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ARTIGO 1 – ESTUDO DA VIABILIDADE DO CONCEITO BIM

RESUMO

O retrabalho, a falta de compatibilização nos projetos e atrasos são alguns dos


problemas na área da construção civil. As empresas vêm reavaliando seus métodos de
gerenciamento, buscando novas ferramentas que minimizem esses obstáculos. O BIM é
um conceito que permite analisar todos os processos do edifício por meio de um modelo
virtual, antes ser edificado. O objetivo do trabalho é demonstrar a viabilidade dessa
tecnologia e contribuir para sua disseminação. Para o estudo utilizou-se três métodos de
pesquisa: análise da coletânea CBIC – Implementação do BIM para Construtoras e
Incorporadoras; seminário Open BIM onde foi discorrido os comentários dos
palestrantes e os casos de sucesso do uso BIM e; uso de um questionário aplicado a
engenheiros, arquitetos e projetistas. A avaliação foi positiva mesmo com as
dificuldades na implantação do BIM. O uso do BIM no gerenciamento de obras, gera
mais controle e previne adversidades durante a construção.

Palavras-chave: BIM. Gerenciamento de obras. Modelo virtual. Métodos.

INTRODUÇÃO

A área da construção civil sofreu transformações significativas com o advento do


computador, e a consequente substituição das pranchetas. Essa mudança começou por
volta da década de 80. Assim, alguns softwares como por exemplo, o CAD (Computer
Aided Design) começou a auxiliar o trabalho de projetistas em seus desenhos técnicos.
A partir de então, os objetos começaram a ser elaborados em duas dimensões (2D) e
iniciou-se também a criação de modelos tridimensionais (3D). Com o processo de
modernização, o CAD passou por várias modificações em função do desenvolvimento
dos softwares e hardwares (PINHO, 2013).
Novas tecnologias surgem constantemente para facilitar o trabalho de engenheiros e
arquitetos. Uma plataforma onde todas as informações, de gerenciamento de uma obra,
são consolidadas tornaria mais assertivas às tomadas de decisão (EASTMAN, 2011). O
termo BIM (Building Information Modeling), é um conceito voltado para a Modelagem
Informatizada de Edificações (ASBEA, 2013)1, onde em um ambiente gráfico de três
dimensões é modelado o edifício com base nos dados inseridos. El e permite que além
de engenheiros, arquitetos e projetistas, outros profissionais de diferentes funções
consigam trabalhar no mesmo projeto (CASTELHANO, 2013). Ou seja, é um conceito
onde um dos objetivos é integrar a execução dos projetos (ASBEA, 2013)1.
Eastman (2011) comenta que com o BIM é possível criar um ou mais modelos virtuais
precisos de uma construção, permitindo uma melhor análise e controle dos processos ao
longo de suas fases. Com esse novo conceito, as informações tornam-se uma
necessidade para se trabalhar com um único produto, mantendo-se envolvido todos os
setores na elaboração do projeto.
O modelo criado resulta em um recurso confiável que é compartilhado para as tomadas
de decisões desde o início até o final do projeto (TARRAFA, 2012). A modelagem 3D
paramétrica e a interoperabilidade são características essenciais que dão suporte a esse
conceito. (EASTMAN, 2011).
Assim, a compatibilização, permite que todas as áreas se concentrem em um único
modelo. Qualquer alteração que venha a ser realizada é presenciada por todas as áreas,
sendo essa uma das principais vantagens do BIM (SILVEIRA, 2013). O BIM não é um
conjunto de softwares que trabalham em conjunto, mas sim um novo conceito que veio
quebrar paradigmas e mudar os processos do trabalho (AUTODESK, 2016).
Dentro desse contexto, o objetivo deste trabalho é colaborar com a disseminação e
entendimento do conceito BIM na gestão de obras e analisar as vantagens e as
implicações no processo de implantação do conceito, assim como as barreiras e
limitações para sua adoção, por meio de referências bibliográficas, casos de sucesso e
visão dos profissionais que trabalham com o BIM.
ARTIGO 2 – ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DE RISCOS EM CONTRATOS DE
OBRAS PÚBLICAS PELA ELABORAÇÃO DE MATRIZES DE MATURIDADE

RESUMO:
Este estudo volta-se para a determinação do nível de maturidade dos órgãos públicos
brasileiros ao realizar gerenciamento de risco em obras que utilizaram o Regime de
Contratação Integrada (RCI – Turney key). Foram levantados dados referentes às
licitações realizadas nessa modalidade e elaboradas matrizes de avaliação do nível de
maturidade dos órgãos, visando à avaliação das metodologias de precificação de riscos
instituídas. Após análise, verificou-se que o tema gerenciamento de riscos ainda não foi
compreendido e difundido na Administração Pública.

Palavras chave Gerenciamento, Riscos, Obras Públicas, Regime de Contratação


Integrada (RCI), Maturidade.

INTRODUÇÃO

Com a proposta de simplificar as licitações brasileiras e agilizar a realização das obras


necessárias aos mega eventos esportivos, instituiu-se no Brasil um novo regime de
contratação de obras públicas, o RCI, Regime de Contratação Integrada. Esta legislação
teve como referência a experiência internacional, com destaque para a “Contratação por
Negociação” do Regulamento Federal de Aquisições (FAR), EUA.
No intuito de aprimorar a gestão pública, este trabalho foca em elaborar um instrumento
de avaliação do nível de maturidade de órgãos públicos em relação ao gerenciamento de
riscos instituindo uma Matriz de Maturidade.
Foram estabelecidas duas funções de maturidade: Matriz de Identificação e Análise
Quantitativa de Riscos; e a Maturidade do Planejamento de Respostas aos Riscos. As
funções foram aplicadas em contratações realizadas por órgãos e entidades da
Administração Pública Federal.
O objetivo principal deste trabalho é consolidar e elaborar um instrumento (matriz) de
avaliação do nível de maturidade dos órgãos em relação ao gerenciamento de riscos,
tendo
como métrica as inovações instituídas no arcabouço legal e jurisprudencial de
contratação de obras públicas.
ARTIGO 3 – ESTUDO DA INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA EM UM EDIFÍCIO
COM PATOLOGIAS DE FUNDAÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DO
RECIFE

RESUMO

O artigo apresenta um caso real de monitoramento dos recalques, onde a medição dos
recalques permitiu identificar o mau desempenho das fundações de um edifício com 26
lajes construído na Região Metropolitana do Recife – RMR. A partir dos resultados do
monitoramento do prédio, foi concebido e executado um reforço para as suas
fundações. O reforço foi feito com o prédio ocupado e a estabilização dos recalques foi
conseguida.

INTRODUÇÃO

Morfologicamente a Cidade do Recife apresenta duas paisagens muito distintas: os


morros e a planície. A ocupação da cidade com edificações de grande porte tem se dado,
contudo, apenas no espaço confinado entre os morros e a orla marítima, que se constitui
em uma grande planície de origem flúvio-marinha. Neste contexto geológico, o subsolo
típico é muito variado. Encontram-se camadas de areia fina e média, de compacidade
fofa, intercaladas ou seguidas por outras, seja de argila orgânica mole, seja de areia
muito compacta ou arenitos bem consolidados. Os depósitos de argila orgânica mole e
média são encontrados em cerca de 50% da área da planície, muitas vezes em sub-
superfície e com espessuras superiores a 15m [1].
Por tudo isto, a prática atual de fundações no Recife é fortemente direcionada pelas
características geológico-geotécnicas do subsolo, ainda que outros fatores influenciem
na escolha e sejam assim encontrados diversos tipos de fundação na cidade [2].
Em função dessa diversidade de perfis geotécnicos presentes na RMR, tem sido prática
usual o monitoramento dos recalques de edifícios. Para se conseguir a desmistificação
da medição dos recalques, algumas estratégias de convencimento têm sido apresentadas
aos construtores: (i) o monitoramento deve ser encarado como um controle tecnológico
da obra, a exemplo de tantos outros, como o controle da resistência do concreto; (ii) o
monitoramento permite um melhor entendimento do comportamento de uma edificação,
e uma retroanálise dos parâmetros dos solos, o que tem conduzido a projetos mais
arrojados (e nem por isso menos seguros); (iii) o monitoramento permite identificar com
mais segurança as causas de patologias que possam surgir nos prédios, onde
normalmente a fundação é colocada em suspeita [3].
Este artigo apresenta um caso de monitoramento dos recalques, onde a instrumentação
permitiu identificar o mau desempenho das fundações de um edifício com 26 lajes
construído na orla de Jaboatão dos Guararapes, na RMR. A partir dos resultados do
monitoramento do prédio, foi concebido e executado um reforço para as suas fundações.

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