PREFACIO

D u r a n t e m u c h o s años, m e h a n . i n t r i g a d o d o s p r o b l e m a s r e f e r e n -
t e s a l c o n o c i m i e n t o h u m a n o . E l p r i m e r o es e l d e e x p l i c a r c ó m o c o -
nocemos tanto a partir de u n a experiencia t a n limitada. E l segundo
es e l p r o b l e m a d e e x p l i c a r c ó m o c o n o c e m o s t a n p o c o c o n s i d e r a n d o
que disponemos de u n a evidencia t a n amplia. P o d e m o s d e n o m i n a r
a l p r i m e r o «el p r o b l e m a d e P l a t ó n » y a l s e g u n d o «el p r o b l e m a d e
O n y e l l » , u n e q u i v a l e n t e d e l o q u e s e p u e d e d e n o m i n a r «el p r o b l e m a
de Freud» e n e l ámbito d e l a v i d a s o c i a l y p o b ' t i c a .
B e r t r a n d R u s s e l l , e n s u última o b r a , expresó a d e c u a d a m e n t e l a
e s e n c i a d e l p r o b l e m a d e Platón c u a n d o p l a n t e ó l a p r e g u n t a : « ¿ C ó m o
es p o s i b l e q u e l o s s e r e s h u m a n o s , c u y o s c o n t a c t o s c o n e l m u n d o s o n
breves, personales y l i m i t a d o s , sean capaces de saber t o d o l o q u e
saben?» E n c i e r t o s ámbitos d e l p e n s a m i e n t o y l a comprensión, n u e s -
t r o c o n o c i m i e n t o t i e n e u n a m p l i o a l c a n c e , es c o n s i d e r a b l e m e n t e e s -
pecífico y p o s e e u n a n a t u r a l e z a r i c a m e n t e a r t i c u l a d a , y e n u n a a m -
p l i a m e d i d a es c o m p a r t i d o c o n o t r a s p e r s o n a s q u e t i e n e n l a s m i s m a s
e x p e r i e n c i a s y c o n o c i m i e n t o s básicos. S e p u e d e d e c i r l o m i s m o d e
l o s s i s t e m a s d e c r e e n c i a s y e x p e c t a t i v a s , efe l o s m o d o s d e i n t e r p r e -
tación e i n t e g r a c i ó n d e l a e x p e r i e n c i a y , c o n m a y o r g e n e r a l i d a d , d e
l o q u e p o d e m o s d e n o m i n a r « s i s t e m a s c o g n i t i v o s » , d e l o s c u a l e s sólo
u n a p a r t e c u e n t a c o m o c o n o c i m i e n t o r e a l . E l p r o b l e m a q u e se p l a n -
t e a c u a n d o c o n s i d e r a m o s l a cuestión c o n u n p o c o d e atención es e l
d e l a «pobreza d e l estímulo». A u n q u e n u e s t r o s s i s t e m a s c o g n i t i v o s
seguramente reflejan en cierta medida nuestra experiencia, u n a atenta
 10 Prefacio
especificación, p o r u n a p a r t e , d e l a s p r o p i e d a d e s d e e s t o s s i s t e m a s
y , p o r o t r a , d e la e x p e r i e n c i a q u e d e a l g u n a f o r m a h a c o n d u c i d o a
s u formación m u e s t r a q u e están s e p a r a d o s p o r u n h i a t o c o n s i d e r a b l e ,
en realidad u n a b i s m o . E l p r o b l e m a consiste e n d a r c u e n t a de la
especificidad y la r i q u e z a de l o s sistemas c o g n i t i v o s q u e e m e r g e n e n
el i n d i v i d u o s o b r e la base d e l a l i m i t a d a e x p e r i e n c i a d i s p o n i b l e . L o s
s i s t e m a s c o g n i t i v o s s o n e l r e s u l t a d o d e l a interacción d e l a e x p e r i e n -
cia y d e l método q u e e m p l e a e l o r g a n i s m o p a r a c o n s t r u i r y t r a t a r
c o n e l l a , q u e i n c l u y e l o s m e c a n i s m o s analíticos y l a s c o n d i c i o n e s
d e t e r m i n a n t e s intrínsecas d e l a m a d u r a c i ó n y d e l d e s a r r o l l o c o g n i t i -
v o . A s í p u e s , e l p r o b l e m a c o n s i s t e e n d e t e r m i n a r l a dotación genética
que p e r m i t e salvar el h i a t o . e n t r e - l a . experiencia y e l ' c o n o c i m i e n t o
conseguido,- o los.sistemas c o g n i t i v o s alcanzados,- p r e s c i n d i e n d o de
las e x i g e n c i a s d e f r o n t e r a s e n e l ' c o n o c i m i e n t o y g e n e r a l i z a n d o a
o t r o s s i s t e m a s q u e i m p l i c a n c r e e n c i a s , comprensión, interpretación,
y puede q u e otras cosas.
A este r e s p e c t o , e l e s t u d i o d e l lenguaje h u m a n o r e s u l t a ' p a r t i c u -
l a r m e n t e i n t e r e s a n t e . E n p r i m e r l u g a r , es u n a auténtica p r o p i e d a d d e .
la e s p e c i e , q u e además es c e n t r a l p a r a l a ' comprensión y e l p e n s a -
m i e n t o h u m a n o s . A p a r t e d e esto, e n el caso d e l lenguaje p o d e m o s
l l e g a r l e j o s e n l a caracterización d e l s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o a l c a n -
z a d o — c o n o c i m i e n t o d e l inglés, d e l japonés, e t c . — y e n l a d e t e r m i -
; n a c i ó n d e l o s d a t o s d i s p o n i b l e s p o r p a r t e d e l niño q u e a l c a n z ó e s e
| c o n o c i m i e n t o ; i g u a l m e n t e d i s p o n e m o s de u n a a m p l i a clase d e d a t o s
a c c e s i b l e s s o b r e l a v a r i e d a d d e l o s s i s t e m a s q u e se p u e d e n a l c a n z a r .
P o r l o t a n t o , n o s e n c o n t r a m o s e n u n a posición e x c e l e n t e p a r a d e s -
c u b r i r l a n a t u r a l e z a d e l c a u d a l b i o l ó g i c o q u e c o n s t i t u y e l a «facultad
lingüística» h u m a n a , e l c o m p o n e n t e i n n a t o d e l a m e n t e / c e r e b r o q u e
;i a l c a n z a e l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c u a n d o se l e s o m e t e a l a e x p e -
r i e n c i a lingüística, q u e c o n v i e r t e l a e x p e r i e n c i a e n u n s i s t e m a d e c o -
..; nocimiento.
i E n m i o p i n i ó n , b u e n a p a r t e , d e l interés d e l e s r u d i o d e l l e n g u a j e
r e s i d e e n e l h e c h o d e q u e o f r e c e u n a vía d e a p r o x i m a c i ó n a l p r o b l e -
•' m a d e Platón e n u n ámbito q u e se e n c u e n t r a r e l a t i v a m e n t e b i e n
c i r c u n s c r i t o y a b i e r t o a l e x a m e n / y l a investigación, y q u e a l m i s m o .
t i e m p o se e n c u e n t r a p r o f u n d a m e n t e , i n t e g r a d o e n l a v i d a y e l p e n -
. i Sarniento h u m a n o s . Si p o d e m o s descubrir algo sobre los principios
"i q u e o p e r a n e n l a construcción d e este s i s t e m a c o g n i t i v o d e t e r m i n a -
j! d o , l o s p r i n c i p i o s d e l a f a c u l t a d - lingüística, p o d e m o s p r o g r e s a r e n
;'i l a solución, p o r l o m e n o s , d e u n c a s o e s p e c i a l y m u y . i m p o r t a n t e d e l
íi p r o b l e m a d e Platón. L u e g o , p o d e m o s p r e g u n t a r n o s s i esos p r i n c i -
p i o s se p u e d e n a p l i c a r a o t r o s c a s o s o , s i n o , s i u n e n f o q u e q u e p o s e e
•:• i u n c i e r t o - g r a d o d e éxito e n l a e x p ü c a c i ó n e n e l c a s o d e l l e n g u a j e
.•I-) • i .." : •
1
il
Prefacio
h u m a n o puede servir, p o r l o menos, c o m o u n m o d e l o sugerente en
investigaciones similares e n o t r o s d o m i n i o s c o g n i t i v o s . M i idea es
q u e l o s p r i n c i p i o s n o se p u e d e n g e n e r a l i z a r , q u e e n a s p e c t o s d e c i s i -
v o s s o n específicos d e l a f a c u l t a d lingüística, p e r o q u e c i e r t a m e n t e
el e n f o q u e p u e d e r e s u l t a r s u g e r e n t e e n o t r o s c a m p o s , t a n t o e n s u s
l o g r o s c o m o e n s u s e v i d e n t e s l i m i t a c i o n e s . L o s capítulos M U U I C I U C S
t r a t a n s o b r e t o d o ' l a cuestión d e qué s e p u e d e a p r e n d e r s o b r e e l
p r o b l e m a d e Platón a p a r t i r d e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e h u m a n o y c ó m o
se sitúa e s t e e s t u d i o e n l a investigación más ' g e n e r a l s o b r e l o s s i s t e -
m a s c o g n i t i v o s , s u carácter y d e s a r r o l l o . L o s C a p í t u l o s 1 , 2 y 4 se.,
r e f i e r e n p r i n c i p a l m e n t e a c u e s t i o n e s g e n e r a l e s y c o n c e p t u a l e s . Él C a -
p í t u l o 3 , q u e es n o t a b l e m e n t e más técnico ( e n e s p e c i a l l a s s e c c i o -
nes 3.4.3, 3 . 4 . 4 y 3.5.2) i n t r o d u c e y d e s a r r o l l a a l g u n a s ¡deas o u c
f i g u r a n e n l u g a r d e s t a c a d o e n l a investigación a c t u a l , q u e e n l u s
ú l t i m o s años h a e x p e r i m e n t a d o u n c a m b i o d e r u m b o b a s t a n t e n o v e -
doso.
Así p u e s , e l p r o b l e m a d e Platón c o n s i s t e e n e x p l i c a r c o r n o c o -
nocemos tanto teniendo en cuenta q u e los datos de los q u e dispo-
n e m o s s o n t a n escasos. . E l p r o b l e m a de O r w e l i consiste e n explicar
cómo c o n o c e m o s y c o m p r e n d e m o s t a n p o c o , a p e s a r d e q u e d i s p o -
n e m o s de unos datos t a n ricos. C o m o a otros m u c h o s intelectuales
d e l s i g l o v e i n t e , a O r w e l i l e impresionó l a c a p a c i d a d d e l o s e s t a d o s
totalitarios para i m b u i r creencias f i r m e m e n t e sostenidas y amplia-
m e n t e aceptadas, a u n q u e carentes p o r c o m p l e t o de f u n d a m e n t o y a
m e n u d o e n f l a g r a n t e contradicción c o n h e c h o s o b v i o s d e l m u n d o
c i r c u n d a n t e . E l p r o b l e m a es m u c h o más a m p l i o , c o m o p r u e b a s u f i -
c i e n t e m e n t e l a h i s t o r i a d e l o s d o g m a s r e l i g i o s o s . P a r a r e s o l v e r el
p r o b l e m a de O r w e l i , h e m o s de descubrir los factores institucionales
y d e o t r a s c l a s e s q u e b l o q u e a n l a captación y l a c o m p r e n s i ó n e n
ámbitos c r u c i a l e s d e n u e s t r a s v i d a s y p r e g u n t a r n o s p o r qué f u n c i o -
nan.
E n la e r a m o d e r n a , el c u l t o estatahsca h a a d o p t a d o f r e c u e n t e m e n -
t e e l carácter d e l a s f o r m a s p r i m i t i v a s d e l a f e r e l i g i o s a , n o sólo e n
l o s e s t a d o s t o t a l i t a r i o s . E n éstos, l o s m e c a n i s m o s e m p l e a d o s p a r a
i n d u c i r a la p a s i v i d a d y al c o n f o r m i s m o s o n r e l a t i v a m e n t e t r a n s p a -
r e n t e s : e n última i n s t a n c i a , a l g u n a clase d e v i o l e n c i a , a m e n a z a d a o
ejercida, bajo u n c o n t r o l centralizado perfectamente patente. P e t o
c r e o q u e s e h a d e m o s t r a d o a m p l i a m e n t e q u e e! p r o b l e m a de. O r \ v e ! l
se p r e s e n t a t a m b i é n e n l a s s o c i e d a d e s d e m o c r á t i c a s , e n q u e l a v i o -
' P o r S u s c o m e n t a r i o s s o b r e u n a n t e r i o r e s b o z o d e este m a t e r i a ! , c»io> trt rleud»
c o n ]ose¡) A o u n y K e n n e i l i Saíir, e m r e o t r o s .
 Prefacio
l e n c i a e n raras o c a s i o n e s se u s a p a r a g a r a n t i z a r e l a c a t a m i e n t o . M i l e s
d e páginas d e d o c u m e n t a c i ó n d e t a l l a d a h a n d e m o s t r a d o , m á s allá d e
c u a l q u i e r d u d a r a z o n a b l e , q u e t a m b i é n e n e s t a s s o c i e d a d e s están f i r -
m e m e n t e implantadas las doctrinas d e l culto d e l estado, y q u e s o n
a m p l i a m e n t e c o m p a r t i d a s , e n a b i e r t a contradicción c o n l o s h e c h o s ,
p a r t i c u l a r m e n t e p o r l a «intelligentsia» q u e e l a b o r a y p r o p a g a estas
d o c t r i n a s , l o s q u e t i e n e n a s u c a r g o l a t a r e a d e l a «manufactura d e l
consentimiento» ( " W a l t e r L i p p m a n ) o l a «ingenieria d e l c o n s e n t i m i e n -
to» ( E d w a r d B e r n a y s ) , u n a t a r e a q u e m u c h o s h a n c o n s i d e r a d o e s e n -
cial e n las sociedades q u e y a n o pueden i m p o n e r el-acatamiento o
la o b e d i e n c i a m e d i a n t e l a v i o l e n c i a . S e a c u a l s e a s u f u e r z a , estas
d e m o s t r a c i o n e s c a r e c e n p o r c o m p l e t o d e e f e c t o s e n e l núcleo d e l a
v i d a i n t e l e c t u a l r e s p e t a b l e , p o r q u e n a t u r a l m e n t e l a religión e s t a t a l i s t a
e x c l u y e l a investigación o l a comprensión d e l f u n c i o n a m i e n t o r e a l
de las m s d t u c i o n c s d o m i n a n t e s , d e a c u e r d o c o n el p r i n c i p i o o r w e l l i a n o
d e q u e l a I g n o r a n c i a es P o d e r .
í . s t e c a s o d e l p r o b l e m a d e O r w e l i es c o n s i d e r a b l e m e n t e m i s i n -
c i t a n t e q u e e l q u e h a b i t u a l m e n t e se c o n s i d e r a — p o r e j e m p l o , p o r e l
p r o p i o O r w e l i — , p o r q u e l o s m e c a n i s m o s s o n más sutiles y c o m p l e -
j o s . P o r r a z o n e s ODvias, t a m b i é n es u n c a s o m u c h o m á s i m p o r t a n t e
p a r a l o s c i u d a d a n o s d e l a s s o c i e d a d e s democráticas, y p o r e s o p o -
d e m o s p r e d e c i r , a p a r t i r de l o s p r i n c i p i o s d e l a religión e s t a t a l i s t a ,
q u e e n r a r a s o c a s i o n e s será i n v e s t i g a d o y q u e e s a s r a r a s o c a s i o n e s e n
q u e s e v i o l e l a r e g l a n o serán b i e n r e c i b i d a s .
E n u n p r i n c i p i o pensé i n c l u i r e n e s t e l i b r o u n a i n v e s t i g a c i ó n
d e t a l l a d a d e l p r o b l e m a d e O r w e l i , centrándome e n e l c a s o más i m -
p o r t a n t e e i n t e r e s a n t e d e las s o c i e d a d e s democráticas, p e r o f i n a l m e n -
t e d e c i d í n o h a c e r l o p o r v a r i a s r a z o n e s , u n a d e l a s c u a l e s es q u e e l
carácter d e l a investigación d e e s t o s d o s p r o b l e m a s es m u y d i f e r e n t e .
E n e l c a s o d e l p r o b l e m a de Platón, l a s c u e s t i o n e s p e r t e n e c e n e n
última i n s t a n c i a a l a c i e n c i a , a u n q u e e x i s t a n m u c h a s c u e s t i o n e s c o n -
c e p t u a l e s , i n c l u s o a l g u n a q u e se h a v e n i d o p l a n t e a n d o d u r a n t e m u -
cho tiempo e nu n a u otra forma.
E l p r o b l e m a consiste e ndescubrir principios explicativos, am e -
n u c i o o c u l t o s y a b s t r a c t o s , p a r a d a r c u e n t a d e fenómenos q u e a p a -
r e n t e m e n t e s o n caóticos, d i s c o r d a n t e s , c a r e n t e s d e l a m e n o r p a u t a .
E l e s t u d i o d e l p r o b l e m a de O r w e l i e s m u y d i f e r e n t e . N o e s difícil
h a l l a r l a s p a u t a s q u e y a c e n b a j o l o s m á s i m p o r t a n t e s f e n ó m e n o s de
la v i d a política, s o c i a l y económica, a u n q u e s e d e d i q u e n m u c h o s
e s f u e r z o s a o s c u r e c e r e s t e h e c h o ; y l a explicación de l o s h e c h o s a
o b s e r v a r , p o r p a n e d e l o s q u e s o n a j e n o s a l a fe, e n . r a r a s o c a s i o n e s
es p r o f u n d a o r e s i s t e n t e a l d e s c u b r i m i e n t o o a l a c o m p r e n s i ó n . A s í
p u e s , e l e s t u d i o d e l p r o b l e m a de O r w e l i es a n t e t o d o u n a cuestión
Prefacio 13
d e i r a c u m u l a n d o d a t o s y e j e m p l o s q u e i l u s t r e n l o q u e resultaría
o b v i o para u n observador racional, incluso bajo u n superficial exa-
m e n , e s t a b l e c i e n d o l a conclusión d e q u e e l p o d e r y e l p r i v i l e g i o
f u n c i o n a n c o m o cabe esperar a cualquier m e n t e racional, y sacando
a la l u z los mecanismos q u e operan los resultados q u e observamos.
Además, l o s d a t o s y e j e m p l o s a c u m u l a d o s , y l o s p r i n c i p i o s b a j o l o s
q u e c a e n , serán, p r á c t i c a m e n t e p o r definición, i n i n t e l i g i b l e s , f a l s a -
mente construidos, distorsionados, ignorados o convertidos en cual-
q u i e r o t r a f o r m a e n i r r e l e v a n t e s , sea cual sea l a p o t e n c i a d e l a a r g u -
mentación q u e se r e a l i c e , e n comparación c o n l a c o n d u c t a s u m a m e n -
t e sistemática d e l e s t a d o y d e o t r a s i n s t i t u c i o n e s d e l p o d e r , i n c l u -
y e n d o l a s i n s t i t u c i o n e s ideológicas. E n este c a s o , l a corrección d e l a
tesis ( n o e s p e c i a l m e n t e p r o f u n d a ) q u e se t r a t a d e c o n t r a s t a r y esta-
b l e c e r g a r a n t i z a prácticamente l a g r a t u i d a d d e l e s f u e r z o .
E l e d i s c u t i d o e n o t r o l u g a r estas c u e s t i o n e s , y e s p e r o v o l v e r a
2
h a c e r l o , p e r o q u i z á s e l c o n t e x t o d e u n a investigación s o b r e l a n a t u -
r a l e z a d e l l e n g u a j e n o es e l m á s a p r o p i a d o , a p e s a r d e l a o p i n i ó n
c o r r i e n t e , q u e sólo e n p a r t e c o m p a r t o , d e q u e e l u s o p e r v e r t i d o o e l
c o n t r o l d e l lenguaje s o n u n aspecto central d e l p r o b l e m a . S i n e m -
b a r g o , h e i n c l u i d o u n b r e v e apéndice r e f e r e n t e a l a c u e s t i ó n , q u e es
u n a versión r e v i s a d a d e u n artículo q u e apareció e n Cambio ( E s p a -
ña) , q u e e s p e r o p u b l i c a r e n o t r o s i t i o e n u n a v e r s i ó n a m p l i a d a y
3
documentada.
E l p r o b l e m a d e Platón e s p r o f u n d o e i n t e l e c t u a l m e n t e e x c i t a n t e ;
e n c o n t r a s t e c o n él, m e p a r e c e q u e e l p r o b l e m a d e O r w e l i l o e s
mucho menos. Pero a menos que lleguemos a comprender el pro-
blema de O r w e l i y a reconocer s uimportancia en nuestra vida cul-
tural y social, y a superarlo, existen pocas probabilidades d e q u e la
especie h u m a n a s o b r e v i v a e l t i e m p o suficiente para d e s c u b r i r l a res-
p u e s t a a l p r o b l e m a d e Platón o a o t r o s q u e desafían n u e s t r o i n t e l e c t o
y n u e s t r a imaginación.
1 P o r e j e m p l o , e n The Política! Ecanomy of Human Rights ( B o s t o n : S o u t h E n d ,
1 9 7 9 ; c o n E d - w a r d S . H e r m á n ) , TowarJs a New Cold War ( N u e v a Y o r k : P a n t h e o n ,
1 9 6 9 ) . V é a s e t a m b i é n E d w a r d S . H e r m á n , The Real Terror Network (Boston: South
E n d , 198Z).
A b r i l , 1 6 - 2 3 . VéjLse t a m b i é n e l Thoreau Ouaterly, O t o ñ o , 1 9 8 3 , q u e c o n t i e n e
3
u n a t r a n s c r i p c i ó n d e u n a c h a r l a m í a q u e c o i n c i d e ca-si, e n c o n t e n i d o , c o n e l a r t í c u l o
d e Cambio, y l a d i s c u s i ó n s u b s i g u i e n t e en* u n a c o n f e r e n c i a d e p e r i o d i s t a s n o r t e a m e r i c a -
nos.
Capítulo 1
EL C O N O C I M I E N T O D E L LENGUAJE COMO
OBJETO D E INVESTIGACION
E l e s t u d i o d e l . l e n g u a j e t i e n e u n a l a r g a y r i c a h i s t o r i a , q u e se
e x t i e n d e a l o l a r g o d e m i l e n i o s ; Se h a c o n c e b i d o f r e c u e n t e m e n t e este
e s t u d i o c o m o u n a investigación s o b r e l a n a t u r a l e z a d e l e n t e n d i m i e n -
t o y e l p e n s a m i e n t o b a j o e l s u p u e s t o d e q u e «las l e n g u a s s o n e l
m e j o r espejo d e l a m e n t e humana» ( L e i b n i z ) . U n a idea c o r r i e n t e e r a
q u e « c o n r e s p e c t o a s u s u s t a n c i a l a g r a m á t i c a es u r [ a y l a m i s m a e n
t o d a s l a s l e n g u a s , a u n q u e p u e d a v a r i a r e n c u a n t o a s u s accidentes»
( R o g e r B a c o n ) . A m e n u d o se pensó q u e l a «sustancia» i n v a r i a n t e e r a
la m e n t e y sus actos; las l e n g u a s particulares u t i l i z a n d i f e r e n t e s m e -
c a n i s m o s — a l g u n o s d e l o s c u a l e s se e n c u e n t r a n e n r a i z a d o s e n l a
razón h u m a n a , o t r o s s o n a r b i t r a r i o s y c i r c u n s t a n c i a l e s — p a r a l a e x -
presión d e l p e n s a m i e n t o , q u e p e r m a n e c e c o n s t a n t e d e l e n g u a a l e n -
g u a . U n o d e l o s más. i m p o r t a n t e s , gramáticos r a c i o n a l i s t a s d e l s i g l o
d i e c i o c h o definió l a « g r a m á t i c a general»» c o m o u n a c i e n c i a d e d u c t i v a
r e f e r e n t e a «los p r i n c i p i o s i n m u t a b l e s y g e n e r a l e s d e l a l e n g u a e s c r i t a
o h a b l a d a » y a s u s c o n s e c u e n c i a s ; es « p r e v i a a c u a l q u i e r l e n g u a »
p o r q u e s u s p r i n c i p i o s « s o n idénticos a l o s d e l a m i s m a r a z ó n h u m a -
n a e n s u s o p e r a c i o n e s intelectuales» ( B e a u z é e ) . P o r e s o , «la c i e n c i a
d e l l e n g u a j e n o se d i f e r e n c i a e n a b s o l u t o d e l a c i e n c i a d e l p e n s a m i e n -
t o » . L a « g r a m á t i c a p a r t i c u l a r » n o es u n a « c i e n c i a » auténtica e n e l
s e n t i d o d e esta tradición r a c i o n a l i s t a , p o r q u e n o se b a s a únicamente
e n l e y e s u n i v e r s a l e s y n e c e s a r i a s ; s e t r a t a d e u n « a r t e » o técnica q u e
e v i d e n c i a l a f o r m a e n q u e las l e n g u a s c o n c r e t a s e n c a r n a n los' p r i n c i -
p i o s g e n e r a l e s d e l a r a z ó n h u m a n a . J o h n S t u a r t M i l i expresó más.
14
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e investigación 1
t a r d e la m i s m a idea r e c t o r a : «Los p r i n c i p i o s y las reglas d e la g r a -
mática c o n s t i t u y e n l o s m e d i o s m e d i a n t e l o s c u a l e s s e h a c e n c o r r e s -
p o n d e r l a s f o r m a s lingüísticas c o n l a s f o r m a s u n i v e r s a l e s d e l p e n s a -
m i e n t o . . . L a e s t r u c t u r a d e c u a l q u i e r oración es u n a lección d e lógi-
ca». O t r o s , e n e s p e c i a l d u r a n t e e l p e r i o d o R o m á n t i c o , a r g ü y e r o n
q u e l a n a t u r a l e z a y e l c o n t e n i d o d e l p e n s a m i e n t o se e n c u e n t r a n d e -
t e r m i n a d o s e n p a r t e p o r l o s r e c u r s o s d i s p o n i b l e s p a r a s u expresión
en las lenguas particulares. E s t o s recursos p u e d e n i n c l u i r c o n t r i b u -
c i o n e s d e l g e n i o i n d i v i d u a l q u e a f e c t a n a l «carácter» d e u n a l e n g u a ,
e n r i q u e c i e n d o s u s m e d i o s d e expresión y l o s - p e n v • • • ¡ n o s e x p r e s a -
d o s s i n a f e c t a r a s u «forma», s u s i s t e m a fonológico y las r e g l a s d e
formación d e p a l a b r a s y o r a c i o n e s ( H u r r i b o l d t ) . '
C o n r e s p e c t o a l a adquisición d e c o n o c i m i e n t o , e r a a m p l i a m e n t e "
s o s t e n i d a l a i d e a d e q u e l a m e n t e n o es « t a n t o a l g o q u e es p r e c i s o
llenar desde e l ' e x t e r i o r , c o m o u n recipiente, c o m o algo q u e precisa
s e r e n c e n d i d o o . despertado» ( R a l p h C u d w o r t h ) ; «el d e s a r r o l l o d e l c o -
n o c i m i e n t o . . . [se p a r e c e más]... a l c r e c i m i e n t o d e u n f r u t o ; a u n q u e
en c i e r t a m e d i d a p u e d a n c o o p e r a r las causas e x t e r n a s , s o n el v i g o r
i n t e r n o y e l carácter d e l árbol l o s q u e h a n d e l l e v a r l o s j u g o s a s u
j u s t a madurez» (James H a r n s ) A p l i c a d a al lenguaje, esta c o n c e p -
ción e s e n c i a l m e n t e platónica p a r e c e s u g e r i r q u e e l c o n o c i m i e n t o d e
u n a l e n g u a d e t e r m i n a d a c r e c e y m a d u r a p o r u n a vía q u e e n p a r t e
se e n c u e n t r a i n t r í n s e c a m e n t e d e t e r m i n a d a , c o n l a s m o d i f i c a c i o n e s
que refleje el u s o observado, al m o d o d e l sistema visual u otros
« ó r g a n o s » c o r p o r a l e s q u e s e d e s a r r o l l a n p o r vías d e t e r m i n a d a s p o r
l a s i n s t r u c c i o n e s , genéticas, b a j o l o s e f e c t o s d e s e n c a d e n a n t e s y c o n -
formantes de los factores ambientales.
C o n l a excepción d e l r e l a t i v i s m o d e l o s r o m á n t i c o s , e s t a s i d e a s '
f u e r o n g e n e r a l m e n t e c o n s i d e r a d a s c o n d e s a p r o b a c i ó n p o r e l núcleo
r e c t o r d e l a i n v e s t i g a c i ó n lingüística a f i n a l e s d e l s i g l o d i e c i n u e v e y
h a s t a l o s años c i n c u e n t a . E n p a r t e , e s t a a c t i t u d se d e s a r r o l l ó a p a r t i r
d e l i m p a c t o d e u n e m p i r i s m o más b i e n e s t r e c h o y , l u e g o , d e ' l a s
doctrinas operacionalistas y conductistas. E n cierta medida, consti-
t u y ó e l r e s u l t a d o d e l a s auténticas e i m p r e s i o n a n t e s r e a l i z a c i o n e s d e
l o s e s t u d i o s históricos y d e s c r i p t i v o s , l l e v a d o s a c a b o d e n t r o d e u n
á m b i t o más e s t r e c h o , e n p a r t i c u l a r e l d e s c u b r i m i e n t o d e « l e y e s c o -
rrectas» q u e p r o p o r c i o n a n e x p l i c a c i o n e s s o b r e l a h i s t o r i a d e . l a s l e n -
guas y sobre sus interrelaciones. E nc i e n o m o d o , f u e l a consecuencia
n a t u r a l d e l a investigación d e u n a v a r i e d a d d e l e n g u a s m u c h o más
' • S o b r e estas discusiones y s o b r e otras m u c h a . ! , s o b r e t o d o e n l o s siglos riiecisie'
t e - d i e c i n u e v e , véa_se C h o m s k y ( 1 9 6 6 ) . P a r a l a d i s c u s i ó n d e ' a l g u n a s • • ¡ t i t c r p i ' e l a c i o n e s
e r r ó n e a s d e e s a o b r a , véase B r a c k e n ( 1 9 8 4 ) . v ..:».•<•
 Noam Chomsky
r i c a q u e ¡a c o n o c i d a p o r l o s e s t u d i o s o s a n t e r i o r e s , l e n g u a s q u e p a -
recían v i o l a r m u c h a s d e l a s c o n c e p c i o n e s s u p u e s t a m e n t e a prioñ en
l a tradición d e l o s p r i m e r o s r a c i o n a l i s t a s . T r a s u n s i g l o d e a b a n -
1 la c o n d u c t a . S i se elige r e s u l t a ser e l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e : s u
d o n o o de descalificaciones generales, h a n v u e l t o a surgir, a m e d i a -
d o s d e l o s c i n c u e n t a , i d e a s s i m i l a r e s a l a s d e e s t a a n t i g u a tradición
( e n u n p r i m e r m o m e n t o , s i n q u e h u b i e r a prácticamente c o n c i e n c i a
d e esos a n t e c e d e n t e s históricos), c o n e l d e s a r r o l l o d e l o q u e se h a
d a d o e n l l a m a r «gramática generativa», v o l v i e n d o a r e v i v i r , u n a v e z
más, u n a t r a d i c i ó n o l v i d a d a d u r a n t e m u c h o t i e m p o . 3 ( u ) ¿Cómo se a d q u i e r e e l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e ?
L a gramática g e n e r a t i v a d e u n a l e n g u a p a r t i c u l a r ( d o n d e «gene-
rativa» sólo s i g n i f i c a « e x p l í c i t a » ) es u n a teoría c u y o - o b j e t o es l a
f o r m a y e l s i g n i f i c a d o d e las e x p r e s i o n e s d e esa l e n g u a . Se p u e d e n
i m a g i n a r m u c h a s f o r m a s d i f e r e n t e s d e e n f o c a r estas c u e s t i o n e s , m u -
c h o s p u n t o s d e v i s t a q u e se p u e d e n a d o p t a r p a r a t r a t a r l a s . L a g r a -
mática g e n e r a t i v a s e l i m i t a a sí m i s m a a c i e r t o s e l e m e n t o s d e l p a n o -
r a m a g e n e r a l . S u p u n t o d e v i s t a es e l d e l a p s i c o l o g í a d e l i n d i v i d u o .
L e i n t e r e s a n l o s a s p e c t o s d e l a f o r m a y e l s i g n i f i c a d o q u e están d e -
t e r m i n a d o s p o r la «facultad lingüística», q u e se c o n c i b e c o m o u n -
c o m p o n e n t e p a r t i c u l a r d e la m e n t e h u m a n a . L a n a t u r a l e z a d e esta
f a c u l t a d es e l o b j e t o d e u n a teoría g e n e r a l d e l a e s t r u c t u r a l i n g ü í s t i c a
que pretende descubrir el sistema de principios y elementos c o m u n e s
a l a s l e n g u a s h u m a n a s c o n o c i d a s ; a m e n u d o se d e n o m i n a a e s t a t e o -
ría « g r a m á t i c a u n i v e r s a l » ( G U ) , a d a p t a n d o u n t é r m i n o t r a d i c i o n a l a
u n n u e v o c o n t e x t o d e investigación. L a G U se p u e d e c o n s i d e r a r
c o m o u n a caracterización d e l a f a c u l t a d lingüística genéticamente
d e t e r m i n a d a . Se p u e d e c o n c e b i r esta f a c u l t a d c o m o u n «instrumento
de adquisición d e l lenguaje», u n c o m p o n e n t e i n n a t o d e l a m e n t e
h u m a n a q u e p e r m i t e acceder a u n a lengua particular mediante la
interacción c o n l a e x p e r i e n c i a p r e s e n t e , u n i n s t r u m e n t o q u e c o n v i e r -
te la e x p e r i e n c i a e n u n s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o r e a l i z a d o : e l c o n o -
cimiento de u n a u otra lengua.
E l e s t u d i o d e l a gramática g e n e r a t i v a representó u n d e s p l a z a -
m i e n t o i m p o r t a n t e d e l o b j e t o en el enfoque de los p r o b l e m a s l i n -
g ü í s t i c o s . D i c h o d e f o r m a m u y s i m p l e , q u e más t a r d e e l a b o r a r e m o s ,
1 A m e n u d o se h a e x a g e r a d o e l s u p u e s t o a p r i o r i s m o d e l o s t r a b a j o s d e esta t r a -
d i c i ó n . V é a s e C h o m s k y ( 1 9 6 6 ) y t r a b a j o s más r e c i e n t e s p a r a u n a d i s c u s i ó n d e e s t e
punto.
1 I-'.n e s t e c a s o l a t r a d i c i ó n es d i f e r e n t e , r e p r e s e n t a d a e n s u f o r m a m á s a v a n z a d a
p o r l o s t r a b a j o s p i o n e r o s d e l o s gramáticos hindúes d e h a c e 2 . 5 0 0 años. Véase K i -
p a r s k y ( 1 9 8 2 ) . U n e q u i v a l e n t e m o d e r n o es B l o o m f i e l d ( 1 9 3 9 ) , q u e difería r a d i c a l m e n -
t e e n c a r á c t e r d e l o s t r a b a j o s d e l a é p o c a y e r a i n c o n s i s t e n t e c o n s u s p r o p i a j teorías
s o b r e el l e n g u a j e , y q u e prácticamente n o t u v o i n f l u e n c i a . o n i s i q u i e r a f u e a d v e n i d o ,
a. p e s a r d e l g r a n p r e s t i g i o d e B l o o m f i e l d . . . . .
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e investigación 17
el d e s p l a z a m i e n t o q u e se p r o d u j o f u e d e l a c o n d u c t a o l o s p r o d u c t o s
de l a c o n d u c t a a l o s estados d e la m e n t e / c e r e b r o q u e e n t r a n d e n t r o d e
n a t u r a l e z a , orígenes y u s o .
A s í p u e s , éstas s o n l a s t r e s p r e g u n t a s b á s i c a s :
(i) ¿ Q u é e s l o q u e c o n s t i t u y e e l c o n o c i m i e n t o
_ (1)
del lenguaje?
(iii) ¿Cómo se u t i l i z a e l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e ?
U n a g r a m á t i c a g e n e r a t i v a p a r t i c u l a r es l a r e s p u e s t a a l a p r i m e r a
p r e g u n t a , u n a teoría q u e t r a t a e l e s t a d o d e l a m e n t e / c e r e b r o d e l a
persona q u e conoce u n lenguaje particular. L a respuesta a la segunda
l a p r o p o r c i o n a u n a especificación d e l a G U j u n t o c o n u n a e x p l i c a -
ción d e l a s f o r m a s e n q u e s u s p r i n c i p i o s i n t e r a c c i o n a n c o n l a e x p e -
r i e n c i a p a r a o b t e n e r u n a l e n g u a d e t e r m i n a d a ; l a G U es u n a teoría
d e l «estado inicial» d e l a f a c u l t a d lingüística, p r e v i o a c u a l q u i e r e x -
p e r i e n c i a lingüística. L a r e s p u e s t a a l a t e r c e r a p r e g u n t a consistiría e n
u n a teoría d e c ó m o e l c o n o c i m i e n t o d e l a l e n g u a e n cuestión e n t r a
e n l a expresión d e l p e n s a m i e n t o y e n l a c o m p r e n s i ó n d e e j e m p l a r e s
lingüísticos y , e n s e g u n d a i n s t a n c i a , e n l a c o m u n i c a c i ó n y e n o t r o s
usos d e l lenguaje.
H a s t a a h o r a n o s e t r a t a más q u e d e u n e s b o z o d e u n p r o g r a m a
d e investigación q u e a b o r d a c u e s t i o n e s clásicas q u e s e h a n d e j a d o d e
l a d o d u r a n t e m u c h o s años. T a l c o m o se a c a b a d e d e s c r i b i r n o d e b e -
ría s e r p a r t i c u l a r m e n t e p o l é m i c o , y a q u e s e l i m i t a a e x p r e s a r u n
interés e n c i e r t o s p r o b l e m a s y a o f r e c e r u n análisis p r e l i m i n a r d e
cómo h a y q u e a b o r d a r l o s , a u n q u e , c o m o s u c e d e a m e n u d o , l a f o r -
mulación i n i c i a l d e u n p r o b l e m a p u e d e r e s u l t a r d e u n p r o f u n d o a l -
c a n c e e n c u a n t o a s u s i m p l i c a c i o n e s y , e n última i n s t a n c i a , c o n t r o -
v e r t i d a a m e d i d a q u e se d e s a r r o l l a .
A l g u n o s e l e m e n t o s d e e s t e p a n o r a m a p u e d e n p a r e c e r más polé-
m i c o s d e l o q u e e n r e a l i d a d s o n . P o r e j e m p l o , considérese l a i d e a d e
q u e e x i s t e u n a f a c u l t a d lingüística, u n c o m p o n e n t e d e l a m e n t e / c e -
r e b r o q u e a l c a n z a e l c o n o c i m i e n t o d e l a l e n g u a c u a n d o se le s o m e t e
• a la experiencia. N o c o n s t i t u y e u n p r o b l e m a q u e l o s h u m a n o s o b -
t e n g a n e l c o n o c i m i e n t o d e l inglés, d e l j a p o n é s o c u a l q u i e r o t r a l e n -
g u a m i e n t r a s q u e l a s p i e d r a s , l o s pájaros o l o s m o n o s n o l o h a c e n ,
bajo las m i s m a s ( e n realidad, cualesquiera) c o n d i c i o n e s . P o r tanto,
existe alguna p r o p i e d a d de la mente/cerebro q u e diferencia a l o s
h u m a n o s d e l a s p i e d r a s , l o s pájaros o l o s m o n o s . ¿Se t r a t a d e u n a
«facultad lingüística» d i f e r e n c i a d a , c o n u n a e s t r u c t u r a y p r o p i e d a d e s
18 N o i m Chomsky
específicas o , c o m o a l g u n o s p i e n s a n , l a r e a l i d a d es q u e l o s s e r e s
h u m a n o s a d q u i r i m o s e l l e n g u a j e m e d i a n t e l a m e r a aplicación d e c i e r -
t o s m e c a n i s m o s g e n e r a l e s d e a p r e n d i z a j e , quizás c o n u n a m a y o r e f i -
c i e n c i a o aplicación q u e o t r o s o r g a n i s m o s ? E s t a s n o s o n c u e s t i o n e s
p a r a e s p e c u l a r o r a z o n a r a priori, s i n o p a r a u n a investigación e m p í -
rica, y el p r o c e d i m i e n t o resulta bastante claro, a saber, t r a t a n d o de
r e s p o n d e r a l a s p r e g u n t a s d e ( 1 ) . T r a t a m o s d e d e t e r m i n a r cuál es e l
e s t a d o d e c o n o c i m i e n t o a l c a n z a d o y cuáles s o n l a s p r o p i e d a d e s q u e
es p r e c i s o , a t r i b u i r a l - e s t a d o i n i c i a l d e l a m e n t e / c e r e b r o p a r a d a r
c u e n t a d e ese l o g r o . E n l a m e d i d a e n q u e esas p r o p i e d a d e s s e a n
específicas d e l l e n g u a j e , o b i e n I n d i v i d u a l m e n t e c o n s i d e r a d a s , o e n
cuanto a la f o r m a en q u e se.encuentran, organizadas y articuladas,
e n t o n c e s existirá u n a f a c u l t a d - l i n g ü í s t i c a d i f e r e n c i a d a .
A v e c e s se m e n c i o n a l a gramática g e n e r a t i v a c o m o s i f u e r a u n a
teoría m a n t e n i d a p o r t a l o c u a l p e r s o n a . E n r e a l i d a d , n o e s u n a teoría
más q u e e n l a m e d i d a e n q u e l o p u e d a s e r l a química. L a gramática
es u n a d i s c i p l i n a q u e u n o p u e d e e s c o g e r e s t u d i a r o n o . P o r s u p u e s t o ,
se p u e d e a d o p t a r u n p u n t o d e v i s t a d e a c u e r d o c o n e l c u a l l a ' q u í m i c a
d e s a p a r e c e e n c u a n t o d i s c i p l i n a ( q u i z á s t o d o l o h a c e n l o s ángeles c o n
e s p e j o s ) . E n e s t e s e n t i d o , u n a decisión d e e s t u d i a r q u í m i c a e n t r a ñ a
una postura sobre cuestiones de hecho. D e f o r m a parecida se'puede
a r g u m e n t a r q u e l a g r a m á t i c a g e n e r a t i v a n o e x i s t e , a u n q u e e s difícil
i m a g i n a r cómo p u e d e h a c e r s e mínimamente p l a u s i b l e esa p o s t u r a .
D e n t r o d e l e s t u d i o d e l a gramática g e n e r a t i v a h a h a b i d o m u c h o s
c a m b i o s y d i f e r e n c i a s d e o p i n i o n e s , a m e n u d o r e c u p e r a c i ó n d e ¡deas
q u e se habían a b a n d o n a d o y q u e l u e g o f u e r o n r e c o n s t r u i d a s b a j o u n
p r i s m a d i f e r e n t e . E v i d e n t e m e n t e se t r a t a d e u n fenómeno s a l u d a b l e
q u e i n d i c a q u e l a d i s c i p l i n a está v i v a , a u n q u e a m e n u d o s e c o n s i d e r a
erróneamente q u e se t r a t a d e u n a d e f i c i e n c i a s e r i a , u n i n d i c i o d e q u e
a l g o v a m a l e n e l e n f o q u e básico. Repasaré a l g u n o s d e e s t o s c a m b i o s
más a d e l a n t e .
A m e d i a d o s d e l o s c i n c u e n t a , se a v a n z a r o n ciertas p r o p u e s t a s
s o b r e l a f o r m a q u e deberían t e n e r l a s r e s p u e s t a s a l a s p r e g u n t a s d e
( 1 ) y s e i n i c i ó u n p r o g r a m a d e investigación p a r a a v e r i g u a r l a a d e -
cuación d e estas p r o p u e s t a s , p a r a p e r f i l a r l a s y p a r a a p l i c a r l a s . E s t e
p r o g r a m a constituyó u n a d e las r a m a s q u e c o n d u j e r o n a l d e s a r r o l l o
de las ciencias c o g n i t i v a s e n el sencido actual, c o m p a r t i e n d o c o n
o t r o s e n f o q u e s la creencia de q u e ciertos aspectos de la mente/cere-
b r o s e p u e d e n c a p t a r d e f o r m a útil m e d i a n t e e l m o d e l o d e l o s s i s -
temas c o m p u t a c i o n a l e s de reglas, q u e f o r m a n y m o d i f i c a n r e p r e s e n -
t a c i o n e s y q u e s e u t i l i z a n e n l a interpretación y e n l a acción. D e s d e
sus" i n i c i o s ( o , c o n m i r a s m á s e x t e n s a s , p o d r í a d e c i r s e q u e d e s d e s u
«reencarnación») h a c e t r e i n t a años, se emprendió e l e s t u d i o d e l a
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e investigación
gramática g e n e r a t i v a c o n u n o j o p u e s t o e n e l o b j e t i v o d e a l c a n z a r
algún a v a n c e e n e l e s t u d i o d e l a n a t u r a l e z a y J o s o r í g e n e s d e l o s
s i s t e m a s d e c o n o c i m i e n t o , c r e e n c i a s y c o m p r e n s i ó n más a m p l i o s ,
c o n la e s p e r a n z a de q u e estas c u e s t i o n e s generales p u d i e r a n q u e d a r
i l u m i n a d a s m e d i a n t e u n a investigación d e t a l l a d a d e l c a s o p a r t i c u l a r
del lenguaje h u m a n o .
D e s d e e n t o n c e s se h a e s t a d o l l e v a n d o a c a b o este p r o g r a m a d e
investigación, p o r c a m i n o s d i f e r e n t e s . A h o r a r n e i n t e r e s a sólo u n o
d e e l l o s , j u n t o c o n l o s p r o b l e m a s c o n l o s q u e se enfrentó y l o s p a s o s
q u e s e d i e r o n p a r a t r a t a r d e s u p e r a r l o s . D u r a n t e l o s p a s a d o s 5 - 6 años
c o n v e r g i e r o n estos esfuerzos de u n a f o r m a u n tanto inesperada, o b -
t e n i e n d o u n a c o n c e p c i ó n más b i e n d i f e r e n t e d e l a n a t u r a l e z a d e l
l e n g u a j e y ' d e s u representación m e n t a l , u n a concepción q u e o f r e c e
r e s p u e s t a s i n t e r e s a n t e s a u n a g a m a d e p r o b l e m a s empíricos y q u e
a b r e - o t r o s a l a investigación, a l t i e m p o q u e s u g i e r e u n r e p l a n t e a -
m i e n t o ' d e l carácter d e l o s d e m á s . E l l o j u t i f i c a u n i n n e g a b l e s e n t i -
m i e n t o d e energía y a n t i c i p a c i ó n , y t a m b i é n i n c e r t i c l u m b r e , q u e r e -
c u e r d a a l p e r i o d o e n q u e se inició e l e s t u d i o d e l a g r a m á t i c a g e n e -
r a t i v a , h a c e u n o s t r e i n t a años. A l g u n o s d e l o s t r a b a j o s q u e a h o r a se
e m p r e n d e n s o n m u y d i f e r e n t e s e n carácter d e l o q u e p r e v i a m e n t e
era- p o s i b l e , a l t i e m p o q u e c o n s i d e r a b l e m e n t e s u p e r i o r e s e n a l c a n c e
empírico y podría s e r q u e e s t u v i e r a n a l a m a n o , o p o r l o ' m e n o s a
l a v i s t a , r e s u l t a d o s d e u n a c l a s e m u y n o v e d o s a . M e gustaría e x p l i c a r
p o r q u é e s t o es así c o m e n z a n d o c o n a l g u n a s o b s e r v a c i o n e s s o b r e l o s '
o b j e t i v o s , l o s l o g r o s y l o s f r a c a s o s d e l o s años p a s a d o s .
P a r a e v i t a r c u a l q u i e r m a l i n t e r p r e t a c i ó n , diré q u e n o e s t o y h a -
b l a n d o d e t o d o s l o s e s t u d i o s s o b r e e l l e n g u a j e , s i n o más b i e n d e l a
gramática g e n e r a t i v a , e i n c l u s o e n ese c a s o n o intentaré n a d a p a r e -
c i d o a u n a h i s t o r i a r e a l d e l d e s a r r o l l o d e l a investigación, s i n o q u e
proporcionaré u n a i m a g e n u n t a n t o i d e a l i z a d a , q u e e n p a r t e r e s u l t a
más c l a r a v i s t a d e s d e añora d e l o q u e l o f u e e n s u m o m e n t o . P o r
o t r o l a d o , l o q u e d e s c r i b o h a r e p r e s e n t a d o s i e m p r e la posición m i -
n o r i t a r i a , y p o s i b l e m e n t e l o s i g u e s i e n d o , a u n q u e c r e o q u e es l a
correcta. Varios enfoques diferentes c o m p a r t e n en la actualidad p r o -
p i e d a d e s c o n e l q u e a q u í s e d i s c u t e y p u e d e n t r a d u c i r s e a él e n u n a
c o n s i d e r a b l e m e d i d a . N o c o n s i d e r a r é a h o r a e s t a i m p o r t a n t e cuestión
y n o m e esforzaré e n e n u m e r a r t o d a s l a s i d e a s , a m e n u d o e n c o n -
flicto, q u e c a e n d e n t r o d e l a t e n d e n c i a p a r t i c u l a r q u e discutiré, l o
q u e a v e c e s se d e n o m i n a «la teoría d e l l i g a m i e n t o y l a r e a c c i ó n »
(LR)'
Luego, quiero considerar dos importantes cambios conceptuales,
el q u e inauguró e l e s t u d i o contemporáneo d e la gramática g e n e r a t i v a
y , e n s e g u n d o l u g a r , e l q u e a h o r a s e e n c u e n t r a e n ' m a r c h a , q u e es
20 Noam Chomsky
m i s i n t e r n o a l a teoría y q u e o f r e c e a l g u n a s p e r s p e c t i v a s n u e v a s
sobre problemas tradicionales . 4 cubrió u n a a m p l i a g a m a d e n u e v o s fenómenos, i n c l u s o a l g u n o s m u y
L a s gramáticas t r a d i c i o n a l e s y c s t r u c t u r a l i s t a s n o t r a t a r o n l o s p r o -
b l e m a s d e ( 1 ) , l a s p r i m e r a s a c a u s a d e s u d e p e n d e n c i a implícita d e
la ¡nanalizada i n t e l i g e n c i a d e l l e c t o r y las s e g u n d a s a c a u s a d e l a
e s t r e c h e z d e s u s m i r a s . L o s i n t e r e s e s d e l a s gramáticas g e n e r a t i v a y
tradicional s o n en cierto sentido c o m p l e m e n t a r i o s : u n a buena gra-
mática t r a d i c i o n a l o pedagógica p r o p o r c i o n a una., l i s t a c o m p l e t a d e
excepciones (verbos irregulares, etc.), paradigmas y e j e m p l o s de c o n s -
trucciones, regulares, y observaciones, e n diferentes niveles de detalle
y generalidad, s o b r e la f o r m a y el significado d e las"-expresiones.
P e r o n o e x a m i n a l a cuestión d e cómo e l l e c t o r d e l a gramática u s a
esa información p a r a o b t e n e r e l c o n o c i m i e n t o q u e se u t i l i z a - p a r a
f o r m a r e i n t e r p r e t a r e x p r e s i o n e s n u e v a s , o l a cuestión d e l a n a t u r a -
leza o l o s e l e m e n t o s d e ese c o n o c i m i e n t o : e n esencia, las c u e s t i o n e s
d e ( 1 ) . S i n e x a g e r a r m u c h o , se podría d e s c r i b i r u n a gramática d e e s t a
c l a s e c o m o u n a versión e s t r u c t u r a d a y o r g a n i z a d a d e l o s d a t o s q u e
se l e p r e s e n t a n a l n i ñ o q u e a p r e n d e u n a l e n g u a , c o n u n c o m e n t a r i o "
general y a m e n u d o agudas o b s e r v a c i o n e s . E n c o n t r a s t e c o n ella, la
gramática g e n e r a t i v a t r a t a a n t e t o d o d e la i n t e l i g e n c i a d e l l e c t o r , l o s
p r i n c i p i o s y l o s p r o c e d i m i e n t o s q u e l e h a n l l e v a d o a l a obtención d e
u n c o m p l e t o c o n o c i m i e n t o d e u n a l e n g u a . L a s teorías e s t r u c t u r a l i s -
ta.s, t a n t o e n l a t r a d i c i ó n e u r o p e a c o m o e n l a a m e r i c a n a , t r a t a n d e
l o s p r o c e d i m i e n t o s analíticos p a r a d e r i v a r d e l o s d a t o s a s p e c t o s d e
la g r a m á t i c a , c o m o s u c e d e e n l a s teorías p r o c e d i m e n t a l e s d e N i k o l e y
T r u b e t z k o y , Zellig H a r n s , Bernard B l o c h y otros, pero sobre todo
e n l a s áreas d e l a f o n o l o g í a y d e l a m o r f o l o g í a . L o s p r o c e d i m i e n t o s
a v a n z a d o s e r a n s e r i a m e n t e i n a d e c u a d o s y n o s e l o s podía c o n c e b i r
de ningún m o d o ( n i l o pretendían) c o m o u n a r e s p u e s t a a l a p r e g u n -
t a ( l ü ) , n i s i q u i e r a e n l o s á m b i t o s más l i m i t a d o s e n q u e s e c o n c e n t r ó
la m a y o r p a r t e d e l t r a b a j o . N i t a m p o c o s e p r o d u j o n i n g ú n e s f u e r z o
p a r a d e t e r m i n a r l o q u e entrañaba o f r e c e r u n a explicación c o m p r e -
hensiva del conocimiento del hablante/oyente.
4 Véase N e w m e y e r ( 1 9 8 0 ) p a r a u n a p e r s p e c t i v a s o b r e l a h i s t o r i a t l e este período
previo al segundo desplazamiento conceptual i m p o r t a n t e ; y , para-algunos c o m e n t a -
r i o s d e carácter más p e r s o n a l , la introducción a C h o m s k y ( 1 9 7 5 a ) , u n a versión e n c i e r -
t o m o d o a b r e v i a d a ele u n a r e v i s i ó n e n 1 9 5 6 d e un m a n u s c r i t o d e 1 9 5 5 , a m b o s s i n p u -
b l i c a r . Véase L i g h f o o t ( 1 9 8 2 ) y H o r n s t e i n y L i g h t f o o t ( 1 9 8 1 ) p a r a u n a discusión d e
los f u n d a m e n t o s generales de m u c h o s trabajos actuales, y R a d f o r d ( 1 9 8 1 ) para u n ain-
troducción a l o s t r a b a j o s q u e c o n d u j e r o n al s e g u n d o d e s p l a z a m i e n t o c o n c e p t u a l . Véa-
se C h o m s k y ( 1 9 8 1 ) p a r a u n a p r e s e n t a c i ó n más técnica d e a l g u n a s d e l a s ¡ d e i s q u e f o r -
m a b a n parte d e este d e s p l a z a m i e n t o c o n c e p t u a l , y v a n R i e d s d i j d y W i l l i a m s ( 1 9 8 5 ) ,
para u n e s t u d i o i n t r o d u c t o r i o a estos trabajos actuales.
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e investigación 21
T a n p r o n t o c o m o se a b o r d a r o n estos p r o b l e m a s a f o n d o , se d e s -
s i m p l e s q u e habían p a s a d o i n a d v e r t i d o s , y s u r g i e r o n d i v e r s o s p r o -
b l e m a s q u e p r e v i a m e n t e se habían i g n o r a d o o se habían m a l e n t e n -
d i d o c o m p l e t a m e n t e . U n a c r e e n c i a c o r r i e n t e h a c e t r e i n t a años e r a l a
d e q u e l a a d q u i s i c i ó n d e l l e n g u a j e es u n c a s o d e « s o b r e a p r e n d i z a j e » ,
el l e n g u a j e e r a c o n s i d e r a d o c o m o u n s i s t e m a d e hábitos, d e l q u e se
suponía q u e e n g r a n m e d i d a e s t a b a s o b r e d e t e r m i n a d o p o r l o s d a t o s
d i s p o n i b l e s . L a producción y l a interpretación de. n u e v a s f o r m a s e r a
j u z g a d a s i n más c o m o u n a cuestión d e analogía,- q u e n o p l a n t e a b a
p r o b l e m a s d e p r i n c i p i o s . S i s e p r e s t a atención a l a s p r e g u n t a s d e ( 1 )
5
r e s u l t a r á p i d a m e n t e p a t e n t e q u e l a r e a l i d a d es j u s t a m e n t e l a c o n t r a -
r i a : e l l e n g u a j e p l a n t e a d e f o r m a c l a r a y a g u d a l o q u e a m e n u d o se
h a d e n o m i n a d o «el p r o b l e m a d e P l a t ó n » , e l p r o b l e m a d e «la p o b r e z a
d e l estímulo», d e l a explicación d e l a r i q u e z a , c o m p l e j i d a d y e s p e -
c i f i c i d a d d e l c o n o c i m i e n t o c o m p a r t i d o , c o n s i d e r a n d o las l i m i t a c i o -
nes d e l o s d a t o s d i s p o n i b l e s . E s t a d i f e r e n c i a d e percepción a c e r c a d e
dónde se e n c u e n t r a e l p r o b l e m a , s o b r e a p r e n d i z a j e o p o b r e z a d e l o s
datos,- r e f l e j a de- f o r m a m u y clara e l e f e c t o d e l d e s p l a z a m i e n t o d e l
o b j e t o , d e s p l a z a m i e n t o q u e inauguró e l e s t u d i o d e l a gramática g e n e -
rativa. • ,
D u r a n t e e s t o s años se h a n d a d o m u l t i t u d d e e j e m p l o s p a r a i l u s -
t r a r l o . q u e e v i d e n t e m e n t e es e l p r o b l e m a f u n d a m e n t a l ; e l p r o b l e m a
d e l a p o b r e z a d e l o s d a t o s . U n e j e m p l o f a m i l i a r es l a d e p e n d e n c i a
e s t r u c t u r a l d e las r e g l a s , e l h e c h o d e q u e , s i n instrucción o d a t o s
d i r e c t o s , l o s niños u t i l i z a n s i n e q u i v o c a r s e r e g l a s q u e d e p e n d e n d e
la e s t r u c t u r a y q u e s o n c o m p u t a c i o n a l m e n t e c o m p l e j a s , e n v e z d e
u s a r r e g l a s c o m p u t a c i o n a l m e n t e s i m p l e s q u e sólo i m p l i c a n e l p r e d i -
c a d o «lo más a l a i z q u i e r d a p o s i b l e » e n u n a s e c u e n c i a l i n e a l d e p a -
5 A u n q u e a d o p t a básicamente este p u n t o d e v i s t a , s i n e m b a r g o W . V . Q u i n e - a r g u -
mentó q u e e x i s t e u n p r o b l e m a m u y g r a v e , d e h e c h o i n s u p e r a b l e , r e s p e c t o a l a . i n d e -
t e r m i n a c i ó n q u e a f e c t a a t o d o s l o s a s p e c t o s d e l l e n g u a j e y d e l a g r a m á t i c a y,-'más g e -
n e r a l m e n t e , a b u e n a p a r t e d e l a psicología ( Q u i n e , 1 9 6 0 , 1 9 7 2 ) . N o p i e n s o q u e t u v i e r a
éxito e n d e m o s t r a r q u e u n a n u e v a f o r m a d e i n d e t e r m i n a c i ó n a f e c t a a l e s t u d i o d e l l e n -
g u a j e , d i f e r e n t e d e l a i n d e t e r m i n a c i ó n n o r m a l d e l a teoría a p a r t i r d e l o s d a t o s ; s u s f o r -
m u l a c i o n e s d e l a t e s i s entrañaban además i n c o n s i s t e n c i a s i n t e r n a s (véase C h o m s k y ,
' , 1 9 7 5 b , 1 9 8 0 b ) . Así p u e s , n o p a r e c e n e x i s t i r f u n d a m e n t o s d e este t i p o p a r a d i s t i n g u i r
a l a lingüística o a la psicología, p o r p r i n c i p i o , d e las c i e n c i a s n a t u r a l e s , d e a c u e r d o
c o n l o q u e H o c k n e y ( 1 9 7 5 ) d e n o m í n a l a «tesis d e l a b i f u r c a c i ó n » d e Q u i n e . U n a c o n -
clusión p a r e c i d a es l a q u e s a c a P u t n i m ( 1 9 8 1 ) , c o n s u a b a n d o n o d e l r e a l i s m o metafí-
s i c o c o n c r i t e r i o s q u i n e a n o s . S u p o s t u r a también a b a n d o n a la tesis d e l a bifurcación,
a u n q u e p a r a t o m a r l a dirección o p u e s t a .
22 Noam Chomsky
labras . T e n i e n d o en cuenta o t r o s ejemplos, sobre los q u e v o l v e r e -
b
m o s , c ons id é r e n s e l a s o r a c i o n e s ( 2 ) - ( 7 ) :
I w o n d e r w h o [ t h e m e n e x p e c t e d t o see t h e m ] (2)
/ M e p r e g u n t o quiénes [ l o s h o m b r e s q u e s e e s p e r a b a
ver]/
[the m e n expected t o see t h e m ] (3)
/[los h o m b r e s esperaban v e r l o s ] /
J o h n ate'an aple (4)
/ J o h n comía u n a m a n z a n a /
J o h n ate (5)
/ J o h n comía/.
J o h n is t o o s t u b b o r n t o talk t o Bill (6)
/ J o h n es d e m a s i a d o , t e r c o p a r a h a b l a r l e a B i l l /
J o h n is t o o s t u b b o r n t o talk t o (7)
/ J o h n es d e m a s i a d o t e r c o p a r a h a b l a r l e /
T a n t o ( 2 ) c o m o ( 3 ) i n c l u y e n l a cláusula q u e está e n t r e c o r c h e t e s ,
p e r o sólo e n ( 2 ) e l p r o n o m b r e them /los/ p u e d e s e r r e f e r e n c i a l m e n t e
d e p e n d i e n t e d e l a n t e c e d e n t e the men /los hombres/; e n ( 3 ) s e e n - ,
tiende la referencia d e lp r o n o m b r e c o m o determinada de alguna for-
ma por el contexto situacional o discursivo, pero n o e n los hombres.
Se c o n o c e n n u m e r o s o s h e c h o s d e esta clase, q u e caen d e n t r o d e l o
q u e a h o r a s e d e n o m i n a e n g e n e r a l «teoría d e l l i g a m i e n t o » , p e r o s i n
la e x p e r i e n c i a r e l e v a n t e p a r a d i f e r e n c i a r los casos. E s t o s h e c h o s p l a n -
tean u n serio p r o b l e m a q u e n o se s u p o r e c o n o c e r e n l o s trabajos
a n t e r i o r e s : ¿ C ó m o s a b e c u a l q u i e r niño i n t e r p r e t a r l a cláusula d e f o r -
m a d i f e r e n t e e n l o s d o s c a s o s , s i n e q u i v o c a r s e ? ¿ Y p o r qué n i n g u n a -
g r a m á t i c a p e d a g ó g i c a t i e n e x j u e l l a m a r l a atención d e l a p r e n d i z s o -
b r e e s t o s h e c h o s ( q u e , e n r e a l i d a d , sólo r e c i e n t e m e n t e f u e r o n a d v e r -
t i d o s , e n e l c u r s o d e l e s t u d i o d e l o s s i s t e m a s d e r e g l a s explícitas e n
la gramática g e n e r a t i v a ) ?
V o l v i e n d o a l o s e j e m p l o s ( 4 ) - ( 7 ) , l a oración.(5) s i g n i f i c a q u e J o h n
c o m e u n a u o t r a c o s a , u n h e c h o . q u e se p u e d e e x p l i c a r s o b r e l a b a s e
d e u n s e n c i l l o p r o c e d i m i e n t o - i n d u c t i v o : ate /comía/- t i e n e , o b j e t o ' ,
c o m o e n ( 4 ) y , s i f a l t a e l o b j e t o , s e e n t i e n d e q u e es a r b i t r a r i o . S i se
a p l i c a e l m i s m o p r o c e d i m i e n t o i n d u c t i v o a ( 6 ) y a ( 7 ) , resultaría
q u e ( 7 ) s i g n i f i c a q u e J o h n e s t a n t e r c o q u e él ( J o h n ) n o p u e d e h a b l a r
a u n a p e r s o n a i n d e t e r m i n a d a , d e a c u e r d o c o n " l a analogía c o n ( 6 ) .
-'.Véase C h o m s k y ( 1 9 7 5 a ) . Véase C r a i n y N a k a y a m a ( 1 9 8 4 ) p a r a u n e s t u d i o e m -
pírico d e e s t a cuestión c o n niños d e 3 - 5 años. ;. . . .
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e investigación 23
P e r o , e n r e a l i d a d , e l s i g n i f i c a d o es m u y d i f e r e n t e , a s a b e r , q u e J o h n
es d e m a s i a d o t e r c o c o m o p a r a q u e l e /a J o h n / h a b l e c u a l q u i e r p e r s o -
n a . U n a v e z m á s , e s t o se s a b e s i n n e c e s i d a d d e e n t r e n a m i e n t o o d a t o s
relevantes . 7
D e h e c h o , l a situación e s más c o m p l e j a . A u n q u e es p l a u s i b l e , n o
parece correcto e lp r o c e d i m i e n t o i n d u c t i v o q u e sugieren los ejem-
plos relativamente sencillos de (4) y (5). C o m o h aobservado H o -
w a r d L a s n i k , e l t é r m i n o eat /comer/ t i e n e u n s i g n i f i c a d o e n c i e r t a
medida diferente cuando se utiliza i n t r a n s i t i v a m e n t e , algo s i m i l a r . a
diñe /cenar/ *. S e p u e d e d e c i r «John a t e h i s s h o e » /<]ohh (se) comía
su zapato»/, p e r o n o s e p u e d e c o n s i d e r a r q u e «John ate» /'John-
comía»/ i n c l u y e e s t e c a s o . L a observación t i e n e u n v a l o r g e n e r a l p a r a -.
casos s i m i l a r e s . L a s f o r m a s i n t r a n s i t i v a s se d i s t i n g u e n d e las i n t r a n - -
sitivas n o r m a l e s - e n o t r o s aspectos; p o r e j e m p l o , p o d e m o s f o r m a r
«the d a n c i n g bear» /'el oso bailarín»/ ( q u e c o r r e s p o n d e a «the-.Bear
t h a t dances» l<el oso que baila»/, p e r o n o «the e a t i n g m a n » /«<•/
hombre comedor»/ (qut c o r r e s p o n d e a «the m a n t h a t eats» /*el hom-
bre que come»/) . s l a l e s h e c h o s p l a n t e a n más p r o b l e m a s a c e r c a d e
la p o b r e z a d e l o s estímulos.
L o s niños n o s e e q u i v o c a n a l a h o r a d e i n t e r p r e t a r o r a c i o n e s
c o m o ( 6 ) y ( 7 ) , u n a v e z q u e h a n l l e g a d o a u n a c i e r t a fase d e s u
d e s a r r o l l o y , s i l o h a c e n , e n b u e n a m e d i d a es p o r q u e l o s e r r o r e s
serán i n c o r r e g i b l e s . R e s u l t a d u d o s o q u e i n c l u s o l a más c o m p l e t a g r a -
mática d e t i p o t r a d i c i o n a l o p e d a g ó g i c o o b s e r v e h e c h o s t a n s i m p l e s
c o m o l o s q u e i l u s t r a n ( 2 ) - ( 7 ) , y t a l e s o b s e r v a c i o n e s están m á s allá
d e l ámbito d e l a s gramáticas e s t r u c t u r a l e s . C u a n d o u n o se e n f r e n t a
a las p r e g u n t a s d e ( 1 ) , se p l a n t e a u n a a m p l i a g a m a d e e j e m p l o s d e
esta clase.
7 L a r e a c c i ó n a e s o s f e n ó m e n o s , q u e sólo r e c i e n t e m e n t e s e h a n a d v e r t i d o , i l u s t r a
u n a v e z m i s l a d i f e r e n c i a d e p e r s p e c t i v a s e n t r e la gramática g e n e r a t i v a y l a d e s c r i p t i v o -
e s t r u c r u r a l i s t a . P a r a a l g u n o s p r a c t i c a n t e s d e ésta, e l e n u n c i a m i c n t o d e l o s h e c h o s , q u e
es b a s t a n t e d i r e c t o c u a n d o s e o b s e r v a n éstos, e s l a r e s p u e s t a , s i n s e r n e c e s a r i o n a d ¿
más; p a r a l o s q u e p r a c t i c a n aquélla, e l e n u n c i a m i c n t o d e l o s h e c h o s p l a n t e a e l p r o b l e -
m a a r e s o l v e r . C f r . ' N e y ( 1 9 8 3 ) , e n p a r t i c u l a r s u confusión a c e r c a d e l a - p e c u l i a r c o n -
cepción d e l a gramática q u e c o m p l i c a i n n e c e s a r i a m e n t e t o d a l a cuestión- t r a t a n d o d e
e n c o n t r a r u n a explicación a l o s h e c h o s . Obsérvese q u e n o s e t r a t a aquí d e l o c i e r t o
o l o e q u i v o c a d o , s i n o más b i e n d e l o b j e t o d e l a investigación.
! E n t r a b a j o s a n t e r i o r e s , s e u t i l i z a b a n e s t o s h e c h o s p a r a f u n d a m e n t a r u n análisis
d e l o s i n t r a n s i t i v o s c o m o eat / c o m e r / , e n c u a n t o d e r i v a d o s d e l o s t r a n s i t i v o s c o r r e s -
p o n d i e n t e s p o r u n s i s t e m a d e r e g l a s o r d e n a d a s q u e excluía l o s c a s o s n o d e s e a d o s ; véa-
se C h o m s k y ( 1 9 6 2 ) .
*. N. del 7 . N . C h o m s k y s e r e f i e r e a l a d i f e r e n c i a d e s i g n i f i c a d o q u e e n e s p a ñ o l
i l u s t r a n l i s o r a c i o n e s - J u a n cenó e l p e s c a d o - y « J U J H c e n ó - , . . . . . > ; -.,<.(

Noam Chomsky
A m e n u d o se caracteriza el c o n o c i m i e n t o d e l lenguaje c o m o u n a
h a b i l i d a d práctica p a r a h a b l a r y c o m p r e n d e r , d e t a l m o d o q u e l a s
p r e g u n t a s ( 1 i ) y ( l i d ) están e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d a s , y q u i z á s i d e n -
t i f i c a d a s . E i u s o c o m ú n e s t a b l e c e u n a distinción m u c h o m a y o r e n t r e
ias d o s c u e s t i o n e s , l o c u a l es c o r r e c t o . D o s p e r s o n a s p u e d e n c o m -
partir exactamente e l m i s m o c o n o c i m i e n t o del lenguaje pero diferir
g r a n d e m e n t e e n s u u s o d e ese c o n o c i m i e n t o . L a h a b i l i d a d p a r a u t i -
lizar e l lenguaje p u e d e m e j o r a r o e m p e o r a r s i n q u e se p r o d u z c a
ningún c a m b i o e n e l c o n o c i m i e n t o . I g u a l m e n t e e s t a h a b i l i d a d p u e d e
r e s u l t a r d a ñ a d a , p o r l o g e n e r a l d e f o r m a s e l e c t i v a , s i n q u e h a y a pér-
d i d a d e c o n o c i m i e n t o , a l g o q u e r e s u l t a c l a r o s i l a lesión q u e p r o d u c e
el daño d e s a p a r e c e y se r e c u p e r a l a h a b i l i d a d p e r d i d a . M u c h a s c o n -
s i d e r a c i o n e s d e e s t a índole a p o y a n l a c r e e n c i a d e l s e n t i d o común d e
que e l c o n o c i m i e n t o n o se puede describir apropiadamente - c o m o
u n a h a b i l i d a d práctica. Además, i n c l u s o s i se p u d i e r a m a n t e n e r d e
a l g u n a f o r m a e s t a i d e a , dejaría s i n r e s o l v e r t o d a s las c u e s t i o n e s i m -
p o r t a n t e s . P o r e j e m p l o , ¿cuál e s l a n a t u r a l e z a d e l a « h a b i l i d a d p r á c -
tica» q u e s e m a n i f i e s t a e n n u e s t r a i n t e r p r e t a c i ó n d e l a s o r a c i o -
nes ( 2 ) - ( 7 ) , cómo-se p u e d e d e s c r i b i r d e u n m o d o c o r r e c t o , cómo s e
adquiere?
E n m u c h a s o c a s i o n e s , n o r e s u l t a i n m e d i a t a m e n t e e v i d e n t e qué es
lo q u e i m p l i c a e l c o n o c i m i e n t o d e l lenguaje e n casos particulares,
aigo q u e i l u s t r a n ejemplos t a n cortos y simples c o m o (8)-(10):
his wife loves h e r h u s b a n d
/su m u j e r q u i e r e a s u m a n d o /
J o h n is t o o clever t o expect us t o catch B i l l
/ J o h n es d e m a s i a d o l i s t o c o m o para esperar q u ec o -
jamos a Bill/
J o h n is t o o c i e v e r t o e x p e c t u s t o catch (10)
/ J o h n es d e m a s i a d o l i s t o c o m o para q u e (se) espere
que le cojamos/
E n e l c a s o d e ( 8 ) , c u e s t a u n p o c o d e t e r m i n a r s i his /su/ p u e d e
s e r r e f c r c n c i a l m c n t e d e p e n d i e n t e d e her husband /su marido/ s i her
/su/ d e p e n d e d e his wife /su mujer/, e s t o e s , s i l a r e f e r e n c i a d e
he /él/ o she /ella/ n o está i n d i c a d a d e a l g u n a f o r m a p o r e l c o n t e x -
t o . L o s e j e m p l o s ( 9 ) y ( 1 0 ) s o n e n r e a l i d a d análogos a ( 6 ) y ( 7 )
9
r e s p e c t i v a m e n t e , p e r o , u n a v e z más, r e q u i e r e u n c i e r t o t r a b a j o d e s -
' S o b r e l a s e s t r u c t u r a s d e e s t e t i p o , y l o s p r o b l e m a s d e l a teoría d e l l i g a m i e n t o
m á s e n g e n e r a l , véase H i g g i n b o t h a m ( 1 9 8 3 a ) , e n t r e o t r o s m u c h o s t r a b a j o s .
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e investigación 25
c u b r i r q u e ( 1 0 ) s i g n i f i c a q u e J o h n es t a n l i s t o q u e n i n g u n a p e r s o n a
i n d e t e r m i n a d a puede esperar q u e l eatrapemos (a J o h n ) , a u n q u e r e -
s u l t a i n m e d i a t a m e n t e c l a r o q u e n o s i g n i f i c a cjue J o h n es t a n l i s t o q u e
él ( J o h n ) n o p u e d e a t r a p a r a u n a p e r s o n a i n d e t e r m i n a d a , s o b r e l a
b a s e d e l a analogía c o n ( 9 ) ( y c o n ( 4 ) y ( 5 ) ) . N u e s t r a h a b i l i d a d p a r e c e
l i m i t a d a d e a l g u n a f o r m a e n estos casos ( y l o s h a y m u c h o más c o m -
p l e j o s ) , p e r o carecería d e s e n t i d o h a b l a r d e l a « l i m i t a c i ó n » d e n u e s -
tro c o n o c i m i e n t o del lenguaje en u n sentido similar.
Supóngase q u e i n s i s t i m o s e n h a b l a r d e l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a -
j e c o m o u n a h a b i l i d a d práctica p a r a h a b l a r y c o m p r e n d e r . E n t o n c e s
es p r e c i s o r e v i s a r e l u s o c o m q n e n n u m e r o s o s c a s o s c o m o l o s q u e
a c a b a m o s d e v e r . Imagínese q u e j o n e s s i g u e u n c u r s o p a r a h a b l a r e n
público y m e j o r a s u c a p a c i d a d p a r a h a b l a r o c o m p r e n d e r s i n ningún
c a m b i o e n s u c o n o c i m i e n t o d e l inglés, c o m o d e s c r i b i r í a m o s l a s i t u a -
ción e n c i r c u n s t a n c i a s ' n o r m a l e s . H e m o s d e r e v i s a r e n t o n c e s e s t e u s o
común y d e c i r e n s u l u g a r q u e J o n e s h a m e j o r a d o s u h a b i l i d a d 1
para usar s u habilidad 2 para hablar y c o m p r e n d e r ; s o nprecisas tra-
d u c c i o n e s p a r e c i d a s e n l o s demás c a s o s . P e r o las d o s a p a r i c i o n e s d e
« h a b i l i d a d » e n e s t a d e s c r i p c i ó n difícilmente s o n o t r a c o s a q u e m e r o s
homónimos. L a h a b i l i d a d 1 es l a h a b i l i d a d e n e l s e n t i d o n o r m a l d e
la p a l a b r a : p u e d e m e j o r a r o d e c a e r , p u e d e s e r i n a d e c u a d a p a r a d e -
t e r m i n a r las consecuencias d e l c o n o c i m i e n t o , e t c . N o o b s t a n t e , l a
h a b i l i d a d 2 es e s t a b l e , a u n q u e c a m b i e n u e s t r a h a b i l i d a d p a r a u t i l i z a r -
la, y p o s e e m o s esa clase d e «habilidad» i n c l u s o c u a n d o s o m o s i n c a -
paces d e detectar l o q u e i m p l i c a e n casos c o n c r e t o s . E n s u m a , e l
(8)
n e o l o g i s m o «habilidad 2» p o s e e t o d a s l a s p r o p i e d a d e s d e l c o n o c i -
m i e n t o . Obsérvese q u e e x i s t e n c a s o s e n l o s q u e h a b l a m o s d e h a b i -
(9)
lidades q u e n o p o d e m o s usar: p o re j e m p l o , el caso de l o s nadadores
que n o p u e d e n nadar p o r q u e t i e n e n las m a n o s atadas, a u n q u e s i g u e n
p o s e y e n d o l a habilidad para nadar. S i n e m b a r g o , l o s casos p e r t i n e n -
tes n o p e r t e n e c e n a esta clase.
P r e s u m i b l e m e n t e , e l propósito d e l i n t e n t o d e r e d u c i r e l c o n o c i -
m i e n t o a u n a h a b i l i d a d es e l d e e v i t a r l o s a s p e c t o s p r o b l e m á t i c o s q u e
parece conllevar e l concepto d ec o n o c i m i e n t o , para d e m o s t r a r q u e
se p u e d e n e x p l i c a r e n t é r m i n o s d i s p o s i c i o n a l c s u o t r o s m á s e s t r e c h a -
m e n t e r e l a c i o n a d o s c o n l a c o n d u c t a real (si es o n o p o s i b l e , i n c l u s o
en e l c a s o d e l a h a b i l i d a d 1 , l a n o r m a l , y a es o t r a cuestión). P e r o n o
se c o n s i g u e n a d a c o n e s t e a l e j a m i e n t o d e l a a c e p c i ó n c o m ú n ; s i g u e
existiendo el m i s m o p r o b l e m a , exactamente igual q u e antes, pero
a h o r a i n c r u s t a d o d e n t r o d e u n a confusión terminológica. L a t a r e a d e
determinar lanaturaleza de nuestro conocimiento ( = habilidad 2) y
d e d a r c u e n t a d e s u s orígenes y u s o s i g u e t a n i n t a c t a c o m o a n t e s , a
p e s a r d e l a s i n n o v a c i o n e s terminológicas.
U N I V E R S I D A D D E . C H I L E
01153
26 Noam Chomsky
O t r o s ejemplos, parecidos a (8)-(10), suscitan otras cuestiones.
Considérense las o r a c i o n e s s i g u i e n t e s :
J o h n is t o o s t u b b o r n t o e x p e c t a n y o n e t o t a l k t o B i l l (11)
/ J o h n es d e m a s i a d o t e r c o c o m o p a r a e s p e r a r q u e a l -
guien hable a Bill/
J o h n is t o o s t u b b o r n t o v i s i t a n y o n e w h o ta'lked t o B i l l (12)
/ J o h n es d e m a s i a d o t e r c o c o m o p a r a v i s i t a r a a l -
guien que haya hablado c o nBill/ '
Supóngase q u e ' s u p r i m i m o s B i 7 / d e ( l l ) y ( 1 2 ) , o b t e n i e n d o ( 1 3 ) y
(14), respectivamente:;
J o h n is t o o s t u b b o r n t o e x p e c t - a n y o n e t o t a l k t o (13)
/ J o h n es d e m a s i a d o t e r c o c o m o p a r a q u e e s p e r e q u e
alguien le hable/
J o h n is t o o s t u b b o r n t o v i s i t a n y o n e w h o t a l k e d t o (14)
•'•/John es d e m a s i a d o t e r c o - c o m o p a r a v i s i t a r a c u a l q u i e r a
que haya hablado/
L a o r a c i ó n ( 1 3 ) es e s t r u c t u r a l m e n t e a n á l o g a a ( 1 0 ) y s e i n t e r p r e t a
d e l a m i s m a m a n e r a : s i g n i f i c a q u e J o h n es t a n t e r c o q u e n i n g u n a
p e r s o n a i n d e t e r m i n a d a esperaría q u e a l g u i e n l e h a b l a r a ( a J o h n ) . E n - '
t o n c e s , « p o r a n a l o g í a » , h a b r í a m o s d e e s p e r a r q u e l a oración ( 1 4 ) s i g -
n i f i c a r a q u e J o h n es t a n t e r c o q u e u n a p e r s o n a i n d e t e r m i n a d a n o
visitaría a a l g u i e n q u e l e h a b l a r a ( a J o h n ) . P e r o n o t i e n e e s e s i g n i f i -
c a d o ; d e h e c h o , es u n g a l i m a t í a s . T e n e m o s a q u í u n d o b l e f a l l o d e l a
a n a l o g í a . L a oración ( 1 4 ) n o s e e n t i e n d e «de a c u e r d o c o n l a a n a l o -
gía» c o n ( 4 ) , ( 5 ) , ( 6 ) , ( 9 ) y ( 1 2 ) ( c o m o s i s i g n i f i c a r a p o r t a n t o q u e
J o h n es t a n t e r c o q u e él ( J o h n ) n o visitaría a n a d i e q u e h u b i e r a
h a b l a d o a u n a p e r s o n a i n d e t e r m i n a d a ) , n i s e i n t e r p r e t a «.mediante l a
a n a l o g í a » c o n ( 7 ) , ( 1 0 ) , y ( 1 3 ) ; más b i e n c a r e c e d e i n t e r p r e t a c i ó n . . Y ,
mientras q u e el estatus de (11), ( 1 2 ) y ( 1 4 ) resulta i n m e d i a t a m e n t e
e v i d e n t e , r e q u i e r e u n c i e r t o t r a b a j o o preparación v e r q u e ( 1 3 ) t i e n e
la interpretación q u e t i e n e y , p o r c o n s i g u i e n t e , d e t e r m i n a r las c o n -
secuencias, d e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o e n este caso. ^ c o n o c i m i e n t o y l a h a b i l i d a d p a r a u t i l i z a r ese c o n o c i m i e n t o . A l p a -
D e n u e v o , e s t o s s o n h e c h o s q u e c o n o c e m o s , p o r m u y difícil q u e
sea d e t e r m i n a r q u e n u e s t r o s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o t i e n e esas c o n -
s e c u e n c i a s . C o n o c e m o s e s t o s h e c h o s s i n n e c e s i d a d d e instrucción o
n i s i q u i e r a d a t o s d i r e c t o s , s e g u r a m e n t e s i n q u e exista"corrección d e
E l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e c o m o o b j e t o de investigación
e r r o r e s p o r p a r t e d e l a c o m u n i d a d lingüística. Sería a b s u r d o i n t e n t a r
enseñar t a l e s h e c h o ? a l a g e n t e q u e a p r e n d e inglés c o m o u n a s e g u n d a
l e n g u a , p o r q u e n a d i e n o s l o s h a enseñado a n o s o t r o s , n i s i q u i e r a n o s
los h a n p r e s e n t a d o c o m o d a t o s d e l o s q u e o b t e n e r ese c o n o c i m i e n t o
m e d i a n t e u n p r o c e d i m i e n t o d e u n a validez genera!. Se trata de c o -
n o c i m i e n t o s i n base, s i n b u e n a s razones o f u n d a m e n t o e n p r o c e d i -
m i e n t o s s e g u r o s , e n n i n g u n a acepción g e n e r a l , o útil e n c u a l q u i e r
o t r o s e n t i d o , d e estas n o c i o n e s . E n e l caso de q u e i n s i s t a m o s e n q u e
el c o n o c i m i e n t o e s ' u n a e s p e c i e d e h a b i l i d a d , deberíamos m a n t e n e r
q u e c a r e c e m o s d e l a h a b i l i d a d p a r a e n t e n d e r «John i s t o o s t u b b o r n
t o t a l k to» c o m o «John i s t o o s t u b b o r n t o t a l k t o s o m e o n e o r other»
/«John es d e m a s i a d o t e r c o c o m o p a r a h a b l a r a a l g u i e n » / ( d e a c u e r d o
c o n l a analogía «John a t e a n apple» —«John a t e » ) , y q u e c a r e c e m o s
1
de l a h a b i l i d a d d e c o m p r e n d e r - ( 1 4 ) d e a c u e r d o c o n l a analogía d e
«John a t e a n a p p l e » — « J o h n ate» ( q u e s i g n i f i c a p o r t a n t o q u e J o h n
es d e m a s i a d o t e r c o c o m o p a r a . v i s i t a r a n a d i e q u e h a y a h a b l a d o a
a l g u i e n ) o d e a c u e r d o c o n l a analogía «John i s t o o s t u b b o r n t o t a l k
to», c o n l a «estrategia d e i n v e r s i ó n » q u e d e a l g u n a f o r m a u t i l i z a m o s
e n e s t e c a s o ( q u e ( 1 4 ) s i g n i f i c a p u e s q u e J o h n es d e m a s i a d o t e r c o
c o m o p a r a q u e a l g u i e n v i s i t e a n a d i e q u e l e h a y a h a b l a d o a él, a
J o h n ) . P e r o , p o r d e c i r l o m e n o s , e s t a s serían a f i r m a c i o n e s e r r ó n e a s .
N o s o n d e f i c i e n c i a s d e h a b i l i d a d . N o es q u e e s t e m o s d i s m i n u i d o s ,
o q u e c a r e z c a m o s d e a l g u n a c a p a c i d a d e s p e c i a l q u e se p u e d a a d q u i -
r i r . S o m o s p e r f e c t a m e n t e c a p a c e s d e a s o c i a r l a oración ( 1 4 ) , p o r e j e m -
p l o , c o n u n o d e l o s d o s s i g n i f i c a d o s q u e la «analogía» ( u o t r a c o s a )
t
p u d i e r a p r o p o r c i o n a r , p e r o s a b e m o s q u e esas n o s o n las a s o c i a c i o n e s
que n o s p r o p o r c i o n a nuestro c o n o c i m i e n t o d e l lenguaje; la habilidad
es u n a c o s a , y e l c o n o c i m i e n t o a l g o m u y d i f e r e n t e . E l s i s t e m a d e
c o n o c i m i e n t o q u e d e a l g u n a f o r m a se h a d e s a r r o l l a d o e n n u e s t r a s
m e n t e s tiene ciertas consecuencias, p e r o n o o t r a s ; relaciona s o n i d o
y s i g n i f i c a d o y a s j g n a p r o p i e d a d e s e s t r u c t u r a l e s a Jos a c o n t e c i m i e n -
t o s físicos e n c i e r t a s f o r m a s , p e r o n o e n o t r a s .
P a r e c e q u e c a r e c e d e f u t u r o l a explicación d e n u e s t r o c o n o c i -
m i e n t o e n términos d e c o n c e p t o s c o m o l o s d e analogía, inducción,
asociación, p r o c e d i m i e n t o s f i a b l e s , b u e n a s r a z o n e s y justificación, e n
n i n g ú n s e n t i d o g e n e r a l q u e s e a útil, o e n t é r m i n o s d e « m e c a n i s m o s
g e n e r a l e s d e a p r e n d i z a j e » ( s i es q u e e x i s t e a l g o a s í ) . Y p a r e c e q u e
deberíamos a t e n e r n o s a l u s o común a l d i s t i n g u i r c l a r a m e n t e e n t r e e l
recer d e b e m o s c o n c e b i r el c o n o c i m i e n t o d e l lenguaje c o m o u n cierto
estado de la m e n t e / c e r e b r o . u n elemento r e l a t i v a m e n t e estable e n los
e s t a d o s m e n t a l e s t r a n s i t o r i o s , u n a v e z q u e s e a l c a n z a ; es m á s , c o r n o
u n estado de u n a facultad diferenctable de- l a m e n t e — J . t facultad
28- Noam Chomsky
lingüística—• c o n s u s p r o p i e d a d e s , e s t r u c t u r a y o r g a n i z a c i ó n especí-
ficas, u n «módulo» d e l a m e n t e . l 0
1 0 Véaje F o d o r (1 9 8 3 ) , P e r o es d e m a s i a d o l i m i t a d o c o n s i d e r a r el «módulo lingüís-
t i c o - c o m o u n s i s t e m a d e e n t r a d a e n e l s e n t i d o d e F o d o r , sólo p o r q u e s e u t i l i c e e n e l
h a b l a y e n e l p e n s a m i e n t o . P o d e m o s c o n s i d e r a r q u e podría c o m p l e t a r s e e s t a c o n c e p -
ción a ñ a d i e n d o u n « s i s t e m a d e s a l i d a - , p e r o q u e h a d e e s t a r c i e r t a m e n t e u n i d o a l s i s -
t e m a d e e n t r a d a ; n o e s p e r a m o s q u e u n a p e r s o n a h a b l e sólo i n g l é s y c o m p r e n d a s ó l o
japonés. E s t o e s , l o s s i s t e m a s d e e n t r a d a y d e salida h a n d e t e n e r acceso a m b o s a u n
s i s t e m a f i j a d o d e c o n o c i m i e n t o . S i n e m b a r g o , éste ú l t i m o e s u n s i s t e m a c e n t r a l q u e t i e -
n e p r o b l e m a s e s e n c i a l e s d e m o d u l a r i d a d , u n h e c h o q u e p o n e e n cuestión t o d a l a c o n -
cepción. A d e m á s , i n c l u s o s i se c o n c i b e c o m o u n s i s t e m a d e e n t r a d a , e l módulo l i n -
güístico n o p a r e c e t e n e r l a p r o p i e d a d d e l a r a p i d e z d e a c c e s o q u e F o d o r d i s c u t e , c o m o
i n d i c a n ( 8 ) - ( l 4 ) . Obsérvese también q u e , i n c l u s o si F o d o r t i e n e razón a l c r e e r q u e e x i s -
te u n a c l a r a distinción e n t r e l o s m ó d u l o s e n e s t e s e n t i d o y «el resto», e l c u a l e n v a n o s
a s p e c t o s e s g l o b a l i s t a (holistic), n o s e s i g u e q u e e l r e s i d u o c a r e z c a d e e s t r u c t u r a c i ó n .
E n r e a l i d a d , e s t o p a r e c e m u y p o c o p r o b a b l e , s i sólo es p o r l a «¡limitación epistémica»
que F o d o r observa. S u r g e n otras m u c h a s cuestiones referentes a la m u y intrigante dis-
c u s i ó n d e F o d o r s o b r e e s t a s c u e s t i o n e s , p e r o n o l a s trataré a q u í .
Capítulo 2
LOS CONCEPTOS D E L LENGUAJE
2.1. E LC O N C E P T O C O M U N Y L A S DESVIACIONES
RESPECTO A E L
V o l v a m o s a h o r a a las p r e g u n t a s d e ( 1 ) e n e l Capítulo 1 . P a r a
e m p e z a r , d i s t i n g a m o s l a noción d e l e n g u a j e d e l s e n t i d o común, i n -
t u i t i v a , preteórica, d e l o s d i v e r s o s c o n c e p t o s técnicos q u e s e h a n p r o -
p u e s t o c u a n d o s e h a t r a t a d o d e d e s a r r o l l a r u n a c i e n c i a lingüística
d e f i n i t i v a . C a l i f i q u e m o s a éstos c o m o « e n f o q u e s científicos» d e l l e n -
guaje, c o n l a m i r a d a puesta m i s e n e l f u t u r o q u e e n l a realidad
a c t u a l , c o m o a l g u n o s podrían d e c i r . C r e o q u e , s i n excepción, l o s
e n f o q u e s científicos s e a l e j a n d e l a n o c i ó n c o m ú n e n d i v e r s a s f o r m a s ;
estas d e s v i a c i o n e s a f e c t a n i g u a l m e n t e a l o s c o n c e p t o s d e c o n o c i m i e n -
t o y comprensión d e l l e n g u a j e , u s o lingüístico, r e g l a lingüística, c o n -
d u c t a lingüística s o m e t i d a a r e g l a s , y t a m b i é n a o t r o s .
E n p r i m e r l u g a r , l a noción común d e l e n g u a t i e n e u n a dimensión
sociopolítica c r u c i a l . H a b l a m o s d e l c h i n o c o m o s i f u e r a « u n a l e n -
gua», a u n q u e l o s d i f e r e n t e s «dialectos d e l chino» s o n t a n d i f e r e n t e s
c o m o l a s d i v e r s a s l e n g u a s románicas. H a b l a m o s d e l holandés y d e l
alemán c o m o d o s l e n g u a s s e p a r a d a s , a u n q u e a l g u n o s d i a l e c t o s d e l
alemán s o n m u y p a r e c i d o s a d i a l e c t o s q u e d e n o m i n a m o s « h o l a n d é s »
y n o s o n m u t u a m e n t e i n t e l i g i b l e s c o n o t r o s q u e d e n o m i n a m o s «ale-
mán». U n a observación c o r r i e n t e e n l o s c u r s o s d e introducción a l a
lingüística e s q u e u n a l e n g u a e s u n d i a l e c t o c o n u n ejército y u n a
-, a r m a d a , o b s e r v a c i ó n q u e s e a t r i b u y e a M a x W e i n r e i c h . R e s u l t a p o c o
29
30 Noam Chomsky
c l a r o q u e se p u e d a d a r u n a precisión c o h e r e n t e d e « l e n g u a » e n e s t e
s e n t i d o ; désele l u e g o , n i s e h a o f r e c i d o , n i s i q u i e r a s e h a i n t e n t a d o
s e r i a m e n t e . E n v e z d e e l l o , t o d o s l o s e n f o q u e s científicos h a n a b a n -
d o n a d o s i n más e s o s e l e m e n t o s d e l o q u e se d e n o m i n a « l e n g u a » e n
el u s o común '.
L a noción c o m ú n también t i e n e e l e m e n t o s n o r m a r i v o - t e l e o l ó g i -
c o s q u e s e e l i m i n a n e n l o s e n f o q u e s científicos. N o m e r e f i e r o a h o r a
a l a gramática p r e s c r i p t i v a , s i n o a a l g o d i f e r e n t e . Considérese l a f o r -
m a e n q u e d e s c r i b i m o s a u n niño o a u n e x t r a n j e r o q u e a p r e n d e
inglés. N o t e n e m o s m a n e r a d e r e f e r i r n o s d i r e c t a m e n t e a l o q u e s a b e
esa p e r s o n a : n o es inglés, n i n i n g u n a o t r a l e n g u a q u e - s e p a r e z c a a l
inglés. P o r e j e m p l o , n o d e c i m o s q u e l á . p e r s o n a t i e n e u n p e r f e c t o
c o n o c i m i e n t o d e u n a l e n g u a L , p a r e c i d a a l inglés, p e r o n o o b s t a n t e
d i f e r e n t e . L o q u e d e c i m o s es q u e e l niño o e l e x t r a n j e r o t i e n e n u n
«conocimiento p a r c i a l d e l inglés», o q u e se «encuentran e n vías» d e
a d q u i r i r e l c o n o c i m i e n t o d e l inglés y q u e , s i l o c o n s i g u e n , e n t o n c e s
s a b r á n inglés. S e p u e d a o n o . d a r u n a explicación c o h e r e n t e d e e s t e
a s p e c t o d e l a t e r m i n o l o g í a c o m ú n , es a l g o q u e n o p a r e c e d e s e m p e ñ a r
n i n g ú n p a p e l e n u n a p o s i b l e c i e n c i a lingüística.- .
S e g u i r é l a práctica c o r r i e n t e d e i g n o r a r e s t o s a s p e c t o s d e l a s n o -
c i o n e s c o m u n e s d e l e n g u a j e , así c o m o l a s n o c i o n e s " r e l a c i o n a d a s d e
s e g u i m i e n t o d e r e g l a s y o t r a s , a u n q u e es p r e c i s o h a c e r n o t a r e s t e
a l e j a m i e n t o , d e l c u a l s e p u e d e p r e g u n t a r u n o s i es t o t a l m e n t e i n o c e n - .
te-
L a lingüística m o d e r n a o b v i ó p o r l o g e n e r a l e s t a s c u e s t i o n e s y
t o m ó e n c o n s i d e r a c i ó n u n a « c o m u n i d a d lingüística» i d e a l i z a d a q u e
f u e r a i n t e r n a m e n t e c o n s i s t e n t e e n s u práctica lingüística . P o r e j e m - 2 p o r e l c o n t r a r i o incluiría e l e c c i o n e s « c o n t r a d i c t o r i a s » e n a l g u n a s d e
' p í o , p a r a L e o n a r d B l o o m f i e l d u n a l e n g u a es «la t o t a l i d a d d e p r e f e -
r e n c i a s q u e se p u e d e n h a c e r e n u n a c o m u n i d a d lingüística», c o n s i -
d e r a d a c o m o homogénea ( B l o o m f i e l d , 1 9 2 8 / 1 9 5 7 ) . E n o t r o s e n f o -
q u e s científicos s e a d o p t a e l m i s m o s u p u e s t o d e u n a u o t r a f o r m a ,
explítica o t á c i t a m e n t e e n l a identificación d e l o b j e t o a i n v e s t i g a r .
N o se r e a l i z a ningún i n t e n t o d e c a p t u r a r o f o r m u l a r u n c o n c e p t o
c o n l o s a s p e c t o s s o c i o p o h ' t i c o s o teleológico-normativos d e l u s o i n -
' E s t a s o b s e r v a c i o n e s , q u e g e n e r a l m e n t e se c o n s i d e r a n t r u i s m o s , s o n r e c h a z a d a s
p o r K a t z ( 1 9 8 1 págs. 7 9 - 8 0 ) c o n e l r a z o n a m i e n t o d e q u e r e c o n o c e r l o s c o n c e p t o s d e
l e n g u a y d i a l e c t o , e n l a u t i l i z a c i ó n c o l o q u i a l , i m p l i c a n u n a d i m e n s i ó n s o c i o p o l í t i c a sería
« c o m o a f i r m a r q u e e l c o n c e p t o d e número n o es u n c o n c e p t o d e l a matemática, s i n o
u n c o n c e p t o sociopolítico». N o e x i s t e n r a z o n e s p a r a a c e p t a r esa c u r i o s a conclusión.
1 S i n e m b a r g o , existían e x c e p c i o n e s , p o r . e j e m p l o l a teoría d e . l a s « p a u t a s g l o b a -
l e s » , d e l a s q u e s e m a n t e n í a q u e c a d a d i a l e c t o inglés e r a u n s u b s i s t e m a . V é a s e T r a g e r
y S m i t h (1951).-Obsérvese q u e l a cuestión d e l a s «reglas variables», t a l c o m o es d i s -
c u t i d a p o r a l g u n o s sociolingüistas,, n o e s r e l e v a n t e e n e s t e p u n t o . .
L o s conceptos del lenguaje 3)
f o r m a l d e l término «lengua». L o m i s m o s u c e d e c o n l o s e n f o q u e s q u e
conciben la lengua c o m o u n p r o d u c t o social, d e acuerdo c o n e l c o n -
c e p t o s a u s s u r e a n o d e «langue».
P o r s u p u e s t o , se e n t i e n d e q u e n o e x i s t e n e n e l m u n d o r e a l las
c o m u n i d a d e s lingüísticas e n e l s e n t i d o d e B o o m f i e l d , e s t o e s , c o l e c -
c i o n e s d e i n d i v i d u o s c o n l a m i s m a c o n d u c t a lingüística . C a d a i n - 3
d i v i d u o h a a d q u i r i d o u n a lengua e n el curso de interacciones sociales
c o m p l e j a s c o n p e r s o n a s q u e varían e n l a f o r m a e n q u e h a b l a n e
i n t e r p r e t a n l o qué o y e n y e n las r e p r e s e n t a c i o n e s i n t e r n a s q u e s u b -
y a c e n a s u utilización d e l a l e n g u a . L a lingüística escructuralísta h i z o
abstracción d e e s t o s h e c h o s e n s u s i n t e n t o s d e c o n s t r u i r u n a teoría;
t a m b i é n n o s o t r o s h i c i m o s abstracción d e e s t o s h e c h o s a l f o r m u l a r
l a s p r e g u n t a s ( 1 ) d e l C a p í t u l o 1 , c o n s i d e r a n d o sólo e l c a s o d e u n a
persona sometida a u n aexperiencia u n i f o r m e e n u n ac o m u n i d a d lin-
güística b l o o m f i e l d i a n a s i n d i v e r s i d a d d e d i a l e c t o s n i v a r i a c i o n e s i n -
dividuales entre los hablantes.
También h e m o s d e o b s e r v a r u n s u p u e s t o más s u t i l , i n t e r n o a l a
teoría: a p a r t e d e s e r u n i f o r m e , l a l e n g u a d e l a c o m u n i d a d lingüística
h i p o t e t i z a d a es c o n s i d e r a d a c o m o u n c a s o « p u r o » d e l a G U e n u n
sentido q u e h a de precisarse, y sobre e l q u e v o l v e r e m o s / P o r e j e m -
p l o , e x c l u i m o s u n a c o m u n i d a d lingüística u n i f o r m e d e h a b l a n t e s ,
c a d a u n o d e l o s c u a l e s h a b l e u n a m e z c l a d e r u s o y francés ( a l g o así
c o m o u n a versión i d e a l i z a d a d e l a a r i s t o c r a c i a r u s a d e l s i g l o d i e c i -
n u e v e ) . L a l e n g u a d e u n a c o m u n i d a d lingüística d e e s t a c l a s e n o sería
« p u r a » e n e l s e n t i d o p e r t i n e n t e , p o r q u e n o representaría u n c o n j u n t o
s i m p l e d e e l e c c i o n e s e n t r e las o p c i o n e s q u e la G U p e r m i t e , s i n o q u e
esas o p c i o n e s .
Así p u e s , l a s p r e g u n t a s ( 1 ) d e l C a p í t u l o 1 s e p l a n t e a n e n p r i n c i -
p i o e n c o n c o r d a n c i a c o n estas i d e a l i z a c i o n e s y , e n r e a l i d a d , l o m i s m o
s u c e d e e n o t r o s e n f o q u e s lingüísticos, a u n q u e a m e n u d o n o . s e r e -
c o n o z c a explícitamente e s t e h e c h o y e n o c a s i o n e s i n c l u s o s e n i e g u e .
Se h a c u e s t i o n a d o a v e c e s l a l e g i t i m i d a d d e estas i d e a l i z a c i o n e s ,
D e j a m o s d e l a d o a q u í l o q u e e s t e t é r m i n o significaría p r e c i s a m e n t e e n l a l i n g ü í s -
t i c a b l o o m f i e l d i a n a o e n c u a l q u i e r o t r a v a r i e d a d d e lingüística «conduelista». M a n t e -
n i e n d o e s e e n f o q u e , s e t e n d r í a q u e e x p l i c a r q u é es l o q u e s i g n i f i c a d e c i r q u e la g e n t e
h a b l a la m i s m a lengua, a u n q u e n o t i e n d a n a decir las m i s m x s cosxs e n c i r c u n s t a n c i a s
d e t e r m i n a d a s . S e p l a n t e a la misma,cuestión si se d e f i n e l a l e n g u a c o m o u n «complejo
d e d i s p o s i c i o n e s p r e s e n t e s p a r a h c o n d u c t a verbal» ( Q u i n e , 1 9 6 0 ) , d e l m i s m o m o d o
ue o t r o s p r o b l e m a s q u e p a r e c e n i n s o l u b l e s , si el c o n c e p t o técnicamente c o n s t r u i d o
e « l e n g u a » h a d e s e r u n t é r m i n o útil e n l a i n v e s t i g a c i ó n l i n g ü í s t i c a , o h a d e t e n e r a l -
g u n a r e l a c i ó n c o n l o q u e d e n o m i n a m o s « l e n g u a » . S o b r e e s t a c u e s t i ó n , véase C h o m s k y
( 1 9 7 5 b , págs. 1 9 2 - 1 9 5 ) .
 Noam Chomsky
pero c o n dudoso f u n d a m e n t o . D e hecho, parecen indispensables.
A l e n g u a . P o r e j e m p l o , considérese l o q u e P u t n a m ( 1 9 7 5 ) h a d e n o m i -
S e g u r a m e n t e existe u n a cierta p r o p i e d a d de la m e n t e P q u e p e r m i t e
a u n a p e r s o n a a d q u i r i r u n a l e n g u a b a j o las c o n d i c i o n e s de u n a e x p e -
riencia p u r a y u n i f o r m e y P (caracterizada p o r la G U ) f u n c i o n a se-
g u r a m e n t e b a j o l a s c o n d i c i o n e s r e a l e s d e l a adquisición d e l a l e n g u a .
P o r e s o , sería a b s u r d o n e g a r e s t o s s u p u e s t o s , y a q u e e q u i v a l d r í a a
s o s t e n e r q u e l a l e n g u a sólo se p u e d e a p r e n d e r e n c o n d i c i o n e s d e
d i v e r s i d a d y e x p e r i e n c i a s i n c o n s i s t e n t e s , l o c u a l es a b s u r d o ; o q u e
existe la propiedad P , existe u n a capacidad para aprender la lengua
en e l caso p u r o y u n i f o r m e , p e r o q u e e l a p r e n d i z a j e real d e la l e n g u a
n o entraña esa c a p a c i d a d . E n este último c a s o , preguntaríamos p o r
q u é e x i s t e P ; ¿es a l g u n a c l a s e d e « ó r g a n o v e s t i g i o » ? E l e n f o q u e n a -
t u r a l , e l q u e c r e o q u e a d o p t a n tácitamente i n c l u s o l o s q u e l o n i e g a n ,
es e l d e i n t e n t a r d e t e r m i n a r l a p r o p i e d a d r e a l d e l a m e n t e P y l u e g o
p r e g u n t a r s e c ó m o f u n c i o n a P e n f a s c o n d i c i o n e s más c o m p l e j a s d e
la d i v e r s i d a d lingüística r e a l . P a r e c e e v i d e n t e q u e c u a l q u i e r e s t u d i o
r a z o n a b l e d e l a n a t u r a l e z a , adquisición y utilización d e l a l e n g u a e n
las c i r c u n t a n c i a s d e l a v i d a r e a l h a d e a c e p t a r e s t o s s u p u e s t o s y a c -
t u a r l u e g o s o b r e l a b a s e d e a l g u n a c a r a c t e r i z a c i ó n p r e l i m i n a r d e ¡a
p r o p i e d a d P d e la m e n t e . E n s u m a , las i d e a l i z a c i o n e s q u e se e x p l i -
c i t a n e n l a s i n v e s t i g a c i o n e s más c u i d a d o s a s difícilmente p u e d e n c u e s -
t i o n a r s e ; a i s l a n u n a p r o p i e d a d d e l a f a c u l t a d lingüistica p a r a s u e s -
t u d i o , p r o p i e d a d c u y a e x i s t e n c i a n o p u e d e prácticamente p o n e r s e e n
d u d a y q u e , c o n t o d a s e g u r i d a d , es u n e l e m e n t o f u n d a m e n t a l e n l a
adquisición r e a l d e l a l e n g u a .
A l h a c e r explícitas e s t a s i d e a l i z a c i o n e s y r e a l i z a r n u e s t r a s i n v e s -
t i g a c i o n e s d e a c u e r d o c o n ellas, e n m o d o a l g u n o m e n o s c a b a m o s el
e s t u d i o d e l a l e n g u a e n c u a n t o p r o d u c t o s o c i a l . P o r e l c o n t r a r i o , es
difícil i m a g i n a r c ó m o p u e d e n p r o g r e s a r d e f o r m a f r u c t u o s a e s a s i n -
v e s t i g a c i o n e s s i n o t o m a n e n consideración las p r o p i e d a d e s r e a l e s d e
la m e n t e q u e f o r m a p a r t e d e l a a d q u i s i c i ó n d e l a l e n g u a , e n p a r t i c u l a r
las p r o p i e d a d e s d e l e s t a d o i n i c i a l d e l a f a c u l t a d lingüística c a r a c t e r i -
z a d a p o r la G U .
I g u a l m e n t e , obsérvese q u e e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e y d e l a G U ,
l l e v a d o a c a b o d e n t r o d e l m a r c o d e l a psicología d e l i n d i v i d u o , p e r -
m i t e l a p o s i b i l i d a d d e q u e e l e s t a d o d e c o n o c i m i e n t o q u e se a l c a n c e
p u e d a i n c l u i r a l g u n a clase d e r e f e r e n c i a a la n a t u r a l e z a s o c i a l de la
* T a m b i é n se p o d r í a n i n d i c a r a l g u n a s o b j e c i o n e s i n v o l u n t a r i a m e n t e c ó m i e x s , e d m o
¡a a c u s a c i ó n d e l c a t e d r á t i c o o x o n i e n s e d e L i n g ü í s t i c a R o y H a r r i s ( 1 9 8 3 ) _ d e q u e l a i d e a -
lización h a b i t u a l ( q u e a t r i b u y e a Saussure-BÍoomfield-Chomsky) r e f l e j a «un c o n c e p -
t o f a s c i s t a d e l e n g u a , s i es q u e l o h a y » , p o r q u e c o n s i d e r a q u e l a c o m u n i d a d l i n g ü í s t i c a
• ideal» e s « t o t a l m e n t e h o m o g é n e a » .
Los conceptos del lenguaje 33
n a d o «división d e l t r a b a j o lingüístico». E n l a l e n g u a d e u n i n d i v i d u o
p a r t i c u l a r , m u c h o s t é r m i n o s están s e m á n t i c a m e n t e i n d e t e r m i n a d o s
en u n s e n t i d o e s p e c i a l : l a p e r s o n a se remitirá a l o s «expertos» p a r a
p r e c i s a r o f i j a r s u r e f e r e n c i a . P o r e j e m p l o , supóngase q u e a l g u i e n
s a b e q u e l a s y o l a s y l o s q u e c h e s s o n b a r c o s , p e r o q u e n o está s e g u r o
de la r e f e r e n c i a exacta d e «yola» y «queche», d e j a n d o a l o s e s p e c i a -
l i s t a s c i u e f i j e n e s a r e f e r e n c i a . E n e l léxico d e l a l e n g u a d e e s a p e r -
s o n a , l a s e n t r a d a s d e « y o l a » y « q u e c h e » estarán e s p e c i f i c a d a s d e
a c u e r d o c o n s u c o n o c i m i e n t o , c o n u n a indicación d e q u e o t r o s aña-
dirán l o s d e t a l l e s , u n a i d e a q u e s e p u e d e p r e c i s a r e n d i f e r e n t e s f o r -
m a s , p e r o s i n , i r más allá d e l e s t u d i o d e l s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o
lingüístico d e u n i n d i v i d u o p a r t i c u l a r . D e f o r m a p a r e c i d a s e p u e d e n
considerar o t r o s aspectos sociales d e la lengua, a u n q u e esto n o sig-
n i f i c a n e g a r la p o s i b i l i d a d o e l v a l o r d e o t r a clases d e e s t u d i o s l i n -
güísticos q u e i n c o r p o r a n l a e s t r u c t u r a y l a interacción s o c i a l e s . A l
c o n t r a r i o d e l o q u e a v e c e s se p i e n s a , n o se d a n a este r e s p e c t o
c o n f l i c t o s e n l o s p r i n c i p i o s o e n l a práctica.
También d a m o s p o r s u p u e s t a o t r a idealización: q u e l a p r o p i e d a d
d e l a m e n t e d e s c r i t a p o r l a G U es característica d e l a e s p e c i e , c o m ú n
a t o d o s l o s s e r e s h u m a n o s " . ' P o r t a n t o , h a c e m o s abstracción d e l a
p o s i b l e variación d e l a f a c u l t a d lingüística e n l o s s e r e s h u m a n o s . S e
p u e d e s u p o n e r q u e , p r e s c i n d i e n d o d e l a patología ( q u e c o n s t i t u y e
p o t e n c i a l m e n t e u n área i m p o r t a n t e d e i n v e s t i g a c i ó n ) , l a v a r i a c i ó n
q u e p u e d a d a r s e es m a r g i n a l y p u e d e i g n o r a r s e s i n p r o b l e m a s e n
g r a n p a r t e d e las i n v e s t i g a c i o n e s lingüísticas. U n a v e z más, e n l a s
c o n c e p c i o n e s científicas. P a r a l a discusión s u b s i g u i e n t e b a s t a r í a n s u -
p u e s t o s m á s débiles q u e l a i d e n t i d a d e s t r i c t a , p e r o p a r e c e r a z o n a b l e
m a n t e n e r este s u p u e s t o más r i g u r o s o , c o m o u n a b u e n a a p r o x i m a -
ción, y a él m e a t e n d r é .
2.2. L AL E N G U A E X T E R I O R I Z A D A
L o s e n f o q u e s científicos d e l a l e n g u a , e n e l s e n t i d o a n t e r i o r m e n t e
u t i l i z a d o , h a n d e s a r r o l l a d o d i v e r s a s n o c i o n e s técnicas d e l e n g u a p a r a
r e e m p l a z a r l a noción c o m ú n . D e l m i s m o m o d o , s e h a u t i l i z a d o e l
término «gramática» d e d i v e r s a s f o r m a s . D e a c u e r d o c o n e l u s o c o n -
v e n c i o n a l , u n a g r a m á t i c a es u n a d e s c r i p c i ó n o u n a teoría d e u n a
l e n g u a , u n o b j e t o c o n s t r u i d o p o r u n lingüista. A t e n g á m o n o s a este
u s o . Así, a s o c i a d a s a l a s d i f e r e n t e s n o c i o n e s técnicas d e l e n g u a , e x i s -
t e n n o c i o n e s c o r r e s p o n d i e n t e s d e gramática y d e gramática u n i v e r -
sal ( G U ) .
34 Noam Chomsky
L a l i n g ü í s t i c a e s t r u c t u r a l i s t a y d e s c r i p t i v a , l a psicología c o n d u c -
t i s t a y o t r a s d i s c i p l i n a s contemporáneas t i e n d e n a c o n c e b i r e l l e n -
g u a j e c o m o u n a colección d e a c c i o n e s , o p r o f e r e n c i a s o f o r m a s l i n -
güísticas ( p a l a b r a s , o r a c i o n e s ) e m p a r e j a d a s c o n s i g n i f i c a d o s , o c o m o
u n s i s t e m a d e f o r m a s o a c o n t e c i m i e n t o s lingüísticos. E n e l e s t r u c r u -
r a l i s m o s a u s s u r e a n o , u n a l e n g u a (langue) e r a c o n c e b i d a c o m o u n
s i s t e m a d e s o n i d o s y u n s i s t e m a a s o c i a d o d e c o n c e p t o s ; se d e j a b a e n
u n a e s p e c i e d e l i m b o l a n o c i ó n d e oración, q u i z á s p a r a s i t u a r l a d e n -
t r o d e l e s t u d i o d e l u s o lingüístico. C o m o o b s e r v a m o s a n t e r i o r m e n t e ,
s e g ú n B l o o m f i e l d , l a l e n g u a e s «la t o t a l i d a d d e l a s p r o f e r e n c i a s q u e
se p u e d e n h a c e r d e n t r o d e u n a . c o m u n i d a d l i n g ü í s t i c a » . L a v a r i e d a d
a m e r i c a n a d e l a lingüística . d e s c r i p t i y o - e s t r u c t u r a l i s t a , . q u e . a d e m á s
e s t u v o m u y i n f l u i d a p o r . l a s i d e a s d e B l o o m f i e l d , , se dedicó s o b r e ,
t o d o a l s o n i d o y a l a morfología, a p a r t e d e f o r m u l a r d i v e r s a s p r o -
p u e s t a s , e s p e c i a l m e n t e l a s d e Z e l l i g H a r r i s , s o b r e cómo s e p u e d e n
c o n s t r u i r u n i d a d e s más ampÜas ( s i n t a g m a s ) m e d i a n t e p r i n c i p i o s a n a -
líticos a i m a g e n d e l o s i n t r o d u c i d o s p a r a l a fonología y ' l a m o r f o l o -
gía . H o y día m u c h o s i n v e s t i g a d o r e s a d o p t a n u n a posición d e l a
5 terizan la m i s m a lengua-E, u n c o n j u n t o d e expresiones, d e a c u e r d o
índole lúcidamente d e s a r r o l l a d a p o r D a v i d L e w i s , q u i e n d e f i n e u n a
lengua c o m o u n e m p a r e j a m i e n t o de oraciones y significados (conci-
b i e n d o e s t o s últimos c o m o c o n s t r u c c i o n e s c o n j u n t i s t a s e n términos
d e m u n d o s p o s i b l e s ) d e u n r a n g o i n f i n i t o , e n q u e l a l e n g u a es « u t i -
l i z a d a p o r u n a p o b l a c i ó n » c u a n d o s e d a n c i e r t a s r e g u l a r i d a d e s «en
c u a n t o a l a s a c c i o n e s o l a s creencias» e n e s a p o b l a c i ó n c o n r e s p e c t o
a l a l e n g u a , r e g u l a r i d a d e s f u n d a m e n t a d a s e n u n interés p o r l a c o m u -
nicación . 6
R e f i r á m o n o s a e s o s c o n c e p t o s técnicos c o m o c a s o s d e « l e n g u a
exteriorizada» ( l e n g u a - E ) , e n e l s e n t i d o d e q u e l o c o n s t r u i d o se c o n -
cibe d e f o r m a i n d e p e n d i e n t e d e las propiedades d e la m e n t e / c e r e b r o .
B a j o e l m i s m o rótulo p o d e m o s i n c l u i r l a noción d e l e n g u a c o m o
colección ( o s i s t e m a ) d e a c c i o n e s o c o n d u c t a s d e c i e r t a c l a s e . D e s d e
u n p u n t o d e v i s t a así, u n a g r a m á t i c a es u n a colección d e e n u n c i a d o s
d e s c r i p t i v o s r e f e r e n t e s a l a l e n g u a - E , l o s a c o n t e c i m i e n t o s lingüísticos
p o t e n c i a l e s o r e a l e s ( q u i z á s j u n t o c o n a l g u n a explicación d e s u c o n -
1 P a r a u n a discusión, véise C h o m s k y ( 1 9 6 4 ) y P o s t a l ( 1 9 6 4 ) . P a r a l a comparación
d e l a g r a m á t i c a g e n e r a d v a t r a n s f o r m a t o r i a c o n l a a n t e r i o r teoría d e l a s t r a n s f o r m a c i o -
n e s d e H a r r i s , c o n s i d e r a d a c o m o u n p r o c e d i m i e n t o a n a l í t i c o q u e s e a p l i c a m á s allá d e l
n i v e l o r a c i o n a l d e l a « g r a m á t i c a e s t r u c t u r a l » , véase l a i n t r o d u c c i ó n a C h o m s k y ( 1 9 7 5 a ) .
* L e w i s ( 1 9 7 5 ) . L e w i s p r e s e n t a u n a d e las e x p o s i c i o n e s más ciaras d e u n a c o n c p e -
ción « e x t e n s i o n a l » d e ! l e n g u a j e y t a m b i é n u n a crítica d e l o s e s t u d i o s s o b r e «la l e n g u a
i n t e r i o r i z a d a » e n e l s e n t i d o d e s c r i t o m á s a d e l a n t e . P a r a u n a d i s c u s i ó n c r í t i c a , véase
C h o m s k y (1980b).
Los conceptos del lenguaje
t e x t o d e u s o O s u c o n t e n i d o semántico). E n términos técnicos, s e
p u e d e c o n s i d e r a r l a gramática c o m o u n a función q u e e n u m e r a l o s
e l e m e n t o s d e l a l e n g u a - E . A veces s e h a c o n s i d e r a d o l a gramática
c o m o u n a p r o p i e d a d d e l a l e n g u a - E , c o m o e n l a afirmación d e B l o o m -
f i e l d d e q u e u n a g r a m á t i c a c o n s t i t u y e «la d i s p o s i c i ó n s i g n i f i c a t i v a d e
las f o r m a s d e n t r o d e u n a l e n g u a » ( B l o o m f i e l d , 1 9 3 3 ) . A p e s a r d e l a s
a p a r i e n c i a s ^ e l p r o b l e m a d e d a r c u e n t a d e ! carácter i l i m i t a d o d e l a
l e n g u a - E y d e l c o n o c i m i e n t o i n d i v i d u a l d e Ja l e n g u a q u e i n c l u y e e s t a
p r o p i e d a d f u n d a m e n t a l n o se h a t r a t a d o d i r e c t a m e n t e e n estas c o n -
c e p c i o n e s , u n a cuestión s o b r e l a q u e v o l v e r e m o s .
L a l e n g " u a - E es c o n c e b i d a p u e s c o m o e l o b j e t o r e a l d e l a i n v e s -
tigación, l a g r a m á t i c a es u n a n o c i ó n d e r i v a d a ; e l lingüística e s l i b r e
p a r a s e l e c c i o n a r d e u n a u o t r a f o r m a l a gramática s i e t n p r e q u e i d e n -
t i f i q u e c o r r e c t a m e n t e l a l e n g u a - E . N o se p l a n t e a n c u e s t i o n e s d e v e r -
d a d o f a l s e d a d a l m a r g e n d e esta consideración. P o r e j e m p l o , Q u i n e
h a a r g u m e n t a d o q u e carece d e s e n t i d o c o n s i d e r a r «correcta» u n a
gramática y n o o t r a , s i s o n e x t e n s i o n a l m e n t e e q u i v a l e n t e s , s i c a r a c -
c o n él ( Q u i n e , 1 9 7 2 ) . Y L e w i s p o n e e n d u d a q u e e x i s t a a l g u n a , f o r m a
«de d a r u n s e n t i d o o b j e t i v o a l a afirmación d e q u e u n a p o b l a c i ó n P
utiliza u n a gramática G e n v e z d e o t r a gramática G ' , q u e g e n e r a l a
m i s m a lengua».
E s t a n o c i ó n d e l e n g u a - E es f a m i l i a r e n r i e s t u d i o d e l o s s i s t e m a s
n o r m a l e s , c o m o e n l a conclusión c i t a d a : e n e l c a s o d e l «lenguaje d e
la aritmética», p o r e j e m p l o , n o e x i s t e n i n g ú n s e n t i d o o b j e t i v o para
la i d e a d e q u e u n c o n j u n t o d e r e g l a s q u e g e n e r e l a s fórmulas b i e n
formadas sea e l correcto y o t r o el i n c o r r e c t o .
E n c u a n t o a l a G U , e n l a m e d i d a e n q u e s e r e c o n o z c a q u e se
t r a t a d e u n a investigación legítima, e s t a t e o r í a estaría c o n s t i t u i d a p o r
enunciados verdaderos para m u c h a s o para todas las l e n g u a s h u m a -
n a s , quizás p o r u n c o n j u n t o de condiciones satisfechas p o r las len-
guas-E q u e s o n lenguas humanas. A l g u n o s parecen n e g a r l a posibi-
l i d a d d e ¡a e m p r e s a , c o m o p o r e j e m p l o M a r t i n J ó o s , q u e p l a n t e ó
l o q u e d e n o m i n ó i d e a « b o a s i a n a » d e q u e «las l e n g u a s p o d r í a n . d i f e r i r
e n t r e sí e n f o r m a s i m p r e d i c t i b l e s e i l i m i t a d a s » , h a c i é n d o s e e c o d e l a
r e f e r e n c i a d e W i l l i a m D w i g h t W h i t n e y a «la d i v e r s i d a d i n f i n i t a d e !
h a b l a h u m a n a » y d e l a n o c i ó n d e E d w a r d S a p i r d e q u e «el l e n g u a j e
es u n a a c t i v i d a d h u m a n a q u e varía s i n l í m i t e s p r e c i a b l e s » , T a l e s 7
7 C o m e n t a r i o s d e l e d i t o r e n Jóos ( 1 9 5 7 ) ; W h i t n e y ( 1 9 8 2 ) ; S a p i r ( 1 9 2 1 ) . W h i t n e y ,
q u e ejerció u n a i n f l u e n c i a i m p o r t a n t e e n S a u s s u r c y e n l a l i n g ü í s t i c a a m e r i c a n a , n i ñ -
e a b a l a concepción h u r n b o l d t i a n a d e S t c i n t h a l q u e , según c r e o , se i n s c r i b e d e f o r m a
n a t u r a l e n l a tradición a n t e r i o r a l a q u e m e referí a m e s . H u m b o l d t , o u e es c o n s i J e r a -
 Noam Chomsky
a f i r m a c i o n e s r e f l e j a n u n c u r i o s o c o n s e n s o e n l a época. A u n q u e d i -
fícilmente se l a s p u e d e t o m a r e n u n s e n t i d o l i t e r a l , e x p r e s a r o n u n a
t e n d e n c i a r e l a t i v i s t a q u e denigró e l e s t u d i o d e l a G U . D i c h o d e f o r -
m a m i s p r e c i s a , n o p u e d e s e r q u e e l l e n g u a j e h u m a n o varíe s i n u n
límite p r e c i s a b l e , a u n q u e p u e d e s e r c i e r t o q u e s e a «infinitamente
d i v e r s o » ; s e t r a t a d e u n a cuestión empírica i n t e r e s a n t e l a d e s i l a G U
p e r m i t e u n a variedad infinita de lenguas posibles ( o u n avariedad q u e
es i n f i n i t a e n a l g o más q u e a s p e c t o s e s t r u c t u r a l e s t r i v i a l e s , p o r e j e m -
p l o , s i n l í m i t e s s o b r e e l v o c a b u l a r i o ) , o sólo u n a d i v e r s i d a d f i n i t a .
N o o b s t a n t e , se r e a l i z a r o n c o n t r i b u c i o n e s s i g n i f i c a t i v a s a l a G U
tal c o m o la e n t e n d e m o s e n el s e n o d e estas t r a d i c i o n e s . P o r e j e m p l o ,
l a teoría d e l o s r a s g o s d i s t i n t i v o s e n fonología, q u e t a n t o i n f l u y ó
sobre los estudios estructuralistas en otros campos, postulaba u n
i n v e n t a r i o f i j o d e « e l e m e n t o s a t ó m i c o s » c o n l o s q u e se p o d í a n c o n s -
t r u i r l o s s i s t e m a s fonológicos, c o n c i e r t a s l e y e s g e n e r a l e s y r e l a c i o n e s
d e i m p l i c a c i ó n q u e regían l a elección. Y , e n g e n e r a l , se s u p o n í a q u e
n o c i o n e s c o m o fas d e t e m a y c o m e n t a r i o , o s u j e t o y p r e d i c a d o , e r a n
aspectos universales del lenguaje, q u e reflejaban el hecho de que.una
oración d e c l a r a t i v a t r a t a d e algo, y a f i r m a a l g o s o b r e e l l o . Más t a r d e ,
Joseph G r e e n b c r g y otros h a n llevado a cabo u n i m p o r t a n t e trabajo
s o b r e l o s u n i v e r s a l e s lingüísticos, l l e g a n d o a o b t e n e r m u c h a s g e n e -
r a l i z a c i o n e s q u e r e q u i e r e n u n a explicación, p o r e j e m p l o , e l h e c h o d e
q u e , s i u n a l e n g u a p o s e e u n o r d e n s u j e t o - o b j e t o - v e r b o , tenderá a
tener postposiciones e n vez de preposiciones, etc.
Así p u e s , d e a c u e r d o c o n e s t a s d i r e c t r i c e s , p o d e m o s d e s a r r o l l a r
u n c i e r t o c o n c e p t o técnico d e l e n g u a ( l e n g u a - E ) , y u n c o n c e p t o a s o -
c i a d o d e gramática y d e G U , c o m o f u n d a m e n t o p a r a u n e s t u d i o
científico d e l l e n g u a j e . M u c h a s d i f e r e n t e s i d e a s específicas c a e n más
o m e n o s d e n t r o d e este m a r c o g e n e r a l .
2.3. L AL E N G U A I N T E R I O R I Z A D A
U n e n f o q u e más b i e n d i f e r e n t e f u e e l a d o p t a d o , p o r e j e m p l o , p o r
O t t o J e s p e r s e n , q u e m a n t u v o q u e e x i s t e u n a c i e r t a «noción d e es-
t r u c t u r a » e n l a m e n t e d e l h a b l a n t e « q u e está l o s u f i c i e n t e m e n t e d e -
f i n i d a c o m o p a r a g u i a r l e e n l a construcción d e o r a c i o n e s propias»,
do en general (por ejemplo, p o rB l o o m f i e l d ) c o m o u n relativista extremo, m a n t u v o en
r e a l i d a d q u e «todas las l e n g u a s s o n m u y p a r e c i d a s e n c u a n t o a s u gramática, si se las
i n v e n g a efe u n a f o r m a q u e n o s e a s u p e r f i c i a l , s i n o p r o f u n d a , e n s u n a t u r a l e z a i n t e r n a » .
Véase C h o m s k y ( 1 9 6 6 ) , pág. 9 0 y l a s r e f e r e n c i a s c i t a d a s p a r a u n a discusión a d i c i o n a l .
8 S i n e m b a r g o , s e g u r o q u e e s t a c u e s t i ó n n o e r a l a q u e W i t h n e y tenía e n m e n t e . •
Los conceptos del lenguaje 37
e n p a r t i c u l a r « e x p r e s i o n e s libres» q u e p u e d e n s e r n u e v a s p a r a e l
h a b l a n t e y p a r a o t r a s p e r s o n a s . Refirámonos a esta «noción d e
9
estructura» c o m o a u n a «lengua interiorizada» ( l e n g u a - I ) . L a l e n -
gua-! constituye pues u n elemento de la m e n t e de l a persona q u e
c o n o c e la lengua, q u e a d q u i e r e e l q u e la a p r e n d e y q u e e l h a b l a n t e -
oyente utiliza.
S i s e t o m a l a l e n g u a c o m o l a l e n g u a - I , l a g r a m á t i c a sería e n t o n c e s
u n a teoría d e l a l e n g u a - I , e l o b j e t o q u e s e i n v e s t i g a . Y s i es c i e r t o
8 q u e e x i s t e u n a « n o c i ó n d e e s t r u c t u r a » así, c o m o J e s p e r s e n m a n t e n í a ,
e n t o n c e s se p l a n t e a n , r e s p e c t o d e l a gramática, c u e s t i o n e s d e v e r d a d
y f a l s e d a d , c o m o e n c u a l q u i e r teoría científica. E s t a f o r m a d e - e n f o c a r
l a s c u e s t i o n e s lingüísticas es r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e d e l a a n t e r i o r -
m e n t e e s b o z a d a y c o n d u c e a u n a concepción m u y d i f e r e n t e d e l a
n a t u r a l e z a d e l a investigación.
V o l v a m o s a h o r a a l p u n t o d e v i s t a e s q u e m a t i z a d o e n e l Capítu-
l o 1 . C o n o c e r l a l e n g u a L es u n a p r o p i e d a d d e u n a p e r s o n a H ; u n a
t a r e a d e l a s c i e n c i a s d e l c e r e b r o es l a d e d e t e r m i n a r q u é h a d e p a s a r
e n e l c e r e b r o d e H p a r a q u e s e dé e s a p r o p i e d a d . H e m o s s u g e r i d o
que el q u e H sepa la l e n g u a L significa q u e la m e n t e / c e r e b r o d e H
se e n c u e n t r a ' e n ' u n d e t e r m i n a d o e s t a d o ; más p r e c i s a m e n t e , e n l o q u e
se r e f i e r e a l a f a c u l t a d Üngüística, q u e u n m ó d u l o d e e s e s i s t e m a se
encuentra en u n cierto estado S ( L ) . P o rtanto, constituye u n a ta-1 0
rea p r o p i a d e las c i e n i c a s d e l c e r e b r o d e s c u b r i r los. m e c a n i s m o s q u e
s o n l a r e a l i z a c i ó n física d e l e s t a d o S ( L ) .
Supóngase q u e a n a l i z a m o s l a noción « H c o n o c e l a l e n g u a L» e n
términos relaciónales, e s t o e s , e n t é r m i n o s q u e s u p o n e n u n a r e l a -
ción R ( s a b e r , p o s e e r , o l o q u e s e a ) q u e s e d a e n t r e H y u n a u n i d a d
abstracta L . Se p u e d e c u e s t i o n a r este g i r o ; e n e f e c t o , h a b l a m o s d e
una persona que conoce la historia de los Estados U n i d o s sin s u -
p o n e r q u e existe u n a entidad, la h i s t o r i a de l o s E E . U U . , q u e la
persona conoce, o conoce e n parte. N o obstante, s u p o n g a m o s q u e
ese g i r o es e n e s t e c a s o l e g í t i m o . E l s u p u e s t o resultará j u s t i f i c a d o
' J e s p e r s e n ( 1 2 4 ) . S o b r e las n o c i o n e s d e J e s p e r s e n , c o m p a r a d a s c o n las d e la gra-
mática g e n e r a t i v a c o n t e m p o r á n e a , véase R e y n o l d s ( 1 9 7 1 ) ; C h o m s k y ( 1 9 7 7 ) , C a p í t u -
lo 1.
1 0 S e podría a r g u m e n t a r q u e l o s s i s t e m a s q u e e s t a m o s c o n s i d e r a n d o c o n s t i t u y e n
sólo u n e l e m e n t o d e l a f a c u l t a d l i n g ü í s t i c a , c o n c e b i d a ésta d e u n a f o r m a m á s a m p l i a ,
q u e abarque"ótras c a p a c i d a d e s entrañadas e n e l u s o y l a comprensión d e l l e n g u a j e , p o r
e j e m p l o , l o q u e a m e n u d o se d e n o m i n a «competencia comunicativa», o las p a r t e s d e l
s i s t e m a c o n c e p t u a l h u m a n o q u e están e s p e c í f i c a m e n t e r e l a c i o n a d a s c o n e l l e n g u a j e .
Véase C h o m s k y ( 1 9 8 0 b ) . D e j a r é d e l a d o a q u í e s t a s c u e s t i o n e s , y c o n t i n u a r é u t i l i z a n d o
el t é r m i n o «facultad l i n g ü í s t i c a » e n e l s e n t i d o m á s r e s t r i n g i d o J e l a a n t e r i o r d i s c u s i ó n .
38 Noam Chomsky
e n l a m e d i d a e n q u e este g i r o c o n t r i b u y a a p r o g r e s a r e n n u e s t r a
c o m p r e n s i ó n d e l a s c u e s t i o n e s q u e a n t e t o d o n o s atañen, l a s c u e s -
t i o n e s ( 1 ) d e l C a p í t u l o 1 ; p o r e j e m p l o , e s o es l o q u e s u c e d e r í a s i
existieran p r i n c i p i o s significativos q u e rigieran el c o n j u n t o de las
e n t i d a d e s p o s t u l a d a s L . S u p ó n g a s e q u e v a m o s más allá, c o n s i d e r a n -
d o q u e c u a n d o h a b l a m o s de la m e n t e h a b l a m o s d e l cerebro e n u n
c i e r t o n i v e l d e abstracción, e n e l q u e c r e e m o s , c o n razón o s i n e l l a ,
que'se p u e d e n descubrir propiedades significativas y principios e x -
p l i c a t i v o s . E n t o n c e s l o s e n u n c i a d o s acerca de R y L p e r t e n e c e n a l a
teoría d e l a m e n t e y será u n a t a r e a p r o p i a d e l a s c i e n c i a s d e l c e r e b r o
l a d e e x p l i c a r q u é es l o q u e e n e l c e r e b r o d e H ( e n s u f a c u l t a d
lingüística) c o r r e s p o n d e a l ' c o n o c i m i e n t o , q u e H t i e n e d e L , e s t o
es e n v i r t u d d e q u é s e d a R ( H , L ) y , e s v e r d a d e r o e l e n u n c i a d o
R(H,L). • c i e r t o s - a s p e c t o s f u n d a m e n t a l e s , l a s p r i m e r a s ¡deas s o b r e l a l e n g u a - I
R e s u l t a n a t u r a l c o n c e b i r L c o m o l e n g u a - I , l a «noción d e e s t r u c -
tura» d e J e s p e r s e n , c o n s i d e r a n d o ésta c o m o u n a e n t i d a d a b s t r a í d a a
p a r t i r d e u n e s t a d o d e l a f a c u l t a d lingüística, q u e es u n c o m p o n e n t e
d e l a m e n t e . A s í , q u e H c o n o z c a L es q u e H t e n g a u n a c i e r t a l e n -
g u a - I . L o s e n u n c i a d o s d e l a g r a m á t i c a s o n e n u n c i a d o s d e l a teoría
de la m e n t e s o b r e l a l e n g u a - I , y p o r l o t a n t o e n u n c i a d o s s o b r e es-
t r u c t u r a s d e l c e r e b r o f o r m u l a d o s e n u n c i e r t o n i v e l d e abstracción
r e a l i z a d a s o b r e m e c a n i s m o s . E s t a s e s t r u c t u r a s s o n r e a l i d a d e s especí-
f i c a s d e l m u n d o , c o n s u s p r o p i e d a d e s específicas. L o s e n u n c i a d o s d e
u n a gramática o e l e n u n c i a d o d e q u e R ( H , L ) s o n s i m i l a r e s a l o s
e n u n c i a d o s d e u n a teoría física q u e c a r a c t e r i z a c i e r t a e n t i d a d y s u s
p r o p i e d a d e s h a c i e n d o abstracción d e c u a l e s q u i e r a c o s a s q u e p u e d a n
r e s u l t a r s e r l o s m e c a n i s m o s q u e e x p l i c a n esas p r o p i e d a d e s , p o r e j e m -
p l o , u n a teoría d e c i m o n ó n i c a s o b r e l a v a l e n c i a o l a s p r o p i e d a d e s q u e
e x p r e s a l a t a b l a periódica. L o s e n u n c i a d o s s o b r e l a l e n g u a I o e l
enunciado de q u e R ( H , L ) (para cualesquiera H y L ) s o n verdaderos
o falsos, de m o d o parecido a c o m o l o s o n l o s enunciados sobre la
e s t r u c t u r a química d e l b e n z e n o o s o b r e l a v a l e n c i a d e l o x i g e n o , o
s o b r e l a p e r t e n e n c i a a l a m i s m a c o l u m n a d e l a t a b l a periódica d e l a
c l o r i n a y l a f l u o r i n a . L a l e n g u a - I L p u e d e ser la u t i l i z a d a p o r el
h a b l a n t e , p e r o n o la l e n g u a - I L ' , i n c l u s o a u n q u e las d o s g e n e r e n la
m i s m a clase d e e x p r e s i o n e s ( u o t r o s o b j e t o s f o r m a l e s ) e n c u a l q u i e r
s e n t i d o p r e c i s o q u e l e d e m o s a e s a noción s e c u n d a r i a ; L ' p u e d e n o
ser s i q u i e r a u n a l e n g u a - I h u m a n a p o s i b l e , o b t e n i b l e m e d i a n t e la f a -
c u l t a d lingüística.
E n t o n c e s l a G U s e c o n s t r u y e c o m o l a teoría d e Jas l e n g u a s - I
h u m a n a s , u n s i s t e m a d e l a s c o n d i c i o n e s d e r i v a d a s d e l a dotación
biológica h u m a n a , q u e i d e n t i f i c a l a s l e n g u a s - I q u e s o n h u m a n a m e n t e
accesibles e n c o n d i c i o n e s n o r m a l e s . C o n s t i t u y e n las l e n g u a s - I L t a l
Los conceptos del lenguaje 3a
que R ( H , L ) puede ser verdadero (para u n H n o r m a l , en condiciones
normales ".
P o r s u p u e s t o , n o e x i s t e n i n g u n a garantía d e q u e e s t a f o r m a d e
a b o r d a r l o s p r o b l e m a s d e ( 1 ) e n e l Capítulo 1 sea l a c o r r e c t a . E s t e
enfoque puede resultar directamente desencaminado, incluso aunque
c o n s i g a l o g r o s s u s t a n c i a l e s , c o m o u n a teoría d e l a v a l e n c i a , e t c . p u e -
d e r e s u l t a r c o m p l e t a m e n t e e r r a d a , a p e s a r d e s u s éxitos s u s t a n c i a l e s
e n l a q u í m i c a d e c i m o n ó n i c a . S i e m p r e es r a z o n a b l e l a c o n s i d e r a c i ó n
d e e n f o q u e s a l t e r n a t i v o s , s i es q u e se p u e d e n i m a g i n a r , y e s t o es
c i e r t o i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l o s l o g r o s q u e se a l c a n c e n . L a s i t u a -
ción n o p a r e c e d i f e r e n t e e n p r i n c i p i o d e l a q u e e n c o n t r a m o s e n o t r o s
ámbitos d e l a investigación empírica. D i r e c t a m e n t e sugeriré q u e , e n
i b a n d e s e n c a m i n a d a s y h a n d e r e e m p l a z a r s e p o r u n a concepción m u y
diferente, aunque f o r m u l a d a dentro del m i s m o m a r c o general. S i n
e m b a r g o , l a s r a z o n e s p a r a e l l o n o se d e r i v a n d e n i n g u n a i n c o h e r e n c i a
o d e b i l i d a d e n e l enfoqué g e n e r a l , s i n o más b i e n d e c o n s i d e r a c i o n e s
empíricas s o b r e descripción y explicación.
. 2.4. E L D E S P L A Z A M I E N T O D E L A L E N G U A - E A L A
LENGUA-I
2.4.1. S o b r e las r a z o n e s p a r a el d e s p l a z a m i e n t o
E n e l Capítulo 1 , v i m o s q u e e l e s t u d i o d e l a gramática g e n e r a t i v a
d e s p l a z ó e l f o c o d e atención d e l a c o n d u c t a p o t e n c i a l o r e a l y s u s
p r o d u c t o s al s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o q u e s u b y a c e a l u s o y Ja c o m -
prensión d e l l e n g u a j e y , c o n más p r o f u n d i d a d , a l a d o t a c i ó n i n n a t a
q u e h a c e p o s i b l e q u e l o s h u m a n o s o b t e n g a n ese c o n o c i m i e n t o . E l
d e s p l a z a m i e n t o f u e d e l e s t u d i o d e Ja l e n g u a - E a l e s t u d i o d e l a l e n -
gua-I, del estudio de la lengua considerada c o m o u n objeto exterio-
r i z a d o a l e s t u d i o d e l s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o lingüístico o b t e n i d o
y r e p r e s e n t a d o i n t e r i o r m e n t e , e n l a m e n t e / c e r e b r o . U n a gramática
g e n e r a t i v a n o es u n c o n j u n t o d e e n u n c i a d o s s o b r e o b j e t o s e x t e r i o -
rizados y construidos de u n a forma u otra. A n t e s bien persigue
d e l i n e a r e x a c t a m e n t e q u é es l o q u e a l g u i e n s a b e c u a n d o c o n o c e u n a
l e n g u a , e s t o e s , q u é es l o q u e h a a p r e n d i d o d e a c u e r d o c o n l o s
. " P a r a u n a f o r m a r e l a c i o n a d a d e v e r e s t a s c u e s t i o n e s , p e r o e n c i e r t o m o d o d¡fe
r e n t e , véase H i g g i n b o t h a m ( 1 9 8 3 b ) .
 Noam Chomsky
p r i n c i p i o s i n n a t o s . L a G U es u n a caracterización d e e s o s p r i n c i p i o s
i n n a t o s , biológicamente d e t e r m i n a d o s , q u e c o n s t i t u y e n u n c o m p o -
n e n t e d e l a m e n t e h u m a n a , l a f a c u l t a d bngüística.
M e d i a n t e este d e s p l a z a m i e n t o n o s e n f r e n t a m o s p o r f i n c o n las
p r e g u n t a s ( 1 ) d e l Capítulo 1 . E n t r a b a j o s anteriores', la r e s p u e s t a a ( l i )
era l a d e q u e e l c o n o c i m i e n t o d e la lengua consiste e n e l c o n o c i -
m i e n t o d e u n cierto sistema d e reglas; la respuesta a ( l i i ) l a d e q u e
este c o n o c i m i e n t o tiene s u o r i g e n e n u n estado inicial S ( O ) q u e trans-
f o r m a l a e x p e r i e n c i a e n u n « e s t a d o estable» S ( S ) , q u e e n t r a ñ a u n a
l e n g u a - I . L a adquisición d e l a l e n g u a c o n s i s t e p u e s e n e l a u m e n t o
d e l a l m a c e n a m i e n t o d e r e g l a s o e n l a modificación d e e s e s i s t e m a a
m e d i d a q u e se p r o c e s a n n u e v o s datos. L a p r e g u n t a (1 i i i ) se d i v i d e
e n d o s p a r t e s : . u n «problema d e l a percepción» y u n «problema d e
l a p r o d u c c i ó n » . E l p r o b l e m a d e l a p e r c e p c i ó n s e trataría m e d i a n t e
l a c o n s t r u c c i ó n d e u n a n a l i z a d o r (parser) q u e i n c o r p o r a r a l a s r e g l a s
de l a l e n g u a - I j u n t o c o n o t r o s e l e m e n t o s ; u n a c i e r t a organización d e
la m e m o r i a y d e l a c c e s o a e l l a (quizás u n a c i e r t a • e s t r u c t u r a d e s e n - '
c a d e n a n t e d e t e r m i n i s t a c o n u n a m e m o r i a p r o v i s i o n a l (buffer) d e u h
c i e r t o t a m a ñ o ; véase M a r c u s , 1 9 8 0 ) , c i e r t a s e s t r a t e g i a s h e u r í s t i c a s , y
c o s a s así. U n a n a l i z a d o r n o p r o y e c t a r í a l a s e x p r e s i o n e s e n s u s e s -
t r u c t u r a s e n laf o r m a e n q u e se e n c u e n t r a n asociadas p o rl a l e n g u a - I .
P o r e j e m p l o , u n a n a l i z a d o r n o l o conseguiría e n e l c a s o d e l a s d e -
n o m i n a d a s « o r a c i o n e s - s e n d e r o (garden-path sentences)» o e n las
1 2
oraciones q u e sobrecargan la m e m o r i a c o n pasos d e izquierda a d e -
r e c h a , reflejaría l a s d i f i c u l t a d e s q u e s e e x p e r i m e n t a n c o n l a s o r a c i o -
nes c o m o ( 8 ) - ( 1 4 ) d e l Capítulo 1 y c o n o t r a s . E l p r o b l e m a d e l a
p r o d u c c i ó n e s m u c h o m á s o s c u r o ; v o l v e r e m o s s o b r e él.
La lengua-E, q u e fue elobjeto d eestudio en la m a y o r parte d e
las g r a m á t i c a s t r a d i c i o n a l e s o e s t r u c t u r a l i s t a s o e n l a p s i c o l o g í a c o n -
d u c t i s t a , se c o n c i b e a h o r a t o d o l o más c o m o u n epifenómeno. S u
e s t a t u s es p a r e c i d o a l - d e o t r o s o b j e t o s d e r i v a d o s c o m o , p o r e j e m p l o ,
el c o n j u n t o d e l o s p a r e a d o s , q u e también s e e n c u e n t r a d e t e r m i n a d o
p o r la l e n g u a - I q u e c o n s t i t u y e el sistema de c o n o c i m i e n t o alcanzado.
Se p u e d e a r g u m e n t a r q u e e l e s t a t u s d e l a l e n g u a - E es c o n s i d e r a b l e -
m e n t e más o s c u r o q u e e l d e l c o n j u n t o d e l o s p a r e a d o s , p u e s t o q u e
éste s e e n c u e n t r a d e t e r m i n a d o d e u n a f o r m a c o m p l e t a p o r l a l e n -
n L i s q u e t i e n d e n a d a r u n análisis t a l s o , c o m o e l e j e m p l o d e T h o m a s B c v e r «the
h n r s c r a c e d p a s t t h e b a r n f e l l - / e l c a b a l l o corría p a s a d o e l g r a n e r o c a y ó / , e n e l q u e
g e n e r a l m e n t e se c o n s i d e r a q u e las p r i m e r a s seis p a l a b r a s c o n s t i t u y e n u n a cláusula c o m -
p l e r a . s i n d a r u n a interpretación a l a última p a l a b r a , a u n q u e , s i s e r e f l e x i o n a , es c l a r o
q u e l a expresión e s . u n a oración b i e n f o r m a d a q u e e n u n c i a q u e cayó u n c i e r t o c a b a l l o ,
a s a b e r , e l q u e corría p a s a d o e l g r a n e r o .
Los conceptos d e l lenguaje 41
g u a - I , m i e n t r a s q u e l o s límites d e l a l e n g u a - E s e p u e d e n d e t e r m i n a r
de u n a u o t r a f o r m a , d e p e n d i e n d o d edecisiones a r b i t r a r i a s s o b r e l o
q u e deberían c o n t e n e r .
Jie¿imTÍerirJo _J^em l pues el siguiente panorama. L a facultad
lingüística e s u n s i s t e m a d i f e r e n c i a d o d e l a m e n t e / c e r e b r o c o n u n
e s t a d o i n i c i a l S ( O ) común a t o d a l a e s p e c i e ( e n u n a p r i m e r a a p r o x i -
mación, p r e s c i n d i e n d o - d e l a patología, e t c . ) y , a l p a r e c e r , único e n
aspectos esenciales . C o nu n a experiencia a p r o p i a d a , esta facultad
l 3
p a s a d e l e s t a d o S ( O ) a u n e s t a d o r e l a t i v a m e n t e e s t a b l e S ( S ) , q u e sólo
e x p e r i m e n t a u n a m o d i f i c a c i ó n periférica ( p o r e j e m p l o , l a a d q u i s i c i ó n
d e n u e v o s e l e m e n t o s l é x i c o s ) . E l e s t a d o a l c a n z a d o i n c o r p o r a una
lengua-I ( e l e s t a d o d e p o s e e r o c o n o c e r u n a lengua-I d e t e r m i n a d a ) .
L a G U e s ¡a teoría d e S ( O ) ; l a s g r a m á t i c a s p a r t i c u l a r e s s o n Jas teorías
de las d i f e r e n t e s l e n g u a s - I . L a s l e n g u a s - I q u e se p u e d e n o b t e n e r a
partir d e u n S ( O ) fijo y u n a experiencia c a m b i a n t e s o n las lenguas
h u m a n a s q u e s o n accesibles, d o n d e p o r «lengua» e n t e n d e m o s p u e s
lengua-I. E l estado estable tiene d o s c o m p o n e n t e s q u e se p u e d e n
d i s t i n g u i r analíticamente, a u n q u e s e l o s p u e d a u n i r y e m p a r e j a r : u n
c o m p o n e n t e q u e e s específico d e l a l e n g u a e n c u e s t i ó n y l a c o n t r i -
bución d e l e s t a d o i n i c i a l . E l p r i m e r o c o n s t i t u y e l o q u e « s e aprende-»,
s i es q u e e s éste e l c o n c e p t o a p r o p i a d o q u e e s p r e c i s o e m p l e a r para
d a r c u e n t a d e l a transición d e l a f a c u l t a d l i n g ü í s t i c a d e s d e e l estado
i n i c i a l a l d e m a d u r e z , p o r q u e podría n o s e r l o . 1 4
E l s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o o b t e n i d o , l a l e n g u a - I , a s i g n a u n es-
t a t u s a c a d a h e c h o físico r e l e v a n t e , p o r e j e m p l o , a c a d a o n d a s o n o r a .
A l g u n o s s o noraciones c o nu n significado determinado (literal, figu-
r a d o , o c o m o s e a ) . A l g u n o s s o n i n t e l i g i b l e s , quizás c o n u n s i g n i f i -
c a d o d e t e r m i n a d o , p e r o están m a l f o r m a d a s p o r u n a u o t r a r a z ó n ( e n
a l g u n o s d i a l e c t o s «el niño p a r e c e d u r m i e n d o » , « a q u i é n p r e g u n t a s t e
qué d a r » ; « a quién p r e g u n t a s t e q u i é n d i o e l l i b r o » e n t o d o s ) . A l g u -
n o s están b i e n f o r m a d o s , p e r o s o n i n i n t e l i g i b l e s . A a l g u n o s s e les
a s i g n a u n a i n t e r p r e t a c i ó n fonética, p e r o sólo e s o ; s e i d e n t i f i c a n c o m o
posibles oraciones d e alguna lengua, pero n o d el a propia. A l g u n o s
son m e r o ruido. Existen muchas posibilidades. Diferentes lenguas-I
asignarán u n e s t a t u s d i f e r e n t e d e n t r o d e e s t a s u o t r a s c a t e g o r í a s . L a
noción d e l e n g u a - E n o o c u p a ningún l u g a r e n e s t e p a n o r a m a . N o
13E v i d e n t e m e n t e las c u e s t i o n e s d e l l u n a t i s m o y d e l a p r o p i e d a d específica d e l a
especie son distintas. Seh a alegado q u e y o m i s m o y o t r o s h e m o s c o n s i d e r a d o «inna-
t o , y «específico d e l a e s p e c i e - c o m o e x p r e s i o n e s «sinónimas» ( C a r t m i l l , 1 9 8 4 ) . N o
sé d e n i n g ú n e j e m p l o d e u n a c o n f u s i ó n así, a u n q u e e x i s t e u n b u e n número d e artícu-
los q u e l a r e f u t a n .
" Véase C h o m s k y ( 1 9 8 0 b ) , págs. 1 3 4 - 1 3 9 .
42 Noam Chomsky
e x i s t e n c u e s t i o n e s d e corrección p a r a l a s l e n g u a s - E , s e c a r a c t e r i c e n
c o m o s e c a r a c t e r i c e n , p o r q u e l a s l e n g u a s - E sólo s o n a r t e f a c t o s . P o -
d e m o s d e f i n i r «lengua-E» d e u n a f o r m a u o t r a , o d e n i n g u n a , p u e s t o
q u e e s t e c o n c e p t o n o d e s e m p e ñ a n i n g ú n p a p e l e n u n a teoría d e l
lenguaje.
Se imponía e l d e s p l a z a m i e n t o d e l a l e n g u a - E a l a l e n g u a - I , q u e
r e v i v e y m o d i f i c a t r a d i c i o n e s m u c h o más a n t i g u a s . E l c o n c e p t o téc-
n i c o d e l e n g u a - E es i n s e g u r o e n d o s a s p e c t o s a l m e n o s . E n p r i m e r
l u g a r , c o m o se a c a b a d e i n d i c a r , las l e n g u a s e n este s e n t i d o n o s o n
objetos d e lm u n d o real, sino q u e s o n constructos artificiales, e n a l -
g u n a f o r m a a r b i t r a r i o s y quizás n o d e m a s i a d o i n t e r e s a n t e s . E n c o n -
traste, e l estado estable d e c o n o c i m i e n t o o b t e n i d o . y .el estado i n i c i a l
S ( O ) s o n e l e m e n t o s reales d e mentes/cerebros particulares, aspectos
d e l m u n d o físico, e n l a m e d i d a e n q u e c o n c e b i m o s l o s e s t a d o s y
r e p r e s e n t a c i o n e s m e n t a l e s c o m o c o d i f i c a d o s d e a l g u n a f o r m a física.
L a l e n g u a - I se a b s t r a e d i r e c t a m e n t e c o m o u n . c o m p o n e n t e d e l e s t a d o
o b t e n i d o . L a s afirmaciones sobre la l e n g u a - I , sobre el estado estable,
y s o b r e e l e s t a d o i n i c i a l S ( O ) s o n a f i r m a c i o n e s v e r d a d e r a s o falsas,
s o b r e algo real y d e t e r m i n a d o , s o b r e estados reales d e l a m e n t e / c e -
r e b r o y sus c o m p o n e n t e s ( c o nlas idealizaciones y a discutidas). L a
G U y l a s teorías d e l a s l e ñ g u a s - I , l a gramática u n i v e r s a l y l a s p a r t i -
c u l a r e s están a l a p a r d e l a s teorías científicas p e r t e n e c i e n t e s a o t r o s
á m b i t o s ; l a s teorías d e l a s l e n g u a s - E , s i e s q u e s e p u e d e n t o m a r e n
c u e n t a , t i e n e n u n e s t a t u s d i f e r e n t e y más o s c u r o , p o r q u e n o e x i s t e
n i n g ú n o b j e t o e n e l m u n d o r e a l q u e l e s c o r r e s p o n d a . L a lingüística,
concebida c o m o el estudio de la lengua-I y de S ( O ) constituye u n a
p a r t e d e l a psicología, e n ú l t i m a i n s t a n c i a d e l a biología. L a l i n g ü í s -
tica quedará i n c o r p o r a d a a l a s ciencias n a t u r a l e s e n l a m e d i d a e n q u e
se d e s c u b r a n l o s m e c a n i s m o s c o n l a s p r o p i e d a d e s r e v e l a d a s p o r e s t o s
e s t u d i o s d e u n a abstracción s u p e r i o r ; d e h e c h o , h a y q u e e s p e r a r q u e
e s t o s e s t u d i o s c o n s t i t u y a n u n p a s o n e c e s a r i o h a c i a u n a investigación
sena d e esos m e c a n i s m o s . C o n otras palabras, n o o b s t a n t e ser u n
1 5
c o n s t r u c t o , l a l e n g u a - E se e n c u e n t r a más a l e j a d a d e l o s m e c a n i s m o s
q u e l a l e n g u a - I , e n u n o r d e n s u p e r i o r d e abstracción. E n c o n s e c u e n -
cia, e l c o n c e p t o h a c e s u r g i r u n a m u l t i t u d d e p r o b l e m a s n u e v o s , y
Sobre esta cuestión, véase Marr (1982). Obsérvese que la cuestión de la legiti-
1 1
midad o el sentido de una interpretación de la ciencia en general no es lo que está en
cuestión; más bien no parece plantearse nada nuevo en principio en el caso del estudio
de la lengua-l y sus orígenes. Si se quiere considerar la cuestión del realismo, la psi-
cología y la lingüística parecen una pobre elección; la cuestión se debería plantear en
ciencias mis avanzadas, donde existen mayores esperanzas de progresar en la cues-
tión. Véase Chomsky (1980) para más discusión. ,
Los conceptos del lenguaje 43
n o resulta evidente q u emerezca la pena a f r o n t a r l o s o tratar d e r e -
solverlos, dada la naturaleza artificial d e l c o n s t r u c t o y s u aparente
i n u t i l i d a d e n u n a teoría d e l l e n g u a j e .
E l d e s p l a z a m i e n t o c o n s t i t u y e también j u s t i f i c a b l e m e n t e u n d e s -
p l a z a m i e n t o h a c i a l a n o c i ó n c o m ú n d e l e n g u a . L o c u a l es m e n o s
i m p o r t a n t e q u e l a t e n d e n c i a h a c i a e l r e a l i s m o y también m e n o s c l a r o
p o r q u e , c o m o s e h a o b s e r v a d o , t o d o s l o s e n f o q u e s s e desvían d e l
c o n c e p t o común e n d i v e r s o s a s p e c t o s . P e r o p a r e c e q u e , c u a n d o h a -
b l a m o s d e q u e u n a p e r s o n a sabe u n a lengua, n o q u e r e m o s decir q u e
conoce u n c o n j u n t o infinito de oraciones, o de pares s o n i d o - s i g n i -
f i c a d o c o n s i d e r a d o s e n c u a n t o a s u extensión, o u n c o n j u n t o d e a c t o s
o c o n d u c t a s ; más b i e n q u e r e m o s d e c i r q u e l a p e r s o n a sabe l o q u e
h a c e q u e e l s o n i d o y e l s i g n i f i c a d o se r e l a c i o n e n d e u n a f o r m a e s -
pecífica, l o q u e h a c e q u e « v a y a n j u n t o s » , u n a p a r t i c u l a r c a r a c t e r i z a -
ción d e u n a función q u i z á s . L a p e r s o n a t i e n e « u n a n o c i ó n d e e s t r u c -
tura» y c o n o c e l a l e n g u a - I e n c u a n t o c a r a c t e r i z a d a p o r l a g r a m á t i c a
d e l lingüista. C u a n d o d e c i m o s q u e e s u n a r e g l a d e l inglés q u e e l
o b j e t o s i g u e a l v e r b o , d i s t i n t a d e l a r e g l a d e l japonés d e q u e e l v e r b o
sigue a l o s o b j e t o s , n o estamos a f i r m a n d o q u e existe u n a regla para
algún c o n j u n t o d e o r a c i o n e s o d e c o n d u c t a s , s i n o más b i e n q u e es
u n a r e g i a p e r t e n e c i e n t e a u n s i s t e m a d e r e g l a s , e l inglés, u n a l e n -
g u a - I . L a s reglas d e l a l e n g u a n o s o n reglas d e u n c o n j u n t o i n f i n i t o
de o b j e t o s f o r m a l e s o d e acciones potenciales, s i n o q u e s o n reglas
q u e c o n f o r m a n o c o n s t i t u y e n l a l e n g u a , c o m o l o s Artículos d e la
Constitución o l a s r e g l a s d e l a j e d r e z ( n o u n c o n j u n t o d e m o v i m i e n -
t o s , s i n o u n j u e g o , u n s i s t e m a d e t e r m i n a d o d e r e g l a s ) . E n t r e las-
d i f e r e n t e s n o c i o n e s técnicas q u e s e h a n d e s a r r o l l a d o e n e l e s t u d i o
d e l l e n g u a j e , e l c o n c e p t o d e l e n g u a - I p a r e c e más p r ó x i m o q u e o t r o s
a l a noción común.
E l d e s p l a z a m i e n t o d e p e r s p e c t i v a d e s d e e l c o n c e p t o técnico d e
l e n g u a - E a l c o n c e p t o técnico d e l e n g u a - I c o n s i d e r a d o c o m o o b j e t o
d e investigación c o n s t i t u y e p o r t a n t o u n d e s p l a z a m i e n t o e n l a d i r e c -
ción d e l r e a l i s m o e n d o s a s p e c t o s : e l e s t u d i o d e u n o b j e t o r e a l , e n
vez de u n c o n s t r u c t o artificial, y el estudio de l o q u e realmente
q u e r e m o s d e c i r c o n « u n a lengua» o «el c o n o c i m i e n t o d e l a l e n g u a »
e n e l u s o común ( p r e s c i n d i e n d o u n a v e z más d e f a c t o r e s sociopolí-
t i c o s o normativo-teleológicos).
L a p r i m e r a d e l a s c o n s i d e r a c i o n e s es l a más c l a r a y l a m á s i m -
p o r t a n t e . N o es d e e s p e r a r q u e l o s c o n c e p t o s q u e s o n a p r o p i a d o s
p a r a l a d e s c r i p c i ó n y l a c o m p r e n s i ó n d e u n s i s t e m a d e l m u n d o físico
(esto es, l a l e n g u a - I y S ( O ) ) i n c l u y a n c o n c e p t o s s i m i l a r e s d e l h a b l a
n o r m a l , d e l m i s m o m o d o q u e l o s c o n c e p t o s d e m a s a y energía.del
físico n o s o n l o s d e u s o c o t i d i a n o . A d e m á s , s e p l a n t e a n m u c h a . ,
 Noam Chomsky
c u e s t i o n e s s o b r e l a utilización d e l o s c o n c e p t o s i n t u i t i v o s q u e n o
t i e n e n u n a r e l e v a n c i a e v i d e n t e p a r a l a investigación d e l a n a t u r a l e z a
d e l o s o b j e t o s reales, l a l e n g u a - I y S ( O ) . P o r e j e m p l o , supóngase
q u e u n m a r c i a n o c o nu n a clase m u y d i f e r e n t e d e m e n t e / c e r e b r o p r o -
d u j e r a y c o m p r e n d i e r a l a s o r a c i o n e s d e l inglés c o m o n o s o t r o s p e r o ,
c o m o demostraría la investigación, u t i l i z a n d o e l e m e n t o s y r e g l a s m u y
diferentes, p o r e j e m p l o , s i n palabras, siendo los sintagmas m e m o n -
z a d o s l a s u n i d a d e s mínimas e m p l e a d a s , y c o n u n s i s t e m a d e reglas
y u n a G U c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e s . ¿Diríamos q u e e l m a r c i a n o
h a b l a , l a m i s m a ( e n g u a ? ¿ D e n t r o d e q u é límites l o d i r í a m o s ? c u e s -
tiones parecidas se plantean sobre si u n sistema artificial exhibe u n a
c i e r t a f o r m a d e i n t e l i g e n c i a o comprensión. P u e d e n s e r c u e s t i o n e s
r a z o n a b l e s s i s e r e f i e r e n a l o s c o n c e p t o s i n t u i t i v o s d e l e n g u a én e l
u s o c o l o q u i a l , p e r o n o está c l a r o q u e t e n g a n m u c h a r e l e v a n c i a e n l a
investigación d e l o s o b j e t o s d e l m u n d o r e a l , l a l e n g u a - I y e l e s t a d o
inicial S ( O ) . t 6
El desplazamiento conceptual de lalengua-E a lalengua-I, dela
c o n d u c t a y s u s p r o d u c t o s a l s i s t e m a d e c o n o c i m i e n t o q u e e n t r a eñ
la c o n d u c t a , resultó o s c u r e c i d o e n l a h i s t o r i a p u b l i c a d a e n p a r t e p o r
factores accidentales, y l o s pasajes expositivos considerados fuera de
c o n t e x t o d i e r o n lugar a malentendidos ocasionales : También c o n - 1 7
t r i b u y e r o n a e s e m a l e n t e n d i d o a l g u n a s d e c i s i o n e s terminológicas
c u e s t i o n a b l e s . E n l a bibliografía d e l a g r a m á t i c a g e n e r a t i v a , s e h a
u t i l i z a d o r e g u l a r m e n t e e l término «lengua» p a r a l a l e n g u a - E e n e l
s e n t i d o d e u n c o n j u n t o d e o r a c i o n e s b i e n f o r m a d a s , más o m e n o s
d e a c u e r d o c o n l a definición d e l e n g u a d e B l o o m f i e l d c o m o « t o t a l i -
d a d d e proferencias». Se h a u t i l i z a d o e l término «gramática» c o n u n a
ambigüedad sistemática, p a r a r e f e r i r s e a l o q u e aquí h e m o s d e n o m i -
n a d o « l e n g u a - I » y t a m b i é n a l a teoría d e l lingüista s o b r e l a l e n g u a - I ;
l o m i s m o o c u r r i ó c o n e l t é r m i n o « G U » , i n t r o d u c i d o más t a r d e c o n
l a m i s m a s i s t e m á t i c a a m b i g ü e d a d , r e f e r i d o a S ( O ) y a l a teoría d e
l k P a r a u n c o m e n t a r i o s o b r e l a c u e s t i ó n g e n e r a l , véase E n e ( 1 9 8 3 ) .
" S o b r e a l g u n a s i n t e r p r e t a c i o n e s erróneas, q u e se r e p i t e n e n o t r o s t r a b a j o s p o s -
t e r i o r e s q u e anuí n o comentaré, Véase C h o m s k y ( 1 9 8 0 b ) , págs. 1 2 3 - 1 2 8 . E n c u a n t o a
la h i s t o r i a p u b l i c a d a , l a s p r i m e r a s p u b l i c a c i o n e s s o b r e g r a m á t i c a g e n e r a t i v a s e p r e s e n -
t a r o n e n u n m a r c o s u g e r i d o p o r c i e r t a s c u e s t i o n e s d e l a teoría d e autómatas ( p o r e j e m -
p l o , m i s Syntactic Structurcs, 1957, e n realidad unas notas d eu n curso para estudian-
tes e n e l M I T y q u e , p o r t a n t o , s e p r e s e n t a b a n d e s d e u n p u n t o d e v i s t a r e l a c i o n a d o
c o n l o s i n t e r e s e s d e e s o s e s t u d i a n t e s ) . E l t r a b a j o específicamente lingüístico, c o m o
C h o m s k y ( 1 9 7 5 a ) , n o e r a p u b l i c a b l e p o r l a época. E n éste, l a s c o n s i d e r a c i o n e s s o b r e
la c a p a c i d a d g e n e r a t i v a d é b i l ( e s t o e s , l a c a r a c t e r í z a b i l i d a d d e l a s l e n g u a s - E ) s o b r e l o s
a u t ó m a t a s f i n i t o s y d e m á s b r i l l a b a n p o r s u a u s e n c i a , y s e insistía e n l a I e n g u a - I , a u n -
q u e n o se u s a b a e l término.
Los conceptos del lenguaje 45
S ( O ) . C o m o a l o q u e s e atendía e r a a l a l e n g u a - I , y l a l e n g u a - E e r a
u n constructo derivado y e n buena medida artificial, n o s encontra-
m o s c o n l a situación p a r a d ó j i c a d e q u e e n l a investigación d e d i c a d a
a l a l e n g u a r a r a s v e c e s a p a r e c e el-término «lengua». E n m i l i b r o d e
1 9 6 5 , Aspectos de la teoría de la sintaxis, p o r e j e m p l o , n o e x i s t e
« l e n g u a » e n e l índice, p e r o h a y m u c h a s e n t r a d a s b a j o e l r ó t u l o « g r a -
mática», q u e p o r l o g e n e r a l se r e f i e r e n a l a l e n g u a - I .
H u b i e r a s i d o p r e f e r i b l e u t i l i z a r e l término «lengua» e n u n s e n -
t i d o m á s próximo a l i n t u i t i v o d e l a utilización i n f o r m a l , e s t o e s ,
u t i l i z a r e l t é r m i n o « l e n g u a » c o m o u n t é r m i n o técnico e n l u g a r . d e
« g r a m á t i c a (generativa)» ( e n e l s e n t i d o d e l e n g u a - I ) , a d o p t a n d o a l
t i e m p o u n t é r m i n o técnico ( q u i z á s l e n g u a - E ) p a r a l o q u e s e l l a m a b a
«lengua». E n t o n c e s e l término «gramática (generativa)» habría s i d o
u t i l i z a d o n a t u r a l m e n t e p a r a l a teoría d e l l i n g ü i s t a s o b r e l a l e n g u a ( - 1 ) ,
d e a c u e r d o c o n l a s d i r e c t r i c e s d e l a discusión a n t e r i o r . D e e s t a f o r m a
se p o d r í a n h a b e r e v i t a d o m u c h a s c o n f u s i o n e s . S o s p e c h o q u e e l d e -
b a t e d e l o s p a s a d o s años s o b r e s u p u e s t o s p r o b l e m a s r e f e r e n t e s a l o s
c o n c e p t o s d e gramática y c o n o c i m i e n t o podría c o n s i d e r a r s e d e a c u e r -
d o c o n estas e l e c c i o n e s terminológicas d e s a f o r t u n a d a s , q u e r e f o r z a -
r o n c o m p a r a c i o n e s i n a p r o p i a d a s c o n las ciencias f o r m a l e s y d i e r o n
l u g a r 'a l a i d e a errónea d e q u e e l e s t u d i o d e l a gramática p l a n t e a
c u e s t i o n e s filosóficas n u e v a s , c o m p l e j a s y q u i z á s i n t r a t a b l e s , e n c o m -
paración c o n e l e s t u d i o d e l a l e n g u a - E .
L a i n a p r o p i a d a elección d e t é r m i n o s f u e e n p a r t e u n a c c i d e n t e
histórico. E l e s t u d i o d e l a gramática g e n e r a t i v a s e desarrolló a p a r t i r
de. l a c o n f l u e n c i a d e d o s t r a d i c i o n e s i n t e l e c t u a l e s : l a gramática t r a -
dicional y estructuralista y el estudio de los sistemas formales. A u n -
q u e e x i s t e n p r e c u r s o r e s i m p o r t a n t e s , estas c o r r i e n t e s i n t e l e c t u a l e s n o
c o n c l u y e r o n e n r e a l i d a d h a s t a m e d i a d o s d e l o s años c i n c u e n t a , c u a n -
d o se a p l i c a r o n ideas adaptadas d e l e s t u d i o d e l o s sistemas f o r m a l e s
a l o s s i s t e m a s m u c h o más c o m p l e j o s d e l l e n g u a j e n a t u r a l , t r a t a n d o
d e h a c e r j u s t i c i a a s u riqueza r e a l y , e n i o s años p o s t e r i o r e s , a s u
variedad efectiva, haciendo posible p o r v e z p r i m e r a e n verdad d a r
u n c o n t e n i d o a l a f o r i s m o d e H u m b o l d t d e q u e e l l e n g u a j e entraña
«el u s o i n f i n i t o d e m e d i o s finitos», e s t a n d o l a l e n g u a - I c o n s t i t u i d a
p o r esos m e d i o s finitos.
P e r o e l e s t u d i o d e l o s l e n g u a j e s f o r m a l e s inducía a confusión e n
e l s i g u i e n t e a s p e c t o . C u a n d o e s t u d i a m o s e l l e n g u a j e d e l a aritmética,
p o r ejemplo, podemos considerarlo c o m o u n objeto abstracto
«dado»: u n a clase i n f i n i t a d e o r a c i o n e s escritas e n u n a d e t e r m i n a d a
P a r a m á s d i s c u s i ó n s o b r e e s t a c u e s t i ó n , véase C h o m s k y ( 1 9 8 0 b ) .
46 Noam Chomsky
n o t a c i ó n . A l g u n a s e x p r e s i o n e s e s c r i t a s e n e s t a noción s o n o r a c i o n e s
b i e n f o r m a d a s , otras n o . Y , entre las oraciones b i e n f o r m a d a s , algu-
n a s e x p r e s a n v e r d a d e s d e l a aritmética, o t r a s n o . U n a « g r a m á t i c a »
d e u n s i s t e m a d e e s t a c l a s e es s e n c i l l a m e n t e u n c o n j u n t o d e r e g l a s
q u e especifica d e f o r m a exacta las o r a c i o n e s b i e n f o r m a d a s . E n este
c a s o , n o s e p l a n t e a n c u e s t i o n e s u l t e r i o r e s s o b r e u n a elección c o r r e c t a
de la gramática y n o se d a v e r d a d o falsedad a la h o r a d e e s c o g e r
e n t r e g r a m á t i c a s así. L o m i s m o se p u e d e ' d e c i r e n b u e n a m e d i d a d e
las a x i o m a t i z a c i o n e s a l t e r n a t i v a s , a u n q u e e n este c a s o s a b e m o s q u e
n i n g u n a d e e l l a s c a p t u r a r á d e f o r m a e x a c t a l a s v e r d a d e s . R e s u l t a fácil
e n t e n d e r cómo se p u e d e e x t r a e r d e l e s t u d i o d e l o s l e n g u a j e s f o r m a l e s
l a i d e a d e q u e e l « l e n g u a j e » s e e n c u e n t r a d e algún m o d o d a d o c o m o
(
c o n j u n t o d e s e n t e n c i a s o d e p a r e s oración-significado, m i e n t r a s q u e
l a g r a m á t i c a es u n a c a r a c t e r i z a c i ó n d e e s e c o n j u n t o i n f i n i t o d e o b -
j e t o s y , c o m o p o r c o n s i g u i e n t e se p u e d e p e n s a r , u n c o n s t r u c t o q u e
se p u e d e s e l e c c i o n a r d e u n a f o r m a y o t r a d e p e n d i e n d o d e l a c o n v e -
n i e n c i a o d e o t r o s i n t e r e s e s . S e p u e d e e n t e n d e r este d e s p l a z a m i e n t o , \
pero v a desencaminado y h a engendrado u n a buena cantidad de dis-
c u s i o n e s y c o n t r o v e r s i a s estériles.
Recuérdese l a conclusión d e ' Q u i n e , c i t a d a a n t e r i o r m e n t e
(pág. 3 5 ) , d e q u e n o t i e n e s e n t i d o c o n s i d e r a r u n a g r a m á t i c a más « c o -
rrecta» q u e o t r a , s i s o n e x t e n s i o n a l m e n t e e q u i v a l e n t e s , y l a s d u -
d a s d e L e w i s s o b r e q u e h a y a a l g u n a f o r m a «de d a r u n s e n t i d o o b -
j e t i v o a l a afirmación d e q u e u n a g r a m á t i c a G es u t i l i z a d a p o r u n a
p o b l a c i ó n P , m i e n t r a s q u e n o l o es l a g r a m á t i c a ^ ' , q u e g e n e r a l a
m i s m a l e n g u a q u e G». E s c o m p l e t a m e n t e c i e r t o q u e , para cada l e n -
g u a - E , s e a c u a l sea l a f o r m a q u e e l i j a m o s d e d e f i n i r esta noción,
e x i s t e n m u c h a s gramáticas ( e s t o es, m u c h a s gramáticas, c a d a u n a d e
l a s c u a l e s es u n a teoría d e u n a l e n g u a p a r t i c u l a r q u e d e t e r m i n a e s a
l e n g u a - E d e a c u e r d o c o n u n a c i e r t a convención a d o p t a d a ) . . P e r o
esto carece de consecuencias relevantes. E n el caso de u n sistema f o r -
m a l , p o r e j e m p l o l a aritmética ( q u e s u p u e s t a m e n t e es e l m o d e l o e n
q u e se p i e n s a ) , s u p o n e m o s q u e se e n c u e n t r a «dado» e l c o n j u n t o d e
las fórmulas b i e n f o r m a d a s e n u n a d e t e r m i n a d a notación, y e l e g i m o s
l a «gramática» ( l a s r e g l a s d e formación) a n u e s t r o a r b i t r i o . P e r o l a
l e n g u a - E n o s e e n c u e n t r a «dada».- L o q u e s e l e « d a » a l niño e s u n a
s e r i e f i n i t a d e d a t o s , s o b r e c u y a b a s e l a m e n t e d e l niño ( q u e i n c o r -
p o r a S ( O ) ) c o n s t r u y e u n a l e n g u a - I q u e asigna u n estatus a cada e x -
presión, y q u e p o d e m o s c o n c e b i r c o m o g e n e r a d o r a d e u n a l e n g u a - E
d e a c u e r d o c o n u n a u o t r a convención e s t i p u l a d a ( o p o d e m o s p r e s -
c i n d i r d e este p a s o a p a r e n t e m e n t e s u p e r f l u o ) . L o q u e se l e d a a l
lingüista s o n s e r i e s f i n i t a s d e d a t o s p r o c e d e n t e s d e d i f e r e n t e s c o m u -
n i d a d e s lingüísticas, q u e i n c l u y e n m u c h o s , d a t o s n o a c c e s i b l e s p a r a
Los conceptos del lenguaje A?
e l q u e a p r e n d e l a l e n g u a , s o b r e c u y a b a s e e l l i n g ü i s t a intentará d e s -
c u b r i r l a n a t u r a l e z a d e S ( O ) y l a s l e n g u a s - I p a r t i c u l a r e s q u e se o b -
t i e n e n . L a explicación d e Q u i n e , L e w i s y o t r o s l o r e f i e r e t o d o a i •
revés: l a s l e n g u a s - E n o están d a d a s , s i n o q u e s o n d e r i v a d a s , más
alejadas d e Jos d a t o s y d e l o s m e c a n i s m o s q u e las l e n g u a s - I y las
g r a m á t i c a s q u e s o n l a s teorías d e Jas l e n g u a s - I ; Ja elección d e l a
lengua-E plantea p o r tanto u n a m u l t i t u d de problemas' nuevos y
a d i c i o n a l e s a l m a r g e n d e l o s c o n e c t a d o s c o n la gramática y c o n la
l e n g u a - I . N o resulta claro q u e merezca la pena enfrentarse c o n estos
p r o b l e m a s , o tratar de r e s o l v e r l o s , p o r q u e el c o n c e p t o de l e n g u a - E ,
se c o n s t r u y a c o m o s e c o n t r u y a , p a r e c e c a r e c e r d e significación. E s ,
s e n c i l l a m e n t e : errónea l a c r e e n c i a d e q u e l a l e n g u a - E es u n a n o c i ó n
m u y c l a r a , m i e n t r a s q u e l a l e n g u a - I o l a gramática p l a n t e a n p r o b l e -
m a s filosóficos s e r i o s , q u i z á s i n t r a t a b l e s . L o c i e n o es j u s t a m e n t e l o
o p u e s t o . E x i s t e n m u c h o s p r o b l e m a s r e f e r e n t e s a las n o c i o n e s d e l e n -
g u a - I y d e gramática, p e r o n o l o s q u e se p l a n t e a n e n e s t a s d i s c u s i o n e s .
Es preciso indicar q u e las caracterizaciones a c o s t u m b r a d a s de la
«lengua» c o m o código o j u e g o a p u n t a n j u s t a m e n t e a l a l e n g u a - I , n o
a l c o n s t r u c t o a r t i f i c i a l q u e es Íengua-É. U n c ó d i g o n o es u n c o n -
j u n t o d e r e p r e s e n t a c i o n e s , s i n o más b i e n u n s i s t e m a específico d e
reglas q u e asigna r e p r e s e n t a c i o n e s codificadas o r e p r e s e n t a c i o n e s d e
mensajes. A u n q u e sean e x t e n s i o n a l m e n t e equivalentes e n las asigna-
c i o n e s mensaje-código q u e p r o p o r c i o n a n , d o s códigos p u e d e n s e r
d i f e r e n t e s . I g u a l m e n t e , u n j u e g o n o es u n c o n j u n t o d e m o v i m i e n t o s ,
sino antes b i e n el sistema d e reglas q u e l o s sustenta. E l c o n c e p t o
s a u s s u r e a n o d e langue, a u n q u e m u c h o más l i m i t a d o e n s u c o n c e p -
ción, se p u e d e i n t e r p r e t a r e n e s t e s e n t i d o c o m o a p r o p i a d o . L o m i s -
m o se p u e d e d e c i r . d e l a definición d e l e n g u a d a d a p o r Q u i n e , «un
c o m p l e j o d e las d i s p o s i c i o n e s p r e s e n t e s p a r a l a c o n d u c t a verba!» e n
la m e d i d a e n q u e a p u n t a a u n e s t a d o i n t e r n o y n o a l a l e n g u a - E ,
aunque resulte inaceptable p o rotras razones: p o r q u e d o s i n d i v i d u o s
que hablen la m i s m a lengua pueden distinguirse radicalmente e n
c u a n t o a sus d i s p o s i c i o n e s p a r a la c o n d u c t a v e r b a l , y si las d i s p o s i -
c i o n e s se c a r a c t e r i z a n e n términos d e l a p r o b a b i l i d a d d e r e s p u e s t a
b a j o c i e r t a s c o n d i c i o n e s , e n t o n c e s es i m p o s i b l e i d e n t i f i c a r e n e s o s
términos l a s l e n g u a s y , a d e m á s , s e d e j a s i n r e s p o n d e r l a p r e g u n t a
f u n d a m e n t a l s o b r e l a utilización y l a c o m p r e n s i ó n d e o r a c i o n e s n u e -
v a s . Q u i z á s l a concepción más c l a r a es l a d e J e s p e r s e n , e n t é r m i n o s
d e l a « n o c i ó n d e e s t r u c t u r a » q u e guía a l h a b l a n t e «en l a c o n s t r u c c i ó n
d e o r a c i o n e s p r o p i a s . . . , » d e «expresiones l i b r e s » .
C o m o h e m o s v i s t o , e s t a s i d e a s se c o n v i r t i e r o n e n e l o b j e t o d e
atención e n e l e s t u d i o d e l a g r a m á t i c a g e n e r a t i v a , a u n q u e n o d e í o i -
m a i n c o n t r o v e r t i d a . E l e s t r u c t u r a l i s m o d e S a u s s u r e había s i t u a d o l , i
4,8 Noam Chomsky
observación d e J e s p e r s e n s o b r e l a s « e x p r e s i o n e s libres» f u e r a d e l
á m b i t o d e l e s t u d i o d e l a e s t r u c t u r a lingüística, d e l a langue d e S a u s -
svire. B l o o m f i e l d ( 1 9 3 3 ) m a n t u v o q u e c u a n d o u n . h a b l a n t e p r o d u c e
f o r m a s lingüísticas q u e n o h a o í d o , « d e c i m o s q u e l a s p r o f i e r e según
la analogía c o n f o r m a s q u e h a o í d o » , u n a p o s i c i ó n q u e más t a r d e
adoptaron Q u i n e , C . F . H o c k e t t y otros que n i siquiera intentaron
r e s o l v e r e l p r o b l e m a . E s t a i d e a n o e s errónea, s i n o más b i e n v a c u a ,
a m e n o s q u e s e d e t a l l e e l c o n c e p t o d e analogía d e f o r m a q u e s e
e x p l i q u e p o r q u é c i e r t a s « a n a l o g í a s » s o n válidas m i e n t r a s q u e o t r a s
no l o son, u n trabajo q u e requiere u n enfoque radicalmente diferente
d e t o d a l a cuestión. P o r e j e m p l o , ¿por qué n o s e c o m p r e n d e n l a s
o r a c i o n e s , ( 6 ) y ( 7 ) d e l C a p í t u l o 1 (pág. 2 2 ) « d e a c u e r d o c o n l a
a n a l o g í a » d e ( 4 ) y ( 5 ) ¿ P o r q u é l a oración ( 1 4 ) . n o s e c o m p r e n d e « d e
a c u e r d o c o n l a a n a l o g í a » d e ninguno d e l o s e j e m p l o s a n t e r i o r e s , s i n
r e c i b i r n i n g u n a interpretación? P o d e m o s s u s t a n c i a r l a p r o p u e s t a e x -
p l i c a n d o l a «analogía» e n términos d e l e n g u a - I , u n s i s t e m a d e r e g l a s
y p r i n c i p i o s q u e asigna representaciones de f o r m a y significado a las
e x p r e s i o n e s lingüísticas, p e r o n o s e h a p r o p u e s t o o t r a f o r m a d e h a -
c e r l o y , c o n e s t a revisión n e c e s a r i a e n l a p r o p u e s t a , r e s u l t a c l a r o q u e
la «analogía» es a n t e t o d o y s i m p l e m e n t e u n c o n c e p t o i n a p r o p i a d o .
H e estado u t i l i z a n d o libremente diferentes nociones d e l sentido
común e n e s t a explicación, c o m o «conocimiento», «seguimiento d e
regias», e t c . S e h a n s u s c i t a d o d i f e r e n t e s c u e s t i o n e s s o b r e l a l e g i t i m i -
d a d d e t a l u t i l i z a c i ó n . P o r a h o r a m e limitaré a e x p o n e r l a s , v o l v i e n d o
s o b r e e l l a s e n e l C a p í t u l o 4 , a u n q u e seguiré u t i l i z a n d o l o s t é r m i n o s .
C r e o q u e l a u t i l i z a c i ó n q u e s e n a c e a q u í está r a z o n a b l e m e n t e d e
a c u e r d o c o n e l u s o común, p e r o n a d a i m p o r t a n t e se p o n e e n p e l i g r o ,
y s e p o d r í a n i n t r o d u c i r t é r m i n o s técnicos p a r a n u e s t r o s p r o p ó s i t o s ,
dándoles e l s i g n i f i c a d o q u e l a discusión r e q u i r i e r a .
E n o c a s i o n e s se h a s u g e r i d o q u e e l c o n o c i m i e n t o d e l l e n g u a j e
debería c o n c e b i r s e comparándolo c o n e l c o n o c i m i e n t o d e l a aritmé-
t i c a , c o n c e b i d a ésta c o m o u n a e n t i d a d a b s t r a c t a « p l a t ó n i c a » , e x i s t e n -
te d e f o r m a i n d e p e n d i e n t e d e c u a l e s q u i e r a e s t r u c t u r a s m e n t a l e s . l 9
N o s e p o n e e n cuestión q u e e x i s t a l o q u e h e m o s d e n o m i n a d o u n a
lengua interiorizada (descrita p o r lo q u e T h o m a s Bever ha llamado
«una psicogramática») y q u e d e s c u b r i r l a sea u n p r o b l e m a p a r a las
c i e n c i a s n a t u r a l e s . L o q u e s e s o s t i e n e es q u e , a p a r t e d e las l e n g u a s - I
p a r t i c u l a r e s , h a y a l g o más, q u e p o d e m o s l l a m a r «lenguas-P» (ín-
glés-P, japonés-P, e t c . ) , e x i s t e n t e s e n u n c i e l o platónico j u n t o a l a
a r i t m é t i c a y ( q u i z á s ) l a teoría d e c o n j u n t o s , y q u e u n a p e r s o n a , d e
v Véase K a t z ( 1 9 8 1 ) y B e v c r ( 1 9 8 3 ) .
Los conceptos del lenguaje 49
l a q u e d e c i m o s q u e s a b e inglés, p u e d e n o t e n e r e n r e a l i d a d u n c o m -
p l e t o c o n o c i m i e n t o d e l inglés-P o i n c l u s o p u e d e n o c o n o c e r l o e n
a b s o l u t o . D e f o r m a p a r e c i d a , l a m e j o r teoría d e l a l e n g u a - I , d e l o
q u e l a p e r s o n a c o n o c e e n r e a l i d a d , p u e d e n o s e r l a m e j o r teoría d e
lo q u e , d eacuerdo c o n ciertas razones, puede escogerse c o m o i n -
glés-P . 2 0 ^
S i n e m b a r g o , l a comparación c o n l a aritmética es p o c o c o n v i n -
c e n t e . E n e l c a s o d e l a aritmética, e x i s t e a l m e n o s u n a c i e r t a p l a u s i -
b i l i d a d e n p r i n c i p i o p a r a l a concepción p l a t ó n i c a , e n l a m e d i d a e n
3 u e l a s v e r d a d e s d e l a aritmética s o n l a s q u e s o n i n d e p e n d i e n t e m e n t e
e c u a l e s q u i e r a h e c h o s p e r t e n e c i e n t e s a l a psicología d e l i n d i v i d u o ,
y p a r e c e q u e d e s c u b r i m o s esas v e r d a d e s d e f o r m a p a r e c i d a a c o m o
d e s c u b r i m o s l o s h e c h o s d e l m u n d o físico. N o o b s t a n t e , e n e l c a s o
d e l l e n g u a j e , c a r e c e p o r c o m p l e t o d e v a l o r l a posición c o r r e s p o n -
diente. N o existe n i n g u n a plausibilidad de p r i n c i p i o para l a idea de
q u e , a p a r t e d e las v e r d a d e s d e l a gramática r e f e r e n t e s a l a l e n g u a - I
y a l a s v e r d a d e s d e l a G U r e f e r e n t e s a S ( O ) , e x i s t a u n ámbito a d i -
cional dehechos sobre l a lengua-P, independiente d e cualesquiera
e s t a d o s psicológicos d e l o s i n d i v i d u o s . U n platónico podría a r g u -
m e n t a r q u e , a u n q u e conociéramos t o d o s o b r e l a m e n t e / c e r e b r o , n o
t e n d r í a m o s aún u n a b a s e p a r a d e t e r m i n a r l a s v e r d a d e s d e l a a r i t m é -
t i c a o d e l a teoría d e c o n j u n t o s , p e r o n o e x i s t e l a rriás m í n i m a r a z ó n
para s u p o n e r q u e h a y a verdades acerca d e l lenguaje q u e se n o s es-
caparían. P o r s u p u e s t o , s e p u e d e n c o n s t r u i r e n t i d a d e s a b s t r a c t a s a
v o l u n t a d , y p o d e m o s d e c i d i r d e n o m i n a r a l g u n a s d e ellas c o m o «in-
glés» o « j a p o n é s » y d e f i n i r l a « l i n g ü í s t i c a » c o m o e l e s t u d i o d e e s o s
o b j e t o s abstractos y , p o r l o t a n t o , s i t u a r l a a l m a r g e n d e las ciencias
naturales, q u e tratan d e entidades c o m o l a lengua-I y S ( O ) , d e la
gramática y d e la gramática u n i v e r s a l e n e l s e n t i d o d e l a a n t e r i o r
1
discusión. P e r o n o p a r e c e h a b e r m o t i v o s s u f i c i e n t e s p a r a e l l o .
U n a concepción e n c i e r t o s e n t i d o p a r e c i d a es l a a v a n z a d a p o r
S o a m e s ( 1 9 8 4 ) . D i s t i n g u e e n t r e d o s d i s c i p l i n a s , l a psicología, y l a
2 0 S e seguiría e s t o si l o s d a t o s e s t i p u l a d o s c o m o r e l e v a n t e s p a r a i d e n t i f i c a r u n a c i e r -
ta l e n g u a p l a t ó n i c a c o m o e l i n g l e s - P f u e r a n d i s t i n t o s d e l o s d a t o s p e r t i n e n t e s p a r a l a
teoría d e l a l e n g u a - 1 , r e a l m e n t e r e p r e s e n t a d o s e n l a m e n t e / c e r e b r o d e l o s h a b l a n t e s d e l
inglés, o s i s e a d o p t a r a a l g v ' m n u e v o c a n o n p a r a i n t e r p r e t a r l o s d a t o s . P o r u n p r o c e d i -
m i e n t o p a r e c i d o , podríamos e s t a b l e c e r l a «biología platónica- r e f e r e n t e , p o r e j e m p l o ,
a l o q u e K a t z . d e n o m i n a «la p r o p i e d a d esencial» d e u n corazón (ciue e s u n a b o m b a )
a b s t r a y e n d o e n t o n c e s l a s l e y e s físicas q u e l o h a c e n l a t i r ( u n a p r o p i e d a d n o e s e n c i a l ) .
P o d r í a m o s e n c o n t r a r e n t o n c e s q u e l a m e j o r teoría d e l a l e n g u a - I ( e n ú l t i m a i n s t a n c i a
b i o l ó g i c a ) p o d r í a s e r d i s t i n t a d e l a m e j o r teoría d e l l e n g u a j e p l a t ó n i c o ( s e e s p e c i f i q u e
c o m o s e e s p e c i f i q u e ; s e g ú n K a t z , m e d i a n t e e l análisis d e « n u e s t r o c o n c e p t o d e l o b j e t o
a b s t r a c t o q u e es e l l e n g u a j e natural»).
50 Noam Chomsky
l i n g ü í s t i c a , c a d a u n a d e l a s c u a l e s está d e f i n i d a p o r c i e r t a s « C u e s t i o -
n e s Primordiales», d i f e r e n t e s e n las d o s d i s c i p l i n a s . E l e s t u d i o d e l a
l e n g u a - I y d e S ( O ) , tal c o m o s e h a n d e s c r i t o , e s p a r t e d e l a p s i c o -
logía. S i n e m b a r g o , « s i e l o b j e t i v o d e u n o es d a r r e s p u e s t a a l a s
C u e s t i o n e s P r i m o r d i a l e s d e l a lingüística, hará abstracción d e l o s
d a t o s psicolingüísticos q u e n o s o n c o n s t i t u t i v o s d e l a s lenguas» ( y ,
d e m o d o - p a r e c i d o , d e l o s d a t o s neuropsicológicos, e t c . ) . L a s « C u e s -
t i o n e s P r i m o r d i a l e s » d e l a lingüística i n c l u y e n p o r e j e m p l o l a s c u e s -
t i o n e s « ¿ e n q u é s e p a r e c e n e l inglés y e l i t a l i a n o ? » « ¿ d e q u é f o r m a
h a c a m b i a d o e l inglés a l o l a r g o d e s u h i s t o r i a ? » , y c u e s t i o n e s s i m i -
l a r e s . S e c o n s i d e r a q u e l o s c o n c e p t o s d e inglés e i t a l i a n o s o n s u f i -
c i e n t e m e n t e c l a r o s , . e n e l n i v e l preteórico, p a r a d a r c o n t e n i d o a-estas.
c u e s t i o n e s , u n s u p u e s t o m u y d u d o s o p o r las r a z o n e s . y a d i s c u t i d a s
y, c o n t o d a s e g u r i d a d , u n s u p u e s t o q u e n o se hace e n l a i n v e s t i g a -
ción l i n g ü í s t i c a r e a l . U n a v e z m á s , n o s e p o n e a q u í e n cuestión l a ;
l e g i t i m i d a d d e l a investigación s o b r e l a l e n g u a - I y S ( O ) ; e n l u g a r d e '
e l l o , se p l a n t e a e l p r o b l e m a d e s i e s e e s t u d i o c a e d e n t r o d e l o q u e d e c i -
d i r e m o s d e n o m i n a r «lingüística» y s i , c o m o Soamés s u g i e r e , c o n s t i -
t u y e « u n a c o n c e p c i ó n d e l a lingüística t e ó r i c a m e n t e c o r r e c t a , e m p í -
r i c a m e n t e significativa» q u e s e r e s t r i n g e a sí m i s m a a u n c i e r t o á m -
b i t o e s t i p u l a d o d e d a t o s , a l o s h e c h o s q u e s o n «ponstirutivos d e l a
lengua».
P u e d e o b s e r v a r s e q u e las p r o p u e s t a s terminológicas q u e S o a m e s
a v a n z a s o n u n t a n t o excéntricas. P o r d e c i r l o m e n o s , p a r e c e extraño
d e f i n i r l a «lingüística» d e f o r m a q u e e x c l u y a a l a mayoría d e s u s
practicantes, p o re j e m p l o , a Román J a k o b s o n y a E d w a r d Sapir, q u e
s e g u r a m e n t e n o estarían d e a c u e r d o e n q u e l o q u e S o a m e s c o n s i d e r a
c o m o d a t o s extralingüísticos s e a i r r e l e v a n t e p a r a l a s c u e s t i o n e s d e l a
lingüística t a l c o m o l a concebían e l l o s , i n c l u y e n d o l a s «Cuestiones
P r i m o r d i a l e s » , y q u e a d u j e r o n , p a r a s u s t e n t a r s u s análisis, d a t o s d e u n a
c l a s e q u e S o a m e s sitúa a l m a r g e n d e l o s « c o n s t i t u t i v o s d e l a l e n g u a » .
P e r o , a l m a r g e n d e l a t e r m i n o l o g í a , l a cuestión r e a l q u e s e p l a n t e a
es l a d e s i e x i s t e a l g u n a r a z ó n p a r a e s t a b l e c e r u n a d i s c i p l i n a d e l a
« l i n g ü í s t i c a » q u e s e l i m i t e a sí m i s m a , m e d i a n t e r a z o n e s a pnori, a
c i e n o s d a t o s p a r t i c u l a r e s y q u e c o n s t r u y a u n c o n c e p t o d e «lengua»
u e s e p u e d a e s t u d i a r d e n t r o d e l o s m á r g e n e s d e e s t a elección d e
atos relevantes.
P a r a a c l a r a r l o q u e s e e n c u e n t r a e n j u e g o , supóngase q u e d o s
g r a m á t i c a s p r o p u e s t a s , G ( l ) y ^ . G ( 2 ) d i f i e r e n e n l a elección d e l o s
r a s g o s fonológicos p o s t u l a d o s : G ( l ) p o s r u l a e l s i s t e m a F ( l ) y G ( 2 )
el s i s t e m a F ( 2 ) . Supóngase q u e G ( l j y G ( 2 ) n o s e p u e d e n d i s t i n g u i r
c o n respecto.a l a base de datos consistente e n l o q u e Soames estipula
q u e s o n h e c h o s «lingüísticamente relevantes». Supóngase q u e e x p e -
Los conceptos del lenguaje 51-
r t m e n t o s d e p e r c e p c i ó n , c o m o l o s q u e S a p i r llevó a c a b o e n s u o b r a
clásica u o t r o s m á s s o f i s t i c a d o s , d a n r e s u l t a d o s q u e s e p u e d e n e x -
p l i c a r e n términos d e l o s r a s g o s d e F ( l ) p e r o n o d e F ( 2 ) . Imagínese
además q u e e s t u d i o s s o b r e l a a f a s i a y e l l e n g u a j e i n f a n t i l d e m u e s t r a n
q u e e l d e s a r r o l l o y e l f r a c a s o lingüístico p u e d e n e x p l i c a r s e c o n d i -
r e c t r i c e s j a k o b s o n i a n a s e n términos d e F ( l ) p e r o n o d e F ( 2 ) , y q u e l a
elección d e F ( l ) , p e r o n o d e F ( 2 ) , p r o p o r c i o n a u n a e x p l i c a c i ó n d e
la producción y e l r e c o n o c i m i e n t o d e l h a b l a , también a la m a n e r a
d e J a k o b s o n . S o a m e s está d e a c u e r d o e n q u e e x i s t e u n c a m p o d e
investigación, l l a m é m o s l e « l i n g ü í s t i c a - C ( o g n i t i v a ) » , q u e u t i l i z a r í a e s -
t o s T d a t o s p a r a s e l e c c i o n a r G ( l ) e n v e z d e G ( 2 ) c o r n o teoría d e l a
l e n g u a r e p r e s e n t a d a e n las m e n t e s / c e r e b r o s d e l o s m i e m b r o s d e esa
c o m u n i d a d lingüística. P e r o p r o p o n e q u e e x i s t e o t r a d i s c i p l i n a , l l a -
mémosle «lingüística-A(bstracta)», q u e i g n o r a e s t o s d a t o s y c o n s i -
d e r a G ( l ) y G ( 2 ) c o m o i g u a l m e n t e j u s t i t i c a d a s p o r l o s d a t o s empí-
r i c o s «relevantes»; d e h e c h o , u n p r a c t i c a n t e d e l a lingüística-A e s -
cogería G ( 2 ) a n t e s q u e G ( l ) s i f u e r a « m á s s i m p l e » , d e a c u e r d o c o n
ciertos criterios generales. S i n d u d a alguna Sapir y J a k o b s o n , entre
o t r o s m u c h o s , habrían s e g u i d o e n u n c a s o así e l c a m i n o d e l a l i n -
güística-C, s e l e c c i o n a n d o G ( l ) c o m o l a gramática y a p l i c a n d o e s t a
conclusión a l e s t u d i o d e l a s « C u e s t i o n e s P r i m o r d i a l e s » r e f e r e n t e s a
la e v o l u c i ó n histórica d e l a s l e n g u a s y d e m á s . 2 1
L o s q u e c r e e n q u e , j u n t o a l a lingüística-C, c u y o e s t a t u s n o s e
p o n e , e n cuestión, m e r e c e l a p e n a d e s a r r o l l a r l a d i s c i p l i n a n u e v a d e
la l i n g ü í s t i c a - A , q u e n o sólo d i f i e r e d e l a lingüística e n l a f o r m a e n
q u e ésta l i a s i d o p r a c t i c a d a p o r l a s m á s i m p o r t a n t e s f i g u r a s e n . e s t e
c a m p o , s i n o q u e t a m b i é n es r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e d e c u a l q u i e r c o s a
c o n o c i d a e n las ciencias, s o n l o s q u e t i e n e n q u e p r o b a r l o : e n ' i e a l i -
d a d , resultaría r a r o r e s t r i n g i r l a biología o l a q u í m i c a , d e a l g u n a
f o r m a a priori, a c u e s t i o n e s y c o n c e p t o s d e f i n i d o s d e t a l m o d o " q u e
d e l i m i t a r a n d e a n t e m a n o l a categoría d e l o s d a t o s r e l e v a n t e s . P o r l o
m e n o s e n las ciencias, las disciplinas s o n c o n c e b i d a s c o m o c u e s t i o n e s
de c o n v e n i e n c i a , n o c o m o f o r m a s d e t r o c e a r l a n a t u r a l e z a p o r s u s
a r t i c u l a c i o n e s o c o m o l a elaboración d e c i e r t o s c o n c e p t o s f i j o s , ' y s u s
límites s e d e s p l a z a n o d e s a p a r e c e n a m e d i d a q u e a v a n z a n e l c o n o c i -
m i e n t o y l a comprensión A este r e s p e c t o , e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e ,
2 2
J ' P a r a u n a d i s c u s i ó n r e c i e n t e d e l a cuesrión e n c o n e x i ó n c o n l a l i n g ü í s t i c a h i s t ó -
r i c a , véase L i g h f o o t ( 1 9 7 9 ) .
K a t z i n s i s t e e n q u e d i s c i p l i n a s c o m o l a q u í m i c a , l a b i o l o g í a y d e m á s t i e n e n lí-
mites i n h e r e n t e s , c o n c e p t u a l m e n t e d e t e r m i n a d o s . E n r e a l i d a d , c o n s i d e r a q u e t a l a f i r -
mación n o s e p u e d e p o n e r e n d u d a , p o r q u e l o c o n t r a r i o c o n s t i t u i r í a u n a f o n u a d e . n i -
h i l i s m o . , q u e , - c o n v e r t i r í a e l e s p e c t r o b i e n o r d e n a d o de l a s d i s c i p l i n a s a c a d é m i c a s e n
un c a o s . ( o p . cíe). •i
 •Noam Chomsky
t a i c o m o s e h a c o n c e b i d o e n l a a n t e r i o r d i s c u s i ó n , es c o m o e l d e l a
q u í m i c a , l a b i o l o g í a , l a física s o l a r o l a teoría d e l a visión h u m a n a .
N o e s p e c u l a r é s o b r e s i se p u e d e p r o b a r l o q u e p r e t e n d e n l o s a b o -
g a d o s d e l a lingüística-A, p e r o n o o b s t a n t e observaré q u e , i n c l u s o
s i s e p u e d e , e l l o carecería d e c o n s e c u e n c i a s c o n r e s p e c t o a l a l e g i t i -
m i d a d o a l carácter d e l a t a r e a q u e e s t a m o s d i s c u t i e n d o , c o m o a c l a r a
Soames.
O b s é r v e s e q u e l a cuestión n o es l a l e g i t i m i d a d d e l a a b s t r a c c i ó n .
E s p e r f e c t a m e n t e c o r r e c t o e l d e s a r r o l l o cíe l a m e c á n i c a r a c i o n a l , u n a
r a m a d e l a m a t e m á t i c a q u e se a b s t r a e a p a r t i r d e l a física y q u e t r a t a
los planetas c o m o p u n t o s de masa q u e obedecen ciertas leyes, o el
d e s a r r o l l o d e teorías q u e c o n s i d e r a n a s p e c t o s d e l a s l e n g u a s - 1 h a -
c i e n d o a b s t r a c c i ó n d e s u realización física o d e o t r a s p r o p i e d a d e s ;
c o m o a n t e s o b s e r v a m o s , ésta es e n r e a l i d a d l a p r á c t i c a h a b i t u a l . P e r o
e l l o n o f u e r z a a u n o a c r e e r q u e e l o b j e t o d e l a mecánica r a c i o n a l
sea u n a e n t i d a d e n u n c i e l o platónico, n i t a m p o c o h a y r a z o n e s e s -
peciales para s u p o n e r l o e n el caso d e l lenguaje . 2 3
2.4.2. L a base empírica d e l e s t u d i o de l a l e n g u a - I
E n l a p r á c t i c a r e a l , l a lingüística, e n c u a n t o d i s c i p l i n a , s e c a r a c -
t e r i z a d e a c u e r d o c o n ciertas clases d e d a t o s q u e , p o r e l m o m e n t o ,
s o n fácilmente a c c e s i b l e s e i n f o r m a t i v o s , e n b u e n a m e d i d a l o s j u i c i o s
de l o s hablantes n a t i v o s . D e h e c h o , cada u n o de estos j u i c i o s c o n s -
t i t u y e e l r e s u l t a d o d e u n e x p e r i m e n t o , p o b r e m e n t e diseñado, p e r o
r i c o e n l a e v i d e n c i a q u e p r o p o r c i o n a . E n l a práctica, t e n d e m o s a
2 3 L o s a r g u m e n t o s q u e se h a n p r e s e n t a d o e n s e n t i d o c o n t r a r i o s o n , e n m i opinión,
circulares o defectuosos p o r otras razones. A s i , K a t z argumenta contra H i l a r y P u t -
n a m q u e , si se d e s c u b r i e r a q u e l o s l l a m a d o s - g a t o s - s o n r o b o t s c o n t r o l a d o s d e s d e e l
e s p a c i o e x t e r i o r , e n t o n c e s n o s e r í a n g a t o s , p o r q u e e l s i g n i f i c a d o d e >cat» / g a t o / e n l a
r e a l i d a d platónica inglés-P es « a n i m a l f c l i n o » ; e s t o seguiría s i e n d o v e r d a d i n c l u s o a u n -
q u e se d e t e r m i n a r a q u e , e n l a l e n g u a - I d e t o d o s l o s h a b l a n t e s d e l inglés, se entendía
• c a l - / g a t o / d e a c u e r d o c o n e l análisis d e P u t n a m , q u e c o n s i d e r a q u e l o s g a t o s p e r t e -
n e c e n a l a m i s m a c l a s e n a t u r a l ( u n c o n c e p t o científico) q u e l o s e j e m p l a r e s p a r t i c u l a r e s .
E l a r g u m e n t o se a j u s t a d e m o d o t r i v i a l r e s p e c t o a l inglés-P, t a l c o m o K a t z e s p e c i f i c a
s u s p r o p i e d a d e s . P e r o T u t n a m e s t a b a p r o p o n i e n d o u n a teoría r e f e r e n t e a l a s l e n g u a s
h u m a n a s y a l o s s i s t e m a s c o n c e p t u a l e s , r e f e r e n t e a l inglés, n o a l inglés-P q u e K a t z d e -
f i n e , y K a t z n o p r e s e n t a n i n g u n a razón p a r a c r e e r q u e este o b j e t o platónico m e r e c e
el n o m b r e d e -inglés» más q u e c u a l q u i e r o t r o o b j e t o a b s t r a c t o i g u a l m e n t e legítimo
q u e i n c o r p o r a r a l o s s u p u e s t o s d e P u t n a m . L o s a r g u m e n t o s s o n s i e m p r e d e esta clase.
K a t z también p r e s e n t a u n a exposición d e la h i s t o r i a d e la gramática g e n e r a t i v a y d e
l o s d o c u m e n t o s q u e c i t a q u e es g r a v e m e n t e i n e x a c t a , c o m o a m e n u d o r e s u l t a e v i d e n t e ,
i n c l u s o d e a c u e r d o c o n c r i t e r i o s i n t e r n o s . Véase . también C h o m s k y ( 1 9 8 1 ) ,
págs. 3 1 4 . 3 1 5 .
Los conceptos d e l lenguaje 53
a c t u a r b a j o e l s u p u e s t o o l a pretensión d e q u e e s o s j u i c i o s d e l i n -
f o r m a n t e n o s p r o p o r c i o n a n «datos directos» s o b r e l a e s t r u c t u r a d e
l a l e n g u a - I p e r o , p o r s u p u e s t o , n o s e t r a t a m á s q u e d e u n a hipótesis
de t r a o a j o p r e l i m i n a r e i n e x a c t a , y ningún p r a c t i c a n t e e x p e r t o t i e n e
a s u disposición u n a p a n o p l i a d e técnicas q u e l e a y u d e n a c o m p e n s a r
los errores i n t r o d u c i d o s . E n general, l o s juicios d e l i n f o r m a n t e n o
reflejan d i r e c t a m e n t e la estructura de la lengua; l o s juicios de acep-
tabilidad, p o r ejemplo, pueden n o p r o p o r c i o n a r n o s datos directos
s o b r e e l e s t a t u s g r a m a t i c a l , a c a u s a d e l a intrusión d e m u c h o s o t r o s
f a c t o r e s . L o m i s m o se p u e d e d e c i r d e o t r o s j u i c i o s r e f e r e n t e s a l a
f o r m a y a l s i g n i f i c a d o . E s t a s a f i r m a c i o n e s n o s o n , o n o deberían s e r ,
sino truismos . 2 4
E n p r i n c i p i o , l o s d a t o s r e f e r e n t e s a l carácter d e l a l e n g u a - I y d e l
e s t a d o i n i c i a l podrían p r o c e d e r d e f u e n t e s m u y d i f e r e n t e s , a p a r t e d e
los j u i c i o s r e f e r e n t e s a l a f o r m a y e l s i g n i f i c a d o d e las e x p r e s i o n e s :
l o s e x p e r i m e n t o s d e p e r c e p c i ó n , e l e s t u d i o d e ,1a a d q u i s i c i ó n y d e l
déficit o d e l e n g u a s i n v e n t a d a s e n p a r t e , c o m o e l c r i o l l o , o d e l u s o 2 5
l i t e r a r i o , o d e l c a m b i o lingüístico, d e l a neurología, d e l a bioquími-
ca, e t c . U n a d e las m a y o r e s c o n t r i b u c i o n e s d e l último R o m á n J a -
k o b s o n f u e l a d e d e s t a c a r este h e c h o , c o m o p r i n c i p i o y e n l a prác-
t i c a , e n s u p r o p i o t r a b a j o . C o m o e n e l c a s o d e c u a l q u i e r investigación
s o b r e u n a s p e c t o d e l m u n d o físico, n o e x i s t e n f o r m a s d e d e l i m i t a r
en p r i n c i p i o las clases d e d a t o s q u e p u e d e n r e s u l t a r r e l e v a n t e s . T a l
c o m o se p r a c t i c a h a b i t u a l m e n t e , e l e s t u d i o d e l a e s t r u c t u r a lingüís-
t i c a podría d e s a p a r e c e r f i n a l m e n t e c o m o d i s c i p l i n a , a m e d i d a q u e
f u e r a n d i s p o n i b l e s n u e v a s c l a s e s d e d a t o s , p u d i é n d o s e d i s t i n g u i r sólo
e n l a m e d i d a e n q u e s u o b j e t o es u n a f a c u l t a d p a r t i c u l a r d e l a m e n t e ,
d e l c e r e b r o e n última i n s t a n c i a : s u e s t a d o i n i c i a l y l o s d i v e r s o s e s -
tados de m a d u r e z q u e puede alcanzar.
Ciertamente los juicios de los hablantes nativos siempre p r o p o r -
cionarán d a t o s r e l e v a n t e s p a r a e l e s t u d i o d e l a l e n g u a , c o m o l o s
j u i c i o s d e percepción s i e m p r e proporcionarán d a t o s r e l e v a n t e s p a r a
e l e s t u d i o d e l a visión h u m a n a , a u n q u e a u n o l e g u s t a r í a q u e t a l e s
d a t o s p e r d i e r a n e l e s t a t u s p r i v i l e g i a d o d e s e r ú n i c o s . S i u n a teoría d e
l a l e n g u a n o c o n s i g n e d a r c u e n t a d e t a l e s j u i c i o s , será e r r ó n e a s i n
más; a e h e c h o , p o d e m o s c o n c l u i r q u e n o s e t r a t a d e u n a teoría d e
la l e n g u a , s i n o d e a l g o d i f e r e n t e . P e r o n o p o d e m o s s a b e r d e a n t e -
2 < P a r a u n a discusión d e a l g u n o s m a l e n t e n d i d o s c o r r i e n t e s s o b r e e s t a cuestión y
o t r a s r e l a c i o n a d a s , véase N e w m e y e r ( 1 9 8 3 ) .
2 5 S o b r e l a r e l e v a n c i a d e e s t e m a t e r i a l , véase B i c k e r t o n ( 1 9 8 4 ) y l a s r e f e r e n c i a s c i -
t a d a s , y l a discusión e n e l m i s m o e j e m p l a r d e l a r e v i s t a .
54 Noam Chomsky
m a n o c u a n i n f o r m a t i v a s resultarán l a s d i f e r e n t e s c l a s e s d e d a t o s c o n
r e s p e c t o a l a f a c u l t a d lingüística y a s u s m a n i f e s t a c i o n e s , y p o d r í a -
m o s a n t i c i p a r q u e u n r a n g o más a m p l i o d e d a t o s y u n a comprensión
m á s p r o f u n d a d e e l l o s n o s p e r m i t i r í a i d e n t i f i c a r e n qué a s p e c t o s l o s
j u i c i o s d e l o s i n f o r m a n t e s s o n útiles o n o f i a b l e s y p o r qué, y c o m -
pensar los errores introducidos p o r elsupuesto detrabajo prelimi-
n a r , q u e e s i n d i s p e n s a b l e , h o y p o r h o y , y q u e n o s p r o v e e efe i n f o r -
_
m a c i ó n rica y s i g n i f i c a t i v a .
Es i m p o r t a n t e tener presente q u e e lestudio d e la p r o p i a lengua
puede p r o p o r c i o n a r datos cruciales referentes a la-estructura de a l -
guna otra, si seguimos aceptando el plausible supuesto d e q u el a
c a p a c i d a d d e a d q u i r i r e l l e n g u a j e , e l o b j e t o d e l a G U , es común a
t o d a l a e s p e c i e . E s t a conclusión s e e n c u e n t r a implícita e n e l p r o g r a - .
m a d e i n v e s t i g a c i ó n a n t e r i o r m e n t e e s b o z a d o . U n e s t u d i o d e l inglés'-
es u n e s t u d i o d e l a realización d e l e s t a d o i n i c i a l S ( O ) b a j o c o n d i c i o -
nes particulares. P o r t a n t o , c o n l l e v a supuestos referentes a S ( O ) , q u e
se h a n d e h a c e r ' e x p l í c i t o s . P e r o S ( O ) e s c o n s t a n t e , l u e g o e l j a p o n é s
h a d e s e r u n a instanciación d e l m i s m o e s t a d o i n i c i a l b a j o d i f e r e n t e s
c o n d i c i o n e s . L a ' investigación s o b r e e l japonés p u e d e d e m o s t r a r q u e
l o s s u p u e s t o s r e f e r e n t e s a S ( O ) q u e s e d e r i v a n d e l e s t u d i o d e l inglés
e r a n i n c o r r e c t o s ; e s t o s s u p u e s t o s p u e d e n d a r r e s p u e s t a s erróneas p a r a
el japonés y , después d e c o r r e g i r l o s s o b r e esta b a s e , p o d e m o s v e r n o s
o b l i g a d o s a m o d i f i c a r l a g r a m á t i c a p o s t u l a d a p a r a e l inglés. C o m o
e v i d e n t e m e n t e l o s d a t o s d e l japonés s o n p e r t i n e n t e s p a r a i a c o r r e c -
ción d e u n a teoría d e l S ( O ) , p u e d e n t e n e r u n p e s o i n d i r e c t o , p e r o
m u y i m p o r t a n t e , s o b r e l a elección d e l a g r a m á t i c a q u e t r a t e d e c a -
r a c t e r i z a r l a l e n g u a - I o b t e n i d a p o r e l h a b l a n t e d e l i n g l é s . E s t a es u n a
p r á c t i c a h a b i t u a l e n e l e s t u d i o d e l a g r a m á t i c a g e n e r a t i v a . Sólo p o r
e s t a razón r e s u l t a c o m p l e t a m e n t e erróneo s u p o n e r q u e n o e x i s t e n
f u n d a m e n t o s p a r a e s c o g e r e n t r e «gramáticas e x t e n s i o n a l m e n t e e q u i -
v a l e n t e s » p a r a u n a « l e n g u a d e t e r m i n a d a » (véanse p á g s . 3 5 , 4 5 - 4 7 ) :
p o r e j e m p l o , u n a d e e l l a s p u e d e r e q u e r i r u n a teoría d e l S ( O ) q u e s e a
patentemente inadecuada para alguna lengua.
D e a c u e r d o c o n l o s supuestos s u m a m e n t e relativistas d e ciertas
v a r i e d a d e s d e l a lingüística d e s c r i p t i v a , q u e m a n t i e n e n q u e c a d a l e n -
g u a h a d e s e r e s t u d i a d a e n s u s p r o p i o s términos, este p r o g r a m a d e
investigación p u e d e p a r e c e r a b s u r d o o ilegítimo, a u n q u e s e podría
h a c e r n o t a r q u e este p u n t o d e v i s t a , a l m e n o s e n p a r t e , e r a u n a
ideología q u e n o s e o b s e r v a b a e n l a práctica. S i l o q u e n o s i n t e r e s a
es d e s c u b r i r l a s p r o p i e d a d e s r e a l e s d e l e s t a d o i n i c i a l d e l a f a c u l t a d
lingüística y d e s u s r e a l i z a c i o n e s p a r t i c u l a r e s c o m o l e n g u a s - I p o t e n -
c i a l e s o r e a l e s , h e m o s d e a b a n d o n a r l a ideología, y h e m o s d e c o n s i -
d e r a r q u e u n a . t e o r í a d e u n a l e n g u a se e n c u e n t r a s u j e t a a c a m b i o s e n
Los conceptos del lenguaje 55
c o n c o r d a n c i a c o n l a b a s e de- d a t o s r e f e r e n t e s a o t r a s l e n g u a s ( c o n l a
m e d i a c i ó n d e u n a teoría d e l a G U ) , o d a t o s d e o t r a s c l a s e s .
H e m o s o b s e r v a d o q u e es u n a tarea d e las ciencias d e l c e r e b r o
e x p l o r a r las p r o p i e d a d e s y l o s p r i n c i p i o s descubiertos p o r el e s t u d i o
d e l a m e n t e . D i c h o d e f o r m a más c o r r e c t a , e s r e c í p r o c a l a i n t e r d e -
p e n d e n c i a d e las ciencias d e l c e r e b r o y e l e s t u d i o d e l a m e n t e . L a
teoría d e l a m e n t e t r a t a d e d e t e r m i n a r l a s p r o p i e d a d e s d e l e s t a d o
i n i c i a l S ( O ) y d e c a d a e s t a d o o b t e n i b l e S ( L ) d e l a f a c u l t a d lingüística,
y las ciencias d e l c e r e b r o t r a t a n d e d e s c u b r i r l o s m e c a n i s m o s c e r e -
b r a l e s q u e s o n r e a l i z a c i o n e s físicas d e e s o s e s t a d o s . E x i s t e u n a t a r e a
c o m ú n : d e s c u b r i r l a c a r a c t e r i z a c i ó n c o r r e c t a d e l a f a c u l t a d lingüística'..
en sus estados inicial y final, descubrir la v e r d a d acerca d e l a f a - .
!
c u i t a d lingüística. E s t a t a r e a s e d e s e m p e ñ a e n d i f e r e n t e s . n i v e l e s : u n a ,
caracterización a b s t r a c t a e n teoría d e l a m e n t e y u n a i n v e s t i g a c i ó n
s o b r e l o s m e c a n i s m o s cerebrales e n las ciencias d e l c e r e b r o . E n p r i n -
cipio, los descubrimientos sobre el cerebro h a n de.influir sobre la
teoría d e l a m e n t e y , a l m i s m o t i e m p o , e l e s t u d i o a b s t r a c t o d e l o s
e s t a d o s d e l a f a c u l t a d lingüística h a d e f o r m u l a r l a s p r o p i e d a d e s q u e
h a d e e x p l i c a r l a teoría d e l c e r e b r o y , c o n t o d a p r o b a b i l i d a d , r e s u l t a
i n d i s p e n s a b l e e n l a búsqueda d e esos m e c a n i s m o s . E p l a m e d i d a e n
q u e s e p u e d a n e s t a b l e c e r esas c o n e x i o n e s , e l e s t u d i o d e l a m e n t e , e n
p a r t i c u l a r d e l a l e n g u a - I , quedará i n m e r s o e n e l s e n o d e las c i e n c i a s
naturales.
P o r e l m o m e n t o se c o n o c e t a n p o c o s o b r e l o s a s p e c t o s r e l e v a n t e s
del cerebro q u e n i siquiera p o d e m o s especular sobre l o q u e puedan
ser esas c o n e x i o n e s . S i n e m b a r g o , p o d e m o s i m a g i n a r cómo p u e d e n
establecerse e n p r i n c i p i o , a u n q u e e l o b j e t i v o f i n a l se e n c u e n t r e m u y
l e j o s . S u p o n g a m o s ' ' q u e e l e s t u d i o d e l a lengua-í e s t a b l e c e c i e r t o s
p r i n c i p i o s g e n e r a l e s d e l a teoría d e l l i g a m i e n t o (bmding theory) q u e
e x p l i c a n h e c h o s c o m o l o s d i s c u t i d o s e n e l Capítulo 1 . E n t o n c e s u n a
t a r e a d e l a s c i e n c i a s d e l c e r e b r o sería l a d e d e t e r m i n a r q u é m e c a n i s -
m o s s o n l o s r e s p o n s a b l e s d e l h e c h o d e q u e s e d e n esos, p r i n c i p i o s .
S u p ó n g a s e q u e t e n e m o s d p s g r a m á t i c a s , d o s teorías s o b r e e l e s t a d o
de c o n o c i m i e n t o alcanzado p o r u n a p e r s o n a p a r t i c u l a r ; y s u p o n g a -
m o s a d e m á s q u e e s a s teorías s o n « e x t e n s i o n a l m e n t e e q u i v a l e n t e s » ,
en e l s e n t i d o d e q u e d e t e r m i n a n l a m i s m a l e n g u a - E , sea cual sea e l
s e n t i d o q u e d e m o s a e s a noción d e r i v a d a . E n p r i n c i p i o p o d r í a s u c e -
d e r q u e u n a d e estas gramáticas i n c o r p o r a r a p r o p i e d a d e s y p r i n c i p i o s
fácilmente e x p l i c a b l e s e n t é r m i n o s d e m e c a n i s m o s c e r e b r a l e s , m i e n -
t r a s q u e l a o t r a n ú . D e f o r m a p a r e c i d a , d o s teorías d e l a G U q u e
sean equivalentes, e n e l s e n t i d o d e q u e especifican e x a c t a m e n t e e l
m i s m o c o n j u n t o d e l e n g u a s - I o b t e n i b l e s , se podrían d i s t i n g u i r e n
términos d e p r o p i e d a d e s d e l c e r e b r o . P o r e j e m p l o , u n a p u e d e c o n -
 Noam Chomsky
t e n e r c i e r t o s p r i n c i p i o s y p o s i b i l i d a d e s d e variación q u e s e p u e d e n
e x p l i c a r fácilmente e n términos d e m e c a n i s m o s c e r e b r a l e s , y l a o t r a
no.
E s b a s t a n t e fácil i m a g i n a r c a s o s d e e s t a c l a s e . S u p ó n g a s e q u e l a
teoría I c o n t i e n e l o s p r i n c i p i o s P ( l ) . . . P ( n ) y q u e l a teoría I I c o n t i e n e
l o s p r i n c i p i o s Q ( l ) . . . Q ( m ) , y q u e l a s d o s teorías s o n l ó g i c a m e n t e
e q u i v a l e n t e s : l o s p r i n c i p i o s d e cada u n a se p u e d e n d e d u c i r d e l o s
p r i n c i p i o s d e l a o t r a d e t a l f o r m a q u e c u a l q u i e r descripción d e c o n -
d u c t a o d e c o n d u c t a p o t e n c i a l e n t é r m i n o s d e u n a d e l a s teorías s e
p u e d e r e f o ' r m u l a r e n términos d e l a o t r a . Podría s u c e d e r q u e las
c i e n c i a s d e l c e r e b r o m o s t r a r a n q u e c a d a P ( i ) se c o r r e s p o n d e c o n u n
complejo determinado de mecanismos neuronales, mientras q u e n o
e x i s t e l a m i s m a e x p l i c a c i ó n p a r a l o s Q ( i ) ; ,algún d a ñ o c e r e b r a l , p o r
e j e m p l o , podría m o d i f i c a r s e l e c t i v a m e n t e l o s P ( i ) , p e r o n o l o s Q ( i ) .
E n e s t e c a s o , l o s h e c h o s r e f e r e n t e s a l c e r e b r o s e l e c c i o n a r í a n teorías
d e i a m e n t e q u e serían e m p í r i c a m e n t e i n d i s t i n g u i b l e s e n o t r o s tér-
m i n o s . A u n q u e en el estado actual de nuestros c o n o c i m i e n t o s s o n
m u y r e m o t o s l o s r e s u l t a d o s d e esta clase, s o n p o s i b l e s . Así c o n c e -
b i d a , l a relación e n t r e e l c e r e b r o y l a m e n t e c o n s t i t u y e u n p r o b l e m a
de las ciencias n a t u r a l e s .
2.4.3. A l g u n a s consecuencias del desplazamiento del objeto
E n r e s u m e n , podernos concebir el c o n o c i m i e n t o q u e u n a persona
t i e n e d e u n a l e n g u a p a r t i c u l a r c o m o u n e s t a d o d e l a m e n t e , q u e se
e n c a r n a e n u n a c i e r t a d i s p o s i c i ó n d e m e c a n i s m o s físicos. R e a l i z a m o s
l a a b s t r a c c i ó n d e l a l e n g u a - I c o m o «lo q u e es c o n o c i d o » p o r u n a
p e r s o n a e n ese e s t a d o d e c o n o c i m i e n t o . E s t e s i s t e m a f i n i t o , la l e n -
g u a - I , es l o q u e e l l i n g ü i s t a g e n e r a t i v o t r a t a d e c a r a c t e r i z a r . S i d i g o
q u e e s t e s i s t e m a t i e n e t a l e s y c u a l e s p r o p i e d a d e s , l o q u e a f i r m o es
v e r d a d e r o o f a l s o . E n s u m a , p r o p o n g o u n a explicación teórica d e l a s .
p r o p i e d a d e s d e c i e r t o s m e c a n i s m o s , u n a explicación q u e se p r e s e n t a
e n u n c i e r t o n i v e l d e abstracción, e n e l q u e c r e e m o s q u e se p u e d e n
e x p r e s a r l a s p r o p i e d a d e s s i g n i f i c a t i v a s d e e s t o s m e c a n i s m o s y se p u e -
den elucidar los p r i n c i p i o s q u e r i g e n estos m e c a n i s m o s y sus f u n -
c i o n e s . D e a l g u n a f o r m a , este e s t u d i o se p a r e c e a ' l o q u e Günther
S t c n t h a d e n o m i n a d o « h e r m e n é u t i c a c e r e b r a l » , refiriéndose a l a i n - "
vest.igación a b s t r a c t a d e l a s f o r m a s e n q u e e l s i s t e m a v i s u a l c o n s t r u y e
e i n t e r p r e t a la experiencia visual (Stent, 1981). D e f o r m a similar, la
G U es e l e s t u d i o d e u n a s p e c t o d e l a dotación b i o l ó g i c a , a n á l o g o a l
estudio de losprincipios innatos que determinan q u eh e m o s de tener
u n s i s t e m a v i s u a l p r o p i o d e l a e s p e c i e h u m a n a y n o e l d e l o s . ¡ns.ee-
L o s c o n c e p t o s clcl l e n g u a j e 57
t o s . E l c o n c e p t o técnico « c o n o c i m i e n t o d e l a l e n g u a - I » s e a p r o x i m a
r a z o n a b l e m e n t e a l o q u e i n f o r m a l m e n t e se l l a m a «conocimiento d e l
lenguaje», s i se a b s t r a e n d i v e r s o s a s p e c t o s d e l a noción común, c o m o
l o s d i s c u t i d o s c o n a n t e r i o r i d a d , a u n q u e e s t a c o n s i d e r a c i ó n es s e c u n -
d a r i a p o r las r a z o n e s q u e y a se h a n m e n c i o n a d o .
C o m o se observó a n t e s , e l d e s p l a z a m i e n t o d e l e n f o q u e h a c i a u n a
interpretación m e n t a l i s t a d e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e c o n s t i t u y ó u n f a c -
t o r e n e l d e s a r r o l l o d e las c i e n c i a s c o g n i t i v a s contemporáneas, y
s u p u s o u n p a s o h a c i a l a incorporación d e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e a las
ciencias naturales, p o r q u e ayuda a allanar el c a m i n o a u n a m v e s t i -
gaciórr s o b r e l o s m e c a n i s m o s q u e t i e n e n l a s p r o p i e d a d e s e x h i b i d a s
p o r e l e s t u d i o de las reglas y las r e p r e s e n t a c i o n e s . E s t e d e s p l a z a -
m i e n t o también t u v o c o m o c o n s e c u e n c i a u n a reclasificación d e m u -
chas de.las cuestiones tradicionales e n el estudio d e l lenguaje. S u r -
gieron m u c h o s problemas nuevos e incitantes, y u n a cierta cantidad
d e p r o b l e m a s f a m i l i a r e s sé d i s o l v i e r o n c u a n d o s e c o n s i d e r a r o n b a j o
esta p e r s p e c t i v a .
C o n s i d é r e s e e l e s t u d i o d e l a e s t r u c t u r a fónica, e l o b j e t o d e a t e n -
ción p r i m a r i o e n l a l i n g ü í s t i c a e s t r u c t u r a l y d e s c r i p t i v a . S i s e c o n s i -
d e r a l a l e n g u a - E c o m o e l o b j e t o d e l a investigación, e l p r o b l e m a es
d e c u b r i r l o s e l e m e n t o s , l a s p r o p i e d a d e s ' y l a disposición e n q u e se
s u b d i v i d e el f l u j o d e l h a b l a : l o s f o n e m a s , y l o s rasgos, c o n s i d e r a d o s
c o m o s e g m e n t o s d e l a f o r m a d e u n a o n d a acústica o d e u n a s e r i e d e
m o v i m i e n t o s a r t i c u l a t o r i o s . B u e n a p a r t e . d e l a íteoría f o n o l ó g i c a e s -
t u v o c o n s t i t u i d a p o r l o s p r o c e d i m i e n t o s analítiéos p a r a l l e v a r a c a b o
esta tarea. S i n e m b a r g o , s i n o s c e n t r a m o s en.la l e n g u a - I , el p r o b l e m a
es m á s b i e n . , d i f e r e n t e : e l d e é n t b n t r a r ^ l a s ^ r e p r é s e n t a c i o n e s m e n t a l e s
;
q u e s u b y a c e n a l a producción y a ¡a.percepción d e i h a b l a , y las r e g l a s
3
u e r e l a c i o n a n e s a s r e p r e s e n t a c i o n e s c o n l o s a c o n t e c i m i e n t o s físicos
e l h a b l a . E l p r o b l e m a c o n s i s t e e n e n c o n t r a r l a teoría q u e e x p l i q u e
m e j o r u n a gran variedad de hechos, s i n esperar q u e existan proce-
d i m i e n t o s analíticos p a r a r e a l i z a r e s t e t r a b a j o , d e l m i s m o m o d o q u e
n o e x i s t e n e n Otros c a m p o s . ;
• P o r e j e m p l o , considérense l o s términos q u e se e n u m e r a n a c o n -
tinuación, d o n d e l a c o l u m n a I es l a ortografía c o n v e n c i o n a l , l a I I l a
representación fonológica a p a r e n t e m e n t e c o r r e c t a y l a I I I l a s r e p r e -
s e n t a c i o n e s fonéticas a p r o x i m a d a s e n u n d i a l e c t o d e l inglés, s i e n d o
[a] u n a v o c a l . c o r t a y [ A ] u n a y o c a l l a r g a (es i r r e l e v a n t e e n este p u n t o
s u carácter fonéticci. e x a c t o ) , [é] l a c o n t r a p a r t i d a n a s a l i z a d a d e [ e ] , y
D u n a vibración d e l a l e n g u a c o m o e n l a [ r ] v i b r a n t e .
J
 L o s conceptos d e l lenguaje 59,
Noam Chomsky
58
u e v e r c o n l a s i n t a x i s y l a s e m á n t i c a . L a s r e p r e s e n t a c i o n e s fonéticas
I II III
e l a c o l u m n a I I I se d e r i v a n d e ellas m e d i a n t e reglas sencillas, d e
g r a n g e n e r a l i d a d e n s u mayoría: las vocales a s u m e n u n a c u a l i d a d
bet bet bet
p a r t i c u l a r ante las c o n s o n a n t e s s o n o r a s y sordas, y se nasalizan ante
bent bent bét
las c o n s o n a n t e s n a s a l e s , l a c o n s o n a n t e n a s a l c a e a n t e u n a d e n t a l s o r -
bend bend bend
da y ( e n este d i a l e c t o ) l a p a u s a d e n t a l se c o n v i e r t e e n [ D ] m e d i a l e n
knot nat nat
este c o n t e x t o tónico. A p l i c a n d o estas r e g l a s d e r i v a m o s l a s f o r m a s
nod nad nAd
fonéticas ( I I I ) d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s l é x i c o - f o n o l ó g i c a s ( I I ) . E s t a s
wrice rayt rayt
representaciones n ose d e r i v a n ,de l o s s o n i d o s d e l habla m e d i a n t e
ride rayd rAyd
p r o c e d i m i e n t o s analíticos d e s e g m e n t a c i ó n , clasificación o e x t r a c c i ó n
"vvriter rayt+r rayDr
d e rasgos-físicos, s i n o q u e s e e s t a b l e c e n y j u s t i f i c a n c o m o p a r t e d e
rider rayd+r rAyDr
l a teoría q u e m e j o r e x p l i c a , e n última i n s t a n c i a , l a relación g e n e r a l .
e n t r e e l s o n i d o y e l s i g n i f i c a d o d'e l a l e n g u a - I . O t r a s r e g l a s s i n t á c t i c a s .
P o d e m o s s u p o n e r q u e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s fonéticas d e l a c o l u m - y semánticas s e a p l i c a n a l a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e ( I I ) e n l a s e x p r e -
na I I corresponden a acontecimientos efectivos d e l habla e n v i r t u d siones e n q u e aparecen. L a l e n g u a - I , q u e i n c o r p o r a las reglas q u e
d e p r i n c i p i o s u n i v e r s a l e s d e interpretación q u e c o n s e r v a n e s e n c i a l - f o r m a n las r e p r e s e n t a c i o n e s ( I I ) y las reglas q u e las r e l a c i o n a n c o n
m e n t e l a l i n e a l i d a d , e s t o e s , l a s e c u e n c i a d e s í m b o l o s fonéticos c o - ( I I I ) , e s a d q u i r i d a p o r e l niño m e d i a n t e l a aplicación d e l o s p r i n c i -
r r e s p o n d e a l a s e c u e n c i a d e s o n i d o s ( c o m o s e s a b e , l a cuestión n o p i o s i n c o r p o r a d o s e n e l estado inicial S ( O ) a h e c h o s q u e se l e p r e -
es así d e s i m p l e ) . L a s r e p r e s e n t a c i o n e s fonológicas d e l a s e g u n d a s e n t a n ; p a r a e l g r a m á t i c o , e l p r o b l e m a está e n d e s c u b r i r e s o s p r i n -
c o l u m n a , n o l a s fonéticas d e l a t e r c e r a , s e c o r r e s p o n d e c o n l a F o r m a c i p i o s y m o s t r a r c ó m o c o n d u c e n a l a elección d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s
e n q u e i n t u i t i v a m e n t e « o l m o s » e s a s p a l a b r a s . A u n q u e e l análisis f o - ( I I ) ( s u p o n i e n d o q u e s e a n l a s c o r r e c t a s ) \o d e l o s p r o c e d i -
2

.nético m u e s t r a q u e best y berít s e d i f e r e n c i a n s o l a m e n t e e n l a n a s a - m i e n t o s taxonómicos c a r e c e d e i m p o r t a n c i a , p o r q u e n o e x i s t e n r a -

lización d e l a v o c a l i n t e r m e d i a y q u e c a d a u n a d e e l l a t i e n e t r e s
s e g m e n t o s fonéticos, a - d i f e r e n c i a d e l a p a l a b r a d e c u a t r o s e g m e n t o s
bend, e s t o n o s e c o r r e s p o n d e c o n l a percepción i n t u i t i v a ; e s c u c h a -
m o s knot y nod c o m o s i s e d i f e r e n c i a r a n sólo e n u n r a s g o , s o n o r i -
z a n d o la consonante final, pero n o l avocal y la consonante ( c o m o , '
p o r e j e m p l o , e n knot. v e r s u s Ned). L a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e writer y
rider q u e p e r c i b i m o s i n t u i t i v a m e n t e , y q u e c l a r a m e n t e están r e l a c i o -
n a d a s c o n l a e s t r u c t u r a léxica y sintáctica, s o n l a s q u e s e i n d i c a n e n
l a s e g u n d a c o l u m n a ( c o n + e n l u g a r d e l a separación e n t r e e l e l e -
m e n t o léxico y e l a f i j o d e a g e n t e ) , n o e n l a t e r c e r a , a u n q u e ésta
ú l t i m a e x p r e s a e l h e c h o fonético d e q u e l a s p a l a b r a s s e d i f e r e n c i a n
sólo e n l a c u a l i d a d d e l a s y o c a l e s . E j e m p l o s c o m o éstos p l a n t e a r o n
f u e r t e s d i f i c u l t a d e s a u n e n f o q u e d e la-fonología q u e t r a t a b a d e d e -
t e r m i n a r l a s u n i d a d e s fonológicas m e d i a n t e p r o c e d i m i e n t o s analíti- •:.
e o s a p l i c a b l e s a a c o n t e c i m i e n t o s r e a l e s d e l h a b l a . L a cuestión e s l a
del estatus d e las representaciones d e l a c o l u m n a I I , q u e s i e m p r e
f u e r o n c o n s i d e r a d a s c o m o «correctas» e n u n c i e r t o s e n t i d o , a u n q u e
sus e l e m e n t o s n o se c o r r e s p o n d e n p u n t o p o r p u n t o c o n l o s s o n i d o s
reales d e l habla, las s u b d i v i s i o n e s d e ejemplares reales de la l e n g u a - E .
S i s e d e s p l a z a e l f o c o d e atención a l a l e n g u a - I , l o s p r o b l e m a s s e
d i s u e l v e n rápidamente. L a s r e p r e s e n t a c i o n e s d e l a c o l u m n a I I s o n
e s e n c i a l m e n t e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s m e n t a l e s d e l léxico, q u e t i e n e n
z o n e s p a r a c r e e r q u e esos p r o c e d i m i e n t o s desempeñen u n p a p e l e n
la adquisición d e l a l e n g u a o q u e f i g u r e n c o m o p a r t e d e l a G U .
C o m o i l u s t r a n estos e j e m p l o s s u m a m e n t e sencillos, i n c l u s o e n el
-nivel d e l a estructura de los sonidos, lasrepresentaciones mentales
p u e d e n s e r r e l a t i v a m e n t e a b s t r a c t a s , es d e c i r , s i n e s t a r r e l a c i o n a d a s
d e f o r m a s i m p l e c o n especímenes r e a l e s d e l a c o n d u c t a lingüística
( d e h e c h o , e s t o e s c i e r t o i n c l u s o d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s fonéticas,
c o m o m o s t r a r í a u n análisis m á s d e t a l l a d o ) . A m e d i d a q u e n o s m o -
v e m o s a o t r o s n i v e l e s d e l a investigación d e l a l e n g u a - I , n o s e n c o n -
t r a m o s c o n más d a t o s d e q u e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s m e n t a l e s s o n a b s -
tractas e n este s e n t i d o . L o s sistemas d e reglas y d e p r i n c i p i o s q u e
las f o r m a n y . las ^ m o d i f i c a n s o n m u y s i m p l e s y n a t u r a l e s , a u n o u c
interaccionámehtrtj-sí h a s t a o b t e n e r e s t r u c t u r a s d e u n a c o m p l e j i d a d
c o n s i d e r a b l e ' y piará, d e t e r m i n a r s u s p r o p i e d a d e s d e u n a f o r m a m u y
p r e c i s a . E r t s u m a . ' l a f a c u l t a d lingüística p a r e c e c o n s i s t i r e n l o e s e n -
c i a l e n u n s i s t e m a c o m p u t a t o r i o q u e e s rico y f u e r t e m e n t e l i m i t a d o
e n c u a n t o a s u e s t r u c t u r a y rígido e n s u s o p e r a c i o n e s e s e n c i a l e s , n a d a
s i m i l a r a u n c o m p l e j o d e d i s p o s i c i o n e s o u n s i s t e m a d e . hábitos o
•" P a r a u n a d i s c u s i ó n , véase C h o m s k y ( 1 9 8 0 b , 1 9 8 1 ) ; y C h o m s k y , H u y b i . - g t s y
van R i e m s d i j k (19.12).
 Noam
analogías. E s t a conclusión p a r e c e r a z o n a b l e m e n t e b i e n j u s t i f i c a d a y
de u n c o n t e n i d o c o n s i d e r a b l e ; n o se c o n o c e n i n g u n a a l t e r n a t i v a q u e
siquiera p r o p o r c i o n e u n avance d e t r a t a m i e n t o d e los p r o b l e m a s rea-
l e s d e l l e n g u a j e , y e l d e b a t e q u e es e m p í r i c a m e n t e s i g n i f i c a t i v o t i e n e
l u g a r e n b u e n a m e d i d a d e n t r o d e este m a r c o d e s u p u e s t o s .
N o o b s t a n t e l o c u a l , h a b r í a q u e i n d i c a r q u e l a c o n c l u s i ó n es d e
t o d a s f o r m a s más b i e n s o r p r e n d e n t e - Podría n o s e r d e e s p e r a r q u e
u n s i s t e m a b i o l ó g i c o c o m p l e j o , c o m o l a f a c u l t a d lingüística, h u b i e r a
e v o l u c i o n a d o d e e s t a f o r m a y , s i r e a l m e n t e l o há h e c h o , n o c a r e c e
d e significación e l d e s c u b r i m i e n t o .
E l a l c a n c e d e l d e s p l a z a m i e n t o h a c i a u n a interpretación m e n t a l i s t a
o conceptualista, hacia la lengua i n t e r i o r i z a d a y n o a la exteriorizada,
es m a y o r d e l o q u e a v e c e s s e s u p o n e . D e f o r m a explícita, i n c l u y e
e l e s t u d i o d e l a s i n t a x i s , d e l a fonología y d e l a m o r f o l o g í a . C r e o
q u e también i n c l u y e b u e n a p a r t e d e l o q u e , d e f o r m a engañosa, se
d e n o m i n a «la s e m á n t i c a d e l a l e n g u a n a t u r a l » — d i g o «de f o r m a e n -
g a ñ o s a » p o r q u e p i e n s o q u e m u c h o d e l o q u e s e h a c e n o es s e m á n t i c a
e n a b s o l u t o , s i p o r « s e m á n t i c a » e n t e n d e m o s e l e s t u d i o d e l a relación
entre el lenguaje y el m u n d o , e n particular el estudio de la verdad
y la referencia. E n s u lugar, trata c o n ciertos niveles postulados de
r e p r e s e n t a c i ó n m e n t a l , q u e i n c l u y e n r e p r e s e n t a c i o n e s d e f o r m a léxi-
c a y sintáctica y o t r a s d e n o m i n a d a s « m o d e l o s » o « c u a d r o s » o « r e -
p r e s e n t a c i o n e s discursivas» o «situaciones» u o t r a s c o s a s p a r e c i d a s .
P e r o l a relación d e e s t o s ú l t i m o s s i s t e m a s c o n e l m u n d o d e o b j e t o s
c o n p r o p i e d a d e s y r e l a c i o n e s , o c o n e l m u n d o t a l c o m o se cree q u e
es, a m e n u d o es i n t r i n c a d a y r e m o t a , m u c h o m á s d e l o q u e s e p o d r í a
creer a p a r t i r d e e j e m p l o s sencillos. P o r e j e m p l o , n o se p u e d e des-
c r i b i r l a r e l a c i ó n c o m o « i n c l u s i ó n » o asociación d e e l e m e n t o a e l e -
mento.
P o r e j e m p l o , considérense l o s p r i n c i p i o s d e l a r e f e r e n c i a p r o n o -
m i n a l , q u e h a n s i d o c e n t r a l e s e n estas i n v e s t i g a c i o n e s cuasisemánti-
c a s . S i d i g o «Juan p i e n s a q u e él e s i n t e l i g e n t e » , él p u e d e r e f e r i r a
J u a n , p e r o n o s i d i g o : «él p i e n s a q u e J u a n es inteligente» . P o d e -
m o s d a r c u e n t a d e t a l e s h e c h o s m e d i a n t e u n a teoría d e l a s c o n f i g u -
raciones estructurales e n las q u e u n p r o n o m b r e p u e d e a d q u i r i r s u
«referencia» a p a r t i r d e u n n o m b r e a s o c i a d o q u e l a l i g a . S i n e m b a r -
g o , l o s m i s m o s p r i n c i p i o s s e a p l i c a n a o r a c i o n e s c o m o «el h o m b r e
d e l a c a l l e p i e n s a q u e él es i n t e l i g e n t e » , «él p i e n s a q u e e l h o m b r e d e
l a c a l l e es i n t e l i g e n t e » o «Juan P é r e z p i e n s a q u e él es i n t e l i g e n t e » ,
L a c u e s t i ó n es m á s c o m p l e j a . V é a s e E v a n s ( 1 9 8 0 ) y H i g g i n b o t h a m ( 1 9 8 3 a ) . P e r o
1 7
p o d e m o s d e j a r d e l a d o aquí l a n e c e s a r i a precisión d e esas n o c i o n e s . -¡.i -
Chomsky Los conceptos del lenguaje 61
d o n d e s e i n t r o d u c e «Juan P é r e z » c o m o u n a d e s i g n a c i ó n d e l h o m b r e
de l a calle. P e r o nadie s u p o n e q u e exista u n a e n t i d a d , e l h o m b r e d e
la calle ( o J u a n Pérez), a l a q u e e l p r o n o m b r e se p u e d e r e f e r i r e n u n
c a s o , p e r o n o e n o t r o . S i d i g o «Juan l e echó u n a m i r a d a , p e r o ésta
f u e d e m a s i a d o b r e v e c o m o p a r a p e r m i t i r u n a identificación p o s i t i -
v a » , ésta p u e d e r e f e r i r s e a l a m i r a d a q u e J u a n e c h ó ; p e r o e l p r á c t i -
c a m e n t e s i n ó n i m o «Juan l e m i r ó » n o s e p u e d e e x t e n d e r d e e s t a f o r -
m a c o n l a m i s m a interpretación, a u n q u e n a d i e c r e a q u e e x i s t e n m i -
radas q u e u n a persona puede echar, a la q u e se refiera e l p r o n o m b r e
ésta e n l a p r i m e r a o r a c i ó n . O c o n s i d é r e s e u n e j e m p l o t a n s u m a m e n t e
d e b a t i d o c o m o «todo e l q u e t i e n e u n b u r r o l e pega», problemático
p o r q u e e l p r o n o m b r e le n o p a r e c e e s t a r , d e s d e u n p u n t o d e v i s t a
f o r m a l , d e n t r o d e l a l c a n c e d e l s i n t a g m a n o m i n a l c u a n t i f i c a d o un bu-
rro, q u e l o l i g a . S e p u e d e i n t e n t a r e n f o c a r e l análisis d e ' l a s o r a c i o n e s
de esta clase m e d i a n t e l a construcción d e u n a representación q u e
tenga la p r o p i e d a d de q u e , para cualquier p a r ( h o m b r e , b u r r o ) , si
tener s a t i s f a c e e l p a r , e n t o n c e s t a m b i é n l o h a c e pegar. L u e g o , diría-
m o s l o m i s m o s o b r e «todo e l q u e üene u n a o p o r t u n i d a d l a d e s p e r -
dicia»; s i n c o m p r o m e t e r n o s n o o b s t a n t e c o n l a c r e e n c i a d e q u e , e n t r e
las c o s a s q u e e x i s t e n e n e l m u n d o , están l a s o p o r t u n i d a d e s . I n c l u s o
s i n o s r e s t r i n g i m o s a l c o n t e x t o « h a y . . . » , difícilmente p o d e m o s s u p o -
ner q u e h a y entidades e nel m u n d o , o e nel m u n d o talc o m o creemos
q u e e s , q u e s e c o r r e s p o n d e n c o n l o s t é r m i n o s q u e a p a r e c e n e n él
(«hay m i r a d a s q u e h a c e n daño y o t r a s q u e c a u s a n placer», « h a y
p o s i b i l i d a d e s q u e es d e m a s i a d o • a r r i e s g a d o e x p l o t a r » , « h a y o p o r t u -
n i d a d e s q u e n o h a y q u e d e j a r pasar», etc.).-; < - - ;
• S e p u e d e n i m a g i n a r e j e m p l o s m u c h o más e x t r e m o s . A u n q u e se
h a h a b l a d o ' m u c h o s o b r e ' e l e s t a t u s d e ' - ' l o s ' p b j e t o s de,-ficción o l o s
abstractos, de hecho e fproblema)es m u c h o m a s p r o f u n d o . Se puede
h a b l a r d e «referencia»" y d e ' « c o ' r r e f e r e n c i a » c o n a l g ú n s e n t i d o s i s e
póstula u n d o m i n i o d e o b j e t o s m e n t a l e s a s o c i a d o s c o n l a s e n t i d a d e s
Fórmales d e l l e n g u a j e m e d í a n t e u n a relación c o n m u c h a s d e l a s p r o -
2 7
p i e d a d e s ' d e ' l á r e f e r e n c i a , - p e r o t o d o e s t o e s i n t e r n o a l a teoría d e l a s
representaciones mentalesj'cs u n a ; f o r m a desintaxis. N oparece tener
sentido p o b l a r el m u n d o e x t r a m e n t a i c o n las entidades c o r r e s p o n -
d i e n t e s ; n i q u e d e e l l o se s i g a n c o n s e n c u e n c i a s empíricas o a u m e n t o
e n l a c a p a c i d a d e x p l i c a t i v a . E n l a m e d i d a e n q u e e s t o es c i e r t o , e l
e s t u d i o d é ' í l a . r é l a c i ó n d é l a s . e s t r u c t u r a s - sintácticas' c o n m o d e l o s ,
; :
«cuadros»" y demás habría d e c o n s i d e r a r s e c o m o p u r a s i n t a x i s , e l
e s t u d i o d e l a s d i f e r e n t e s r e p r e s e n t a c i o n e s m e n t a l e s , q u e habría q u e
c o m p l e m e n t a r c o n ' u n a teoría d e l a relación d e e s t o s o b j e t o s m e n t a l e s
c o n e l m u n d o o c o n e l m u n d o t a lc o m o se concibe o cree ser.L a
postulación d e e s a s r e p r e s e n t a c i o n e s m e n t a l e s n o es i n o c u a , s i n o q u e
62 Noam Chomsky Los conceptos del lenguaje ¿3'

se h a d e j u s t i f i c a r m e d i a n t e a r g u m e n t o s e m p í r i c o s , c o m o e n e l c a s o t a r e a d e e s p e c i f i c a r e s t o s c o n c e p t o s d e f o r m a p r e c i s a . L a teoría h a 2 S

d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s fonológicas o d e o t r a s r e p r e s e n t a c i o n e s s i n - d e p r o p o r c i o n a r gramáticas p a r a las l e n g u a s - I q u e , e n p r i n c i p i o , p u e -

tácticas. P o r e s o , e l d e s p l a z a m i e n t o h a c i a u n a teoría c o m p u t a t o r i a d e dan ser obtenidas p o r u n a mente/cerebro h u m a n a , ante l a experiencia
la m e n t e abarca u n a p a r t e sustancial d e l o q u e se h a d e n o m i n a d o ; a p r o p i a d a , y h a d e r e s t r i n g i r s e además d e t a l m o d o q u e d e t e r m i n e
2 9

« s e m á n t i c a » , u n a c o n c l u s i ó n q u e sólo s e v e f o r t a l e c i d a s i c o n s i d e r a - e x a c t a m e n t e l a l e n g u a - I , d a d a l a clase d e d a t o s q u e b a s t a n p a r a l a
m o s más a b i e r t a m e n t e l o s e n f o q u e s «conceptualistas» d e estas c u e s - adquisición d e l a l e n g u a . V o l v e r e m o s s e g u i d a m e n t e s o b r e e s t a s c u e s -
tiones. tiones.
Para ello, h e m o s d etratar entonces la l e n g u a - I y el estado inicial
d e l a f a c u l t a d lingüística, l a s g r a m á t i c a s y l a G U d e l l i n g ü i s t a . C o m o
u n a hipótesis empírica p r e l i m i n a r , p o d e m o s c o n s i d e r a r q u e l a l e n -
g u a - I es u n s i s t e m a dé r e g l a s d e a l g u n a c l a s e , u n a realización e s p e -
cífica d e l a s o p c i o n e s q u e p e r m i t e l a G U , f i j a d a p o r l a e x p e r i e n c i a '
q u e se. p r e s e n t e . E l s i s t e m a d e r e g l a s a s i g n a a c a d a expresión u n a
estructura, q u e podemos, considerar c o m o u n conjunto de represen-
t a c i o n e s , u n a e n c a d a n i v e l lingüístico, d o n d e u n n i v e l lingüístico es
u n s i s t e m a p a r t i c u l a r d e representación m e n t a l . E s t a e s t r u c t u r a h a d e
p r o p o r c i o n a r c u a l q u i e r i n f o r m a c i ó n q u e s o b r e u n a expresión s e a a c -
c e s i b l e p a r a Ja p e r s o n a q u e c o n o c e l a l e n g u a , e n l a m e d i d a e n q u e
esa información s e d e r i v e , d e l a f a c u l t a d lingüística; s u s r e p r e s e n t a -
c i o n e s h a n d e especificar e x a c t a m e n t e e n qué c o n t r i b u y e l a f a c u l t a d
lingüística a l a determinación d e l a f o r m a e n q u e s e p r o d u c e , u t i l i z a
y c o m p r e n d e l a expresión.
U n n i v e l lingüístico e s u n s i s t e m a q u e c o n s i s t e e n u n c o n j u n t o
d e e l e m e n t o s mínimos ( p r i m i t i v o s ) , u n a operación d e concatenación
q u e f o r m a c a d e n a s d e p r i m i t i v o s , c o n t a n t o a p a r a t o matemático c o m o
sea n e c e s a r i o p a r a c o n s t r u i r l o s o b j e t o s f o r m a l e s a p r o p i a d o s a p a r t i r
de esos e l e m e n t o s , las r e l a c i o n e s relevantes e n las q u e se e n c u e n t r e n
y u n a clase d e o b j e t o s ' f o r m a l e s d e s i g n a d o s ( m a r c a d o r e s ) q u e se asig-
n a n a las e x p r e s i o n e s e n c u a n t o r e p r e s e n t a d a s e n ese n i v e l . E l s i s t e m a
de reglas expresa las relaciones e n t r e l o s diferentes niyeles d el a l e n -
g u a e n cuestión y d e t e r m i n a l o s e l e m e n t o s y p r o p i e d a d e s e n c a d a
n i v e l . P o r e j e m p l o , e n e l n i v e l d e l a e s t r u c t u r a sintagmática, l o s p r i -
m i t i v o s s o n l o s e l e m e n t o s mínimos q u e e n t r a n a f o r m a r p a r t e d e l a
d e s c r i p c i ó n sintáctica. (Juan, correr, pretérito indefinido, N , V ,
O , e t c . ) , l a relación básica e s es-un(Juan e s u n N , Juan corrió e s
u n a O , e t c . ) , y l o s m a r c a d o r e s s i n t a g m á t i c o s consistirán e n c i e r t o s
objetos formales construidos a partir de l o s primitivos q u e expresan 2 1 P a r a u n p r i m e r i n t e n t o , véase C h o m s k y ( 1 9 7 5 a ) , q u e d a t a d e 1955-56.
c o m p l e t a m e n t e l a relación es-un. E l m a r c a d o r s i n t a g m á t i c o d e l a " U n r e q u i s i t o m i s f u e r t e sería e l d e q u e l a G U e s p e c i f i c a r a exactamente l a s l e n -
g u a s - I o b t e n i b l e s e n c o n d i c i o n e s n o r m a l e s . S i n e m b a r g o , n o r e s u l t a o b v i o q u e la G U
c a d e n a Juan corrió i n d i c a r á q u e t o d a l a c a d e n a e s u n a O ( o r a c i ó n ) ,
s a t i s f a g a esas c o n d i c i o n e s . L a s I t i n g u a s o b t e n i b l e s s o n l a s q u e c a e n d e n t r o d e l a i n t e r -
q u e Juan e n u n N ( n o m b r e ) y u n S N ( s i n t a g m a n o m i n a l ) y q u e sección d e l a s d e t e r m i n a d a s p o r l a G U y l o s s i s t e m a s h u m a n a n t e s ' a p r e n d l b l e s , y l a s
corrió es u n V ( v e r b o ) y u n S V ( s i n t a g m a v e r b a l ) ; más a d e l a n t e c o n d i c i o n e s s o b r e l a a p r e n d i b i l i d a d podrían e x c l u i r c i e r t a s gramáticas p e r m i t i d a s p o r
aparecerán e j e m p l o s . l a G U . O b s e r v a c i o n e s p a r e c i d a s a t a ü e n t a m b i é n a l análisis (parsirtg). P a r a l a f u n d a -
m e n t a c i ó n d e e s t a s c u e s t i o n e s , véase W c x l e r y C u l i c o v c r ( 1 9 8 0 ) y B e r w i t k y W ' c n -
L a teoría d e l a e s t r u c t u r a lingüística ( G U ) tendrá a s u c a r g o l a berg(1984).