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CLASSES GRAMATICAIS

(revisão)

Profa.: Priscila Ribeiro


A língua portuguesa subdivide-se em QUATRO GRUPOS DE
ESTUDOS, levando em consideração cada aspecto da língua.

SINTAXE - A sintaxe é a parte da gramática que estuda a


disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem
como a relação lógica das frases entre si.

SEMÂNTICA - é o estudo do sentido das palavras de uma língua.

MORFOLOGIA - é o estudo da estrutura, da formação e da


classificação das palavras. A morfologia está agrupada em dez
classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais.
São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome,
Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.

FONOLOGIA - é o ramo da linguística que estuda o sistema sonoro


de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se
organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes
de distinguir significados, chamadas fonemas.
MORFOLOGIA
Classes gramaticais

Variáveis – substantivos, adjetivos, pronomes, artigos,


numerais e verbos.

Invariáveis - preposições, conjunções, advérbios e


interjeições.
SUBSTANTIVO

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo


é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos,
os substantivos também nomeiam:
lugares: Alemanha, Porto Alegre... / sentimentos: raiva,
amor... /estados: alegria, tristeza... / qualidades: honestidade,
sinceridade... / -ações: corrida, pescaria...

CLASSIFICAÇÃO
Comum - é aquele que designa os seres de uma mesma
espécie de forma genérica. Ex: cidade, menino, homem,
mulher, país, cachorro.

Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie


de forma particular. Ex: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
independentemente de outros seres. Obs: os substantivos
concretos designam seres do mundo real e do mundo
imaginário.
real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.

Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de


outros para se manifestar ou existir. Os substantivos abstratos
designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos
seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não
podem existir. Ex: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem
(ação), saudade (sentimento).

Coletivos - é o substantivo comum que, mesmo estando no


singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.
Ex: abelha - enxame, colmeia; aluno – classe.
Formação dos Substantivos

Simples: é aquele formado por um único elemento.


Ex: tempo, sol, sofá, etc.
Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos.
Ex: beija-flor, passatempo.

Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra


palavra da própria língua portuguesa.
Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.

Ex:O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir


da palavra limão.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS

O substantivo é uma classe variável. A palavra menino, por


exemplo, pode sofrer variações para indicar:

Plural: meninos; Feminino: menina; Aumentativo: meninão;


Diminutivo: menininho.

Flexão de Gênero
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.

Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem


vir precedidos dos artigos o, os, um, uns.

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem


vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
Substantivos Biformes e Uniformes

Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres


vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao
sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata,/
homem – mulher / poeta – poetisa / prefeito – prefeita.

Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma,


que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
Os uniformes classificam-se em:

Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Ex: a cobra


macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.

Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Ex: a


criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o
indivíduo.

Comuns de dois gêneros: indicam o sexo das pessoas por


meio do artigo. Ex: o colega e a colega, o doente, a doente, o
artista , a artista.

Existem certos substantivos que, variando de gênero,


modificam seu significado.
Por exemplo:
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
ADJETIVOS

Adjetivo é a palavra que expressa característica de um ser.

Ao analisarmos a palavra bondoso, percebemos que além


de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada
diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso,
moça bondosa, pessoa bondosa.

Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,


não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
portanto, não é adjetivo, mas substantivo, pois admite o
artigo: a bondade.
Classificação
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo:
neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por
exemplo: fruta madura.

Formação
Simples - Formado por um só radical. brasileiro, escuro.
Composto - Formado por mais de um radical. luso-
brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Primitivo - aquele que dá origem a outros adjetivos. belo,
bom, feliz, puro.
Derivado - É aquele que deriva de substantivos ou verbos.
belíssimo, bondoso, magrelo.
*** Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre
funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do
objeto).

Pátrio - indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.


Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiras:
Acre acreano
Alagoas alagoano
Amapá amapaense

Pátrio Composto - na formação do adjetivo pátrio composto,


o primeiro elemento aparece na forma reduzida e,
normalmente, erudita. Observe :
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
*** LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são
necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma
coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição +
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução
Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)

Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem


freio (paixão desenfreada).

Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo


correspondente, com o mesmo significado. Ex:

Vi as alunas do 7ª ano. / O muro de tijolos caiu.


FLEXÃO DOS ADJETIVOS

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero - os adjetivos concordam com o substantivo a que


se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e


outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.

Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no


feminino somente o último elemento: o motivo socioliterário, a
causa socioliterária. Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como


para o feminino.
Grau
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade
da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o
comparativo e o superlativo.

Comparativo - Nesse grau, comparam-se a mesma


característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou
mais características atribuídas ao mesmo ser. O
comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de
inferioridade. Observe os exemplos abaixo:

1) Sou tão alto como você -> Comparativo de Igualdade

No comparativo de igualdade, o segundo termo da


comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo de
Superioridade Analítico

No comparativo de superioridade analítico, entre os dois


substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma
é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou
"mais...que".

3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo de


Superioridade Sintético.

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de


superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
bom-melhor pequeno-menor
mau-pior alto-superior
grande-maior baixo-inferior
IMPORTANTE:

a) As formas menor e pior são comparativos de


superioridade, pois equivalem a mais “pequeno” e mais
“mau”, respectivamente.

b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas


(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento,
deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,
mais grande e mais pequeno.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
elementos.

Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas


qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você -> Comparativo De
Inferioridade: Sou menos passivo (do) que tolerante.

Superlativo - expressa qualidades num grau muito elevado


ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto
ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:

Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser


é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-
se nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
que dão ideia de intensidade (advérbios).
O secretário é muito inteligente.

Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de


sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.

Observe alguns superlativos sintéticos:


benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo

Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser


é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
relação pode ser:

De Superioridade: Luana é a mais bela da sala.


De Inferioridade: Luana a menos bela da sala.
NUMERAL

Numeral é a palavra que indica os seres em termos


numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os
situa em determinada sequência.

Exemplos:
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]

Eu quero café duplo, e você?


...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]

A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!


...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência
de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os
números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se
trata de numerais, mas sim de algarismos.

Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia


expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
dúzia, par, ambos(as), novena.

Classificação
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico.
um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada.
Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.

Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres,


indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por
exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.

Flexão
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,
etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em
número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais
são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e
número:
primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas:
Por exemplo:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de
produção.

Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais


flexionam-se em gênero e número:
Por exemplo:
Teve de tomar doses triplas do medicamento.

Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e


número. Observe:
um terço/dois terços
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:
uma dúzia / um milheiro / duas dúzias

É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos


numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
É o que ocorre em frases como:
Me empresta duzentinho...

É artigo de primeiríssima qualidade!

O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda


divisão de futebol)
Emprego dos Numerais

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em


que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e
a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha
depois do substantivo:

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um


e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são
largamente empregados para retomar pares de seres aos
quais já se fez referência.

Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a
importância da solidariedade. Ambos agora partcipam das
atividades comunitárias de seu bairro.

Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática.


PRONOME

É a palavra que acompanha ou substitui o substantivo,


indicando sua posição em relação às pessoas do
discurso ou mesmo situando-o no espaço e no tempo.

•Pronomes substantivos: são aqueles que tomam o


lugar do substantivo.

Ela era a mais animada da festa.

•Pronomes adjetivos: são aqueles que acompanham o


adjetivo.

Minha bicicleta quebrou.


CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES

•Pronome pessoal
•Pronome possessivo
•Pronome demonstrativo
•Pronome relativo
•Pronome indefinido
•Pronome interrogativo
•Pronome de tratamento
Pronome pessoais
Os pronome pessoais são aqueles que indicam as
pessoas do discurso. Dividem-se em retos que exercem a
função de sujeito e os oblíquos que exercem a função de
complemento.
QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS

NÚMERO PESSOA CASO RETO PRONOMES OBLÍQUO

ÁTONOS TÔNICOS
SEM/PREP COM/PREP

1ª EU ME MIM, COMIGO

2ª TU TE TI, CONTIGO
SINGULAR

3ª ELE O, A, LHE, SE SI, CONSIGO

NÓS,
1ª NÓS NOS
CONOSCO
VÓS,
PLURAL 2ª VÓS VOS
CONVOSCO
OS, AS, LHES
3ª ELES SI, CONSIGO.
SE
Emprego dos pronomes pessoais
Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeitos de frases:
Eu vou à loja, talvez ele esteja lá.
Retos: Eu, tu, ele, nós, vós, eles.

Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos.


•São pronomes oblíquos átonos:
me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são usados com formas
verbais:
A mãe esperava-o ansiosa
•São pronomes oblíquos tônicos:
mim, ti, ele, ela, si, nos, vos, eles, elas.

Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com


preposição:
A mãe ansiosa esperava por mim.
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS

• Ospronomes oblíquos átonos o, a, os, as exercem a função de


objeto direto:

A enfermeira examinou o garoto. Objeto direto


A enfermeira examinou-o
(quem examina, examina alguma coisa – VTD)

•Os pronomes oblíquos átonos lhe, lhes exercem a função de


objeto indireto.
O garçom oferece-lhe bebida.
(quem oferece, oferece alguma coisa a alguém)
preposição
•Antes de verbo no infinitivo só usamos eu e tu, jamais mim e ti.

Fizeram de tudo para eu me emocionar.


Fizeram de tudo para tu comprares a casa.

Nos casos acima os pronomes “eu e tu” são sujeitos dos verbos
emocionar e comprares.

Obs: Os pronomes retos “eu e tu” nunca serão complementos,


mesmo regidos de preposição.
Como regra prática podemos perceber o seguinte: quando
precedidos de preposição, não se usam as formas retas
“eu e tu”, mas as formas oblíquas “mim e ti”.

Ninguém irá sem EU. Ninguém irá sem mim.


Nunca houve discussões entre EU E TU. Nunca houve
discussões entre mim e ti.

Apenas um caso em que empregamos as formas retas eu


e tu mesmo precedidas por preposições: quando essas
formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.

Deram um livro para eu ler. ( eu: sujeito do verbo ler)


ATENÇÃO:

“Foi difícil para mim conseguir o emprego.”

Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o


pronome não funciona como sujeito, como à primeira vista
possa parecer. Na verdade, “conseguir o emprego” é uma
oração que funciona como sujeito do verbo “ser”. Observe a
inversão:
“Conseguir o emprego foi difícil para mim.”
Os pronomes oblíquos “se, si, consigo” são pronomes
reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados
na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.

Reflexiva - quando o sujeito praticar a ação sobre si


mesmo.
Carla machucou-se.
Marcos cortou-se com a faca.

Reflexiva recíproca - quando houver dois elementos


como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que
pratica a ação sobre o primeiro.
Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente.

Conosco e convosco - são utilizados normalmente


em sua forma sintética. Caso haja palavra de
reforço, tais pronomes devem ser substituídos por
formas analíticas.

Queria falar conosco.


Queria falar com nós dois.
Os oblíquos “o, os ,a ,as” quando precedidos de
verbos que terminem em “r, s, z” assumem as
formas: lo, los, la, las. (VTD).

Vou (amar) amá-lo por toda a vida.


O jogo (fiz) fi-lo sozinho.
Tu (amas) amá-lo como a ti mesma.

Quando precedidos de verbos que terminam em “-


m, -ão, -õe, assumem a forma no, nas, nos, nas.
Entregaram-no ao professor.
Entregaram o livro ao professor. – objeto direto.
O assunto, dão-no por encerrado.
Independentemente da predicação verbal, se o
verbo terminar em mos, seguido de nos ou de
vos, retira-se a terminação -s.

Ex. * Encontramo-nos ontem à noite.


* Recolhemo-nos cedo todos os dias.

Obs: Se o verbo for transitivo indireto terminado


em “s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a
terminação s.
Ex. * Obedecemos-lhe cegamente.
* Tu obedeces-lhe?
Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a
pronomes possessivos, exercendo a função sintática
de adjunto adnominal.

Roubaram-me o livro. = Roubaram o meu livro.


Escutei-lhe os conselhos = Escutei seus conselhos.
Pronomes Possessivos

São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas


do discurso. São eles: meu(s),minha(s), teu(s), tua(s), seu(s),
sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).

Empregos dos pronomes possessivos


O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua,
seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade).
Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele,
dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses
elementos.
Pronomes Demonstrativos

Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo


e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes:
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa
que fala e para o tempo presente.
Ex.: Este chapéu que estou usando é de couro.
Este ano está sendo cheio de surpresas.
Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa
com quem se fala, para o tempo passado recente e para o futuro.
Ex. Esse chapéu que você está usando é de couro?
Esse ano será envolto em mistérios.
Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da
pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo
passado remoto.
Ex. Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era uma
cidade pequena.
***Outros usos dos demonstrativos
Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto
para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa,
isso para o que já foi dito ou escrito.

Ex.: Esta é a verdade: existe a violência, porque a


sociedade a permitiu./ Existe a violência, porque a
sociedade a permitiu. A verdade é essa.

Usa-se este, esta, isto em referência a um termo


imediatamente anterior. Ex. O fumo é prejudicial à saúde, e
esta deve ser preservada.

***Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos


anteriormente citados:
• Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados
Unidos é de domínio destes sobre aquele.
Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do
discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica.

São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem,


mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas,
nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda,
todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes,
pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas,
tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta,
quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer além das
locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual, quem
quer que, todo aquele que, tudo o mais...
Usos de alguns pronomes indefinidos
Todo - deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o
substantivo à sua frente o exigir; caso signifique cada ou
todos não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.
Ex. • Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
• Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
• Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele
não admite artigo)

Todos, todas - devem ser usados com artigo, se o


substantivo à sua frente o exigir.
Ex. • Todos os colegas o desprezam.
• Todas as meninas foram à festa.
• Todos vocês merecem respeito.
Algum - tem sentido afirmativo, quando usado antes do
substantivo; passa a ter sentido negativo, quando estiver depois
do substantivo.
Ex. • Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
• Algum amigo o ajudará. (Alguém)

Certo - será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e


será adjetivo, quando estiver posposto a substantivo.
Ex. • Certas pessoas não se preocupam com os demais.
• As pessoas certas sempre nos ajudam.

Qualquer - não deve ser usado em sentido negativo. Em seu


lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou
nenhum. Ex.• Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa
frase está inadequada gramaticalmente. O adequado seria
• Ele entrou na festa sem problema algum.
• Ele entrou na festa sem nenhum problema
Pronomes Interrogativos

São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em


frases interrogativas diretas ou indiretas.
Ex. • Que farei agora? - Interrogativa direta.
• Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
• Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
• Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. -
Interrogativa indireta.
Pronomes Relativos

Que - deve ser utilizado com o intuito de substituir um


substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na
montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente
após o substantivo repetido, que passará a ser chamado
de elemento antecedente.

Ex: Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o


substantivo peça repetido.
Roubaram a peça que era rara no Brasil.
O Pronome Relativo Cujo

Este pronome indica posse (algo de alguém).


Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o
possuidor e o possuído (alguém cujo algo)

Ex: Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do


rapaz. O
substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos,
então usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre
o possuidor e o possuído:

Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.


Pronomes de tratamento
VERBO

 Verbo é a classe de palavras que indica ação,


estado ou fenômeno da natureza.
 É a classe que mais mais varia: pessoa, tempo,
número, modo e voz.
As conjugações
1ª -ar 2ª- er/or 3ª -ir
estudar escrever corrigir
ensinar aprender descobrir
procurar ler repetir
memorizar compreender introduzir
acompanhar fazer
cansar ser
passar

EXCEÇÃO: o verbo POR e todos os verbos


formados a partir dele ( dispor, repor, compor…)
pertencem à 2ª CONJUGAÇÃO “ponere” (latim)
vogal temática “e”.
Pessoa: 1ª, 2ª, 3ª. (Quem realiza a ação)
Número: Singular ou Plural (Quantas pessoas
realizam a ação).

Singular Plural

 Eu -1ª pessoa  Nós - 1ª pessoa


 Tu (você) - 2ª pessoa  Vós (vocês) - 2ª pessoa
 Ele/ ela - 3ª pessoa  Eles /elas - 3ª pessoa
Modo: as várias formas assumidas pelo verbo na
expressão de um fato.

Em Português, existem três modos:

 Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por


exemplo: Eu sempre estudo.
 Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade.
Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
 Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais

Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas


que podem exercer funções de nomes (substantivo,
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas
nominais.

Observe:
a) Infinitivo: verbo na sua forma original (cantar, correr,
partir);
b ) Gerúndio: na forma simples, o gerúndio expressa uma
ação em curso; na forma composta, uma ação concluída.
(Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro./Tendo
trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro).
c) Particípio: quando não é empregado na formação dos
tempos compostos, o particípio indica geralmente
o resultado de uma ação terminada.
TEMPO: Tomando-se como referência o momento em que
se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
diversos tempos.

 Modo Indicativo:
 Presente: (canto, cantas, canta, cantamos, cantais,
cantam)
 Pretérito Perfeito do Indicativo: (cantei, cantaste, cantou,
cantamos, cantastes, cantaram)
 Pretérito mais que perfeito: (cantara, cantaras, cantara,
cantáramos, cantáreis, cantaram)
 Pretérito Imperfeito: (cantava, cantavas, cantava,
cantávamos, cantáveis, cantavam)
 Futuro do Presente: (cantarei, cantarás, cantará,
cantaremos, cantareis, cantarão)
 Futuro do Pretérito: (cantaria, cantarias, cantaria,
cantaríamos, cantaríeis, cantariam).
 Modo Subjuntivo:
 Presente: (que eu cante, que tu cantes, que ele
cante, que nós cantemos, que vós canteis, que
eles cantem)

 Pretérito Imperfeito: (se eu cantasse, se tu


cantasses, se ele cantasse, se nós cantássemos,
se vós cantásseis, se eles cantassem)

 Futuro: (quando eu cantar, quando tu cantares,


quando ele cantas, quando nós cantarmos,
quando vós cantardes, quando eles cantarem)
 Modo Imperativo:

 Afirmativo: --, canta, cantemos, cantai, cantem.


 Negativo: --, não cante, não cantemos, não canteis,
não cantem.
Advérbio

Classe de palavras que modifica o


sentido dos verbos, adjetivos e
outros advérbios.
Classificação (sentido):
 Lugar: aqui, antes, dentro...
 Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora...
 Modo: bem, mal, assim, melhor, pior, depressa ...
 Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto...
 Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum,
de forma nenhuma...
 Dúvida: acaso, porventura,
possivelmente,, quiçá, talvez...
 Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso,
bastante, mais, menos...
 Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão,
somente...
 Inclusão: ainda, até, mesmo...
Locução Adverbial
Quando há duas ou mais palavras que exercem
função de advérbio, temos a locução adverbial,
que pode expressar as mesmas noções dos
advérbios. Iniciam ordinariamente por uma
preposição. Veja:

 lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto,


para dentro, por aqui, etc.
 afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
 modo: às pressas, passo a passo, de cor, em
vão, em geral, frente a frente, etc.
 tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à
tarde, hoje em dia, nunca mais, etc.
PREPOSIÇÃO

 Liga palavras e orações, isoladamente NÃO


possuem função sintática, possuem na frase
um valor semântico.
 A função da preposição é subordinar um
termo ao outro.
Relação semântica das preposições:

 Lugar - Estou em casa.


 Tempo -Eu viajei durante as férias.
 Modo ou conformidade - Vamos
escolher por sorteio.
 Causa - Estou tremendo de frio
 Assunto - Não gosto de falar sobre política.
 Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
 Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.
 Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
 Meio - Voltarei a andar a cavalo.
 Matéria - Devolva-me meu anel de prata.
 Posse - Este é o carro de João.
 Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.
 Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.
Contrações e Combinações
Combinações: Contrações:
 AO - (prep. A + artigo O)  Pelo - (prep. POR + artigo
O)
 Aonde - (prep. A +
advérbio ONDE)  Desses - (prep. DE +
pron. Dem. ESSES)
 À - (prep. A + artigo A)
 Naquelas - (prep. EM +
 Das - (prep. DE + artigo pron.Dem. AQUELAS)
AS)
 DUM – (prep. DE + art.
UM)
CONJUNÇÃO

Conjunção é a palavra invariável que liga duas


orações ou dois termos semelhantes de uma
mesma oração.

Ex: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu


as amiguinhas.
Conjunções coordenativas
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou
termos da oração que têm a mesma função gramatical.

 1) Aditivas: ideia de acréscimo, adição (e, nem=não, mas também...)


 2) Adversativas: ideia de oposição (mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, não obstante.)
 3) Alternativas: ideia de alternância ou escolha (ou, ou... ou, ora... ora,
já... já, quer... quer, seja... Seja...).
 4) Conclusivas: ideia de conclusão ou consequência (logo, pois (depois
do verbo), portanto, por conseguinte, por isso...)
 5) Explicativas: justifica a ideia nela contida (que, porque, pois (antes do
verbo)...)

ATENÇÃO:
 As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando
equivalem a "mas".
 "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim“.
Conjunções subordinativas
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A
oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o
nome de oração subordinada.

 Causais: ideias de causa da ocorrência da oração principal (porque, que,


como (= porque, no início da frase), pois que, visto que).
 Concessivas: ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua
realização (embora, ainda que, apesar de que, se bem que)
 Condicionais: hipótese ou a condição para ocorrência da principal (se, caso,
contanto que...)
 Conformativas: ideia conformidade de um fato com outro (conforme,
segundo, consoante...)
 Finais: expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal (para
que, a fim de que)
 Proporcionais: expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência
da principal (à medida que, à proporção que, ao passo que )
 Temporais: ideia de circunstância de tempo ao fato expresso na oração
principal (quando, enquanto, antes que, depois que)
 Comparativas: ideia de comparação com referência à oração principal (como,
assim como, tal como)
 Consecutivas: expressa a consequência da principal (de sorte que, de modo
que).
INTERJEIÇÃO
Interjeição é a classe de palavras que exprime
emoções, sentimentos.

Ex.: Oh!, Ah!,...

 Ó! Ai! Vamos! Basta! Queira Deus! Alto lá!


Interjeição
 Desejo: Oxalá!; Queira Deus!; …
 Dúvida: Hum!; Ora!; …
 Indignação: Oh!; Olha!; Pois sim …
 Ordem: Xiu!; Silêncio!; Basta!; Alto!; Fora!;
 Repulsa: Ui!; Vaza; Fora!; Abaixo!; Credo!;
 Surpresa: Ah!; Oh!; Olá!; Caramba!; Credo!;
 Terror/Medo: Ai!; Ui!; Credo!; Jesus!; …
UUUUFFFFFFAAAAAAA!

Bons Estudos,
Profa. Pri... ^^

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