Você está na página 1de 48

GAG-117: CAFEICULTURA

ÚLTIMA AULA PRÁTICA

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO CAFEEIRO:


CRESCIMENTO VEGETATIVO.

2019 / 1
Representação esquemática das gemas axilares do cafeeiro e dos
órgãos que delas têm origem (RENA e MAESTRI, 1986).
GAG-117: CAFEICULTURA

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO CAFEEIRO:


DESENVOLVIMENTO REPRODUTIVO.

ANTÔNIO NAZARENO GUIMARÃES MENDES


RUBENS JOSÉ GUIMARÃES
VIRGÍLIO ANASTÁCIO DA SILVA

2019 / 1
ASPECTOS PRÁTICOS DA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA
DO DESENVOLVIMENTO REPRODUTIVO DO CAFEEIRO
ASPECTOS PRÁTICOS DA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA
DO DESENVOLVIMENTO REPRODUTIVO DO CAFEEIRO
Coffea arabica Coffea canephora

Alotetraploide Diploide
2n = 4x = 44 cromossomos 2n = 2x = 22 cromossomos
Autógama (com alogamia frequente) Alógama
Cleistogamia imperfeita Autoincompatibilidade gametofítica
7-15% de cruzamentos 100% de cruzamentos
Propagação por sementes Propagação vegetativa ou por sementes
Frutos vermelhos ou amarelos, maiores, Frutos vermelhos, menores, esféricos,
ovalados, mais mucilagem, com menor menos mucilagem, com maior aderência à
aderência à planta planta

Flores hermafroditas
5 pétalas brancas, 5 estames e 1 estigma bífido
Cálice rudimentar verde
Inflorescências tipo glomérulo
Florescimento gregário
Ovário ínfero com 2 lóculos
Sementes recalcitrantes
Coffea arabica
Coffea canephora
Flores:
Inflorescências em posição axial e flores em forma de glomérulos,
hermafroditas. Medem de 1 a 2 cm, com cálice rudimentar verde e
corola tubular branca. Estames em número de 5, com filete filiforme e
antera extrorsa; Deiscência longitudinal dos estames. Somente 1
pistilo de construção aberta, bífido. Ovário com 2 lóculos, de inserção
ínfera.
Botões florais e flores em glomérulos – Coffea arabica.
Foto: Ferrão et al., 2007
Botões florais (A), inflorescência tipo glomérulo (B) e flor de Conilon -
Coffea canephora.
Desenho esquemático de uma flor de Coffea canephora - corte transversal
(Adaptado de Ferrão et al., 2007).
Diversidade morfológica de flores de cafeeiros

Fotos: Guerreiro Filho et al., 2008)


Flores das espécies Coffea arabica e Psilanthus ebracteolatus

Fotos: Razafinarivo et al, 2012


Flores de espécies de Coffea de Madagascar
Fases da fenologia do cafeeiro arábica.
Fases da fenologia do cafeeiro arábica.
Fases da fenologia do cafeeiro arábica.
Vegetação e frutificação do cafeeiro arábica abrangendo seis fases fenológicas
durante 24 meses. (Adaptado de Camargo et al., 2001)
Desenvolvimento reprodutivo do cafeeiro:

Planta em produção com vários ramos plagiotrópicos primários. Primeira colheita


aos 2,5 anos após o plantio.
Fases do florescimento do cafeeiro:

• Iniciação floral ABRIL


• Diferenciação floral
• Período de dormência do botão floral
• Desenvolvimento do botão floral
• Antese – abertura da flor (florada) SETEMBRO

Indução do estado Produção do Evocação do


florífero estímulo floral meristema
Flor ou
Diferenciação inflorescência
Fases do florescimento do cafeeiro arábica. (Adaptado de RENA, 2010)
Fases do florescimento do cafeeiro:

Gemas indefinidas Botões florais em


(nó indiferenciado) diferenciação

Fotos: Rena, 2010


=

Inchamento da axila foliar pela presença de gemas axilares


Fases do florescimento do cafeeiro:

Botões florais em Botões florais desenvolvidos,


diferenciação ainda verdes

Fotos: Rena, 2010


=

Gemas axilares organizadas de acordo com seu estádio de


desenvolvimento
Fases do florescimento do cafeeiro:

Botões florais próximos à

Fotos: Rena, 2010


abertura
Botões florais próximos à abertura
Glomérulos com flores abertas
BASE ÁPICE
DO DO
RAMO RAMO

Ramo plagiotrópico de cafeeiro arábica exibindo gemas em diferentes


fases do florescimento (Foto: Rena, 2010).
Ramo plagiotrópico de cafeeiro arábica exibindo gemas em diferentes
fases do florescimento (Foto: Rena, 2010).
Foto: Rena, 2010
Flores abortivas, frequentes em anos de déficit hídrico acentuado e,
ou, temperaturas elevadas. Comumente denominadas “estrelinhas”
Fases do florescimento do cafeeiro arábica. (Adaptado de RENA, 2010)
Frutos:
Frutos com duas lojas e indeiscentes, tipo drupa com duas sementes, cerca
de 1,5 cm de comprimento, de cor vermelha ou amarela quando maduro,
tornando-se castanho escuro quando seco.

Coffea arabica Coffea canephora


Frutos vermelhos ou amarelos Frutos vermelhos
Frutos de café arábica no estádio “passa”.

Frutos de café arábica completamente secos em terreiro.


Estádio “café em coco”.
Diversidade morfológica de frutos de Coffea

Foto: IAC
Diversidade morfológica de frutos de espécies
de Coffea de Madagascar

Fotos: Razafinarivo et al, 2012


Diversidade morfológica de frutos de cultivares de C. arabica
Fases da frutificação do cafeeiro arábica:

1. Chumbinho: 0 – 6 semanas
2. Expansão rápida (“chumbão”): 6 – 15 semanas
3. Granação: 16 – 28 semanas
4. Maturação: 28 – 36 semanas

Fonte: Andrade et al., 2009


Fases da maturação de frutos do cafeeiro arábica
em épocas próximas à colheita:

Verde/Imaturo Verde/Cana Cereja/Maduro Passa Seco/Muito Seco


Adaptado de: Pezzopane et al., 2003
Queda de frutos: é frequente em
decorrência de várias causas como
deficiência nutricional, déficit hídrico,
temperaturas extremas, ventos frios.
Conhecida como “derrame de
chumbinhos”
Rosetas ralas, com reduzido vingamento de frutos em decorrência de queda na
fase de chumbinho (acima). Rosetas normais, com grande número de frutos bem
granados (abaixo).
Café: danos causados pela seca

Foto: RENA , A.B. – CaféPoint, 2014


Frutos:

1: Corte central da semente


2: Semente (endosperma + embrião)
3: Perisperma (testa ou película prateada)
4: Endocarpo (pergaminho)
5: Camada de pectina
6: Mesocarpo (polpa ou mucilagem)
7: Epicarpo ou exocarpo
Frutos:
Sementes:

São plano-convexas, elípticas ou ovais, sulcadas longitudinalmente na face plana e


constituídas por embrião, endosperma e um envoltório, representado por uma película
prateada.
Sementes:
Sementes:

Endosperma

Embrião

Embrião
Próximas aulas:

TEÓRICA: AGRONEGÓCIO CAFÉ NO BRASIL:


PRINCIPAIS ESTADOS E REGIÕES PRODUTORAS DE
CAFÉ ARÁBICA E ROBUSTA E SUAS
CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO.

PRÁTICA: GENÉTICA E MELHORAMENTO DO


CAFEEIRO – PARTE I.

Você também pode gostar