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CARREIRAS PÚBLICAS

Disciplina: Direito Processual Civil


Professor: Eduardo Francisco
Aula: 23 | Data: 29/09/2020

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
2.5. Amicus curiae (continuação)

JUIZ E AUXILIARES DA JUSTIÇA


1. Juiz

INTERVENÇÃO DE TERCEIRO

2.5. Amicus curiae (continuação)


Art. 138 do CPC.

I. Conceito:
Permite ao terceiro ingressar no processo para colaborar com o órgão julgador, fornecendo subsídios para que se
obtenha a melhor decisão (a melhor tese jurídica).

Trata-se de uma intervenção diferenciada, porque:


a) Não exige interesse jurídico na demanda, basta o interesse institucional, ou seja, o interesse na tese ou
precedente;
b) É uma intervenção que pode ser espontânea ou provocada (admitido ou solicitado);

II. Requisitos
a) Objetivos ou da causa – relevância da matéria ou especificidade do tema ou repercussão social da
controvérsia (é o potencial para atingir toda sociedade ou parte dela).

b) Requisitos subjetivos – referem-se aos sujeitos que pretendem ser amigo da corte:
I. Tem que ser pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade (órgãos são entes sem personalidade, por
exemplo, o MP, a Defensoria Pública etc.)
II. Que seja especializado no tema discutido (pertinência temática);
III. Representatividade adequada – é um conceito aberto, também chamado “legitimidade conglobante”. É o
conjunto de atributos que demonstram aptidão efetiva do ponto de vista organizacional, técnico,
econômico e jurídico para contribuir com órgão julgador.

III. Procedimento
I. O amigo da corte será solicitado ou admitido, por decisão irrecorrível do Juiz ou relator;
II. A decisão sobre o amigo da corte, delimitará os poderes dele no caso concreto;
III. Intimado da decisão, o amigo da corte terá o prazo de 15 dias para se manifestar;
IV. O ingresso da União ou outro ente público, como amigo da corte, não desloca a competência;
V. O amigo da corte não pode recorrer, salvo, embargos de declaração e contra decisão proferida no IRDR.

Obs.: com base nessa regra, o STF decidiu que a decisão que não admite o ingresso do amigo da corte é
irrecorrível.

ANALISTA DOS TRIBUNAIS


CARREIRAS PÚBLICAS
Damásio Educacional
JUIZ E AUXILIARES DA JUSTIÇA

1. Juiz

Art. 139 do CPC.

“Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste


Código, incumbindo-lhe:”
[...]
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por
objeto prestação pecuniária;

V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição,


preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores
judiciais;

VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos


meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo
a conferir maior efetividade à tutela do direito;
[...]
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o
saneamento de outros vícios processuais; (primazia do mérito;

X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas,


oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do
possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da Lei nº
7.347, de 24 de julho de 1985 , e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990 , para, se for o caso, promover a propositura da
ação coletiva respectiva.”

I. Art. 140 do CPC – Princípio da indeclinabilidade da jurisdição

“Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou


obscuridade do ordenamento jurídico.”

II. A jurisdição de legalidade estrita é a regra. Só pode decidir por equidade quando a lei autorizar expressamente:
art. 723, parágrafo único do CPC, JEC; CDC.

III. Art. 141 do CPC, princípio da adstrição/congruência/correlação.

“Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.”

IV. Art. 142, o Juiz deve combater fins ilícitos, punindo a litigância de má-fé.

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“Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu
se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim
vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das
partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.”

V. Art. 142, o Juiz só será responsabilizado civil e regressivamente, em 2 hipóteses:


a) se agir com dolo ou fraude;
b) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência de ofício ou a requerimento → ó depois de 10 dias
do requerimento da parte.

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