 2 N F2 = 4 N F3 = 2 N
12. Duas esferas, A e B, com 100 g de massa, movem-se numa trajetória retilínea, como se mostra na figura.
U2P78AH1
12.1 Identifica a esfera que tem movimento U2P78AH2 U2P78AH3
retilíneo uniformemente acelerado.
FR = 0 N
Justifica a tua resposta.
FR
12.2 Enuncia a lei que usaste para responder
à questão 12.1.
12.3 Determina o valor da velocidade de cada A B
uma das esferas ao fim de 2,0 s, sabendo FR = 1 N
que ambas, no instante inicial, tinham uma
velocidade de 1,0 m/s.
14. Um rapaz desloca uma caixa, exercendo uma força horizontal com uma intensidade de 500 N. A caixa tem uma
massa de 40 kg e adquire uma aceleração de 8 m/s2.
14.1 Refere, justificando, se existe atrito entre as superfícies de contacto. Em caso afirmativo, caracteriza-o.
14.2 Representa, num esquema, as forças que atuam na caixa.
14.3 Refere, justificando, que força constitui, com a força de reação normal, um par ação-reação. U2P78AH4
15. O gráfico seguinte traduz a variação da intensidade da resultante das forças que atuam durante 60 segundos
num corpo com 50 kg de massa, que se encontra inicialmente em repouso.
Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.
A. O corpo permanece em repouso durante os 60 s.
F/N
B. A velocidade do corpo aumenta no intervalo de tempo [20, 40] s.
300
C. No intervalo [40, 60] s, o aumento do valor da velocidade do corpo
200
é superior ao do intervalo [0, 20] s.
D. No intervalo de tempo [20, 40] s, o movimento é uniforme. 100
76
16. D
ois corpos, A e B, movem-se numa calha horizontal, da esquerda para a direita. No corpo A atua um sistema
de forças cuja resultante tem intensidade constante e direção e sentido do movimento. A resultante
das forças que atuam em B é nula. FR é nula
16.1
Classifica, justificando, o tipo de movimento de cada um dos corpos.
FR
16.2
Enuncia as leis de Newton que te permitiram responder à questão
anterior.
17. U
m veículo com 1,0 ton de massa circulava a 50 km/h quando colidiu
com um muro, como se mostra na figura. 60 70
80
50 90
40
17.1
100
20
110
1
120
km/h
km/ h
em 0,05 s.
17.2
Caracteriza a força média que atuou no automóvel durante a colisão.
17.3
Determina a intensidade da força que atuou num passageiro u2 p61D h1
com 50 kg de massa, admitindo que a aceleração média é a
mesma.
17.4
Supondo que a área do cinto sobre este passageiro é de 0,08 m2,
50 km/h
determina a pressão que o cinto exerce sobre ele.
18. O
bserva a figura, em que se representa um corpo sujeito a um sistema
de forças.
U2P79AH3 1N
18.1
Representa, no teu caderno, a resultante das três forças. F3
18.2
Caracteriza F 1. F1
18.3
Sabendo que o corpo tem 2,0 kg de massa, determina a aceleração
adquirida pelo corpo. F2
CHEGO ÀS METAS
U2__ Sim Preciso
de rever
Tenho
de estudar
1.
Caracterizo forças e identifico-as como o resultado da interação entre corpos. pp. 44-45 2 1 0
2.
Enuncio, interpreto e aplico as três Leis de Newton. pp. 47-49 e 53-58 2 1 0
3.
Defino resultante das forças e determino a sua intensidade em sistemas de forças com 2 1 0
a mesma direção (sentidos iguais ou opostos) ou com direções perpendiculares. pp. 50-52
4.
Identifico as forças que atuam sobre um veículo que colide e uso a Lei Fundamental 2 1 0
da Dinâmica no cálculo da força média que o obstáculo exerce sobre ele. pp. 60-61
5.
Justifico a utilização de apoios de cabeça, cintos de segurança, airbags, capacetes 2 1 0
e materiais deformáveis nos veículos com base nas leis da dinâmica. pp. 66-68
6.
Defino pressão, indico a sua unidade SI, determino valores de pressões e interpreto 2 1 0
situações do dia a dia com base na sua definição, designadamente nos cintos
de segurança. pp. 63-65
7.
Defino a força de atrito como a força que se opõe ao deslizamento ou à tendência para 2 1 0
esse movimento, que resulta da interação do corpo com a superfície em contacto,
e represento-a por um vetor num deslizamento. pp. 70-73
8.
Dou exemplos de situações do dia a dia em que se manifestam forças de atrito, avalio se 2 1 0
são úteis ou prejudiciais, assim como o uso de superfícies rugosas ou superfícies polidas
e lubrificadas, justificando a obrigatoriedade da utilização de pneus em bom estado.
pp. 71-72
9.
Concluo que um corpo em movimento no ar está sujeito a uma força de resistência que 2 1 0
se opõe ao movimento. p. 72
0-8 — Tenho de me esforçar mais. 9-14 — Sou capaz de fazer melhor. 15-18 — Tenho de continuar assim!
77
78
A energia
A
recente e só
palavra «energia» é surpreendentemente
uiriu o seu significado
em meados do século xix adq
entã o, de não se reco-
moderno. Não se tratava, até
rais — a crep itação da
nhecer a existência de diversas forças natu to que enfu na
da de ven
eletricidade estática ou uma furiosa raja inde pen den tes
que eram
uma vela. Simplesmente, pensava-se
as. Não exis tia uma noç ão abrangente de energia
umas das outr
acontecimentos.
que englobasse uma tal diversidade de
undamente ligadas,
As várias formas de energia estão prof
es, por vezes no calor do
ainda que se revelem de modos diferent das-d'água ou
ar de que
esforço humano ou animal ou no jorr apes ar de todas
esso e,
explosões de vulcões. Durante todo o proc e constante.
gia perm anec
as variações, a quantidade total de ener o,
Famosa do Mund
E = mc A Biografia da Equação mais
2
David Bodanis,
Grad iva, 2001 (adaptado)
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. Qual é a diferença entre o nível da água
a montante e a jusante da barragem?
Interpretar
2. Justifica, através de exemplos contidos
no texto, que o conceito de energia
é abrangente.
3. Nos processos em que há variações na forma
como a energia se manifesta, o que acontece
à quantidade total de energia?
Refletir
4. Será que à água contida na albufeira
é possível associar energia que só se
manifesta quando as comportas são abertas?
AS TUAS METAS
• Indicar que as manifestações de energia se • Concluir que as várias formas de energia usada
reduzem a dois tipos fundamentais: energia no dia a dia se reduzem aos dois tipos
cinética e energia potencial. fundamentais.
• Indicar de que fatores depende a energia cinética • Identificar os tipos fundamentais de energia
de um corpo e estabelecer relações entre valores de um corpo ao longo da sua trajetória quando
dessa grandeza para corpos com igual massa é deixado cair ou quando é lançado para cima
e diferente velocidade ou com igual velocidade na vertical, concluindo que a soma das duas
e diferente massa. energias é constante quando se despreza
• Indicar de que fatores depende a energia a resistência do ar.
potencial gravítica de um corpo e estabelecer • Concluir que é possível transferir energia entre
relações entre os valores dessa grandeza para sistemas através de atuação de forças e designar
corpos com igual massa colocados a alturas esse processo por trabalho.
diferentes do solo ou colocados a igual altura
e com massas diferentes.
79
Energia
A energia está sempre presente na nossa vida. Muitas vezes associa-se a
energia à realização de atividades como, por exemplo, correr, jogar futebol
ou dançar, mas a energia também está presente quando estamos em
repouso. O conceito de energia é tão abrangente que a sua definição se
torna difícil; contudo, é possível indicar algumas das suas características.
Sabe-se que a energia não é uma substância nem uma força, e como se
verá adiante, está relacionada com a capacidade de produzir trabalho.
Sabe-se que a energia se pode manifestar de diferentes formas.
Manifestações de energia
A energia térmica está A energia sonora está A energia elétrica está A energia química
associada à temperatura associada ao som. associada à presença de relaciona-se com
dos corpos. cargas elétricas. o conteúdo energético
das substâncias.
A energia solar refere-se A energia radiante está A energia eólica está A energia hídrica está
à energia fornecida pelo associada às diferentes associada ao vento. associada a massas
Sol. radiações. de água em movimento
ou presas numa albufeira.
RECORDAR A energia pode converter-se de uma para outra forma e pode transferir-
Um sistema é a parte
-se entre sistemas. Por exemplo, uma lâmpada recebe energia elétrica da
do Universo que é objeto tomada da rede e converte essa energia em energia luminosa e em ener-
de estudo. gia térmica.
A B
Fig. 2 A energia armazenada no elástico esticado da fisga é energia potencial. Esta
pode transformar-se em energia cinética quando se solta o elástico. O corpo
inicialmente em repouso passa a deslocar-se [A]. Durante uma combustão,
há transformação de energia potencial em energia cinética, que se pode
manifestar pelo aquecimento do ar (partículas com maior agitação) [B].
81
Energia sonora
O som resulta da vibração das partículas
de uma fonte e propaga-se também pela
vibração das partículas de um meio material.
A vibração é um movimento, pelo que
a energia sonora é uma manifestação
de energia cinética.
Energia eólica
A energia eólica está associada
ao movimento de massas de ar. Assim,
a energia eólica é uma manifestação
de energia cinética.
Energia química
É comum associar-se energia química
a substâncias como os alimentos
ou os combustíveis, mas qualquer
substância tem associada a si energia
química devido ao modo como os átomos
se ligam entre si. Quando as substâncias
sofrem transformações químicas, ocorrem
manifestações dessa energia. Assim,
a energia química é uma forma de energia
potencial.
Energia nuclear
Existe energia associada aos núcleos
atómicos, a qual se relaciona com a forma
como as partículas subatómicas interagem.
Quando ocorrem reações nucleares, parte
dessa energia é transferida e pode ser
aproveitada, por exemplo, para gerar
eletricidade. Assim, o tipo fundamental
de energia que se lhe pode associar
é energia potencial.
82
IDEIAS-CHAVE
A energia é uma grandeza física que se relaciona com a capacidade de produzir trabalho.
A energia pode transformar-se e transferir-se entre sistemas, mas globalmente conserva-se.
Só existem dois tipos fundamentais de energia: energia cinética e energia potencial.
A energia potencial está armazenada nos corpos e relaciona-se com as posições relativas das partículas
que os constituem.
As diferentes designações que se utilizam para a energia relacionam-se com a sua fonte ou com o modo
como se manifesta.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. A
figura ao lado mostra um aproveitamento do carvão. Classifica,
justificando, o tipo fundamental de energia associada ao carvão.
RESOLUÇÃO:
O carvão é um material ao qual se pode associar energia química
devido ao modo como os átomos se ligam entre si. Assim, o tipo
fundamental de energia que se lhe pode associar é a energia potencial.
ATIVIDADES
2. Associa cada uma das situações seguintes a um dos tipos fundamentais de energia.
A. Peixe a nadar. E.
Atleta a pedalar.
B. Mola comprimida. F.
Vaso no parapeito de uma janela.
C. Gasolina no depósito. G.
Pás de uma turbina a girar.
D. Manteiga na embalagem. H.
Cão a correr.
83
A B
1
m1 = m2
h1 = h2 h1 > h2
1
2
h1
h1 h2 2
m1 > m2
h2
Ep = m1 g h
1
Ep = 2m1 g h
2
Ep = m g h1
1
Ep = m g 2h1 = 2m g h1
2
Quando a massa duplica, a energia potencial gravítica Quando a distância ao solo duplica, a energia
U3P75H3
duplica. U3P75H4 U3P75H5
potencial gravítica duplica. U3P75H6
84
IDEIAS-CHAVE
A energia potencial está associada à posição relativa das partículas que constituem um corpo ou à posição
relativa dos corpos que constituem um sistema.
A energia potencial gravítica associada a um corpo deve-se à sua interação com o planeta em que se
encontra.
A energia potencial gravítica (Ep) é tanto maior, quanto maior for a massa (m) do corpo, quanto maior for
a aceleração gravítica (g) e quanto maior for a sua distância ao solo (h).
Ep = m g h
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
A
1. A
representação gráfica ao lado mostra a variação 20
de energia potencial gravítica associada a um atleta, numa
prova de escalada, em função da sua distância ao solo. Energia 15
(20; 14)
1.1
De entre as opções seguintes, seleciona a que potencial
× 103/J 10
corresponde à energia potencial gravítica relativa
ao ponto A assinalado no gráfico. (10; 7)
5
A.
20 000 J C. 22 000 J
B. 21 000 J D. 24 000 J 0
0 10 20 30
1.2 Determina a massa do atleta. Distância ao solo/m
1.1 RESOLUÇÃO:
A
energia potencial gravítica associada ao atleta é diretamente proporcional à distância a que este se
encontra do solo. Assim, pode estabelecer-se a proporção:
U3P75H7
Ep Ep1 14 # 10 3
2 Ep 14 # 10 3 # 30
& + Ep = = 21 ◊ 103 J
2
= =
h1 h2 20 30
2
20
RESPOSTA: B
1.2 DADOS:
Ep = 14 ◊ 103 J; h = 20 m; g . 10 m/s2
RESOLUÇÃO:
14 # 10 3
Ep = m g h & 14 ◊ 103 = m ◊ 10 ◊ 20 + m = + m = 70 kg
200
RESPOSTA: A massa do atleta é 70 kg.
ATIVIDADES
85
60 70 60 70 60 70 60 70
80 80 80 80
50 90
50 90
50 90 50 90
40 100 40 100 40 100 40 100
00
0
30 110
1 30 110
1 30 110
1 30 110
1
20 120 20 120 20 120 20 120
km/h
km/ h km/h
km/h km/h
km/ h km/h
km/h
50
50 kkm/h
/h 50 km/h 50
50 kkm/h
/h 10
100
1 00 kkm/h
00 /h
1 1 1 1 1 1
Ec = m1 v 2 Ec = (2m1)v 2 = 2 ◊ m1 v 2 Ec = m v 12 Ec = m (2v1)2 =4 ◊ m v 12
1
2 2
2 2 1
2 2
2 2
Quando a massa duplica, a energia cinética duplica. Quando o módulo da velocidade duplica, a energia
U3P76H1 U3P76H2 U3P76H3
cinética quadruplica.
U3P76H4
100 30
80 25
20
Energia 60 Energia
cinética/J cinética/J 15
40
10
20 5
0 0
0 2 4 6 0 2 4 6
Massa/kg Velocidade/(m/s)
U3P76H5 U3P76H6
86
IDEIAS-CHAVE
A energia cinética está associada ao movimento dos corpos.
O valor da energia cinética (Ec) de um corpo é diretamente proporcional à sua massa (m) e ao quadrado
do módulo da sua velocidade (v):
1
Ec = m v2
2
Para uma dada velocidade, quando a massa do corpo duplica, a energia cinética duplica. A energia
cinética aumenta linearmente com a massa.
Para uma dada massa, quando o módulo da velocidade duplica, a energia cinética quadruplica. A
energia cinética aumenta com o quadrado do módulo da velocidade.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. Um camião com uma massa de 12 toneladas desloca-se com uma velocidade de módulo igual a 40 km/h.
Calcula a energia cinética associada ao camião.
DADOS:
40 000 m
mcamião = 12 ton = 1,2 × 104 kg; v = 40 km/h = = 11,1 m/s
_60 # 60i s
CÁLCULOS:
1 1
Ec = m v 2 & Ec = ◊ 1,2 ◊ 104 ◊ 11,12 = 7,4 ◊ 105 J
2 2
RESPOSTA: A energia cinética associada ao camião é 7,4 ◊ 105 J.
ATIVIDADES
1. Observa as figuras e enumera as situações por ordem decrescente de energia cinética, sem realizar cálculos.
A B C D
70 70 70 70
60 80 60
80
0 90 60 80 60
80
0 90
kg
250 kg kg
250 kg 500 kg
kg 500 kg
kg
50 50 50 50
kg
kg kg
kg kg
kg kg
kg
90 90
40 100 40 100 40 100 40 100
30 1
110 30 1
110 30 1
110 30 1
110
40 km/h
m/h
h 80 km/h
m/h
h 40 km/h 80 km/h
U3P77H1 U3P77H2
2. No gráfico da figura ao lado representa-se o módulo da velocidade em função do tempo para dois veículos, U3P77H3 U3P77H4
A e B. A massa do veículo A é 1,0 ◊ 103 kg.
B
2.1
Calcula a energia cinética associada ao veículo A, 120
no instante 1 s. 110
100
Velocidade/(km/h)
90 A
2.2
Seleciona a opção que completa corretamente 80
a afirmação seguinte: 70
60
50
A energia cinética do veículo B aos 3 s é 40
da energia cinética do mesmo veículo aos 5 s. 30
20
1 1 1 1 10
A. B. C. D. 0
2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
2.3
Calcula a massa do veículo B, sabendo que no instante 4 s Tempo/s
a energia cinética dos dois veículos é a mesma.
87
U3P77H5
564829 078-097.indd 87 05/06/15 15:05
3.4 Transformações de energia:
energia potencial gravítica energia cinética
Queda de corpos sujeitos à ação
do seu peso
Considere-se uma maçã de 200 g (0,200 kg) que cai de uma altura de
1,5 m, partindo do repouso. Considerando a resistência do ar desprezável,
a energia potencial e a energia cinética variam do modo ilustrado (Fig. 5).
88 U3P78H2
Lançamento vertical de um corpo
Considere-se uma bola de voleibol de massa 260 g (0,260 kg) que é
lançada verticalmente para cima, por ação de uma força de curta dura-
ção que lhe permite adquirir uma velocidade inicial de valor igual a
10 m/s. Considerando a resistência do ar desprezável, a energia poten-
cial gravítica e a energia cinética variam do modo ilustrado (Fig. 6).
5m
h (C) = 5 m Ep = m g h & Ep (C) = 0,260 ◊ 10 ◊ 5 = 13 J
1 1
v (C) = 0 m/s Ec = m v 2 & Ec (C) = ◊ 0,260 ◊ 02 = 0 J
2 2
4,2 m
U3P79H1
A soma da energia potencial gravítica com a energia cinética em cada
ponto tem sempre o mesmo valor.
89
IDEIAS-CHAVE
Os dois tipos fundamentais de energia podem transformar-se um no outro:
energia potencial gravítica energia cinética energia potencial gravítica
Durante a queda de um corpo, à medida que a altura do corpo, relativamente ao solo, diminui, o módulo
da sua velocidade aumenta. Há transformação de energia potencial gravítica em energia cinética.
Durante a ascensão vertical de um corpo, à medida que a altura do corpo, relativamente ao solo, aumenta,
o módulo da sua velocidade diminui. Há transformação de energia cinética em energia potencial gravítica.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. U
ma esfera com 2,5 g de massa é deixada cair de um ponto A, a uma
80 cm
m
altura de 80 cm do solo, como se ilustra na figura. A m = 2,
2
2,5 g
a) RESOLUÇÃO:
Ep = m g h & Ep (A) = 2,5 ◊ 10-3 ◊ 10 ◊ 0,80 = 2,0 ◊ 10-2 J
RESPOSTA: U3P80H1
A energia potencial gravítica associada à esfera no ponto A é 2,0 ◊ 10-2 J.
c) RESPOSTA:
A soma da energia potencial gravítica com a energia cinética no ponto B é 2,0 ◊ 10-2 J, pois, sendo desprezável
a resistência do ar, esta soma tem valor constante, pelo que terá o mesmo valor já calculado para o ponto A.
d) RESOLUÇÃO:
Na chegada ao solo, a altura, h, é nula, pelo que, nesse ponto, a energia potencial gravítica associada
à esfera é também nula. Dado que a soma (Ep + Ec) é constante ao longo do percurso, é possível conhecer
a energia cinética neste ponto.
Ep (C) + Ec (C) = 2,0 ◊ 10-2 & 0 + Ec (C) = 2,0 ◊ 10-2 + Ec (C) = 2,0 ◊ 10-2 J
1 1 2#10-2#2
Ec = m v 2 & 2,0 ◊ 10-2 = ◊ 2,5 ◊ 10-3 v 2 + v 2 = +v= 16 = !4,0
2 2 2,5#10-3
O módulo da velocidade é sempre positivo, ou seja, será 4,0 m/s.
RESPOSTA:
O módulo da velocidade da bola no ponto C, à chegada ao solo, é 4,0 m/s.
90
2. Uma bola, a uma distância de 50 cm do solo (I), é lançada para cima com uma velocidade inicial de módulo
igual a 3,0 m/s. Quando atinge o ponto de altura máxima (II), volta para baixo atingindo o solo (III), como se
ilustra na figura.
2.1
Sabendo que a bola tem uma massa de 150 g e considerando
II
desprezável a resistência do ar, determina:
a) a soma da energia potencial gravítica com a energia cinética
nos pontos I, II e III; I
50 cm
b) a altura máxima atingida pela bola;
c) o valor da velocidade da bola no ponto III.
2.2
Supõe que a bola, ao atingir o solo, ressalta. Refere o que acontece III
ao módulo da velocidade da bola e à energia cinética durante
a subida.
DADOS:
h (I) = 50 cm = 0,50 m; v (I) = 3,0 m/s; m = 150 g = 0,150 kg
U3P80H2
2.1 a) RESOLUÇÃO:
1 1
Ec + Ep = m v 2 + m g h & Ec (I) + Ep (I) = ◊ 0,150 ◊ 3,02 + 0,150 ◊ 10 ◊ 0,50 = 1,43 J
2 2
Sendo desprezável a resistência do ar:
Ec (I) + Ep (I) = Ec (II) + Ep (II) = Ec (III) + Ep (III) = 1,43 J
RESPOSTA:
A soma da energia potencial gravítica com a energia cinética nos pontos I, II e III é sempre a
mesma: 1,43 J.
b) RESOLUÇÃO:
Enquanto a bola sobe, o módulo da sua velocidade vai diminuindo até que, no ponto de altura
máxima, a velocidade é nula, ou seja, toda a energia cinética foi transformada em energia potencial
gravítica.
1
Ec (II) + Ep (II) = m v 2 (II) + m g h (II) & 1,43 = 0 + 0,150 ◊ 10 ◊ h (II) +
2
1,43
+ h (II) = + h (II) = 0,95 m
0,150 # 10
RESPOSTA:
A altura máxima atingida pela bola é 0,95 m.
c) RESOLUÇÃO:
Enquanto a bola desce, o módulo da sua velocidade vai aumentando e a altura relativamente ao solo
diminui até ser nula.
1 1
Ec (III) + Ep (III) = m v 2 (III) + m g h (III) & 1,43 = ◊ 0,150 ◊ v 2 (III) + 0 +
2 2
1,43 # 2
+ v 2 (III) = + v (III) = 19,07 = !4,4
0,150
Considerando como sendo positivos os valores da velocidade na descida, v = 4,4 m/s.
RESPOSTA:
O valor da velocidade da bola no ponto III, à chegada ao solo, é 4,4 m/s.
2.2
RESOLUÇÃO:
Durante a subida, o módulo da velocidade da bola diminui até se anular, pelo que a energia cinética
também diminui.
91
ATIVIDADES C 1,5 m
2. U
ma mola de roupa cai de uma altura de 7 m. Considerando desprezável a resistência do ar, seleciona
a afirmação correta.
U3P79H2
A. A energia potencial gravítica associada à mola no início da queda é mínima.
B. A energia cinética da mola no final da queda é máxima.
C. A energia potencial gravítica aumenta durante a queda.
D. A energia cinética diminui durante a queda.
3. U
ma bola com 56 g de massa é largada de diferentes alturas, como se ilustra nas figuras seguintes.
A B C
10 m
7m
4m
3.1 C
onsiderando desprezável a resistência do ar, conclui em qual das situações a bola atinge o solo com maior
velocidade. Justifica a tua resposta sem efetuares cálculos.
U3P81H1 U3P81H2
3.2 Calcula a energia potencial da bola no início da queda, na situação A. U3P81H3
3.3 Determina a energia cinética da bola à chegada ao solo, na situação A.
3.4 Calcula o módulo da velocidade da bola à chegada ao solo, na situação A.
Ilustração semelhante a
4. U U3P81H1
m rapaz lança uma bola na direção horizontal, como se mostra na figura, com mas com
uma velocidade o rapaz
inicial
de módulo 4,0 m/s. No início do lançamento, a bola encontrava-se a 1,5 m de distância relativamenteda
largando uma bola ao janela
solo.
Considerando desprezável a resistência do ar e sabendo que a bola tem uma do 3º andar.
massa de 450 g,Deve existir
calcula:
a) a energia cinética indicação da distância entre
inicial da bola; a janela e o solo (10,0 m).
b) a energia potencial
gravítica inicial v = 4,0 m/s
da bola;
c) a energia cinética 1,5 m
da bola na
chegada ao solo.
92
U3P81H1
564829 078-097.indd 92 05/06/15 15:06
3.5 Trabalho de uma força
Transferência de energia por aplicação
de forças
Quando se pretende deslocar um objeto de um local para outro, aplica-
A atuação de forças per-
-se-lhe uma força (Fig. 7). A aplicação da força no objeto permite transfe-
mite transferir energia
rir energia para este, que se manifesta durante o seu movimento.
entre sistemas.
deslocamento
Fig. 8 O atleta exerce força para manter os halteres na mesma posição, mas não
P
os desloca. A força que exerce não transfere energia para os halteres e,
por isso, não realiza trabalho. Fig. 9 No deslocamento
horizontal do carrinho
o trabalho do seu peso
É frequente atuarem várias forças sobre um corpo, no entanto, qualquer
é nulo, pois o peso
força cuja direção seja perpendicular à direção do movimento não trans- é perpendicular
fere energia para o corpo e, por isso, não realiza trabalho (Fig. 9). ao deslocamento.
93
F2
F1 F3
deslocamento
F4
As forças que têm sentido oposto ao movimento fazem com que seja
o corpo a transferir energia. Estas forças opõem-se ao deslocamento
efetuado e realizam trabalho resistente.
Determinação do trabalho potente
e do trabalho resistente
A energia que é transferida entre dois sistemas devido à atuação de for-
Em movimentos retilíneos
ças é tanto maior, quanto maior for a intensidade da força, F, e quanto
que ocorrem sempre no
maior for o valor do deslocamento efetuado, d.
mesmo sentido, o valor
absoluto do deslocamento Assim, para calcular o trabalho, W, em situações em que a força tem a
corresponde à distância mesma direção do deslocamento, utilizam-se as expressões:
percorrida.
Determinação do trabalho
F
F
deslocamento
IDEIAS-CHAVE
O trabalho de uma força é igual à energia transferida entre o corpo em que atua e o exterior.
O trabalho de uma força com a mesma direção e sentido do deslocamento é dado por:
W=F◊d
É um trabalho potente e a energia é transferida para o corpo sobre o qual se exerce a força.
O trabalho de uma força com a mesma direção do deslocamento e sentido oposto é dado por:
W = -F ◊ d
É um trabalho resistente e a energia é transferida do corpo sobre o qual se exerce a força para o exterior.
1.1 RESOLUÇÃO:
s forças que não realizam trabalho são aquelas que são perpendiculares ao deslocamento, ou seja, P e N.
A
1.2 DADOS:
U3P83H7
F1 = 500 N; F2 = 200 N; d = 3,5 m
RESOLUÇÃO:
WF = F1 × d & WF = 500 × 3,5 = 1,8 × 103 J (Trabalho potente)
1 1
RESPOSTA: A força F1 realiza um trabalho de 1,8 × 103 J e a força F2 realiza um trabalho de -7,0 × 102 J.
ATIVIDADES
1. Observa as imagens, onde estão representadas algumas das forças que atuam em cada um dos corpos
e onde está também assinalado o deslocamento efetuado pelo respetivo corpo.
deslocamento
4N
O LIVRO
F3
4N
F4
O
LIVVR
O
des
loca
men
to
F F 2
O VR
LIV
O
deslocamento
O VVRRO
LIVR
LIV RO
95
ESQUEMATIZAR
ENERGIA
Química
do quadrado D massa (m) E
C do módulo
da velocidade
F
VERIFICAR
2. S
eleciona os termos que permitem completar corretamente as frases seguintes.
A energia cinética é um tipo fundamental de energia que está associada ao (1) . A energia cinética associada
a um corpo é diretamente proporcional à sua (2) e ao (3) da sua velocidade. A energia potencial gravítica
é um tipo (4) de energia cujo valor é (5) proporcional à sua massa, à aceleração gravítica e à (6)
relativamente ao solo.
A energia (7) é uma manifestação de energia associada a massas de ar em movimento, sendo, por isso, uma
manifestação de energia (8) .
APLICAR
3. O
bserva as figuras, onde estão ilustradas quatro situações alusivas a atividades desportivas.
A B C D
3.1
Tendo em conta os dados apresentados, estabelece a ordem crescente de energia cinética associada a cada
sistema representado.
3.2
Calcula a energia cinética associada à situação cavalo-homem representada na figura D.
96
4. Nas figuras, estão representados saltos para a piscina a partir de pranchas situadas a diferentes alturas.
Considera desprezável a resistência do ar e supõe que todos os atletas se deixam cair com velocidade inicial
nula.
A C
m = 50 kg m = 80 kg
3m 3m
B 10 m D
m = 80 kg
U3P84H7
U3P84H5 m = 60 kg
3m
4.1
Estabelece a ordem crescente da energia potencial gravítica associada ao atleta no início de cada salto.
4.2 Refere, justificando, qual o atleta que chega à água com maior energia cinética.
4.3 Calcula o módulo da velocidade de entrada na água para o atleta A.
U3P84H8
4.4 Calcula o trabalho do peso no percurso de descida, até atingir a água da piscina, para a atleta D.
U3P84H6
1.
Indico que as manifestações de energia se reduzem a dois tipos fundamentais: energia 2 1 0
cinética e energia potencial. p. 81
2.
Concluo que as várias formas de energia usadas no dia a dia se reduzem aos dois tipos 2 1 0
fundamentais. p. 82
3.
Indico de que fatores depende a energia potencial gravítica de um corpo e estabeleço 2 1 0
relações entre os valores dessa grandeza para corpos com igual massa colocados
a alturas diferentes do solo ou colocados a igual altura e com massas diferentes. pp. 84-85
4.
Indico de que fatores depende a energia cinética de um corpo e estabeleço relações 2 1 0
entre valores dessa grandeza para corpos com igual massa e diferente velocidade e/ou
de igual velocidade e diferente massa. pp. 86-87
5.
Identifico os tipos fundamentais de energia de um corpo ao longo da sua trajetória, 2 1 0
quando é deixado cair ou quando é lançado para cima na vertical, e consigo concluir que
a soma das duas energias é constante quando se despreza a resistência do ar. pp. 88-89
6.
Concluo que é possível transferir energia entre sistemas através de atuação de forças 2 1 0
e designo esse processo por trabalho. pp. 91-94
0-5 — Tenho de me esforçar mais. 6-9 — Sou capaz de fazer melhor. 10-12 — Tenho de continuar assim!
97
FORÇAS E FLUIDOS
98
Impulsão ar banho,
Q
uando estamos dentro de água a tom
, e deix amo s os braços ou
numa piscina, ou no mar
exer cerm os forç a sobre
as pernas à vontade, sem
e que todo o noss o corpo
eles, sentimos que a água os eleva ma força
água existe algu
fica mais leve. Parece que dentro de e ao peso,
cim a e se opõ
que a própria água está a fazer para
visto que o peso é dirigido para baix o.
[…]
falarmos mais à
Vamos dar um nome a esta força para
es. A forç a que provoca
vontade. As forças também têm nom ar é o peso.
é larg ado no
a queda de um corpo quando este os corpos
exe rcem sob re
Esta outra força que os líquidos
neles mergulhados é a impulsão.
A Física no dia-a-dia,
Rómulo de Carvalho,
Relógio d’Água, 1995 (adaptado)
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. Onde está situado o submarino, no fundo,
à superfície ou no meio da água?
Interpretar
2. Como se designa a força que os líquidos
exercem sobre os corpos que nele são
mergulhados?
3. Indica a direção e o sentido dessa força.
Refletir
4. Qual será o mecanismo usado para que,
algumas vezes, o submarino afunde e, outras
vezes, flutue na água?
5. Qual será a relação entre o peso e a impulsão
para que o submarino se possa localizar
no meio da água?
AS TUAS METAS
• Indicar que um fluido é um material que flui: • Determinar a intensidade da impulsão a partir
líquido ou gás. da massa ou do volume de líquido deslocado
• Concluir, com base nas leis de Newton, que (usando a definição de massa volúmica) quando
existe uma força vertical dirigida para cima sobre um corpo é nele imerso.
um corpo quando este flutua num fluido • Relacionar as intensidades do peso e da impulsão
(impulsão) e medir o valor registado num em situações de flutuação ou de afundamento
dinamómetro quando um corpo nele suspenso de um corpo.
é imerso num líquido. • Identificar os fatores de que depende
• Verificar a Lei de Arquimedes numa atividade a intensidade da impulsão e interpretar situações
laboratorial e aplicar essa lei em situações do dia de flutuação ou de afundamento com base
a dia. nesses fatores.
99
Fluido
Os fluidos são materiais que podem fluir, ou seja, tendem a escapar por
Os líquidos e os gases são alguma abertura que exista no recipiente que os contém (Fig. 1). Tipica-
fluidos. mente, os materiais que exibem este comportamento encontram-se no
estado líquido ou no estado gasoso.
A B
Fig. 1 A maior parte do ar contido num balão tende a escapar, se este não for
fechado, pois os gases são fluidos [A]. A água infiltra-se através de qualquer
fissura e passa por zonas mal vedadas, pois os líquidos são fluidos [B].
Impulsão
Quando se colocam certos objetos dentro de água, sente-se uma certa
oposição, ou seja, o objeto tende a vir para cima (Fig. 2).
A B
Fig. 2 Ao tentar colocar uma rolha de cortiça dentro de água [A], esta tende a vir
para cima [B].
Corpo em repouso no líquido
Lei da Inércia (v = 0 m/s)
ou 1.ª Lei de
Se um dado corpo flutua num fluido, permanecendo em repouso pró-
Newton ximo da superfície (ou no interior), então, a força resultante que sobre ele
atua é nula, de acordo com a Primeira Lei de Newton. Dado que o corpo
está sujeito à força gravítica `P j, vertical e dirigida para baixo, conclui-se
I
P+I=0 que o fluido exerce uma força com direção vertical e sentido para cima,
P a atuar no corpo (Fig. 3). Essa força chama-se impulsão ` I j e, neste caso,
deverá ter intensidade igual ao valor do peso do corpo, para que a resul-
Fresultante = 0 tante destas duas forças seja nula.
Fig. 3 Esquema da relação
Qualquer fluido exerce sobre os corpos nele imersos, parcial ou total-
das forças que atuam
sobre um corpo imerso mente, uma força de direção vertical com sentido de baixo para cima
U4P88H5
num líquido. denominada impulsão.
100
ATIVIDADE LABORATORIAL
Impulsão
MATERIAL
• Dinamómetro • Objetos diversos
• Gobelé • Água
PROCEDIMENTO
1. S uspende um dos objetos no dinamómetro e regista o valor indicado
por este.
2. Coloca água no gobelé até cerca de metade da sua capacidade.
3. Introduz o objeto, suspenso no dinamómetro, na água contida
no gobelé. Regista o valor indicado pelo dinamómetro.
A A
4. Repete os procedimentos com os outros objetos.
Observações
1. E U4P89H3
labora, no teu caderno, uma tabela semelhante à que se apresenta e completa-a U4P89H3
com base nos registos
efetuados durante o procedimento.
Objeto 1 2 3 4 5
P/N
Pap/N
Análise
1. Como se poderá explicar que o peso e o peso aparente de cada objeto não tenham o mesmo valor?
2. Qual será o valor da impulsão a que cada objeto ficou sujeito?
IDEIAS-CHAVE
Um fluido é um material que tende a escapar por uma abertura existente no recipiente que o contém.
Os líquidos e os gases são fluidos, pois têm este comportamento.
Qualquer fluido exerce uma força vertical dirigida de baixo para cima sobre os corpos nele imersos,
designada por impulsão.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. U
m cubo de ferro com 510 g de massa foi suspenso num dinamómetro e introduzido em água. Nesta situação,
o dinamómetro marcou 4,4 N. Calcula:
a)
o valor do peso do cubo de ferro;
b)
o valor da impulsão exercida pela água sobre o cubo.
a) DADOS:
m = 510 g = 0,510 kg; g = 10 m/s2
RESOLUÇÃO:
P = m ◊ g & P = 0,510 ◊ 10 = 5,1 N
RESPOSTA: O cubo tem um peso de valor igual a 5,1 N.
b) DADOS:
Pap = 4,4 N (valor marcado pelo dinamómetro)
RESOLUÇÃO:
I = P - Pap & I = 5,1 - 4,4 = 0,7 N
RESPOSTA: O valor da impulsão é 0,7 N.
ATIVIDADES
1. Representa a impulsão exercida sobre cada corpo, através de um vetor adequado, tendo em atenção a escala
e os dados da figura. Escala:
0,2 N
A B C
2. O
bserva a figura e responde às questões seguintes.
0,15 0,13
2.1
Refere o valor do peso da esfera. 0,15 N 0,13 N
2.2
Refere o valor do peso aparente da esfera quando
mergulhada no fluido.
2.3
Determina o valor da impulsão.
102
U4P90H4
4P90H4
ATIVIDADE LABORATORIAL
Verificação da Lei de Arquimedes
MATERIAL
• Dinamómetro • Balança • Copo de combustão • Objetos • Tina
PROCEDIMENTO
1. P ousa a tina sobre o prato da balança e efetua a sua taragem.
2. R etira a tina da balança e coloca o copo de combustão dentro da tina.
3. C oloca água no copo de combustão até que fique completamente cheio.
4. S uspende um objeto no dinamómetro e regista o valor do seu peso.
5. Introduz o dinamómetro com o objeto suspenso no copo
de combustão com água. Regista o valor do peso aparente do objeto.
6. R etira o copo de combustão de dentro da tina com cuidado.
7. C oloca a tina com a água recolhida na balança, para determinar
a sua massa. Regista o valor.
8. R epete os passos 3 a 7 para os outros objetos.
RESULTADOS
1. C
onstrói uma tabela semelhante à que se apresenta e regista os valores obtidos experimentalmente e os
resultados dos cálculos efetuados.
1 2 3 4 5
Peso/N
Peso aparente/N
Análise
1. Compara o valor da impulsão com o valor do peso de água deslocada. O que concluis?
A massa de fluido (mfd) que foi deslocado pode ser relacionada com o
seu volume (Vfd) através da densidade ou massa volúmica do fluido (tf).
mfd
tf = + mfd = tf ◊ Vfd
Vfd
De onde se pode concluir que:
Pfd = tf ◊ Vfd ◊ g e também I = tf ◊ Vfd ◊ g
103
IDEIA-CHAVE
De acordo com a Lei de Arquimedes, a intensidade da impulsão exercida por um fluido sobre um corpo nele
imerso é igual à intensidade do peso do fluido deslocado (I = Pfd + I = mfd ◊ g + I = tf ◊ Vfd ◊ g).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. U
m cubo, com 150 g de massa e 125 cm3 de volume, é colocado dentro
de água (t = 1,0 ◊ 103 kg/m3) e afunda-se, tal como mostra a figura.
1.1
Calcula o valor do peso do cubo.
1.2
Calcula o valor do peso da água deslocada pelo cubo.
1.3
Determina o valor da impulsão a que o cubo fica sujeito.
1.1 DADOS:
m = 150 g = 0,150 kg; g = 10 m/s2
RESOLUÇÃO:
U4P92H1
P = m ◊ g & P = 0,150 ◊ 10 = 1,5 N
RESPOSTA:
O valor do peso do cubo é 1,5 N.
1.2 DADOS:
tf = 1,0 ◊ 103 kg/m3; g = 10 m/s2
Como o cubo fica completamente imerso, o volume de fluido deslocado é igual ao volume do cubo:
Vfd = 125 cm3 = 1,25 ◊ 10-4 m3.
RESOLUÇÃO:
Pfd = tf ◊ Vfd ◊ g & Pfd = 1,0 ◊ 103 ◊ 1,25 ◊ 10-4 ◊ 10 = 1,25 N
RESPOSTA:
O valor do peso de fluido deslocado é 1,25 N.
1.3 RESPOSTA:
A impulsão tem o mesmo valor que o peso do volume de fluido deslocado, por isso, o seu valor é 1,25 N.
ATIVIDADES
2. Uma peça de ferro com 5,0 dm3 de volume e 40 kg de massa está a ser içada para ser retirada de dentro
de água.
Calcula a intensidade mínima da força que é necessário aplicar para movimentar a peça (tágua = 1,0 ◊ 103 kg/m3)
104
Peso e impulsão
Quando se coloca um objeto no meio de um fluido, pode ocorrer uma de
três situações:
• o objeto permanece em repouso na posição em que foi colocado —
flutua no interior do fluido.
• o objeto desloca-se para a superfície do fluido, ficando uma parte fora
do fluido e outra dentro do fluido — flutua à superfície do fluido.
• o objeto desloca-se para o fundo do recipiente que contém o fluido —
afunda-se.
U4P93H5
Fatores que influenciam o valor
da impulsão
De acordo com a Lei de Arquimedes, a intensidade da impulsão corres-
ponde ao peso do volume de fluido deslocado, podendo ser determinada Maior densidade
por: I = Pfd + I = tf ◊ Vfd ◊ g do fluido
106
IDEIAS-CHAVE
A intensidade da impulsão é diretamente proporcional à densidade do fluido em que o corpo se
encontra imerso.
A intensidade da impulsão é diretamente proporcional ao volume de fluido deslocado pela parte imersa
do corpo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. S
abendo que a água dos mares tem maior densidade do que a água dos rios, compara o volume de fluido que
é deslocado nas duas situações seguintes: embarcação a flutuar na água de um rio e a mesma embarcação
a flutuar na água do mar.
1.
RESOLUÇÃO:
ara que a embarcação flutue, o valor da impulsão tem de ser igual ao valor do peso da embarcação.
P
O peso da embarcação na água do rio e na água do mar tem o mesmo valor, pelo que o valor
da impulsão tem de ser igual nas duas situações. Assim, para compensar a menor densidade da água
do rio, o volume de fluido deslocado terá de ser maior nesta situação.
ATIVIDADES
A B C
U4P95H2
I I
I
P P
P
U4P95H3
1.2 Compara, justificando, U4P95H4
o volume de fluido deslocado U4P95H5
pela esfera com o volume da esfera.
2. U
m cubo feito de um certo material é colocado em três fluidos diferentes: água destilada, álcool e óleo.
Verifica-se que flutua parcialmente imerso na água, flutua totalmente imerso no óleo e afunda-se no álcool.
2.1
Representa através de um diagrama de forças o que acontece ao cubo quando é colocado em cada um
dos fluidos.
2.2
Estabelece a ordem crescente da densidade dos fluidos.
3. O
bserva as figuras ao lado e responde às questões seguintes.
3.1
Compara as intensidades
do peso da plasticina A B
e da impulsão nas situações
A e B.
3.2
Refere, justificando, em qual
das situações o volume
de água deslocada pela
plasticina é maior.
107
ESQUEMATIZAR
IMPULSÃO
sentido C
D Afundamento
VERIFICAR
2. D
e entre as afirmações seguintes, seleciona a opção correta.
A. Apenas os líquidos exercem força de impulsão nos corpos neles imersos.
B. Apenas os gases exercem força de impulsão nos corpos neles imersos.
C. Todos os fluidos exercem força de impulsão nos corpos neles imersos.
D. Apenas os gases exercem força de impulsão de intensidade comparável ao peso dos corpos.
3. T
ranscreve para o teu caderno as frases seguintes e preenche os espaços numerados de 1 a 4, de modo que
estas fiquem corretas.
A. A força de impulsão exercida por um fluido sobre um corpo é tanto maior, quanto (1) for a densidade do
(2) .
B. A força de (3) exercida por um fluido sobre um corpo é tanto menor, quanto (4) for o volume de
fluido deslocado.
APLICAR
4. Observa a representação esquemática de uma atividade laboratorial, em que se pretende verificar a Lei
de Arquimedes utilizando como fluido a água.
1,0 N
8,8 g
4.1
Determina o valor da impulsão a que o corpo ficou sujeito quando foi imerso na água.
U4P97H1
Justifica a tua resposta. U4P97H2
4.2 Calcula o volume de água que foi deslocada sabendo que a massa volúmica da água é 1,0 g/cm3.
4.3 Calcula o valor indicado pelo dinamómetro na situação II.
108
4.4 Seleciona a opção que indica os valores da intensidade mínima da força que permite erguer o corpo
enquanto ainda está no líquido e quando já está fora do líquido, respetivamente.
A.
0,91 N e 1,0 N.
B.
1,0 N e 0,91 N.
C.
1,0 N e 0,09 N.
D.
0,09 N e 1,0 N.
5. Três esferas, A, B e C, de igual massa e volume diferente, são colocadas em água (t = 1,0 ◊ 103 kg/m3).
A posição de equilíbrio para cada uma das esferas é a que se ilustra na figura seguinte.
B
A
5.1 U4P97H3
Classifica as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A.
As três esferas têm a mesma densidade.
B.
As três esferas têm o mesmo peso.
C. A impulsão que atua em cada uma das três esferas tem o mesmo valor.
D. O valor da impulsão que atua na esfera B é igual ao valor da impulsão que atua na esfera C.
E.
As esferas B e C deslocam o mesmo volume de água.
F.
Na esfera A, o peso é inferior à impulsão.
G.
Na esfera C, o peso é inferior à impulsão.
H.
Nas esferas B e C, o peso tem o mesmo valor que a impulsão.
5.2
Supõe que quando as três esferas são colocadas em álcool (7,9 ◊ 102 kg/m3), a esfera C se afunda. Indica
o que sucede às esferas A e B.
5.3 Seria possível construir um objeto flutuante com o material que constitui a esfera A? Se sim, explica como.
1.
Indico que um fluido é um material que flui: líquido ou gás. p. 100 2 1 0
2.
Concluo, com base nas leis de Newton, que existe uma força vertical dirigida para cima 2 1 0
sobre um corpo quando este flutua num fluido (impulsão) e meço o valor registado num
dinamómetro quando um corpo nele suspenso é imerso num líquido. p. 101
3.
Verifico a Lei de Arquimedes numa atividade laboratorial e aplico essa lei em situações 2 1 0
do dia a dia. p. 103
4.
Determino a intensidade da impulsão a partir da massa ou do volume de líquido deslocado 2 1 0
(usando a definição de massa volúmica) quando um corpo é nele imerso. p. 103
5.
Relaciono as intensidades do peso e da impulsão em situações de flutuação 2 1 0
ou de afundamento de um corpo. pp. 105-106
6.
Identifico os fatores de que depende a intensidade da impulsão e interpreto situações 2 1 0
de flutuação ou de afundamento com base nesses fatores. pp. 105-106
0-5 — Tenho de me esforçar mais. 6-9 — Sou capaz de fazer melhor. 10-12 — Tenho de continuar assim!
109
1.
O gráfico diz respeito à variação de velocidade de um motociclo (m = 90 kg) cujo piloto (m = 70 kg)
se apercebe de um semáforo vermelho a cerca de 50 m e trava. Responde às questões.
1.1 Refere:
30
a) o tempo de reação do motociclista;
25
b) o tempo de travagem.
Velocidade/(m/s)
20
1.2 Determina:
a) o valor da velocidade inicial do motociclo em km/h; 15
b) a distância de reação; 10
2.2
Refere um intervalo de tempo em que o movimento
do automóvel foi: 5
a) uniforme;
0
b) uniformemente acelerado; 0 10 20 30
Tempo/s
c) uniformemente retardado.
2.3
Relativamente aos últimos 10 s de movimento, seleciona a opção que permite completar corretamente
a frase seguinte: U4P98H2
A velocidade e a aceleração têm…
A. … a mesma direção e o mesmo sentido.
B. … a mesma direção e sentidos opostos.
C. … direções perpendiculares.
D. … direções diferentes mas não perpendiculares.
2.4 Calcula o valor da aceleração média nos primeiros
5 s de movimento.
2.5
Calcula a distância total percorrida pelo
automóvel.
2.6
Ao entrar no centro da cidade, o automóvel fez
um percurso curvilíneo numa rotunda, como se
mostra na figura ao lado.
B
Seleciona a opção que pode representar
corretamente o vetor velocidade do automóvel
A C
na posição assinalada.
2.7
Ao sair da rotunda, o condutor teve necessidade
D
de fazer uma travagem brusca, pois surgiu
repentinamente um peão a atravessar a
passadeira. Durante a travagem, atuou sobre
o condutor uma força de intensidade média igual a 1,8 × 102 N. Calcula a pressão exercida pelo cinto
de segurança sobre o condutor, admitindo que a área do cinto é 600 cm2.
110
U?P???H?
3. Um grupo de jovens realiza uma atividade laboratorial que consiste em deixar cair pequenas esferas de aço num
líquido contido numa proveta.
D
urante o percurso descendente das esferas no líquido, verifica-se que, a partir do ponto A, a sua velocidade se
torna constante.
Dados:
Vesfera = 3,4 ◊ 10-2 cm3;
tlíquido = 1,3 ◊ 103 kg/m3;
tferro = 7,9 ◊ 103 kg/m3
3.1
Conclui, justificando, com base nas leis de Newton, qual é o valor da força
resultante que atua em cada uma das esferas no percurso AB. A
3.2
Calcula o intervalo de tempo que a esfera demora a percorrer o troço AB,
supondo que a velocidade constante que foi atingida tem o valor 0,07 m/s.
3.3
Calcula o valor da impulsão que atua numa esfera quando esta se encontra
15 cm
completamente imersa no líquido.
3.4 Quando uma esfera atinge o fundo do recipiente, fica em repouso sob a ação
de três forças, sendo uma delas a força de direção vertical e sentido de baixo
para cima exercida pelo recipiente (NW).
B
Representa num esquema legendado as três forças que atuam na esfera.
4.1 No texto, são referidas «todas as sensações violentas das súbitas mudanças de velocidade».
Seleciona a opção que traduz o nome da grandeza a que se refere a expressão destacada.
A. Velocidade.
B. Deslocamento.
C. Aceleração.
D. Força.
4.2 Calcula a energia potencial gravítica associada a um jovem de 50 kg que se situe no ponto mais alto
da montanha-russa, a 100 m do chão.
4.3 Refere um motivo pelo qual, nas montanhas-russas reais, «depois de abandonado, o carrinho nunca atingirá
a altura do ponto de partida».
4.4 Considera um troço retilíneo de uma montanha-russa, supondo que o valor da velocidade do carrinho
aumenta uniformemente desde 18 m/s até 32 m/s, em 2,2 s, e calcula:
a) o valor da aceleração do carrinho neste troço;
b) a distância percorrida pelo carrinho.
4.5 Considera um looping com raio igual a 20 m e calcula a rapidez média do carrinho, sabendo que este
percorre o looping em 5 s.
IAVE, Exame de 11.º ano, 2.ª fase, 2014 (adaptado)
111
ARTIGO 2.º
(A PISTA DE JOGO – NORMAS E CONDIÇÕES A OBSERVAR)
1) A pista de jogo tem de possuir um piso plano e liso, construído num material aprovado — madeira, cimento
ou outro — e que permita uma boa utilização, em termos de aderência e deslizamento dos patins.
5.1
Relaciona a distância percorrida com a rugosidade do piso.
5.2
Desprezando o atrito, refere as duas forças que atuam no patinador.
5.3
As forças que referiste na questão anterior constituem um par ação-reação? Justifica a tua resposta.
5.4 Refere, justificando, que tipo de movimento passaria a ter o patinador se o atrito fosse completamente
eliminado.
6. O
u4p100h1
s satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS) dão duas voltas à Terra em cada dia, situando-se
a cerca de 18 000 km de altitude.
6.1 Refere o intervalo de tempo em que se completa uma volta em torno da Terra.
6.2 Calcula a rapidez média destes satélites, apresentando o resultado em km/h e em m/s.
Dado: raio da Terra = 6,4 ◊ 103 km
7. Uma bola com 600 g de massa percorre o trajeto representado na figura seguinte.
P
arte do ponto A com uma velocidade de valor igual a 8,0 m/s e efetua a subida até à posição B em 2,0 s,
chegando com uma velocidade de valor 2,0 m/s.
O percurso BC é efetuado com velocidade constante.
Após passar o ponto C, a bola adquire um movimento de queda com resistência do ar desprezável.
6m
10 m
B C
vB = 2,0 m s-1
12 m
A
vA = 8,0 m s-1
Solo
D
112
A física do futebol
Jogadores como Cristiano Ronaldo e David Beckham são conhecidos em todo o Mundo pela sua perícia
na arte do pontapé livre. Quer seja enrolado para o canto superior ou um disparo fulminante, o pontapé livre é
uma parte vital do jogo moderno. Mas de que forma a Ciência interfere na marcação de um golo?
A diretriz é o efeito de Magnus. Investigada pelo físico alemão Heinrich Gustav Magnus, esta lei da Física
demonstra que o fluxo de ar é deformado de uma certa forma em torno de qualquer cilindro ou esfera giratória.
Se a bola rodar no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio, o seu lado esquerdo experimentará menos
resistência, pois move-se na mesma direção do fluxo de ar, enquanto o lado direito roda contra o ar que avança,
aumentando a resistência. Tal cria um desequilíbrio de pressão, com o lado direito da bola a deparar com
pressão mais alta e o lado esquerdo com pressão mais baixa. Este desequilíbrio força a bola a mover-se para a
área com menor pressão, enrolada para a esquerda.
Mas o estilo de pontapés livres de Cristiano Ronaldo ou Gareth Bale é completamente diferente. A ideia
por detrás do livre desviado extremamente potente é conferir o menor efeito possível. À medida que o ar flui
sobre a bola, é produzida uma camada limite, que é uma «almofada» de ar que se fixa firmemente à superfície
da bola. Se uma imperfeição na bola perturba este fluxo de ar, esta vai desviar-se no ar.
Uma bola em rotação rápida não vai desviar-se muito, mas uma bola rematada de forma seca vai, pois terá
tempo para se mover na direção da perturbação. Por isso, quando Ronaldo bate a bola com um pouco de efeito,
qualquer imperfeição na bola fará com que se mova durante o voo e leve a melhor sobre o guarda-redes, des-
norteado.
4
Pressão
O desequilíbrio de
resistência faz com
que o lado esquerdo
3 da bola depare com
Efeito pressão baixa e o lado
direito com pressão
Empurrada para a Direção que mais alta.
área de pressão mais a bola tomaria
baixa, a bola enrola sem o efeito
para a esquerda. Magnus
Fluxo de ar
2 À medida que a bola roda pelo
ar, há resistência aumentada
no lado direito e reduzida no
lado esquerdo.
Pontapé
1
O jogador pontapeia a bola do lado direito, fazendo
Ñ com que rode no sentido inverso ao dos ponteiros
do relógio.
1. Refere o efeito que permite explicar que, na marcação de um livre, a bola, depois de pontapeada, não segue
em linha reta pelo ar.
u4p100h2
2. De que lado deverá ser pontapeada uma bola na marcação de um livre em que se pretende que esta enrole para
a direita?
113
1. Compara o peso com a impulsão na situação em que a garrafa fica a flutuar. U4P101H1
2. Q
uando se coloca mais água dentro da garrafa, qual é a força que sofre alteração?
3. S
upõe que, em vez de se deitar água dentro da garrafa se deitava álcool. A quantidade de álcool a introduzir para
conseguir suspender a garrafa no interior da água da panela seria maior, igual ou menor?
1. Qual deverá ser a relação entre a intensidade do peso e da sustentação para que o papagaio não caia?
2. E
xplica a importância da forma do papagaio para o voo.
114
1. Refere o nome da lei da Física que permite justificar a frase: «Se esses objetos não estiverem seguros, continuarão
a mover-se, independentemente da velocidade do automóvel e até mesmo quando ele para devido a uma colisão.»
3. Refere as condições em que a utilização de airbag garante uma boa proteção aos seus utilizadores.
115
116
Circuitos elétrimelco s
U
ha-se, em alguns aspetos,
m circuito elétrico asse
s sanguíneos,
ao sistema circulatório do corpo. Os vaso
são com o os fios de
as artérias, as veias e os capilares
tam o sang ue pelo corpo
um circuito. Os vasos sanguíneos transpor rica s.
cargas elét
e os fios de um circuito transportam as
O coração é a bom ba que imp ele a circulação do sangue no
para que o sangue circule.
corpo. Este gera a pressão necessária
diversos órgãos, como os
O sangue que circula pelo corpo abastece
. Uma pilha ou um gera-
músculos, o cérebro e o sistema digestivo
as elétricas pelo circuito.
dor fornece a tensão que empurra as carg
de uma lanterna fun-
Por exemplo, para uma lâmpada elétrica
de fios condutores a uma
cionar, esta tem de ser ligada através
as elétricas podem circular
pilha. Com o circuito fechado, as carg
pada.
e provocar a produção de luz pela lâm
.htm (adaptado)
http://tecnologia.hsw.uol.com.br/circuitos
14/11/2014
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. De que modo esta imagem representa
a importância da eletricidade?
Interpretar
2. Refere alguns elementos indispensáveis
à montagem de um circuito elétrico.
3. Em que situação se pode dizer que um
circuito elétrico está fechado?
Refletir
4. Será possível produzir uma corrente elétrica
sem usar pilhas? De que forma?
5. A corrente poderá circular se os fios
do circuito, em vez de serem de metal, forem
de algodão?
AS TUAS METAS
• Associar corrente elétrica ao movimento orientado • Definir a grandeza corrente elétrica e exprimi-la
de portadores de carga elétrica. em ampere (A), miliampere (mA) ou quiloampere
• Esquematizar e montar circuitos elétricos com (kA), identificando o amperímetro como o
associações de lâmpadas em série e em paralelo. instrumento que mede a corrente elétrica.
• Definir tensão entre dois pontos, exprimi-la • Definir resistência elétrica, exprimir valores
em volt (V), milivolt (mV) ou quilovolt (kV) de resistência em ohm (X), quilo-ohm (kX)
e identificar o gerador como o componente e megaohm (MX).
elétrico que cria tensão num circuito. • Medir resistências diretamente, com um ohmímetro
• Identificar o voltímetro como o instrumento que ou indiretamente, com um amperímetro e um
mede tensões, instalando-o em paralelo num U
voltímetro e utilizando a expressão: R = .
circuito. I
• Enunciar e aplicar a lei de Ohm, identificando
condutores óhmicos e não óhmicos.
117
Antigamente Atualmente
O domínio
da eletricidade
permitiu substituir
os candeeiros
a petróleo e a
iluminação das vias
públicas feita com
candeeiros a gás por
lâmpadas elétricas.
Muitas pessoas
já deixaram a escova
de dentes manual
para utilizarem
a elétrica, devido
ao maior número
de escovagens que esta
faz no mesmo intervalo
de tempo.
Em muitos lares,
os fogões a gás estão
a ser substituídos
por placas de indução
magnética.
A utilização de veículos
elétricos em vez
de veículos com
motores de combustão
permite reduzir
a poluição nas cidades.
118
Corrente elétrica
A eletricidade tem grande importância no nosso quotidiano. Assim, pro-
duzir e controlar a corrente elétrica é fundamental. Mas o que é a cor-
rente elétrica?
- + RECORDAR
– – – – Os átomos são constituídos
– – –
–
– – –
– – – – por um núcleo onde se situam
– – –
– – –
–
– – os protões (de carga positiva)
– –
– e os neutrões (sem carga). Em
B torno do núcleo encontram-se
os eletrões (de carga negativa).
+ - Os iões mais simples resultam
+ -
de átomos que perderam
Cl- Ião negativo ou ganharam eletrões,
Cl- Na+
Na+ Ião positivo originando iões positivos
(catiões) e iões negativos
Fig. 1 No circuito A, os portadores de carga elétrica são sempre eletrões. (aniões), respetivamente.
No circuito B, na solução aquosa, os portadores de carga elétrica são os iões.
Materiais que conduzem bem a corrente elétrica Materiais que não conduzem a corrente elétrica
Grafite, metais e ligas metálicas são bons condutores Cerâmica, madeira, cortiça, borracha e plástico são
elétricos. isoladores.
Possuem eletrões com alguma liberdade para se Não possuem eletrões com liberdade para se
movimentarem entre os núcleos atómicos. movimentar entre os núcleos atómicos.
A lâmpada acende, porque a grafite é um condutor A lâmpada não acende, porque a madeira é um
elétrico. isolador elétrico.
119
IDEIAS-CHAVE
A eletricidade e a energia elétrica estão presentes em diversos fenómenos do dia a dia.
A corrente elétrica corresponde a um movimento orientado de partículas com carga elétrica (eletrões
ou iões) através de um meio condutor.
Os materiais que conduzem bem a corrente elétrica denominam-se condutores elétricos. São exemplos
destes materiais a grafite, os metais e as ligas metálicas.
Os materiais que não conduzem a corrente elétrica denominam-se isoladores elétricos. São exemplos
destes materiais a cerâmica, a madeira, a cortiça, a borracha e o plástico.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. O
cabo elétrico de uma placa de aquecimento de um laboratório danificou-se, expondo os fios do seu interior.
Refere, justificando, um material adequado ao conserto do cabo.
RESOLUÇÃO:
material adequado para consertar o cabo deve ser isolador da corrente elétrica. Assim, pode ser, por
O
exemplo, fita adesiva plástica.
ATIVIDADES
1. Enumera alguns exemplos do dia a dia que mostrem o uso da energia elétrica.
2. C
lassifica os materiais seguintes como condutores ou isoladores da corrente elétrica.
A B C D E F
3. Observa os circuitos elétricos A e B e refere se a lâmpada acende em cada um dos casos. Justifica a tua
resposta.
A B
120
mica, e uma campainha converte energia elétrica em energia sonora. Os fios condutores de cobre,
por exemplo, estão revestidos
Para controlar a passagem da corrente elétrica utilizam-se os interrupto- de plásticos isoladores.
res (Fig. 2C). Para ligar todos estes elementos, são essenciais os fios de
ligação (Fig. 2D).
A
B
C
Fig. 2 Circuito elétrico com fonte de energia [A], recetores [B], interruptores [C]
e fios de ligação [D].
A B
Sentido convencional
da corrente
+ -
Fig. 3 No circuito aberto [A], existe interrupção no circuito e não é possível
estabelecer a corrente elétrica: os recetores não podem funcionar. Sentido real da corrente
No circuito fechado [B], é possível estabelecer a corrente elétrica: - +
os recetores podem funcionar.
G ou
Pilha Resistência
1 2
ou
230 V
u5 p109 h12
Interruptor Fios de ligação
aberto fechado
Sentido real da corrente. O circuito da figura 3 pode então ser representado pelo esquema da
Sentido convencional da corrente.
figura 4, onde se assinala também o sentido real e o sentido convencio-
nal da corrente.
Série Paralelo
Quando os componentes do circuito estão ligados Quando existem componentes associados em paralelo,
em série, há apenas um «caminho» para a corrente há mais do que um «caminho» (derivações) para
elétrica. a corrente elétrica.
122
u3 p76 h6
u3 p76 h4
564829 116-141.indd 122 19/06/15 13:29
BLOCO 2 ELETRICIDADE
ATIVIDADE LABORATORIAL
Montagem de circuitos em série e em paralelo
MATERIAL A
• 1 pilha de 4,5 V • Fios de ligação
L1
• 3 interruptores • 3 lâmpadas de 2,5 V e respetivos suportes
K1
PROCEDIMENTO
1. Observa o esquema [A] e procede à sua montagem. L2 L3
2. Depois de verificar se tudo está montado corretamente, K3 K2
liga todos os interruptores. B
3. Volta a abrir todos os interruptores e experimenta fechar
um interruptor de cada vez. K2
L1 u3 p77 h3
4. Monta outro circuito [B] cujas lâmpadas estejam associadas K1
em paralelo, intercalando os interruptores. L2
5. Testa o fecho de todos os interruptores.
L3 K3
Observações
1. Regista as observações numa tabela semelhante à que se apresenta.
Interruptores u3 p77 h2
Lâmpadas
Ligado (L)/Desligado (D)
Associação
L1 L2 L3
K1 K2 K3
Acende/não acende Acende/não acende Acende/não acende
L L L
L L D
Série
L D L
D L L
L L L
L D D
Paralelo L D L
L L D
D L L
CONCLUSÕES
1. Qual é a diferença entre os dois circuitos montados?
2. Para o circuito B, indica as lâmpadas que são controladas por cada um dos interruptores.
3. Serão necessários todos os interruptores usados no circuito A? E no circuito B?
123
IDEIAS-CHAVE
Os circuitos elétricos são «caminhos» percorridos pela corrente elétrica.
Os vários componentes de um circuito elétrico podem estar associados em série, quando só existe um
trajeto possível para a corrente elétrica, ou em paralelo, quando existe mais do que um trajeto possível
para a corrente elétrica.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1.1 RESOLUÇÃO:
A observação da figura permite verificar que o circuito é constituído por:
duas pilhas, campainha, lâmpada, interruptor e fios de ligação. Tendo em
conta a simbologia da página 122, o esquema será o representado ao lado:
1.2 RESOLUÇÃO:
A lâmpada e a campainha estão associadas em série; assim, para se poder estabelecerU5P111H5
uma corrente
elétrica, é preciso fechar o circuito, pressionando o botão da campainha.
ATIVIDADES
1. É possível aquecer água com uma resistência elétrica, como se mostra na figura ao lado.
Supõe que a resistência da figura ao lado está ligada a um gerador e representa o circuito
elétrico por um esquema, utilizando a simbologia adequada.
A B C
230 V G
LI LII LIII
U5P111H3 U5P111H4
U5P111H2
2.1
Enumera os componentes do circuito A e do circuito B.
2.2
Copia o esquema C para o teu caderno e assinala o sentido real e o sentido convencional da corrente.
2.3
Quando a lâmpada II do circuito C funde, o circuito fica interrompido. Poderá a lâmpada I acender? E a III?
Justifica as tuas respostas.
2.4 Representa um circuito com três lâmpadas associadas, mas que possam funcionar de modo independente
umas das outras.
K1 K4
3. Observa o esquema ao lado.
Identifica as lâmpadas que permanecem acesas quando se desliga(m)
L1 L4
o(s) interruptor(es):
a) K1
L2
b) K2
K2
c) K3 e K4.
K3
L3
124
Múltiplos do volt
A pilha de Volta Quilovolt (kV):
A unidade usada para a tensão, o volt, é uma homenagem ao físico ita- 1 kV = 1 ◊ 103 V
liano Alessandro Volta (1745-1827). No princípio do século xix, Volta Megavolt (MV):
desenvolveu dispositivos capazes de criar uma diferença de potencial 1 MV = 1 ◊ 106 V
entre os seus terminais, inventando a primeira pilha elétrica (Fig. 6).
Submúltiplo do volt
Milivolt (mV):
1 mV = 1 ◊ 10-3 V
125
A
Medição da diferença de potencial
Para medir a diferença de potencial utilizam-se os voltímetros (Fig. 8A)
(símbolo esquemático V ) ou os multímetros (Fig. 8B), escolhendo a fun-
ção de voltímetro. Antes de se utilizar um voltímetro, deve conhecer-se o
alcance (valor máximo que pode ser lido) e a menor divisão da escala
B selecionada.
Tensão
V V
U U
U1
U1 V1 V1
V2
U2
V2
U2
A diferença de potencial varia ao longo do circuito, A diferença de potencial nos terminais de dois
sendo a soma da diferença de potencial nos terminais condutores em paralelo é a mesma, pois os terminais
de cada recetor igual à diferença de potencial nos dos condutores associados em paralelo estão ligados
terminais da sua associação. nos mesmos pontos.
U = U1 + U2 + … p82Uh5
U = Uu31 = 2 = constante
u3 p81 h3
V
U Fig. 9 Tensão numa associação
U = U 1 + U 2 + U3 de pilhas em série.
126
U5P113H6
ATIVIDADE LABORATORIAL
Medição da tensão em associações de condutores
em série e em paralelo
MATERIAL
• 2 pilhas de 4,5 V
• 2 lâmpadas de 6,0 V
• 3 interruptores
• 1 voltímetro
• Fios de ligação
PROCEDIMENTO
1. Efetua a montagem do circuito esquematizado na figura [A]. A VA
2. Observa com atenção o voltímetro e seleciona a escala adequada para
medir a diferença de potencial entre diferentes pontos do circuito,
sabendo que neste circuito a tensão nunca ultrapassa 9 V. L1 L2
3. Utilizando o voltímetro, ligado em paralelo, mede a diferença
de potencial:
VB VC
a) nos terminais da associação de pilhas [VA];
VD
b) nos terminais da lâmpada L1 [VB];
c) nos terminais da lâmpada L2 [VC]; B
d) nos terminais da associação das duas lâmpadas [VD]. U5P114H3
4. E fetua, agora, a montagem de um circuito com as duas lâmpadas VE
associadas em paralelo, utilizando apenas uma das pilhas, como L3
Tensão/v
A B C D E F G
2. S
oma os valores da tensão nos terminais das lâmpadas L1 [VB] e L2 [VC] e compara este valor com a tensão
lida no voltímetro nos terminais da associação em série de L1 e L2 [VD].
3. C
ompara o valor da tensão nos terminais das lâmpadas L3 [VE] e L4 [VF] e nos terminais da sua associação
em paralelo [VG].
CONCLUSÕES
1. Q
ue relação existe entre a tensão nos terminais da associação em série de condutores num circuito elétrico
e a tensão nos terminais de cada um desses componentes?
2. Q
ue relação existe entre a tensão nos terminais de dois condutores associados em paralelo e nos terminais
da sua associação?
3. Q
uantos volts deveria indicar a pilha que poderia substituir as duas pilhas associadas em série no circuito
da figura A?
127
IDEIAS-CHAVE
A tensão (U ) é uma grandeza que corresponde à energia que é fornecida ao circuito por unidade de carga
elétrica que nele circula.
A unidade do Sistema Internacional para a tensão (U ) é o volt (V). Podem utilizar-se múltiplos
e submúltiplos do volt. O quilovolt (kV) e o megavolt (MV) são múltiplos do volt e o milivolt (mV) é um
submúltiplo do volt.
No início do século xix, Alessandro Volta inventou o primeiro dispositivo capaz de criar uma diferença
de potencial entre os seus terminais, a primeira pilha elétrica.
A pilha de Volta era composta por uma associação de vários elementos. Cada elemento era constituído
por um disco de cobre e um disco de zinco, separados por um disco de papel ou tecido embebido numa
solução salgada ou ácida.
EXERCÍCIO RESOLVIDO V
1. O
bserva o circuito esquematizado na figura, onde as pilhas 4,0 V
da associação em série têm uma tensão de 1,5 V cada uma.
V2
Determina o valor marcado por cada um dos voltímetros.
L1
1. RESOLUÇÃO: L2
L3
O voltímetro V mede a tensão nos terminais da associação
V1
de quatro pilhas; sabendo-se que em cada uma a tensão é 1,5 V,
V3
então, tem-se: U = 4 × 1,5 = 6,0 V. O voltímetro V marca 6,0 V.
O voltímetro V3 mede a tensão nos terminais da lâmpada L3. Dado que a lâmpada L3 está associada
em paralelo com a L2, então, a tensão nos terminais da lâmpada L3 é igual à tensão nos terminais
da lâmpada L2, ou seja, U3 = 4,0 V. O voltímetro V3 marca 4,0 V. U5P115H8
voltímetro V1 mede a tensão nos terminais da lâmpada L1, a qual está associada em série com os restantes
O
elementos do circuito, pelo que:
U = U1 + U2 & 6,0 = U1 + 4,0 + U1 = 6,0 - 4,0 = 2,0 V
O voltímetro V1 marca 2,0 V.
ATIVIDADES
128
2. O
bserva as figuras seguintes, que representam escalas de voltímetros com diferentes alcances.
A B C
5 15 0,5
10 20
5 25
0 10 0 30 0 1
3. Observa os circuitos esquematizados e, tendo em conta os dados neles assinalados, determina os valores
de tensão em falta.
A 9,0 V C
V1 V1
2,5 V
V2
V2 V3
6,0 V V3
U5P115H4 U5P115H6
B D
V1 4,5 V
V1 V2
V2 V3 2,5 V
1,5 V V4
V6 3,0 V
V4 V3
3,0 V 3,5 V V5
U5P115H5 U5P115H7
4. Pesquisa como se pode construir uma pilha com materiais geralmente disponíveis em casa.
Sugestão: Pesquisa na Internet «pilha de limão» ou «pilha de batata».
129
A B
Fig. 10 Em certas estradas, de manhã e ao fim da tarde, o trânsito é, em geral, mais intenso [A]
do que a outras horas do dia [B].
Do mesmo modo, a corrente elétrica é tanto mais intensa, quanto maior for
a quantidade de cargas elétricas que circulam num elemento do circuito.
NOTA
Numa corrente contínua,
o terminal positivo do gerador
deve ser ligado ao terminal
positivo do amperímetro
(geralmente, pintados Fig. 11 Amperímetro analógico [A]; multímetro digital [B].
de vermelho).
Como os amperímetros medem a quantidade de carga que atravessa um
ramo do circuito, são introduzidos no circuito de modo que toda a trans-
ferência de carga se faça através deles. Assim, este instrumento deve ser
Os amperímetros são ins-
ligado em série no circuito, o que significa que nunca pode ser ligado
talados em série.
diretamente aos dois terminais de uma fonte de alimentação.
130
Corrente elétrica
I A
I1 A1 A3 I3 I1
A1
A2 A2
I2 I2
A corrente elétrica é a mesma em todos os pontos A corrente elétrica no troço principal é igual à soma
de um circuito em série. das intensidades das correntes de cada uma
I = I1 = I2 = … das derivações em paralelo.u3 p80 h4
I = I1 + I2 + …
u3 p80 h3
ATIVIDADE LABORATORIAL
Medição da corrente elétrica em associações de condutores
em série e em paralelo
MATERIAL
A
• 1 pilha de 4,5 V • 1 interruptor
• 2 lâmpadas de 2,5 V iguais • 1 amperímetro
• Fios de ligação
PROCEDIMENTO
1. M onta um circuito em que as lâmpadas estejam
associadas em série [A].
2. Intercala o amperímetro em vários pontos (1, 2 e 3) B
do circuito e lê o valor indicado para cada caso.
3. Monta agora um circuito em paralelo [B], intercala
o amperímetro no circuito principal (1) e lê o valor registado.
4. Repete a leitura do valor do amperímetro, mas, agora,
intercala-o em cada uma das derivações (2 e 3).
RESULTADOS
1. Regista os valores lidos no amperímetro numa tabela semelhante à que se apresenta.
Corrente elétrica
Ponto da medição
1 2 3
Associação
Série
Paralelo
2. N
o circuito em série, os valores lidos no amperímetro são iguais ou diferentes entre si? E no circuito em paralelo?
CONCLUSÕES
1. Q
ue relação existe entre a corrente elétrica nos diferentes pontos de um circuito em série?
2. N
o circuito em paralelo, qual é a relação entre a corrente elétrica em cada uma das derivações e no
circuito principal?
131
IDEIAS-CHAVE
A corrente elétrica (I ) é a quantidade de carga elétrica que atravessa uma dada secção de um condutor
num intervalo de tempo unitário (um segundo no SI).
A unidade do Sistema Internacional para a corrente elétrica (I ) é o ampere (A). A corrente elétrica
também se pode exprimir em miliampere (mA) e quiloampere (kA).
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. O
bserva o circuito esquematizado na figura, bem como
os dados nele assinalados, e determina o valor indicado pelo
0,20 A A2 A3
amperímetro A3.
ATIVIDADE
1. Observa os circuitos esquematizados nas figuras seguintes e, tendo em conta os dados neles assinalados,
determina os valores da corrente elétrica em falta.
A C
G
0,15 A
A4 0,40 A
A1
A2
0,15 A
A2
A1
A3
0,20 A
B D
U5P118H3 U5P118H5
G A4
A3
0,10 A
A1 A2
A1
A2 0,50 A A3
0,20 A 0,40 A
ATIVIDADE LABORATORIAL
Medição da resistência
MATERIAL
• Fonte de alimentação • Fios de ligação
• 4 resistências diferentes • 2 multímetros
PROCEDIMENTO
1. C om o multímetro em função de ohmímetro, determina o valor G
da resistência 1.
2. Monta um esquema semelhante ao da figura, usando um
A
dos multímetros em função de amperímetro e o outro em função
de voltímetro.
3. Liga o circuito e faz a leitura da corrente elétrica e da tensão
nos terminais do resistor 1.
4. Repete os procedimentos anteriores para as outras resistências. V
U5P120H1
RESULTADOS
1. Calcula o valor da resistência quando intercalada no circuito.
2. Compara o valor de cada resistência determinada com o ohmímetro com o valor determinado pelo
processo indireto.
A B
A B
134
IDEIAS-CHAVE
A resistência elétrica (R) é uma grandeza física que se relaciona com a maior ou menor oposição
à passagem da corrente elétrica.
A unidade do Sistema Internacional para a resistência (R) é o ohm (X). Podem utilizar-se múltiplos
e submúltiplos do ohm. O quilo-ohm (kX) e o megaohm (MX) são múltiplos do ohm e o miliohm (mX)
é um submúltiplo do ohm.
A resistência elétrica (R ) de um condutor determina-se indiretamente pelo quociente entre a tensão (U)
nos seus terminais e a corrente elétrica (I ) que o percorre:
U
R=
I
Para uma tensão constante, a corrente elétrica que percorre o condutor é inversamente proporcional à
sua resistência elétrica.
A resistência de um fio condutor aumenta quando o comprimento do fio condutor aumenta princípio que
está na base da construção do reóstato.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. O
bserva o circuito esquematizado na figura, bem como os dados nele
1,50 V A 0,50 A
assinalados, e responde às questões.
1.1
Determina a resistência da lâmpada L1. V1 V2
1.2
Sabendo que a lâmpada L2 tem uma resistência de 4 X,
determina o valor indicado pelo voltímetro V2. L1 L2
ATIVIDADES 27 kX
L1 L2
U5P121H5 135
Georg Simon Ohm (Fig. 16) foi um físico alemão que se dedicou especial-
mente ao estudo da eletricidade. Estudos experimentais deste cientista
levaram-no a estabelecer uma conclusão, válida para alguns condutores,
que pode ser enunciada do seguinte modo:
Lei de Ohm
A temperatura constante, a corrente elétrica que percorre um con-
dutor metálico, homogéneo e filiforme, é diretamente proporcional
à tensão aplicada nos seus terminais.
Fig. 16 Georg Simon Ohm Esta conclusão ficou conhecida como Lei de Ohm, e pode ser tradu-
(1789-1854). A unidade zida pela expressão seguinte, recorrendo à definição de resistência
SI da resistência elétrica,
elétrica:
o ohm, é uma homenagem
a este cientista.
U
R= = constante
I
Condutores óhmicos e não óhmicos
Os condutores que verificam a Lei de Ohm são chamados condutores
óhmicos ou lineares. A representação gráfica da tensão nos seus termi-
nais em função da corrente elétrica que os percorre é uma linha reta que
passa pela origem do referencial (Fig. 17A). Existe, neste tipo de conduto-
res, proporcionalidade direta entre a tensão aplicada e a corrente elé-
trica, sendo a constante de proporcionalidade a resistência do con-
dutor.
A B
U
R= = 100 X
SABER U/V I U/V
2
Um LED é um componente
de circuitos elétricos que emite U
R= = 40 X
luz. O termo é formado pelas I
iniciais da expressão em inglês, 1
que significa «díodo emissor U
R= = 10 X
I
de luz».
Símbolo de LED:
I/A I/A
136
U3 p88 h2
IDEIAS-CHAVE
Lei de Ohm: A temperatura constante, a corrente elétrica que percorre um condutor metálico, homogéneo
e filiforme, é diretamente proporcional à tensão aplicada nos seus terminais. Como consequência, a sua
resistência elétrica é constante.
U
R= = constante
I
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Um condutor óhmico sujeito a uma tensão de 4,5 V é percorrido por uma corrente elétrica de 0,30 A. Determina:
a)
a resistência deste condutor;
b)
a tensão aplicada neste condutor, quando a corrente que o percorre tem o valor de 0,50 A;
c)
o valor da corrente elétrica que percorre este condutor, quando fica sujeito a uma tensão de 1,5 V.
ATIVIDADES
1. Um condutor óhmico é percorrido por uma corrente elétrica de 0,80 A, quando a tensão aplicada nos seus
terminais é de 16 V. Qual é a corrente elétrica que deverá percorrer este condutor quando é sujeito a uma tensão
de 24 V?
137
u5 p123 h1
564829 116-141.indd 137 19/06/15 13:29
AVALIAÇÃO FORMATIVA
ESQUEMATIZAR
CIRCUITOS ELÉTRICOS
podem
associar-se em
é constante nos
condutores
(1)
Nota que o termo «corrente elétrica» pode designar qualitativamente o movimento orientado de portadores de carga elétrica ou quantitativamente a carga
elétrica que atravessa uma dada secção de um condutor, em cada unidade de tempo; nesse caso é simbolizado pela letra «I» e é uma grandeza cuja
unidade do Sistema Internacional é o ampere (A).
VERIFICAR
2. E
stabelece a associação correta entre as grandezas da coluna da esquerda, os instrumentos de medida
da coluna do meio e as unidades do Sistema Internacional da coluna da direita.
Unidade do Sistema
Grandeza Instrumento de medida
Internacional
3. O
bserva os circuitos representados e seleciona aqueles onde não existem condutores associados em paralelo.
A B C D
4. Nos dois circuitos a seguir esquematizados, os amperímetros e os voltímetros estão representados por círculos com
números no seu interior. Identifica cada um dos instrumentos, sabendo que estão todos corretamente instalados.
A 1 B
2 4
3
U5P126H1 5
5. E
nuncia a Lei de Ohm. U5P126H2
APLICAR
6. D
e entre os materiais seguintes, seleciona os que são condutores elétricos.
A. Madeira
C. Grafite E. Plástico vulgar G. Borracha I. Cerâmica
B. Alumínio
D. Vidro F. Cobre H. Prata
7. O
bserva os circuitos A e B e determina os valores indicados pelo amperímetro A3 e pelos voltímetros V3, V5 e V6.
A 4,5 V B 4,5 V
V4 V5
V1
V6
A1 0,40 A 0,40 A A4 0,60 A
A2
A3
V2 V3 V8
6,0 V
V7
3,2 V 3,0 V
L1 L2 L3
24 V
1 0. Observa o circuito esquematizado ao lado, em que cada uma das lâmpadas
G
tem uma resistência de 20 X. Calcula:
u3 p96 h2
a) a corrente elétrica que percorre cada uma das lâmpadas;
b) o valor registado pelo amperímetro. A
139
u3 p96 h3
12. A
nalisa os dados da tabela, onde estão registados os resultados das medições efetuadas usando separadamente
dois condutores, A e B, quando se aplicam tensões crescentes.
Condutor A Condutor B
12.1 Traça, no mesmo gráfico, a variação da tensão aplicada em função da corrente elétrica para cada um
dos condutores.
12.2 Refere, justificando, se algum dos condutores é óhmico.
12.3 Calcula o valor da corrente elétrica que percorre o condutor A quando se aplica nos seus terminais uma
tensão de 7,0 V.
12.4 Refere, justificando, se o condutor B pode ser uma lâmpada.
NOTA: Consulta a página 132.
13. Q
uatro resistências de carvão iguais estão associadas em série. A corrente elétrica que as atravessa tem o valor
0,60 A e a tensão nos terminais de cada uma é de 6,0 V, como se mostra na figura seguinte.
0,60 A
6,0 V
14. S
upõe que pretendes verificar experimentalmente se uma resistência de carvão é um condutor óhmico e, para
o efeito, dispões do seguinte material:
140
15. U
m grupo de alunos do 9.º ano construiu um jogo de perícia, envolvendo um circuito elétrico simples, como se
mostra na representação da figura seguinte.
B A
O
objetivo do jogo é percorrer o perfil metálico, desde a extremidade A até à B, com o aro metálico sem que
U5P127H3
o aro e o perfil se toquem. Quando estes contactam, a lâmpada acende.
15.1 Relativamente ao funcionamento do circuito, seleciona a opção correta.
A. A resistência do circuito é máxima quando o aro contacta com o perfil em B e a corrente elétrica
é mínima nessa situação.
B. A resistência do circuito é máxima quando o aro contacta com o perfil em A e a corrente elétrica
é mínima nessa situação.
C. A resistência do circuito é máxima quando o aro contacta com o perfil em B e a corrente elétrica
é máxima nessa situação.
D. A resistência do circuito é mínima quando o aro contacta com o perfil em B e a corrente elétrica
é mínima nessa situação.
15.2 Sabendo que o brilho da lâmpada é tanto maior, quanto maior for o valor da corrente elétrica, refere
quando é maior o brilho da lâmpada.
1.
Associo corrente elétrica ao movimento orientado de portadores de carga elétrica. p. 119 2 1 0
2.
Esquematizo e monto circuitos elétricos com associações de lâmpadas em série e em 2 1 0
paralelo. pp. 121-123
3.
Defino tensão entre dois pontos, exprimo-a em volt (V), mV ou kV e identifico o gerador 2 1 0
como o componente elétrico que cria tensão num circuito. p. 125
4.
Identifico o voltímetro como o instrumento que mede tensões e sei que este se instala, 2 1 0
em paralelo, num circuito. p. 126
5.
Defino a grandeza corrente elétrica e exprimo-a em ampere (A), mA ou kA, identificando 2 1 0
o amperímetro como o instrumento que mede a corrente elétrica. p. 130
6.
Defino resistência elétrica e exprimo valores de resistência em ohm (X), kX e MX. p. 133 2 1 0
7.
Meço resistências diretamente, com um ohmímetro, ou indiretamente, com um 2 1 0
U
amperímetro e um voltímetro, e sei utilizar a expressão: R = . pp. 133-134
I
8.
Enuncio e aplico a Lei de Ohm e identifico condutores óhmicos e não óhmicos. 2 1 0
pp. 136-137
0-7 — Tenho de me esforçar mais. 8-12 — Sou capaz de fazer melhor. 13-16 — Tenho de continuar assim!
141
142
ente elétrica
Efeitos da corrcorr ente elétrica pode ser conver-
A
energia associada a uma
plo, quando uma
tida em outras formas de energia. Por exem
aço de fio metálico,
corrente elétrica flui ao longo de um ped
cia do fio condutor, tanto mais
o fio aquece. Quanto maior for a resistên
a-se incandescente e produz luz.
ele aquece. Se aquecer o suficiente, torn
[…]
ao longo de um fio metálico
Um outro resultado do fluxo de corrente
é a produção de um campo magnético.
ortante do eletromagnetismo
[…] Mas talvez a aplicação mais imp
mos e de outras máquinas para
seja a dos motores elétricos, dos dína
produzir eletricidade. J. Clark,
Ciências,
«A Física», A Nova Enciclopédia das
Círculo de Leitores, 1994 (adaptado)
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. Que efeito da corrente elétrica é evidenciado
na figura?
Interpretar
2. De acordo com o texto, quais são os efeitos
que uma corrente elétrica pode produzir?
3. Indica um fator que influencie o aumento
de temperatura sofrido por um condutor
elétrico.
Refletir
4. Qual será o constituinte responsável pelo
aquecimento num ferro de engomar?
AS TUAS METAS
• Descrever os efeitos térmico, químico • Identificar os valores nominais de um recetor
e magnético da corrente elétrica e dar exemplos e indicar o que acontece quando ele é sujeito
de situações em que eles se verifiquem. a diferentes tensões elétricas.
• Indicar que os recetores elétricos, quando • Distinguir, na rede de distribuição elétrica, fase
sujeitos a uma tensão de referência, se de neutro e associar perigos de um choque
caracterizam pela sua potência, que é a energia elétrico a corrente elétrica superior ao valor
transferida por unidade de tempo, e identificar máximo que o organismo suporta.
a respetiva unidade do Sistema Internacional. • Identificar regras básicas de segurança na
• Comparar potências de aparelhos elétricos utilização de circuitos elétricos, indicando o que
e interpretar o significado dessa comparação. é um curto-circuito, formas de o prevenir
• Determinar energias consumidas num intervalo e a função dos fusíveis e dos disjuntores.
de tempo, identificando o kW h como a unidade
mais utilizada para medir essa energia.
143
Efeito químico
A corrente elétrica pode estabelecer-se em soluções contendo
Na eletrólise de uma solução
iões (eletrólitos). Ao atravessar essas soluções a corrente elé-
de cloreto de cobre(II), o cobre
trica contínua pode provocar reações químicas, nomeadamente
obtém-se sempre no elétrodo
a decomposição de substâncias — eletrólise. As eletrólises são
negativo e o cloro no elétrodo
exemplos do efeito químico da corrente elétrica e têm aplica-
positivo. Assim, se as ligações
ção no revestimento metálico de certos objetos, na recuperação
das barras condutoras aos
de metais valiosos e na obtenção de certos metais a partir dos
terminais da pilha forem
respetivos minérios.
invertidas, os produtos vão
As barras condutoras que se mergulham nas soluções chamam-se passar a obter-se nas barras
elétrodos. O elétrodo positivo é o que está ligado ao polo positivo contrárias.
do gerador, dele aproximam-se os aniões (iões negativos) e, por
isso, chama-se ânodo. O elétrodo negativo é o que está ligado
ao polo negativo, dele aproximam-se os iões positivos (catiões),
por isso, chama-se cátodo.
EFEITO
QUÍMICO ...ocorre uma
reação química
na solução aquosa
...forma-se cloro condutora – eletrólise
...forma-se cobre
James
Prescott Joule
(1818-1889)
Efeito térmico
O efeito térmico da corrente elétrica é tam-
bém conhecido por efeito Joule em homena-
...a resistência
gem ao físico inglês James Prescott Joule que o aquece EFEITO
estudou experimentalmente. Este efeito traduz-se TÉRMICO
por um aumento da temperatura dos condutores metá-
licos por onde circula uma corrente elétrica. Normalmente,
ocorre transferência de energia como calor para o exterior do
condutor, o que é aproveitado no funcionamento de ferros de
engomar, aquecedores, secadores, torradeiras, etc. (Fig. 1).
James Joule verificou que a energia transferida como calor (E) é direta-
mente proporcional à resistência do condutor (R), ao quadrado da cor-
E = R ◊ I 2 ◊ Dt
rente elétrica (I ) e ao intervalo de tempo de funcionamento (Dt):
144
Efeito magnético
No início do século xix, o físico dinamarquês Hans Christian Oersted veri-
Hans
ficou experimentalmente que o estabelecimento de uma corrente elétrica
Christian
num fio condutor provocava desvios numa agulha magnética colocada na Oersted
sua proximidade. Descobriu, assim, o efeito magnético da corrente elé- (1777-1851)
N S
S N
S
...a agulha N
magnética roda,
desviando-se da
posição inicial + – + – – +
ATIVIDADES
2. O
efeito térmico da corrente elétrica
é também conhecido por efeito Joule.
2.1 E
screve a expressão matemática
que traduz este efeito, bem como
o significado de cada grandeza
envolvida.
2.2 O que prevês que acontece
à quantidade de energia transferida
Fig. 1 O efeito de aumento da temperatura dos condutores como calor, se a intensidade
metálicos ocorre tanto com a corrente elétrica contínua, de corrente que atravessa um fio
como com a corrente elétrica alternada. condutor, num determinado
intervalo de tempo, duplicar?
145
IDEIAS-CHAVE
O estabelecimento da corrente elétrica em condutores pode produzir efeito térmico, efeito químico
e efeito magnético.
O efeito térmico traduz-se pelo aumento da temperatura do condutor e, consequentemente, pela
transferência de energia como calor para o exterior.
O efeito térmico é também conhecido como efeito Joule e tem aplicação em recetores que se destinam
a produzir calor, como, por exemplo, aquecedores, secadores, ferros de engomar, entre outros.
A energia transferida por efeito Joule (E) é diretamente proporcional à resistência do condutor (R),
ao quadrado da corrente elétrica (I ) e ao intervalo de tempo (Dt): E = R I 2 Dt
O efeito magnético pode ser detetado aproximando uma agulha magnética de um circuito elétrico.
Este efeito tem aplicação no funcionamento de eletroímanes e motores elétricos.
O efeito químico pode observar-se quando a corrente elétrica, ao circular num eletrólito, produz reações
químicas, nomeadamente eletrólises — decomposição química de certas substâncias. Este efeito encontra
aplicação no revestimento metálico de objetos, na obtenção de certos metais a partir dos respetivos
minérios, etc.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. U
ma resistência de imersão de 25 X, ligada à tomada da rede, é colocada no fundo de um copo com água
a 15 °C. Ao fim de 6,0 minutos, a temperatura da água é 20 °C.
alcula a corrente elétrica que percorre a resistência, sabendo que a energia transferida para a água tem o valor
C
de 4180 J.
DADOS:
R = 25 X; Dt = 6,0 min = 6,0 × 60 = 360 s; E = 4180 J
RESOLUÇÃO:
4180
E = R I 2 Dt & 4180 = 25 × I 2 × 360 + I 2 = +I= 0,464 + I = 0,68 A
25 # 360
RESPOSTA:
A corrente elétrica que percorre a resistência tem o valor de 0,68 A.
ATIVIDADES
1. Um ferro de engomar de resistência 35 X é percorrido por uma corrente elétrica de 6,5 A.
Calcula a energia transferida por este ferro quando está ligado durante 60 minutos.
2. O
bserva as figuras seguintes e identifica o efeito da corrente elétrica evidenciado.
A B C
146
Potência
Os eletrodomésticos e outros recetores elétricos têm, em geral, uma indi-
cação do valor de tensão a que devem ser sujeitos — tensão nominal.
Quando sujeitos a essa tensão, caracterizam-se por uma potência de
consumo, que é, normalmente, destacada (Fig. 1).
Consumo de energia
De acordo com a expressão acima, para intervalos de tempo iguais, a
energia transferida para um recetor é tanto maior, quanto maior for a sua
potência. Assim, entre dois recetores elétricos, o que consome mais ener-
gia, num determinado intervalo de tempo, é o que tem maior potência.
Assim:
E = P ◊ Dt
Fig. 2 James Watt (1736-1819).
Esta expressão permite calcular a energia consumida, num certo inter-
valo de tempo, por um recetor de potência conhecida.
1 kW h é a energia consu-
A utilização da expressão anterior, com a potência do recetor em quilo-
mida por um recetor de
watt (kW) e o intervalo de tempo em hora (h), permite determinar a ener-
potência 1 kW durante 1 h.
gia consumida em quilowatt-hora (kW h).
147
E = P ◊ Dt & 1 kW h = 1 kW ◊ 1 h =
1 kW h = 3,6 ◊ 106 J = 1000 W ◊ (60 ◊ 60) s = 3,6 ◊ 106 J
A B
Fig. 3 A utilização do quilowatt-hora num contador elétrico [A] e numa fatura [B].
Potência e tensão
Quando os equipamentos elétricos são fabricados, destinam-se a funcio-
nar com uma certa tensão, designada por tensão nominal, a qual deter-
mina a corrente elétrica máxima que os percorre, garantindo condições
de conservação e segurança. A esta tensão e corrente elétrica máxima
corresponde uma potência máxima de consumo, potência nominal. Se
os recetores forem sujeitos a tensões diferentes, o seu desempenho é
alterado, o que pode ter consequências indesejáveis.
Por exemplo:
IDEIAS-CHAVE
A corrente elétrica transporta energia que pode ser transferida para os recetores elétricos. A rapidez
da transferência de energia é medida pela potência.
Os recetores elétricos devem ser sujeitos à tensão para a qual foram projetados, tensão nominal, caso
contrário, podem queimar-se (tensões superiores) ou podem não atingir o desempenho pretendido
(tensões inferiores).
Quando os recetores funcionam com a tensão nominal, a sua potência de consumo não ultrapassará
o valor especificado no recetor — potência nominal.
O conhecimento da potência nominal (P) permite determinar o consumo de energia (E) dos recetores
elétricos num determinado intervalo de tempo (Dt): E = P ◊ Dt
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. Q
ual é o aparelho que consome mais energia, um ferro de engomar de potência 1800 W ligado durante 2,5 h
ou um aquecedor de potência 1200 W ligado durante 4,0 h?
1. DADOS:
Pferro = 1800 W = 1,8 kW; Dtferro = 2,5 h; Paquecedor = 1200 W = 1,2 kW; Dtaquecedor = 4,0 h
RESOLUÇÃO:
E = P ◊ Dt & Eferro = 1,8 ◊ 2,5 = 4,5 kW h
E = P ◊ Dt & Eaquecedor = 1,2 ◊ 4,0 = 4,8 kW h
RESPOSTA: Relativamente aos intervalos de tempo considerados para cada um dos recetores, aquele que
consome mais energia é o aquecedor.
ATIVIDADES
A B C D
2.1 S
upondo que todos estão a funcionar nas condições previstas durante o mesmo intervalo de tempo,
estabelece a ordem crescente de consumos de energia pelos recetores.
2.2 Calcula a energia consumida pelo recetor A num intervalo de tempo de 2 h.
3. Observa as figuras, que representam duas lâmpadas: uma, de incandescência (A), com potência igual a 100 W,
e outra economizadora de energia (B), de potência 14 W.
3.1 D
etermina a energia consumida por cada lâmpada durante 24 horas A B
de funcionamento.
3.2
Admitindo que o preço do kW h é de 0,15 €, calcula a poupança com o uso quatro
lâmpadas economizadoras de energia em vez de quatro lâmpadas de incandescência,
durante um mês, considerando que as lâmpadas permanecem acesas durante 24 h
por dia.
4. Refere o que poderá acontecer se se ligar um carregador de telemóvel projetado para uma entrada de 115 V,
numa tomada de 230 V.
149
Choques elétricos
Em geral, o manuseamento dos circuitos montados nos laboratórios
escolares não apresenta perigos significativos, pois as tensões são baixas
e a corrente elétrica que poderia atravessar o corpo do operador não
seria suficiente para provocar perturbações graves.
0,06
0,04 0,08
0,02 0,10
0,00 0,12
Amperes
Fig. 4 Efeitos que, em geral, se verificam quando uma corrente elétrica atravessa o corpo humano.
150
Regras de segurança
Nunca mexer nos equipamentos Nunca utilizar equipamentos Nunca trabalhar numa instalação
elétricos ligados à corrente com elétricos que apresentem fios mal elétrica sem desligar o quadro
as mãos molhadas. isolados. e nunca arranjar equipamentos
elétricos sem os desligar da corrente.
Nunca ligar demasiados Nunca deixar as crianças brincar Nunca desligar os equipamentos
equipamentos elétricos na mesma perto de tomadas elétricas, e utilizar elétricos puxando o fio, retirando-os
tomada, pois a sobrecarga pode preferencialmente tomadas sempre pela ficha.
causar um incêndio. ou fichas de proteção.
Fase, neutro e terra
A tensão da rede, 230 V, corresponde à diferença de potencial entre dois
dos fios que se podem encontrar nas instalações elétricas domésticas, a
fase e o neutro. Em geral, a fase tem isolamento castanho ou vermelho e
o neutro tem isolamento azul. Existe ainda um terceiro fio, que corres-
ponde a uma ligação à terra, e este está normalmente isolado com reves-
timento amarelo ou verde (Fig. 6).
A B
Fig. 6 Os três fios: fase, neutro e terra — num cabo de distribuição [A] e numa
tomada [B].
Curtos-circuitos
Em geral, um curto-circuito (Fig. 7) ocorre quando dois condutores fazem
contacto entre si e proporcionam um caminho com baixíssima resistência
para a passagem da corrente elétrica. O valor da corrente elétrica é
tão elevado que a grande dissipação de energia pode originar faíscas.
Os curtos-circuitos são a causa de inúmeros incêndios.
Fig. 7 Curto-circuito.
Fusíveis e disjuntores
Para proteger as instalações e os equipamentos, criaram-se dispositivos
que cortam a corrente elétrica caso esta atinja valores muito elevados.
152
IDEIAS-CHAVE
O efeito fisiológico produzido por um choque elétrico está associado à corrente elétrica que percorre
o corpo.
A tensão da rede corresponde à diferença de potencial entre dois dos fios condutores que se encontram
nas instalações elétricas domésticas, a fase e o neutro.
O fio condutor que corresponde à ligação à terra tem isolamento amarelo ou verde.
Quando dois condutores elétricos fazem contacto entre si e proporcionam um caminho com resistência
nula para a passagem da corrente elétrica, ocorre um curto-circuito.
Para proteger as instalações e os equipamentos, criaram-se dispositivos que cortam a corrente elétrica
caso esta atinja valores muito elevados: os fusíveis e os disjuntores.
Os fusíveis funcionam com base no efeito térmico da corrente elétrica. Têm na sua constituição um fio
metálico condutor cuja fusão ocorre quando a corrente elétrica atinge valores acima do projetado. Assim,
o circuito fica aberto e deixa de haver passagem de corrente.
Os disjuntores funcionam como interruptores automáticos que desligam o circuito quando este entra
em sobrecarga, ou seja, quando a corrente elétrica ultrapassa o valor máximo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. A
Miriam e o Tomás estavam a conversar sobre os perigos da eletricidade e o Tomás dizia não compreender por
que motivo era perigoso tocar apenas no fio fase da tomada da rede, pois os equipamentos elétricos para
funcionarem eram ligados, pelo menos, à fase e ao neutro. A Miriam disse que lhe explicava.
Refere qual poderá ter sido a explicação da Miriam.
RESPOSTA:
A Miriam poderá ter explicado que o nosso corpo é condutor elétrico e que ao tocarmos no fio fase
permitimos que se estabeleça uma corrente elétrica entre a tomada da rede e a Terra. Assim, esta corrente
elétrica atravessa o nosso corpo, causando danos e podendo mesmo provocar a morte.
ATIVIDADES
153
ESQUEMATIZAR
CORRENTE ELÉTRICA
Energia Regras
Térmico A B de segurança
a medida da rapidez
com que se
transfere é a
APLICAR
2. O
bserva as figuras, que mostram diferentes efeitos da corrente elétrica.
A B + - Colher C
G funcionando
Ânodo como
de prata cátodo
+ -
NO3- - + Ag+
AgNO3
2.1
Refere qual é o efeito da corrente elétrica evidenciado em cada uma das figuras.
2.2
Que alteração(ões) poderia(m) ser observada(s) se o comprimento de fio enrolado em torno do prego
da figura A duplicasse?
2.3
u6p139h2
Se a colher da figura B fosse ligada ao polo positivo e a barra de prata ao polo negativo do gerador, o efeito
pretendido seria conseguido? Justifica a tua resposta.
2.4 Calcula a energia transferida pela resistência da figura C, em cada minuto, sabendo que tem 10 X
e é percorrida por uma corrente elétrica de 1,5 A.
154
4. Nos meses de janeiro e fevereiro, a família do Miguel manteve um aquecedor, de potência 1800 W, ligado
durante 4 horas por noite.
4.1
Calcula a energia elétrica consumida no funcionamento do aquecedor durante o período mencionado.
4.2 Numa dessas noites, enquanto a máquina de lavar loiça estava também em funcionamento, o Miguel ligou
o forno elétrico e o disjuntor do quadro disparou.
4.2.1 Refere por que razão terá o disjuntor cortado a corrente e o que se deverá fazer para poder voltar
a ligar o quadro.
4.2.2 Refere o nome de outro dispositivo que também corta a corrente na situação descrita.
5. Uma família foi de férias durante 15 dias e desligou todos os eletrodomésticos exceto o frigorífico. Antes
de saírem, registaram a leitura do contador elétrico: 25 992 kW h; quando voltaram, verificaram que o contador
marcava: 26 028 kW h.
5.1
Determina o consumo de energia elétrica do frigorífico durante o tempo de férias.
5.2
Se o frigorífico estivesse a ser utilizado diariamente, retirando-se alguns alimentos e colocando-se outros
para refrigerar, o consumo de energia seria igual? Justifica a tua resposta.
5.3
Estima, através de cálculo, a potência do frigorífico.
6. A Joana queria verificar se as lâmpadas economizadoras de energia tinham, de facto, a potência de consumo
referida. Para isso, desligou todos os equipamentos elétricos, exceto uma lâmpada economizadora de 32 W.
Foi observar o contador e verificou que este efetuou cinco rotações em 26 minutos.
Sabendo que o contador tinha inscrito 360 rotações/kW h, determina a que conclusão terá chegado a Joana.
Apresenta os teus cálculos.
1.
Descrevo os efeitos térmico (efeito Joule), químico e magnético da corrente elétrica e dou 2 1 0
exemplos de situações em que eles se verificam. pp. 144-145
2.
Indico que os recetores elétricos, quando sujeitos a uma tensão de referência, se 2 1 0
caracterizam pela sua potência, que é a energia transferida por unidade de tempo,
e identifico a respetiva unidade SI. pp. 147-148
3.
Comparo potências de aparelhos elétricos e interpreto o significado dessa comparação. 2 1 0
pp. 147-149
4.
Determino energias consumidas num intervalo de tempo, identificando o kW h como 2 1 0
a unidade mais utilizada para medir essa energia. pp. 147-148
5.
Identifico os valores nominais de um recetor e indico o que acontece quando ele 2 1 0
é sujeito a diferentes tensões elétricas. p. 148
6.
Distingo, na rede de distribuição elétrica, fase de neutro e associo perigos de um choque 2 1 0
elétrico com a corrente elétrica superior ao valor máximo que o organismo suporta.
pp. 150-151
7.
Identifico regras básicas de segurança na utilização de circuitos elétricos, indicando 2 1 0
o que é um curto-circuito, as formas de o prevenir e a função dos fusíveis e dos
disjuntores. pp. 151-152
0-6 — Tenho de me esforçar mais. 7-11 — Sou capaz de fazer melhor. 12-14 — Tenho de continuar assim!
155
1.
Observa o circuito esquematizado na figura e responde às questões seguintes.
L2
L1
K2
K1 K3
L3
K4
1.1 Copia o esquema para o teu caderno e assinala o sentido convencional da corrente elétrica, colocando
setas ao longo do circuito principal e nas derivações, quando todos os interruptores, exceto o K4, estiverem
u3 p96 h1
fechados.
1.2 No circuito que desenhaste no teu caderno, acrescenta um voltímetro, para medir a tensão nos terminais
da lâmpada L1, e um amperímetro, para medir a corrente elétrica no circuito principal.
1.3 R
efere quais são as lâmpadas que acendem quando os interruptores K1, K2 e K3 fecham o circuito e o K4
está aberto.
1.4 R
efere o que sucede se a lâmpada L1 fundir. E se for a lâmpada L3?
1.5 C
onsidera a remoção da lâmpada L1 do circuito e responde às questões seguintes.
1.5.1 R
epresenta no teu caderno o circuito resultante.
1.5.2 Nestas condições, o que sucede se se fecharem os interruptores K1 e K4?
2. Considera uma torradeira de potência 920 W, que, quando ligada a uma tomada da rede, é percorrida por uma
corrente elétrica de 4 A. Calcula:
a) o valor da resistência elétrica da torradeira;
b) o consumo de energia elétrica em 10 minutos de funcionamento.
3. Um relógio de cozinha funciona com uma associação em série de 4 pilhas, de 1,5 V cada uma, sendo percorrido
por uma corrente elétrica de 30 mA.
3.1 Determina a tensão de funcionamento do relógio.
3.2 Apresenta a corrente elétrica que percorre o relógio em ampere.
3.3 Com base na expressão P (potência) = U (tensão) ◊ I (corrente elétrica), calcula a potência do relógio.
3.4 Calcula a energia consumida pelo relógio durante 1 ano de funcionamento (365 dias).
Apresenta o resultado em unidades SI e em kW h.
4. Quando se contratam os serviços de eletricidade, é necessário escolher a potência de consumo, sendo que
os dois valores possíveis para a rede doméstica correspondem a 15 A e 30 A.
4.1 A que grandeza se referem os valores apresentados?
4.2 Tendo em conta o valor da tensão da rede doméstica, e com base na expressão P (potência) =
= U (tensão) ◊ I (corrente elétrica), determina as potências em escolha.
4.3 Com base no valor determinado na questão 4.2, calcula o consumo máximo de energia elétrica que pode
ocorrer durante um mês numa casa onde se optou por 30 A.
4.4 Numa dada habitação, a potência contratada corresponde a 15 A. Refere o que sucederá nessa habitação
se, ao ligar diversos eletrodomésticos em simultâneo, a corrente elétrica ultrapassar 15 A.
4.5 Nas habitações, as tomadas elétricas são instaladas de modo que os aparelhos fiquem associados em série
ou em paralelo? Justifica a tua resposta. B
A C
5. Observa a tomada de rede representada na figura.
5.1 Identifica cada um dos fios.
5.2 Basta tocar num dos fios para ficar sujeito a um choque elétrico. Qual?
156
6. O
bserva o gráfico seguinte, que mostra os consumos típicos de eletricidade por setor nas atividades domésticas.
13 %
Outros 20 %
2% Equipamentos de frio
Cozinha
5%
Aquecimento de água
9% 16 %
Iluminação Climatização
10 %
Equipamentos
desligados/em standby 14 %
Escritórios
e entretenimento
11 %
Máquinas de lavar e secar
Fonte: http://www.eco.edp.pt/images/stories/PDF/GuiaEE2012_webB.pdf
6.1 Quais são os equipamentos que consomem mais energia numa habitação?
6.2 Calcula o consumo anual relativo a equipamentos em standby, para uma fatura bimensal com um valor
médio de consumo de 370 kW h.
6.3 Refere como se poderia poupar o valor correspondente a estes consumos.
u6p141h1
7. Para determinar uma propriedade térmica do alumínio, um grupo de alunos do 10.º ano fez uma montagem
experimental envolvendo um circuito elétrico, como se mostra na figura seguinte.
7 1
5
4
157
1. De acordo com a informação do texto, quando se pretende adquirir um eletrodoméstico, será preferível comparar
a potência do eletrodoméstico ou a eficiência energética?
2. E
xplica se, comparando apenas a eficiência energética, é possível saber qual é o consumo energético do produto.
Placas de indução
Tachos
Colocando um tacho com uma base
metálica na placa, a perturbação Alimentos
magnética provoca o movimento A energia cinética de colisões
dos eletrões do metal que constitui entre eletrões e iões na base
o tacho. do tacho é libertada como calor,
que cozinha o conteúdo.
Fonte de energia
Superfície da placa Permite que a bobina seja
alimentada por uma corrente
Não irradia calor, mas oferece
elétrica de características
uma base para o tacho assentar
adequadas.
próximo da perturbação
magnética criada pela bobina.
158
1. Relativamente às placas de indução, seleciona a opção que permite completar corretamente a frase seguinte:
A corrente elétrica obtida na bobina baseia-se…
A. … no efeito térmico da corrente elétrica.
B. … no efeito magnético da corrente elétrica.
C. … no efeito químico da corrente elétrica.
Busca-polos
O busca-polos é uma ferramenta que permite verificar a existência de corrente elétrica. Utiliza-se, por
exemplo, para determinar qual é a fase numa tomada de rede ou para detetar se um aparelho elétrico tem fugas
de corrente para as partes metálicas do aparelho em que normalmente tocamos.
Um busca-polos assemelha-se a uma chave de fendas, pois tem uma haste metálica presa a um manípulo
de plástico.
Esta parte de plástico termina num disco condutor que está ligado em série a uma lâmpada e a uma resis-
tência, que, por sua vez, fazem contacto com a haste metálica.
A resistência serve para diminuir a intensidade da corrente quando se estabelece o circuito. O facto de a
lâmpada do busca-polos acender significa que existe tensão entre os terminais que se colocam em contacto
através da haste e do disco.
Quando se introduz o busca-polos no alvéolo de uma tomada e se toca com o dedo no disco condutor, se
existir tensão entre o fio e a pessoa, verifica-se que a lâmpada acende, pois existe passagem de corrente elé-
trica.
1. Para evitar o risco de choque elétrico, a corrente elétrica que percorre o corpo não deverá ser superior a 0,1 mA.
Calcula a resistência do busca-polos, para que este possa ser ligado a uma tomada de rede em segurança:
a) desprezando a resistência do corpo humano;
b) admitindo que a resistência da pele é 1000 Ω.
2. Refere por que motivo a lâmpada do busca-polos não acende se este for ligado ao neutro.
4. Refere o nome do instrumento que poderia ser usado para verificar o valor da tensão entre os dois terminais da
tomada da rede.
159
ESTRUTURA ATÓMICA
160
E
ntão, o que são átomos? Qual é o seu
partia do princípio de
mam? Dalton, assim, como os Gregos,
da divisão da matéria:
que os átomos eram o resultado final
partes ou possuir componen-
nenhum átomo podia ser separado em duas
caso, era difícil explicar as ricas
tes mais pequenos. Mas, sendo esse o
variedade deriva da riqueza da
propriedades dos elementos, já que esta
de que os átomos possuíam uma
composição. A primeira demonstração
n, que mostrou que os eletrões
estrutura interna foi feita por J. J. Thomso
podiam ser defletidos dos átomos.
[…]
na existência de um núcleo,
Em 1910, Ernest Rutherford tropeçou
a positiva no centro do átomo e
um ponto minúsculo de matéria de carg
totalidade da sua massa, apesar
que era virtualmente responsável pela
de muito mais pequeno. P. Atkins,
s da Ciência,
O Dedo de Galileu. As Dez Grandes Ideia
Gradiva, 2007 (adaptado)
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. A figura poderá representar um átomo?
Onde estaria o núcleo? E os eletrões?
Interpretar
2. John Dalton considerava o átomo divisível
ou indivisível?
3. Qual é a parte do átomo que tem maior massa?
Refletir
4. Os átomos dos diferentes elementos terão
constituição idêntica?
AS TUAS METAS
• Identificar marcos importantes na história • Associar a nuvem eletrónica de um átomo isolado
do modelo atómico. a uma forma de representar a probabilidade de
• Descrever o átomo como o conjunto de um encontrar eletrões em torno do núcleo e indicar
núcleo (formado por protões e neutrões) que essa probabilidade é igual para a mesma
e de eletrões que se movem em torno do núcleo. distância ao núcleo, diminuindo com a distância.
• Relacionar a massa das partículas constituintes • Associar o tamanho dos átomos aos limites
do átomo e concluir que é no núcleo que se convencionados da sua nuvem eletrónica.
concentra quase toda a massa do átomo. • Indicar que, nos átomos, os eletrões se distribuem
• Indicar que os átomos dos diferentes elementos por níveis de energia caracterizados por um
químicos têm diferente número de protões. número inteiro.
• Concluir qual é a constituição de um certo átomo, • Escrever as distribuições eletrónicas dos átomos
partindo do seu número atómico e número de dos elementos (Z G 20) pelos níveis de energia,
massa, e relacioná-la com a representação simbólica. atendendo ao princípio da energia mínima e às
• Explicar o que é um isótopo e interpretar ocupações máximas de cada nível de energia.
o contributo dos vários isótopos para o valor • Relacionar a distribuição eletrónica de um átomo
da massa atómica relativa do elemento químico (Z G 20) com a do respetivo ião mais estável.
correspondente.
161
Grécia antiga
Os filósofos da Grécia antiga formularam
muitas hipóteses acerca da constituição
da matéria. Demócrito defendia que a «Átomo» é uma Rutherford
matéria só poderia ser dividida em por- palavra de origem (1871–1937)
Demócrito ções cada vez menores até um limite. grega que provém
(c. 460–370 a. C.) de «a» + «thomos»,
Este limite era dado por uma partícula que significa
indivisível, o átomo. No entanto, a teoria indivisível.
atómica foi abandonada durante vários
séculos devido à autoridade de Aristóte-
les (c. 384–322 a. C.), que discordava Esquema do bombar-
desta visão atómica. deamento da folha de
ouro com partículas a.
480 470 460 450 440 430 420 410 400 390 380 370 a. C. 1760 1770 1780 1790 1800 1810
Modelo atómico
Modelo de Thomson de Thomson
(modelo do «pudim
Joseph Thomson, ao realizar descargas elétricas através de de passas».
gases rarefeitos observou uma luminosidade no interior dos Eletrões
-
tubos onde fazia a descarga, independente do gás contido no -
-
tubo. Deu continuidade ao seu trabalho e acabou por propor a -
-
Joseph Thomson existência de partículas de carga negativa ainda mais reduzi- -
-
(1856–1940) - -
das do que o átomo — os eletrões. Assim, Thomson imaginava - -
162
Ernest Rutherford realizou experiências com feixes de partículas alfa (a) — partícu-
las de carga positiva, — emitidas por elementos radioativos, que bombardeavam
uma finíssima folha de ouro. Os resultados obtidos mostraram que a maioria das Núcleo Órbita
carregado
partículas a conseguia atravessar a folha de ouro, sendo apenas uma pequena positivamente
1830 1840 1850 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Modelo de Bohr
O físico dinamarquês Niels Bohr teve oportunidade de trabalhar com Rutherford e de
conhecer o seu modelo atómico com pormenor. Intensificou as suas pesquisas, estudou
o átomo de hidrogénio e os espetros atómicos. Procurou integrar aspetos da teoria quân-
tica desenvolvida por Max Planck e apresentou, em 1913, um conjunto de leis que
Niels Bohr descrevem o funcionamento dos átomos (postulados).
(1885–1962)
ATIVIDADES
2. Que características atribuiu Rutherford ao átomo pelo facto de a maioria das partículas a passarem através
da folha de ouro sem serem desviadas?
163
IDEIAS-CHAVE
Demócrito defendia que a matéria só podia ser dividida em porções cada vez menores até um limite.
Este limite era dado por uma partícula indivisível, o átomo.
Aristóteles discordava da teoria atómica, pelo que esta teoria foi abandonada durante vários séculos.
Dalton formulou uma nova teoria atómica, cujos princípios defendiam que:
— Toda a matéria era constituída por partículas indivisíveis — os átomos.
— A massa era uma característica de cada tipo de átomos.
— Os átomos eram indivisíveis e não se podiam criar nem destruir.
— Átomos do mesmo tipo ou de tipo diferente podiam combinar-se entre si, para
formar as substâncias. Modelo atómico
de Dalton.
Thomson descobriu o eletrão, partícula de carga negativa de tamanho ainda mais
reduzido do que o átomo. -
-
- -
Rutherford apresentou um novo modelo para o átomo: -
- -
— A maior parte do átomo é espaço vazio. - -
- -
— Existe uma região central de carga positiva e muito densa, o núcleo.
-
— À volta do núcleo giram os eletrões (cargas negativas), com órbitas bem definidas.
Modelo atómico
Bohr apresentou um conjunto de leis que descrevem o funcionamento de Thomson.
dos átomos (postulados). Postulados de Bohr:
— Os eletrões giram em torno do núcleo em certas órbitas.
— Cada órbita tem um determinado valor de energia.
— Às órbitas mais próximas do núcleo corresponde menor valor de energia
e às mais afastadas corresponde um valor maior.
— Os eletrões podem transitar de nível por absorção ou emissão de energia. Modelo atómico
de Rutherford.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. N
a altura em que Rutherford realizou a experiência de bombardeamento de folhas de ouro com partículas a,
acreditava-se que os eletrões (–) estariam uniformemente distribuídos por uma esfera maciça de carga positiva.
Explica por que motivo Rutherford propôs, com base nos resultados obtidos na experiência referida, que
a carga positiva estaria confinada a uma pequena região.
RESOLUÇÃO: Tendo em atenção que cargas de sinal igual se repelem, então, se a carga positiva estivesse
distribuída em todo o átomo, deveria existir um elevado número de partículas a a voltar para trás, por serem
repelidas. No entanto, os resultados mostraram que a maioria das partículas atravessava a folha de ouro e
apenas um reduzido número voltava para trás. Rutherford verificou também que o átomo não é maciço como
propunha Thomson, pois, caso fosse maciço, as partículas a não atravessariam a placa de ouro.
ATIVIDADES
1. No século xix, Dalton desenvolveu algumas experiências que permitiram explicar a constituição do átomo.
Seleciona, de entre as afirmações seguintes, as que correspondem às ideias defendidas por Dalton.
A. Toda a matéria é constituída por partículas, de reduzidas dimensões, denominadas átomos.
B. O átomo era uma esfera maciça de carga positiva, distribuída uniformemente, estando as cargas negativas
dispersas no seu interior.
C. Os átomos do mesmo tipo ou de tipos diferentes podiam combinar-se para formar substâncias.
D. O átomo era constituído por uma região central de carga positiva, girando os eletrões (cargas negativas) à sua
volta a grande velocidade.
164
Max Planck James Chadwick Louis de Broglie Werner Heisenberg Erwin Schrödinger
(1858-1947) (1891-1974) (1892-1987) (1901-1976) (1887-1961)
Descoberta Confirmação Descoberta Desenvolvimento Desenvolvimento
da descontinuidade da existência do comportamento de uma equação de uma equação
na emissão de uma partícula ondulatório que relaciona que permite
de radiação no núcleo sem carga do eletrão. as incertezas determinar
eletromagnética. elétrica, o neutrão. da posição a energia
e da velocidade dos eletrões
de uma partícula. nos átomos.
Assim, o átomo é constituído por um núcleo, onde se encontram protões, Núcleo Eletrões (-)
com carga elétrica positiva, e neutrões, sem carga elétrica. Em torno do (carga elétrica
núcleo, movem-se, a grande velocidade, os eletrões, de carga elétrica negativa)
negativa. O átomo é neutro, o que significa que o número de protões e o
número de eletrões é igual. Neutrões Protões (+)
(sem carga (carga
elétrica) elétrica
O átomo é uma partícula neutra: positiva)
n.º de protões = n.º de eletrões
165
Núcleo atómico
Neutrão
Bromo
Carbono
Nitrogénio
Oxigénio
Raio atómico
Raio atómico
60 pm
Raio atómico 65 pm
Raio atómico 70 pm
87 pm
Fig. 2 Raios de alguns átomos.
166
IDEIAS-CHAVE
De acordo com o atual modelo da nuvem eletrónica, os átomos são constituídos por um núcleo com
protões (partículas de carga positiva) e neutrões (partículas sem carga) e por eletrões (partículas de carga
negativa) que giram em torno do núcleo com grande rapidez mas sem órbita definida. A região em torno
do núcleo pode ser visualizada como uma nuvem em que as zonas mais densas correspondem a maior
probabilidade de encontrar o eletrão — orbitais.
O volume do átomo é determinado pela nuvem eletrónica, pois o núcleo tem dimensões muito menores
do que a nuvem eletrónica.
Os átomos são partículas de dimensões tão reduzidas que, para apresentar a medida do seu raio,
é habitual usar-se um submúltiplo do metro, o picómetro (pm): 1 pm = 1 ◊ 10-12 m.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
rNa = 1,86 Å
1. N
a figura ao lado apresenta-se o valor do raio
rMg = 1,60 Å
atómico, em ångström (Å), para alguns átomos. rNe = 1,50 Å
O ångström é uma unidade de medida por vezes
usada em Física para expressar dimensões muito
reduzidas e cuja relação com o metro é:
Na
1 Å = 1 ◊ 10-10 m. Apresenta os raios atómicos Mg Ne
em picómetro (1 pm = 1 ◊ 10-12 m).
DADOS:
1 Å = 1 ◊ 10-10 m U7P149H3
1 pm = 1 ◊ 10-12 m
rNa = 1,86 Å
rMg = 1,60 Å
rNe = 1,50 Å
RESOLUÇÃO:
fetuando o quociente das expressões que relacionam cada uma das unidades com o metro, consegue
E
estabelecer-se a relação entre as duas unidades:
1Å 1 # 10-10 m 1Å
= + = 1 ◊ 102 + 1 Å = 100 pm
1pm 1 # 10-12 m 1pm
Assim, podem efetuar-se as reduções e apresentar o resultado em picómetros.
RESPOSTA:
rNa = 1,86 Å = 186 pm; rMg = 1,60 Å = 160 pm; rNe = 1,50 Å = 150 pm.
ATIVIDADES
167
+ + + +
+ + +
+
Fig. 3 Comparação entre as massas do protão e do neutrão [A], do protão e do eletrão [B] e do núcleo e do átomo [C].
Número de massa
Os neutrões também se encontram no núcleo dos átomos. Ao número
total de protões e neutrões (nucleões) chama-se número de massa (A).
Isótopos de hidrogénio
P
P N P N N
1 2 3
H — hidrogénio-1 ou prótio H — hidrogénio-2 ou deutério H — hidrogénio-3 ou trítio
1
U7P152H1 1
U7P152H2 1
U7P152H3
IDEIAS-CHAVE
No átomo, a massa concentra-se no núcleo, pois os protões e os neutrões têm massa praticamente igual
e muito superior à do eletrão.
Cada elemento químico se caracteriza pelo número atómico, ou seja, todos os átomos de um elemento
químico possuem o mesmo número de protões.
O número de massa (A) é a soma do número de protões com o número de neutrões que existe no núcleo
de um átomo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1.2
Efetua a representação simbólica dos dois átomos. Número de neutrões 74 78
1.3
Refere, justificando, se X e Y são isótopos. NOTA: X e Y não são símbolos químicos.
1.1 a) RESOLUÇÃO: O átomo é neutro, pelo que o número de eletrões é igual ao número de protões.
RESPOSTA: Os átomos X e Y têm ambos 53 eletrões.
b) RESOLUÇÃO: O número atómico, Z, corresponde ao número de protões.
RESPOSTA: Os átomos X e Y têm ambos número atómico igual a 53.
c)
RESOLUÇÃO: O número de massa, A, corresponde à soma do número de protões com o número de
neutrões. Assim A (X) = 53 + 74 = 127 e A (Y) = 53 + 78 = 131.
RESPOSTA: O número de massa de X é 127 e o número de massa de Y é 131.
1.2
RESOLUÇÃO: Na representação simbólica, o número atómico aparece com o índice inferior à esquerda
do símbolo e o número de massa aparece como índice superior à esquerda do símbolo.
RESPOSTA: 127 131
53 X e 53 Y.
1.3
RESOLUÇÃO: Isótopos são átomos do mesmo elemento (igual número atómico) que diferem no número
de neutrões (número de massa diferente).
RESPOSTA: Os átomos X e Y são isótopos, pois são átomos do mesmo elemento, uma vez que têm
o mesmo número atómico e diferem no número de neutrões.
ATIVIDADES
1. Considera as representações dos átomos seguintes, em que as letras não são símbolos químicos,
e responde às questões.
35 24 26 39 37
17 X 12 Y 12 W 19 T 17 R
1.1 Descreve a constituição dos átomos representados.
1.2 Refere, justificando, quantos elementos estão representados.
1.3 Identifica os isótopos representados.
1.4 Identifica o átomo de maior massa e o de menor massa.
170
Unidade de massa atómica
A massa é uma propriedade de toda a matéria e, como tal, os átomos
também têm massa.
O padrão escolhido designa-se por unidade de massa atómica (u) e cor- Massa do átomo de carbono-12
responde a 1/12 da massa em repouso do átomo de carbono-12 no
estado fundamental (Fig. 4). A massa do átomo de hidrogénio-1 tem apro-
ximadamente o mesmo valor deste padrão.
Massa atómica relativa
A massa atómica relativa (Ar) de um átomo resulta da comparação entre
a sua massa e a unidade de massa atómica e é, por isso, uma grandeza
Unidade de massa atómica (u)
adimensional.
Fig. 4 Unidade de massa
Afirmar que a massa atómica relativa do nitrogénio-14 é 14 significa atómica.
U7P153H1
que o nitrogénio-14 tem uma massa 14 vezes maior do que a unidade de
massa atómica.
Verificando-se que:
35,0 # 76 + 37,0 # 24
Ar (Cℓ) = + Ar (Cℓ) = 35,5
100
Massa molecular relativa
As moléculas são formadas por átomos ligados quimicamente. A massa das
moléculas também pode ser comparada com a unidade de massa ató-
mica relativa, obtendo-se a massa molecular relativa (Mr).
A massa molecular relativa pode ser calculada a partir das massas ató-
micas relativas dos elementos cujos átomos constituem a molécula. Por
exemplo, a água (H2O) tem dois átomos de hidrogénio e um átomo de
oxigénio. Sabendo que:
então,
tem-se,
172
IDEIAS-CHAVE
O padrão escolhido para expressar a massa dos átomos designa-se por unidade de massa atómica (u).
A unidade de massa atómica (u) corresponde a 1/12 da massa em repouso do átomo de carbono-12
no estado fundamental.
A massa atómica relativa (Ar) de um átomo resulta da comparação entre a sua massa e a unidade
de massa atómica e é, por isso, uma grandeza adimensional.
A massa das moléculas também pode ser comparada à unidade de massa atómica, obtendo-se a massa
molecular relativa (Mr).
EXERCÍCIO RESOLVIDO
DADOS:
Ar (N) = 14,0
Ar (H) = 1,0
Ar (S) = 32,1
Ar (O) = 16,0
RESOLUÇÃO:
Mr [(NH4)2SO4] = 2 × [Ar (N) + 4 × Ar (H)] + Ar (S) + 4 × Ar (O) &
& Mr [(NH4)2SO4] = 2 × (14,0 + 4 × 1,0) + 32,1 + 4 × 16,0 =
= 2 × 18,0 + 32,1 + 64,0 = 132,1
RESPOSTA: A massa molecular relativa do sulfato de amónio é 132,1.
ATIVIDADES
1. O que significa afirmar que a massa atómica relativa do isótopo oxigénio-16 é 16?
2. O carbono apresenta três isótopos: 126 C; 136 C; 146 C. Sabendo que Ar (C) = 12,01, refere,
justificando, qual dos isótopos do carbono é mais abundante na Natureza.
3. D
etermina a massa atómica relativa do boro, considerando os seguintes dados:
Ar _ 5 Bi = 10,0, com 20 % de abundância relativa;
10
Ar _ 5 Bi = 11,0, com 80 % de abundância relativa.
11
5. O
fósforo é uma substância elementar de massa molecular relativa igual a 124.
Determina a fórmula química do fósforo.
173
Níveis de energia
SABER
Cada nível de energia também Os eletrões da nuvem eletrónica do átomo não têm todos a mesma ener-
pode ser designado por gia, encontrando-se distribuídos por níveis de energia, o que significa
camada K, L, M, N, O, P que os eletrões não apresentam uma energia qualquer.
ou Q. Assim, o primeiro nível
corresponde à camada K, De acordo com o Princípio da Energia Mínima, os eletrões encontram-se
o segundo nível à camada L,
e assim sucessivamente.
preferencialmente nos níveis de energia mais baixos.
Distribuição
Número Modo de distribuir
Átomo ou configuração
de eletrões os eletrões
eletrónica
174
Iões
Os iões são partículas com carga elétrica que resultam de átomos que
perderam ou ganharam eletrões.
Quando um átomo perde eletrões, origina um ião com excesso de carga Catião — ião positivo
positiva — catião. Por exemplo, o sódio-23 _23 11 Nai tem 11 protões e resultante de um átomo
11 eletrões e quando perde um eletrão fica com 11 protões e 10 eletrões; ou conjunto de átomos
existindo uma carga positiva a mais, forma-se o catião sódio — 23 11 Na
+
que perdeu um ou mais
(Fig. 6). eletrões.
- Átomo perde 1 e- -
-
- -
- -
- -
- - - -
-
-
- - - -
- -
Na Na+
(Átomo) (Catião)
Fig. 6 Esquema de formação do catião sódio (Na+).
Quando um átomo ganha eletrões, origina um ião com excesso de carga Anião — ião negativo
negativa — anião. Por exemplo, o oxigénio-16 _168 Oi tem 8 protões e resultante de um átomo
8 eletrões; quando ganha 2 eletrões, fica com 8 protões e 10 eletrões; ou conjunto de átomos
existindo duas cargas negativas a mais, forma-se o anião óxido — 168 O 2- que ganhou um ou mais
(Fig. 7). eletrões.
- -
Átomo ganha 2 e- -
- -
-
-
- -
- - - -
-
-
- -
-
-
O O2-
(Átomo) - (Anião)
Fig. 7 Esquema de formação do anião óxido (O2-).
175
176
IDEIAS-CHAVE
No átomo, os eletrões não apresentam um valor qualquer de energia, distribuem-se por níveis de energia.
Cada nível de energia se caracteriza por um número natural n (n H 1) e pode comportar um máximo
de 2n2 eletrões.
Os eletrões do nível mais elevado de energia são os eletrões de valência; são estes que podem ser trocados
ou partilhados com outros átomos, determinando o comportamento químico do respetivo elemento químico.
Os iões são partículas com carga elétrica que resultam de átomos que perderam ou ganharam eletrões.
Quando um átomo ou conjunto de átomos perde um ou mais eletrões, origina um ião com carga
positiva — catião.
Quando um átomo ou conjunto de átomos ganha um ou mais eletrões, origina um ião com carga
negativa — anião.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1.1
RESOLUÇÃO:
Dado que os átomos são neutros, se o potássio tem 19 protões, então, um átomo deste elemento terá
19 eletrões.
No 1.º nível de energia só é possível distribuir 2 eletrões e no 2.º nível, 8 eletrões.
este modo, 10 eletrões já estão distribuídos. Os restantes 9 eletrões não poderão ser distribuídos pelo
D
3.º nível, pois, se assim fosse, este seria o último nível e no último nível não se podem distribuir mais
de 8 eletrões. Assim, 8 eletrões ficarão no 3.º nível e 1 eletrão, no 4.º nível.
RESPOSTA: A configuração eletrónica do potássio é: 19 K: 2:8:8:1.
1.2 RESOLUÇÃO:
Para que o último nível preenchido fique com 8 eletrões, o eletrão do 4.º nível poderá ser cedido.
RESPOSTA: A carga do ião mais provável do potássio é +1.
ATIVIDADES
3. Sabendo que um ião, Y, é constituído por 12 protões, 12 neutrões e 10 eletrões, responde às questões.
3.1 Refere o número de eletrões do átomo que lhe deu origem.
3.2 Faz a representação simbólica do ião descrito.
3.3 Escreve a configuração eletrónica do ião.
ESQUEMATIZAR
ÁTOMOS
Protão
Neutrão
C
Neutrão Nuvem
eletrónica
formado por
Neutrões Protões
correspondem ao
Nos EPS enviados
correspondem ao
Número atómico
D caracteriza o
permite distinguir
E
Isótopos tem
VERIFICAR
2. A
ssocia os tópicos seguintes ao cientista que propôs o respetivo modelo atómico.
A. Átomos indivisíveis.
B. Eletrões em órbitas de energia bem definida.
C. Eletrões dispersos numa esfera de carga positiva.
D. Eletrões descrevem órbitas circulares em torno do núcleo.
3. A
ssocia cada partícula da coluna I a uma ou mais características da coluna II.
Coluna I Coluna II
178
APLICAR
6. C
onsidera a tabela, na qual as letras não representam símbolos químicos dos elementos, e responde às questões.
Configuração
Representação z a N.º de neutrões N.º de protões N.º de eletrões
eletrónica
A 15 36 16
37
B 38 18
C 11 40
23
11
D 2:3 40
11
35
E 40 1 17
F 2:5 40 7
7. O
bserva a figura seguinte e os dados nela assinalados. Calcula a massa atómica relativa
do nitrogénio.
99,636 % 0,364 %
U7P160H1 U7P160H2
8. C
alcula a massa molecular relativa de:
a) N2 h) HCOOH
b) O3 i) H3PO4
c) NH3
j) Al3+
d) CH4
k) S2-
e) C2H6O
l) Na2O
f) C4H10
m) MgCl2
g) C2H4O
n) Ca3(PO4)2
179
10. C
onsidera as representações de alguns átomos (as letras não são
U7P161H2 símbolos químicos) e responde
U7P161H3 às questões.
U7P161H4
U7P161H1 16 24 13 22 17 14 18
8 X 12 Y 6 Z 11 T 9 U 6 W 8 V
10.1 Quantos elementos estão representados? Justifica a tua resposta.
10.2 Identifica os isótopos.
10.3 Refere qual dos átomos tem maior massa.
10.4 Efetua a distribuição eletrónica de X, Y, T e U no estado fundamental e refere o número de eletrões
de valência de cada um deles.
10.5 Para cada uma das questões seguintes, seleciona a opção que completa corretamente a frase inicial.
10.5.1 O átomo X…
A. … cede facilmente seis eletrões, ficando com oito eletrões no último nível.
B. … ganha facilmente dois eletrões, formando um ião dinegativo.
C. … cede facilmente dois eletrões, formando um ião dipositivo.
D. … cede facilmente dois eletrões, formando um ião dinegativo.
10.5.2 O átomo Y…
A. … ganha facilmente seis eletrões, ficando com oito eletrões no último nível.
B. … ganha facilmente dois eletrões, formando um ião dinegativo.
C. … cede facilmente dois eletrões, formando um ião dipositivo.
D. … cede facilmente dois eletrões, formando um ião dinegativo.
10.5.3 O átomo T…
A. … origina facilmente o ião T-.
B. … origina facilmente o ião T2-.
C. … origina facilmente o ião T+.
D. … origina facilmente o ião T2+.
10.5.4 O átomo U…
A. … origina facilmente o ião U-.
B. … origina facilmente o ião U2-.
C. … origina facilmente o ião U+.
D. … origina facilmente o ião U2+.
10.6 Recorda o que aprendeste sobre compostos iónicos no 8.º ano e, tendo em atenção as respostas dadas
nas questões 10.5.1 e 10.5.2, seleciona a opção correta.
A. Os átomos X e Y podem reagir formando um composto iónico de fórmula química Y2X.
B. Os átomos X e Y podem reagir formando um composto iónico de fórmula química YX2.
C. Os átomos X e Y podem reagir formando um composto iónico de fórmula química XY.
D. Os átomos X e Y podem reagir formando um composto iónico de fórmula química YX.
10.7 Seleciona a opção que pode indicar o valor da massa do átomo W.
A. 6 C. 20
B. 14 D. 26
180
Protão
Neutrão
1.
Identifico marcos importantes na história do modelo atómico. pp. 162-163 2 1 0
2.
Descrevo o átomo como o conjunto de um núcleo (formado por protões e neutrões) e de 2 1 0
eletrões que se movem em torno do núcleo. pp. 165-166
3.
Relaciono a massa das partículas constituintes do átomo e concluo que é no núcleo que 2 1 0
se concentra quase toda a massa do átomo. pp. 165-166
4.
Indico que os átomos dos diferentes elementos químicos têm diferente número 2 1 0
de protões. p. 168
5.
Concluo qual é a constituição de um certo átomo, partindo do seu número atómico 2 1 0
e número de massa, e relaciono-a com a representação simbólica. pp. 168-169
6.
Explico o que é um isótopo e interpreto o contributo dos vários isótopos para o valor 2 1 0
da massa atómica relativa do elemento químico correspondente. p. 169
7.
Associo a nuvem eletrónica de um átomo isolado a uma forma de representar 2 1 0
a probabilidade de encontrar eletrões em torno do núcleo e indico que essa
probabilidade é igual para a mesma distância ao núcleo, diminuindo com a distância.
p. 166
8.
Associo o tamanho dos átomos aos limites convencionados da sua nuvem eletrónica. 2 1 0
p. 166
9.
Indico que, nos átomos, os eletrões se distribuem por níveis de energia caracterizados 2 1 0
por um número inteiro. p. 174
10.
Escrevo as distribuições eletrónicas dos átomos dos elementos (Z G 20) pelos níveis 2 1 0
de energia, atendendo ao princípio da energia mínima e às ocupações máximas de cada
nível de energia. p. 174
11.
Relaciono a distribuição eletrónica de um átomo (Z G 20) com a do respetivo ião mais 2 1 0
estável. pp. 174-175
0-10 — Tenho de me esforçar mais. 11-16 — Sou capaz de fazer melhor. 17-22 — Tenho de continuar assim!
181
182
COMEÇA POR…
OBSERVAR
1. O que é a Tabela Periódica?
2. Como está organizada a Tabela Periódica?
Interpretar
3. De acordo com o autor do texto, por que razão
foi necessário organizar os elementos químicos
conhecidos numa tabela?
Refletir
4. Por que razão certos elementos químicos
apresentam semelhanças nas suas
propriedades químicas e físicas?
AS TUAS METAS
• Identificar contributos de vários cientistas para • Distinguir, através de algumas propriedades
a evolução da Tabela Periódica até à atualidade. físicas e químicas, duas categorias de
• Compreender a organização da Tabela Periódica substâncias elementares: metais e não metais.
e a sua relação com a estrutura atómica. • Explicar a semelhança de propriedades químicas
• Identificar, na Tabela Periódica, elementos das substâncias elementares correspondentes
químicos que existem na Natureza próxima aos elementos químicos de um mesmo grupo
de nós e outros que, na Terra, só são produzidos (1, 2 e 17) atendendo à sua estrutura atómica
artificialmente. e justificar a baixa reatividade dos gases nobres.
• Identificar, na Tabela Periódica, os metais e os • Justificar, recorrendo à Tabela Periódica,
não metais e elementos químicos pertencentes a formação de iões estáveis a partir de elementos
aos grupos dos metais alcalinos, metais químicos dos grupos 1 (lítio, sódio e potássio),
alcalino-terrosos, halogéneos e gases nobres. 2 (magnésio e cálcio), 16 (oxigénio e enxofre)
• Distinguir informações na Tabela Periódica e 17 (flúor e cloro).
relativas a elementos químicos (número atómico • Identificar os elementos químicos que existem
e massa atómica relativa) e às substâncias em maior proporção no corpo humano e outros
elementares correspondentes (ponto de fusão, que, embora existindo em menor proporção, são
ponto de ebulição e massa volúmica). fundamentais à vida.
183
Lei das Tríades
A primeira tentativa para evidenciar o carácter periódico das proprieda-
des dos elementos químicos e de os ordenar de forma sistemática foi
realizada pelo químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner (Fig. 4).
184
U8P171H1
Lei das Oitavas
Em 1864, John Newlands (Fig. 6) observou que, quando se dispunham
os elementos químicos conhecidos por ordem crescente de massa ató-
mica em conjuntos de sete elementos, o oitavo elemento apresentava
propriedades semelhantes que se repetiam periodicamente (Fig. 7).
A exceção era o hidrogénio.
Cs Ba,V
Tabela Periódica de Dimitri Ivanovich Tabela dos elementos
Fig. 7
Mendeleev U8P171H3
químicos de John
Newlands.
Mendeleev (Fig. 8) é considerado o pai da Tabela Periódica atual. Iniciou um
estudo exaustivo da relação entre as propriedades dos 63 elementos quími-
cos que conhecia e organizou-os numa tabela com oito grupos (Fig. 9),
dispondo os elementos por ordem crescente de massa atómica. No mesmo
grupo estavam reunidos os elementos com propriedades semelhantes.
Mendeleev (1834-1907).
Fig. 8
SABER
O trabalho desenvolvido por
Mendeleev foi extraordinário,
tendo em conta que ainda não
se conhecia nem a estrutura
atómica nem os números
atómicos (utilizados na
organização da Tabela
Periódica atual).
Tabela Periódica de Mendeleev (1869).
Fig. 9
185
Henry Moseley e o número atómico
Em 1913, Henry Moseley (Fig. 10) descobriu que o número de protões no
núcleo dos átomos de um mesmo elemento era sempre o mesmo, tendo
ordenado, no ano seguinte, os elementos químicos na Tabela Periódica
por ordem crescente do número atómico e de acordo com as proprieda-
des que apresentavam (Fig. 11). Desta forma, eliminou algumas incongru-
ências que se verificavam na tabela de Mendeleev.
Na Mg Aℓ Si P S Cℓ Ar
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tℓ Pb Bi Po At Rn
Fig. 11
Tabela dos elementos químicos organizados por ordem crescente
do número atómico e das suas propriedades. U8P173H2
O último ajuste na Tabela Periódica atual resultou do trabalho de Glenn
Seaborg (Fig. 12) na década de 1950. Este químico acrescentou à Tabela
Periódica mais duas famílias: os actinídeos e os lantanídeos. Em 1951,
Seaborg recebeu o Prémio Nobel da Química.
1
18
1
número 2
1 H atómico
He
1,01
4,00
2 Elemento 13 14 15 16 17
3 4 5 6 7 8 9 10
massa atómica
2 Li Be relativa B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
11 12 13 14 15 16 17 18
3 Na Mg Aℓ Si P S Cℓ Ar
22,99 24,31 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
4 K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,41 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
5 Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,94 97,91 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29
55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tℓ Pb Bi Po At Rn
132,91 137,33 138,91 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,21 208,98 208,98 209,99 222,02
87 88 89 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
7 Fr Ra Ac Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Uut Fℓ Uup Lv Uus Uuo
[223] [226] [227] [261] [262] [266] [264] [277] [268] [269] [272] [277] [284] [285] [288] [289] [291] [293]
186
U8P174H4
IDEIAS-CHAVE
A primeira classificação dos elementos químicos foi em metais e não metais.
No início do século xix, John Dalton fez uma primeira tentativa de organizar os elementos químicos que
conhecia, distribuindo-os por ordem crescente de massa atómica.
Em 1829, Johann Döbereiner organizou os elementos químicos em conjuntos de três. Os elementos de
cada conjunto apresentavam propriedades químicas semelhantes e a massa atómica do elemento central
era aproximadamente igual à média das massas atómicas do primeiro e terceiro elementos.
Em 1864, John Newlands organizou os elementos químicos conhecidos por ordem crescente de massa
atómica em conjuntos de sete elementos, e verificou que o oitavo elemento apresentava propriedades
semelhantes que se repetiam periodicamente. A exceção era o hidrogénio.
Mendeleev, o pai da Tabela Periódica, organizou os 63 elementos que conhecia numa tabela com oito
grupos, dispondo-os por ordem crescente de massa atómica. No mesmo grupo estavam reunidos os
elementos com propriedade semelhantes.
Em 1913, Henry Moseley descobriu que o número de protões no núcleo dos átomos de um mesmo
elemento era sempre o mesmo, tendo ordenado, no ano seguinte, os elementos na Tabela Periódica por
ordem crescente do número atómico e de acordo com as propriedades que apresentavam.
Glenn Seaborg, na década de 50, acrescentou à Tabela Periódica mais duas famílias: os actinídeos
e os lantanídeos.
A Tabela Periódica dos elementos é a disposição sistemática dos 114 elementos químicos que
se conhecem, em função das suas propriedades.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
RESOLUÇÃO:
endeleev não conhecia nem a estrutura atómica nem o número atómico (número de protões no núcleo), pelo
M
que ordenou os elementos químicos que conhecia por ordem crescente da sua massa atómica e organizou-os
em grupos de acordo com as suas propriedades.
ATIVIDADES
1. Associa os nomes da coluna I com a organização dos elementos químicos da coluna II.
Coluna I Coluna II
2. R
efere o principal contributo de Mendeleev para a organização da Tabela Periódica atual.
3. D
escreve de que forma está organizada a Tabela Periódica de 2015.
4. C
om a informação disponível no manual e outra que pesquises, organiza um friso cronológico, identificando
o contributo de vários cientistas para a evolução da Tabela Periódica.
187
1 18
1
2 13 14 15 16 17
2
O
3 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
P
4
U
5 P E R Í O D O
R
6
G
Por exemplo:
Os eletrões de valência do
sódio (Na) e do magnésio (Mg)
Grupo 1 Grupo 2
encontram-se no 3.º nível.
Na Tabela Periódica, estes 3.º período 11 Na — 2:8:1 12 Mg — 2:8:2
elementos encontram-se
4.º período K — 2:8:8:1
19 20 Ca — 2:8:8:2
no 3.º período.
Os eletrões de valência do
potássio (K) e do cálcio (Ca)
encontram-se no 4.º nível. O sódio (Na) e o potássio (K) têm O magnésio (Mg) e o cálcio (Ca)
Na Tabela Periódica, estes um eletrão de valência. Na têm dois eletrões de valência. Na
elementos encontram-se Tabela Periódica, estes elementos Tabela Periódica, estes elementos
no 4.º período. encontram-se no grupo 1. encontram-se no grupo 2.
188
U8P177H3a
A comunidade científicaU8P177H3
mundial tem investido na criação de novos ele-
mentos e no reconhecimento da sua existência, esperando que se reco-
nheça a existência dos elementos químicos que faltam para completar o
7.º período.
CHAVE
PONTO DE EBULIÇÃO ˚C
7 14.0067
–195.8
PONTO DE FUSÃO ˚C –210
0,81
N
Nitrogénio SÍMBOLO
DENSIDADE (g/cm )
3
NOME
Algumas informações que podem constar na Tabela Periódica.
Fig. 16
U8P177H2
Na Tabela Periódica, podem constar informações relativas a ele-
mentos químicos (número atómico e massa atómica relativa) e às
substâncias elementares correspondentes (ponto de ebulição,
ponto de fusão e massa volúmica).
189
11 22.9898 12 24.312 1 2 13 14 15 16 17 18
892 1107 3 5
6.939 4 9.0122 10.811 6 12.01115 7 14.0067 8 15.9994 9 18.9984 10 20.183
3 97.8 Na 650 Mg
0,97 1,74 1330 2770 4830 -195.8 -183 -186.2 -246
Sódio Magnésio 2 180.5 Li 1277 Be [2030] B 3727g C -210 N -219.6 O -219.6 F -248.6 Ne
0,53 1,85 2,34 2,26 0,81 1,14 1,505 1,20
19 39.102 20 40.08
Lítio Berílio Boro Carbono Nitrogénio Oxigénio Flúor Néon
760 1440
4 63.7 K 838 Ca Fig. 18 Variação de algumas propriedades dos elementos e das respetivas
0,86
Potássio
1,55
Cálcio substâncias elementares ao longo do 2.º período da Tabela Periódica. U8P178H2
37 85,47 38 87.62
688 1380
5 38.9 Rb 768 Sr De acordo com as suas propriedades, os elementos químicos estão
1,53 2,6
Rubídio Estrôncio organizados em grupos. Alguns destes grupos têm designações espe-
55 132.905 56 137,34
ciais (Fig. 19):
690 1640
6 28.7 Cs 714 Ba • grupo 1 — metais alcalinos;
1,90 3,5
Césio Bário
• grupo 2 — metais alcalino-terrosos;
87 [223] 88 [226]
_
• grupo 17 — halogéneos;
7 [27] Fr 700 Ra • grupo 18 — gases nobres.
5,0
Frâncio Rádio
Fig. 17
Variação de algumas 1 18
U8P178H1
propriedades dos
elementos e das
1
2 13 14 15 16 17
respetivas substâncias 2
Metais alcalino-terrosos
Gases nobres
elementares ao longo
Halogéneos
Metais alcalinos
3
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
do 1.º e 2.º grupos
4
da Tabela Periódica.
5
6 *La
7 *Ac
*
* L a n t a n í d e o s
** A c t i n í d e o s
190
1 18
Elementos representativos
1
2 Elementos de transição 13 14 15 16 17
3
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Metais
Semimetais
Não metais
191
IDEIAS-CHAVE
A Tabela Periódica atual dispõe os elementos químicos por ordem crescente do seu número atómico
e organiza-os de acordo com as suas propriedades.
Os elementos do mesmo período têm o mesmo nível energético de valência em preenchimento.
Na Tabela Periódica, estão contidas informações relativas a elementos químicos (número atómico
e massa atómica relativa) e às substâncias elementares correspondentes (ponto de ebulição, ponto
de fusão e massa volúmica).
Na Tabela Periódica, os grupos de elementos estão organizados de acordo com as suas propriedades.
Alguns grupos da Tabela Periódica têm designações especiais: grupo 1: metais alcalinos; grupo 2:
metais alcalino-terrosos; grupo 17: halogéneos; grupo 18: gases nobres.
Os elementos podem classificar-se, de acordo com as propriedades físicas e químicas das suas
substâncias elementares, em metais, semimetais e não metais.
1 18
EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 2
1 H He
1. O
bserva o excerto da Tabela Periódica e justifica a posição que 1,01 2 13 14 15 16 17 4,00
3 4 5 6 7 8 9 10
o elemento cloro ocupa na mesma. 2 Li Be ... B C N O F Ne
6,94 9,01 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18
RESOLUÇÃO: 11 12 13 14 15 16 17 18
3 Na Mg Aℓ Si P S Cℓ Ar
cloro tem número atómico 17, pelo que a sua configuração
O 22,99 24,31 26,98 28,09 30,97 32,07 35,45 39,95
eletrónica é: 2:8:7. Como tem 7 eletrões de valência, encontra-se 19 20 31 32 33 34 35 36
no décimo sétimo grupo, e como tem o 3.º nível energético em 4 K Ca Ga Ge As Se Br Kr
39,10 40,08 69,72 72,64 74,92 78,96 79,90 83,80
preenchimento (nível de valência), encontra-se no 3.º período.
U8P176H1
ATIVIDADES
1. Escolhe três elementos químicos com Z G 20 e justifica a posição que ocupam na Tabela Periódica.
2. S
upondo que descobrias um novo elemento com propriedades semelhantes aos halogéneos, identifica o grupo
e o período desse novo elemento.
3. O
bserva as Tabelas Periódicas das figuras 13 e 21 nas páginas 186 e 191, respetivamente, e identifica a opção
em que aparecem apenas metais.
A. Potássio, oxigénio e nitrogénio.
B. Enxofre, oxigénio e nitrogénio.
C. Potássio, ouro e prata.
D. Boro, carbono e oxigénio.
192
Propriedades dos metais
As substâncias elementares dos metais apresentam algumas caracterís-
ticas semelhantes entre si.
• São bons condutores térmicos e de corrente elétrica (apresentam valores elevados para a condutividade
térmica e para a condutividade elétrica).
• Apresentam, em geral, pontos de fusão e pontos de ebulição elevados.
• São densas, maleáveis e dúcteis.
• Têm tendência para formar catiões (iões positivos).
193
Propriedades dos não metais
Tal como nos metais, também as substâncias elementares dos não
metais, apresentam algumas propriedades semelhantes entre si.
Os restantes podem estar no estado sólido, como o carbono e o enxofre, ou no estado gasoso, como
o oxigénio ou o cloro.
• São maus condutores de corrente elétrica (apresentam valores baixos para a condutividade elétrica), exceto
a grafite, que é boa condutora da corrente elétrica.
• Apresentam, em geral, pontos de fusão e pontos de ebulição baixos.
• Têm tendência para formar aniões (iões negativos).
194
IDEIAS-CHAVE
Características das substâncias elementares dos metais:
— apresentam brilho metálico;
— são sólidas à temperatura de 25 °C (exceto o mercúrio e o césio);
— têm cor cinzenta (exceto o cobre e o ouro);
— são boas condutoras da corrente elétrica e são boas condutoras térmicas;
— apresentam, em geral, pontos de fusão e pontos de ebulição elevados;
— são densas, maleáveis e dúcteis;
— têm tendência para formar catiões (iões positivos).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Observa o excerto da Tabela Periódica que se apresenta abaixo. Identifica os elementos que:
a)
formam facilmente catiões;
b) pertencem ao grupo
A C
dos halogéneos;
E
c) reagem com o oxigénio, originando um
B D
óxido que, na presença de água, forma
hidróxido.
U8P183H1
a) RESOLUÇÃO:
Os elementos A e B, pois os metais (elementos localizados na parte esquerda da Tabela Periódica)
formam facilmente catiões.
b) RESOLUÇÃO:
s halogéneos pertencem ao 17.º grupo, logo, C e D são elementos que pertencem ao grupo dos
O
halogéneos.
c) RESOLUÇÃO:
ão os elementos A e B, pois os óxidos metálicos em solução aquosa formam hidróxidos dos respetivos
S
metais.
ATIVIDADES
1. Considera a reação do potássio (K) com o dioxigénio (O2) e responde às questões seguintes.
1.1 Escreve a equação química que traduz esta reação.
1.2 Menciona o nome do óxido que se formou.
1.3 Refere se o óxido formado tem carácter ácido ou básico. Justifica a tua resposta.
1.4 Escreve a equação química que traduz a reação entre o óxido formado e a água.
2. Propõe uma atividade experimental para testar algumas propriedades dos metais e dos não metais.
Refere o material a utilizar e o melhor procedimento. Depois de realizares a atividade, elabora o relatório
da atividade laboratorial.
195
ATIVIDADE LABORATORIAL
MATERIAL
• Tina de vidro • Pinça • Sódio A
• Placa de vidro • Água • Lítio
• Canivete • Fenolftaleína • Potássio
PROCEDIMENTO
OBSERVAÇÕES
1. Descreve o aspeto que apresenta cada um destes metais quando
recentemente cortado.
2. O que aconteceu quando se adicionou cada um dos metais à água?
3. O que aconteceu à solução que estava na tina?
4. Compara a reatividade de cada um destes metais na reação com a água.
196
No caso dos átomos dos metais alcalinos, quanto maiores forem os áto- Reações de alguns metais
Fig. 22
mos, mais facilmente originam iões monopositivos, e maior é a sua reati- alcalinos com a água:
vidade (Fig. 23). Como os átomos de potássio são maiores do que os potássio [A]; sódio [B];
lítio [C].
átomos de sódio, e estes são maiores do que os átomos de lítio, o potás-
sio é mais reativo do que o sódio, e este é mais reativo do que o lítio.
Li
Como já foi referido, os metais reagem com o dioxigénio (O2), originando
os respetivos óxidos dos metais. No caso dos metais alcalinos, cada um
dos metais apresenta uma chama de cor característica (Fig. 24). Na
A B C
K
Aumenta
a reatividade
197
IDEIAS-CHAVE
Os metais alcalinos (grupo 1) oxidam-se (perdem eletrões) facilmente e reagem vigorosamente com
a água — são muito reativos, não existindo como substância elementar na Natureza.
A reatividade dos metais alcalinos deve-se ao facto de possuírem apenas um eletrão de valência, que
cedem com facilidade, formando catiões monopositivos estáveis.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. O
s átomos de sódio (Na) apresentam um eletrão de valência e o nível energético em preenchimento é o 3.º.
1.1
Refere o grupo e o período a que pertence o sódio.
1.2
Refere o tipo de ião que forma o sódio. Justifica a tua resposta.
1.3
Completa a equação que traduz a reação entre o sódio e a água:
Na(s) + H2O(l) (aq) + (g)
1.1
RESOLUÇÃO:
Como o sódio tem um eletrão de valência, encontra-se no 1.º grupo da Tabela Periódica. Tem o 3.º nível
energético em preenchimento, pelo que se encontra no 3.º período.
1.2
RESOLUÇÃO:
Como o sódio tem um eletrão de valência, forma facilmente iões monopositivos, pois desta forma adquire
a configuração do gás nobre néon, o que lhe confere uma grande estabilidade.
1.3
RESOLUÇÃO:
Da reação entre o sódio e a água forma-se hidróxido de sódio (NaOH) e liberta-se di-hidrogénio (H2).
É necessário fazer o acerto da equação de acordo com a Lei de Lavoisier:
2 Na(s) + 2 H2O(l) 2 NaOH(aq) + H2(g)
ATIVIDADES
2. E
screve a equação química que traduz a reação entre o potássio e:
a) a água;
b) o dioxigénio.
3. E
xplica por que motivo, em laboratório, os metais alcalinos são guardados em frascos contendo petróleo
ou parafina líquida.
4. P
esquisa sobre as principais aplicações dos elementos do grupo dos metais alcalinos e sobre a sua importância
para os seres vivos.
198
Ião: 4Be
2+
-2 12Mg2+ - 2:8 20Ca2+ - 2:8:8
Gás nobre: 2He - 2 10Ne - 2:8 18Ar - 2:8:8
ATIVIDADE LABORATORIAL
MATERIAL
• 2 tubos de ensaio • Pinça • Fenolftaleína • Cálcio
• Lixa • Água • Fita de magnésio
PROCEDIMENTO
1. C
orta uma pequena porção de fita de magnésio e lixa-a se estiver escura [A].
2. A
diciona 3 gotas de solução de fenolftaleína a um tubo de ensaio com água.
3. C
oloca a fita de magnésio na água e espera alguns instantes [B].
4. C
om uma pinça, retira uma pequena porção de cálcio.
5. R
epete os procedimentos 2 e 3 com o cálcio, usando o outro tubo de ensaio.
OBSERVAÇÕES
1.
O que aconteceu quando se adicionou o metal à água?
2.
O que aconteceu à solução que estava no tubo de ensaio?
3.
Relativamente ao magnésio, o cálcio é mais ou menos reativo?
199
Tal como no caso dos hidróxidos dos metais alcalinos, os hidróxidos dos
Aumenta
a reatividade metais alcalino-terrosos apresentam um comportamento básico e tornam
A reatividade dos metais
Fig. 25 carmim a fenolftaleína.
alcalino-terrosos aumenta
ao longo do grupo. Quando o magnésio e o cálcio reagem com a água, também se observa
diferença de reatividade: o cálcio é mais reativo do que o magnésio.
U8P188H3 A reatividade dos metais alcalino-terrosos aumenta ao longo do grupo:
A B quanto maiores forem os átomos, mais facilmente originam iões dipositivos,
e maior é a sua reatividade (Fig. 25). Como os átomos de cálcio são maiores
do que os átomos de magnésio, o cálcio é mais reativo do que o magnésio.
O bário é utilizado no fabrico O estrôncio é utilizado O rádio é muito tóxico e, por isso,
de velas para motores, de lâmpadas em pirotecnia. cada vez é menos usado.
fluorescentes e em pirotecnia. No entanto, tem aplicação
em radioterapia.
200
IDEIAS-CHAVE
Os metais alcalino-terrosos (grupo 2) possuem dois eletrões de valência, formando com alguma
facilidade iões dipositivos.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Observa a figura ao lado, em que as letras A e B não representam os símbolos químicos dos elementos.
1.1
Faz a distribuição eletrónica dos átomos dos elementos A e B.
1.2
Refere que tipo de iões formam os átomos destes elementos. 4A
1.3
Sabendo que o elemento B corresponde ao cálcio, escreve a equação química que traduz
a reação entre o cálcio e:
20 B
a) o dioxigénio;
b) a água.
1.4
Refere qual dos metais alcalino-terrosos é mais reativo.
1.1
RESOLUÇÃO:
4A — 2:2
20B — 2:8:8:2
1.2
RESOLUÇÃO:
Como os átomos deste elemento têm dois eletrões de valência, formam facilmente iões dipositivos.
1.3 RESOLUÇÃO:
ara escrever as equações que traduzem as reações pedidas é necessário ter em atenção a Lei
P
de Lavoisier.
a) Da reação entre o cálcio e o dioxigénio resulta a formação de óxido de cálcio (óxido metálico)
2 Ca(s) + O2(g) 2 CaO(s)
b)
Da reação entre o cálcio e a água forma-se o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) e liberta-se di-hidrogénio (H2)
Ca(s) + 2 H2O(l) Ca(OH)2(aq) + H2(g)
1.4
RESOLUÇÃO:
os metais alcalino-terrosos representados na figura, o mais reativo é o B, pois a reatividade dos metais
D
alcalino-terrosos aumenta ao longo do grupo.
ATIVIDADES
1. Refere, justificando, que tipo de iões formam os átomos dos elementos que pertencem ao grupo
dos metais alcalino-terrosos.
3. Em cada par de elementos, seleciona o que é mais reativo. Justifica a tua escolha.
A. Be e Ca.
B. Mg e Ca.
C. Na e Mg.
4. Pesquisa sobre a importância dos elementos do 2.º grupo para os seres vivos.
201
Flúor Cloro
2:7 2:8:7
O flúor faz parte O cloro é usado como O bromo entra O iodo é usado como
da composição das pastas desinfetante da água na composição das desinfetante (tintura
dentífricas e do teflon. e faz parte da composição películas fotográficas de iodo) e nos pigmentos
do plástico PVC. e na composição das tintas.
do gás lacrimogéneo.
Gases nobres
203
IDEIAS-CHAVE
Os halogéneos (grupo 17) têm sete eletrões de valência, pelo que, para adquirirem uma configuração
semelhante à de gás nobre, captam um eletrão, originando iões mononegativos.
Os elementos do grupo 16 têm seis eletrões de valência, pelo que, para adquirirem uma configuração
semelhante à de gás nobre, captam dois eletrões, originando iões dinegativos.
Os gases nobres (grupo 18) são quimicamente inertes, apresentando pouca tendência para reagir entre si.
Todos os átomos dos gases nobres apresentam o nível de valência completamente preenchido.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Os halogéneos reagem com os metais alcalinos e com os metais alcalino-terrosos para formarem halogenetos.
1.1
Escreve a equação química que traduz a reação química entre:
a) o diflúor (F2) e o potássio (K);
b) o dicloro (Cl2) e o bário (Ba).
1.1 RESOLUÇÃO:
Para escrever a equação química que traduz a reação química entre os halogéneos e os metais alcalinos
e entre os halogéneos e os metais alcalino-terrosos é necessário ter em conta a Lei de Lavoisier.
a) F2(g) + 2 K(s) 2 KF(s)
b) Cl2(g) + Ba(s) BaCl2(s)
2.1 RESOLUÇÃO:
O elemento químico oxigénio tem oito protões no núcleo. Este átomo de oxigénio tem oito neutrões.
Assim, Z = 8 e A = 8 + 8 = 16: 168 O
2.2
RESOLUÇÃO:
O oxigénio tem 8 eletrões, sendo a sua distribuição eletrónica: 2:6
presenta 6 eletrões de valência pelo que o oxigénio está no grupo 16 e o seu nível de valência é o 2.º,
A
então, o oxigénio está no 2.º período da Tabela Periódica.
2.3
RESOLUÇÃO:
oxigénio tem 6 eletrões de valência, por isso, capta 2 eletrões para ficar com a configuração eletrónica
O
de gás nobre, formando iões O2-.
ATIVIDADES
2. R
epresenta simbolicamente 5 iões mais prováveis de um átomo de enxofre (16S).
Doces ≤ 2 porções
Semanalmente
Laticínios 2 porções
Diariamente
Azeitonas, nozes,
Ervas aromáticas, alho, cebola, especiarias
sementes 1-2 porções
refeições
Todas as
Fig. 30 A base da pirâmide está ocupada pelas ações que devem ser regulares e o topo da pirâmide fica reservado
aos alimentos que podem ser consumidos apenas ocasionalmente.
ATIVIDADES
1. Identifica dois elementos que, embora estejam presentes em menor percentagem na constituição do ser
humano, são essenciais à vida.
2. Planeia uma atividade que te permita determinar a percentagem de água numa abóbora.
SUGESTÃO: Considera a utilização de uma balança e de um micro-ondas, entre outros materiais.
205
Mn
do estado físico das substâncias
hidrogénio
[1,00784; 1,00811] 2 elementares em condições de
pressão e temperatura normais
3 4 manganês (a vermelho: sólido; a verde: líquido;
a azul: gasoso).
Massa atómica 54,938045(5)
Li Be padrão a, b
43
Vida média
lítio
[6,938; 6,997]
berílio
9,012182(3) Tc do isótopo mais estável
(a: ano; d: dia; h: hora;
11 12 Nome tecnécio min: minuto; s: segundo;
4,2 - 10 6 a ms: milissegundo)
Na Mg
sódio magnésio
22,98976928(2) [24,304; 24,307] 3 4 5 6 7 8 9
19 20 21 22 23 24 25 26 27
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co
potássio cálcio escândio titânio vanádio cromo manganês ferro cobalto
39,0983(1) 40,078(4) 44,955912(6) 47,867(1) 50,9415(1) 51,9415(6) 54,938045(5) 55,845(2) 58,933195(5)
37 38 39 40 41 42 43 44 45
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh
rubídio estrôncio ítrio zircónio nióbio molibdénio tecnécio ruténio ródio
85,4678(3) 87,62(1) 88,90585(2) 91,224(2) 92,90638(2) 95,96(2) 4,2 - 10 6 a 101,07(2) 102,90550(2)
55 56 72 73 74 75 76 77
Cs Ba 57-71
lantanídeos
Hf Ta W Re Os Ir
césio bário háfnio tântalo tungsténio rénio ósmio irídio
132,9054519(2) 137,327(7) 178,49(2) 180,94788(2) 183,84(1) 186,207(1) 190,23(3) 192,217(3)
Fr Ra 89-103
actinídeos
Rf Db Sg Bh Hs Mt
frâncio rádio rutherfórdio dúbnio seabórgio Bóhrio hássio meitnério
22 min 1600 a 65 s 34 s 21 s 440 ms 9,3 s 70 ms
57 58 59 60 61 62 63
Lantanídeos La Ce Pr Nd Pm Sm Eu
lantânio cério praseodímio neodímio promécio samário európio
138,90547(7) 140,116(1) 140,90765(2) 144,242(3) 18 a 150,36(2) 151,964(1)
89 90 91 92 93 94 95
Actinídeos Ac Th Pa U Np Pu Am
actínio tório protactínio urânio neptúnio plutónio amerício
22 a 232,03806(2) 231,03588(2) 238,02891(3) 2,1 - 10 6 a 8,0 - 10 7 a 7400 a
206
He
hélio
13 14 15 16 17 4,002602(2)
Notas:
5 6 7 8 9 10
a – O algarismo entre parênteses
B C N O F Ne
curvos indica o valor da
incerteza-padrão do último
algarismo significativo.
b – Para os elementos químicos
boro carbono nitrogénio oxigénio flúor néon
sem nuclídeos estáveis [10,806; 10,821] [12,0096; 12,0116] [14,00643; 14,00728] [15,99903; 15,99977] 18,9984032(5) 20,1797(6)
(radioelementos), não se indica
nenhum valor de massa 13 14 15 16 17 18
atómica padrão pois esta não
Aℓ Si P S Cℓ Ar
se pode calcular.
28 29 30 31 32 33 34 35 36
Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
níquel cobre zinco gálio germânio arsénio selénio bromo crípton
58,6934(4) 63,546(3) 65,38(2) 69,723(1) 72,630(8) 74,92160(2) 78,96(3) [79,901; 79,907] 83,798(2)
46 47 48 49 50 51 52 53 54
Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
paládio prata cádmio índio estanho antimónio telúrio iodo xénon
106,42(1) 107,8682(2) 112,411(8) 114,818(1) 118,710(7) 121,760(1) 127,60(3) 126,90447(3) 131,293(6)
78 79 80 81 82 83 84 85 86
Pt Au Hg Tℓ Pb Bi Po At Rn
platina ouro mercúrio tálio chumbo bismuto polónio ástato rádon
195,084(9) 196,966569(4) 200,592(3) [204,382; 204,385] 207,2(1) 208,98040(1) 102 a 8,1 h 3,8 d
64 65 66 67 68 69 70 71
Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
gadolínio térbio disprósio hólmio érbio túlio itérbio lutécio
157,25(3) 158,92535(2) 162,500(1) 164,93032(2) 167,259(3) 168,93421(2) 173,054(5) 174,9668(1)
Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
cúrio berkélio califórnio einsténio férmio mendelévio nobélio lawrêncio
1,6 - 10 7 a 1400 a 900 a 472 d 101 d 52 d 58 min 3,6 h
207
ESQUEMATIZAR
TABELA PERIÓDICA
organiza os estruturada em
A
B Períodos (7)
de acordo com
as suas
elementos cujos alguns destes grupos
átomos têm têm designações
semelhanças nas próprias, como
D E F Grupo 18:
gases nobres
VERIFICAR
2. Apresenta três características das substâncias elementares dos elementos metálicos e três características dos
elementos não metálicos.
3. Considera os elementos lítio (Li), oxigénio (O), alumínio (Aℓ), enxofre (S), árgon (Ar) e cálcio (Ca).
Consulta a Tabela Periódica e responde às questões.
3.1 Faz a configuração eletrónica para os átomos de cada um dos elementos químicos considerados.
3.2 Justifica a posição que estes elementos ocupam na Tabela Periódica.
4. A
ssocia os elementos da coluna I às propriedades apresentadas na coluna II. Consulta a Tabela Periódica para
efetuares esta associação.
Coluna I Coluna II
5. As afirmações que se seguem são todas falsas. Escreve-as no teu caderno devidamente corrigidas.
A. A Tabela Periódica está organizada em linhas horizontais, chamadas grupos, e em linhas verticais, chamadas
períodos.
B. O segundo grupo designa-se por grupo dos metais alcalinos.
C. Os gases nobres são muito reativos.
D. O sódio reage mais violentamente com a água do que o potássio.
6. Os metais alcalinos reagem facilmente com a água e com o dioxigénio. Escreve no teu caderno as equações
químicas que traduzem a reação entre o lítio (Li) e:
a) a água (H2O);
b) o dioxigénio (O2).
208
APLICAR
7. C
onsidera o excerto da Tabela Periódica que se apresenta a seguir e responde às questões.
H He
Li Be B C N O F Ne
Na Mg Aℓ Si P S Cℓ Ar
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
7.1 Identifica:
U8P197H1
a) dois não metais;
b) dois metais;
c) um gás nobre;
d) um elemento que forme iões mononegativos.
7.2 Põe por ordem crescente de reatividade os elementos do grupo:
a) dos metais alcalino-terrosos;
b) dos halogéneos.
7.2.1 Justifica a resposta à questão 7.2.
1.
Identifico contributos de vários cientistas para a evolução da Tabela Periódica até 2 1 0
à atualidade. pp. 184-186
2.
Compreendo a organização da Tabela Periódica e a sua relação com a estrutura 2 1 0
atómica. pp. 188-191
3.
Identifico, na Tabela Periódica, elementos que existem na natureza próxima de nós 2 1 0
e outros que na Terra só são produzidos artificialmente. pp. 206-207
4.
Identifico, na Tabela Periódica, os metais e os não metais e elementos pertencentes 2 1 0
aos grupos dos metais alcalinos, metais alcalino-terrosos, halogéneos e gases nobres.
pp. 189-191
5.
Distingo informações na Tabela Periódica relativas a elementos químicos (número 2 1 0
atómico, massa atómica relativa) e às substâncias elementares correspondentes
(ponto de fusão, ponto de ebulição e massa volúmica). pp. 189-191
6.
Distingo, através de algumas propriedades físicas e químicas, duas categorias 2 1 0
de substâncias elementares: metais e não metais. pp. 202-203
7.
Explico a semelhança de propriedades químicas das substâncias elementares 2 1 0
dos elementos pertencentes a um mesmo grupo (1, 2 e 17), atendendo à sua estrutura
atómica e justifico a baixa reatividade dos gases nobres. pp. 195-204
8.
Justifico, recorrendo à Tabela Periódica, a formação de iões estáveis a partir 2 1 0
de elementos químicos dos grupos 1 (lítio, sódio e potássio), 2 (magnésio e cálcio),
16 (oxigénio e enxofre) e 17 (flúor e cloro). pp. 195-204
9.
Identifico os elementos que existem em maior proporção no corpo humano e outros 2 1 0
que, embora existindo em menor proporção, são fundamentais à vida. pp. 204-205
0-9 — Tenho de me esforçar mais. 10-14 — Sou capaz de fazer melhor. 15-18 — Tenho de continuar assim!
209
LIGAÇÃO QUÍMICA
210
COMEÇA POR…
OBSERVAR
A figura representa a estrutura de um material denominado grafeno,
formado exclusivamente por átomos de carbono.
1. Quantas ligações estabelece cada átomo de carbono no grafeno?
2. Qual é a unidade estrutural deste material?
Interpretar
3. Quais são as propriedades do composto que o autor apresenta no texto?
Refletir
4. Q
ual será a unidade estrutural do cloreto de sódio? Como se manterão
ligadas essas partículas?
5. Como se manterão ligadas as unidades estruturais no grafeno?
6. Por que será que existe uma grande diversidade de materiais com
propriedades tão distintas?
AS TUAS METAS
• Indicar que os átomos estabelecem ligações • Associar ligação metálica à ligação que se
químicas entre si, formando moléculas (com dois estabelece nas redes de átomos de metais
ou mais átomos) ou redes de átomos. em que há partilha de eletrões de valência
• Associar a ligação covalente à partilha de pares deslocalizados.
de eletrões entre átomos e distinguir ligações • Identificar o carbono como um elemento químico
covalentes simples, duplas e triplas. que entra na composição dos seres vivos,
• Representar as ligações covalentes entre átomos existindo nestes uma grande variedade
de elementos químicos não metálicos usando de substâncias onde há ligações covalentes entre
a notação de Lewis e a regra do octeto. o carbono e elementos como o hidrogénio,
• Associar a ligação covalente à ligação entre o oxigénio e o nitrogénio.
átomos de não metais quando estes formam • Definir o que são hidrocarbonetos e distinguir
moléculas ou redes covalentes, originando, hidrocarbonetos saturados de insaturados.
respetivamente, substâncias moleculares • Indicar que nas estruturas de Lewis dos
e substâncias covalentes. hidrocarbonetos o número de pares de eletrões
• Dar exemplos de substâncias covalentes e de partilhados pelo carbono é quatro, estando todos
redes covalentes de substâncias elementares estes pares de eletrões envolvidos nas ligações
com estruturas e propriedades diferentes que o átomo estabelece.
(diamante, grafite e grafenos). • Identificar, a partir de informação selecionada,
• Associar ligação iónica à ligação entre iões as principais fontes de hidrocarbonetos,
de cargas opostas, originando substâncias evidenciando a sua utilização na produção
formadas por redes de iões. de combustíveis e de plásticos.
211
- - Repulsão entre
eletrões
Atração entre
o eletrão
de um átomo
e o núcleo
+ + do outro
Repulsão
entre núcleos
Energia potencial
1 pm = 1 × 10-12 m Repulsão
C Atração
Não há
74 pm
interação
0
A Distância
2H
B
Equilíbrio
(H2)
Interações entre dois átomos de hidrogénio em função da distância.
Fig. 2
U9P200H2
Quando os dois átomos estão muito afastados um do outro, não se esta-
belecem interações, nem de repulsão nem de atração (Fig. 2A). Ao dimi-
nuir a distância entre os átomos, começam a predominar as forças de
atração sobre as forças de repulsão. Continuando a aproximação dos
dois átomos, atinge-se uma distância para a qual a atração é máxima e a
repulsão é mínima (Fig. 2B), ou seja, atinge-se o equilíbrio. Se os átomos
se aproximarem mais, passam a predominar as forças repulsivas (Fig. 2C).
212
Distância
internuclear
H H
H H
A ligação que ocorre por partilha de eletrões designa-se por ligação Os átomos estabelecem
covalente. Esta estabelece-se entre átomos de elementos não metá- ligações químicas entre si
licos. por partilha de eletrões,
formando moléculas ou
Desta partilha de eletrões entre os átomos formam-se moléculas (com
redes de átomos.
dois ou mais átomos) ou redes de átomos (Fig. 4).
A Notação de Lewis
H +H HH A notação de Lewis é um modo de representar átomos e moléculas que
ou
consiste em escrever o símbolo químico dos elementos e colocar à sua
H +H x x HH x
x
volta tantos pontos ou cruzes quantos os eletrões de valência existentes.
B No caso das moléculas, os eletrões partilhados são colocados entre os
H H dois símbolos. A fórmula de estrutura consiste em substituir cada par de
Notação de Lewis [A]
Fig. 5 pontos ou cruzes por um traço (Fig. 5).
e aU9P202H1
fórmula de estrutura [B]
para a molécula No quadro que se segue, representam-se algumas moléculas e as respe-
de hidrogénio. tivas notações de Lewis e fórmulas de estrutura.
Ligação covalente
dioxigénio O2
U9P202H3 U9P202H4
8O — 2:6 Ligação
8O — 2:6 xx xx covalente dupla
O O
xx
xx
xx
xx
O O
6 eletrões Partilha de dois
de valência pares de eletrões
U9P202H9 U9P202H10
LIGAÇÃO Como se pode observar no quadro:
COVALENTE
Partilha • na molécula de diflúor, só dois eletrões contribuem efetivamente para
Simples de um par a ligação — ligação covalente simples;
de eletrões • na molécula de dioxigénio, a ligação ocorre por partilha de quatro ele-
Partilha
trões — ligação covalente dupla;
Dupla de dois pares • na molécula de dinitrogénio, a ligação ocorre por partilha de três pares
de eletrões de eletrões — ligação covalente tripla.
Partilha
Tripla de três pares
de eletrões
214
Assim:
F F O O N N
U9P203H2
Regra do octeto
Através das notações de Lewis das moléculas de diflúor, dioxigénio e
dinitrogénio, pode observar-se que cada átomo está rodeado por oito
eletrões de valência. De facto, muitos átomos têm tendência para formar
ligações de modo a ficarem rodeados por oito eletrões de valência, o que
se traduz na denominada regra do octeto. Esta regra tem algumas exce-
ções, uma das quais já abordada — o átomo de hidrogénio tem tendên-
cia para ficar rodeado por dois eletrões (dupleto) quando forma ligações
químicas. A regra do octeto é útil para prever o tipo de ligação que se
estabelece entre dois átomos, mesmo nas moléculas poliatómicas, como
se mostra no quadro que se segue.
Ligação covalente
U9P203H3
Molécula de água
U9P203H7
xx U9P203H11
H2O
1H—1 x
x O H x
x O Duas ligações
covalentes
H H
xx
O — 2:6
H
8
simples
U9P203H4
Molécula de metano
CH4 H
U9P203H8 H
U9P203H12
Quatro
xx
H—1 ligações
H C H H C H
1
x x
x x
6C — 2:4 xx
covalentes
simples
H H
U9P203H5
Molécula de fluoreto
U9P203H9 U9P203H13
de hidrogénio
HF H—1 xx Uma ligação
1
9F — 2:7 H F x
x
x
x H F covalente
xx simples
IDEIAS-CHAVE
Os átomos estabelecem ligações químicas entre si, formando moléculas ou redes de átomos.
Uma ligação covalente simples estabelece-se por partilha de um par de eletrões. Se os átomos de uma
ligação partilham dois pares de eletrões, a ligação é covalente dupla; se partilham três pares de eletrões,
a ligação é covalente tripla.
A notação de Lewis consiste na escrita do símbolo químico de um elemento rodeado por pontos ou cruzes,
que correspondem aos eletrões de valência.
De acordo com a regra do octeto, os átomos, ao formarem ligações, têm tendência para ficar rodeados por
8 eletrões de valência.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
RESOLUÇÃO:
Para se representar a molécula em notação de Lewis, é necessário saber o número de eletrões de valência
de cada um dos átomos, pelo que é preciso conhecer o número atómico dos elementos carbono e cloro
e fazer a respetiva distribuição eletrónica:
6C — 2:4 4 eletrões de valência
17Cℓ — 2:8:7 7 eletrões de valência
onhecido o número de eletrões de valência, pode representar-se a molécula pela notação de Lewis e pela
C
fórmula de estrutura:
xx
Cℓ
xx
Cℓx
x
xx
x
x
xx
x
x Cℓ C Cℓ
xx
x
x
xx
x
x
xx
x
x Cℓ C Cℓ
Cℓx
x
xx
x
x
Cℓ
ATIVIDADES
2. O
bserva a fórmula de estrutura da molécula de acetona e responde às questões.
H H
H C C C H
H O H
2.1 Quantas ligações covalentes simples existem?
U9P204H3
2.2
Classifica a ligação que se estabelece entre o átomo de carbono e o de oxigénio.
3. C
onsidera as moléculas de dinitrogénio (N2) e de amoníaco (NH3) e responde às questões.
3.1
Representa a fórmula de estrutura e a notação de Lewis de cada uma das moléculas.
3.2 Classifica as ligações que os átomos de nitrogénio estabelecem em cada uma das moléculas.
216
Ligação iónica
Da interação entre os catiões e os aniões, estabelece-se a ligação
iónica. Esta resulta do balanço entre as forças repulsivas (entre iões com
a mesma carga) e as forças atrativas (entre iões de carga oposta), origi-
nando uma estrutura cristalina tridimensional em que cada ião positivo é
rodeado por um certo número de iões negativos, e vice-versa.
A B
A B C D
Exemplos de composto iónicos: cloreto de cobre (CuCℓ2) [A]; cromato de potássio (K2CrO4) [B]; tiossulfato de sódio
Fig. 7
(Na2S2O3) [C] e di-iodeto de chumbo (PbI2) [D].
217
Ligação metálica
O ferro, o ouro, o cálcio e o potássio são metais. Estas substâncias pos-
suem propriedades comuns que se podem explicar pelo tipo de ligação
química que se estabelece entre os átomos dos seus elementos.
A proximidade dos átomos permite que a sua ligação seja assegurada por
estes eletrões livres deslocalizados. A partilha não ocorre entre dois áto-
mos específicos; por isso, não se trata de uma ligação covalente. Os
eletrões têm a liberdade de se mover em torno dos vários núcleos, sendo,
Secção reta da estrutura
Fig. 8 por isso, designados por eletrões livres ou eletrões de condução. A
cristalina de um metal.
mobilidade dos eletrões deslocalizados explica a grande condutividade
térmica e elétrica dos metais.
218
IDEIAS-CHAVE
Os compostos iónicos são constituídos por iões positivos e negativos que se mantêm ligados através
de uma ligação iónica.
Os compostos iónicos apresentam uma estrutura cristalina que atinge dimensões macroscópicas, em que
os iões ocupam posições praticamente fixas na rede cristalina.
Os metais são substâncias cujas unidades estruturais são os átomos, que estabelecem entre si uma
ligação metálica.
Os átomos dos elementos metálicos organizam-se numa rede ordenada de átomos que partilham entre
si eletrões de valência deslocalizados.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. S
abendo que os elementos sódio e oxigénio têm respetivamente 1 e 6 eletrões de valência, risca
as palavras que tornam falsa cada uma das afirmações.
A.
s átomos de oxigénio têm tendência a formar iões dipositivos/dinegativos e os átomos de sódio
O
têm tendência a formar iões monopositivos/mononegativos.
B.
Entre os átomos de sódio estabelece-se uma ligação iónica/metálica. As unidades estruturais são,
neste caso, os iões/átomos.
C. No óxido de sódio estabelecem-se ligações iónicas/metálicas, sendo as unidades estruturais, neste
caso, moléculas/iões.
RESOLUÇÃO:
A. Os átomos de oxigénio têm tendência a formar iões dipositivos/dinegativos e os átomos de sódio têm
tendência a formar iões monopositivos/mononegativos.
B. Entre os átomos de sódio estabelece-se uma ligação iónica/metálica. As unidades estruturais são,
neste caso, os iões/átomos.
C. No óxido de sódio estabelecem-se ligações iónicas/metálicas, sendo as unidades estruturais, neste
caso, moléculas/iões.
ATIVIDADES
1. As frases que se seguem estão incorretas. Explica por que razão.
A. Nos metais, a ligação entre os átomos é assegurada por partilha de eletrões.
B. O átomo é a unidade estrutural do sulfureto de potássio (K2S).
2. Refere o tipo de ligação que se estabelece em cada uma das seguintes substâncias:
a) prata;
b) cloreto de potássio.
3. Refere as principais diferenças entre uma ligação iónica e uma ligação metálica.
219
A B C
220
Fig. 11
Dióxido de silício.
U9P210H11
O tipo de ligação que se estabelece entre os átomos dos diferentes ele-
mentos pode ser previsto recorrendo à Tabela Periódica (Fig. 12).
B C D
Fig. 13 As substâncias podem apresentar diferentes pontos de fusão [A] e de ebulição [B], podem ser solúveis ou insolúveis
em água [C] e podem ser condutoras ou isoladoras elétricas [D].
222
IDEIAS-CHAVE
Nas substâncias iónicas, as unidades estruturais são os iões e estabelecem-se ligações iónicas.
Nas substâncias metálicas, as unidades estruturais são os átomos, que estabelecem ligações metálicas.
Nas substâncias covalentes, as unidades estruturais são os átomos, que se ligam uns aos outros através
de ligações covalentes, formando redes covalentes, de dimensões macroscópicas.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Coluna I Coluna II
RESOLUÇÃO:
1 — A; 2 — B; 3 — B; 4 — A; 5 — D; 6 — C; 7 — B.
ATIVIDADES
2. R
efere as principais diferenças entre as propriedades de uma substância molecular e as de uma substância
covalente.
3. J ustifica por que razão as soluções aquosas de sais, ou os sais fundidos, ao contrário das substâncias iónicas,
no estado sólido, apresentam uma elevada condutibilidade elétrica.
223
Proteínas
As proteínas são muito importantes para os seres vivos, pois têm funções
estruturais (entram na constituição dos tecidos, como, por exemplo, o
colagénio, existente na pele, nos ossos ou nas cartilagens) e têm funções
de regulação (por exemplo, as enzimas catalisam diferentes reações
como a digestão). São formadas por aminoácidos em cuja composição
existe sempre carbono, hidrogénio, oxigénio, nitrogénio e, em alguns
também o enxofre. O aminoácido mais simples é a glicina (Fig. 14).
A H B
O
H C C
O H
N
H H
A fórmula de estrutura da glicina (aminoácido) [A] e o respetivo modelo
Fig. 14
tridimensional [B].
U9P214H1
Glúcidos
Os glúcidos são uma fonte de energia para os seres vivos.
A B C
OH O H OH OH OH OH H OH OH OH OH H H OH OH
O O
H C C C C C C H C C C C C C H C C C C C C H
H H
H OH H H H H OH H H H H OH OH H H
A frutose [A] encontra-se nos frutos e no mel, a glucose [B] encontra-se nas plantas e a galactose [C]
Fig. 15
encontra-se na goma arábica e nas borrachas.
A B C
U9P215H4
Os polissacáridos U9P215H5
são hidratos de carbono com cadeias mais longas. U9P215H6
Três polissacáridos muito importantes são o amido, o glicogénio e a
celulose.
Lípidos
Os lípidos vulgarmente designados por gorduras são compostos de ele-
vado valor energético, que constituem reservas de energia que os seres
vivos podem utilizar em certas situações.
Vitaminas
As vitaminas são nutrientes essenciais ao bom funcionamento do orga-
Os óleos alimentares são
Fig. 18 nismo e protegem-no de numerosas doenças. Não são produzidas pelo
lípidos ricos em gorduras
organismo humano, pelo menos em quantidades apreciáveis.
polinsaturadas.
Em geral, as hortaliças, os legumes frescos e a fruta são ricos em vitami-
nas (Fig. 19).
A B C
A
H 3C CH3 CH3
OH
CH3
CH3
B C
CH2OH CH2OH
U9P216H2
OH CH2OH HO CH
O O
H3C N H OH
Estruturas de algumas vitaminas: vitamina A [A], vitamina B6 [B]
Fig. 20
U9P216H3
e vitamina C [C]. U9P216H4
226
IDEIAS-CHAVE
O carbono é um elemento químico que entra na composição dos seres vivos, existindo nestes uma grande
variedade de substâncias em que há ligações covalentes entre o carbono e elementos como o hidrogénio,
o oxigénio e o nitrogénio.
As proteínas são formadas por aminoácidos, que são compostos de carbono cuja constituição contém
átomos de carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio, que se ligam quimicamente através de ligações
covalentes. Têm uma importante função estruturante e reguladora.
Os glúcidos também são muito importantes para os seres vivos, pois são uma fonte de energia.
Os lípidos ou gorduras são compostos de elevado valor energético que apresentam na sua constituição
átomos de carbono, oxigénio e hidrogénio, constituindo reservas de energia para os seres vivos.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. O
bserva a fórmula de estrutura da frutose e responde OH O H OH OH OH
às questões.
H C C C C C C H
1.1
Identifica o tipo de composto de que se trata.
1.2
Indica a constituição de uma molécula de frutose. H OH H H H
1.1 RESPOSTA:
U9P217H1
T
rata-se da frutose, um hidrato de carbono (monossacárido) que existe nos frutos e no mel.
1.2 RESPOSTA:
U
ma molécula de frutose é constituída por 6 átomos de carbono, 6 átomos de oxigénio e 12 átomos
de hidrogénio, sendo a sua fórmula química C6H12O6.
ATIVIDADES
227
U9P214H1
A B
U9P218H1 U9P218H2
Os hidrocarbonetos que não possuem anéis de benzeno são hidrocarbo-
netos alifáticos. Podem classificar-se tendo em conta o tipo de ligações
covalentes existentes na molécula:
• hidrocarbonetos saturados — só existem ligações covalentes simples
entre os átomos de carbono;
• hidrocarbonetos insaturados — existem ligações covalentes duplas
e/ou triplas entre os átomos de carbono.
A B
H H H H H
C
H C C C H H H
C C
H H H
H H
Hidrocarbonetos de cadeia aberta [A] e de cadeia fechada [B].
Fig. 22
HIDROCARBONETOS
Aromáticos Alifáticos
Saturados Insaturados
228
Alcanos
Os alcanos são hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta.
Alcanos
Fórmula
Nome Notação de Lewis Fórmula de estrutura Modelo tridimensional
química
H H
xx
Metano CH4 H xx C xx H H C H
xx
H H
U9P219H2
U9P219H1
H H H H
xx xx
Etano C2H6 H xx C xx C xx H H C C H
xx xx
H H H H
U9P219H8
U9P219H4
H H H H H H
xx xx xx
Propano C3H8 H xx C xx C xx C xx H H C C C H
xx xx xx
H H H H H H
U9P219H7 U9P219H8
H H H H H H H H
xx xx xx xx
Butano C4H10 H xx C xx C xx C xx C xx H H C C C C H
xx xx xx xx
H H H H H H H H
U9P219H11
U9P219H10
Como facilmente se observa através da notação de Lewis e da fórmula de
estrutura de cada um dos alcanos da tabela, o carbono partilha quatro
pares de eletrões. Assim, os eletrões de valência do carbono estão todos
envolvidos nas ligações que este átomo estabelece.
229
Alcenos e alcinos
Os alcenos são hidrocarbonetos insaturados de cadeia aberta que se
caracterizam pela presença de uma ligação covalente dupla entre dois
dos seus átomos de carbono.
A H
xx
H
xx
B H H C
C
xx
xx C
xx
xx
C C
H H H H
Notação de Lewis [A], fórmula de estrutura [B] e modelo tridimensional
Fig. 24
da molécula de eteno [C].
U9P220H2 U9P220H3
Os alcinos são hidrocarbonetos insaturados de cadeia aberta que se
caracterizam pela presença de uma ligação covalente tripla entre dois
dos seus átomos de carbono.
O alcino mais simples é o etino (Fig. 25), também conhecido por aceti-
leno, de fórmula química C2H2.
A xx B C
H xx C xx xx C xx H H C C H
Notação de Lewis [A], fórmula de estrutura [B] e modelo tridimensional
Fig. 25
da molécula de etino [C].
U9P220H5 U9P220H5
O etino é usado nos maçaricos de soldadura, porque arde com uma chama
azul intensa cuja temperatura é suficiente para fundir a maioria dos metais.
Esta reação de combustão pode mesmo ocorrer dentro de água (Fig. 26).
230
IDEIAS-CHAVE
Os hidrocarbonetos são compostos que possuem unicamente carbono e hidrogénio.
Os hidrocarbonetos podem classificar-se tendo em conta o tipo de ligações covalentes existentes
na molécula.
Nos hidrocarbonetos insaturados, os átomos de carbono podem estabelecer ligações covalentes duplas
ou triplas.
Nos hidrocarbonetos, são quatro os pares de eletrões partilhados pelo carbono, pelo que todos estes
pares de eletrões estão envolvidos nas ligações que o átomo estabelece.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
A H H H H B C H H H H H H
H C C C C H H C C H H C C C C C C H
H H H H H H H H
Seleciona:
a) um alceno; U9P221H1 U9P221H3
b) um hidrocarboneto saturado; U9P221H2
c) um alcano;
d) um hidrocarboneto insaturado.
RESOLUÇÃO:
Sabendo que, nos hidrocarbonetos saturados, os átomos só estabelecem ligações covalentes simples, estes
correspondem aos alcanos. Por outro lado, nos hidrocarbonetos insaturados, alguns átomos de carbono
estabelecem ligações covalentes duplas (alcenos) e triplas (alcinos). Assim:
a) um alceno: A;
b) um hidrocarboneto saturado: C;
c) um alcano: C;
d) um hidrocarboneto insaturado: A ou B.
ATIVIDADES
231
ESQUEMATIZAR
Moleculares Atómicas J
cujas unidades
em que se distinguem cuja unidade estruturais são
algumas famílias de estrutural é a
compostos de carbono
que se Alcanos D K Iões negativos
dividem
A em grupos
como B cujos átomos
se associam que se associam
através de através de
C
Ligações L
covalentes
E
Hidratos
de carbono
F
por exemplo
Triplas
Glucose
Galactose
Cristais I
G
metálicos
O
a ligação entre cuja ligação entre
P os átomos é os átomos é
Celulose Covalente H
VERIFICAR
2. C
lassifica as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Uma ligação covalente entre dois átomos consiste na partilha de eletrões de valência.
B. Numa ligação covalente dupla, são partilhados dois eletrões.
C. Numa ligação covalente tripla, são partilhados seis eletrões.
D. Quanto mais forte é uma ligação, maior é o seu comprimento.
E. Numa ligação iónica, são partilhados dois eletrões.
F. Numa ligação metálica, formam-se redes cristalinas nas quais um ião positivo é rodeado por iões negativos.
G. A ligação iónica estabelece-se entre iões, formando redes cristalinas.
H. A ligação metálica pode ser explicada recorrendo ao modelo do «mar de eletrões».
232
APLICAR
1.
Indico que os átomos estabelecem ligações químicas entre si formando moléculas
(com dois ou mais átomos) ou redes de átomos. pp. 212-213
2.
Associo a ligação covalente à partilha de pares de eletrões entre átomos e distingo
ligações covalentes simples, duplas e triplas. pp. 213-214
3.
Represento as ligações covalentes entre átomos de elementos químicos não metálicos
usando a notação de Lewis e a regra do octeto. pp. 214-215
4.
Associo a ligação covalente à ligação entre átomos de não metais quando estes formam
moléculas ou redes covalentes, originando, respetivamente, substâncias moleculares
e substâncias covalentes. pp. 220-222
5.
Dou exemplos de substâncias covalentes e de redes covalentes de substâncias
elementares com estruturas e propriedades diferentes (diamante, grafite e grafenos).
pp. 220-221
6.
Associo ligação iónica à ligação entre iões de cargas opostas, originando substâncias
formadas por redes de iões. pp. 217-221
7.
Associo ligação metálica à ligação que se estabelece nas redes de átomos de metais
em que há partilha de eletrões de valência deslocalizados. pp. 218-221
8.
Identifico o carbono como um elemento químico que entra na composição dos seres
vivos, existindo nestes uma grande variedade de substâncias onde há ligações
covalentes entre o carbono e elementos como o hidrogénio, o oxigénio e o nitrogénio.
pp. 224-226
9.
Defino o que são hidrocarbonetos e distingo hidrocarbonetos saturados de insaturados.
pp. 228-230
10.
Indico que nas estruturas de Lewis dos hidrocarbonetos o número de pares de eletrões
partilhados pelo carbono é quatro, estando todos estes pares de eletrões envolvidos nas
ligações que o átomo estabelece. pp. 228-230
11.
Identifico, a partir de informação selecionada, as principais fontes de hidrocarbonetos,
evidenciando a sua utilização na produção de combustíveis e de plásticos. pp. 228-230
0-10 — Tenho de me esforçar mais. 11-17 — Sou capaz de fazer melhor, 18-22 — Tenho de continuar assim!
233
1.
Considera os átomos de magnésio (12Mg) e de oxigénio (8O) e responde às questões.
1.1
Efetua a distribuição eletrónica de um átomo de magnésio e de um átomo de oxigénio no estado
fundamental.
1.2
Identifica, justificando, em que grupo e período da Tabela Periódica se encontram o magnésio e o oxigénio.
1.3
Explica por que razão o magnésio é menos reativo do que o cálcio (20Ca).
1.4
Refere que tipo de iões tem o magnésio tendência a originar. Justifica a tua resposta.
1.5
Consulta a Tabela Periódica e refere o tipo de ligação existente no óxido de magnésio (MgO).
1.6
Enumera três propriedades do óxido de magnésio.
10
Ne
11 12 17
Na Mg C#
19
K
A H B H H C H C C H D H H H
H C H C C
H C C C H
H H
H H H H
4.1 Classifica as ligações que se estabelecem entre os átomos de carbono de cada uma das moléculas.
4.2 Menciona o número de ligações covalentes simples em cada molécula.
U9P225H2
4.3 Considera as moléculas B e C e refere aquela em que:
a) a ligação entre os átomos de carbono é mais fraca;
b) a ligação entre os átomos de carbono apresenta menor comprimento.
4.4 Seleciona, justificando, os hidrocarbonetos saturados e os hidrocarbonetos insaturados.
4.5 Refere o(s) hidrocarboneto(s) que pertence(m) à família dos alcanos, dos alcenos e dos alcinos.
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235
Coluna I Coluna II
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1. Refere, de acordo com o texto, o que é um elemento superpesado e que características apresenta.
3. Refere por que razão é importante conhecer as propriedades destes elementos que só se conseguem sintetizar
em laboratório.
4. Este novo elemento da Tabela Periódica é designado por ununpêntio. Que significado tem o nome atribuído?
5. Com base na notícia que acabaste de ler, discute, em grupo, sobre a validação do conhecimento científico.
Registem alguns tópicos das vossas respostas para apresentarem numa discussão a ser realizada na turma.
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