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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
2.5. Amicus curiae (continuação)
INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
I. Conceito:
Permite ao terceiro ingressar no processo para colaborar com o órgão julgador, fornecendo subsídios para que se
obtenha a melhor decisão (a melhor tese jurídica).
II. Requisitos
a) Objetivos ou da causa – relevância da matéria ou especificidade do tema ou repercussão social da
controvérsia (é o potencial para atingir toda sociedade ou parte dela).
b) Requisitos subjetivos – referem-se aos sujeitos que pretendem ser amigo da corte:
I. Tem que ser pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade (órgãos são entes sem personalidade, por
exemplo, o MP, a Defensoria Pública etc.)
II. Que seja especializado no tema discutido (pertinência temática);
III. Representatividade adequada – é um conceito aberto, também chamado “legitimidade conglobante”. É o
conjunto de atributos que demonstram aptidão efetiva do ponto de vista organizacional, técnico,
econômico e jurídico para contribuir com órgão julgador.
III. Procedimento
I. O amigo da corte será solicitado ou admitido, por decisão irrecorrível do Juiz ou relator;
II. A decisão sobre o amigo da corte, delimitará os poderes dele no caso concreto;
III. Intimado da decisão, o amigo da corte terá o prazo de 15 dias para se manifestar;
IV. O ingresso da União ou outro ente público, como amigo da corte, não desloca a competência;
V. O amigo da corte não pode recorrer, salvo, embargos de declaração e contra decisão proferida no IRDR.
Obs.: com base nessa regra, o STF decidiu que a decisão que não admite o ingresso do amigo da corte é
irrecorrível.
1. Juiz
II. A jurisdição de legalidade estrita é a regra. Só pode decidir por equidade quando a lei autorizar expressamente:
art. 723, parágrafo único do CPC, JEC; CDC.
“Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.”
IV. Art. 142, o Juiz deve combater fins ilícitos, punindo a litigância de má-fé.
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“Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu
se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim
vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das
partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.”
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