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Instalações Elétricas III PARTE1 16-2-2011
Instalações Elétricas III PARTE1 16-2-2011
Sumário
1 – Instalações de motores ..................................................................................................................................... 3
1.1 – Potência de um motor ................................................................................................................................ 3
1.2 – Fator de potência (cos φ) ........................................................................................................................... 3
1.3 – Circuitos de motores .................................................................................................................................. 3
1.4 – Dimensionamento dos condutores com base na queda de tensão ........................................................... 5
1.5 – Cálculo do ajuste do relé térmico e fusível do ramal de um motor ............................................................ 6
1.5.1 – Relé térmico ....................................................................................................................................... 6
1.5.1 – Fusíveis ou disjuntores ...................................................................................................................... 7
2 - Aterramento – NBR 5419 ................................................................................................................................... 8
OBJETIVOS DO ATERRAMENTO ..................................................................................................................... 9
ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ................................................................................................................... 10
APLICAÇÃO DOS ESQUEMAS TT,TN E IT..................................................................................................... 12
CHOQUES ELÉTRICOS .................................................................................................................................. 13
SISTEMAS DE ATERRAMENTO ..................................................................................................................... 13
PROCEDIMENTOS PARA MEDIÇÃO DO TERRA .......................................................................................... 15
PROCEDIMENTOS PARA CORREÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO ......................................... 15
CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO QUÍMICO DO SOLO ...................................................................... 15
3 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 18
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Instalações Elétricas III
1 – Instalações de motores
Potência de entrada (Pe) → Corresponde à potência absorvida da rede elétrica para o seu
desempenho.
A relação entre a potência nominal (Pn) e a potência de entrada (Pe) é denominada de rendimento mecânico (η)
do motor.
η = Pn
Pe
Quando num circuito existe intercalada uma ou mais bobinas, como é o caso dos motores, observa-se que a
potência total fornecida, que é denominada pelo produto da corrente lida num amperímetro pela ddp lida num
voltímetro (VA), não é igual à potência lida num wattímetro (W)
A potência obtida pela multiplicação da tensão pela corrente, chama-se potência total ou potência aparente (S), é
a sua unidade é o VA ou kVA, quando passar de 1.000 VA. Já, a potência lida pelo wattímetro, recebe o nome de
potência real ou nominal, sendo expressa em W ou kW, quando superior a 1.000 W.
O fator de potência é o cosseno do ângulo de defasagem entre a potência aparente e a potência nominal, como
já foi visto em Eletricidade II e em Sistema de Potência.
cos φ = P (kW)
S (kVA)
Entende-se por circuito de motor o conjunto formado pelos condutores e dispositivos necessários ao comando,
controle e proteção do motor, do ramal e da linha alimentadora.
alimentação geral
QDF
fusível ou
disjuntor
contactora
ramal do motor
relé de
sobrecarga
M M
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Instalações Elétricas III
a) Para apenas um motor, neste caso o alimentador geral é o próprio ramal do motor:
I ≥ 1,25 x In
I = corrente do alimentador
In = corrente nominal do motor
Obs.: Para calcular o ramal do motor deve-se levar em consideração o fator de serviço (Fs) que multiplicado
pela intensidade nominal da corrente, fornece a corrente a considerar no ramal do motor para o
dimensionamento dos condutores, isto é, a corrente que pode ser utilizada continuamente.
Exemplos:
1 – Calcule a corrente no ramal de um motor trifásico de 7,5 CV em 220 V, considerando cos φ = 0,85 e η = 0,9.
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Instalações Elétricas III
Os ramais e alimentadores são dimensionados com base na queda de tensão máxima permitida pelas normas.
5% no circuito desde o quadro de distribuição até o motor mais afastado sendo: 4% no alimentador e
1% no ramal do motor.
- Trifásicos
S = √3 x 0,0179 x ∑ I x ℓ x cos φ
u
Onde :
S = bitola do condutor em mm²
ρ = resistividade do condutor = 0,0179 Ω mm²/m (cobre) ou 0,031 Ω mm²/m (alumínio)
I = corrente em ampère
ℓ = distância em metros
Exemplo:
Calcular a bitola mínima para alimentar um motor trifásico de 5 CV, 220 V, Fs = 1,15, a 30 m do quadro de
distribuição considerando 2% de queda de tensão.
In = 736 x 5 = 12,65 A
220 x 1,73 x 0,85 x 0,9
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Instalações Elétricas III
A fim de facilitar o nosso trabalho, transcrevemos a tabela para escolha dos condutores considerando o produto
da corrente pela distancia (A x m)
Tabela 5.1 – Escolha dos condutores em função dos ampères x metros – sistema trifásico.
Tensões 220
entre V 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
380
linhas V 0,57% 1,15% 1,73% 2,30% 2,90% 3,40% 4% 4,60%
Isolamento
PVC Ampères x metros
condutores singelos de cobre - instalação em
(mm²) eletrodutos
1,5 106 213 320 426 533 639 746 853
2,5 178 355 533 711 888 1066 1244 1421
4 284 568 853 1137 1421 1705 1990 2274
6 426 853 1279 1705 2132 2558 2985 3411
10 711 1421 2132 2842 3553 4264 4974 5685
16 1137 2274 3411 4548 5685 6822 7959 9096
25 1776 3553 5329 7106 8882 10659 12435 14212
35 2487 4974 7461 9948 12435 14923 17410 19987
50 3553 7106 10659 14212 17765 21318 24871 28424
70 4974 9948 14953 19891 24871 29845 34819 39794
95 6751 13501 20252 27003 33753 40504 47255 54006
120 8527 17054 25582 34109 42636 51163 59690 68218
150 10659 21318 31977 42636 53295 63954 74613 85272
185 13146 26292 39438 52584 65730 78877 92023 105169
240 17054 34109 51163 68218 85272 102326 119381 136435
300 21318 42636 63954 85272 106590 127908 149226 170544
400 28424 56848 85272 113696 142120 170544 198968 227392
500 35530 71060 106590 142120 177650 213180 248710 284240
Exemplo:
Um motor de indução trifásico, 220 V, 7,5 CV, acha-se a 28 metros do quadro de distribuição. Admitindo-se uma
queda de tensão de 1% neste ramal, qual deverá ser a seção do condutor a empregar? cos φ = 0,85 e η = 0,90.
Para calcularmos o ajuste do relé térmico devemos utilizar os seguintes fatores sobre as correntes nominais:
1,15 – quando não há elevação de temperatura;
1,25 – quando há elevação de temperatura.
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Instalações Elétricas III
Serão calculados para suportar a corrente de partida do motor durante um curto intervalo de tempo. Quando,
porém, o motor estiver em regime, se houver sobrecarga prolongada ou curto-circuito no ramal, deverão atuar,
interrompendo a corrente.
Na tabela abaixo vemos a porcentagem do valor da corrente em relação ao valor nominal e que deverá ser
usada nos dispositivos de proteção.
Motor com
Tipo de Método de Motor sem letra-código
motor partida letra-código Letra %
Mono, tri, de in- A plena A 150
dução em gaiolas tensão 300% B até E 250
e síncronos F até V 300
Vamos, agora, dar um exemplo de um projeto completo de alimentação e proteção de vários motores.
Exemplo:
Determinar todos os elementos do esquema abaixo, considerando todos os motores trifásicos, em gaiola, 220 V,
cos φ = 0,85, η = 0,9, Fs = 1,15, 2% de queda de tensão, e com elevação de temperatura.
GERAL 20m 10 m 10 m
3m
3m
K1 K2 K3
5 CV 7,5 CV 10 CV
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Instalações Elétricas III
Correntes nominais:
M1 = 736 x 5 = 12,65 A
220 x 1.73 x 0,85 x 0,9
M3 = = 736 x 10 = 25,28 A
220 x 1,73 x 0,85 x 0,9
M1 = 1,25 x 12,65 x 1,15 = 18,18 A x 23m = 418 A x m = # 4 mm² (ver tab. 5.1)
Ajuste do relé = 18,7 A
b) Descarregar cargas Estáticas acumuladas nas Carcaças das máquinas ou equipamentos para o Terra.
Facilitar o funcionamento dos Dispositivos de Proteção (Fusíveis, Disjuntores, etc.), através da corrente desviada
para a terra. propósito de formar um caminho condutor de eletricidade tanto quanto assegurar continuidade
elétrica e capacitar uma condução segura qualquer que seja o tipo de corrente.
As características e a eficácia dos aterramentos devem satisfazer às prescrições de segurança das pessoas e
funcionais da instalação. O valor da resistência de aterramento deve satisfazer às condições de proteção e de
funcionamento da instalação elétrica. Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento
deve ser único em cada local da instalação.
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Instalações Elétricas III
NOTA:
Para casos específicos de acordo com as prescrições da instalação, podem ser usados separadamente, desde
que sejam tomadas as devidas precauções.
A seleção e instalação dos componentes dos aterramentos devem ser tais que:
a) o valor da resistência de aterramento obtida não se modifique consideravelmente ao longo do tempo;
b) resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e eletromecânicas;
c) sejam adequadamente robustos ou possuam proteção mecânica apropriada para fazer face às condições de
influências externas.
Devem ser tomadas precauções para impedir danos aos eletrodos e a outras partes metálicas por efeitos de
eletrólise.
OBJETIVOS DO ATERRAMENTO
• Obter uma resistência de aterramento a mais baixa possível, para correntes de falta à terra;
• Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de segurança de modo a não causar
fibrilação do coração humano;
• Fazer que os equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem rapidamente as falhas à terra;
• Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas;
• Usar a terra como retorno de corrente do sistema MRT;
• Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos.
massa
P
E
P
E
Condutor de eqüipotencialidade
PE
principal
Condutor de eqüipotencialidade
condutor de
aterramanet
o
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Instalações Elétricas III
ESQUEMAS DE ATERRAMENTO
A NBR-5410 classifica os sistemas de distribuição em baixa tensão em função das ligações à terra da fonte de
alimentação (geralmente um transformador) e das massas, de acordo com a seguinte simbologia, constituída de
2 ou 3 ou, eventualmente, 4 letras:
A primeira letra representa a situação da alimentação em relação à terra:
T = um ponto diretamente aterrado.
I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de uma
impedância.
A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:
T = massas diretamente aterradas, independente do aterramento eventual de um ponto da alimentação.
N = massas ligadas diretamente ao ponto da alimentação aterrado ( em CA o ponto aterrada é normalmente o
neutro );
outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção
S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos.
C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.( condutor PEN )
As instalações elétricas de baixa tensão devem ser executadas de acordo com os esquemas TT, TN (podendo
ser: TN-S, TN-C ou TN-C-S) e IT.
Esquema TN
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto
através de condutor de proteção:
TN-S, o condutor neutro e o de proteção são distintos;
TN-C-S, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor em uma parte da
instalação;
TN-C, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor ao longo de toda a
instalação.
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Instalações Elétricas III
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligado à
eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação.
Este esquema não possui nenhum ponto de alimentação diretamente aterrado, somente as massas da
instalação são aterradas.
Ligações à Terra
Os aterramentos podem ser ligados em conjunto ou separadamente, para finalidades de proteção ou funcionais
de acordo com as exigências da instalação, no Brasil a maioria das instalações são separadas apesar da terra
ser sempre terra, as concessionárias de força e de telefonia sempre exigem seus terras independentes, sem
falar das companhias de informática que também querem o seu. Aterramentos separados causam diferença de
potencial entre eles o que pode causar problemas na instalação, a NB-3 recomenda que seja instalado um
condutor principal de eqüipotencialidade que reúna:
condutor de proteção principal
condutor de aterramento principal
condutor de aterramento dos sistemas
Quando a instalação possui um transformador ou gerador próprio, como é o caso das indústrias e de certos
prédios institucionais e comerciais de porte, via de regra, a opção é pelo esquema TN. Mas, quando o prédio é
alimentado por transformador exclusivo de propriedade da concessionária, tem-se que consultara concessionário
a respeito da utilização de seu neutro como condutor PEN.
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Instalações Elétricas III
Para instalações alimentadas por rede pública de baixa tensão, caso das residências e pequenos prédios de
todos os tipos, devido ao aterramento recomendado para o neutro, o esquema IT fica eliminado e o TT é o mais
indicado.
Quando existirem equipamentos com elevado nível de correntes de fuga, o esquema TT não é recomendado, em
virtude da possibilidade de disparos intempestivos dos dispositivos DR’s e quando existirem equipamentos com
elevada vibração mecânica, o uso de um esquema TN não é indicado, devido à possibilidade de rompimento dos
condutores.
CHOQUES ELÉTRICOS
Chamamos de choque elétrico a sensação desagradável provocada pela circulação de corrente no corpo
humano. As conseqüências de um choque elétrico podem variar de um simples susto até a morte, dependendo
da intensidade de corrente e da duração desta.
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
A resistividade do solo varia com o tipo de solo, mistura de diversos tipos de solo, teor de umidade, temperatura,
compactação e pressão, composição química dos sais dissolvidos na água retida e concentração dos sais
dissolvidos na água retida. Os sistemas de aterramento devem ser realizados de modo a garantir a melhor
ligação com a terra.
Os principais são:
1. Uma haste simples cravada no solo;
2. Hastes alinhadas;
3. Hastes em triângulo;
4. Hastes em quadrado;
5. Hastes em círculos;
6. Placas de material condutor enterrado no solo (exceto o alumínio);
7. Fios ou cabos enterrados no solo.
O sistema mais eficiente de aterramento é o sistema de malha de terra.
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Instalações Elétricas III
DEFINIÇÕES
Terra – massa condutora da terra, cujo potencial elétrico em qualquer ponto é considerado, por convenção, igual
a zero;
Eletrodo de aterramento – condutor ou conjunto de condutores em contato íntimo com o solo e que garante(m)
uma ligação elétrica com ele. O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser de
acordo com as condições do solo, a eficiência de qualquer eletrodo depende das condições do local, o projeto
deve considerar o desgaste do eletrodo devido a corrosão, aqui no Brasil os eletrodos mais usados são os do
tipo Copperwel. Na instalação dos eletrodos deve tomar o cuidado do tipo de fechamento da malha se em
triangulo ou linear, todos sabem que para efeito de curto - circuito o fechamento linear é mais eficiente, para
correntes de descarga atmosféricas o fechamento mais indicado é o triangulo. Mas como atender aos 2 casos se
deve haver eqüipotencialidade entre os aterramentos? É simples o que interessa a corrente de fuga é como ela
vê o aterramento antes de sua chegada a malha, ou seja, os cabos de descida dos sistemas de pára-raios
devem ser interligados em eletrodos que inicialmente possam propiciar fácil escoamento, ou seja, as primeiras
hastes devem estar interligadas na forma de triangulo, o restante da malha não interessa.
Condutor de proteção (PE) - condutor prescrito em certas medidas de proteção contra choques elétricos e
destinados a ligar diretamente:
a) Massas,
b) Elementos condutores estranhos à instalação,
c) Terminal de aterramento principal,
d) Eletrodos de aterramento, e/ou
e) Pontos de alimentação ligados à terra ou ao ponto neutro artificial.
Condutor PEN - condutor ligado à terra, garantindo ao mesmo tempo as funções de condutor de proteção e de
condutor neutro; é uma combinação PE (condutor de proteção) + N (neutro) e não é considerado um condutor
vivo.
Condutor de aterramento – condutor de proteção que liga o terminal (ou barra) de aterramento principal ao
eletrodo de aterramento.
Ligação equipotencial – ligação elétrica destinada a colocar no mesmo potencial ou em potenciais vizinhos as
massas e os elementos condutores estranhos à instalação; podendo ter uma instalação três tipos de ligação
equipotencial:
a) A ligação equipotencial principal;
b) Ligações equipotenciais suplementares;
c) Ligações eqüipotenciais locais não ligadas à terra.
Condutor de proteção principal – condutor de proteção que liga os diversos condutores de proteção da instalação
ao terminal de aterramento principal.
Malhas de aterramento - A malha de aterramento é indicada para locais cujo solo seja extremamente seco. Esse
tipo de eletrodo de aterramento, normalmente, é instalado antes da montagem do contra-piso do prédio, e se
estende por quase toda a área da construção. A malha de aterramento é feita de cobre, e sua ―janela‖ interna
pode variar de tamanho dependendo da aplicação, porém a mais comum está mostrada na figura abaixo.
Malha de aterramento
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Instalações Elétricas III
Todo sistema de aterramento depende da sua integração com o solo e da resistividade aparente.
Se o sistema já está fisicamente definido e instalado, a única maneira de diminuir sua resistência elétrica é
alterar as características do solo, usando um tratamento químico.
Um aterramento elétrico é considerado satisfatório quando sua resistência encontra-se abaixo dos 10 . Quando
não conseguimos esse valor, podemos mudar o número ou o tipo de eletrodo de aterramento. No caso de haste,
podemos mudá-la para canaleta
(onde a área de contato com o solo é maior), ou ainda agruparmos mais de uma barra para o mesmo terra.Caso
isso não seja suficiente, podemos pensar em uma malha de aterramento. Mas imaginem um solo tão seco que,
mesmo com todas essas técnicas, ainda não seja possível chegar-se aos 10 .
Nesse caso a única alternativa é o tratamento químico do solo. O tratamento do solo tem como objetivo alterar
sua constituição química, aumentando o teor de água e sal e, conseqüentemente, melhorando sua
condutividade. O tratamento químico deve ser o último recurso, visto que sua durabilidade não é indeterminada.
O produto mais utilizado para esse tratamento é o Erico – ge.l
Os materiais a serem utilizados para um bom tratamento químico do solo devem ter as seguintes características:
Boa higroscopia;
Não ser corrosivo;
Baixa resistividade elétrica;
Quimicamente estável no solo;
Não ser tóxico;
Não causar danos a natureza.
O tipo mais recomendado de tratamento químico, é o uso do Gel químico, que é constituído de uma mistura de
diversos sais que, em presença da água, formam o agente ativo do tratamento. Suas propriedades são:
Quimicamente estável;
Não solúvel em água;
Higroscópico;
Não é corrosivo;
Não é atacado pelos ácidos contidos no solo;
Seu efeito é de longa duração.
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Instalações Elétricas III
EXERCÍCIOS
1. (Tec_Jud_Elet_Telec - 2003 )
As instalações de baixa tensão, de acordo com a NBR 5410, devem obedecer a esquemas de aterramento
básicos, os quais são classificados de acordo com o aterramento da fonte de alimentação da instalação — o
transformador sendo o caso mais comum — e das massas. Tais esquemas são designados por uma simbologia
em que são utilizadas algumas letras. No caso das duas letras iniciais, a primeira indica a situação da
alimentação em relação à terra, enquanto a segunda fornece as características do aterramento das massas.
Com relação a esse assunto, e considerando a figura acima, que mostra um esquema de aterramento, julgue os
itens que se seguem.
b) Faltas diretas do tipo fase-massa em um mesmo equipamento normalmente resultam em correntes inferiores
a uma corrente de curto-circuito fase-neutro. Certo
c) Se o condutor PE, ao invés de ser ligado à terra, fosse ligado ao condutor N (neutro), o esquema resultante
passaria a ser do tipo TN-C. Certo
e) Se ocorrer uma falta entre um condutor fase e a massa, a corrente de falta circulará também pelo secundário
do transformador. Certo
2 . (Casa da Moeda-2005)
Considere as afirmações a respeito de esquemas de aterramento.
I - Os dispositivos de proteção diferencial residual (DR) podem ser empregados quando a instalação tem
esquema de aterramento do tipo TN-C.
II - Quando a instalação tem como esquema de aterramento o do tipo TN, é possível proteger o usuário somente
com o uso do disjuntor.
III - Quando a instalação tem como esquema de aterramento o do tipo TT, é impossível proteger o usuário
somente com o uso do disjuntor.
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Instalações Elétricas III
3. (Casa da Moeda-2005)
De acordo com a NBR 5410, no esquema TN-S de proteção contra contatos indiretos, deve ser previsto, nos
quadros de distribuição parciais, um terminal (ou barra) de aterramento, onde NÃO devem ser ligados os
condutores de:
(A) aterramento.
(B) aterramento funcional.
(C) ligação equipotencial.
(D) proteção.
(E) neutro.
4. (Casa da Moeda-2005)
As ligações dos condutores fase, neutro e de proteção, mostradas na figura acima, estão de acordo com as
prescrições da norma brasileira NBR 5410 e caracterizam o esquema de aterramento de sistemas elétricos
trifásicos do tipo:
(A) TN-S
(B) TN-C-S
(C) TN-C
(D) TT
(E) IT
5. (Casa da Moeda-2005) Um técnico, ao realizar a manutenção de uma instalação elétrica de baixa tensão, não
se preocupou em verificar se os circuitos dessa instalação estavam adequadamente distribuídos entre as fases.
Após algum tempo de uso da instalação, ocorreu o rompimento do fio neutro do alimentador do quadro de onde
saem os circuitos terminais, provocando a queima de um equipamento. Uma possível causa desta queima é o
surgimento de:
(A) impulso de corrente no equipamento danificado.
(B) impulso de tensão no equipamento danificado.
(C) variação na freqüência da instalação.
(D) sobretensão na fase onde o circuito que alimenta o equipamento estava ligado.
(E) harmônicos devido ao desequilíbrio e posterior rompimento do fio neutro.
6. (Casa da Moeda-2005) Após o dimensionamento dos circuitos de uma instalação elétrica no esquema de
aterramento TN, o projetista verificou que, em um determinado circuito, a proteção contra contatos indiretos não
se verificou. A medida que NÃO soluciona o problema apresentado é a(o):
(A) troca do disjuntor de proteção por outro com desarme mais rápido.
(B) diminuição das cargas neste circuito.
(C) diminuição do comprimento do circuito.
(D) utilização de dispositivos de proteção diferencial residual - DR.
(E) aumento da bitola do fio do circuito.
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Instalações Elétricas III
ATENÇÃO: A grande diferença entre Terra e Neutro é que, pelo neutro há corrente circulando, e pelo terra não.
Quando houver alguma corrente circulando pelo terra, normalmente ela deverá ser transitória, isto é, desviar uma
descarga atmosférica para
o Terra por exemplo. O Fio Terra, por norma, vem identificado pelas letras PE, e deve ser de cor VERDE e
AMARELA.
B. Segundo as normas brasileiras, os possíveis eletrodos de aterramento incluem condutores nus, hastes, tubos
e armações metálicas do concreto. CERTO
C. Os eletrodos de aterramento embutidos nas fundações dos prédios devem, preferencialmente, ser
constituídos por um anel no fundo da escavação, executado quando da construção das fundações. Além disso,
as armações de concreto armado devem ser
D. No caso de haver antena externa de televisão em uma edificação que não possua sistema de proteção contra
descargas atmosféricas, o mastro metálico da antena não deverá ser aterrado. ERRADO
E.A existência do condutor PEN é a característica principal do esquema de aterramento conhecido por TN-S, em
que as funções de neutro e de proteção são exercidas por condutores diferentes. ERRADO
F. Em algumas circunstâncias, o tratamento químico do solo pode ser um procedimento útil na manutenção do
valor da resistência de um aterramento em patamar aceitável. CERTO
3 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CREADER – Hélio – Instalações Elétricas
Recon – Light S.A.
NISKIER – Júlio e A C Mancytrini – Instalações Elétricas
http://paginas.terra.com.br/servicos/AdvancedRF/at4.htm
http://www.fisica-potierj.pro.br/Sobre_Raios_%20e_Outros/Aterramento.pdf
http://www.inforede.net/Technical/Layer_1/Theory/Grounding_2_(POR).pdf
www.sabereletronica.com.br
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